funções ecológicas estudo de caso 03

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CURSO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL - Sobral, Ceará. Curso Licenciamento Ambiental 17 DE OUTUBRO DE 2009 Módulo II FUNÇÕES ECOLÓGICAS £ ESTUDOS DE CASO Sobral, Ceará.

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CURSO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL - Sobral, Ceará.

Curso Licenciamento Ambiental

17 DE OUTUBRO DE 2009

Módulo II

FUNÇÕES ECOLÓGICAS

£

ESTUDOS DE CASO

Sobral, Ceará.

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1. Conceitos preliminares

2. Caatinga, Serras úmidas e ecossistemas litorâneos

3. Estudo de Caso I – EIA-RIMA do Eixo Jaguaribe / Icapuí – Trecho da Transposição do Rio São Francisco

4. Código Florestal Brasileiro

5. APPs e Restrições Ambientais

6. Estudo de Caso II – Marbello Prasa – Empreendimento Turístico em Lagoinha, Paraipaba-CE

Ementa – Módulo II

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Geólogo, UNIFOR. Mestrando em Desenvolvimento e Meio Ambiente, na área de Manejo Racional dos Recursos Naturais na – UFC. Autor da Pesquisa: Impactos Ambientais da Ocupação Turística do Litoral Cearense, consultor ambiental e coordenador de vários EIA-RIMA de empreendimentos de grande porte no Ceará e em outros Estados.

Ricardo Augusto Moreira Theophilo

Facilitador

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Eixo de Integração Jaguaribe /

Icapuí

O Empreendimento

A idéia de perenizar o Córrego da Mata Fresca surgiu, mediante um sistema de adução com captação no rio Jaguaribe, situada a cerca de 16 km, em linha reta, das cabeceiras mais próximas; isto permitiria obter os seguintes benefícios:• Substituir as atuais fontes hídricas subterrâneas, com os problemas de sobre-bombeamento e falta de segurança, por águas superficiais de boa qualidade, resolvendo tanto os problemas da irrigação como os de abastecimento humano;• Aproveitar o sistema de adução do rio Jaguaribe para suprir com água de irrigação diversos projetos privados de irrigação; como um projeto com cerca de 5.000 ha irrigados, que a empresa MAISA pretendia implantar ao Sul da Serra Dantas, estendendo-se até a divisa com o Rio Grande do Norte;• Eventualmente, fornecer água de abastecimento às populações da faixa costeira do município de Icapuí, entre a cidade de Icapuí e a praia de Manibu.

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A Bacia Hidrográfica

• Caracteriza a área física onde se implantará o empreendimento• O córrego da Mata Fresca drena uma área da ordem de 1.843 km² - • Situada no extremo Nordeste do Ceará, à Leste da bacia do Jaguaribe• Parte da BH fica no Estado do Rio Grande do Norte, configurando, do ponto de vista legal, uma bacia federal. • Trata-se de um curso d’água temporário• Na AID tem um leito muito mal definido, parte do qual utilizado para fins agrícolas• O último ano em que houve cheia nesse trecho do riacho foi o de 1985, quando ocorreu, aliás, o arrombamento do açude da Fazenda Queimadas; na oportunidade, a violência das águas destruiu os bueiros da BR-304, além de provocar sérios prejuízos às populações; relatos de moradores indicam que no povoado de Cajazeiras as águas atingiram o nível do altar da igreja e os degraus de entrada do cemitério, além de invadirem numerosas residências.

