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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL SERRA DOS ÓRGÃOS UNIFESO-CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS CCHS-CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS CURSOS DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO GERENCIAMENTO DAS ÁREAS DE RISCO PELO PODER PÚBLICO MUNICIPAL DE TERESÓPOLIS RELATO DE CASO HELENA SOBREIRA FELIPPE TERESÓPOLIS MAIO, 2011

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Page 1: FUNDAÇÃO EDUCACIONAL SERRA DOS ÓRGÃOS UNIFESO … · sobre o gerenciamento da ocupação do território e das áreas de risco de forma ... Figura 1- Fonte: teresopolis.rj.gov.br

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL SERRA DOS ÓRGÃOS UNIFESO-CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS

CCHS-CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS CURSOS DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO !

!!!!!!

GERENCIAMENTO DAS ÁREAS DE RISCO PELO PODER PÚBLICO MUNICIPAL DE TERESÓPOLIS

! RELATO DE CASO

!!!!

HELENA SOBREIRA FELIPPE !!!!!!!!

TERESÓPOLIS MAIO, 2011

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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL SERRA DOS ÓRGÃOS UNIFESO-CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS

CCHS-CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS CURSOS DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO !

!!!!!

GERENCIAMENTO DAS ÁREAS DE RISCO PELO PODER PÚBLICO MUNICIPAL DE TERESÓPOLIS

! RELATO DE CASO

!!!!

Trabalho de Curso elaborado como requisito

obrigatório para obtenção do título de

Bacharel em Administração, no UNIFESO,

sob a orientação do Professor Jucimar André

Secchin.

!!!!

TERESÓPOLIS MAIO, 2011

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À Jesus Cristo, meu orientador espiritual e consultor em todos os momentos. !

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AGRADECIMENTOS !!!Ao Professor Fernando Lima, pelo incentivo e flexibilidade;

Ao Professor Jucimar André Secchin, pela compreensão e orientação;

Ao professor Alfredo Froner, pela prova de amizade;

À Ana Paula pela cumplicidade;

À querida amiga Vanessa Caputo, pelas aulas;

Ao meu pai, Eiser, pelas explicações;

Ao amigo Claudenir Silveira, pela disponibilidade.

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“Pareceu-me essencial não apenas explicar a minha maneira de ver, como ainda esclarecer os pontos em que ela se afasta da teoria dominante. Os que estão firmemente apegados àquilo que chamarei a teoria clássica, decerto vacilarão entre a idéia de que me acho completamente equivocado e a convicção de que nada de novo estou dizendo.” !

!!John Keynes

!RESUMO

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!A velocidade do crescimento das cidades se apresenta como um fator importante na

causa do desordenamento das ocupações para habitação. A impossibilidade ou

incapacidade do Poder Público de prover esse crescimento de forma sustentável é

questão para reflexão. A existência de leis e modelos de ocupação territorial de nada

servem se não forem implementadas buscando a eficácia das ações. O Plano

Diretor Municipal é o instrumento básico para o gerenciamento do território. As áreas

de risco e suas implicações devem ser tratadas com muita responsabilidade através

de mobilização multi setorial nas esferas federal, estadual e, principalmente

municipal. O monitoramento e aprimoramento contínuo das ações baseados em

modelos de gestão contemporâneos, garantem a efetividade das políticas públicas.

!Palavras-Chave: Poder Público; Plano Diretor; Gerenciamento; Áreas de Risco.

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ABSTRACT !The speed of growth of cities presents itself as an important factor in the cause of the

lack of housing occupations. The impossibility or inability of the public authorities to

provide such growth in a sustainable way is a matter for reflection. The existence of

laws and models of territorial occupation pointless if they are not implemented for the

effectiveness of actions. The Municipal Director Plan is the basic instrument for the

management of the territory. Risk areas and its implications should be treated with a

lot of responsibility through mobilization multi sector in federal, state and municipal

levels. Monitoring and continuous improvement actions based on models of

contemporary management, guarantee the effectiveness of public policies.

!Keywords: Public Authorities; Master Plan; Management; Risk areas

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SUMÁRIO !!INTRODUÇÃO 10 ..........................................................................................................

1. GERENCIAMENTO DO TERRITório 12 .....................................................................

1.1 O parcelamento do solo 12 ...................................................................................

1.2. Unidades de Conservação 12 ..............................................................................

1.3 O Código Florestal 14 ............................................................................................

2. O PLANO DIRETOR 16 .............................................................................................

2.1Conceito 16 ............................................................................................................

2.2. Gerenciamento das áreas de risco 17 ..................................................................

2.2.1 Diretrizes da Política Urbana de Teresópolis 17 .............................................

2.2.2 Estratégias de desenvolvimento sustentável de Teresópolis 18 .....................

2.2.3 Política habitacional 18 ...................................................................................

2.2.4 Cadastramento das famílias em situação de risco 19 ....................................

2.2.5 Sistema de Informações Municipais 19 ..........................................................

2.2.6 Zonas Especiais de Interesse Social 19 .........................................................

2.2.7 Edificações em áreas de risco 20 ...................................................................

2.2.8 Regularização dos assentamentos 21 ...........................................................

3. a AGENDA 21 22 ........................................................................................................

3.1. Conceito 22 ..........................................................................................................

3.2 Causas do aumento do número de habitações em áreas de risco 23 ..................

3.3 Assentamentos humanos 23 .................................................................................

3.4. Integração entre meio ambiente e desenvolvimento na tomada de decisões

23

3.5. Planejamento e o gerenciamento dos recursos terrestres 24 ..............................

3.6. Desenvolvimento Sustentável das montanhas: 24 ...............................................

3.7. Informação para a tomada de decisões 25 ..........................................................

4. ENTIDADES gestoras 26 ...........................................................................................

4.1 Sistema Nacional de Defesa Civil 26 ...................................................................

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4.2. Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres 27 ..........................

4.3 Secretaria Municipal de Planejamento 28 ............................................................

4.4 Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Defesa Civil 29 ....................................

