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Comunidades de práticas baseadas na web: um estudo de caso no Programa Profuncionário Jocelma Rios IFBA – Dez/2015 Mesa Redonda: Tecnologias, Difusão do Conhecimento e as experiências de formação

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Page 1: Fortec2015 comunidades de práticas baseadas na web um estudo de caso no programa profuncionário

 Comunidades de práticas baseadas na web:

um estudo de caso no Programa Profuncionário

Jocelma RiosIFBA – Dez/2015

Mesa Redonda: Tecnologias, Difusão do Conhecimento e as experiências de formação

Page 2: Fortec2015 comunidades de práticas baseadas na web um estudo de caso no programa profuncionário

AGENDA

• Fundamentos teóricos– Construção do conhecimento– Comunidades de prática

• Problema• Contexto: Programa Profuncionário• Percurso metodológico• Análise preliminar dos dados• Conclusões preliminares

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FUNDAMENTOS TEÓRICOS

Page 4: Fortec2015 comunidades de práticas baseadas na web um estudo de caso no programa profuncionário

CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO

• Biologia do Conhecer– Maturana e

Varela

• Teoria sociohistórica e cultural– Vigotski

Construção do conhecimento

Individual

Coletivo

Empoderamento

Comunidade de prática

Cibercultura

Pertencimento

Engajamento

desejável haver

ocorre no

âmbito

ocorre através dapode

ocorrernuma

Contexto histórico Ideologia

influenciada por

Interação social

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REDES DE COLABORAÇÃO

Variedade de entidades (organizações e pessoas), cujos participantes são em grande

parte autônoma, geograficamente distribuída, e heterogênea em termos de ambiente operacional, cultura, capital social e objetivos, mas colaboram para melhor realização de objetivos comuns.

Camarinha-Matos e Afsarmanesh (2005)

Page 6: Fortec2015 comunidades de práticas baseadas na web um estudo de caso no programa profuncionário

COMUNIDADE DE PRÁTICA

Elementos estruturantes da CdP

A constatação de sua existência

passa pela identificação

desses elementos estruturantes

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MODOS DE PARTICIPAÇÃO

A experiência demonstra outros sentidos...

InformaçãoCooperaçãoColaboraçãoAutogestão

Page 8: Fortec2015 comunidades de práticas baseadas na web um estudo de caso no programa profuncionário

DA CONSTRUÇÃO DA AUTONOMIA À AUTOGESTÃO

Capí

tulo

6

Empoderamento

Pertencimento

Engajamento

Na CdP, considerando esta uma estrutura social, é necessário haver algumas regras de participação comuns a todos – que são as ‘leis’ do coletivo. Tais regras são necessárias para que a CdP se constitua e se mantenha como uma comunidade, mas sem significar rigidez e controle excessivos no modo de agir e pensar de seus integrantes, o que representaria ausência de autonomia.

Page 9: Fortec2015 comunidades de práticas baseadas na web um estudo de caso no programa profuncionário

COMO SABER QUE EXISTE DE FATO UMA COMUNIDADE DE PRÁTICA?

Para que dado agrupamento de pessoas seja considerado uma CdP, é necessário que os indivíduos

que fazem parte dessa comunidade se sintam parte dela, para que

possam tomar parte em seu domínio, ou seja, não basta fazer

parte do coletivo.

Page 10: Fortec2015 comunidades de práticas baseadas na web um estudo de caso no programa profuncionário

DINÂMICA DA PARTICIPAÇÃO NA CDP

Numa CdP, embora seja desejado que prevaleça a colaboração como forma

de atuação, seus integrantes participam de diversos modos, intensidades e frequências, que

varia conforme a motivação perante a situação envolvida, o grau de

engajamento, a capacidade cognitiva e a habilidade necessária para agir. Dependendo do contexto e de como os indivíduos vivenciam a participação,

ela assume diversos sentidos.

Page 11: Fortec2015 comunidades de práticas baseadas na web um estudo de caso no programa profuncionário

PROBLEMA

Page 12: Fortec2015 comunidades de práticas baseadas na web um estudo de caso no programa profuncionário

PROBLEMA

Reduzido envolvimento coletivo e colaborativo da equipe pedagógica na construção do conhecimento voltado ao

planejamento, gestão e desenvolvimento de cursos ofertados

na modalidade de educação a distância, ambientado em espaços

mediados por computador, contrariando a ideia do que propõe a estrutura das

comunidades de prática

Page 13: Fortec2015 comunidades de práticas baseadas na web um estudo de caso no programa profuncionário

QUESTÃO NORTEADORA

O coletivo de pessoas que atuam no Programa

Profuncionário do IFBA constitui-se em uma

comunidade de prática?