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Justificativa

O Projeto de Engenharia das Obras do Eixo de Integração Jaguaribe – Icapuí justifica-se pela ótica do desenvolvimento, quer seja do ponto de vista social quanto econômico, pois a disposição de água ao vale do Córrego da Mata Fresca deverá fomentar a prática da irrigação, beneficiando diretamente empresas, áreas de assentamento do INCRA e pequenos proprietários locais. Deve-se ressaltar, de outro lado, que sem o sistema de adução ora cogitado, os maiores projetos privados identificados só poderiam ser implantados mediante sistemas próprios de captação no Jaguaribe; ou, então, explorando as águas subterrâneas, como ocorreu na MAISA, perto da cidade de Mossoró. Nesse caso as águas subterrâneas não seriam suficientes para abastecer a todos; Para o sistema de adução previsto e sem o suprimento de água no vale da Mata Fresca às empreitadas teriam um custo totalmente incompatível com a capacidade de pagamento dos seus usuários. Se a situação encontrada no vale justificaria, do ponto de vista social, a intervenção do Poder Público, o atendimento das demandas de água da irrigação empresarial é um fator que deverá contribuir ainda mais decisivamente, para viabilizar econômica e financeiramente o empreendimento.

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Justificativa Técnica

A água subterrânea que possibilitou um desenvolvimento para 200 propriedades familiares, extraída em mais de 200 poços tubulares ou amazonas, tem elevados teores de sais, mormente carbonatos, com águas que se inserem, via de regra na categoria C3-S2 da classificação ‘Riverside’ de águas para irrigação; isto gera os seguintes problemas, atuais ou potenciais, para o vale:• A água extraída não é potável, o que obriga as populações a se abastecerem de maneira muito precária, através de cisternas que recolhem as água da chuva; ou a trazê-la desde fontes locais menos salobras; aqueles que tem mais posses utilizam água trazida em caminhões-pipa desde Aracati, a mais de 60 km de distância;• A ‘dureza’ das águas provoca incrustações nos componentes dos circuitos hidráulicos dos sistemas de irrigação, inclusive, até, nos orifícios dos gotejadores;• Segundo informações colhidas, em campo, pela equipe do PROGERIRH, irrigantes queixavam-se, também, da escassez de água, que os impediria de irrigar áreas maiores, tendo-se referido, inclusive, ao abandono da irrigação em algumas áreas, por falta de água; • Finalmente, ainda não se sabe quais serão as conseqüências, para os solos, da irrigação com águas com teores tão altos de sais que o seu emprego em irrigação é desaconselhável; de fato, a irrigação, na área, ainda é relativamente recente, além do que parte dela é praticada em solos de textura muito leve, inclusive Areias Quartzosas sem estrutura, cuja elevada drenabilidade, associada a uma precipitação acima da média estadual, favorecem a drenagem interna.

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Qualificação Ambiental

Todo o projeto foi sendo concebido através do estudo de alternativas, sendo as melhores escolhas baseadas nas variáveis de engenharia, economia e meio ambiente, paritariamente, resultando numa concepção final bem ajustada tecnicamente à realidade local, aos objetivos desejados, à minimização dos impactos ambientais adversos, e à disponibilidade de recursos financeiros.

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Localização

A área de influência do Projeto de Engenharia das Obras do Eixo de Integração Jaguaribe – Icapuí, insere-se nos municípios de Aracati, Jaguaruana e Icapuí, totalizando uma área física e territorial de 2.451,8 km², correspondendo a 1,67% do território cearense.

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Áreas de Influência

Este espaço geográfico compreende uma pequena área da bacia hidrográfica do Rio Jaguaribe e cerca de 23,05% da superfície da bacia hidrográfica do Córrego da Mata Fresca que possui uma área total de 1.843 km² que se estende pelos Estados do Ceará e Rio Grande do Norte. Ao longo da área de estudo, limitam-se também duas pequenas bacias hidrográficas, dentro da área de influência funcional do empreendimento, que são as bacias do riacho Cajuais e do Córrego

Gangorra.

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Limitações Ambientais

Foram criados dois grupos de restrições, as primeiras quanto ao sistema natural e as demais quanto ao sistema antrópico, todas considerando principalmente a fase de operação do sistema do canal, já que durante a fase de implantação serão impactados alguns outros ecossistemas, independente de qualquer traçado que venha a ser escolhido por essa metodologia, mas no entanto esse elenco destacado é assaz mais significativo tendo em consideração que alterações neles levariam a um desdobramento em cadeia de porte indefinido, mas certamente muito elevado, inclusive com perecimento de espécies na área.