5. DADOS GEOGRÁFICOS de teresópolis 31 ...............................................................

5.1 Território 31 ............................................................................................................

5.2 População 32 .........................................................................................................

5.3 As habitações 33 ..................................................................................................

6. DADOS DA TRAGÉDIA 35 .........................................................................................

6.1 As providências 35 ................................................................................................

7. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 37 ..............................................................................

CONCLUSÃO 40 ............................................................................................................

REFERÊNCIAS 42 .........................................................................................................

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! 10!INTRODUÇÃO

A urbanização constitui-se em uma realidade para a maioria dos municípios, pois o processo de desenvolvimento vem provocando o crescimento do tamanho das cidades, sendo que em muitas delas de forma muito intensa. O crescimento populacional em qualquer cidade deve ser encarado com muita responsabilidade, pois podem ser irreversíveis seus efeitos.

As formas de ocupação e o parcelamento irregular do solo estão na raiz dos principais problemas urbanos brasileiros e a responsabilidade direta pela fiscalização do uso do solo é dos municípios. Apesar de os municípios com mais de vinte mil habitantes terem a obrigatoriedade de elaborar um Plano Diretor de Desenvolvimento Sustentável - e o fazem- sua implementação nem sempre é fato.

O planejamento e ordenamento do território deve identificar e delimitar as áreas quanto às suas características naturais, de modo a serem respeitadas na ocupação das áreas rurais e urbanas, diminuindo seu impacto. As áreas que estão sujeitas a deslizamentos e enchentes tem, uma capacidade menor para certos usos.

Devido à diversidade da topografia de Teresópolis, os vales estão todos ocupados e as encostas perdendo sua vegetação, aumentado riscos de desabamentos. Por isso, um mapa de áreas de risco é imprescindível e deve ser feito para basear as políticas de planejamento e ação da defesa civil do município.

O objetivo geral desse trabalho é provocar reflexão sobre a qualidade do gerenciamento das áreas de risco pelo poder público municipal de Teresópolis, tendo como referências a legislação nas esferas federal, estadual e municipal; a estrutura de fiscalização do poder executivo; a realidade geográfica do município e as conseqüências da tragédia natural de janeiro de 2011.

Os objetivos específicos são: contextualizar as leis de parcelamento, ordenamento, uso e ocupação do solo; deixar clara a relação existente entre unidades de conservação e áreas de risco; indicar o plano diretor municipal como ferramenta para o desenvolvimento urbano sustentável e garantia das determinações constitucionais; apresentar as restrições relacionadas na agenda 21 do município como contraponto aos objetivos do plano diretor; frisar que um gerenciamento eficaz das áreas de risco depende de adequado cadastramento, mapeamento, fiscalização e reassentamento da população e, provocar pensamento crítico em relação à administração pública atual.

A justificativa da escolha desse tema são as implicações da catástrofe natural ocorrida na Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro em meados de 2011. As

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! 11!causas e as consequências da referida tragédia estão diretamente ligadas ao comportamento negligente, tanto da população quanto do poder executivo municipal. A combinação desastrosa desses fatores demandam reflexão.

A metodologia utilizada foi a revisão bibliográfica da Constituição Federal no que concerne à promoção do adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso do solo, seu parcelamento e ocupação; do Código Florestal Brasileiro em relação à sua importância em definir áreas de Unidades de Conservação; do Plano Diretor Municipal à respeito das medidas a serem tomadas sobre o gerenciamento da ocupação do território e das áreas de risco de forma sustentável. O relatório da Agenda 21 do município serve como contraponto aos objetivos do Plano diretor em relação ao referido gerenciamento. As investigações jornalísticas, disponíveis na mídia eletrônica são fontes de dados e informações acerca da tragédia ambiental. A revisão bibliográfica de autores que refletem sobre a administração pública contemporânea é a fundamentação teórica para embasar a conclusão sobre a situação atual e as perspectivas futuras.

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! 12!1. GERENCIAMENTO DO TERRITÓRIO

1.1 O parcelamento do solo

Regulamentado pela lei 6766 de 79, determina que, somente será admitido o

parcelamento do solo para fins urbanos: em zonas urbanas; de expansão urbana ou

de urbanização específica, assim definidas pelo plano diretor ou aprovadas por lei

municipal.

Não é permitido o parcelamento do solo, entre outras situações:

• em terrenos alagadiços e sujeitos a inundações, antes de tomadas as

providências para assegurar o escoamento das águas;

• em terreno com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento), salvo

se atendidas exigências específicas das autoridades competentes;

• em terrenos onde as condições geológicas não aconselham a edificação;

• em áreas de preservação ecológica(...)

!Constitui crime contra a Administração Pública, previsto no artigo 50 desta lei, lotear

ou desmembrar o solo para fins urbanos sem autorização do órgão público

competente através do ato administrativo de licença.

1.2. Unidades de Conservação

Áreas delimitadas que contém recursos naturais de importância ecológica ou

ambiental e, por isso são especialmente protegidas por lei. Existem várias

categorias, definidas pelo Sistema Nacional de Unidade de Conservação. As mais

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! 13!comuns em Teresópolis estão relacionadas a seguir e, suas respectivas informações

na tabela e mapa em sequência:

!• ARIE – Área de Relevante Interesse Ecológico • APA - Área de Proteção Ambiental - Área em geral extensa, com um certo

grau de ocupação humana, dotada de atributos importantes para a qualidade

de vida da população. Tem como objetivos básicos proteger a diversidade

biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade

do uso dos recursos naturais. • APP – Área de Proteção Permanente – É definida pelo Código Florestal

Brasileiro como tendo funções específicas de proteção aos cursos ou

reservatórios de água, aclives acentuadas (acima de 45 graus), topos de

morro e altitudes superiores a 1800 metros.

!Figura 1- Fonte: teresopolis.rj.gov.br

! Figura 2 - Fonte: Teresopolisonline.blogspot.com

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! 14!

