freitas 2002 harmonia com a natureza agroanalysis

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Em Goiásapente o lone'ew>to Tudo é uma planura só. com deas enormes elevadas d categoria de terras ". aráveis. Uma leitura reduoonisfaleva d adogão de prábcas dcdas ioadeguddas. áe aqui me refenrao SisremaPlantro Diretovão aker que érmpticânnaminha Mas r!& 6. O SPDpodeser0 pnmefro passo para uma agncunura smentivelporque. a ba~xos m s sms. financeiroseambienms. ekpodeproporuonar um novo qiiii~ôro enrre oplanbo e oamb!ente Porém. o suleno que adota esse smema com a lenura vesga pode r& t .rrspmta b~vel. Eurides Penha. agncukw e mh. 6 mnl da MwuAgudo, S1! e se mdw em RioVwde. GO. mana 60 Ferapnmcinapen~naa bem- &ida com o PMoDlrem em 1981182 Em 1983 dedicw-re L - A &se energética amenizada pelas intensas chu- IJ vas do ano agrícola 2001102indica a urgência -- - de repensar a agricultura brasileira, em espe- bf cial nas regiões Sudeste e Centro-Oes'?, çem perder de vista a região amazô~ca. I A crise foi atribuída à falta de in- vestimeirtos na produ$ão de ener- '. gia, em especial no volume de água 8 . armazenado a céu aberto, ou a con- <I dições climáticas adversas. Mas o R ' agronegócio exige uma visão menos simplista e reco- nhece que a verdadeira causa é a faita de conhecimen- to e comprometimento com as propriedades de solos tropicais e subtropicais, cuja cobertura edáfica é um imenso reservatório de água, regu- lador de vazões e mantenedor da perenidade de nascentes, córregos e rios, abastecendoos reservatórios de acumulação de energia. A crise energética é apenas uma :i1 j,. , , FEVEREIRO DE 2002 REVLSTA DE AGRONEG~CIOS DA FGV 12

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Os efeitos visíveis da degradação - secas prolongadas e inundaçóes - significam uma oportunidade para decidir sobre o futuro da agricultura brasileira. A escolha da atividade agropecuária nos moldes tradicionais, com paradigmas agronômicos adaptados de regiões temperadas, leva os recursos naturais à exaustão. Poeira, fumaça, morte da fauna e da flora, nascentes e nos secos, dias muito quentes e noites muito frias, umidade do ar abaixo dos limites de sobrevivência são alguns dos resultados dessa agricultura em que predomina a ação do homem sob a natureza. Essa batalha é vencida com altos gastos de energia fóssil (petróleo) e efeitos abortivos do preparo intensivo do solo com arados e grades.

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Em Goiása pente vê o lone'ew>to Tudo é uma planura só. com deas enormes elevadas d categoria de terras " . aráveis. Uma leitura reduoonisfa leva d adogão de prábcas d c d a s ioadeguddas. áe aqui me refenrao

Sisrema Plantro Direto vão aker que érmpticânna minha Mas r!& 6. O SPD pode ser0 pnmefro passo para uma agncunura smentivelporque. a ba~xos m s s m s . financeiros eambienms. ekpodeproporuonar um novo qiiii~ôro enrre oplanbo e oamb!ente Porém. o suleno que adota esse smema com a lenura vesga

pode r& t . rrspmta b ~ v e l .

Eurides Penha. agncukw e m h . 6 mnl da MwuAgudo, S1! e se mdw em

RioVwde. GO. mana 60 Ferapnmcinapen~naa bem- &ida com o PMoDlrem em 1981182 Em 1983 dedicw-re

L - A &se energética amenizada pelas intensas chu-

I J vas do ano agrícola 2001 102 indica a urgência -- - de repensar a agricultura brasileira, em espe-

bf cial nas regiões Sudeste e Centro-Oes'?, çem perder de vista a região amazô~ca.