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Icapuí Nos Termos de Referência que instruíram o Projeto de Engenharia das Obras do Eixo de Integração Jaguaribe – Icapuí indicou-se um possível traçado do sistema adutor, com uma captação na beira do rio Jaguaribe, perto da localidade de Barro Vermelho, seguida de um conjunto elevatória-adutora que alimentaria um canal na cota 40 m, com aproximadamente 44 km de extensão, aduzindo as águas até o local conhecido como lagoa dos Passa - que apesar do nome apresenta-se totalmente seco - situado nas cabeceiras de um dos formadores do Córrego da Mata Fresca. Desse ponto em diante os Termos de Referência não previram mais obras, admitindo que seria suficiente assegurar a perenização do córrego.O ponto de partida dos estudos realizados foi o elenco de quatro alternativas do traçado das obras que aduziriam água do rio Jaguaribe até a Lagoa dos Passa, ou um local próximo. Cabe salientar que a definição desses traçados foi feita com base nas possibilidades oferecidas pelo relevo local, sem considerar, ainda, as áreas a serem beneficiadas ao longo de cada caminhamento, de vez que o objetivo era de estudar alternativas de adução do rio Jaguaribe até as cabeceiras do Córrego da Mata Fresca.Na elaboração da sua proposta, a Equipe Técnica teve a impressão de que deveria ser possível encurtar as obras de adução, mediante o deslocamento da captação para jusante; assim sendo, naquela oportunidade examinou-se as folhas na escala 1/25.000 do antigo DNOS, o que lhe permitiu esboçar três traçados alternativos, que foram denominados alternativas B, C e D, tendo sido a letra A reservada para o traçado original, apresentado nos Termos de Referência.

O Projeto e suas Alternativas

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Esses estudos preliminares permitiram que se apontassem as seguintes possibilidades de traçado: Alternativa A: consistiu em manter o traçado inicial, com uma única alteração, qual seja a de deslocar a estação elevatória cerca de 1 km para Leste, de modo que esse comprimento de adutora seja substituído por um canal de aproximação, de custo bem menor.Alternativa B: a captação seria deslocada cerca de 13 km para jusante, ficando perto do local denominado Estreito; após um canal de aproximação de 3,2 km no sentido Norte-Sul, contornando a lagoa do Saco, uma elevatória recalcaria a água numa tubulação adutora de 2,7 km, que alcançaria o canal da Alternativa A no seu km 5,8; face à declividade do rio Jaguaribe, a captação seria feita numa cota 1,8 m mais baixa.Alternativa C: neste caso haveria um deslocamento adicional da tomada d’água de 4,3 km, até as proximidades da localidade de Várzea Preta; aí teria início um sistema de adução de 4 km, parte como canal de aproximação e a parte restante como adutora, de modo a alcançar o canal da Alternativa A no seu km 21,3; a cota de captação ficaria perto de 4,2 m mais baixa que na Alternativa A.Alternativa D: a captação seria deslocada de 8,7 km adicionais, num total de 26 km em relação à Alternativa A, ficando nas proximidades de Antonópolis, onde o nível de captação seria de 7,8 m mais baixo, sempre em relação à Alternativa A; a parte inicial do sistema adutor teria a direção geral Oeste-Leste, com um canal de aproximação de 7 km, seguido de uma elevatória recalcando até a cota 20 m, mediante uma tubulação de apenas 200 m; a seguir viria um canal de 10 km, alimentando uma segunda elevatória, que mediante uma adutora de 2 km, alcançaria a lagoa dos Passa; para aduzir água ao projeto Canaã (MAISA) seria suficiente implantar um canal de 2 km na cota aproximada 40 m, no mesmo traçado da Alternativa A, porém com sentido de escoamento invertido.