!

!!O Ministério do Meio Ambiente demonstra, em relatório, por meio de exemplos de

catástrofes naturais ocorridas em todo o Brasil, a relação entre as Áreas de Proteção

Ambiental e as áreas de risco. As funções indiretas das APP são proporcionar a

perenidade geológica evitando deslizamentos de encostas, inundação e destruição

de benfeitorias e plantações instaladas em beiras de rios, etc.

1.3 O Código Florestal

Está em trâmite de votação proposta de mudanças no Código Florestal (Lei

4.771/65) que, ao ser aprovado pela Câmara dos Deputados em maio deste ano,

depende de análise e aprovação do Senado Federal. A seguir, disposições sobre os

textos em vigor e os candidatos à mudança:

!

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! 15!• Sobre reserva legal – Determina que a manutenção de florestas e outras

formas de vegetação nativa deve ser 20% nas regiões que não formam o

Cerrado e a Amazônia Legal. O texto em análise diz que “pequenos

produtores rurais, cujas propriedades sejam de até quatro *módulos fiscais

não precisarão recompor as reservas legais”.

• Sobre margem de rios – Prevê “proteção da vegetação até 30 m de

distância das margens dos rios mais estreitos, com menos de 10 m de

largura”. O texto em análise propõe que “no caso de áreas já desmatadas, a

recomposição deverá ser de 15 m de distância da margem. Permanece a

exigência de 30 m para as áreas que se mantiveram preservadas”.

• Sobre anistia: Elenca contravenções passíveis de punição como prisão ou

multa. O texto em análise propõe a regularização das áreas e extingue a

punição.

• Sobre topos de morro – Proíbe a utilização do solo em topos de morros,

montes, montanhas e serras, encostas com declive acima de 45, entre outras

restrições. O texto em análise admite a manutenção de atividades florestais e

algumas culturas perenes.

• Áreas consolidadas - Inexiste no código em vigor.O texto em análise diz que

atividades de utilidade pública, de interesse social ou de baixo impacto,

localizados em APP poderão ser mantidas se o proprietário aderir ao

Programa de Regularização Ambiental.

!!

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! 16!2. O PLANO DIRETOR

2.1Conceito

A Constituição Federal define o Plano Diretor como instrumento básico da política de

desenvolvimento e de expansão urbana porque planeja os caminhos da cidade

determinando no artigo 182, que: “a política de desenvolvimento urbano, executada

pelo Poder Público municipal (...) tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento

das funções sociais da cidade e garantir o bem estar de seus habitantes”.

!Documento produzido com a ajuda da população, o qual determina como será o

desenvolvimento do município sob vários aspectos, desde o social e educacional até

o ambiental. É obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes.

!A Carta Magna prevê no artigo 30, inciso VIII que compete aos municípios:

“promover, no que couber adequado ordenamento territorial, mediante planejamento

e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano”;

!O Plano Diretor de Teresópolis foi Instituído pela Lei Complementar municipal n°

079, de 20 de outubro de 2006. Contém os princípios, objetivos, diretrizes, linhas

estratégicas e programas de ação da política de desenvolvimento do município.

!!

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! 17!2.2. Gerenciamento das áreas de risco

Foi feito um apanhado minucioso dos artigos do Plano Diretor Municipal de

Teresópolis, e seus respectivos incisos, os quais contemplam os assuntos

relacionados ao gerenciamento das áreas de risco como o cadastramento,

mapeamento, fiscalização e reassentamento da população. Foi então feita

interpretação, sem alteração da essência dos textos originais, o que atesta a

veracidade dos subtítulos que se seguem.

2.2.1 Diretrizes da Política Urbana de Teresópolis

• Sustentabilidade sócio-ambiental dos empreendimentos privados e públicos,

de forma que o crescimento urbano respeite as condicionantes ambientais, a

capacidade de suporte dos recursos naturais, as situações de risco e a oferta

de adequada infra-estrutura;

!• Ordenação e controle do uso do solo de forma a evitar, entre outras coisas, a

ocupação de áreas de preservação e de relevante interesse ambiental.

!• Integração e complementaridade entre as atividades urbanas, rurais e as de

preservação ambiental;

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! 18!2.2.2 Estratégias de desenvolvimento sustentável de Teresópolis

No Plano, é definida, entre as estratégias de desenvolvimento sustentável, a de

qualificação do espaço urbano e somente será implementada mediante definição de

zonas de uso e ocupação, nos diferentes núcleos urbanos;

que tem como alguns de seus objetivos:

!• promover o ordenamento e a qualidade das áreas urbanas da sede Municipal,

dos Distritos e dos núcleos urbanos existentes no Município; • promover a regulamentação dos usos e da ocupação do solo urbano;

2.2.3 Política habitacional

Referida no artigo 22, a estratégia de implementação de política habitacional objetiva

promover a regularização da situação fundiária e edilícia das habitações mediante • definição e implementação efetiva de política municipal de habitação; • remoção das populações em situação de risco;

!A implementação de política habitacional efetiva será obtida mediante a adoção dos

seguintes programas de ação: • estabelecimento, no curto prazo, de Programa de Contenção de Ocupações

Irregulares e Remoção de População em Áreas de Risco; • adoção de programa de melhoria da fiscalização do uso e ocupação do solo

Municipal;

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! 19!2.2.4 Cadastramento das famílias em situação de risco

Mais adiante no Plano Diretor, no inciso II do art. 35 há indicação de elaboração de

cadastro de famílias em situação de risco como fator para promoção e

desenvolvimento social includente.