I A crise foi atribuída à falta de in- vestimeirtos na produ$ão de ener-

'. gia, em especial no volume de água 8 . armazenado a céu aberto, ou a con- < I

dições climáticas adversas. Mas o R '

agronegócio exige uma visão menos simplista e reco- nhece que a verdadeira causa é a faita de conhecimen- to e comprometimento com as propriedades de solos tropicais e subtropicais, cuja cobertura edáfica é um

imenso reservatório de água, regu- lador de vazões e mantenedor da perenidade de nascentes, córregos e rios, abastecendo os reservatórios de acumulação de energia.

A crise energética é apenas uma

: i 1 j,. , , FEVEREIRO DE 2002 REVLSTA DE AGRONEG~CIOS DA FGV 12

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das conseqüências da ação do ho- mem. O reflexo principal é um inexorável ciclo de pobreza, culti- vado por implementos à base de discos arrastados por tratores de alta potência, em sistemas de ma- nejo inadequados à nossa realida- de agronômica. Sistemas importa- dos de cultivo, uso não planejado das terras, desmatamento desen- freado de áreas de recarga e equilí- brio têm provocado a degradação dos recursos naturais, a verdadeira responsável pela crise de disponi- pesada (discos arrasf bilidade hídrica para múltiplos . usos: produção de energia, consumo humano, indús- tria, irrigação, lazer, transporte. Favorecendo a capta- ção de água de chuva e reduzindo a evaporação do solo, o uso de sistemas conservacionistas baseados no Sistema Plantio Direto e na Integrago Lavoura Fecuá- na pode prover mais água disponível e limpa. O uso inteligente dessa água se traduz no aumento da pro- dução agrícola e mitiga as perdas de solo e água por erosão.

Os efeitos visíveis da degradação - secas prolonga- das e inundaçóes - significam uma oportunidade para deadir sobre o futuro da agricultura brasileira. A es- colha da atividade agropecuária nos moldes tradicio- nais, com paradigmas agronômicos adaptados de re- giões temperadas, leva os recurços naturais à exaustão. Poeira, fumaça, morte da fauna e da flora, nascentes e nos secos, dias muito quentes e noites muito frias, umidade do ar abaixo dos limites de sobrevivência são algunsdos resultados dessa agricultura em que predo- mina a ação do homem sobm a natureza. Essa bataiha é vencida com altos gastos de energia fóssil (petróleo) e efeitos abortivos do preparo intensivo do solo com arados e grades.

O exemplo dos bolsões de prosperidade, de renta- bilidade garantida pelo uso pleno da tecnologia e o minimo de degeneração do sistema planta-solo-clima, tem por base respeito à natureza e preceitos biológicos.

Sormvwtwcir DA ffinicuiruiu O termo plantio direto vem do conceito de zero

tillage, no-tillage ou direct drilling. Inglesese norte-ame- ricanos foram os primeiros a mecanizar a técnica, plan- tando sementes ou mudas com o mínimo de interferên-

cia sobre o solo, prese~ando os resíduos de cobertura vegetal. O Plantio Direto moderno só se tomou reali- dade a partir de pesquisas de cientistas norte-ameri- canos e europeus sobre o controle químico de plantas daninhas, dispensando cultivo mecânico. Resultou da pesquisa, em 1961, a molécula do paraquat, impulso significativo aos primeiros trabalhos e à formação da palha, base para o uso do sistema. Nos EUA, o primeiro experimento comparando o sistema convencional com o Plantio Direto, incluindo rotação de culturas, foi implantado em 1961 na Universidade de Ohio. As pri- meiras culturas comerciais com o Plantio Dueto foram idealizadas e postas em prática por Shirley H. Phillips, da Universidade de Kentucky, e pelo agricultor Harry M. Young, autores de No-tillagefarming, de 1973, ain- da hoje referência sobre o sistema em todo o mundo.

O Plantio Direto é uma das ferramentas para a agro- nomia em harmonia com a natureza. Antigos concei- tos se tomam modernos pela evolução do conhecimen- to técnico-científico depois de anos de pesquisa e ex- periência. Muito mais que prática de manejo do solo, o sistema significa a sobrevivênaa da agricultura nos trópicos e subtrópicos, caminho certo e definitivo na busca de competitividade, sustentabilidade e equida- de com qualidade ambiente. Significa também mudan- qa de comportamento e profissionalização dos atores do agronegócio rumo a um ciclo perene de prosperi- dade.