O Projeto e suas Alternativas

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Resumo das Alternativas

ALTERNATIVA A B C D

Canal de aproximação (km) 2,96 2,43 2,48 8,87

Adutoras (km) 1,93 1,92 1,49 1,40

Canal de adução (km) 43,92 38,36 24,58 11,61

SOMA 48,81 42,71 28,55 21,88

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Limitações Ambientais

Restrições ao Sistema Natural:

Desestabilização de Encostas; Interferência no Ecossistema de Mangue; Anteparo à Corredor Ecológico; Alteração na Faixa de Proteção dos Recursos Hídricos.

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Limitações Ambientais

Restrições Antrópicas:

Demolição e Desalojamento; Anteparo à Infraestrutura Existente; Interferência à Corredor Pastoril; Seccionamento de Propriedades.

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Limitações Ambientais

RESTRIÇÕES AMBIENTAIS PONTUAÇÃO

As Encostas Não Devem Ser Desestabilizadas ou Edafisadas

Obras Perpendiculares na EncostaObras Paralelas à Frente de EncostaObras em Frente de Escarpa

82

10

Interferência no Ecossistema de Mangue

Provocar Interdição no Escoamento NaturalProvocar Elevação no Escoamento NaturalProvocar Escoamento Artificial

88

10

Anteparo à Corredor Ecológico

Dificultar Mobilidade da FaunaAlterar Equilíbrio EcológicoDesmatamento

669

Alteração na Faixa de Proteção dos Recursos Hídricos

Rios e RiachosAçudesÁreas de Planície de InundaçãoDesmatamento de Corpo Ciliar

412

10

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Limitações Ambientais

RESTRIÇÕES AMBIENTAIS PONTUAÇÃO

Demolição e Desalojamento

Demolição Total de ResidênciaDemolição Parcial de ResidênciaRemoção de PopulaçãoDemolição Total de Infra-Estrutura PessoalDemolição Parcial de Infra-Estrutura Pessoal

106

1065

Anteparo à Infra-Estrutura Existente

EstradasCaminhos

11

Interferência à Corredor Pastoril

LocalRegional

52

Seccionamento de Propriedades

AgrícolasMinerárias em LavraMinerárias Requeridas

3106

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Justificativa das Restrições

Desestabilização de EncostasNa Chapada do Apodi, há encostas contínuas e descontínuas, ambas com ou sem escarpas, sendo que obras de construção de sistemas adutores em sentido perpendicular às frentes provocarão diretamente a desestabilização dos taludes, incrementando a erosão local e o assoreamento junto ao vale do rio Jaguaribe. Ao contrário, obras de construção em direção paralelas à essa frente, mesmo que não insiram-se nelas, tendem a edafisar a encosta, o que também provoca alteração na dinâmica sedimentar atual, restringindo-a, ou seja, em qualquer condição devem ser tomados distanciamentos da faixa de encosta, e em se tratando de encosta escarpada, com ângulos de declividade próximos à 90º, todas as obras devem ser evitadas.Interferência no Ecossistema de MangueOs mangues são áreas protegidas pela legislação federal e estadual, sendo área de criação e reprodução de inúmeras espécies fluvio-marinhas, algumas das quais com pouco ou nenhum conhecimento antrópico sobre elas, sendo que a alteração na quantidade de água aportada ao mangue poderá provocar desequilíbrio ecológico imediato, com a superação de uma ou algumas espécies sobre as demais, e chegando mesmo a provocar o perecimento local de algumas espécies, sendo que essa condição de desequilíbrio estende-se mais além, incluindo a faixa oceânica costeira, cujas as mais variadas espécies utilizam-se daquele ambiente para procriação, descanso ou alimentação, ou de forma indireta, alimentando-se de espécies que cohabitam o sistema de mangue.

