fotographos_n04

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Page 2: Fotographos_N04

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Page 3: Fotographos_N04

FOTOGRAFANDO

10 EsportesCinco feras da fotografia revelam os segredos e truquespara capturar o lance certo de cada modalidade.

~§":3

o Direito de ImagemUsando corretamente a imagem das pessoas.

GaleriaFotos enviadas por nossos leitores.

Marcos Kim: P&B é poesiaUm relato apaixonado à fotografia em preto-e-branco.

o fotógrafo consumidorCharles Dias e as dicas de bolso para quempretende investir em uma câmera digital.

Seres da noite - EnsaioAndré Stéfano traz à luz a vida noturna quebrota das madrugadas na cidade de São Paulo.

Emidio Luisi - PortfólioAlma italiana na fotografia brasileira.

ImpressãoComo conseguir bons resultados imprimindo suas fotos.

2

2

2

3

3

4

Canon

EOS 300D

61

Briga de TitãsCanon PowerShot Pro1,Sony OSC-F828 eCanon EOS 3000.

Canon

PowerShotProl

4

5

6

6

Buenos Aires - Por Dentro da LuzOs encantos da cidade portenha em um belo ensaio.

Notícias do mundo fotográficoo que acontece nas empresas, cursos,lançamentos de produtos e serviços.

CartasMensagens recebidas pela redação da Fotógraphos.

lá estressado? Vá fotografar - Parte 11Armando Vernaglia e a sufocante tarefade agendar sessões de fotos com clientes.

Page 4: Fotographos_N04

FotographosExpediente

Dir. Editorial: Rodrigo Torres Costa

[email protected]

Dir. Administrativo: Eduardo Aniceto Portella

edua [email protected]

REDAÇÃO

Jornalista Resp: Heitor Augusto

Colaboraram nesta edição:

Armando Vernaglia Jr. , Charles Dias,

Eduardo Oliveira, José Roberto Comodo,

Marcos Kim, Priscila Cerqueira, Silva na de

Carvalho, Sandra Mastrogiacomo

PRODUÇÃO

Direção de Arte: Rodrigo Torres Costa

Projeto Gráfico: Art&Cia Propaganda e Mkt

Revisão: Renata Consoli

PUBLICIDADE

Daniel Santos

dsa [email protected]

Paulo Henrique Frias de Oliveira

[email protected]

DISTRIBUiÇÃO EXCLUSIVA EM BANCAS

Fernando Chinaglia Distribuidora S/A(21) 2195-3200

PLANEJAMENTO DECIRCULAÇÃOEM VENDA AVULSA

Edicase Soluções para Editoreswww.edicase.com.br

PRÉ-IMPRESSÃO

ArtSim

IMPRESSÃO

Prol Gráfica

ART&CIA PROPAGANDA

Av. Brig. Faria Lima, 1.768, cj. 7B

Jd. Paulistano - São Paulo, SP

CEP01451-909 - Brasil

Tel.: (011) 3815-7472 Fax: r.201

Page 5: Fotographos_N04

GALERIA~[. -1I-Jl';.1

Apresentamos novas imagens, produzidas por leitores de todos os

cantos do País e que, por motivos técnivos e/ou artísticos, merecem um

apreciação mais detalhada. Desejamos que gostem das fotos e, se a sua

ainda não foi escolhida, não desanime. A cada edição, novos ganhadores

estarão em evidência na Galeria. Estão todos convidados a participar!

.• Cinco mergulhos e dois diques foram precisos para flagrar a garça na hora do seu café-da-manhã. O fotógrafo aproveitava osprimeiros

raios de sol no Horto Florestal de São Paulo, quando o pássaro invadiu o lago efoi logo à caça. A rdpida cena rendeu ao fotógrafo premiação em

dois concursos. Câmera Canon EOS 1N e objetiva de 300 mm. Filme Fuji Reata ISO 100, puxado 1 ponto, exposição de 1/500s e abertura f13.2.

FOTÓGRAPHOS • 05

Page 6: Fotographos_N04

1

IMAGENS QUE INSPIRAM

A escultura natural, moldada pelas mãos do tempo, surgiu na lente do fôtógrafô em pleno desertode Seliolli, na Bolívia.

A outra miragem, à esquerda, também é boliviana, origindria do deserto de Salar de Uyuni. As duasfôtografias fôram

registrariascom uma Câmera Canon 500N, objetiva de 28-200 mm efilme Proimage ISO 100.

Sono tranqüilo Aninha, afilha dofôtógrafô, dorme sobreafilhote de sharpei. A imagem fôi registrada em sépia e teve

comopano defundo um domingo todo dedicado à família. Câmera CyberShot DSC-F828, exposiçãode 1/125s e abertura fl2.

FOTÓGRAPHOS • 06

Page 7: Fotographos_N04

LO•SOHdVII!lQ!OJ

Page 8: Fotographos_N04

Ossos do ofício Imagem conquistada no meio de uma plan­

tação de girassol em Matão, interior de São Paulo. Após ultrapassar

redesde arame farpado, nada como um mato de carrapichospara

deixar afOtografia ainda mais batalhada. Câmera Cybershot 350

DSCW-1, exposiçãode 1/1.250s e abertura jl5.6.

flor d glox'nJ fOi captada com ajuda de doisfiltros

c!ose-up (+4 e +2), utilizados simultaneamente. Câmera Nikon

N-70 e objetiva 35-80 mm. A exposiçãode 1/15s e abertura de

jl22 exigiu o uso de um tripé. Filme Fuji Reala 100 .

IMAGENS QUE INSPIRAM

.•. Silhueta no Zoológicode Brasília (DF). A textura da dgua

e o reflexoda ave deram um clima especialàfOto,propositalmente

subexposta. Câmera EOS 20D, objetiva 75-300 mm e abertura jl5.6.

Participe também da Galeria Fotágraphos e ganhe filmes para continuar praticando!

.. .. .

..

FOTÓGRAPHOS • 08

Page 9: Fotographos_N04
Page 10: Fotographos_N04

TEMA PRÁTICO

FOTOGRAFANDO

ESPORTESAcionar o disparador exatamente em cima do lance que

naturalmente só podia passar se fosse batido é mais que um

esporte para cinco feras da fotografia, em especial.

por Eduardo Oliveira

Pisco Dei Gaiso

Raciocínio rápido e familiaridade com oesporte são essenciais numa arena emque as fotos são assinadas pelo instinto.

FOTÓGRAPHOS • 10

Conhecer um pouco mais sobre aspeculiaridades de atuar no calorda competição pode enriquecer

a bagagem profissional ou amadora dequem faz da arte de fotografar o seuesporte predileto. Mas, para revelar ahistória da modalidade esportiva poranos e mais anos, é preciso suar o coletee mostrar as suas garras. Nesta selva deimagens, apenas os maiores conquistamum lugar ao sol.

Essas feras medem força com ondasrocambolescas e assassinas. Manobram na

pele do lobo sobre as ondulações concretasda cidade. Encaram os estádios deploráveisdo futebol e até desafiam o perigo naqueleinsolente "pedala Robinho", propriamentedito das bikes magérrimas. Tudo isso semtremer ou amarelar, afinal nesta reporta­gem as luzes da largada vão de vermelhoa verde sem escalas.

O truque para engatar a primeira eproduzir um bom ensaio no campo dosesportes pode ser definido em uma únicae mágica palavra: a antecipação. Às vezes,é impossível tirar algo nítido e em foco dedentro da cartola. Pois o atacante gingapara lá, passa o pé sobre a bola, faz umafirula na onda da "ola" e, quando mandapara a rede, já levou no drible dois zaguei­ros e cinco fotógrafos.

Page 11: Fotographos_N04

Carandiru em lOO%Skate.

FlashesfOram posicionados a quatro

I metros~a-rilíSf;;;;ulos por!....---r.rrl1õaves para conseguir esta

luz. A rampa erguida no pátio do

Pavilhão Nove fOi enquadrada comuma olho-de-peixe de 15mm e

captada com exposiçãode 1/250sefl8. Filme Provia 100, da Fuji.

TEMA PRÁTICO

Page 12: Fotographos_N04

TEMA PRÁTICO

Pedro Cury Alexandre Vianna

A antecipação da jogada só é reveladacom primor quando o profissional sente­se familiarizado com as regras e nuançasda competição. Ou até um pouco maisque isso, quando respira a fundo os aresdo esporte.

Mas ótimas imagens também podemsair dos instantes mais óbvios, de cenas

previsíveis que, por um ou por outrodetalhe, se transformam em assuntos

intrigantes e curiosos. A regra, nesse caso,é quebrar suas próprias regras e dar asasà criatividade.

A fotografia do lance-chave do jogo,às vezes, desperta pouco interesse paraquem acompanhou a partida inteira.Contudo, a expressão da vitória ou alágrima amarga da derrota transmitemuma versão subjetiva da história.

Imagens de traços borrados também

ganham destaque nesse contexto. Opanningé a veia surrealista da fotografiacontemporânea. Um efeito que exageraa impressão de movimento e dá maisvida à cena, desfigurando tudo o queestá ao seu redor. O princípio básico étrabalhar com uma velocidade baixa de

obturador e perseguir o movimento doobjeto, enquanto se registra a imagem.Geralmente o fotômetro é ajustado paravalores entre 1/4 e 1/30s, na zona criati­

va da câmera (M). A marcação tem queser calculada de acordo com a velocidade

do objeto e a também essencial agilidadedo fotógrafo.

Quando tudo dá certo, o resultadoé um primeiro plano em foco sobre umfundo rasurado. É um procedimento queexige muito treino e dedicação, mas vale apena se aventurar nesse sentido. A técnica

se encaixa perfeitamente em ciclismo,skate e em uma ou outra situação deautomobilismo. No futebol não é muito

comum, mas dá para trabalhar sobre osprint do atacante rumo ao gol.

A dica para fazer um bom panning éescolher assuntos que se movem direta­mente através de seu frame e encontrar oajuste ideal de velocidade do obturadore a abertura do diafragma para capturaraquele movimento.

Isso também vale para quem fotografapor esporte. O intuito desta reportagem émostrar ao leitor o que passa nas lentes degrandes profissionais. Será que estariam afim de ensinar o seu pulo do gato? Vamosver o que eles têm a mostrar sobre cincoesportes em especial: futebol, automobi­lismo, surfe, skate e ciclismo radical, parafechar o tema. Boa leitura!

T A McLaren brilha logo cedo no

Autódromo de 1ndianápolis.

A fraca iluminação natural,

aliada ao talento especial do fotógrafo,

dá uma cor especial ao treino.

Canon EOS Mark 11e objetiva 600 mm.

FOTÓGRAPHOS • 12

Page 13: Fotographos_N04

FutebolUm País bom de bola.

Bola no muro, no campinho, no as­falto. Bola de meia, de jornal amassado,de plástico, de borracha, de capo tão oucouro. Não importa a direção do vento. Abrincadeira favorita de um País que adoraaquele futebol moleque, irresponsável einsolente é sempre a mesma: bater umapeladinha que rola redonda no domingo.Campos e figurinhas carimbadas nãofaltam em solo nacional. É só escolher a

técnica, pegar a câmera e disparar para oataque. Até porque, na hora do apito final,tanto a imagem quanto essa esfera onÍricavão sempre parar no meio da arquiban­cada. E, na melhor das hipóteses, comcanarinhos embandeirados correndo paratodos os cantos, assobiando a melodiainconfundível do Hino Nacional.

Se Deus é brasileiro e fã de futebol,

certamente não perde a chance de dar

uma espiadinha nas imagens que PiscoDel Gaiso extraiu do esporte ao longo de15 anos de fotografia. A bola surgiu novisar de sua máquina quando trabalhavapara o jornal Folha de S. Paulo, no inícioda década de 90, mas ganhou destaque navida do fotógrafo só depois que o passe delefoi adquirido pela revista Placar.

O perfil fotográfico da revista foi ar­quitetado há 10 anos por Ricardo Corrêa,editor que trouxe um novo olhar para aantiquada fotografia de futebol. Nessecampo reinaugurado, Pisco deitou e ro­lou: "Na Placar eu tinha uma liberdade

estética maior do que têm os fotógrafosdos jornais. A história que tínhamos quecontar quase nunca era o jogo em si. Eraa torcida, a bola, as expressões no rosto doárbitro. Eu saía para o jogo com a missãode trazer a foto que ninguém tinha visto

FOTÓGRAPHOS • 13

.•. A bola nem sempre é o centro das

atenções. Os mitos que ofUtebol cria

de tempos em tempos ganham o muntÚJ

com facilidade e terminam na mira

de paparazzi efttógrafts de fUtebol.

Page 14: Fotographos_N04

TEMA PRÁTICO

ainda", relata. O contrato de Pisco com

a Placar durou até a Copa de 98 e deixouótimas recordaçóes para o fotógrafo: "Foiuma escola fantástica. A fotografia tinhaum papel importante no projeto gráficoda revista. Existiam páginas inteiras aserem consumidas por imagens".

Para quem pensa que fotógrafos cra­ques em futebol entram no estádio combandeiras, trajados com a camiseta do seutime do coração, Pisco esclarece: "Atrásdo visor, não dá para torcer. Nem mesmocontra a Argentina. Quando vou fotogra­far, crio um distanciamento, o que mefascina é só a imagem. Nunca fui taradopor futebol, de colecionar revistas e tudomais. Nunca fui um leitor da Placar".

Apesar do aparente exagero de manterimparcialidade diante de "105 hermanos",

Pisco marca um tento ao afirmar que, comum pouco mais de experiência, o fotógra­fo consegue atingir o nível profissional deassistir a um jogo sem bola. Ela até existe,mas em um plano puramente lendário.A antecipação da jogada impera de talmodo que se a bola surgir no visor, nãovai queimar o filme. "Tem que clicar antesde ver a bola. Se o fotógrafo falar que viua bola na hora do lance, ele, com certeza,

não vai ter o que apresentar para o jornal.É loteria e experiência", define Pisco.

