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    2011/2012

    Joana Bastos Pina Vaz

    Fractura de Lisfranc: controvrsias

    do diagnstico e tratamento

    maro, 2012

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    Mestrado Integrado em Medicina

    rea: Ortopedia e Traumatologia

    Trabalho efetuado sob a Orientao de:

    Professor Doutor Manuel Antnio Pereira Gutierres

    Trabalho organizado de acordo com as normas da revista:

    Revista Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia

    Joana Bastos Pina Vaz

    Fractura de Lisfranc: controvrsias

    do diagnstico e tratamento

    maro, 2012

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    Dedicatria

    Em maio de 2009, a minha me teve um acidente, uma queda numas escadas em mau-

    estado. Calava sapatos com um taco de 3 cm de altura, e tinha as mos ocupadas

    pelo que no se conseguiu amparar. Queixava-se de muitas dores no p direito, e

    quando se descalou pude verificar que estava muito edemaciado e doloroso

    palpao, principalmente na regio mdia. Foi transportada ao Servio de Urgncia,

    foi observada pelos especialistas, o p foi imobilizado e foi realizada uma radiografia

    com incidncias antero-posterior e lateral, que revelou desvio medial dos 5

    metatarsianos, com pequenos arrancamentos sseos em relao com inseres

    ligamentares. No eram visveis fraturas associadas nos restantes ossos do p.

    Foi ento realizada uma reduo fechada com fixao percutnea com fios de

    Kirchner e imobilizado o p com gesso que manteve durante 5 semanas. Ao retomar a

    marcha com apoio ainda sentia dores e dificuldades a caminhar.

    Passados 5 meses, numa consulta de seguimento foi verificado que no conseguia

    caminhar com o p em posio anatmica, mas apenas fazendo a sua abduo, de

    outra forma claudicava. Tinha dores e uma deformao visvel ao nvel da primeira

    articulao tarso-metatrsica. Foi realizada uma TAC que revelou desvio articular

    (sub-luxaes lateral e dorsal) e esclerose da primeira articulao tarso-metatrsico.

    Foi ento submetida a uma artrodese corretiva realizada no estrangeiro. Foi

    conseguida a reduo anatmica da articulao e as queixas lgicas diminuram.

    Passados 11 meses foi removido o material cirrgico que era incomodativo com o

    calado, e neste momento j retomou as atividades dirias. Est impossibilitada de

    realizar desportos, no consegue caminhar descala ou sobre pavimento irregular ou

    instvel (areia), tem de usar calado confortvel, fechado e com uma boa base. Refere

    dor e edema no final do dia, e rigidez articular aps perodos mais longos de

    imobilizao/repouso.

    Como apoiei a recuperao da minha me e todo este processo foi demorado e no

    ficou concludo da forma desejada, desenvolvi um particular interesse por esta leso e

    resolvi fazer este trabalho de reviso, de forma a perceber mais sobre o assunto.

    Dedico portanto este trabalho minha me, que foi a fonte de inspirao e motivao

    para o levar a cabo.

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    Queria deixar um sincero agradecimento ao Senhor Professor Doutor Manuel

    Gutierres, cuja orientao foi preciosa na realizao deste trabalho e que alm de meu

    professor, o meu paciente mdico.

    Agradeo tambm minha amiga e colega Dra. Ins Videira pelos conselhos e ajudas

    prestados, no s na realizao deste trabalho, como ao longo do curso. Agradeo

    ainda aos meus pais, pelo carinho e apoio que me prestam sempre em tudo, e que se

    reflete nesta monografia.

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    Fratura de Lisfranc:

    controvrsias do diagnstico e tratamento

    Lisfranc fracture:

    controversies of diagnosis and treatment

    Ttulo abreviado: Fratura de Lisfranc

    Joana Pina-Vaz

    Mestrado Integrado em Medicina

    Faculdade de Medicina da Universidade do Porto

    Alameda Hernni Monteiro

    4200-319 Porto

    [email protected]

    918137073

    Conflito de interesses: Nada a declarar

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    Resumo

    Objetivos: Estudar os tipos de fraturas de Lisfranc, os mtodos de diagnstico mais

    adequados, e quais os tratamentos disponveis, mais eficazes e com melhor

    prognstico.Fontes dos dados:Utilizando a MEDLINE, procedeu-se pesquisa de artigos, usando

    como queryLisfranc fracture-dislocation. Destes foram includos artigos de reviso,

    ou sries de casos, os publicados aps 2004 e publicaes anteriores originais.

    Sntese dos dados:Foram includos 36 artigos e um livro. Elabora-se uma sntese

    acerca da anatomia da articulao de Lisfranc, epidemiologia, mecanismos,

    classificao, mtodos de diagnstico, tcnicas de tratamento e prognstico da leso.

    Concluses: A fratura de Lisfranc surge geralmente em contexto de urgncia, e difcil de diagnosticar (20% dos casos). Alm da apresentao clnica devem ser

    analisadas radiografias (antero-posterior, oblqua e lateral). O tratamento deve ser

    iniciado precocemente e passa por uma reduo aberta com fixao interna com

    parafusos, sendo fundamental a insero do parafuso de Lisfranc (orientado

    obliquamente desde o cuneiforme medial at base do segundo metatarsiano). de

    salientar a importncia da reduo do segundo raio da articulao tarsometatrsica,

    uma vez que este que lhe confere maior estabilidade, conseguindo assim melhores

    resultados teraputicos. Est demonstrado que os melhores resultados so atingidos

    quando se consegue uma reduo anatmica da articulao.

    Palavras-chave: Lisfranc, fratura, tarsometatrsico, luxao, reduo aberta

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    Abstract

    Objectives: To study the types of Lisfranc fractures, the best diagnostic techniques,

    and the treatments available, most efficient and with the best outcome for the patient.

    Sources: The search was made using MEDLINE and the query: Lisfranc fracture-

    dislocation. The inclusion criteria were: reviews or case series, publishing after 2004,

    except for previous originals.

    Results: 36 articles and one book were included. This paper reviews the anatomy of

    the Lisfranc joint, the epidemiology, mechanisms, classification, means of diagnosis,

    treatment techniques and lesion prognosis.

    Conclusions: The Lisfranc fracture is usually a medical emergency, and is frequently

    miss-diagnosed (20% of the cases). In addition to the typical clinical presentation, the

    diagnosis is made through simple radiographs of the foot (anterior-posterior, oblique

    and lateral projections). Treatment should be initiated as early as possible and the

    best technique is an open-reduction with internal fixation with cortical screws. The

    Lisfranc screw is the cornerstone of this technique (oriented obliquely from the

    medial cuneiform to the base of the second metatarsal). It is also important to reduce

    the second tarsometatarsal joint, which gives the joint its stability. It is demonstrated

    that the best outcome is obtained when an anatomical reduction is achieved.

    Keywords: Lisfranc, fracture, tarsometatarsal, dislocation, open-reduction

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    Introduo

    O termo fratura-luxao de Lisfranc atribuvel a Jacques Lisfranc de Saint Martin

    (1790-1847), cirurgio francs do exrcito de Napoleo, que descreveu a leso que

    ocorria quando os soldados caam do cavalo com o p preso no estribo (1) e que

    desenvolveu um mtodo de amputao rpido do p ao nvel da articulao

    tarsometatrsica. (2; 3)

    A articulao tarsometatrsica (TMT) um conjunto de articulaes sinoviais planas

    entre os 5 ossos metatarsianos, os trs ossos cuneiformes e o osso cuboide. O primeiro

    metatarsiano articula com o cuneiforme medial, o segundo metatarsiano articula com

    o cuneiforme intermdio, o terceiro com o cuneiforme lateral, o quarto com o

    cuneiforme lateral e o cuboide, e o quinto metatarsiano articula com o osso cuboide.