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Justificativa das Restrições

Anteparo à Corredor EcológicoOs corredores ecológicos são as áreas por onde circula a fauna, e que permitem a interação com os elementos da flora, assim sendo a interrupção na mobilidade refere-se muito mais diretamente aos animais terrestres, já que não haverá impedimento de circulação da fauna alada e parte da fauna de insetos, sendo essa também alada, o que minimiza os impactos na flora, pois a polinização se dá mais insistentemente com insetos alados, porém há diversos casos de disseminação de sementes em que a fauna terrestre é responsável, e o impedimento em sua mobilidade trará também impedimento na evolução da flora, alterando a dinâmica do ecossistema local como um todo, além da condição pontual de desmatamento, que levará ao perecimento imediato de inúmeros indivíduos da fauna.Alteração na Faixa de Proteção dos Recursos Hídricos O sistema hídrico superficial interage diretamente com os componentes da fauna e flora, sendo indispensável sua manutenção para a sobrevida de outros, sendo que a interrupção na circulação hídrica provocará desequilíbrio local e temporal, em condição acentuada quando na remoção de mata ciliar, e/ou na alteração dos padrões das áreas de planície de inundação marginais. Todo o sistema hídrico é protegido pelas legislações federal e estadual, tendo em vista ser indispensável para a manutenção da vida.

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Demolição e DesalojamentoSomente ligado à fase de construção esse aspecto é relacionado para permitir modificações e ajustes de traçado tendo em vista a presença de habitações e outras obras de infra-estrutura pessoal e ou empresarial, em decorrência do tipo de remoção que se realize, estão ponderados índices diferenciados, agravando-se essa condição, quando exigir remoção de famílias, que demandam um reassentamento, e isso resulta na ocupação de outras áreas em detrimento do meio ambiente, pois certamente a nova área também haverá de sofrer impactos com uma nova ocupação antrópica.Anteparo à Infra-Estrutura ExistenteNo sentido de qualquer traçado planejado, o canal haverá de interferir com estradas e caminhos em uso pela população local e regional em seus deslocamentos de lazer e/ou trabalho, o que exigirá deslocamentos dessa população afetada para outros caminhos, muitos dos quais ampliando-lhes as distâncias de deslocamento, e alterando seu comportamento. Essa condição, exprime-se também em alteração das condições naturais, notadamente em relação ao trânsito veicular, e suas emissões de dióxido e monóxido de carbono, que serão incrementadas com o aumento no percurso.

Justificativa das Restrições

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Interferência à Corredor PastorilOs corredores pastoris são utilizados para alimentação e/ou desedentação dos gados em cria, e nesse sentido, principalmente nos anos de seca, são comuns as mobilizações de gados da área de topo da Chapada do Apodi em busca de água e alimento no rio Jaguaribe, sendo essa uma mobilização caracterizada como regional. No aspecto de mobilização local, incluem-se áreas de alimentação e desedentação dentro de uma mesma propriedade, levando aos mesmos conflitos, e em dependência da condição imposta localmente, poderá haver uma completa interrupção nesse corredor, pois podem haver casos onde não venham a existir rotas opcionais.Seccionamento de PropriedadesNesse sentido, os agravantes incluem diversos pontos já justificados em itens anteriores, mas devem preponderar valores econômicos, com a desvalorização monetária da propriedades agrícolas seccionadas. No setor minerário, a construção do canal deverá provocar alterações nos volumes medidos das jazidas e minas, sendo essa alteração sempre no sentido de diminuição dos volumes aproveitáveis.

Justificativa das Restrições

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Os Estudos Básicos foram desenvolvidos considerando o estudo de diversas Alternativas de Traçado do Projeto de Engenharia das Obras do Eixo de Integração Jaguaribe – Icapuí, que foram sendo avaliadas sob os aspectos: ambiental, social e econômico. Alternativas estudadas:

• Alternativa A1• Alternativa C1• Alternativa D1• Alternativa D2• Alternativa D2’

Alternativas Estudadas

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Resumo das Alternativas

ALTERNATIVA C1 D1 D2

Canal de aproximação (km) 2,48 10,99 3,69

Adutoras (km) 1,17 0,98 1,41

Canal de adução (km) 23,37 10,43 22,38

SOMA 27,02 22,40 27,48

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A Alternativa A1, compreende que o ponto de captação seja aproximadamente localizado à 1.000 metros ao sul da localidade de Barro Vermelho, com com coordenadas UTM (Universal Transversa de Mercator) também aproximadas de 9.449.200 N e 621.500 E, e captação na cota + 40 m, de onde se estenderia o canal até o ponto de congruência num reservatório ao norte da Lagoa dos Passa, tendo boa parte de seu trecho margeando a encosta da chapada do Apodi, pela cota + 35 m.