Além de um gatilho rápido e umtalento especial para antecipação dejogadas, o fotógrafo de futebol deve terafinidade com teleobjetivas pesadas quevariam entre 300 e 500 mm, dependendodo estádio que o fotógrafo pisa. "O cara

Pisco DeI Gaiso

tem que achar aquilo bonito. Acreditarque aquele meio rende imagens. Futebolé plástica", declara.

Na opinião de Pisco, um fotógrafoprecisa ter um diferencial que lhe assegurea escalação para cobrir uma Copa doMundo. "Ele tem que ser quase como umtécnico de futebol. Tem que saber quemcabeceia bem, com qual perna o atacantevai chutar. Ele assiste a todos os treinos

para conhecer as jogadas ensaiadas econseguir prever o lance."

Quem sai na chuva é para se molharmesmo? Nem sempre. Pode ser parafotografar também. Quem trabalhana produção de imagens sobre futebolnão pode se queixar de tempo ruim, atéporque toda partida pode ser um bomcenário. "Quando chove, é chato traba­lhar. Abrir o guarda-chuva, a capa paracâmera, mas não é algo que impeça afoto. Pelo contrário, já vi ensaios de chuvamuito bacanas", relata Pisco.

Uma nação que já cravou cinco estrelasno peito de suas famosas camisas, porém,não significa mais do que mero detalheprofissional para o fotógrafo. "O Brasil éo país do futebol, mas a estrutura que gerao esporte é arcaica, atrasada. Aqui o fotó­grafo fica muito limitado. Os campos sãoruins, a iluminação é assustadora. A CBFnão vê o futebol como os EUA vêem o

basquete." O fotógrafo continua: "Depoisque eu cobri algumas partidas na Europa,não queria mais voltar para o Brasil. Lá ofotógrafo pode colocar a câmera atrás dogol, pode ficar em qualquer lugar. Existem

FOTÓGRAPHOS • 14

~ O espetáculo mais aplaudidodo mundo: Inter x Milan, no Estádio

San Ciro, Milão (Itália). Nikon F5,

objetiva 35 - 70 efilme Provia 100.

fossos para produzir imagens na altura dogramado", conclui.

A posição de inferioridade na clas­sificação funcional deixa muito a desejar."Os nossos profissionais são tão bonsquanto os estrangeiros. Existem fotógra­fos aqui que colocam no bolso qualquergringo. Se tivéssemos mais condiçóes detrabalho, seríamos os melhores do mun­

do nisso também, mas quem manda é atelevisão. A fotografia fica restrita."

Como se já se estivesse nos acréscimos,vale citar a indicação de Pisco: Brasil Bom

de Bola, de Ed Vigiani, Tiago Santa na,Walter Firmo e Celso Oliveira, que falamde futebol, mas com o futebol em todos os

cenários que a bola rola. Só oferecem umaou duas fotos de grandes estádios.

Esta paixão de rua é a dádiva do futebol.Na filosofia do jogo, desde o toque inicial,cada lance pode ser a jogada que vai deci­dir a partida. Pouco importa onde pinte apelada ou seo time favorito ganha ou perdeno momento do clique. O jogo pode acabarem carreatas ou pancadaria, tanto faz. Parao fotógrafo de futebol, é sempre um espetá­culo que vira samba e rende boas imagens,além da chance de uma faixa de campeãoneste gramado, é claro.

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Automobil ismoEmoção em dose múltipla.

o gramado agora fica reduzido àeventual figuração nos cantos da foto. Oolhar cai exclusivamente sobre os pilotosprotagonistas e seus mecânicos coadju­vantes, no grid de largada. Cinco paresde luzes vermelhas acesas e o coração jáacelera a mil por hora. O automobilismocontagia todos os que têm velocidadecorrendo nas veias. Não há quem nãose emocione ao ver aquela máquina dequase 800 cavalos de potência rasgar areta em átimos de segundo. Para muitos,é uma cena tão rápida que o bólido sóestaciona para o público no final dacorrida, quando surgem as primeirastomadas fotossensÍveis do esporte.

Quem é aficionado pelo ruído es-

trondoso dos motores da Fórmula 1

pode sentir que falta alguma coisa nasfotos de Luca Bassani. Mas, certamente,

como se diz do boi, nas imagens gráficasdas corridas automotivas, o fotógrafo sóperde o ronco.

Há mais de 20 anos no mercado,

Bassani sabe como agradar a cada umdos clientes. Em sua opinião, o pacote defotografias de uma corrida deve ser umamistura do que o comprador espera doproduto com o que o fotógrafo entendepor fotografia de automobilismo. O maisindicado, em sua opinião, é apresentarum repertório rico, com seqüências dereportagens fotográficas e uma coletâ­nea de imagens criativas que deixem a

FOTÓGRAPHOS • 15

Fotos: Luca Bassani

~ cu cca ••

.Â.Senna no capacete MMcLaren: olhar

concentrado que antevia caM corriM.

~

Page 16: Fotographos_N04

TEMA PRÁTICO

Fotos: Luca Bassani

novo fotógrafo tem que buscar a suaprópria luz, sua forma de ver o esporte",diz Bassani, acrescentando que a expe­riência de corrida também conta muito

nos disparos do automobilismo. Admiteque ele próprio, somente após 10 anosde carreira, conseguiu tranqüilidade ehabilidade suficientes para registrar asfugazes imagens de acidentes.

Com uma pesada bagagem automo­bilística e fotográfica, desde os temposem que corria de kart, Bassani conquis­tou, entre prêmios e capas de revista, oprivilégio de ser o fotógrafo oficial deNelsinho Piquet, herdeiro do talento deum pai famoso.

A regalia lhe permite exibir o maioracervo imagético do mundo sobre ojovem piloto. "Estou reportando a vidadele desde o começo e sua família gostado meu trabalho", relata.

Não há um atalho para chegar aosmais prestigiados eventos automobi­lísticos. Desde o começo, o fotógrafopersegue a sombra dos pilotos iniciantes.Bassani deu sorte porque, aos oito anos,conseguiu aulas grátis de fotografia comseu avô e, no dia de uma corrida em

Interlagos, ainda furou o bloqueio, in­vadindo o box da Ferrari para tirar umafoto exclusiva do Niki Lauda.

Mas, quando já se ultrapassa ummetro de altura, os privilégios da infânciavão morrer na área de escape e o começoda carreira do fotógrafo automobilístico"acontece nas categorias de base. Nãotem outro jeito. Até porque são os lugaresmais fáceisde se conseguir permissão parafotografar", declara.

Além disso, conta muito o relaciona­

mento afetivo com os pilotos. Nos maisinteressantes casos, o profissional come­ça no kart, fotografando meninos de seteou oito anos de idade. Vê de perto essespequenos pilotos ficando cada vez maisrápidos, de segundo em segundo, elessobem algumas categorias. Chegam à

F3 e, com mais um pouquinho de sorte,conquistam a Europa. Quando menosse espera, já são feras aclamadas mun­dialmente. "É curioso você olhar um

capacete que conhece desde menininhoe ver essa pessoa crescendo e indo pararna Fórmula 1. É muito gratificante. Eume sinto como um tio deles", desabafa

com a mais pura emoção.

impressão digitaldo autor. "Não

adianta apresentarum trabalho de

supervanguarda,uma coisa muito

transada, e esque­cer de registrar obásico: o carrode lateral com os

patrocinadoresbem congelados,que eu chamode 'tiozinho'. É

como na ginás­tica olímpica,você pode criar

movimentos, mas tem que cumprir obásico. As fotos 'tiozinhos' também são

importantes", relata Bassani.A fotografia de automobilismo aceita

todos os tipos e tamanhos de objetivas.Luca Bassani trabalha com uma câmera

da Canon que acompanha uma fileira delentes que vão desde uma 14 até uma600 mm (f/4). Sem esquecer de mencio­nar sua irmã mais leve, a 500 mm (f/4.5).

"Eu gosto muito de usar opreset da minhacâmera. Sempre que estou no lugar ondevou fazer uma imagem muito cheia,escolho uma pedra, um brilho no chão emarco um preset ali. Depois que o carropassa, solto e continuo acompanhandocom o foco automático", esclarece.

O posicionamento dentro da pistaou no box é uma escolha muito pessoal."Acho que o melhor local para colocara câmera é onde você está sozinho. O

T A chegada na Fórmula Renault

é um espetdculo extraordindrio para fotógrafos

que têm uma quedinha por automobilismo.

Canon EOS I D, objetiva 70-200 mm.

Exposição de I/500s e abertura fi I O.

33~

.Â. Contraluz em foco. A imagem do treinode Jenson Button seria comum se o olhar do

fotógrafo não encontrasse abrigo justamente no

pôr-do-sol invernal da Catalunha, na Espanha.

A cena é atípica em um campeonato de FI, que

nunca viaja nessa estação do ano e tem seus pneus

queimados logo nas primeiras horas da manhã.

FOTÓGRAPHOS • 16

Page 17: Fotographos_N04

Surfeo mar está para fotos.

Em terra firme, é difícil imaginar aformação daquelas ondas imponentesde águas azuladas e franjas de rendabranca, que se empinam iradas e, a partirdo alto, rocamboleiam para transformarem recheio algas, pranchas, atletas, fotó­grafos e tudo que ali esteja a arranhar apele suada. Será algum efeito especial àIa Sebastian Rojas? - o fotógrafo que searrisca em mares de uma bancada rasa de

corais com ondas de mais de dez metros,

simplesmente para colocar o esporte emfoco na imagem de sua objetiva. Ter umapostura assim em pleno mar exige maisdo que talento, clama também por muitocuidado. Afinal, como se aprende com oditado popular: "Camarão que dorme, aonda leva". A máxima é uma lei física na

fotografia de surfe.Fotografar dentro da água é a praia

favorita desse fotógrafo que ilustra as pá­ginas da revista Fluir há 20 anos e reapre­senta o surfe mensalmente para leitoresde todo o Brasil. Rojas não deixou de serum surfista atrás da onda perfeita, porémno seu olhar, ela agora assume outroscontornos. "Fora da água, as chances deconseguir uma boa imagem são maiores,mas no mar o fotógrafo consegue ângulosdiferenciados, estar mais próximo dosurfista. É outro tipo de fotografia."

Na óptica de Rojas, quem dita o equi­pamento é o mar. Mas aconselha: "Emlugares onde quebram ondas grandes eexiste um canal livre, é legal entrar comuma prancha body-board e ficar a meiadistância fotografando com a tele de135 mm. Em águas de ondas tubulares ebancada rasa, é comum entrar com uma

objetiva olho-de-peixe de 15, 20 ou até

FOTÓGRAPHOS • 17

Page 18: Fotographos_N04

TEMA PRÁTICO

Sebastian Rojas - Revista Fluir

mesmo 28 mm. Só depende da habilidadedo fotógrafo."

Sebastian prefere imagens com umapegada mais próxima. Trabalha com uma15 mm a uma distância de um metro e

meio do surfista. Marca registrada no esti­lo do fotógrafo: "Esta objetiva é ideal paradias de ondas tubulares porque expandeo tubo e, quando pega na veia, é 'fotaça'.Tirar bons efeitos da 15 mm requer umaprendizado que sóvem com tempo, muitaprática e muita natação", declara.

Fora da água, o equipamento maisusado no Havaí, por exemplo, é umateleobjetiva de 600 mm que pode serexpandida com um teleconverter de 1.4x,dependendo da necessidade do fotógrafo.Já nas assustadoras ondas taitianas, a lente

ideal é uma 300 mm, para fotografar decima de um barco e pegar os competido­res em ângulos inusitados.

Na areia ou a bordo de algum tipo deembarcação, o fotógrafo de surfe também

não está totalmente seguro. O vento quecorre do mar para a praia traz muitamaresia e tem um alto poder de cor­rosão. É preciso cuidar minuciosamentedo equipamento. Sebastian guarda suacâmera em uma caixa de madeira com

uma lâmpada fraca, acesa dia e noite. Orecipiente é revestido de papel-alumínio esaquinhos de sílica-gel, entretanto pode­ria ser mais simples, improvisado apenascom uma caixa de isopor.

"Desta forma, nunca perdi equipa­mentos, porém, em outro caso, estava como body-boarding em uma praia de ondasgrandes em Waimea, no HavaÍ. Comecei afotografar e, quando notei, tinha uma ondaquase quebrando em cima de mim. Mergu­lhei, mas a cordinha da prancha enroscouem um pino de regulagem da caixa-estan­que e entrou muita água. Perdi uma NikonFM2 com motor-drive e uma objetiva de135 mm", lamenta o fotógrafo.

Trabalhar dentro d'água exige umahabilidade para se posicionar, um preparofísico invejável e um bom conhecimentodo esporte. O fotógrafo precisa dominara correnteza, o fluxo das ondas e ter um

forte poder de concentração. A veloci­dade de disparo nunca deve ser inferiora 1/500s, geralmente ela é fixada em1/1.000s. Pois, qualquer tremida queo pulso dá, pode estragar uma foto e,no movimento, subindo com a onda, a

instabilidade é muito grande.Para Sebastian, o profissional que

deseja entrar no mercado de fotografiade surfe precisa, antes de qualquer outracoisa, ser apaixonado pelo esporte. Opreço salgado dos equipamentos assustajá de cara. O ideal é ter uma segundaprofissão que dê uma boa fonte de rendae permita umas saidinhas para fotografarquando bater um sol.