O Plantio Dueto é um sistema de manejo sustentá- vel do solo e da água que visa otimizar a expressão do potencial genético das plantas cultivadas. Compreen- de um complexo integrado de processos fundamenta- do em três requisitos m'nimos: o revolvimento do solo

Rnm7~ M A ~ w ~ o a M FGV FEVERSIRO oa 1002

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maiores: a agronomia na contra- 1 mão da natureza. Já em 1943 Edward H. Faulkner questionava o preparo intenso do solo, admitindo não haver, até aquele momento, qualquer razão científica razoável para isso.

A área de Plantio Direto nos EUA chegou em 2000 a mais de 21 milhões de hectares. Nas Américas destacam-se a Argentina, com 10 milhões de hectares (50% da área com culturas anuais) e o Paraguai, com mais de 1 milhão (85% da Plantio Direto na cz área). No Canadá, de clima tempe- rado, a área de Plantio Direto chega a 4 milhões de hectares, apesar de problemas relacionados à dificul- dade de germinação nas baixas temperaturas da pri- mavera, adaptação de semeadoras e dificuldades no manejo de plantas invasoras (Landers, 2000). Na Eu- ropa, mesmo com pouca erosão hidrica, os ambientalistas registram benefícios ambientais do Plantio Direto e ajudam os agricultores a vencer pro- blemas como o excesso de palha e o embuchamento de semeadoras, permitindo o desenvolvimento rápido e seguro do sistema no continente. Países tropicais e subtropicais na Africa e na Asia procuram vencer de- safios agronômicos e econômicos, adaptando a suas realidades culturais os preceitos básicos do sistema (não revolvimento, rotação de culturas e cobertura permanente do solo), ajudando a superar a marca de 65 milhões de hectares de Plantio Direto em todo o mundo, dos quais 23% em território brasileiro.

Exemplo de integração teaiológica entre produto- res, profissionais ligados aos setores de equipamentos e herbiadas, profissionais liberais, professores e pes- quisadores, o desenvolvimento do Plantio Direto no Brasil ainda persiste pela abnegação e persistência desses pioneiros.

A mobiuzação para introduzir o Plantio Direto no Brasil começou no final da década de 60, na estação do Intemational Research Institute (IRI) em Matão, no cerrado de São Paulo. Mas foi no Rio Grande do Sul e Paraná que se concentrou o maior elenco de pesquisa- dores e produtores voltados ao desenvolvimento teaiológico do Plantio Direto. No Rio Grande do Sul

rltura do algodzo: nos anos 90 o sistema se consoIidou nos cerrados

os primeims registros são do plantio de sorgo em 1969 em área do Ministério da Agricultura, em Não-Me-To- que, seguido de vários ensaios conduzidos pelos pre- cursores de instituições como a Fundacão Centro de Experimentação e Pesquisa FundaceptFecotrigo Embrapa Trigo, Universidade de Passo Fundo e Coo- perativa Tritícola Regional Santo Ângelo (Cotrisa), com o apoio da ICI.

No Paraná, as primeiras pesquisas aconteceram em 1971 nas áreas do Instituto de Pesquisa Agropecuária Meridional (Ipeame), em Londrina e Ponta Grossa. O sucesso dessas iniciativas foi atingido por um gmpo de produtores preocupados com a sustentabilidade e o impacto ambienta1 negativo de sua atividade. Ao mesmo tempo em que era estudado e avaliado em &as piloto pelas instituições de pesquisa, o movimen- to em tomo do Plantio Direto surgia no Paraná, incen- tivado por um misto de necessidade e idealismo dos produtores, preocupados com a erosão e as restrições de crédito para custeio. Produtores do norte do Paraná, com destaque para Herbert Bartz, implantaram uma agricultura baseada no conhecimento e respeito à na- tureza.