2.2.5 Sistema de Informações Municipais

O Sistema de Informações Municipais é mencionado, nos artigos 37 e 124 como

sendo um programa de ação através de cadastro multifinalitário. Serve como

instrumento para o desenvolvimento da gestão municipal, na medida em que

fortalece a capacidade de fiscalização. Esse Sistema deverá:

!• Coletar, manter atualizados e disponibilizar dados e informações de relevante

interesse para o processo de desenvolvimento do Município, incluído o

Cadastro Multifinalitário; • Fornecer indicadores para o monitoramento das ações do Plano Diretor de

Desenvolvimento Sustentável;

2.2.6 Zonas Especiais de Interesse Social

O município poderá estabelecer normas urbanísticas específicas, relativas ao uso e

ocupação dessas zonas, observando os seguintes requisitos essenciais:

!• determinação das condições de salubridade, segurança de uso, estabilidade

e habitabilidade das edificações;

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! 20!• exigência de obras de adequação, quando necessário;

!Cada Zona Especial de Interesse Social deverá contar com Plano de Urbanização

compreendendo:

!• a análise das condições físico-ambientais, urbanísticas e fundiárias e a

caracterização socioeconômica da população residente; • os projetos e as intervenções urbanísticas necessárias à recuperação física

da área, incluindo, de acordo com as características locais: • drenagem de águas pluviais; • eliminação de situações de risco, estabilização de taludes e de margens de

córregos;

2.2.7 Edificações em áreas de risco

Não será permitida a permanência de edificações em áreas que apresentem risco à

saúde ou à vida, em especial:

!• em terrenos alagadiços ou sujeitos a inundações, salvo aqueles objeto de

intervenção que assegure a drenagem e o escoamento das águas; • em terrenos com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento), salvo

aqueles objeto de intervenção que assegure a contenção das encostas,

atestando a viabilidade da urbanização; • em terrenos onde as condições físicas não recomendam a construção; • em áreas caracterizadas como de risco.

!É importante ressaltar que, o plano diretor de Teresópolis define que cabe ao órgão

de defesa civil do município manter atualizado o cadastro das áreas consideradas

como de risco.

Page 21: FUNDAÇÃO EDUCACIONAL SERRA DOS ÓRGÃOS UNIFESO … · sobre o gerenciamento da ocupação do território e das áreas de risco de forma ... Figura 1- Fonte: teresopolis.rj.gov.br

! 21!2.2.8 Regularização dos assentamentos

Fato que merece destaque é a determinação, no artigo 114, de concessão de total prioridade à regularização dos assentamentos localizados em áreas de risco. !!!!!!!

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! 22!3. A AGENDA 21

Em estudo de novembro de 2008 - dois anos após a confecção do plano diretor - o

COMPERJ (Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro) apresentou a

Agenda 21 de Teresópolis, documento que aponta os pontos fortes e fracos de

questões geográficas, demográficas, estruturais e gerenciais do Município.

3.1. Conceito

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, a Agenda 21 pode ser definida como:

“Um instrumento de planejamento para a construção de sociedades sustentáveis, em diferentes bases geográficas, que concilia métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica” (...) ”é um instrumento de planejamento participativo para o desenvolvimento sustentável do país, resultado de uma vasta consulta à população brasileira”.

Nos próximos subitens, foram selecionadas as restrições ao desenvolvimento

sustentável, com o intuito de fazer um contraponto aos objetivos do Plano Diretor

Municipal.

!

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! 23!3.2 Causas do aumento do número de habitações em áreas de risco

• Ausência de políticas para adequar a dinâmica demográfica ao

desenvolvimento sustentável • Falta de informação de conhecimentos sobre dinâmica demográfica e

sustentabilidade • Crescimento urbano desordenado • Falta de política e infra-estrutura habitacional • Favelização.

3.3 Assentamentos humanos

!!• Falta de implementação de plano de risco na questão de assentamentos

humanos • Grande número de moradores nas encostas e favelas • Inexistência de política de moradia popular • Ocupações desordenadas • Grandes áreas de risco sem política pública • Falta fiscalização nas construções • Aumento da população • 10% de área plana para assentamentos humanos • Moradias localizadas em área de risco, Área de Proteção Permanente.

3.4. Integração entre meio ambiente e desenvolvimento na tomada de decisões

• Falta de divulgação e implementação do Plano Diretor no município; • Pouca interação entre os governos municipal, estadual e federal nas questões

relacionadas ao meio ambiente;

Page 24: FUNDAÇÃO EDUCACIONAL SERRA DOS ÓRGÃOS UNIFESO … · sobre o gerenciamento da ocupação do território e das áreas de risco de forma ... Figura 1- Fonte: teresopolis.rj.gov.br

! 24!• A falta de um Código Ambiental Municipal;

3.5. Planejamento e o gerenciamento dos recursos terrestres

• Manejo inadequado dos solos; • Fiscalização insuficiente para ordenar o uso do solo; • Ausência de técnicos e infra-estrutura para discutir o tema; • Falta de política e de estudos adequados para o uso do solo (ex: uso

econômico, parcelamento de solo, entre outros); • Pouca integração entre a Secretaria de Meio de Ambiente com a sociedade e

demais órgãos estaduais e federais; • A inatividade do Conselho de Meio Ambiente.

3.6. Desenvolvimento Sustentável das montanhas:

• Falta de um sistema de evacuação de emergência das encostas no caso de

catástrofes; • Ocupação desordenada e indevida de morros, encostas e áreas de proteção; • Plantio das encostas e topos de morro pelo eucalipto e por áreas de

produção; • Falta integração entre conselhos comunitários e a defesa civil; • Falta um programa permanente de circulação de informações sobre as

questões ambientais (seus riscos, seu orçamento e seu gerenciamento); • A falta de um Plano de Manejo para as Unidades de Conservação Municipais

e Estaduais.

Page 25: FUNDAÇÃO EDUCACIONAL SERRA DOS ÓRGÃOS UNIFESO … · sobre o gerenciamento da ocupação do território e das áreas de risco de forma ... Figura 1- Fonte: teresopolis.rj.gov.br

! 25!3.7. Informação para a tomada de decisões

• Baixa qualificação dos recursos humanos para auxiliar na tomada de

decisões; • Falta de divulgação de dados oficiais (diagnósticos) para a tomada de

decisões; • A falta de credibilidade na gestão pública municipal.