Viver de fotografia de urfe é possível,mas só depois de longos anos de trabalho,fotografando e fotografando para ver sur­gir no horizonte a verdadeira recompensa:conhecer paraísos naturais como Taiti,Austrália, Indonésia, Ilha de Páscoa,

entre outros lugares. Enfim, desbravaros sete mares em nome da fotografia edo surfe. E como acontece a cada sonho,

mesmo quando o mar está para fotos, aaventura de fotografar surfe sempre acabaem uma praia onde tudo é só alegria. "Jáconheci lugares lindos procurando ondas.É preciso aproveitar os pequenos lapsos detempo que a natureza proporciona. Sentiros belos momentos e estar preparado paraclicá-Ios" remata Sebastian Rojas.

FOTÓGRAPHOS • 18

Page 19: Fotographos_N04

SkateE o estúdio de rua.

Quando a prancha não bóia, o jeitoé se lançar sobre uma maré de asfalto.Nesse fluxo, o skate desliza suave nas ur­

banÍssimas ondas de concreto e, por ondepassa, transforma a rotina da cidade comsuas manobras. Uma ou outra das quaisgrafada em belas imagens.

A atividade, em destaque há 30 anosno cenário esportivo brasileiro, trazconsigo um olhar citadino que seduzum número cada vez maior de fotógra­fos. Encontrar esses profissionais nãoé uma missão muito difícil. Basta um

olhar atento para uma praça ou mesmopara uma trivial escadaria. "Qualquerterreno pode render uma boa fotografiade skate, só precisa ter um skatista e umfotógrafo", declara Alexandre Vianna- editor da revista IOO%Skate.

Alexandre tem conhecimento de

causa porque já esteve dos dois lados dovisor. É um dos poucos praticantes quedesceram do shape para se entregar auma outra paixão: a fotografia. "O ins­tante de uma imagem de skate é só um:o ápice. O fotógrafo não pode perder opico da manobra. Se a foto congelar oskatisra na merade do movimento, ela é

praticamente descartável."Um dos traços mais característicos

das imagens de skate é o uso assíduo deobjetivas grande-angulares, com umdestaque mais do que especial às lentesolho-de-peixe. Embora essa ferramentasimbolize um padrão no esporte, semfish-eye não existe fotografia de skate. "Ouso da olho-de-peixe casa perfeitamentecom a plasticidade das fotos do esporte.

FOTÓGRAPHOS • 19

Page 20: Fotographos_N04

TEMA PRÁTICO

André Ferrer

• A estrada não é exatamente

a praia do skare, mas nesta imagem foi.

a monumento fica à margem de uma

rodovia, na Alemanha, e serviu de rampa

para o skatista profissional Marcelo Kosake.

a emaio contou com apenas um flash

e teve sua sessão de fotos interrompida 10

minutos depois pela polícia rodoviária alemã.

••• O skatista Fábio Cristiano

sobe o corrimão em pose para uma clássica

imagem de skare. A objetiva olho-de-peixe

de 15 mm é mais do que uma referência para

fotógrafos deste esporte. Canon 1/200s e 5.6de diaftagma, filme Provia 100 e dois flashes.

Quando um skarisra vai pular um corri­mão, ela dá a grandeza que a cena pede",declara Vianna. As teleobjerivas tambémsão usadas em alguns casos, mas comuma freqüência muito menor quandocomparada a outros esportes como o au­tomobilismo e o surfe, por exemplo.

Nos ensaios, Alexandre sai acompa­nhado por três flashes do tipo autocar­regável e disparado por rádio. "Não éalgo muito convencional em fotografiade esportes. Nós montamos um estúdiono meio da rua", declara.

"Iluminar estes ambientes é um dos

grandes desafios da atividade. Tirar boasimagens nas pistas de skate é mais fácil,pois há um tempo maior para pensar eé possível prever como os flashes vão sermontados". Mas esclarece: "Na rua cada

caso é um caso, é preciso estudar ondeposicionar os flashes e se preocupar paraele não estourar nada e não aparecer nafoto. A iluminação diz muito do estilodos fotógrafos de skate".

Nas fotografias deste esporte, aprioridade fica para o ajuste do obtu­rador, que tem como principal objetivocongelar o movimento. A velocidadede disparo é quase sempre regulada em1I250s e exige câmeras que possuem umágil sincronismo com o flash. É precisotomar cuidado ao usar velocidades acima

de 1I750s para não perder iluminação.A luz nesta atividade, seja ela natural ou

FOTÓGRAPHOS • 20

não, é quase tão importante quanto odesempenho do esportista.

Entretanto, segurar a máquina foto­gráfica em uma pista de skate não é tãosimples quanto parece. Dominar a técnicaé essencial, mas reclama uma pitada extrade responsabilidade. Simplesmente porqueo skate é um esporte de risco. Conhecer oskatista e transmitir confiança é essencial,afinal ele vai se arriscar ao posar para umanúncio ou reportagem fotográfica de re­vista que vai projetar o seu trabalho. "Elesdão o melhor deles e esperam o mesmode nós. Sabem que quanto maior for adificuldade da manobra, mais reconhecida

será a foto", garante.Assim como os erros, tombos em

manobras de impacto também sãoquase inevitáveis e revelam o traço maistriste da profissão: o adeus ao esportede um skatista que tem algum membrofraturado segundos após o instante doclique. "Comigo nunca aconteceu, masjá vi casos em que o skatista queria dar omelhor de si, tentar chegar além do queele poderia e não conseguir."

A melhor característica dessa ati­

vidade é que o skate se desprendeu develhos preconceitos e deixou de servisto como um esporte marginalizado."Ainda há pouco patrocínio, mas é ummercado que cresce bastante sobre osalicerces de uma poderosa indústriade comportamento", conclui Vianna.

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CiclismoA pose da magrelinha.

Fazer acrobacias em quarro rodinhasainda não produziu nenhuma graça comoa que faz sucesso pelo simples agitar daspernas que movem duas rodonas quedeixam rastros e fotos por onde pas­sam. Ainda que fotografar ciclistas nãoseja nenhuma piada, o hilário sopapona nuca, que acompanha o difundidobordão "pedala Robinho", soa como umempurrãozinho exrra nos terrenos difíceisdo mountain-biking. A cada salto, a cadapose, a magrelinha é clicada sem pudor.Mas invocar o seu porte atlético é umelogio, especialmente para o ciclista efotógrafo Pedro Cury.

Apaixonado pelo esporte, Pedro come­çou há sete anos empunhando a modestaPoint & Shoot. A aventura consistia em

abastecer o site (www.pedal.com.br) comimagens que tivessem a cara do esporte.

Trilhar um caminho tortuoso a pénão pode ser considerado uma atividademuito divertida, principalmente quandose conta com equipamentos de recursoslimitados. ''As primeiras fotos eram pés­simas, com bicicletas borradas e flashestourado", admite.

O drama durou pouco tempo.Revirando as tralhas da família, Pedro

encontrou uma câmera profissional dadécada de 80 e já saiu disparando paratodos os lados. Depois de inúmerassessões de testes, a máquina foi apro­vada e o talento do fotógrafo decoloupara vôos cada vez mais altos. "Tudocomeçou por causa do esporte. Acabeicriando a minha profissão em cima damountain-bike. Quando estava me for­mando no colégio, resolvi fazer um siteJustamente porque era o meu esporte

FOTÓGRAPHOS • 21

TEMA PRÁTICO

• Quanto mais perto, melhor!

Neste caso, só um filtro polarizador jd

tÚi conta do recado. Câmera Olympus

OM-I0 efilme cromo RHPIIJ.

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TEMA PRÁTICO

Pedro Cury

predileto. Daí pra frente quase tudo naminha vida teve relação com bicicleta.Gastei muito dinheiro em peças e via­gens", revela Cury que, certamente, nãodeve considerar essas aplicações comoum capital perdido. Afinal, imagenspara contar a história não faltam emsua bagagem.

Pedro foi gradativamente ampliandoseu arsenal fotográfico. Em 2001, ad­quiriu uma Canon auto foco e, com ela,faturou o concurso de esportes radicaisda Red BulI. Nesse evento, o fotógrafoteve oportunidade de conhecer e trocar

figurinhas com outros profissionais daárea. "Isso me ajudou a ter certeza deque fotografia poderia ser mais que umhobby." E continua: "Um ano depois,mudei para digital e não precisei fazernada em slidesou filme. Em competiçõesmais importantes, ainda levo a câmeraantiga para usar apenas se a digital falharou surgir algo que realmente valha a penapara obter cores mais ricas".

Fotografar mountain-biking é umaatividade de risco. Principalmente quandoo tema central é a modalidade do Down

Hill (em inglês, descida de morro), que éuma das provas mais rápidas do esporte. Ocenário é pedregoso, com curvas fechadase perigosos obstáculos naturais. A garra defazer o melhor tempo, às vezes, provocaacidentes imprevisíveis e as bicicletas sãoatiradas para qualquer lugar. "Já tive quefotografar em trilhas muito estreitas, combicicletas passando a 50 km/hora. Já vitombos em que as bikes voaram sobre aplatéia. Sempre que paro em um pontoda trilha, tenho que pensar em para ondefugir se o ciclista perder o controle. Comogosto de fotografar com 15mm, é inevitá-

vel ficar perto delas. Já fiz fotos com foco aapenas 20 cm da bicicleta", expõe.

O ciclismo é um esporte aberto a no­vos olhares. "As fotos dependem muito dolocal da competição e da modalidade. Eugosto de lentes abertas para poder pegara paisagem. Mas, quando o cenário nãooferece muito, o jeito é usar uma teleob­jetiva", esclarece.

Cury é tão aficionado pelo esporteque só larga a câmera para subir em umabicicleta: "Pedalo sempre que posso.Nunca andei profissionalmente, mascompeti algumas vezes por diversão. Jábrinquei em todas as modalidades. Hojeem dia, identifico-me com duas moda­

lidades em especial: urban e biketrial,porém gosto de fotografar todas".

Desfilar pelas ruas e trilhas com umveículo magérrimo não é necessaria­mente uma exigência para fotografar oesporte. A dica do fotógrafo é simples edá para ser seguida a pé: "Andar semprede olho em lugares que podem renderboas fotos. Desde uma escada no meio

da cidade até alguma montanha à beirada estrada", conclui Cury.

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,Ultimo round

As imagens desta matéria deixamclaro que os esportes representam tiquís­simas oportunidades fotográficas, masque também é necessário muito talentoe suor para conseguir boas imagens. Cairna rede desta lúdica e encantadora ativi­

dade é um privilégio e todos os esforçospodem compensar no final.

O equipamento é importante, masnão garante a vitória de ninguém nestecampo. É possível fazer um bom ensaiocom uma mochila bem mais leve do quese possa imaginar. Na hora de retirar asampliações do laboratório, o que vai de­finir o resultado na fotografia de esportessão sempre os mesmos fatores: o talento dofotógrafo e o feitiço de cada imagem.

Algumas técnicas podem ajudar aexaltar a pulsão de uma imagem, reve­lando instantes que, muitas vezes, passamdespercebidos pelos espectadores. Comoexemplo, podemos citar a múltipla expo­sição. Conhecida também como strobe,

essa técnica permite registrar inúmerascenas em uma mesma fotocélula. É usa­

da freqüentemente para traduzir toda aperícia e habilidade dos atletas durante asmanobras radicais. A exposição múltipla éum recurso que exige prática. As imagenstêm que ser produzidas em seqüência, semque a posição da máquina ou o zoom da

objetiva se altere. O ideal é utilizar umtripé e um cabo disparador.

Outro grande trunfo para captaruma boa fotografia de esportes é con­gelar o movimento no clímax do lance.Parando o atleta no meio de um pulo,a imagem mostra, com detalhes, a suaexplosão muscular. Sem dúvida alguma,os modernos recursos embutidos nascâmeras atuais - como foco automático

e alta velocidade de disparo - podemajudar nessa tarefa, porém ainda nãoinventaram equipamento que substituao olhar e a técnica.

Nesta matéria falamos de cinco es­

portes, mas são muitas as modalidades(atletismo, natação, alpinismo, hipismoetc.) que fornecem infinitas oportuni­dades fotográficas. O mais importante éentender que cada movimento do esportepode "esconder" belíssimas imagens, dig­nas de registro. Cabe ao fotógrafo fazera sua parte. _

-~FOTÓGRAPHOS • 23

~an~

TEMA PRÁTICO

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O D IREITO DE I M A G E M

O Direito de Imagem Usando corretamente a imagem das pessoas

por José Roberto Comodo Filho

N a última edição, escrevi sobre a im- portância de as pessoas que lidam com a produção e comercialização

de imagens redigirem corretamente seus contratos de licença ou cessá0 de imagens para evitar que terceiros hçam uso inde- vido de seus trabalhos fotográficos.

Motivado pela grande quantidade de e-muih recebidos, vou abordar agora uma outra questão que atormenta os fotógra- fos das mais diversas especialidades: o Direito de Imagem. O tema c? complexo demais para tratarmos dele em uma única edição. Por isso, neste mês vamos apre- sentar as principais linhas do tema e, na próxima edição, abordar os cuidados a se- rem tomados quando fotografbos pes- soas e redigimos autorizações para isso.

A primeira coisa a ser considerada é que, se formos levar às últimas con- seqüências tudo aquilo que a Lei prevê, provavelmente vamos parar de fotogdar pessoas. Principalmente quando pensa- mos em termos de trabalhos autorais ou fotojornalismo. Mas, vamos com calma. Como veremos, muito do que se lê na rnídia não especializada provoca um alar- rnismo desnecessário.

Juridicamente, o Direito de Imagem encontra-se dentro dos chamados Direi- tos da Personalidade. Dotado de certas particularidades, o direito à própria ima- gem é um direito essencial ao homem. Não pode o titular privar-se da sua pró- pria imagem, mas dela pode dispor para tirar proveito econôrnico. Essa caracterís- tica fundamenta do Direito à Imagem implica uma série de conseqüências no mundo jurídico, pois, quando a imagem aheia é utilizada sem o consentimento do interessado, ou quando se ultrapassa os limites do que foi autorizado, ocorre urna violação ao Direito de Imagem.