    A primeira articulao TMT tem a sua prpria cpsula sinovial. As segunda e terceira

    tm uma cpsula comum, e o mesmo acontece com as quarta e quinta articulaes (4),

    da que em termos funcionais a articulao de Lisfranc dividida em trs colunas ou

    raios: medial, intermdia e lateral. (5; 6) Cada coluna capaz de tolerar algum grau de

    mobilidade, sendo que esta decresce latero-medialmente. Da que, aps leso

    articular, com perda funcional ou artrite, menos provvel que haja instabilidade

    residual nas colunas laterais. (6) Tendo em conta as diferenas de mobilidade das 3

    colunas do p, aquando do diagnstico, o grau de desvio entre as estruturas articulares

    tem diferentes graus de severidade e consequncias prognsticas muito dspares: a

    gravidade de um desvio de 1 milmetro na coluna mdia corresponder gravidade de

    um desvio de 2 a 3 milmetros entre o cuboide e a margem medial do 4 metatarsiano,

    em termos prognsticos. (5)

    A estabilidade da articulao TMT conseguida pela combinao das estruturassseas, com a sua forma caracterstica em cunha e articuladas em arco de tipo

    romano, com as estruturas ligamentares. So eles, os ligamentos intermetatrsicos e

    tarsometatrsicos, e cada um tem um componente plantar mais forte e um componente

    dorsal ligeiramente mais frgil. H ligamentos TMT transversos que ligam apenas as

    bases dos segundo a quinto metatarsianos, no h nenhum ligamento entre as bases do

    primeiro e segundo metatarsianos. (7) O ligamento de Lisfranc, o mais forte, e

    estende-se obliquamente desde a face lateral do cuneiformorme medial at ao ngulo

    adjacente do segundo metatarsiano (4), e a nica ligao entre as colunas medial e

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    mdia do p, logo qualquer disfuno resulta em instabilidade articular. (8) (Imagem

    1)

    difcil precisar a percentagem de fraturas de Lisfranc que no so diagnosticadas

    nos servios de urgncia, mas em geral o valor encontrado na literatura disponvel

    ronda os 20%. (7) Tal acontece devido complexa anatomia do p, difcil avaliao

    em radiografia simples, ou simplesmente devido necessidade de rapidez na

    abordagem de doentes politraumatizados. (5) A fratura de Lisfranc no-diagnosticada

    citada como uma das causas mais comuns de processos litigiosos por m-prtica

    mdica contra radiologistas e emergencistas. (7)

    Mecanismos de leso

    Os mecanismos de leso mais comuns so: acidentes de viao (alta energia) e quedas

    de altura (baixa energia). A prevalncia de leses complexas do p e tornozelo tem

    vindo a aumentar como resultado dos vrios sistemas de segurana dos automveis

    que diminuem a mortalidade e protegem o tronco e estruturas vitais, mas no evitam

    traumatismos dos membros inferiores. (9) As leses de alta energia so mais comuns

    (58%) e o padro mais frequente so fraturas fechadas (87,5%). (2)

    A articulao de Lisfranc sujeita a grande presso durante a fase de elevao do

    calcanhar na marcha, pelo que a sua disfuno muito sintomtica. (8) As leses

    geralmente ocorrem quando uma fora axial ou rotacional exercida a alta velocidade

    sobre o p em hiperflexo. (10)

    As leses podem ser diretas (crush injuries) com leso visvel e considervel dos

    tecidos moles;

    (2) ou indiretas, que so as mais comuns (7) e geralmente ocorrem

    devido a hiperflexo plantar do p, um excesso de fora ou carga realizado num p j

    em flexo plantar mxima. Ou ento, movimentos de toro de elevada energia, num

    p em hiperflexo plantar, como quando o cavaleiro cai do cavalo e o p fica preso no

    estribo, (8) ou quando h um desnvel numa curva, por exemplo a descer um passeio

    ou um degrau, e neste caso ocorre a chamada dorsal fold-over injury (7)

    Um outro mecanismo muito comum so acidentes de viao, em que o p est

    apoiado no pedal do travo e a fora do impacto resulta em hiperflexo plantar. (8)

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    A incidncia de leses de Lisfranc est a aumentar entre os atletas de alta-competio,

    principalmente de futebol americano. Um tipo de leso especfica deste grupo

    exclusivamente ligamentar e leva a instabilidade da coluna medial. Atualmente estes

    atletas so mais altos, mais pesados e mais fortes do que no passado, logo as foras de

    impacto e durante manobras agressivas so maiores do que anteriormente, agravando

    este tipo de leses e as suas consequncias. (7)

    Classificao da leso

    Geralmente um sistema de classificao usado por clnicos para caracterizar uma

    leso e determinar o melhor tratamento para a mesma. So ainda importantes paracomunicao e comparao de dados. (11)

    A primeira classificao das fraturas de Lisfranc surgiu em 1909 por Qunu e Kss,

    baseava-se na fora causadora da leso e deformao do p e dividia as leses em:

    homolateral (todos os metatarsianos so desviados na mesma direo) (Imagem 2),

    isolada (s uma das colunas deslocada, geralmente a medial) e divergente (a coluna

    medial desloca-se medialmente, e os restantes metatarsianos deslocam-se

    lateralmente). (11)

    Mais tarde Hardcastle e os seus colaboradores modificaram esta classificao,

    agrupando as leses em 3 categorias: tipos A, B e C. A leso de tipo A caracteriza-se

    por total deslocao de todos os metatarsianos ou incongruncia de todo o complexo

    articular de Lisfranc, em qualquer plano ou direo. A leso de tipo B envolve a

    deslocao de um ou mais metatarsianos, e incongruncia parcial do complexo

    articular. No tipo C h deslocao divergente dos metatarsianos, isto as colunasmedial e lateral deslocam-se em direes opostas. (12) necessrio ter especial

    ateno s leses divergentes, uma vez que aumentam o risco de fraturas associadas

    do cuneiforme e/ou navicular. (7)

    Esta classificao foi rearranjada por Myerson (et al), subdividindo o tipo B em B1

    (incongruncia parcial em que h deslocamento isolado da coluna medial) e B2

    (incongruncia parcial em que so deslocados em qualquer plano um ou mais dos 4

    metatarsianos laterais). O tipo C tambm dividido em C1 (padro divergente, a

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    coluna medial desloca-se medialmente e os metatarsianos laterais deslocam-se noutro

    plano resultando em incongruncia parcial), e C2 (padro divergente com

    incongruncia total). (Imagem 3) (5)

    Este sistema de classificao til para comunicao e comparao de dados, mas

    no deve ser usado para definir teraputicas ou prever o seu resultado consoante o

    padro de fratura. (5; 11)

    Em situaes crnicas resultantes de traumatismo continuado como a que se verifica,

    por exemplo, em atletas de alta competio, ocorrem leses de Lisfranc subtis sem

    desvio, ou com desvio mnimo em radiografia em carga. Foi assim desenvolvido um

    sistema adequado a estes casos, que integra os seguintes parmetros: anatomia da

    articulao na radiografia, capacidade do doente para suportar carga, dor palpao

    sobre o ligamento de Lisfranc e a coluna medial da articulao TMT. As leses foram

    ento classificadas em diversos estadios:

    1.

    O paciente capaz de suportar carga, mas no conseguiu retomar a prtica de

    desporto aps a leso; tem dor palpao e a radiografia mostra diastase

    superior a 2 mm entre os 1 e 2 metatarsianos na incidncia antero-posterior

    (AP) em carga, mas ausncia de colapso do arco transversal na incidncialateral, em carga.

    2. O doente suporta carga, tem dor, e a incidncia AP em carga revela diastase

    entre 2 a 5 mm, sem no entanto se verificar colapso do arco transversal, apesar

    da grande instabilidade verificada nas colunas mediais do p.

    3. Diastase superior a 5 mm e colapso do arco, geralmente com interrupo da

    linha cortical dorsal, desde o dorso do 1 metatarsiano at ao cuneiforme

    medial, verificado na incidncia lateral em carga. (13)

    Diagnstico

    Os sinais patognomnicos da fratura de Lisfranc so: equimose plantar na regio

    mdia do p, dor palpao e movimentao da articulao TMT e limitao ou

    incapacidade de sustentao de peso. Em pacientes com sinais mais subtis deve

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    realizar-se a manobra provocadora de abduo passiva ou pronao da poro anterior

    do p enquanto se fixa o calcanhar com a outra mo do operador. (14)

    Quando se suspeita duma fratura de Lisfranc, os primeiros exames imagiolgicos

    pedidos so radiografias com incidncias anteroposterior, oblqua a 30 e lateral. A

    incidncia antero-posterior melhor para avaliar o alinhamento dos 2 primeiros

    metatarsianos. Os restantes avaliam-se na projeo oblqua. (15) A incidncia oblqua,

    aliada s AP e lateral, aumenta a sensibilidade diagnstica da radiografia

    convencional na deteo de fraturas do tornozelo, mas em pacientes

    politraumatizados, e naqueles com fraturas cominutivas graves do tornozelo, o

    posicionamento correto do p difcil. (9)

    Os achados radiogrficos mais frequentes so: diastase das bases dos primeiro e

    segundo metatarsianos. No entanto qualquer fratura das bases dos 3 primeiros

    metatarsianos indicador de suspeio de uma fratura de Lisfranc. Qualquer desvio

    superior a 2 mm entre as bases dos primeiro e segundo metatarsianos merece

    avaliao mais cuidadosa e comparao com o p no lesionado. O bordo medial do

    segundo metatarsiano deve alinhar com o bordo medial do segundo cuneiforme,

    qualquer alterao neste eixo sugere leso. (16)

    Na incidncia AP, a margem lateral do 1 metatarsiano deve alinhar com a face

    medial do cuneiforme medial. Os 3 e 5 metatarsianos no so fceis de analisar

    diretamente, devido a sobreposio de estruturas sseas na imagem a duas dimenses.