!!!!!!!!!

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! 26!4. ENTIDADES GESTORAS

4.1 Sistema Nacional de Defesa Civil

A atuação do SINDEC tem o objetivo de

“Reduzir desastre e compreende ações de prevenção, de preparação para emergências e desastres, de resposta aos desastres e de reconstrução, e se dá de forma multi setorial e nos três níveis de governo – federal, estadual e municipal”.

O órgão é composto pelos órgãos e entidades da União responsáveis pelas ações

de defesa civil, bem como pelos órgãos e entidades dos Estados, Distrito Federal e

Municípios que a ele aderirem.

Criado pelo decreto 7257/2010, o Sistema Nacional de Defesa Civil que tem como

objetivo planejar, articular e coordenar as ações de defesa civil em todo o território

nacional e considera, entre outras coisas:

• defesa civil: conjunto de ações preventivas, de socorro, assistenciais e

recuperativas destinadas a evitar desastres e minimizar seus impactos para a

população e restabelecer a normalidade social;

• ações de prevenção: ações destinadas a reduzir a ocorrência e a intensidade

de desastres, por meio da identificação, mapeamento e monitoramento de

riscos, ameaças e vulnerabilidades locais, incluindo a capacitação da

sociedade em atividades de defesa civil, entre outras estabelecidas pelo

Ministério da Integração Nacional.

O planejamento e a execução das ações de prevenção acima são de

responsabilidade de todos os órgãos integrantes do SINDEC e dos demais órgãos

da Administração Pública federal, estadual, distrital e municipal que setorialmente

Page 27: FUNDAÇÃO EDUCACIONAL SERRA DOS ÓRGÃOS UNIFESO … · sobre o gerenciamento da ocupação do território e das áreas de risco de forma ... Figura 1- Fonte: teresopolis.rj.gov.br

! 27!executem ações nas áreas de saneamento, transporte e habitação, bem assim em

outras áreas de infraestrutura.

Para o alcance de seus objetivos, o SINDEC deverá: • planejar e promover ações de prevenção de desastres naturais,

antropogênicos e mistos, de maior prevalência no País;

• realizar estudos, avaliar e reduzir riscos de desastres;

Para coordenar e integrar as ações do SINDEC em todo o território nacional, o artigo

6º afirma que Secretaria Nacional de Defesa Civil manterá um centro nacional de

gerenciamento de riscos e desastres, com a finalidade de agilizar as ações de

resposta, monitorar desastres, riscos e ameaças de maior prevalência.

!!!!

4.2. Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres

O CENAD tem como objetivo:

“possibilitar, por intermédio do emprego de um sistema informatizado, o gerenciamento de ações preventivas e de respostas, bem como a mobilização de recursos humanos, materiais e equipamentos, no sentido de evitar ou reduzir danos e prejuízos à sociedade, coordenando as informações de riscos de desastre e monitorizando os parâmetros dos eventos adversos, diuturnamente, permitindo o geoprocessamento de dados via satélite”.

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! 28!Estabelece parcerias com os Órgãos Estaduais de Defesa Civil e Instituições

Técnicas, que disponham de recursos humanos, materiais, institucionais e

informações úteis ao desenvolvimento das atividades do SINDEC.

4.3 Secretaria Municipal de Planejamento

A SEPLAN legisla e fiscaliza as edificações. No âmbito municipal, as construções

são subordinadas ao código de obras (Lei 105 de 2007), que dispõe sobre a

elaboração de projetos, o licenciamento e a execução de obras, públicas ou

privadas, em todo o território. Nele, a execução de obra de qualquer natureza

depende de prévia aprovação do projeto. Conforme disposto no Art. 2º:

!!“A execução de obras e edificações deverá observar o disposto nesta Lei, na legislação federal e estadual pertinente, na legislação municipal de parcelamento do solo urbano e de uso e ocupação do solo, observado o que dispõe o Plano Diretor de Desenvolvimento Sustentável de Teresópolis”. !

As construções interferem no meio ambiente e, se não planejado de forma correta,

pode trazer conseqüências indesejadas. Por isso, faz-se necessário estudo sobre os

impactos ambientais provenientes de tais construções e a prática de formas

adequadas de interação com o meio. Os itens que requerem atenção são:

saneamento, permeabilidade do solo, preservação da flora, adequada utilização da

água, entre outros itens.

!O artigo 22 aponta as situações para condição de habite-se, abaixo:

“A concessão da Certidão de Habite-se pelo órgão responsável pela concessão da Licença de Construção, dependerá da realização de vistoria sanitária e de vistoria técnica para verificação das condições de habitabilidade da edificação. É considerada em condições de habitabilidade a edificação que esteja com todos os seus elementos construtivos executados em conformidade com o projeto aprovado e com as instalações hidrossanitárias e elétricas em funcionamento”.

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! 29!4.4 Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Defesa Civil

Também é responsável pela fiscalização de áreas de risco, mas diferentemente da

SEPLAN, que fiscaliza a estrutura das edificações, a Secretaria de Meio Ambiente

cuida das questões do ambiente natural no qual as construções estão ou estariam

inseridas.

! Em Teresópolis seu quadro de funcionários é constituído por 92 servidores, sendo

42 vinculados à Secretaria de Meio Ambiente e 29 à de Defesa Civil.

!!!!Se tratando de planos ligados à minimização das causas e conseqüências de

desastres causados por riscos de enchentes e deslizamentos de terra, existem

quatro deles coordenados pela secretaria em questão, informados pelos próprios

funcionários. São eles:

• Plano Municipal de Redução de Risco (2007) – apontado pela agenda 21

como não implementado; • Plano de Contingência (2007) – Envolve várias Secretarias. Tem a função de

gerenciar eventos adversos. É revisado anualmente; • Plano Chuvas de Verão (2010) - Tem o propósito de intensificar ações

preventivas de ocorrências de enchentes e deslizamentos. Mobiliza todas as

secretarias para dragagem de rios, desentupimento de ralos, construção e

desobstrução de galerias de águas pluviais e demolição de casas em áreas

de risco; • Plano Municipal de Gerenciamento Crise (2011) – É amplo. Engloba as

esferas federal, estadual e municipal. Encontra-se em fase de elaboração.