Entretanto, há limitações impostas pela mesma Lei e que restringem o exer- cício do direito ?i própria imagem. Essas resuiçóes são baseadas na prevalência do interesse coletivo sobre o direito indivi- dual. Se o retratado tiver notoriedade, por exemplo, é livre a utiiização de sua imagem para fins informativos, que não tenham objetivos comerciais, e desde que

não haja intromissão em sua vida priva- da. Da mesma forma, C livre também a fixação da imagem r&& com objeti- vo cultural, porque a informação cultural prevalece sobre o indivíduo e sua ima- gem, desde que respeitadas as finalidades da informação ou notícia.

Devemos lembrar, ainda, os casos de limitação relacionados à ordem pública, como reprodução e difusão de uma fo- tografia ou de um retrato falado por exi- gências policiais, pois não teria lógica um criminoso se opor a essa exposição de sua imagem. Há, também, o caso do indiví- duo retratado em ambiente público, ou durante acontecimentos sociais. Ao per- manecer em lugar público, o indivíduo, implicitamente, autorizou a veiculação de sua imagem, dentro do contexto notícia- imagem. Esse indivíduo só poderá alegar ofensa a seu direito à própria imagem se a utilização tiver cunho comercial ou, de alguma forma, representar constrangi- mento à sua pessoa.

Com exceção dessas possibilidades, qualquer outro uso da imagem alheia sem autorização do titular constitui violação do Direito de Imagem. E essas violações podem ser de três tipos:

ausência de consentimento: quando o indivíduo tem a própria imagem usada sem que se tenha dado quaiquer autoriza- ção, expressa ou tácita, escrita ou verbal;

uso além do consentido: o indivíduo autoriza o uso da sua imagem, mas são ul- trapassados os limites da autorização;

ausência das dudentes: C o caso das fotografias de interesse público, ou de pessoas célebres, cujo uso livre pressupõe um caráter cultural ou informativo, se a imagem for utilizada para fins comerciais (ainda que indiretamente) ou causar cons- trangimento ao indivíduo. E aqui poderí- amos escrever um verdadeiro tratado ape- nas discutindo a questão dos p a p a r e

Algumas questóes de ordem prática: 1. Posso sair pelas ruas retratando

personagens para o meu trabalho autoral denominado Epos Humunos, sem exigir deles a assinatura de autorização para uso de imagem? Sim, até porque é pratica- mente impossível exigirmos, sempre, esse

tipo de documento. No entanto, o uso de tal imagem deverá ser exclusivamente cultural e não poderá retratar os persona- gens em situações vexatórias.

2. Como conciliar o trabalho dos paparazzi com o Direito de Imagem? A solução é simples e passa pela análise das condições em que as fotografias são pro- duzidas. O exemplo que costumo dar em aula é o seguinte: às vbsperas da eleiçáo, o principal candidato a um cargo político C flagrado aos beijos com sua amante num badalado restaurante da cidade. A publi- cação dessa foto, tecnicamente, não in- fringe os Direitos de Imagem. Agora, se o mesmo político não está no restauran- te, mas no interior de seu apartamento, no 20" andar de um prédio, e para conse- guir a imagem, o fotógrafo precisou lan- çar mão de artifícios para invadir a priva- cidade do lar daquele político, então, a utilização daquela imagem caracterizará infraçáo ao Direito de Imagem.

Apesar do que acima escrevi, para que não me acusem de subversivo, quero deixar bem daro que a postura ideal do fòtó&o, em qualquer trabaho, será sempre obter uma autorização por escrito da pessoa fb- togafada. Essa autorização deve ser o mais completa possível ao descrever a caracterís- tica e forma de utilização da imagem. O ideal é que a autorização responda às se- guintes perguntas básicas: Para quê? Para quem? Por quanto tempo? Para onde?

Na próxima edição, voltaremos ao tema e analisaremos questóes relevantes, como o uso da imagem de menores de idade, formas de remuneração do Direi- to de Imagem e como o Poder Judiciário quantifica as indenizações devidas por quem infringe o Direito de Imagem. i

]os& Robrrto Çmnodo Filho P advogaah fim- dopeka USP há 15 anos, sócio do escritório CO- MODO & COMODO A d v o g a a h s h o ~ s e ezpecializta em questões ~Lrn'onarlrr a Direito clo Autor e Contratos. Tambhn tfOtd& amador há 10 anos e sdcio ah RIGUARDARE - Scw- ka di Fotograja. Po& ser encontrado amvc's do e-mail: [email protected]

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As principais váriaveis que podem influenciar a

Resolu~áo h duasfetos acima ilustram a d@rença no resultada $na4 de acorh com a resoluçdo do arquivo. A imagem superior está com 300 dpi e a inferior, com apenas 75 dpi. Note como a segunrh perde detalhes efica um tanto '~errilhada~

qualidade de impressóes digitais são: tamanho e resolução das imagens, fidelidade na reprodução de cores, papel e tecnologia de impressão utilizados (...)

laboratório profissional, crie o hábito de pré-selecionar e organizar os seus arquivos. Crie pastas e subpastas no seu computador, ordenando os arq'uivos por critérios que facilitem a sua tarefa de bus- ca (ordem alfabética, temas fotográficos, data, entre outros). Atualmente existem alguns sof2auares desenvolvidos especial- mente para ajudar na organizaçáo de fotos digitais e que servem como verda- deiros álbuns eletr%nicos, sendo grandes aliados quando precisamos selecionar os arquivos para impressão.

ASPECTOS TÉCNICOS Você já escolheu as fotos que deseja

imprimir. Muito bem. E agora? Como transformar os arquivos selecionados em fotos impressas de boa Em- bora possamos automatizar o processo e deixar tudo por conta dos softulares e das máquinas, entender alguns princípios pode ajudar, e muito, a obter melhores resultados, já que os equipamento normal- mente sáo calibrados para atender a um padráo pré-estabelecido (não que isso seja necessariamente negativo, apenas significa que, para atingir determinados resultados, muitas vezes é necessário optar por recur- sos e controles menos automáticos).

As principais variáveis que podem influenciar a qualidade de impressóes

digitais são: tamanho e resoluçáo das imagens, fidelidade na reproduçáo de cores, papel e tecnologia de impressão utilizados. Adiante.falaremos sobre cada um desses itens.

O primeiro fator técnica que aborda- remos é t k um dos maiores geradores de dúvidas e canfusáo entre os fotógrafos que migram para o mundo digital. Enquanto na fotografia "anaiógica" as imagens são formadas nas peliculas dos filmes graças h presença de pequenos gráos (sais de prata) sensíveis h luz, no sistema digital as imagens sáo compostas de pequenos elementos, resultantes de sinais elétricos gerados nos sensores, conhecidos como pkeh. A quantidade e a qualidade dessas minúscu- las estruturas interferem diretarnente na definiçáo das fotos. Na btografia digitai, a resoluçáo é definida pela quantidade de pkeh ou pontos nas imagens.

Antes de avançar neste assunto, é importante saber que há diferença en- tre a resoluçáo de captura das cheras, norrnaimente adiada em total de p k h e entre a resoluçáo de saida (impressão), que costuma ser medida em pontos por polegadas (dpi - aútsper inch).

Para &ditar a vida dos usuários, os la- boratórios de fotografia e os hbricantes de

Resolução: tamanho de arq-d~oç x qualidade de impres~áo Abaixo estfio os tamanhos recomendados para imprimír fotos, conforme a resolução de captura da câmera utilizada. A óptica do equipamento e a tecnologia do çensor, entre outros fatores, também podem influir no resultado.

Boa Ruim

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DIGITAL RebelXT A

rn ,o,, . , I . . - -rr,

- -- Megapixels

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I faca' suas commas m10 nosso site

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I Digital

Fotografias bem impressas ou ampliadas possuem um grande valor emotivo e documental para todos nós. impressáo de arquivos digitais.

Como cada uma dessas opçóes tem suas vantagens e ~ ~ s , cabe avo& decidir q d se eeacy;radra melhor As suas p&nUaS e nd*.

Imprimir em casa t irma solu@o que cosnuna apresentar castos um poa- co mais d d o s do que ei9 mirnibkrs, aikm de exigir certa habilidade com q"pamencos de infurnuitiea (d vez menos neçmá&, aos avanços da recnobgia), mas que m d d m p m & o seu b e . Como já taldo, 6 trtn &rande prazer p d e r assumir todo o w n m k de pr~cesso fotog-rs$co, desde a captrira até a inqwess60 das iinagem.

Entretanto, no caso de o volume de arquivos ser grandes pode ser muito tra- bahoso ter que tratar e imprimir as $tos umaauma.Oiddé&oseMço de um Lsbmatdrio p m h i o d {na loja ou atravc5s da i xmet ) não apenas pela 6Uraa q d d a d e que m a oferecer, como t a m b h pela cumos cada vez mmores, conse~iif acia da as i rda disputa entre as lojas na busca por novo5 clientes.

Uma dica impsrraaite é: ao levat w itm@?nSp*cca&nom~- pudor, 1150 se csquiqa de transmitir essa informação ao arendende; caso contrárioJ o laboratorista novos ajustes e poderd arruinar suas fotos,

O i d d é conversar com alguém que possa lhe informar quais os procedimen- tos mais adequados para evitar maiores problemas depois.

FAZENDO HISTÓRIA A propagaça0 da tecnologia digital

tem t d o muitos beneffcios h ativiçlade foto&a. Hoje em dia, podanos dhc sem nos pxe~cupar com d p s gastos (@me, priridpalmente), o que 4 6dn-10, jii qt" pademos fkm m a i s iy:gistms dos mo- meptosUnpmm das nossas vidas. Mas d o faz sentido tira um meme de fotos e não guarda-Xas como recoAÇao, certo?

mdtw mnstor~os aos bt6+ &&cais & mpeito à armmnagm e, mais ainda, b taupera@o dos arquivos &&ais. Com a incmante m01u@o dag s~fhf.1rof, pos- sivelmente daqui algms anos os formtos dearquivos se& difkenm dos udizados hoje em dia. Caso você deseje rever suas fotos antigas, terá que in& as ~&6es anteriores dos programas de imagens. C b que isso ngo é &o garantido de acontecer, p o r h v062 n k quer correr o risco de fia sem imagens que podem t rwr boas recordações no futuro, quer?

Por isso, independentemente do sistema que escolha, imprima sempre suas meihores fotos, Além de ná;o correr o risco de elas serem "deletada8 par açi- dente, é um prazer à parte poder mostrar fotog& bem impressas para a E d a e para os amigos. Espero ter contribufdo um paum para ajudar a conservar esse importante valor &tb;rico e e m o h que a fotografia pode proparcionar. E a20 se esqueçam de que imagens bem impr.essas merecem um álbum à altura!

r Dicas rápidas para uma boa impressão

Organize seus arquivos para não desperdipar tempo com a busca. rn < -, .* & L 38 ?TU' , -. . A-: [?$*'I

Fique atento à ~ ~ S O ~ U Ç ~ O e ao tamanho das imagens. &,&i; .<2'-' L+-

Mantenha o seu monitor bem calibrado para não ter surpresas

desagradáveis com as Cores nas suas fotos.

Utilize os perfis de dispositivos adequados para o seu

sistema, isso reduz as chances de ter problemas na hora de imprimir.

Impressoras "nanicas" são umasótima opção para quem utiliza câmeras digitais e de- seja conferir o resultado das fotos na hora dos cliques.

Imagine que um fotógrafo seja contratado para fotografar uma festa de debutante e que, além de cobrir toda a festa como de costume, ofereça um serviço especial. Ele leva consigo uma pequena impressora, monta um pequeno set com fundo, dois flashes de estúdio (200 watts) e ali fotografa a ani- versariante e alguns convidados. Entáo, deixa que ela escolha as fotos que mais ihe agradam, liga a h e r a na impres- sora e imprime imediatamente cópias em 10 x 15 cm das fotos, com ótima qualidade e à prova d'água, nas quais a aniversariante pode fazer uma dedica- tória e presentear os convidados.

Se você está pensando que a si- tuaçáo acima s6 pode ser imaginada, está muito enganado. Ela se tornou possivel graças às novas impressoras "nanicas", como a Polaroid PP46d, a Kodak Printer Dock 6000 e a HP Photosmart 375. Essas impressoras sáo pequenas, práticas e ~ o d e m imprimir fotos diretamente de qualquer h e r a que tenham a tecnologia PictBridge.

Náo é somente para festas de debu- tanres que oferecer fotos impressas na hora é um diferencial. Eventos corpo- rativos, feiras, festas de familia, festas infantis e mesmo casamentos sáo ótimas oportunidades para o fotógrafo que possui uma impressoras desse tipo. Até mesmo ir para uma praça ou praia e vender fotos impressas na hora pode ser um bom negócio. Pense nisso!

E-

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Marcos Kim

O resgate da essência e da simplicidade nas imagens.

S e alguém me perguntasse como co- pensante, ajuda a encontrar sentido para meçar a estudar fotografia, eu diria: o que se faz na (e da) vida. Antes de come- comece com P&B. Em vez de sair çar a clicar loucamente, acho importante

lendo qualquer livro de fotografia, leia cada um perceber se realmente tem algo a antes Joseph Carnpbell. Recomendo o fan- expressar com a fotografia e o quáo a sério

I tástico O Poder do Mito (ed. Palas Athena). quer levá-la adiante. A visáo incrivelmente ampla de mitologia Houve uma época em que eu queria comparada, que sensibiliza qualquer ser ser cantor profissional. Levava a sério as

aulas de canto. A sério demais. Foquei só na técnica e me frustrei. Esqueci-me de verificar se tinha talento - e náo tenho. Claro que a técnica é importante, ela é o veículo da arte, mas, se você náo tem uma emoçáo, talento, algo significativo a mostrar, para que serve o veículo? Hoje, acho que canto melhor do que quando estudava, justamente porque desencanei; assumi que náo tenho muito talento pra coisa; só simo para brincar com videokê, e isso me basta. Isso me satisfaz.