    (7)

    Na incidncia oblqua a 30, o bordo medial do cuneiforme lateral deve alinhar com a

    face medial da base do 3 metatarsiano e a face medial do cuboide deve alinhar com a

    face medial do 4 metatarsiano. Na incidncia lateral nenhum metatarsiano deve estar

    mais superior ou inferior ao seu respectivo osso trsico. (10) Deve conseguir-se traar

    uma linha contnua ao longo da superfcie dorsal do p. Isto porque neste tipo de leso

    muito comum haver rutura dos frgeis ligamentos TMT dorsais, logo h deslocao

    dorsal das bases dos metatarsianos. (7)

    Um outro sinal de fratura o chamado sinal de floco (fleck sign) em que visvel

    um fragmento sseo no espao entre as bases dos primeiro e segundo metatarsianos, e

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    que corresponde avulso da base do segundo metatarsiano na insero do ligamento

    de Lisfranc, que est presente em mais de 90% dos casos. (17)

    Incidncias de comparao ou em carga podem ser teis se as 3 supra-referidas no

    revelarem alteraes e o ndice de suspeio diagnstica for elevado. (17) Alguns

    autores defendem que at 10% das leses TMT apenas so detetveis em incidncias

    em carga, uma vez que leses subtis podem sofrer reduo espontnea em repouso.

    (18; 19) Nas incidncias de carga, os critrios de alinhamento sseo so idnticos aos

    das incidncias j referidas. (6) Ao realizar este exame deve pedir-se ao doente que

    faa igual carga nos dois ps, porque a preferncia pelo lado assintomtico pode

    conduzir a um resultado falso-negativo. (16) A realizao destes exames pode ser

    muito dolorosa para o doente, logo importante fazer anestesia adequada, facto que

    pe em causa o interesse da realizao deste exame. (6)

    A TAC tem vrias vantagens em relao radiografia: obteno de imagens em curto

    espao de tempo sem necessidade de especial ateno ao posicionamento do p,

    visualizao de fraturas subtis, maior acuidade diagnstica, maior sensibilidade e

    especificidade. (20) Tambm permite deteo de fragmentos sseos e tendes

    deslocados que podem impedir uma reduo adequada. (7) Para obteno de imagens

    diagnsticas em TAC, a imagem deve ser orientada segundo o eixo dos metatarsianos

    quando estes se articulam com o tarso. No entanto, atravs do reajuste da orientao

    do feixe de radiao, ou de reconstrues multiplanares, o doente pode ter o p em

    flexo plantar, sentindo assim menos dor e desconforto. (7) As limitaes desta

    tcnica so a difcil individualizao das estruturas ligamentares, mais visveis em

    RMN. (7)

    Devios minor podem s ser detetveis em TAC ou RMN, e quando efetuados estes

    exames podem ainda ser encontradas, como achados ocasionais, fraturas ocultas da

    articulao de Lisfranc, (20) portanto a TAC muitas vezes recomendada como

    exame de segunda linha em pacientes politraumatizados, com leses de alta-energia.

    (21)

    A RMN tem maior acuidade para avaliar a integridade do ligamento de Lisfranc,

    usando um plano axial oblquo possvel visualizar todo o trajeto do mesmo, no

    entanto as fraturas so mais bem caracterizadas em TAC. Os ligamentosintermetatrsicos dorsais so mais bem individualizveis no plano coronal usando

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    cortes finos. Os ligamentos TMT so mais visveis no plano sagital. (7) tambm a

    melhor tcnica para identificar pequenas avulses da base do segundo metatarsiano,

    que so muito comuns em fraturas da articulao de Lisfranc e no so visveis em

    radiografia convencional. (8)

    A RMN o nico exame que permite visualizar edema da medula do osso, que pode

    ser o nico sinal em leses de grau I ou entorses do p, ou pode ser um sinal indireto

    de avulso subtil, no visualizvel nas outras tcnicas de imagem. (22)

    Uma palavra para os TAC 3D e TAC com reconstruo multiplanar. Estas so

    tcnicas que permitem um maior detalhe da anatomia neurovascular e podem ser teis

    no planeamento cirrgico dos casos de fraturas de Lisfranc operveis. Como so

    muito comuns leses da artria dorsal do p e do nervo peroneal profundo, estas

    tcnicas de imagem podem ser utilizadas para perceber a extenso da leso. (17)

    Estes mtodos de imagem permitem tambm visualizar deslocamentos dorsais da base

    proximal do segundo metatarsiano, quando o p posicionado em flexo plantar

    extrema em carga, o chamado dorsal step-off sign (8)

    Uma nova tcnica o Multi-detector CT (MDCT), mais rpida, com melhor

    resoluo espacial, temporal e de contraste, quando comparada com o TACconvencional e comea a ser o mtodo de escolha em pacientes politraumatizados,

    traumatismos de alta-energia, ou em pacientes com radiografia normal equvoca. (9;

    21)No entanto, o exame de primeira linha continua a ser a radiografia simples. (9)

    As principais desvantagens de MDCT em relao radiografia convencional o custo

    elevado e a maior dose de radiao a que o paciente submetido. Em todo o caso

    como acontece nas extremidades, na mesma considerado um exame de baixa dose

    de radiao.(9)

    Tratamento

    Se no diagnosticadas ou tratadas corretamente estas leses condicionam ossificao

    no anatmica, dolorosa e com perda de funo. (23)

    O objetivo do tratamento duma fratura de Lisfranc a reduo anatmica eestabilizao da articulao, independentemente do tipo de leso e sua classificao.

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    (2; 11) Os resultados so melhores nos pacientes tratados mais precocemente do que

    naqueles cujo tratamento adiado. Isto porque, o atraso no tratamento contribui para

    um alargamento das pores anterior e posterior do p, e estreitamento das dimenses

    longitudinais. (24) Outras deformidades comuns so: p planus ou planovalgus,

    devido abduo da poro anterior do p. (23)

    O tratamento pode ser conservador ou cirrgico, e este por sua vez pode ser

    percutneo ou invasivo. (2)

    Tratamento Conservador:

    O tratamento conservador passa por uma reduo fechada da articulao com

    imobilizao do p com gesso, e repouso durante no mnimo 6 semanas, sem realizar

    carga. (16) Este tratamento o indicado para leses em que se verifica um desvio

    articular inferior a 2 mm, confirmado em radiografia em carga, (10; 16; 17) no

    entanto, esta opo deve ser cuidadosamente ponderada, uma vez que aps resoluo

    do edema das partes moles, a reduo inicial perdida e ineficaz. (2; 14) Devem ser

    feitas radiografias de seguimento 2 semanas aps o incio do tratamento, para

    verificar a eficcia da reduo e excluir diastase progressiva. Se forem detetadas

    alteraes, a reduo deve ser corrigida e deve ser prolongado o perodo deimobilizao. (17)

    Esta teraputica est a cair em desuso, uma vez que o nmero de casos registados com

    complicaes e deformidades dolorosas residuais tem aumentado. Um tero destas

    situaes devida a erros de diagnstico, as restantes devem-se a m-consolidao

    das superfcies articulares, por no se atingir a reduo anatmica. (23)

    Tratamento Cirrgico:

    Leses com diastase superior a 2 mm entre as bases dos 1 e 2 metatarsianos,

    evidenciada em radiografia simples ou em carga, devem ser tratadas cirurgicamente,