Apartir de 1975, os pesquisadores do Instituto Agro- nômico do Paraná (iapar) passaram a enfocar o Plan- tio Direto como sistema de produção, permitindo en- tender melhor os componentes fitotécnicos, edáficos, fitossanitários e econômicos do sistema. Em 1976, pro- dutores da regiáo dos Campos Gerais iniciaram a ado- çáo, revertendo a degradação dos recursos naturais resultante de araçóes e gradagens. Com base na expe- riência do Clube da Minhoca, criado em 1979, a partir de 1982 foram instituaonalizados os Clubes de Ami-

REVISTA a6 AGRONEGWIOS DA FGV FEVEREIRO M 2002

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1 des da Argentina, Brasil, Chile, Paraguai, Umguai, México e EUA.

No Rio Grande do Sul acuntece o Projeto Metas, parceria entre insti- tuições púbiicas e privadas liderada pela EmbrapaTrigo, com o objetivo de viabilizai e difhdir o Plantio Di- reto em um bem-sucedido modelo de P&D que tem sido adotado em vários locais do pais. No Paraná se adota o Plantio D i t o como parte do manejo integrado em micro-

- bacias hidrográficas por meio dos Prep~uaçüo convencional do solo com arado de discos: degradação dos recursos naturais programas Paranarural e Paraná 12

Meses. Em todo o país há ações fun- gos da Terra (CATs), importante instrumento de damentais de difusáo, demonstrafles e comunicações comaentização, capacitação e desenvolvimento técni- entre produtores, com efetiva participação de institui- co para a adoção e refinamento do Plantio Direto. A ções de pesquisa, ensino e assistência técnica eextensão partir daí, os CATs têm sido células básicas para a or- nual. O ambiente de grande interesse pelo sistema ganização dos produtores que adotaram o Plantio Di- chama a atenção de organismos internacionais (Banco reto, faciiitando a transferência, dihsáo e desenvolvi- Mundial, FAO), confirmando sua viabilidade e benefí- mento de novas tecnologias. aos para a sociedade.

Uma série de inovações tecnológicas permitiu viabilizar o Plantio Direto ainda na década de 70: me- A DIPEnlkClh DO CERDIDO

canismos rompedores de solo para plantio por pesqui- Com base nos exemplos vindos da região Sul do sadores da EmbrapaTrigo, presentes hoje em todas as p&, a adoção do Plantio Direto nos cerrados, maior . . semeadoras disponíveis no mercado, e o primeiro dos fronteira agrícola do país, é uma história de integração herbicidas modernos, o dyphosate da Monsanto, que tecnológica liderada por produtores nuais (gráfico). A - - atua em mecanismos bioquímicas exclusivos das plan- evolução plena do sistema foi possível com o desen- tas, hoje disponível em várias formulações. inovações volvimento de soluções agronõmicas próprias. Ocu- e estudos de campo sobre culturas de cobertura e ro- pando hoje mais de 5 milhões de hectares, a experiên- tações impulsionaram o Plantio Direto nos anos 80 cia adquiridanos cerrados é fundamental para a ado- rumo à competitividade em custos com qualidade ção do Plantio DiTeto e da htegração Lavoura Pecuá- ambiente. N; fim do milênio, o Brasil era referência ria nos trópicos úmidos da íUnazônia e das áridas re internacional em Plantio Direto. giões do Nordeste brasileiro.

Em 1984 experiências na implantação do Plantio Direto em campos nativos foram conduzidas pela Cotrijuí e Embrapa no Rio Grande do Sul, dando on- gem a programas direaonados à Integração Lavoura Pecuária que foram estendidos com sucesso para os Campos Gerais e a região do Arenito Caiuá no Paraná.