A maioria dos fotógrafos iniciantes perde tempo demais falando de técnica, discutindo sobre megabytes, equipamen- tos, X disparos por segundo, "minha tele é maior que a sua". E bate fotos em excesso, na esperança de registrar algo que preste. Mas náo é melhor ter uma intençáo defi- nida, um plano e se concentrar em fazer poucas e boas fotos, talvez até fotos ines- quecíveis? E começar com P&B é uma boa idéia, mesmo com câmera digital,

I para se ater à essência da imagem.

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Tenho uma relaç5o fascinante e mis- teriosa com a fototografia P&B. Quanto mais complexo fica o mundo, mais me encanta o resgate da simplicidade. Da essência. Da plenitude.

A foto P&B é meu refús;o. Fujo de um mundo confuso, de cores confusas, que nos cerca. Como numa crônica do Luis Fernando Verissimo, em que um solitário cidadão teima em morar em uma

casa, cercada de prédios, numa grande avenida. Acaba se refugiando nos 1 ~ 0 s . E, literalmente (literariamente?), passa a mo- rar dentro de um deles. Bom, pelo menos, é assim que me lembro da crônica.. .

Penso na fotografia em geral - e particularmente na P&B - quase de forma sagrada, religiosa, mitológica, como o resgate da essência do que há de universal e transcendente no ser humano. É um

reencontro comigo, com a minha es- sência, que me conduz plenitude. Afina, religião vem de religar. Faz sentido.

Jd foi dito que a poesia usa as paíavras para nos conduzir além delas. Talva o en- canto da foto P&B seja nos conduzir alh da imagem. P&B é poesia Cor é prosa. A foto cor é uma mulher bonita. A foto P&B é urna mulher bonita, charmosa, cheirosa e scxy. Desta, ninguém esquece. i

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SERES DA

NOITE vánas noites para (Irorluzir um asaio fotqr4íim

- T* I .

+: < L P ~ semgm irde carro, coinh alguém que saiba &@c. E ótirno para

-- I alguns lrtgams cama macionarnentos

, p m i b .CPU mo e ~ á g de &mações que

e lavam as naas.

Page 39: Fotographos_N04

Cor e di-o da luz, 'gmrclac pot.mjmstedcnra.ajudaramad;l~ - um tom L mistério &fito que Andrt j&z&suunamon&rnr~tchcasa .. - '-. . i Llir (3netn Prnm MZSO, f lme ' .

d , 4 p-"-y3 . *ia m -Lada mpromEq UJ7, ;.-+i ;l: ,'. ' -

-... ,. . * > *$A:,<.-.;&

Page 40: Fotographos_N04

Ensaio

ahlldgcçes, a &&ia Mili~>; a Guad Civd M m p e l i * ~ ~ C O *o dC &>m&ims est& mnpm dcpkanth cpmntor pam ajudar ou dar kybna&por toda a mie.

PiSr~ima parada: Largo d~ Paiçindu e 25 de Ma&@

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i .eq3 O'uw-um mnp! d muard ysa anb a nfiuiop oyu -e ab c~pui anb opd q una pepiox anb ~ES ceura ens nua opespp <~UOS ura órasaur assa no

- 302 Le5e~ '1- op aued ~anbp$a ap wpn%le psa 'eurnbsa a eni epa ma celnqurpos a~dwas cam~p e3um anb olned otjs ep am!ou ep ~J~U"OS e 3

wnudw!wesa sop soppaudo~d no sp~puodm sop -ou\e e+ opysxm" aiduras p ~su*?

-a*==d .v='ynln= Vd O~S essau saauais!xa soq!im sesJa+p se mp& anb s~3!syu ap aros oe .so5Bdsa riras tmq amb sqsaaxmp opmuanba~j wxsaur no cmu~~i5nlsp ap umw+d opuaA iamjs!mxs as ianb wanb eied om

Page 42: Fotographos_N04

O F O T ~ G R A F O C O N S U M I D O R

O fotógrafo consumidor por Charles Dias, texto e fotos

1 , ias atrás, acompanhei um amigo a

I uma grande loja de equipamentos 1 - btog&cos. Enquanto esperava esse

amigo discutir e rediscutir o preço com o vendedor, prestei atençáo nos outros úien- tes da loja e me assustei com o que vi.

De um lado, estava um casal de na- morados com, pelo menos, meia dúzia de câmeras diferentes diante deles e um vendedor não muito disposto a respon- der As perguntas para lá de básicas. Os olhos do casal brilhavam, mãos trêmu- Ias pegavam uma câmera após a outra, ou seja, eles estavam tão excitados com a compra que não tinham a minima idéia do que comprar.

Do outro lado, estava uma mulher por volta dos 40 anos, muito bem ves-

I

tida, com ar de quem sabe de tudo ... menos de fotografia. O vendedor que a atendia, ao contrário do vendedor ante- rior, falava sem parar e despejava sob^

1 ela dados e especificaçóes técnicas, fa- I lava de óptica, resolução, fúnçóes. Era

evidente que ela não estava entendendo nada do que ele falava, mas mantinha a pose e olhava para duas câmeras segu- rando os óculos na ponta do nariz.

E Hcil notar que tanto o casal de namorados quanto a mulher com ar de "sabe tudo" são uma boa amostra dos consumidores brasileiros de câmeras fotogr4íicas digitais: quase sempre de-

I sinfòrmados sobre o que vão comprar. I O pior C que isso não acontece somente

com não-fotógrafos, mas também com fotó&os amadores e profissionais.

I Há 10 anos, era fácil comprar uma câmera fotográfica, pois a eletrdnica, embutida na maioria das câmeras foto- gráficas, era bastante básica e a -escolha se dava segundo poucas caracteristicas. Hoje as câmeras fotográficas digitais são pequenos computadores, com sistemas operacionais e tudo, uma miriade de

1 funçóes, características tdcnicas e por ai vai. Essa mudança de realidade de mer- cado C similar ao que aconteceu com a indfistria automobilistica. Pergunte

para uma pessoa com mais de 50 anos como era fácil comprar um automóvel na década de 70. Havia o famoso fusca e uma meia dúzia de outros modelos, o que mudava era o tamanho e o relativo conforto interno de cada opção.

Mas como se preparar adequada- mente para fazer uma boa compra de câmera digital? Sugiro que você se faça três perguntas para começar:

1.Qyaítipodefotogdacostumofazer! Essa pergunta C a mais importante,

pois vai decidir se você precisa de uma &era pequena ou com wom mais flexivel, mais simples ou com funçóes avançadas, compacta ou r+.

2. Viajo muito ou não? Essa questáo define se você precisa de

uma câmera com baterias de longa dura- ção, se as baterias podem ser retiradas da máquina, se a recarga é fácil e rápida, ou mesmo se, em uma emergência, é pos- sivel utilizar pilhas alcalinas comuns para continuar fotografando.

3. Quai o tamanho das ampliações de fotos que costumo fazer?

Um dos maiores enganos cometidos por quem compra câmeras fotográficas digitais atualmente é achar que quanto maior o número de megapixeh de um equipamento, maior a qualidade de imagem. Engano. Qualidade de ima- gem também está diretamente relacio- nada com óptica. Ter em mente se você costuma fazer usualmente ampliaçóes pequenas, mCdias ou grandes é fator de- terminante da quantidade de megapixeh que você precisa em uma câmera digital (nota do editor: leia matéria sobre im- pressão na pág. 33).

Respondendo a essas três perguntas, você já tem condiçóes de determinar que tipo de câmera digita I? mais ade- quada para você e pode começar a pes- quisar - na internet, entre amigos e em

revistas de fotografia - por modelos que atendam a essas caracteristicas, ou mes- mo chegar a uma loja de equipamentos fotográficos e pedir por aqueles que sa- tisfaçam As suas necessidades. Pode ter certeza de que você h á uma compra muito melhor se chegar a uma loja di- zendo algo do tipo: "Quero uma câmera digital pequena, com cinco megapixeh e que use pilhas comuns AAn do que dizer o fatidico e telegráfico "Quem comprar uma boa câmera digital".

Comprar uma câmera fotográfica digital significa fazer um investimento considerável. Os modelos mais baratos (considerando equipamentos de qua- lidade razoável, e não os brinquedos digitais que existem por ai) custam em torno de seis salários mínimos. Fazer uma boa escolha significa dar valor ao seu dinheiro e garantir que você não descubra ser o proprietário de uma câ- mera fotográfica digital totalmente ina- dequada para você e que vai lhe trazer mais frustração do que satisfação.

Claro que pesquisar entre modelos e especificaçóes não C algo agradável (para alguns, ate pode ser), mas é ne- cessário. Na dúvida, mande uma carta ou um e-mail para web fites e revistas. Com certeza, você receberá respostas que sanarão suas dúvidas e o ajudarão na escolha do melhor equipamento. Ouça, com cuidado, os vendedores e procure lojas especializadas em equipa- mentos fotográficos, pois, infelizmente, no Brasil uma minoria sabe do que está falando e realmente se preocupa em ajudar o cliente. Muitos querem apenas "empurrar" equipamentos caros para aumentar a comissão. Cabe a você ter a atitude correta e se tornar um consu- midor bem informado. Suas fotos e seu bolso agradecem. i

- - - -

Cbarlcs Diar, 32 anos, C ecommtda, $tdp$ anrador bâ quuse 10 anos e &r e &r rio Louco por Fotografia uma mista on-linegra- tuia (www.1oucoporfÒtograíia.net).

Page 43: Fotographos_N04

RUh 7 DE ABRIL. 125 - LOlh 26 - BNTRO - IA0 PBULO -IP. CEi!: OW30. FM,: iíii Q59101

Page 44: Fotographos_N04
Page 45: Fotographos_N04

BUENOS

Page 46: Fotographos_N04

d POR DENTRO DA LUZ

Page 47: Fotographos_N04
Page 48: Fotographos_N04

I Potcoaza&ti f fuhp&amed C o m o m & m s B u o r a ~ ~ ç b das ma bkamaa, Bucaor Aim belas grandb qmde E hmhqúo tanqupreumcrrf temadr~ ~ ~ ~ t s u a i p a r a s u r i i Z w e e * j á q u e ~ ~ ~ &h shd&ntePg#iSI- qpebrar o dima aconchegante caracterís-

I n*r e acoIcchcganter, uma 6 h pçdida rico desses lugares. pn uma p u a cstrat+ica (da um;- &a&, &o &s fotos, jd que do dtim 1- pu-. kmaf-4.

O mais antigo da cidade, o CafC Tonani, foi fundado em 1858 e fica no Gntro, num l d de frful artsoo.

u * - I ~ u & ~ g o - d a &nuas digitais) com ISO nzPis e auenti>fjzeruff,&umaipbNi~

j q u e a s ~ n ~ ~ u m i ~

Page 49: Fotographos_N04

P O R D E N T R O D A L U Z r b9am Aires 1

Localizado no bairro da Boca - sul da cidade -, é um dos lugares mais pitorescos e fotogênicos de Buenos Aires.

E1 Caminito C? uma rua cheia de casas Litas com chapas de zinco coloridas, o que toma o local bastante interessante para as fotos. A i h das constxuç&s, as lojas de arte-

sanato e os pintores, fo t6ghs e escultores - que aproveitam para expor e vender seus trabalhosaosniristas-dmsáo~tos que & o regisuo. De vez em quando, pode-se apreciar apresentações de tango ao ar livre, em meio aS casas coloridas.

Aproveite tambCm para visitar e foto- grafar a cancha (estádio) do Boca Juniors -A Bombonera-, o time de futebol mais popular da Argentina.

Page 50: Fotographos_N04
Page 51: Fotographos_N04

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Page 52: Fotographos_N04
Page 53: Fotographos_N04

POR DENTRO DA lUZ

~E

<'3

c?Cltn cffebnoEste bairro, um dos mais típicos em

Buenos Aires, é um capítulo à parte quan­do o assunto é fotografia.

A presença do casario antigo, dosantiquários, das ruas de pedra, das casasde tango, dos museus, das igrejas, tudo

isso compõe um cenário perfeito para aprodução de belíssimas imagens nestecharmoso bairro portenho.

Aos domingos, na Plaza Dorrego, érealizada uma feira de antigüidades, umaótima oportunidade para os diques.

O bairro, antigamentehabitado pela aristocraciada cidade, possui algumasgalerias que abrigam anti­quários, lojas que vendemdesde revistas antigas atégramofones, entre muitasoutras coisas.

O dima de nostalgiaque San Telmo transmiteé, sem dúvida, um dos

grandes encantos de Bue­nos Aires e, por isso, vale apena ser fotografado.

..•. A arquitetura de San Telmo, regis­

trada pelo olhar de Marcelo Prebianchi,

um dos contemplados na Galeria da

edição anterior da Fotógraphos.

(J' CaJ(MC(:O~ e a6 nuM de~ de c%-n cfJ;Wwjudenz /10)' jW~J/

FOTÓGRAPHOS • 53

Page 54: Fotographos_N04
Page 55: Fotographos_N04

P/3uenrM~Forografar Buenos Aires é uma expe­

riência muiro enriquecedora. A cidade,

que mistura com enorme graciosidadeelemenros como cultura, história, tecno­

logia, arte e música (só para citar alguns),

é um lugar cuja luz tem um brilho especial

e que está sempre pronta para ser desbra­

vada por câmeras e objetivas em busca de

imagens únicas. Não faltam bons motivos

para dicar em Buenos Aires e, em rodos

os cantos, você pode encontrar algumassunro Interessante.