    (6) para evitar posterior artrose do midfoot ou agravamento do desvio articular. (10)

    H vrias tcnicas cirrgicas disponveis e no h consenso na literatura, acerca da

    sua eficcia, complicaes e resultados em termos funcionais. (2)

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    As tcnicas mais utilizadas so: reduo fechada e fixao com fios de Kirchner

    percutneos sob controlo fluoroscpico, ou reduo aberta e fixao interna com

    parafusos ou fios de Kirchner. (2)

    Reduo fechada com fixao percutnea: H casos em que no se consegue

    reduo fechada por interposio de tecidos moles ou fragmentos sseos entre as

    superfcies articulares. (10) A reduo fechada e fixao percutnea com fios de

    Kirchner sob controlo radiolgico tem registado grande nmero de complicaes,

    como: artrose dolorosa e deformidade residual. (23) A remoo precoce dos fios de

    Kirchner pode tambm resultar em diastase subsequente ou re-desvio articular. (2)

    (Imagem 4)

    Por isso alguns autores defendem a substituio desta tcnica pela reduo aberta com

    fixao interna com fios de Kirchner ou parafusos. A fixao das colunas medial e

    intermdia com parafusos corticais, confere maior estabilidade biomecnica. (25) A

    fixao interna com fios de Kirchner prefervel em pacientes politraumatizados,

    quando os tecidos moles esto muito danificados e quando as bases dos metatarsianos

    tm elevado grau de cominuo que no possibilita a colocao de parafusos corticais.

    (23)

    Reduo aberta com fixao interna:Nesta tcnica, feita uma inciso dorsal sobre

    o primeiro espao intermetatrsico para visualizao direta das colunas mediais, e

    outra, paralela primeira, entre as bases dos 3 e 4 metatarsianos, para abordagem da

    3 articulao TMT. (26)

    fundamental que a fratura seja reduzida anatomicamente e fixada com parafusos

    corticais de 3,5 mm de comprimento, entre o metatarsiano e o respectivo cuneiforme,

    sendo crucial a insero de um parafuso desde a base do cuneiforme medial at basedo 2 metatarsiano, o chamado parafuso de Lisfranc (26), que estabiliza o ligamento

    de Lisfranc e possibilita a sua cicatrizao anatmica. (27) (Imagem 5)

    Na coluna lateral so usados fios de Kirchner que atravessam longitudinalmente os 4

    e 5 metatarsianos e os fixam ao cuboide. (10) Alguns ortopedistas apenas fixam a

    coluna lateral quando esta revela instabilidade e atingimento lesional, outros fazem-no

    por rotina. (2) Este mtodo de estabilizao permite manter algum do movimento

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    caracterstico da coluna lateral, que tem um papel importante no amortecimento das

    foras de trao. (17)

    Uma tcnica alternativa fixao interna com parafusos pode ser a fixao com

    placas dorsais, com resultados idnticos em termos de reduo anatmica e

    estabilidade articular. Esta tcnica tambm minimiza leso adicional dos tecidos

    moles adjacentes, bem como o desgaste intra-articular causado pelos parafusos

    corticais. A grande desvantagem desta tcnica ser mais demorada e invasiva e

    implicar tempos cirrgicos mais longos. (28)

    Em relao ao perodo ps-operatrio h consenso sobre a necessidade de proteo da

    reduo e fixao por um perodo mnimo de 6 semanas, com imobilizao com gesso

    e sem realizar carga. (2)

    Remoo do material cirrgico: H alguma controvrsia sobre a necessidade de

    remoo do material cirrgico. (29) Por um lado, as complicaes mais comuns deste

    tipo de leses e seu tratamento so as relacionadas com o material cirrgico que pode

    deslocar-se, partir ou causar dor e irritao ssea. (2; 27) sabido que uma fixao

    intra-articular rgida pode causar leso da cartilagem. (1)Por outro lado o doente tem

    de ser submetido a nova interveno cirrgica, com todos os riscos e custos que talacarreta, incluindo a perda da reduo e recidiva do desvio articular. (27)

    Alguns autores defendem ainda que os parafusos apenas devem ser removidos em

    atletas de alta competio: para os que pesam menos de 90 Kg, a remoo deve ser

    feita entre as 12 e 16 semana ps-operatrias; para os mais pesados, deve esperar-se

    at 24 semana aps a cirurgia. (16)

    Tcnicas alternativas fixao rgida: Para ultrapassar esta questo, alguns

    ortopedistas adotaram uma tcnica de utilizao de parafusos absorvveis. (2) Outros

    utilizam outro tipo de materiais no-absorvveis mas com menor risco de

    complicaes, como por exemplo a sutura interssea com endobuttons, o chamado

    Arthrex Mini Tight-Rope (Arthrex, Inc., Naples, FL). Este material consiste numa

    sutura de polyester a envolver um ncleo constitudo por um polietileno de alto-peso

    molecular (UHMWPE). A sua constituio torna-o muito resistente, reduzindo a

    incidncia de complicaes como desgaste ou quebra, o que exclui a necessidade da

    sua remoo. tambm muito flexvel, permitindo um ligeiro grau de movimento,

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    assemelhando-se mais a um ligamento saudvel. (27) As desvantagens desta tcnica

    em relao fixao com parafusos so: custos elevados do material, possibilidade de

    diastase tardia devido constituio do material, maior curva de aprendizagem da

    tcnica, risco de quebra na insero das suturas uma vez que a rigidez do fio guia no

    suficiente para penetrar o osso, incongruncia da sutura em relao ao tnel sseo,

    que pode ficar mais largo devido a over-drilling. (30) Anteriormente era tentada

    uma reduo no rgida, fazendo ligamentoplastia com os tendes da pata de ganso ou

    do msculo peronial longo. Esta tcnica permite uma reduo no rgida, evitando a

    seco dos referidos msculos, com todas as co-morbilidades que tal acarretaria. (1)

    Os endobuttons podem tambm ser de ao inoxidvel cirrgico ou de titnio, e a

    escolha deve ser feita tendo em conta o restante material utilizado na reparao da

    leso. (27) Numa srie de casos limitada, os resultados foram muito promissores: os

    pacientes eram capazes de iniciar fisioterapia e tolerar carga no p intervencionado,

    bem como regressar s suas atividades regulares e desportivas, mais cedo do que o

    relatado com as tcnicas clssicas. (27) No entanto ainda no h estudos suficientes

    para tirar concluses objetivas e afirmar com certeza a superioridade desta tcnica em

    relao fixao interna com parafusos. (2)

    Estudos em cadveres provaram que no h diferenas estatisticamente significativasna estabilidade da fixao conseguida com parafusos interfragmentares e sutura com

    endobutton. (31) Talvez uma combinao das duas tcnicas consiga eliminar as

    desvantagens de cada uma isoladamente e obter resultados mais satisfatrios para os

    doentes, mas ainda no h resultados que o comprovem. (30)

    Complicaes: Alteraes degenerativas ps-traumticas, que resultam em alteraes

    radiogrficas, dor e colapso do arco transversal do p, so comuns em leses da

    articulao de Lisfranc, mesmo aps tratamento com reduo anatmica. (19) A

    artrose ps-traumtica deve ser tratada inicialmente com anti-inflamatrios no-

    esteroides, palmilhas e calado confortvel. (32) Se o tratamento conservador falhar,

    deve proceder-se artrodese das articulaes TMT afetadas. (33) Este tratamento

    pode ser realizado por artroscopia, que alm de ser menos invasivo, consegue um re-

    alinhamento da poro anterior do p. (32)

    A tcnica consiste em fundir os 3 raios mediais da articulao, que so geralmente as

    mais afetadas por artrose ps-traumtica e considerados imveis ou no essenciais e

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    poupar a coluna lateral, cujo grau de mobilidade fisiolgica importante para uma

    boa funo do p na marcha e suporte de carga. (32; 33) Em casos de artrose dolorosa

    da coluna lateral, prefervel realizar ligamentoplastia em vez de artrodese, de forma

    a manter algum grau de mobilidade da articulao. (32)

    A tcnica de artrodese primria reduz significativamente o nmero de cirurgias de

    follow-up, uma vez que com a reduo aberta com fixao interna com parafusos h

    muitas vezes necessidade de remoo do material cirrgico e em casos de

    complicaes pode ser necessrio um terceiro tempo cirrgico para uma artrodese

    corretiva, portanto esta tcnica foi proposta como tratamento de primeira linha. (33)