Alternativa A1

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A Alternativa C1, compreende um ponto de captação situado na localidade de Várzea Preta, com coordenadas UTM aproximadas de 9.458.430 N e 634.200 E, e quando atinge os contrafortes do Apodi, segue pela cota + 35 metros, até atingir a serra Dantas, quando converge para o reservatório ao norte da lagoa dos Passa.

Alternativa C1

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O grupo de Alternativas D, compreende a captação na localidade de Antonópolis, com coordenadas UTM aproximadas de 9.468.400 N e 639.100 E, e comporta três opções de traçado, sendo a divisão tomada após percorridos aproximados 1.100 metros da captação, quando a Alternativa D1, assume o bordejamento do Lagamar São José, passando paralela ao Córrego do Feijão, passando pelas fazendas Chaves e Campos, até as proximidades da fazenda Boa Esperança, quando inflexiona para nordeste, até atingir o reservatório próximo a Lagoa dos Passas. A Alternativa D2, toma um rumo inicial para sul-sudeste, em direção ao Apodi, tomando o mesmo traçado da opção C1, ou seja, pela cota + 35 metros, até alcançar o mesmo objetivo. A terceira Alternativa denominada D2’, compõe-se do mesmo traçado da Alternativa D2, e inclui uma adutora que elevará a água para o topo da Chapada do Apodi, a partir de um mesmo ponto de captação, próximo a captação da Alternativa A1, representando assim dois pontos de captação distintos. As águas da adutora destinam-se a um reservatório artificial, de onde serão empregadas em irrigação no topo da Chapada.

Alternativas D

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Traçados das Alternativas

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A seleção da alternativa para detalhamento ao nível de projeto executivo, implica na definição de diversas variáveis, às vezes independentes, quais sejam: Alternativas de traçado do sistema adutor, algumas comportando uma possível variante, no seu trecho final; Os impactos ambientais dessas alternativas, a serem objeto de avaliações comparativas preliminares, foram contemporâneas e compatíveis com o andamento dos estudos de engenharia (dentro do princípio just in time); A extensão total e a localização espacial das áreas a serem irrigadas ao longo do sistema adutor, para cada alternativa de traçado (elas são as mesmas no trecho situado a jusante da lagoa dos Passa); A obediência à limitação do volume anual de água passível de ser captado no Jaguaribe; O custo unitário da água, para cada combinação dos fatores acima; O interesse manifestado pelos beneficiários potenciais.

Entende-se que as análises técnicas e econômicas serviram para um balizamento inicial dos estudos comparativos; no entanto, a decisão final que foi tomada pela SRH e dependeu tanto da posição a ser adotada pelos beneficiários potenciais do empreendimento, quanto de considerações de ordem social, política e ambiental, tudo dentro de uma abordagem holística do problema e que resultaram na escolha da Alternativa D2.

Escolha D2

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A escolha entre as Alternativas é eminentemente definida em função locacional, pois Alternativas tecnológicas, relativas ao modo construtivo das obras, são pouco afeitas à alterações, embora na fase de elaboração final do projeto executivo essas possam vir a ocorrer. Nesse aspecto, é conveniente esclarecer que as tecnologias de construção de sistemas de captação, adução e canalização de águas, são comumente empregadas no Ceará, sendo assim de domínio e conhecimento comum, resultando em sistemas práticos e funcionais.

Justificativa da Escolha

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A escolha entre as Alternativas é eminentemente definida em função locacional, pois Alternativas tecnológicas, relativas ao modo construtivo das obras, são pouco afeitas à alterações, embora na fase de elaboração final do projeto executivo essas possam vir a ocorrer. Nesse aspecto, é conveniente esclarecer que as tecnologias de construção de sistemas de captação, adução e canalização de águas, são comumente empregadas no Ceará, sendo assim de domínio e conhecimento comum, resultando em sistemas práticos e funcionais.