Quanro à segurança, embora a cidade

ainda não tenha atingido níveis alarman­tes de violência, não custa ser cuidadoso

para evitar chamar muiro a atenção com

o seu equlpamenro.

Um dos melhores jeiros de percorrer a

cidade é mesmo a pé, já que grande parte

dos pontos turísticos são próximos. Porisso, recomenda-se o uso de uma mochila

apropriada, para evitar que o seu equipa­mento se rorne um esrorvo durante os

passeios. Para distâncias mais longas, vale

utilizar o metrô ou pegar um táxi, meio de

transporte bararo em Buenos Aires.

Durante as longas caminhadas, apro­

veite para parar nos bares e cafés - presen­

tes em quase rodas as ruas - e experimente

algumas das delícias locais, como a media­

Luna (croissant) ou o sándwich de miga,

frio ou tostado com jámón y queso (pão

fino com presunto e queijo, que lembra

o "nosso" misto-quente). Além de rica

em temas forográficos, a capital argentina

possui muitas atrações gastronômicas. Por

isso, não deixe de visitar e fotografar as

famosas parriLas (churrascarias) ou um dos

muiros restaurantes espanhóis espalhados

pela cidade, com suas paeLLas e fruros do

mar. São ótimas opções para recarregar as

energias entre os passeios do dia.

Não custa dar o alerta àqueles realmente

disposros a um passeio forográfico pela cida­

de, para não se esquecerem de levar bateria,

filme (ou cartão de memória) e disposição

suficientes para muiros e muiros diques.

Para finalizar, gostaria de dizer

que é praticamente impossível ir para

Buenos Aires e não voltar com a bagagem

cheia de ótimas recordações, deliciosos

alfajores, ótimos vinhos e, daro, boasforos. Adias.' •

POR DENTRO DA LUZ

FOTÓGRAPHOS • 55

Page 56: Fotographos_N04

MUNOO FOTOGRÁFICO

,01 CI

DO MUNDO FOTOGRÁFICO

Fique por dentro das principais novidades e lançamentos do mercado

da fotografia. Equipamentos, acessórios, serviços, exposições e cursos.

por Sandra Mastrogiacomo

Mundo Digital

A Casio ampliou duas de suas linhas,com três novas câmeras digitais.

A câmera profissional Exilim ProEx-P505, da Casio, tem zoom óptico de5x, resolução de 5 megapixels, LCD de 2polegadas e baixo consumo de energia.

Sua macro tem capacidade de aproxi­mação de até 1 cm do objeto a ser foto­grafado. Preço sugerido: R$ 3.912.

A Ex-Z750 possui 7.2 megapixels,

zoom óptico de 3x, LCD de 2,5 polegadas,além de controle manual de exposição.Sua bateria permite tirar até 325 fotos e éencontrada somente na cor prata. Preçosugerido: R$ 3.140.

O modelo EX-Z57 tem resolução de5 megapixels, zoom óptico de 3x e LCDde 2,7 polegadas. A bateria permitetirar até 400 fotos, J

sem necessidade de irecarga. Dispo- J

nível nas cores:

preto e prata.Preço sugerido:R$ 2.740.

Linhas Exilim Pro e

Zoom, da Casio

inúmeros almoços e saídas fotográficaspromovidos por participantes de um outrofórum, o BR Foto (www.brjoto.com.br).

A inauguração do Br Foto Clube, nodia 05 de julho de 2005, foi comemoradacom uma mostra de fotografias de vários"foristas" na Livraria fcone, em São Paulo.

Os organizadores pretendem organizarconcursos, encontros e workshops para osseus participantes.

fia Interna e

grava vídeoscom áudio.

Preço médio:R$1.090.

Grava vídeos com áudio e a sua bateria

permite fotografar até 500 imagens, sema necessidade de recarga. Preço médio:R$ 2.190.

A ZI tem resolução de 5 megapixels,

tempo de disparo de O,Ols, zoom ópticode 3x, LCD de 2,5 polegadas e grava vÍdeocom áudio. Preço médio: R$1.290.

A FinePix A345 tem 4.1 megapixels,

zoom óptico de 3x e LCD de 1,7 pole­gada. Assim como as outras, possui 16MBdememó-

Um novo clube

surgecom o ideal deunir ainda mais um

grupo de fotógrafosamadores e profis­

sionaisdentro de uma tribuna de discussãoem âmbito nacional.

As coordenadas para o novo fórumsão: www.brjotoclube.com.br. O site surgiuda amizade que se desenvolveu durante

Fujifilm apresenta câmeras digitais

Fórum de fotografia vira fotoclube

A Fuji­film lançou,no mês de

julho, trêscâmeras fo­

tográficasdigitais: Finepix FIO, Finepix ZI e Fine­pix A350, que prometem bateria de altaduração e menor tempo de disparo.

Os três modelos possuem processadorRP (Real Photo) e lentes Fujinon.

A FIO tem 6.3 megapixels de resolu­ção, LCD de 2,5 polegadas, zoom ópticode 3x e zoom digital de 6.2x.

Além de sensibilidade de até ISO

1600, a câmera possui função antiblur, di­minui o borrado causado pela trepidação.-

FDTÓGRAPHOS • 56

Page 57: Fotographos_N04

Mundo Digital

Olympus Stylus 800A Olympus 5tylus 800 tem resolução

de 8 megapixeLs, LCD HyperCrystalT de

2,5 polegadas, zoom óptico de 3x e zoom

digital de 5x. A câmera possui sistema para

fotografar em ambientes com pouca luz e

controle manual de exibição. As opções de

sensibilidade chegam até 150 1600.As lentes esféricas refratárias oferecem

zoom equivalente a 38-114 mm (em forma­to 35 mm) e luminosidade f/2.8 - f/4.9.

A 5tylus 800 estará disponível nos

Estados Unidos em julho de 2005. Os

preços ainda não foram divulgados.~.----,iJ~.!.o

J •••• ,-.... -

0IGr!AI..b1 :: •

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MUNDO FOTOGRÁFICO

:~,,·túrtâ:s

Fotograma organiza passeio fotográfico

A Fotograma Imagens está organizandoum passeio fotográfico para o sul de MinasGera.is,em comemoração ao Dia Imernacionalda Fotografia, no mês de agosto.

Sob a coordenação de Emidio Luisi, o pas­seio é desrinado a amadores e profissionais.• Data: 19 a 21 de agosto• Local: Hotel Fazenda Quima Romena• Informações: (lI) 3872-1349

[email protected]·fotogramaimagens.com.br

Impressora Easyshare da Kodak

Impressão

A impressora Easyshare

é compatível com qualquer

câmera digital que possua a

tecnologia PictBridge e tam­bém com o leitor de cartões

de memória da Kodak.

As fotos são impressas em 90

segundos no tamanho 10 x 15 em.

O equipamento também imprimefotos nos tamanhos: 5 x 8 em,

Mundo Digital

Digitais Oregon Scientific

8 x 10 em e 3,3 x 5 em.

A laminação XtraLifeTh'

reveste as fotos impressas, ga­rantindo a sua durabilidade

e impermeabilidade.

De dimensões pequenas(33,4 x 18,8 x 8,3 em), tem

como tecnologia de impressãoa transferência térmica de

tinta com tom contínuo.

Fotógrafo por ele mesmo, na Pinacoteca

A Pinacoteca do Estado de São Paulo vai

realizat, no segundo semestre, uma série deencontros com fotógrafos e críticos da área.

O projeto Fotógrafo por ele mesmo tem oobjerivo de discutir o trabalho de profissionaisconsagrados. Em cada um dos encontros, seráapresemado um documemário. Em seguida,será aberto um debate com o público, coma presença do próprio fotógrafo, um crítico,um represemame do meio cultural, MarceloGreco (coordenador do projeto) e DiógenesMoura (curador da Pinacoteca).• Onde: Pinacoteca do Estado de São Paulo

- Praça da Luz, 02 - Luz• Informações: (11) 3229-9844

Nova loja virtual

A Consigo Som & Imagem acaba de inau­gurar a sua loja virtual. O novo pOrtal apresen­ta promoções e ofertas e ainda coma com umsistema que oferece ao usuário as característicastécnicas de cada um dos produtos, além dedicas de conservação, utilização e otimizaçãodo equipamemo .• www.consigo.com.br.

A Oregon 5cientific apresenta quatro

modelos compactos em sua linha de câ­

meras digitais.

A câmera D56639 tem resolução de 2

megapixeLs, zoom digital de 2x e LCD de

1,5 polegada. Disponível nas cores: prata,

titânio, vermelho e azul. O preço médioé 499 reais.

O modelo D56688 tem 3 megapixeLs,

zoom digital de 2x e LCD de 1,5 polegada.

Disponível nas mesmas cores da 6639,

tem preço médio de 599 reais.

Já a D59610 tem 4 megapixeLs, zoom

óptico de 3x e LCD de 1,8 polegada. O

preço sugerido é de 999 reais.

A D59810 possui 5 megapixeLs, zoom

óptico de 3x e LCD de 1,8 polegada. Grava

vídeos com áudio e está disponível nas cores:

prata e titânio. Preço médio: R$ 1.499.Mais informações: (lI) 5524-2178.-

â(~Gon

~I

FOTÓGRAPHOS • 57

Projeto livro Fototech 2005

Um grupo de fotógrafos, participames dalista de discussão virtual Fototech, está com

um projeto de criação de um livro somemecom trabalhos dos imegrames da lista.

A obra terá como tema os "4 elememos",

abordando imagens que envolvam a água, oar, a terra e o fogo.

O projeto está sob a coordenação daeditora Lígia Duarte. "Estou recebendo ima­gens dos imegrames do grupo para momara apresemação (não são as imagens oficiaisainda) e procurando obter apoio. As fotos queirão no livro serão escolhidas por um curadoroficial", revela Lígia. Quem quiser conheceros participames do projeto basta acessaro site:

www.digiphotos.com.brlcadastro

Possíveis patrocinadores podem entrar emcomato pelo telefone: (l1) 3801-3000.

Page 58: Fotographos_N04

MUNOO FOTOGRÁFICO

Exposições

La Donna ê Mobile Photo Image Brazil 2005

Nova geração da Samsung

Imagem (na sua 31 a edição), organizado

pelo Sindicato das Empresas de Artes

Fotográficas no Estado de São Paulo

(Seafesp). O objetivo do congresso é

apresentar as novas tendências no mer­

cado de imagem.

Apresentamos, a seguir, algumas

novidades prometidas pelas empresas

para o evento deste ano.

público amador, está a linha Digimax i5,

que tem câmeras ultracompactas e corpo

de inox. Possuem 5 megapixels, zoam ópti­

co e digital que, juntos, podem chegar até

15x, LCD de 2,5 polegadas e velocidade

no disparo da câmera.

A linha de câmeras digitais profis-

~~. sionais será representada peloc::? modelo Pro815. Com resolução

o~,." de 8 megapixels, LCD de 3,5

polegadas e zoam óptico de

,iI 15x, o equipamento ainda ofe-r)9'"

rece vários recursos de edição,

fusão, seleção de fotos e um jogode seis lentes.tros recursos.

As novas

linhas estão voltadas

tanto paraamadores

quanto para

profissionais.Destinada ao

Organizada pela Alcântara Macha­

do, a Photo Image Brazil é a maior feira

latino-americana no setor de imagem.

Empresas como Kodak, Sony, Samsung,

Hp, Sosecal, Konica, Microservice e Fuji

aproveitam o evento para apresentar

seus produtos e serviços.Durante a feira, também é reali­

zado o Congresso Brasileiro de Foto 6'

A Samsung apresenta nove lançamen­

tos e cerca de 50 reformulações em sua

linha de câmeras digitais.

Dentre os lançamentos, es­

tão equipamentos ultrafinos,

LCD de 3,5 polegadas, zoam

óptico de 15x

RS de Veríssimo, por Eduardo Simões

Até o dia 11 de setembro, é possível

conferirno IMS, em Porto Alegre, o trabalho

do fotógrafoEdu Simões em sua exposição ORio Grande do Sul de Erico Veríssimo.

A mostra traz fotografias de paisagens

e integram a edição Cadernos da Literatura

Brasileira (2003), dedicada ao escritor.- Onde: IMS - Poá

Av.Túlio de Rose, 80, 2° piso

- Informações: (11) 3341-9685 ouwww.ims.com.br

Giancarlo Mecarelli, um dos organiza­

doresdo Paraty em Foco, apresenra uma nova

exposição:La Donna ê Mobile.

A mostra levará ao município 30 diques

irônicos, publicados na Europa. O ensaio

sobre mulheres ganhou capas de revistas

importantes, como a italiana I.:Espresso.

Para dar uma espiada no que estará nas

paredes da Galeria Zoom, acesse o site do

fotógrafo: www.giancarlomecarelli.it.

-Quando: de 03 de setembro a 16 de outubro-Onde: Rua do Comércio, 05

Centro - Paraty, RJ

-Informações: (24) 9228-6268 ou

[email protected]

Exposição RE AÇÃO, na Luz

A exposição fotográfica REAÇÃO apre­

senta os trabalhos realizados pelos alunos do

4° Curso de Linguagem Fotográfica, realiza­

do na Ação Educativa pela Techimage.

A mostra traz como tema o Parque daLuz e a Pinacoteca do Estado de São Paulo.

A exposição estará em cartaz de 31 de

agosto a 30 de setembro de 2005, na Ação

Educativa, Rua General Jardim, 660 - Vila

Buarque - São Paulo.- Informações: (11) 3151-2333

Mostra ACOUA, na Galeria Paulista

A Galeria da Paulista apresenra a expo­

siçãoAcqua, da fotógrafa Rosa De Luca, atéo dia 04 de setembro.