!

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! 30!Segundo informações da Secretaria, a prefeitura de Teresópolis possui um mapa de

risco, feito pela empresa privada Terrae, onde há 93 áreas mapeadas, conforme

figura abaixo:

!Figura 3 - Fonte: notícias.r7.com

!

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! 31!5. DADOS GEOGRÁFICOS DE TERESÓPOLIS

5.1 Território

Limitando-se com Cachoeiras de Macacú, Magé, Nova Friburgo, São José do Vale

do Rio Preto e Petrópolis, o município de Teresópolis possui território de 770.601

quilômetros quadrados de extensão. Caracteriza-se por sua topografia acidentada e

por grandes desníveis, com altitudes que variam de 100 metros até 2.263 metros.

O Plano Diretor divide o Município em Macrozonas rurais e urbanas, sendo que as

urbanas são:

!• Macrozona 1 - Cidade de Teresópolis, sede do Município; • Macrozona 2 - Cruzeiro, sede do 2º Distrito, e o núcleo urbano de

Pessegueiros; • Macrozona 3 - Bonsucesso, sede do 3º Distrito; • Macrozona 4 - núcleos urbanos de Nhunguaçu (Venda Nova) e de Vargem

Grande; • Macrozona 5 - núcleo urbano de Vieira; • Macrozona 6 - núcleo urbano de Três Córregos; • Macrozona 7 - localidade de Ponte Nova; • Macrozona 8 - localidade de Água Quente; • Macrozona 9 - núcleo urbano de Mottas.

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! 32!5.2 População

Com 163.746 de habitantes sua densidade demográfica é de 212,49 pessoas por

quilômetro quadrado, de acordo com o senso do IBGE (Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística) de 2010.

O crescimento de Teresópolis se fez em um vale, ao longo do Rio Paquequer e seus

afluentes. Os núcleos urbanos se originaram no Alto e na Várzea. Após a construção

da Estrada Rio-Teresópolis, o crescimento aumentou exponencialmente, avançando

sobre encostas e áreas de risco.

!De acordo com dados extraídos do IBGE em 2011, pode-se verificar o crescimento

populacional entre os últimos sensos em dez anos, conforme tabela abaixo:

!

!!Ainda com base no senso do IBGE de 2010, o total da população está dividida

atualmente em !população residente em área urbana, que representa 146.207 ou

89,29% pessoas e população residente em área rural, que equivalem a 17.539 ou

10,72% pessoas.

!!!!!!

ANO 1991 1996 2000 2007 2010

!Nº

habitantes

!120.709

!124.563

!138.081

!150.268

!163.746

Var % ___ 3,19 % 10,85 % 8,83 % 8,97 %

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! 33!!Em Brites (2008, p. 24) encontramos a afirmação de que:

“As projeções de crescimento da população, que devem considerar a contribuição da migração e do crescimento vegetativo, permitem antecipar a quantidade de áreas que seriam necessárias mobilizar para acomodar esse crescimento (....) Para se ter sucesso com essa política habitacional, é condição indispensável que tais medidas sejam associadas à implementação de uma eficiente política de fiscalização e contenção de ocupações irregulares”.

5.3 As habitações

Pelas características geográficas de Teresópolis, as ocupações irregulares são

intensas e encontram-se edificações em terrenos com declividade acentuada, desde

casas bem construídas até as mais precárias. Segundo BRITES (2008, p. 29), são

freqüentes as ocupações irregulares em terrenos de encostas com maior

declividade, demarcados como floresta obrigatória. Em Teresópolis, a ocupação das

encostas é grave, pois o terreno é fortemente ondulado e a retirada da cobertura

vegetal pode provocar danos irreparáveis à população e ao meio ambiente. Cada

vez mais a cidade sobe os morros de forma aleatória e desordenada.

!Teresópolis possui 49 bairros urbanos, distribuídos ao longo dos vales e montanhas

e, conforme citou Luiz Henrique dos Santos Moraes, em seu estudo preliminar para

monografia apresentada no UNIFESO em 2007, os bairros do Caleme e Quinta

Lebrão tem 100% de assentamento informal. Os domicílios informais, segundo ele,

representavam, em 2007, 25% do total do município, percentual que colocava

Teresópolis em 2° lugar no estado, superado apenas por Macaé com 38%.

!!!!

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! 34!!

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! 35!6. DADOS DA TRAGÉDIA

Com informações da Secretaria de Meio Ambiente de Defesa Civil de Teresópolis,

9.110 pessoas foram desalojados e 6.727 estariam desabrigadas. !

O DRM, (Departamento de recursos minerais) informou que pelo menos 70% das

pessoas que morreram não residiam nas áreas, relacionados pela prefeitura como

sendo de risco.

!Os bairros mais atingidos foram:

!• No primeiro distrito - Campo Grande, Jardim Salaco, Imbuí e Granja Florestal; • No segundo distrito - Poço dos Peixes, Santa Rita e Cruzeiro; • No terceiro distrito - Bonsucesso e Vieira.

6.1 As providências

A Defesa Civil de Teresópolis interditou 1.590 residências em área de risco nos três

distritos afetados, a maior parte nas regiões do Caleme, Granja Florestal e Salaco.

Em nota ao Globo o Secretário do órgão diz que a geografia dos três distritos do

município foi modificada, fazendo surgir novas áreas com risco de deslizamentos e

enchentes. O trabalho foi feito por 92 profissionais da Secretaria de Meio Ambiente e

Defesa Civil com a ajuda de 100 voluntários, diz o secretário.

!Como solução imediata, o Incra/RJ (Instituto Nacional de Colonização e Reforma

Agrária) tem buscado identificar imóveis na região que possam ser objeto de

desapropriação e reassentamento, explica o superintendente regional Gustavo

Souto de Noronha.