Justificativa da Escolha

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Impactos Ambientais

#MEIO ABIÓTICO MEIO BIÓTICO MEIO ANTRÓPICO TOTALIZAÇÃO

(+) (-) (+) (-) (+) (-) (+) (-)

D23 35 16 38 98 9 117 85

-32 -22 89 35

C13 41 16 39 95 9 114 89

-38 -23 86 25

D2’4 47 16 51 98 10 118 108

-43 -35 88 10

A14 52 24 51 85 17 113 120

-48 -27 68 -7

D14 32 12 32 49 8 65 72

-28 -20 41 -7

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Impactos Ambientais

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Impactos Ambientais

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Impactos Ambientais

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CURSO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL - Sobral, Ceará.

Eixo de Integração Jaguaribe /

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Impactos Ambientais

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Impactos Ambientais

0

20

40

60

80

100

120

A1 C1 D1 D2 D2'

(+) (-)

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Impactos Ambientais

-60 -40 -20 0 20 40 60 80 100

A1

C1

D1

D2

D2'

Abiótico Biótico Antrópico

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Comentários sobre as Alternativas

Alternativa A1: sendo a alternativa com obras lineares mais longas, com mais desmatamento e maior movimento de terra, ela gera maiores impactos negativos tanto sobre o meio biótico como abiótico; do ponto de vista social, mais da metade do canal atravessa áreas praticamente despovoadas; o fato de permitir irrigação na Chapada do Apodi é positivo, por gerar emprego e renda, embora isto não se repercuta na área do Eixo de Integração propriamente dita.

Alternativa C1: sendo a alternativa com o segundo maior comprimento de obras lineares, aplicam-se a ela, embora em menor grau, os comentários tecidos sobre os impactos advindos das ações do desmatamento e do movimento de terra; além disso, um trecho do canal passa perto da encosta da Chapada do Apodi, o que não é muito desejável; no que se refere à parte social, ela impacta beneficamente sobre trechos mais povoados, sem implicar em deslocamentos populacionais.

Alternativa D1: sendo a alternativa que demanda o menor comprimento de obras lineares, é a que tem os menores impactos devidos das ações do desmatamento e movimento de terra; em contrapartida, o canal atravessa trechos ocupados por grandes latifúndios, em áreas quase inabitadas, além de ser o de localização relativa menos favorável em relação às áreas empresariais e ao PA de Bela Vista.

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Comentários sobre as Alternativas

Alternativa D2: em termos de comprimento (e desmatamento) ela é semelhante a C1, com a vantagem de que o trecho não comum com A1 fica num divisor de águas, interferindo menos na topografia local (menor movimento de terra), além de não passar perto da encosta da Chapada do Apodi; do ponto de vista social, é o traçado mais interessante, porque, além de ter em comum com A1 e C1 um traçado bem localizado em relação às áreas empresariais e ao projeto de assentamento de Bela Vista, é o único a passar perto das duas sedes desse PA.

Alternativa D2’: o seu traçado em planta é o mesmo de D2, estando complementado por um sistema independente para a área da Chapada do Apodi; disto resulta a necessidade de ter duas barragens, elevatórias e adutoras, ao invés de uma de cada, com maiores impactos negativos sobre o sistema natural; do ponto de vista social, prevalecem os dizeres sobre a irrigação na Chapada do Apodi tecidas em relação à Alternativa A1. Ressalte-se, todavia, que o fato de tratar-se de um subsistema independente, destinado exclusivamente à irrigação empresarial, poderá gerar críticas se for implantado pelo Poder Público.

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Resumo da Impactância

Alternativa A1: 66 impactosAlternativa C1: 66 impactosAlternativa D1: 65 impactosAlternativa D2: 66 impactosAlternativa D2’: 66 impactos

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Resumo da Impactância

0

20

40

60

80

100

120

A1 C1 D1 D2 D2'

(+) (-) Diferença

Há uma inflexão na curva de pontuação positiva (benéfica) na Alternativa D1, ao mesmo tempo em que há uma sobre elevação na mesma classe de pontuação da Alternativa D2 e D2’, ressaltando-se mais uma vez que as três tem em comum a captação e o deságüe.