A mostra traz 30 imagens realizadas den­

tto e fora de piscinas. Exploram os movimen­

tos líquidos em uma piscina vazia e também

a interação entre o homem e a água.- Onde: Av.Paulista, 2.083 - São Paulo

Cartões de memóriaA Kingston, fabricante de cartões

de memória, apresenta toda a

sua linha: Compact Flash, Se­

cure Digital, SmartMedia, Mul­

timediaCard e Memory Key.

KingstonOs cartões possuem capacidade

de até 4 GB (Compact Flash)e velocidade de até 23 MB/s

para leitura e 133x/ 20 MB/s

para gravação.

FOTÓGRAPHOS • 58

Page 59: Fotographos_N04

MUNDO FOTOGRÁFICO

Photo Image Brazil :.

,

~:;:t~~lo.l.m.o

Marc Ferrez

O livro O Brasil de Marc

Ferrez apresenta o tra­balho do fotógrafo doséculo passado, desde osensaios até a biografia eas inovações técnicas. Ovolume é parte de umprojeto que também traz uma exposição etem como palco duas nações apaixonadas porfotografia: Brasil e França.• Editora: Instituco Moreira Salles, 320 pági­nas, 115 reais. Compras: www.ims.com.br

Dicionário histórico-fotográfico brasileiro

Boris Kossoy, professorda Universidade de São

Paulo (USP), traz nestelivro os 15 anos de sua

pesquisa sobre a fotogra­fia urbana e rural brasi­

leira, além de apresentara trajetória dos principais fotógrafos quedocumentaram essas paisagens.• Editora: Instituto Moreira Salles, 405 pági­nas, 78 reais. Compras: www.ims.com.br

A digital

A200 possui

8 megapixeLs,

zoom óptico de

7x e digital de4x. Seu LCO

tem 1,8 polegada e sistema que permite

posicionar o visor em vários ângulos.O modelo 70, da linha Oinax, tem

resolução de 6.1 megapixels, lente inter­

cambiável e acionamento ultra-rápido.

Todos os novos modelos são compa­

tíveis com cartão SO/MMC e possuem

sistema antivibração.

A Konica Minolta lança mais quatronovos modelos em sua linha de câmeras

digitais. Na linha Oimage, estão sendo

lançadas a X50, a Z5 e a A200 e na Oi­nax, o modelo 70.

A Oimage X50 tem resolução de 5

megapixels, zoom óptico de 2.8x e digital

de 4.3x, LCO de 2 polegadas e memóriainterna de 16 MB.

O modelo Z5 também possui 5

megapixeLs e LCO de 2 polegadas. O

zoom total chega a 48x (l2x de zoom

óptico e 4x de zoom digital).

Lançamentos da Konica Minolta

Sony amplia linha de câmeras digitais

"--. --... .• -..... '.." .. ,

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o Brasil de Mareei Gautherot

~",4:"..L

O trabalho do fotógrafofrancês Marcel Gauthe­

rot está representadoneste livro, que aindaconta com textos de Os­

car Niemeyer, AugustoCarlos da Silva Telles e

Rubens Fernandes ]unior, entre outros. A obratraz 107 fotos.

• Editora: Instituto Moreira Salles, 152 pági­nas, 70 reais. Compras: www.ims.com.br

Maravilhas do Brasil

Wonders o[ Brazil é um

livro bilíngüe que nar­ra o drama vivenciado

pela avifauna brasileira.Araras-azuis, papagaios­do-peito-roxo e inúmeras

outras aves, respeitosamente capturadas pelaslentes do fotógrafo Fábio Colombini, ganhamum apelo extra nos textos da ornitóloga Mar­tha Argel. A autora ressalta as característicasde cada espécie e desvenda a covarde açãopredatória dos passarinheiros e traficantes deanimais, servindo cegamente a um mercadonegro que coloca um número cada vez maiorde pássaros em extinção.

grande-angulares. Preço médio sugerido:R$ 1.499.

O modelo OSC-Ll tem 4 megapixels,

zoom óptico de 3x e LCO de 1,5 polegada.

A bateria permite tirar até 240 fotos com

uma única carga. Preço médio: R$ 1.099.

A empresa também apresenta a im­

pressora fotográfica digital UP-OR150,

que é direcionada especificamente ao

mercado profissional.

Photo Image Brazil

A Sony ampliou a sua linha de câme­

ras digitais Cyber-shot com a OSC-S80e a OSC-Ll.

A OCS-S80 integra a série Stamina,

da linha Cyber, com mais velocidade e

vida útil da bateria. Possui 4 megapixels,

zoom óptico de 3x e zoom digital de 2x,lentes Carl Zeiss® Vario Tessar® e LCO

de 2 polegadas. Tem ainda um sistema de

autofoco que permite ajustes automáticos,de acordo com a necessidade do ambiente.

A câmera permite acoplar objetivas tele ou

FOTÓGRAPHOS • 59

Page 60: Fotographos_N04

MUNDO FOTOGRÁFICO

Concursos

Concurso Banco Itaú BBA Novas digitais da Kodak

Sosecal traz produtos

o 110 Concurso Banco Itaú BBA de Fo­

tografia, que rraz como remas "Árvore

Florida", "Narureza Florida" e "Plantação

Agrícola Florida", é aberto a fotógrafos

amadores e profissionais.

Cada participante poderá concorrer

com até três imagens coloridas e tiradas no

território nacional. Podem ser originadas em

equipamento analógico ou digital. Devem

ser impressas no tamanho de 24 x 30 cm ou

20 x 30 cm e não podem ter sofrido nenhu­

ma espécie de manipulação. Em seu verso,

devem constar, em etiqueta adesiva, nome

completo, endereço e telefone do fotógrafo,tírulo da foto, local e data.

As fotos devem ser enviadas até o dia 02

de setembro, juntamente com uma cópia do

regulamento para o Banco Itaú BBA S.A.

Av. Brigadeiro Faria Lima, 3.400 - térreoA. O resultado sai no dia 18 de novembro

e o prêmio para o primeiro colocado é deR$ 10.000.

• Informações: www.itaubba.com.br

11IConcurso Sérgio Buarque de Holanda

A 3° edição do Concurso Fotográfico

Sérgio Buarque de Holanda traz o tema

Brasil: mostra a tua cara e abrange o ter­ritório nacional.

O concurso é destinado a fotógrafos pro­fissionaise amadores. Podem ser enviadas até

três fotos em corese trêsem P&B, no formato

20 x 30 cm, sem margem ou moldura.

As 60 imagens selecionadas serão di­

vulgadas no dia 31 de ourubro. De acordo

com o regulamento, a inscrição implica ces­

são dos direitos autorais do uso à imagem

para exposição no Shopping Iguatemi e em

cidades da região, bem como divulgação

do evento, confecção de catálogo alusivoao concurso e fins educacionais.

A premiação é em dinheiro e varia de 300

a 800 reais para os três primeiros colocados.

Os demais receberão menção honrosa ..Os trabalhos devem ser enviados até o

dia 08 de outubro de 2005, no endereço:

Oficina Culrural Regional Sérgio Buarque de

Hoúmda. Rua São Paulo, 745 - CEP 13560­

340 - Centro - São Carlos, SP.

• Informações:www.oficinasculturais.sp.gov.br

A Sosecal traz para a 13" edição da

feira produtos das marcas: GPX, Case

Logic, SanDisk e Mirage. A empresa é a

representante no Brasil.Da marca americana GPX, a Sosecal

apresenta toda a linha de produtos eletrô­

nicos e da Case Logic, a linha de bolsas

Photo Image Brazil

Impressoras da HPA HP do Brasil apresenta a nova série

de impressoras profissionais Designjet 90,

destinada a minilaboratórios, profissionais

de fotografia e designers gráficos.

A impressora permite a impressão emvários tamanhos: até A2+, 45 x 60 cm,

postal, banners etc. Sua resolução é de

2.400 pontos por polegada, possui seis

cores e o tamanho da gota é de 4 polega­

das. A bandeja comporta até 100 folhas,

no tamanho A2+ (18 x 24 polegadas).

A utilização das tintas especiais HP

Vivera permite uma impressão sem

granulação e resistente ao desbotamento

causado pelo tempo.

FOTÓGRAPHOS • 60

As diferenças entre as câmeras estão noLCD e na memória interna. A V530 tem

LCD de 2 polegadas e memóriainterna de 16 MB. Já a V550,

possui LCD de 2,5 polegadas ememória interna de 32 MB.

A V530 é encontrada nas

para foto e vídeo, juntamente com a linha

de informática e viagem.A linha de cartões de memória da San­

Disk também estará na feira. Já na parte

de câmeras digitais, a empresa trará os

modelos digitais e analógicos da Mirage,

além de MP3 players.

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Já o Microcolor 170 g/m2, precisa de um

dia inteiro para estar totalmente seco. Mas

é possível empilhar as imagens meia hora

após terem sido impressas.

Page 61: Fotographos_N04

BRIGA DE TITÃS

PARA FOTOGRAFARGUIA DE EQUIPAMENTOS E SERViÇOS FOTOGRÁFICOS

por Charles Dias

Briga de

TitãsNa verdadeira guerraentre modelos de

câmeras digitais a queassistimos atualmente,acontecem algunsparadoxos de mercadoque podem beneficiaros consumidores maisatentos. Confira!

Canon

PowerShotProl

É interessante notar como o mercado

fotográfico, marcado por uma verdadei­ra guerra comercial e de marketing entregrandes empresas, acaba por gerar al­guns paradoxos de mercado. Na corridade modelos de câmeras que se sucedem,muitas empresas acabam arropelandoseus próprios produtos e, por tabela, osprodutos dos concorrentes. Atualmentetemos uma situação acontecendo, para avantagem de muitos fotógrafos.

Não faz muito tempo, a Canonlançou sua famosa Canon EOS 3000,

a primeira câmera digital reflex do mer­cado a custar menos de mil dólares, algoimpensável até alguns meses antes de seulançamento. Essa câmera simplesmenterevolucionou o mercado da fotografiadigital, que passou a produzir câmerasmelhores por preços mais acessíveis.

Sem ter nenhum concorrente à al­

tuta em termos de qualidade, gama defunções e preço, a Canon EOS 3000deu origem a uma vasta família de câ­meras digitais compactas avançadas, aschamadas prosumer (nome que vem deprofissional consumer, ou seja, as câmerascompactas lançadas para uso de profis­sionais e amadores avançados).

Essas câmeras - mui­

tas delas parecidas comuma digital reflex

no design - trazemmuita tecnologia,funções avança-

das e ópticade primeiraqualidade.Tudo isso

para se tor­narem uma

opção maisem conta para

FOTÓGRAPHOS • 61

os fotógrafos que não querem, ou queainda não podem, gastar com uma digitalreflexcomo a Canon EOS 3000. Dentreas prosumer, duas se destacam: a CanonPowerShot Prol e a Sony OSC-F828.

Com o lançamento da Nikon 070,a Canon se viu obrigada a evoluir e, en­tão, lançou a Canon EOS 3500 - maisrápida, com mais funções, mais leve emenor que sua antecessora. Só que ain­da existe um grande estoque de CanonEOS 3000 no mercado, que teve o seupreço "derrubado" pela nova Canon EOS3500, lançada com o preço em torno demil dólares.

Vamos conhecer agora um poucomais sobre cada uma dessas câmeras:

CANON POWERSHOT PRO 1É considerada a melhor câmera

digital compacta da linha de câmerasda Canon atualmente. Podemos des­

tacá-Ia pela resolução de 8 megapixels,

zoom óptico de 7x (28-200 mm) comóptica L (linha de óptica profissionalda Canon), muitas funções avançadas econstrução muito resistente com ótimaergonomia, além de permitir o uso deflash externo.

A Canon Pro 1 também traz algumascaracterísticas muito interessantes, como

visor LCO móvel, controle remoto porinfravermelho incluído, filtro NO (den­sidade neutra) interno e intervalômetro

(q ue faz a câmera disparar em intervalosde tempo pré-definidos).

Algumas características, porém, pode­riam ser melhores. Entre suas deficiências,

podemos citar o nível de ruído relativa­mente alto, a falta de luz de auxílio de

foco para uso noturno e o alto consumode energia (diminuindo o tempo de usocom as baterias em carga plena).

Page 62: Fotographos_N04

BRIGA DE TITÃS

Sony

DSC-F828

Se de um lado ascâmeras ref/ex di­

gitais têm a vanta­gem de poderem

ser usadas com

uma vasta gama deobjetivas, do outro

lado temos o custo

dessas objetivas,que é diretamenteproporcional à sua

qualidade.

SONY DSC-F828

A Sony OSC-F828 é a evolução deum dos maiores sucessos comerciais

da Sony entre fotógrafos profissionaise amadores avançados, a Sony OSC­F717. Ela também tem 8 megapixels,

zoom óptico de 7x (28-200mm) comóptica Carl Zeiss T*, muitas funçõesavançadas e uma interessante construçãoque permite que a parte do corpo como conjunto óptico se mova verticalmen­te, o que é muito prático em algumassituações, além de permitir o uso deflash externo.

Essa câmera tem características muito

interessantes, entre elas o zoom mecânico,

que tem resposta muito mais rápida queo zoom ativado eletronicamente, ótima

velocidade de gravação no cartão dememória e histograma em tempo real(que facilita na tomada de decisão daexposição para as fotos).

A Sony OSC-F828 também não éperfeita. Entre as suas deficiências sedestacam as aberrações cromáticas emcontraluz ou em cenas com sol forte,

nível de ruído alto, espaço limitado nobuffer (memória temporária onde asfotos ficam armazenadas antes de serem

gravadas no cartão de memória) e modomacro afetado por distorções.

FDTÓGRAPHDS • 62

CANON EOS 300D

A Canon EOS 3000 é uma câmera

digital reflex "verdadeira" (com objetivasintercambiáveis), 6.2 megapixels, umaexcelente gama de funções que permite irmuito além da fronteira de possibilidadesdas melhores câmeras digitais prosumer.