    No entanto, pacientes tratados com reduo aberta com fixao interna recuperam

    maior funcionalidade sem dor, e mais rapidamente, do que aqueles tratados com

    artrodese secundria a complicaes ou erros diagnsticos. (23) A fuso da

    articulao TMT resulta em aumento da rigidez do midfoot, o que leva a perda de

    funo, como dificuldade a caminhar em piso irregular e dificuldades na marcha com

    calado convencional. (23) O elevado grau de satisfao dos pacientes aps artrodese

    pode dever-se ao alivio da dor crnica sentida at ento. (23)

    A artrodese primria dos 2 ou 3 raios mediais do p est ento indicada para fraturas

    cominutivas ou com elevado grau de desvio (10) ou ainda para leses puramente

    ligamentares. (34) Neste caso, o processo de recuperao mais lento e geralmente

    requer um perodo mais longo sem realizar carga. (27)

    Prognstico

    A reduo anatmica precoce da leso o fator mais determinante para uma boarecuperao funcional, com baixo risco de complicaes. Como j referido as

    principais complicaes so: m-consolidao, dor crnica, artrose, deformidade do

    p, leses dos tecidos moles e perda de funo devido a instabilidade ligamentar

    residual (alteraes da marcha, incapacidade de sustentao de carga, intolerncia

    com calado) (7; 8; 17) (Imagem 6)

    H vrios fatores que contribuem para as comuns falhas no diagnstico inicial:

    desconhecimento da anatomia detalhada da articulao TMT, dificuldade na obteno

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    de radiografias com qualidade e na sua interpretao, devido ao difcil

    posicionamento do doente, e sobreposio ssea nas imagens a duas dimenses, e

    baixo ndice de suspeio clnica, sobretudo em doentes politraumatizados. (7)

    As complicaes desta leso a curto ou longo-prazo, devem-se principalmente

    complexa anatomia da articulao TMT, principalmente o recesso intercuneiforme

    que aloja a base do segundo metatarsiano, bem como a angulao especfica de todas

    as estruturas sseas na formao do arco transverso do p. Devido a esta intrincada

    anatomia, qualquer grau de incongruncia articular ir causar instabilidade e sequelas

    para o doente. (35)

    A principal alterao ps-traumtica encontrada a artrose da articulao TMT,

    avaliada radiograficamente desde alteraes degenerativas at perda completa do

    espao articular. (34) Estas alteraes so mais comuns quando a leso no foi

    devidamente diagnosticada, se foi parcialmente tratada, se no se atingiu uma reduo

    anatmica, ou se a leso era puramente ligamentar. (2) Muitas vezes h j leso

    significativa da cartilagem aquando da leso, e essa no tida em conta pr-

    operatoriamente como um fator agravante do prognstico e predisponente para

    artrose. (2)No h uma relao direta entre a extenso das alteraes radiogrficas

    sugestivas de artrose e a intensidade dos sintomas, bem como da necessidade

    posterior de se proceder a uma artrodese corretiva. (14)

    Vrios estudos foram realizados para avaliar o prognstico das fraturas-luxaes de

    Lisfranc, numa tentativa de selecionar a melhor abordagem teraputica em cada tipo

    de leso. (36)

    A American Orthopeadic Foot and Ankle Society (AOFAS), criou uma escala de

    avaliao funcional do midfoot (tabela 1), cujos parmetros so: intensidade da dor

    residual, limitao funcional, necessidade de calado especial, limitaes na marcha

    consoante o tipo de piso e a distncia realizada, eficcia da reduo anatmica, e

    capacidade de sustentao de carga no p lesionado. O resultado varia entre 0 a 100.

    No entanto, esta escala foi utilizada em vrios estudos para comparar as tcnicas de

    reduo fechada com fixao percutnea por fios de Kirchner, e reduo aberta com

    fixao interna, e no se obtiveram resultados estatisticamente significativos. (37)

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    Pacientes com tratamento cirrgico tardio tm pior prognstico, e atingem valores

    inferiores a 60 na escala da AOFAS. (24)

    As leses de tipo B so geralmente as que revelam pior prognstico, com resultados

    abaixo de 70 na escala da AOFAS, uma vez que se a incongruncia articular parcial,

    sendo esta muito subtil, pode no ser visualizvel macroscpica ou radiologicamente.

    Ao passo que as leses de tipo A e C so mais exuberantes, h uma deformao

    exterior visvel da anatomia do p. (24)

    Um resultado acima de 75 na escala da AOFAS o esperado em doentes tratados

    precoce e adequadamente, mas no claro at que ponto este resultado corresponde a

    capacidade do doente retomar o seu estilo de vida anterior. Talvez fosse mais

    interessante desenvolver escalas de avaliao prognstica, tendo em conta o grau de

    satisfao dos pacientes com o tratamento, e ainda a sua capacidade de voltar s suas

    atividades profissionais, bem como desportivas, aps a recuperao da leso. (2)

    Em termos de escolha teraputica, a reduo fechada com imobilizao por gesso, ou

    com fixao percutnea com fios de Kirchner, devem ser abandonadas e substitudas

    por uma reduo aberta. Esta pode ser fixada com fios de Kirchner, com parafusos

    interfragmentares de 3,5 mm ou com suturas endobutton, e apesar de ainda no haverresultados estatisticamente significativos, os vrios estudos realizados parecem

    apontar para a superioridade da fixao rgida com parafusos, sendo de salientar a

    importncia da reduo do segundo raio da articulao TMT.

    Para leses puramente ligamentares, a recuperao funcional mais difcil, dada a

    demorada cicatrizao dos tecidos tendinosos, a taxa de complicaes mais elevada

    e o tratamento de eleio acaba por ser a artrodese primria. (27)

    Concluso

    A fratura de Lisfranc uma leso que surge geralmente em contexto de urgncia, em

    pacientes politraumatizados ou atletas de alta competio em desportos violentos. O

    seu diagnstico pode passar despercebido, uma vez que as leses so por vezes subtis,

    ou porque em contextos de emergncia por traumas violentos, dada prioridade s

    funes vitais, passando as leses dos membros para segundo plano.

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    O diagnstico essencialmente feito pelo reconhecimento de determinados sinais

    caractersticos: dor e edema marcados na regio mediotrsica, equimose plantar,

    deformidade anatmica do p. Para o confirmar devem ser efetuadas radiografias com

    as seguintes incidncias: antero-posterior, oblqua a 30 e lateral. Para uma melhor

    caracterizao da leso, pode complementar-se o estudo com TAC com reconstrues

    3D ou RMN.

    A leso deve ser reparada o mais precocemente possvel, sendo o objetivo a obteno

    de uma reduo anatmica das estruturas. A reduo aberta com fixao interna , por

    isso a mais preconizada na literatura. de salientar a preocupao especial com a

    reduo do 2 raio, que deve ser fixado com parafusos, e no com fios de Kirchner

    que aumentam o risco de luxao ps-operatria. As redues fechadas, com fixaopercutnea ou com imobilizao com gesso, caram em desuso, uma vez que

    acarretam pior prognstico.

    Com os sistemas de avaliao prognstica disponveis at data, ainda no possvel

    prever com grande acuidade o outcome dos pacientes com leso de Lisfranc. Os

    vrios questionrios no conseguem obter uma correlao efetiva entre o tipo de

    leso, a opo teraputica e o resultado final. Est demonstrado, no entanto, que os

    melhores resultados so atingidos quando se consegue uma reduo anatmica da

    articulao.

    Agradecimentos

    Queria deixar um sincero agradecimento ao Senhor Professor Doutor Manuel

    Gutierres, cuja orientao foi preciosa na realizao deste trabalho e que alm de meu

    professor, o meu paciente mdico.

    Agradeo ainda aos meus pais, pelo carinho e apoio que me prestam sempre em tudo,

    e que se reflete nesta monografia.