Sistema Antrópico

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Resumo da Impactância

Há diferenças marcantes entre os três últimos GRÁFICOS, pois se no Meio Antrópico os impactos tem caráter benéfico dominante, nos Meios Abiótico e Biótico as curvas superiores são de Adversidades, e nesses dois Meios, a Alternativa D1 é a menos impactante. Os três GRÁFICOS tem em comum apenas um ponto de mínima diferença de impactos (somatória dos impactos benéficos e adversos) na Alternativa D1.

0

10

20

30

40

50

60

A1 C1 D1 D2 D2'

(+) (-) Diferença

0

10

20

30

40

50

60

A1 C1 D1 D2 D2'

(+) (-) Diferença

Sistema Biótico

Sistema Abiótico

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Resumo da Impactância

Procurando equilibrar a paridade entre os Meios analisados (Antrópico, Abiótico e Biótico) não se pode analisar linearmente os resultados obtidos, pois se notou que o Meio Antrópico sobrepõe-se sobre os demais, sendo que nesse a Alternativa D2 é a escolha mais natural, pois exibe maior diferença de pontuação benéfica. Já em relação aos demais Meios, a escolha recairia sobre a Alternativa D1, onde a curva de benefícios aproxima-se da de adversidades. Outro fator a considerar é a pontuação dentro das possibilidades de impactos dentre todas as Alternativas, onde nesse caso, para os Meios Abiótico e Biótico, as variações foram baixas indistintamente para todas as Alternativas, ao passo que em relação ao Meio Antrópico há variações maiores entre possibilidades de impactos dentre as cinco Alternativas analisadas. Explicando mais claramente essa condição, se tem nos Meios Abiótico e Biótico, respectivamente 71,42% e 75% de representatividade da diferença da pontuação obtida, contra o Meio Antrópico, com uma variação de 117,07% na comparação da Alternativa D1 e D2.É importante considerar que os estudos ambientais não somente primam pela correlação de causa e efeito na análise matricial que desenvolvem, mas primam também pela paridade, tanto de critérios de análise de cada interação entre as ações do empreendimento e os sistemas impactados, quanto pela condição equilibrada entre os Meios que agrupam os componentes do Sistema Ambiental (Resolução CONAMA 01/86) dessa forma, a escolha mais adequada contempla os dois Meios Abiótico e Biótico que apontam a Alternativa D1, contra o Meio Antrópico que aponta a Alternativa D2.

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Escolha Final

Examinando, em conjunto, as conclusões dos estudos comparativos de alternativas, dos pontos de vista da engenharia e custos, da economia e dos impactos sobre o meio ambiente, tornou-se possível constatar o seguinte: Engenharia e custos: recomendou-se a Alternativa D2, que tem um custo de investimento apenas 1% maior que C1, com a vantagem de serem menores os riscos tanto de aumento de custo (menos obras de travessia de córregos) como os ligados à localização de um trecho do canal da alternativa A1 perto da encosta da Chapada do Apodi; D1 é 5% mais cara que D2, tendo as outras duas (A1 e D2’) custos que nunca justificariam a sua escolha, inclusive quanto às despesas com energia elétrica.Avaliações econômico-financeiras: C1 e D2 conduzem aos menores preços (de mercado) da água, A1 sendo a mais cara; na análise econômica há empate técnico entre C1, D2 e D1.Impactos ambientais: a melhor pontuação (+ 35) foi a de D2, seguida por C1 (+25) e D2’ (+10), as outras duas tendo pontuação negativa.Em função dessa análise multi-enfoque chegou-se à conclusão de que a alternativa D2 reúne as melhores condições globais, tendo-se recomendado, portanto, a sua escolha.

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Ilustrações Fotográficas