Entre as vantagens da Canon EOS3000 está a ótima qualidade de imagemmesmo com ISO de 800 (aceitável em

ISO 1600), algo impensável em qual­quer câmera digital compacta até poucotempo, amplas possibilidades em termosde objetivas, acessórios e possibilidade deuso de uma unidade de flash externo.

Se de um lado as câmeras reflex di­gitais têm a vantagem de poderem serusadas com uma vasta gama de objetivas,do outro lado temos o cusro dessas obje­tivas, que são diretamente proporcionaisà sua qualidade.

Agora é a hora de você ficar com mui­ta, muita dúvida. Atualmente é possívelencontrar essas câmeras pelos seguintespreços médios:

• Canon PowerShot Pro 1: R$ 2.600;

• Sony OSC-F828: R$ 2.590;• Canon EOS 3000 (kit do corpo mais

objetiva 18-55 mm): R$ 3.000.

Isso mesmo, por uma diferençade 400 reais você pode comprar umalegítima OSLR, em vez de uma câmeradigital compacta prosumer. Calma, antesde sair desesperado para comprar umaCanon EOS 3000, veja se ela é a melhorcâmera para você. Lembre-se de que acompra impulsiva é a maior causa dearrependimento entre fotógrafos ama­dores e profissionais.

PARA QUEM VALE A PENA

COMPRAR UMA CANON PRO 1

OU UMA SONY DSC-F828

Sevocê tem um orçamento limi tado eprecisa de uma câmera completa, sem queisso signifique gastos adicionais, então,você deve optar por uma câmera digitalprosumer, como a Canon Pro 1 ou SonyF828, pois elas já trazem um conjuntoóptico que engloba desde a grande­angular (28 mm) até a teleobjetiva (200mm), com ótima qualidade.

Ao comprar uma câmera digital, vocêtambém precisará comprar alguns outros

Page 63: Fotographos_N04

itens, como: cartões de memória, bateria

adicional, bolsa de proteção, entre outrascoisas. Isso tudo não é o que se podechamar de barato e, portanto, deve serlevado em consideração nas contas quese faz antes da compra.

PARA QUEM VALE A PENA COM­

PRAR UMA CANON EOS 300D

Agora, se você tem um orçamentomais tranqüilo, ou então precisa de umacâmera fotográfica com amplas possibili­dades em termos de objetivas, então suamelhor opção é gastar um pouco mais ecomprar uma Canon EOS 300D.

Infelizmente a objetiva que vem comessa câmera, uma Canon EF 17-55 mm

(equivalente a uma objetiva 28-80 mmpadrão, considerando o fator de corte de1.6 x) não é famosa por sua qualidadeóptica. Apesar de ser suficiente parasituações gerais, deixa a desejar quandose busca um nível superior de nitidez.Dessa forma, é necessária a compra deuma objetiva adicional, que vai custarentre R$ 1.500 e R$ 2.000.

Como você pode ver, não é somentea diferença de preços relativamentebaixa entre as câmeras que deve serconsiderada no momento de decidir a

compra. O uso esperado para a câmera,os gastos adicionais necessários e tam­bém o orçamento disponível são fatorestão importantes quanto a diferença depreços. Por isso, devemos considerartodas essas questões juntas.

Para quem tem disponibilidade fi­nanceira para aproveitar esse paradoxode mercado e adquirir uma Canon EOS300D, aconselho seriamente que o faça.Agora, se isso pode significar maisum problema doque realmenteuma solução,então sugi­ro que vocêopte mesmopor uma Ca­non Power­Shot Pro 1

ou por umaSony DCS­F828, poistambémfará um óti­

mo negócio.

o USO esperadopara a câmera, osgastos adicionaisnecessários e tam­

bém o orçamentodisponível são fato­res tão importantesquanto a diferençade preços C .. )

Canon

EOS 3000

FOTÓGRAPHOS • 63

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FOTÓGRAPHOS • 64

Page 65: Fotographos_N04

CARTASDOS LEITORES

DOS LEITORES

Agradecemos a cada um de vocês pelo carinho e

atenção que temos recebido. Continuem participando,

enviando suas mensagens por carta ou e-mail.

Envie sua mensagem por e-mail [email protected]:Av.Brigadeiro Faria Lima. 1.768. cj. 7B. Jardim Paulistano. CEP 01451-909. São Paulo ISP)

ACREDITO que vocêsrecebam uma infini­dade de e-mails dosassíduos leitores des­

sa nova revista, ver­dadeiramente brasi­

leira e que talveznem tenham tem­

po de ler este. Dequalquer maneira,gostaria de pa­rabenizá-Ios por

esta ótima revista, da qual espe­ro fazer parte enviando algumas fotos paraa Galeria e também pelo talento e profis­sionalismo já demonstrados por todos vocêsda Fotógraphos. Através das verdadeiras au­las e dicas apresentadas, venho aprendendocada vez mais as técnicas e a visão da arte de

fotografar. Tenho certeza de que, para umaboa quantidade de leitores, isso também sejaverdade. Parabéns novamente e espero que arevista se torne mensal. Obrigado.Paulo Range! Salgado

CONCLUINDO A LEITURA cuidadosa do

terceiro número da revista, quero, mais umavez, parabenizar a todos pela iniciativa e tes­temunhar a importância de um veículo desseporte e conteúdo para o mundo da fotografia,especialmente num País como o nosso.

Especificamente, a matéria sobre Macro­fotografia foi bastante esclarecedora, numequilíbrio de linguagem muito bom, per­mitindo, assim, a compreensão mesmo poraqueles que não são ainda profissionais, semser enfadonha para quem já conhece maisprofundamente a matéria.

CRÉDITO Na matéria sobre fotografiadigital infravermelha, de Romulo Luba­chesky, esquecemo-nos de citar o localonde foi produzida a foto de abertura, oJardim Botânico de Porto Alegre - RS.

:xl

~Õrc

~~

Analisando os três números já lançados, valecomentar, pela densidade de todos, que o perío­do de lançamento (bimestral) está ótimo!

Lembrando Parary, esse lindo local ondetambém já tive a oportunidade de fotografare que a gente nunca esquece, sugiro, quandooportuno for, uma matéria semelhante sobrea nossa Ilha de Iraparica, vizinha a Salvador,com sua cultura, nuanças e luzes para muitosgostos. Parabéns e continuem assim.Luiz Geraldo Sampaio

ACHEI SENSACIONAL a reportagem sobreParary, principalmente pela descrição dosequipamentos usados, mostrando que boasfotos não são dependentes de material foto­gráfico caro ou digital, como infelizmentepensam muitos leigos na fotografia ou mesmoiniciantes. As demais reportagens também es­tão sensacionais. Continuem assim!

Wagner Guerreiro

Editor: É uma enorme satisfação saber que nossos

esforços têm apresentado bons resultados. Temos

recebido muitas dicas (aproveito para avisá-Ios

que estamos atentos a todas as críticas e sugestões

que recebemos) e, a partir da próxima edição,

a Fotógraphos terá algumas novidades, fiquem

atentos! Agradeço a todos vocês leitores, sem os

quais a revista não teria sentido de existir.

ACOMPANHEI os dois primeiros númerosda revista, fiquei superempolgado. Conside­ro essa revista diferente das demais, pois elaaborda bem a "filosofia visual", mas infeliz­

mente a distribuição em Campinas é fraca.Sempre vou a bancas esperançoso, mas nãotem a revista, o jornaleiro fala que o distribui­dor quase não aparece e, quando apareceu,veio com a revista número 02 depois de quasedois meses que foi lançada, é uma pena.Alex Matos

Editor: Alex, a Fotógraphos possui distribuição

nacional, mas, por conta da tiragem, éfeita em

duas etapas. Sei que não é a situação ideal, po­

rém, conforme aumentarem as vendas em bancas

e o apoio das empresas, teremos essa questão re­

solvida (estamos trabalhando para que aconteça

logo). Agradeço a sua compreensão e de todos que

passam pela mesma dificuldade em encontrar a

Fotógraphos nas bancas. Avisaremos assim que

tivermos disponível o nosso serviço de assinatu­

ras, o que ajudará a amenizar o problema.

FOTÓGRAPHOS • 65

EM PRIMEIRíSSIMO LUGAR, gostariade agradecer por terem escolhido a mi­nha foto para a edição número 03. Todosos amigos e clientes me parabenizaram.Vocês não imaginam como esse simplesfato está ajudando na valorização de mi­nhas fotos. O dono do laboratório onde

revelo as fotos pediu para deixar a revistapor uns dias para ele mostrar aos outrosclientes. As fotos que estou mandandoforam inspiradas em matérias que li nastrês revistas impressas até agora. Para­béns pelo excelente trabalho. Obrigadopela ajuda, gostaria de retribuir o favor.Darci Hoffmann

Editor: Suas palavras de contentamento

já são uma retribuição. Nós, da Fotógra­phos, ficamos muito satisfeitos em poder

colaborar com a fotografia no País e espe­

ramos conseguir ajudar ainda mais fUtu­

ramente. Obrigado pela participação!

GOSTARIA que me fosse esclarecida umadúvida. Ao visualizar uma foro tirada em má­

quina digital, noro uma variação de computa­dor para computador, decorrente dos ajustesdo moniror (brilho, contraste, etc.). Existe

uma regulagem padrão para esses parâmetros?Qual é o procedimento?Fabiano Macedo da Veiga

Editor: Para que a visualização seja correta, é

fUndamental que os sistemas de visualização es­

tejam sempre calibrados adequadamente. Como

os ajustes variam de computador para compu­

tador, infelizmente não há uma regulagem que

possa ser considerada padrão para todos os equi­

pamentos. Na matéria sobre impressão (pág.

29), ftlamos um pouco sobre esse complicado

assunto que é o gerenciamento de cores, espero

que ajude a esclarecer um pouco a questão.

Obrigado a todos e até a quinta edição!

Page 66: Fotographos_N04

TÁ ESTRESSAOO? vÁ FOTOGRAFAR! - PARTE "

Tá estressado?

Vá fotog rafa r! - Parte II

por ArmandoVernagliaJr., texto e foto

Na edição anterior, encerrei o textodesta coluna dizendo que a foto­grafia não estressa, ela só me acal­

ma, mas os clientes, estes sim, algumasvezes dão uma canseira. Dias atrás,

aconteceu uma épica seqüência que des­creverei adiante, envolvendo três clien­

tes, denominados daqui em diante declientes X, Ye Z.

Numa manhã de segunda-feira, tudocalmo em meu estúdio, toca o telefone.

É o cliente X, marcando a data de algu­mas fotos que eu já havia orçado ante­riormente para ele. Orçamento aprova­do, fotos marcadas para a sexta-feira damesma semana.

Meia hora depois, chega um e-mail

do cliente Y. Ele tem um grande traba­lho em mãos, com fotos de diversas fá­

bricas em várias cidades do Brasil e que,

por motivos diversos, esse trabalho, quejá estava orçado e aprovado, fora adiadoduas vezes. Mas agora Y queria marcar

as fotos da primeira fábrica e sabe qualera a data pretendida? Sexta-feira, cla­ro. Como não sou o todo-poderoso nãoposso estar em dois lugares ao mesmotempo, explico isso ao cliente e peçopara marcarmos na segunda-feira se­guinte. Trato feito.

A terça-feira passa sem novidades e

aproveito para ajustar fotos que estavam

paradas em umas pastas no meu com­putador, arrumar a papelada que ficou

empilhada com a correria da semana an­terior, enfim, aproveitei para pôr a casaem ordem e fazer os preparativos para asfotos dos clientes X e Y.

Quarta-feira, o dia começa calmo,

mas logo vem a tormenta. Nesse dia, euiria (e fui) ministrar um curso de foto­

grafia e estava fazendo os ajustes finaisno material que seria exposto aos alunos.Toca o telefone. Era o cliente X dizendo

o seguinte: "Podemos desmarcar da sex­ta-feira e marcar para a segunda?" Comona sexta já estava Y e X: "Terá que ser emoutro dia", falei para ele. Em função danegativa, marcamos o X para terça-feira.

Com tantos dias no calendário, por que

FOTÓGRAPHOS • 66

eles sempre querem o mesmo?Passam alguns minutos e eIS que

surge o cliente Z: "Oi, Armando. Tudobem? Escuta, você pode resolver umafoto para nós, hoje?" HOJE? Não, te­nho alunos me esperando, qual a outradata livre na agenda de Z? Segunda-fei­

ra. Não pode ser. Depois que conseguiajeitar X e Y, vem Z e quer estragar tudo?Ele ficou de ver a agenda para colocar es­sas fotos na sexta-feira, antes de X e Y, ou

na quarta, depois dos dois. No momen­to em que escrevo este texto, já é quintae até o momento nada de uma resposta(nota: no final, Z ficou para a quartaapós X e Y, depois X adiou novamenteas fotos dele).

Ontem dei aula de fotometria parameus alunos, diversos truques para ad­ministrar as variantes de diafragma,obturador, ISO etc. Ainda vou montarum curso sobre como administrar datas

para clientes. Aliás, acho que estou pre­cisando fazer um curso sobre isso.

E ainda tenho um amigo que diz:"Bom é ser autônomo como você, que

não tem chefe". Ao que eu sempre respon­do: "Você diz isso porque tem chefe, masnão clientes". Depois dessa, acho melhorpegar minha câmera. Como sempre façoquestão de dizer: "Está estressado? Vá fo­tografar!" Vou mesmo... •

Armando Vernaglia Ir. é fttógraft publi­

citdrio e profissor de fttografia. Formado

em publicidade e propaganda pela Faculdade

de Comunicação Social Cdsper Líbero, é auto­

didata na fttografia desde criança.

Page 67: Fotographos_N04

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