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    Tabela 1: Escala de avaliao funcional do midfoot

    Sintoma Gravidade Resultado

    Dor Nenhuma 40Leve, ocasional 30

    Moderada, diria 20

    Grave, quase sempre presente 0

    Funo Sem limitaes, sem apoio 10

    Limitao apenas para actividade recreativas, sem apoio 7

    Limitao diria e para actividades recreativas, bengala 4

    Limitao diria grave e para actividades recreativas,

    andarilho, muletas ou cadeira de rodas

    0

    Calado Qualquer tipo de calado 5

    Calado confortvel apenas 3

    Calado modificado 0

    Distncia de

    marcha mxima

    (km)

    Mais de 1 km

    500 m 1 km

    100 500 m

    10

    7

    4

    Menos de 100 m 0

    Caractersticas do

    terreno

    Sem dificuldades em qualquer superfcie

    Alguma dificuldade em terreno irregular, inclinado, escadas

    10

    5

    Muita dificuldade em terreno irregular, inclinado, escadas 0

    Alteraes na

    marcha,

    claudicao

    Nenhuma, ligeira

    bvia

    Marcada

    10

    5

    0

    Alinhamento /

    deformidade do p

    Bom, sem deformidade, consegue apoiar o p todo no cho

    Franco, deformidade moderada, apoia o p com dificuldade

    15

    8

    Mau alinhamento, deformidade grave, incapacidade de

    apoiar o p todo no cho

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    Legendas das imagens:

    Imagem 1: Radiografia dorsoplantar do p direito com representao esquemtica das

    estruturas ligamentares das articulaes TMT: as linhas mais espessas entre o

    primeiro cuneiforme e o segundo metatarsiano ilustram o ligamento de Lisfranc

    orientado obliquamente; as linhas finas horizontais entre as bases dos metatarsianos

    (do 2 ao 5) correspondem aos ligamentos intermetatrsicos; as linhas verticais

    correspondem aos ligamentos TMT dorsais. 1 cuneiforme medial, 2 cuneiforme

    intermdio, 3 cuneiforme lateral, 4 navicular, 5 cuboide. (7)

    Imagem 2: Fratura de Lisfranc do p direito, com desvio lateral das colunas mdia e

    lateral (tipo B2).

    Imagem 3: Classificao das fraturas-luxaes de Lisfranc de Myerson et al. (2)

    Imagem 4: Radiografia ps-operatria de reduo fechada com fixao percutnea

    com fios de Kirchner da fratura documentada na Imagem 2.

    Imagem 5: Radiografia do p que mostra a colocao do parafuso de Lisfranc, desde o

    cuneiforme medial at base do segundo metatarsiano, bem como a fixao do

    segundo raio da articulao TMT. So ainda visveis parafusos a fixar os 1 e 3 raios,e um fio de Kirchner na coluna lateral.

    Imagem 6: TAC que evidencia ligeira subluxao lateral das 2 a 5 articulaes

    tarsometatrsicas; discreta subluxao da articulao entre o primeiro cuneiforme e o

    primeiro metatarsiano, com ligeiro desvio dorsal do cuneiforme, responsvel pela

    deformidade do dorso do p perceptvel inspeco.

    Direitos de autor das imagens apresentadas:

    As imagens 2, 4, 5 e 6 so provenientes de casos clnicos observados, tendo sido

    obtida autorizao dos pacientes para as utilizar.

    Em relao imagens 1 e 3, o pedido de autorizao foi enviado aos autores, no

    entanto a resposta no chegou a tempo da impresso deste trabalho.

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    Volume 18 Fascculo II 2010 213

    Informaes GeraisA Revista Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia a publicao

    cientfica da Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (SPOT).A Revista Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia publica artigos na

    rea da Ortopedia, Traumatologia e cincias afins.

    A lngua oficial da Revista o portugus e a publicao dos artigos

    bilingue em portugus e ingls. Os textos publicados em lngua portuguesa

    esto em conformidade com as regras do novo Acordo Ortogrfico da

    Lngua Portuguesa e so convertidos pelo programa Lince (ILTEC

    2010).

    Reviso EditorialOs artigos submetidos para publicao so avaliados pelo Conselho de

    Redaco da Revista que faz uma reviso inicial quanto aos padres

    mnimos de exigncia da Revista Portuguesa de Ortopedia e

    Traumatologia e ao cumprimento das normas de publicao. O Conselho

    de Redaco solicita a apreciao do artigo por Revisores especialistas

    externos (Peer review). Os Revisores so sempre de instituies

    diferentes da instituio original do artigo e -lhes ocultada a identidade

    dos autores e a sua origem.

    O artigo poder ser:

    - Aceite para publicao, sem modificaes;

    - Devolvido aos autores com proposta de modificaes;

    - Recusado para publicao, sem interesse para a Revista Portuguesa de

    Ortopedia e Traumatologia.

    No caso de serem propostas modificaes, estas devem ser realizadas pelos

    autores no prazo de trinta dias.

    As provas tipogrficas sero enviadas ao(s) autor(es), contendo a indicao

    do prazo de reviso, em funo das necessidades de publicao da Revista,

    que no deve, no entanto, ultrapassar os cinco dias teis. O desrespeito

    pelo prazo desobriga da aceitao da reviso dos autores, sendo a mesma

    efectuada exclusivamente pelos servios da Revista.

    Tipos de artigos publicadosArtigos Originais:incluem estudos controlados e randomizados, estudosde testes diagnsticos e de triagem e outros estudos descritivos e de

    interveno, bem como pesquisa bsica com interesse para a Ortopedia e

    Traumatologia. O texto deve ter entre 2.000 e 4.000 palavras, excluindo

    tabelas e referncias. O nmero de referncias no deve exceder 30.

    Casos Clnicos: incluem relatos de casos clnicos ou situaes singulares,

    doenas raras ou nunca descritas, assim como formas inovadoras de

    diagnstico ou tratamento. O texto composto por uma introduo breve

    sobre a importncia do assunto e objectivos da apresentao do(s) caso(s);

    por um relato resumido do caso; e por comentrios que discutem aspectos

    relevantes e comparam o relato com outros casos descritos na literatura.

    O nmero de palavras deve ser inferior a 2.000, excluindo referncias e

    tabelas. O nmero de referncias no deve exceder 15.

    Artigos de Reviso: incluem revises crticas e actualizadas da literaturaem relao a temas de importncia clnica. Nesta categoria incluem-se os

    estudos de meta-anlises. So em geral escritos mediante convite do

    Editor, podendo ser propostos pelos autores. Devem limitar-se a 6.000

    palavras, excluindo referncias e tabelas. As referncias bibliogrficas

    devero ser actuais e em nmero mnimo de 30 e mximo de 100.

    Artigos de Ensino: incluem temas essencialmente didcticos dedicados

    formao ps-graduada nas reas de Ortopedia e Traumatologia. So em

    geral escritos mediante convite do Editor, podendo ser propostos pelos

    autores.

    Artigos de Investigao: incluem a apresentao de trabalhos de

    investigao bsica ou clnica nas reas de Ortopedia e Traumatologia ou

    NORMAS DE PUBLICAO

    afins.

    Notas Tcnicas:incluem a descrio de detalhada de tcnicas cirrgicas

    ou de outra natureza relacionada com a rea de Ortopedia e Traumatologia.

    Artigos Estrangeiros: so escritos a convite por Redactores Estrangeiros

    sobre temas da sua rea de especializao.

    Artigos Especiais: so textos no classificveis nas categorias acima, que

    o Conselho de Redaco julgue de especial interesse para publicao. A

    sua reviso admite critrios prprios.

    Cartas ao Editor: devem comentar, discutir ou criticar artigos publicados

    na Revista Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia. O tamanho mximo

    de 1.000 palavras, incluindo no mximo seis referncias bibliogrficas.

    Sempre que possvel, uma resposta dos autores ser publicada junto com

    a carta. O Conselho de Redaco tambm solicita aos Coordenadores das

    Seces e Presidentes das Sociedades afins da SPOT um comentrio

    crtico a artigos seleccionados que foram publicados na Revista sob a

    forma de Fogo cruzado.

    Instrues aos autores

    Orientaes gerais

    O artigo (incluindo tabelas, ilustraes e referncias bibliogrficas) deve

    estar em conformidade com os requisitos uniformes para artigos

    submetidos a revistas biomdicas (Uniform Requirements for

    Manuscripts Submitted to Biomedical Journals), publicado pelo Comit

    Internacional de Editores de Revistas Mdicas (ver a ltima actualizao,

    de Abril de 2010, disponvel em http://www.icmje.org).

    Recomenda-se que os autores guardem uma verso do material enviado.

    Em ambas as situaes de submisso (correio electrnico ou correio

    postal), os materiais enviados no sero devolvidos aos autores.