!

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! 36!Segundo informações na mídia virtual, o Secretário do DRM diz que:

Um novo mapeamento da região serrana do Rio de Janeiro “está sendo feito por 12 geólogos, que trabalham intensamente nos municípios de Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo desde o dia da enchente. O governo federal quer mudar a legislação sobre uso e ocupação do solo para evitar novas tragédias. Uma das possibilidades será a punição para agentes públicos responsáveis pela ordenação territorial das cidades”.

!!!!!!!!!!!!!!!

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! 37!7. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

É do senso comum que a ações do poder público se encontram aquém das

necessidades e expectat ivas da população. Sua at i tude morosa e

descompromissada gera visão de ingerência por parte dos civis, fazendo com que

esses reflitam o comportamento negligente.

!A demanda da crescente população por serviços públicos obriga as entidades

responsáveis por eles a traçar objetivos, diretrizes, estratégias e planos de ação

eficazes de modo a otimizar seu trabalho. Contudo, de nada adianta o planejamento

sem a adequada execução e controle das atividades.

!“Uma administração pública moderna e competente é o sonho de todo administrador

público responsável”, inicia OLIVEIRA (2008, p. 11), refletindo sobre a importância

de promover uma gestão pública mais eficiente.

!O dilema da esfera da administração pública é adaptar para sua estrutura

burocrática, os novos modelos de gestão contemporânea. Como afirma PEREIRA

(2002, p. 49), o pressuposto de eficiência, de racionalidade instrumental em que a

burocracia se baseava não se tornou real.

!Diante desse cenário, a questão da reforma do Estado, torna-se central e, Pereira,

(2006, p. 8) constata que:

“A abordagem gerencial, também conhecida como nova administração pública parte do reconhecimento de que os estados democráticos contemporâneos não são simples instrumentos para garantir a propriedade e os contratos, mas formulam e implementam políticas públicas estratégicas(...). E para isso é necessário que o Estado utilize forma gerenciais modernas, sem perder de vista sua função eminentemente pública(...)”.

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! 38!O autor reconhece ainda que as novas funções do Estado em um mundo

globalizado exigem novas competências, novas estratégias administrativas, e novas

instituições.

!Fernando Henrique Cardoso (2006), em prefácio da publicação acima referida – que

contém explanação de inúmeras personalidades da esfera pública - se pronuncia

defendendo a reforma do estado sob vários aspectos, inclusive o da qualidade,

produtividade e resultados:

“(...) temos que preparar nossa administração para a superação dos modelos burocráticos do passado, de forma a incorporar técnicas gerenciais que introduzam na cultura do trabalho público, as noções indispensáveis de qualidade, produtividade, resultados, responsabilidades dos funcionários, entre outras”.

Nos últimos anos, no âmbito da administração privada, têm-se falado de novos

modelos de gerencia, principalmente no que se refere a foco em resultados e

objetivos. Na administração pública não deve ser diferente. PEREIRA (2002, p. 54)

cita a reforma da Grã-Bretanha , através do programa Next Steps (Póximos Passos)

o qual, a partir de 1988 teve papel fundamental na reforma gerencial britânica. As

Executive Agencies (Agencias Executivas) são “organizações estruturadas em

unidades coesas, com pessoal de perfil gerencial e ligadas por objetivos comuns de

política pública.(...) Há mais ênfase na clara definição de responsabilidades”. As

agências são regidas por um princípio que dá, na mesma proporção, autonomia e

responsabilidades.

!Os principais conceitos dessa reforma são elencados por Pereira (2002, p. 54 e 55).

São eles: a valorização das funções gerenciais; o controle dos resultados; a

autonomia de gestão e a responsabilidade individual. Nesta publicação, encontram-

se exemplos de reformas estatais nos países desenvolvidos, durante as décadas de

80 e 90.

!

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! 39!O gerenciamento eficaz da informação é outro ponto para atenção, pois a tecnologia

tem proporcionado a criação de equipamentos cada vez mais sofisticados,

programas eletrônicos de bancos de dados e novas técnicas de trabalho. Existindo

os recursos, torna-se obrigatória a adequada utilização. Segundo Souza, (2005, p.

172), tão importante quanto levantar dados fidedignos é saber interpretá-los de

forma adequada, pois ninguém está livre de cometer erros graves de avaliação.

Mesmo possuindo acesso a dados de qualidade, podemos fracassar nos esforços

de controle se não soubermos interpretá-los corretamente.

!Nas considerações feitas por Fernando Henrique Cardoso, em Pereira (2002,

Contracapa), o que se propõe é um Estado que favoreça as condições para o

crescimento da economia e o acesso aos serviços públicos, priorizando as

demandas das camadas mais pobres.

!Enfim, faz-se necessário um Estado que planeje, regulamente, implemente, fiscalize

e monitore as ações de forma efetiva.

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! 40!CONCLUSÃO

A ocorrência e a intensidade dos desastres depende do grau de vulnerabilidade das

áreas e da forma como ela é ocupada pela população. Em função da ocupação

desordenada do solo, desrespeitando as legislações, federal, estadual e municipal

as áreas tornam-se mais suscetíveis aos desastres ambientais como enchentes,

enxurradas, alagamentos e deslizamentos de terra.

!Mapear detalhadamente as áreas afetadas é algo que pode demorar. Antes disso,

devem ser identificadas áreas de perigo iminente, pois depois que encostas

desabam, novos deslizamentos podem acontecer.

!É difícil vislumbrar perspectivas otimistas em relação ao futuro da ocupação do solo

no município de Teresópolis. O relevo da região possui declividade acentuada, não

tendo muitos espaços para reassentamentos populacionais. As medidas que devem

ser tomadas estão relacionadas diretamente à vontade do poder executivo municipal

no longo prazo, através da implementação de políticas de fiscalização e

reassentamento das populações residentes nas áreas de risco.