Na década de 90 o Plantio Diteto se desenvolveu em todo o país. Em 1992 instituíram-se representações naaonais e internacionais de usuários do Plantio Di- reto - Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha (FEBRAPDP), sediada em Ponta Grossa, Paraná, e Con- federação de Associações Americanas para a Produção Agropecuária Sustentável (Caapas), que reúne entida-

As primeiras iniciativas aconteceram em Monti- vidiu (Rio Verde, GO) e foram apresentadas em 1982 como solução nova para o grave problema de erosão da região. No mesmo ano o sistema chegou às áreas de produção de sementes de milho em Santa Helena e em Morrinhos. Em 1984 o sistema foi adotado em Ma- racaju, MS, onde 10 anos depois se iniciou a integração Lavoura Pecuária nos cerrados.

Nos anos 90 se consolidaria o Plantio Dueto nos cerrados. Em 1992 foi fundada a Associação de Plan- tio Direto no Cerrado (APDC) com a proposta de pro- mover a troca das muitas experiências existentes na regiao. Surgiram vários CATs, com destaque para o de

FEVER~RO DE 2002 • REVISTA DE AGRONEG~CIOS DA FGV 16

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L Papel dos encontros na evoliyío da área de plantio

ERPOC - Dourados. MS. 2WI

I1 ERPOC - Braríliq I

1990 IWI i m 1993 - IS 1 w 6 1997 1w8 lese 2c.m zmi

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Rio Verde e Montividiu, bolsão que tem 95% de sua área manejada sob os princípios do Plantio Direto, atuação decisiva para a adoção do sistema e desenvol- vimento da região. Outro destaque, o CAT Uberaba (Mias), exemplo de integração tecnológica entre se- tor produtivo, pesquisa e assistência técnica, com par- ticipacão da iniciativa privada para adaptar e difun- dir tecnologias para a região.

A ação dos CATs cresce à medida que o Sistema Plantio Direto evolui na região, expressa pela tendên- a a à d u ç ã o de agroquímicos, encorajando, por exem- plo, o controle biológico, hoje exclusivo das áreas ma- nejadas com o Sistema Plantio Direto. Essa tendência certamente é o caminho mais curto, senão o único, para uma agricultura verdadeiramente orghica.

Ainda com o objetivo de promover o Sistema Plan- tio D i t o como caminho para atingir a sustentabilidade da agricultura nos cerrados, APDC e CATs afiliados organizaram entre 1992 e 2001 seis encontros regionais; em nome da Febrapdp, dois encontros nacionais foram decisivos para a evolução da área de PD, chegando a 5 milhões de hectam no ano agrícola 2001 102 (figura 2).

Na continuidade desse trabalho destacase a eaiizaqâo, em 2002, dos encontros do Sul Goiano (Itumbiara e Bom Jesus, GO, 8 a 10 de abril) e do Cerrado e do Oeste Baiano (Luis Eduardo Magalhães, BA, 4 a 7 de junho), decisivos para a viabilização da agricultura nos trópi- cos. Em São Paulo, onde tem fundamental importán- cia a área de cerrado, acontece o encontro nacional (Aguas de Lindóia, 17 a 21 de junho).

Considerada a temologiapara produtoes de grandes áreas, procurouse adequar o Plantio Direto a pequenas pmpriedades nuais. São de 1984 as primeiras experiên- aas para viabilizar esse sistema com tração animal. A partir de 1991 foram implementadas parcerias no Sul para difundir o Plantio P i o na pequena propriedade. A indústria de equipamentos pôs no mercado modelos de semeadoras e pulverizadores de tração animal e humana. Em 1999, surgiu a primeira semeadora- adubadora autopmpeiida, desenvolvida pela Embrapa Trigo. Paralelamente, semeadoras de pequeno porte fo- ram colocadas no mercado, satisfazendo a demanda por parte de pequenos e médios proprietários.

Nos cerrados, tecnologias conse~aaonistas baseadas no Plantio Direto para a agricultura familiar foram adap- tadas e desenvolvidas com sucesso. Na região do Serra- Abaixo (Inhumas, GO) foi minada em 1993 uma parce- ria liderada pelo Grupo Goy as, formado por professores da UFG/Agronomia, exemplo seguido em outros esta- dos da mgião e do Distrito Federal, com a participação efetiva dos agricultores membros dos CATs e afins.

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REVISTA DE A~~ow~GOcior DA FGV FEVEREIRO DE 2002