    Instrues para submisso online

    1. A Revista Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia d preferncia

    submisso online de artigos no site da Sociedade Portuguesa de Ortopediae Traumatologia.

    2. Para submisso online os autores devem aceder ao site www.spot.pt,

    seleccionar a rea da RPOT e seguir integralmente as instrues

    apresentadas.

    Instrues para envio por correio electrnico

    1. A Revista Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia aceita a submisso

    de artigos por correio electrnico.

    Enviar para:[email protected]

    2. Assunto:Escrever o ttulo abreviado do artigo.

    3. Corpo da mensagem:Deve conter o ttulo do artigo e o nome do autor

    responsvel pelos contactos pr-publicao, seguidos de uma declarao

    em que os autores asseguram que:

    a)o artigo original;

    b)o artigo nunca foi publicado e, caso venha a ser aceite pela Revista

    Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia, no ser publicado noutrarevista;

    c)o artigo no foi enviado a outra revista e no o ser enquanto em

    submisso para publicao na Revista Portuguesa de Ortopedia e

    Traumatologia;

    d)todos os autores participaram na concepo do trabalho, na anlise

    e interpretao dos dados e na sua redaco ou reviso crtica;

    e)todos os autores leram e aprovaram a verso final;

    f)no foram omitidas informaes sobre financiamento ou conflito

    de interesses entre os autores e companhias ou pessoas que possam

    ter interesse no material abordado no artigo;

    g)todas as pessoas que deram contribuies substanciais para o artigo,

    mas no preencheram os critrios de autoria, so citadas nos

    agradecimentos, para o que forneceram autorizao por escrito;

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    REVISTA PORTUGUESA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA214

    h)os direitos de autor passam para a Sociedade Portuguesa de

    Ortopedia e Traumatologia, caso o artigo venha a ser publicado.

    NOTA:Caso o artigo seja aceite para publicao, ser solicitado o

    envio desta declarao com a assinatura de todos os autores.

    4. Arquivos anexados:Anexar arquivos que devem permitir a leitura

    pelos programas do Microsoft Office, contendo respectivamente:

    a)Arquivo de texto com pgina de rosto, resumo em portugus e

    ingls, palavras-chave, keywords, texto, referncias bibliogrficas e

    ttulos e legendas das figuras, tabelas e grficos;

    b)Arquivo de tabelas, figuras e grficos separados. Caso sejam

    submetidas figuras ou fotografias cuja resoluo no permita uma

    impresso adequada, o Conselho de Redaco poder solicitar o envio

    dos originais ou cpias com alta qualidade de impresso;

    c) Sugere-se fortemente que os os autores enviem os arquivos de texto,

    tabelas, figuras e grficos em separado. Deve ser criada uma pasta

    com o nome abreviado do artigo e nela incluir todos os arquivos

    necessrios. Para anexar mensagem envie esta pasta em formato

    comprimido (.ZIP ou . RAR).

    Instrues para envio por correio postal

    1.Enviar para:

    Revista Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia

    SPOT Rua dos Aventureiros, Lote 3.10.10 Loja B

    Parque das Naes

    1990-024 Lisboa - Portugal

    2. Incluir uma carta de submisso, assinada por todos os autores,

    assegurando que:

    a)o artigo original;

    b)o artigo nunca foi publicado e, caso venha a ser aceite pela Revista

    Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia, no ser publicado noutra

    revista;

    c)o artigo no foi enviado a outra revista e no o ser enquanto em

    submisso para publicao na Revista Portuguesa de Ortopedia e

    Traumatologia;

    d)todos os autores participaram na concepo do trabalho, na anlisee interpretao dos dados e na sua redaco ou reviso crtica;

    e)todos os autores leram e aprovaram a verso final;

    f)no foram omitidas informaes sobre financiamento ou conflito

    de interesses entre os autores e companhias ou pessoas que possam

    ter interesse no material abordado no artigo;

    g)todas as pessoas que deram contribuies substanciais para o artigo,

    mas no preencheram os critrios de autoria, so citadas nos

    agradecimentos, para o que forneceram autorizao por escrito;

    h)os direitos de autor passam para a Sociedade Portuguesa de

    Ortopedia e Traumatologia, caso o artigo venha a ser publicado.

    3.O original deve ser enviado numa cpia impressa em folha de papel

    branco, tamanho A4 (210x297mm); margens de 25mm; espao duplo;

    fonte Times New Roman, tamanho10 ou 12; pginas numeradas no canto

    superior direito, a comear pela pgina de rosto. No usar recursos de

    formatao, tais como cabealhos e rodaps. Utilizar preferencialmente

    formato Word, podendo utilizar tambm PDF, Text, ou RTF.4.Enviar uma cpia do original em disquete ou CD, que contenha apenas

    arquivos relacionados ao artigo.

    Orientaes para cada seco do material a submeter

    Cada seco deve ser iniciada numa nova pgina, na seguinte ordem:

    pgina de rosto, resumo em portugus incluindo palavras-chave, resumo

    em ingls incluindo keywords, texto, agradecimentos, referncias

    bibliogrficas, tabelas (cada tabela completa, com ttulo e notas de rodap,

    em pgina separada), grficos (cada grfico completo, com ttulo e notas

    de rodap em pgina separada) e legendas das figuras.

    Pgina de rosto

    A pgina de rosto deve conter todas as seguintes informaes:

    a)Ttulo do artigo, conciso e informativo, evitando abreviaturas;

    b)Ttulo na lngua inglesa;

    c)Ttulo abreviado (para constar no cabealho das pginas), com

    mximo de 100 caracteres, contando os espaos;

    d)Nome de cada um dos autores (o primeiro nome e o ltimo

    sobrenome devem obrigatoriamente ser informados por extenso; todos

    os demais nomes aparecem como iniciais);

    e)Titulao mais importante de cada autor;

    f)Nome, endereo postal, telefone, fax e endereo electrnico do autor

    responsvel pela correspondncia;

    g)Nome, endereo postal, telefone, fax e endereo electrnico do

    autor responsvel pelos contactos prvios publicao;

    h)Identificao da instituio ou servio oficial ao qual o trabalho est

    vinculado;

    i)Declarao de conflito de interesse (escrever nada a declarar ou

    declarar claramente quaisquer interesses econmicos ou de outra

    natureza, que se possam enquadrar nos conflitos de interesse);j)Identificao da fonte financiadora ou fornecedora de equipamento

    e materiais, quando for o caso;

    Resumo

    O resumo deve ser submetido em duas lnguas: portugus e ingls. O

    resumo deve ter no mximo 250 palavras. Todas as informaes que

    aparecem no resumo devem aparecer tambm no artigo.

    Abaixo do resumo, devem constar trs a dez palavras-chave que auxiliaro

    a incluso adequada do resumo nas bases de dados bibliogrficas. As

    palavras-chave em ingls (keywords) devem preferencialmente estar

    includas na lista de Medical Subject Headings, publicada pela U. S.

    National Library of Medicine, do National Institute of Health, e disponvel

    em http://www.nlm.nih.gov/mesh/meshhome.html

    O resumo deve ser estruturado conforme descrito a seguir:

    Resumo de artigo original:

    Objectivo: Informar por que o estudo foi iniciado e quais foram ashipteses iniciais, se houve alguma. Definir precisamente qual foi o

    objectivo principal e os objectivos secundrios mais relevantes.

    Material e Mtodos: Informar sobre o desenho do estudo, o contexto ou

    local, os pacientes ou materiais e os mtodos de trabalho e de obteno de

    resultados.

    Resultados: Informar os principais dados, intervalos de confiana e

    significado estatstico.

    Concluses: Apresentar apenas concluses apoiadas pelos dados do estudo

    e que contemplem os objectivos, bem como sua aplicao prtica.

    Resumo de artigo de reviso:

    Objectivo: Informar por que a reviso da literatura foi feita, indicando se

    foca algum factor em especial, como etiopatogenia, preveno,

    diagnstico, tratamento ou prognstico.

    Fontes dos dados: Descrever as fontes da pesquisa, definindo as bases de

    dados e os anos pesquisados. Informar sucintamente os critrios de

    seleco de artigos e os mtodos de extraco e avaliao da qualidade dasinformaes.

    Sntese dos dados: Informar os principais resultados da pesquisa, sejam

    quantitativos ou qualitativos.