!A criação de planos de emergência e monitoramento dos pontos críticos, mapas

geotérmicos e índices pluviométricos das áreas de risco não evitam os desastres

naturais, porém auxiliam no gerenciamento das ações preventivas e evacuação de

áreas que ainda não se caracterizam como de risco evitando mortes como as da

tragédia de 12 de janeiro.

Havendo o comprometimento do órgão público municipal responsável pelo

gerenciamento da ocupação do território através de sistema de cadastro,

mapeamento, fiscalização, monitoramento, e alerta, essa vulnerabilidade será

menor, assim como suas conseqüências. Ou seja, medidas preventivas são

essenciais para minimizar o desastre.

O grande desafio do poder público, principalmente municipal, é o de sensibilizar e

mobilizar os recursos humanos envolvidos de forma a instigar o comprometimento

com a causa, aproveitando a tecnologia e os novos modelos de gestão existentes, e

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! 41!caminhar para o contínuo desenvolvimento, trabalhando para não cometer os

mesmos erros do passado. Os acontecimentos, como as conseqüências da tragédia

que assolou Teresópolis, devem ser vistos como o feedback em relação à qualidade

da gerência do poder público.

!!!!!!!!!!!!!!!

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! 42!REFERÊNCIAS

Áreas de Risco na cidade de Teresópolis. Disponível em: http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/noticias/situacao-em-teresopolis-continua-caotica-com-quase-16-mil-pessoas-fora-de-casa-20110311.html. Acesso em: 19/Mai/2011. !BRITES, Valéria de Oliveira. SECCHIN, Jucimar André; SILVA, Telma de Amorim Freitas; Temas de administração imobiliária. Teresópolis: Guemanisse, 2008. !Código Florestal Brasileiro Disponível em: http://www.jb.com.br/pais/noticias/2011/05/25/veja-os-principais-pontos-da-proposta-do-novo-codigo-florestal/ Acesso em: 19/Mai/2011. !Constituição da República Federativa do Brasil de 5 de outubro de 1988. Senado Federal. !KEYNES, John Maynard. Teoria Geral do emprego, do juro e do dinheiro. São Paulo: Fundo de Cultura, 1964. !Lei complementar municipal nº 079, de 20 de outubro de 2006. Prefeitura Municipal de Teresópolis. !Lei Municipal Complementar n 105 de 19 de dezembro de 2007. Prefeitura Municipal de Teresópolis. !Lei n 6766 de 19 de dezembro de 1979. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. !MORAES, Luiz Henrique dos Santos. O Plano Diretor, o mercado imobiliário e as

perspectivas na cidade de Teresópolis. 2007 40 f. Monografia: UNIFESO.

Teresópolis – RJ.

!.

OLIVEIRA, Fátima Bayma de. Política de Gestão Pública Integrada. Rio de Janeiro:

FGV, 2008.

!PEREIRA, Luiz Carlos Bresser. Reforma do Estado para a cidadania: A reforma

gerencial brasileira e a perspectiva internacional. São Paulo: ENAP, 2002.

!

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! 43!PEREIRA, Luiz Carlos Bresser Gonçalves; SPINK, Peter Kevin. Reforma do Estado

e Administração Pública Gerencial. 7. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2006.

!Relatório de Inspeção. Ministério do Meio Ambiente. Secretaria de Biodiversidade e Florestas.Disponívelem:http://www.mma.gov.br/estruturas/182/_arquivos/relatoriotragediarj_182.pdf Acesso em: 18/Mai/2011. !!SOUZA, Agamenon Rocha; FERREIRA, Victor Claudio Paradela.Introdução à Administração. Rio de Janeiro: Pontal, 2006. ! Disponívelem:http://www.agenda21comperj.com.br/sites/localhost/files/Diagnóstico

%20por%20capítulo_Teresópolis.pdf Acesso em: 23/Mai/2011.

!-Disponível em: http://www.defesacivil.gov.br/cenad/index.asp Acesso em: 23/Mai/2011 !-Disponível em: http://www.guiame.com.br/v4/95922-1456-Depois-de-interditar-1-590-im-veis-Teres-polis-come-a-demoli-es.html Acesso em: 19/Mai/2011 !-Disponível em: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/chuvas-no-rj/noticia/2011/02/defesa-civil-de-teresopolis-interdita-550-casas-em-area-de-risco.html Acesso em: 19/Mai/2011 !-Disponível em: http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1 Acesso em: 25/Mai/2011 !-Disponível em: http://www.incra.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=15752:incrarj-finaliza-vistoria-em-assentamento-atingido-pelas-chuvas-na-regiao-serrana&catid=1:ultimas&Itemid=278 Acesso em: 24/Mai/2011 !-Disponível em: ttp://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=18&idConteudo=597 Acesso em: 24/Mai/2011. !!Disponívelem:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato20072010/2010/Decreto/

D7257.htm Acesso em: 24/Mai/2011.

!-Disponível em: http://www.teresopolison.com/chuvas_de_verao_pref.htm Acesso em: 25/Mai/2011. !!!!

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! 44!FUNDAÇÃO EDUCACIONAL SERRA DOS ÓRGÃOS CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO !!

TERMO DE APROVAÇÃO DE TRABALHO DE CURSO !

O TRABALHO GERENCIAMENTO DAS ÁREAS DE RISCO PELO PODER PÚBLICO MUNICIPAL DE TERESÓPOLIS !

RELATO DE CASO !

E l a b o r a d o p e l a a l u n a H E L E N A SOBREIRA FELIPPE, foi aprovado por t o d o s o s m e m b r o s d a b a n c a examinadora, com a média _______, após apresentação oral no dia 22 de junho de 2011, e aceito pelo Curso de Graduação em Administração.

!!!

Teresópolis, __ de ___________ de _______ !!Banca Examinadora: !!!

_________________________________ !Prof. Jucimar André Secchin !!

_________________________________ Profª. Rita de Cássia da Silva Mello !!

_________________________________ Prof. Álvaro Eduardo dos Anjos Oliveira