    Concluses: Apresentar as concluses e suas aplicaes clnicas, limitando

    generalizaes aos domnios da reviso.

    Resumo de caso clnico

    Objectivo: Informar por que o caso merece ser publicado, com nfase nas

    questes de singularidade ou novas formas de diagnstico e tratamento.

    Descrio: Apresentar sinteticamente as informaes bsicas do caso, com

    nfase nas mesmas questes singularidade.

    Comentrios: Concluses sobre a importncia do caso clnico e as

    perspectivas de aplicao prtica das abordagens inovadoras.

    Normas de Publicao

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    Volume 18 Fascculo II 2010 215

    Texto

    O texto dos artigos originais deve conter as seguintes seces, cada umacom o seu respectivo subttulo:

    a)Introduo: sucinta, citando apenas referncias estritamentepertinentes para mostrar a importncia do tema e justificar o trabalho.No final da introduo, os objectivos do estudo devem ser claramentedescritos.b)Material e Mtodos: descrever a populao estudada, a amostra eos critrios de seleco; definir claramente as variveis e detalhar aanlise estatstica; incluir referncias padronizadas sobre os mtodosestatsticos e informao de eventuais programas de computao.Procedimentos, produtos e equipamentos utilizados devem serdescritos com detalhes suficientes para permitir a reproduo doestudo. Deve incluir-se declarao de que todos os procedimentostenham sido aprovados pela comisso de tica da instituio a que estvinculado o trabalho.c)Resultados: devem ser apresentados de maneira clara, objectiva ecom sequncia lgica. As informaes contidas em tabelas ou figuras

    no devem ser repetidas no texto. Deve-se preferir o uso de grficosem vez de tabelas quando existe um nmero muito grande de dados.d)Discusso: deve interpretar os resultados e compar-los com osdados j descritos na literatura, enfatizando os aspectos novos eimportantes do estudo. Devem-se discutir as implicaes dos achadose as suas limitaes, bem como a necessidade de pesquisas adicionais.As concluses devem ser apresentadas no final da discusso, levandoem considerao os objectivos iniciais do estudo.

    O texto dos artigos de reviso no obedece a um esquema rgido deseces.O texto dos casos clnicos deve conter as seguintes seces, cada uma como seu respectivo subttulo:

    a)Introduo: apresenta de modo sucinto o que se sabe a respeito dapatologia em questo e quais so as prticas actuais de abordagemdiagnstica e teraputica.b)Descrio do(s) caso(s): o caso apresentado com detalhes

    suficientes para o leitor compreender toda a evoluo e os seusfactores condicionantes. Quando o artigo descrever mais de um caso,sugere-se agrupar as informaes em tabela.c)Discusso: apresenta correlaes do(s) caso(s) com outros descritose a sua importncia para a prtica clnica.

    Agradecimentos

    Devem ser breves e objectivos, somente a pessoas ou instituies quecontriburam significativamente para o estudo, mas que no tenham

    preenchido os critrios de autoria. Os integrantes da lista de agradecimentodevem dar a sua autorizao por escrito para a divulgao de seus nomes,uma vez que os leitores podem supor seu endosso s concluses do estudo.

    Referncias bibliogrficas

    As referncias bibliogrficas devem ser numeradas e ordenadas segundoa ordem de aparecimento no texto, no qual devem ser identificadas pelos

    algarismos rabes respectivos entre parntesis. Se houver mais de 6autores, devem ser citados os seis primeiros nomes seguidos de et al. Osttulos de revistas devem ser abreviados de acordo com o estilo usado nondex Medicus,. Uma lista extensa de peridicos, com as suas respectivasabreviaturas, est disponvel atravs da publicao da NLM List of SerialsIndexed for Online Users em http://www.nlm.nih.gov/tsd/journals.As referncias bibliogrficas devem estar em conformidade com osrequisitos uniformes para artigos submetidos a revistas biomdicas(Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to BiomedicalJournals), publicado pelo Comit Internacional de Editores de RevistasMdicas (esto disponveis exemplos de referncias bibliogrficas em:http://www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html)Listam-se em seguida alguns exemplos de referncia bibliogrfica:

    1. Artigo padro

    Halpern SD, Ubel PA, Caplan AL. Solid-organ transplantation inHIV-infected patients. N Engl J Med. 2002;347:284-7.2. LivroMurray PR, Rosenthal KS, Kobayashi GS, Pfaller MA. Medicalmicrobiology. 4th ed. St. Louis: Mosby; 2002.3. Captulo de livroMeltzer PS, Kallioniemi A, Trent JM. Chromosome alterations inhuman solid tumors. In: Vogelstein B, Kinzler KW, editors. Thegenetic basis of human cancer. New York: McGraw-Hill; 2002. p. 93-113.4. Teses e dissertaesBorkowski MM. Infant sleep and feeding: a telephone survey ofHispanic Americans [dissertation]. Mount Pleasant (MI): CentralMichigan University; 2002.5. Trabalho apresentado em congresso ou similar (publicado)Christensen S, Oppacher F. An analysis of Kozas computationaleffort statistic for genetic programming. In: Foster JA, Lutton E, MillerJ, Ryan C, Tettamanzi AG, editors. Genetic programming. EuroGP

    2002: Proceedings of the 5th European Conference on GeneticProgramming; 2002 Apr 3-5; Kinsdale, Ireland. Berlin: Springer;2002. p. 182-91.6. Artigo de revista eletrnicaAbood S. Quality improvement initiative in nursing homes: the ANAacts in an advisory role. Am J Nurs [serial on the internet]. 2002 Jun[cited 2002 Aug 12];102(6):[about 3 p.]. Available from: http://www.nursingworld.org/AJN/2002/june/Wawatch.htm.7 Stio na InternetCancer-Pain.org [homepage on the Internet]. New York: Associationof Cancer Online Resources, Inc.; c2000-01 [updated 2002 May 16;cited 2002 Jul 9]. Available from: http://www.cancer-pain.org/.Artigos aceites para publicao, mas ainda no publicados, podem sercitados desde que seguidos da indicao in press. Observaes no

    publicadas e comunicaes pessoais no podem ser ci tadas comoreferncias; se for imprescindvel a incluso de informaes dessa

    natureza no artigo, elas devem ser seguidas pela observaoobservao no publicada ou comunicao pessoal entreparnteses no corpo do artigo.

    Tabelas

    Cada tabela deve ser apresentada em folha separada, numerada na ordemde aparecimento no texto, e com um ttulo sucinto, porm explicativo.Todas as notas explicativas devem ser apresentadas em notas de rodap eno no ttulo, identificadas pelos seguintes smbolos, nesta sequncia:*,,,,||,,**,,. As tabelas no devem conter linhas verticais ouhorizontais a delimitar as clulas internas.

    Figuras (fotografias, desenhos, grficos)

    Todas as figuras devem ser numeradas na ordem de aparecimento no texto.As notas explicativas devem ser apresentadas nas legendas. As figurasreproduzidas de outras fontes j publicadas devem indicar a fonte e ser

    acompanhadas por uma carta de permisso de reproduo do detentor dosdireitos de autor. As fotografias no devem permitir a identificao dopaciente ou devem ser acompanhadas de autorizao por escrito parapublicao.As imagens em formato digital devem ser anexadas nos formatos TIFF ouJPEG, com resoluo entre 300 e 600 ppp, dimenso entre 15cm e 20cme a cores, para possibilitar uma impresso ntida. As figuras seroconvertidas para o preto-e-branco s para efeitos de edio impressa. Casoos autores julguem essencial que uma determinada imagem seja colorida,solicita-se contacto com os editores. As imagens em formato de papeldevem conter no verso uma etiqueta com o seu nmero, o nome do

    primeiro autor e uma seta indicando o lado para cima.

    Normas de Publicao

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    REVISTA PORTUGUESA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA216

    Legendas das figuras

    Devem ser apresentadas em pgina prpria, devidamente identificadas

    com os respectivos nmeros.

    Abreviaturas, smbolos e acrnimos

    Devem ser evitados, principalmente no ttulo e resumo. O termo completo

    expandido deve preceder o primeiro uso de uma abreviatura, smbolo ou

    acrnimo.

    Unidades de medida

    Devem ser usadas as Unidades do Sistema Internacional (SI), podendo

    usar-se outras unidades convencionais quando forem de uso comum.

    Normas de Publicao