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CONTEXTO DA PESQUISA

Page 15: Fortec2015 comunidades de práticas baseadas na web um estudo de caso no programa profuncionário

PROGRAMA PROFUNCIONÁRIO

Programa de Formação Inicial em Serviço dos Profissionais da Educação Básica dos Sistemas Públicos de Ensino -

Portaria Ministerial - 25/2007

Cursos Técnicos na forma Subsequente

1.250 horas (2 anos) Modalidade semipresencial

Rede e-Tec

Foco principal na oferta cursos técnicos

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CURSOS OFERTADOS

• Alimentação Escolar• Infraestrutura Escolar• Multimeios Didáticos• Secretaria Escolar

Page 17: Fortec2015 comunidades de práticas baseadas na web um estudo de caso no programa profuncionário

BarreirasCamaçariDias D’ÁvilaEuclides da CunhaEunápolisFeira de SantanaIlhéusIrecêIpiráJacobina

JequiéJuazeiroPaulo AfonsoPorto SeguroSalvadorSeabraSimões FilhoValençaVitória da

Conquista

POLOS

Page 18: Fortec2015 comunidades de práticas baseadas na web um estudo de caso no programa profuncionário

Coordenação Geral

Coordenação do Curso de Alimentação Escolar

Coordenação do Curso de Infraestrutura Escolar

Coordenação do Curso de Secretaria Escolar

Coordenação do Curso de Multimeios Didáticos

Coordenação de TI Coordenação de Comunicação

Coordenação Administrativa

Financeira

Coordenação Produção de Material

Didático

Coordenação Avaliação Institucional

Coordenação de Ensino

Polo Eunápolis

Polo Vitoria da Conquista

Polo Jequié

Polo Ilhéus

Polo Porto Seguro

Polo Valença

Polo Seabra Polo Irecê Polo

JacobinaPolo

Barreiras

Polo Euclides

da Cunha

Polo Paulo Afonso

Polo Juazeiro Polo Ipirá

Polo Salvador

Polo Camaçari

Polo Simões Filho

Polo Feira de

Santana

Polo Dias D’Ávila

ESTRUTURA ADMINISTRATIVA

Page 19: Fortec2015 comunidades de práticas baseadas na web um estudo de caso no programa profuncionário

FUNCIONAMENTO Polo Salvado

r

Polo Eunápolis

Polo Valença

Polo Jacobina

Polo Ilhéus

Polo Jequié

Polo Irecê

Polo Simões Filho

Polo Barreiras

Polo Juazeiro

Polo Camaçari

Polo Seabra

Polo Vitória

da Conquista

Polo Euclides da Cunha

Polo Ipirá

Polo Feira de Santana

Polo Porto Seguro

Polo Paulo Afonso

Coord. Comunicação

Coord. Avaliação

Institucional

Coord. TI

Coord. Ensino

Coord. Administrativo Financeiro

Coord. Produção

de Material Didático

Coord. MultimeiosDidáticos

Coord. AlimentaçãoEscolar

Coord. Infraestrut.Escolar

Coord. Secretaria Escolar

Polo Dias

D’Ávila

Page 20: Fortec2015 comunidades de práticas baseadas na web um estudo de caso no programa profuncionário

EQUIPE DE TRABALHO - REITORIA

• 9 Coordenadores técnicos• 4 Coordenadores de Curso• 4 Coordenadores Pedagógicos• 82 Professores Pesquisadores• Equipe multidisciplinar• Professores formadores

• 43 apoios técnicos • Áreas: computação, pedagogia, comunicação,

letras, sociologia e antropologia

142 pessoas

Page 21: Fortec2015 comunidades de práticas baseadas na web um estudo de caso no programa profuncionário

EQUIPE DE TRABALHO - POLOS

• 19 Coordenadores de Polo• 13 Auxiliares de coordenação• 86 Professores a Distância• 86 Professores Presenciais• 24 Monitores de informática

228 pessoas

Page 22: Fortec2015 comunidades de práticas baseadas na web um estudo de caso no programa profuncionário

EQUIPE DE TRABALHO - POLOS

• Coordenador de Polo• Assistente de coordenação• 4 ou + professores a distância• 4 ou + professores presenciais• 1 monitor para apoio técnico-computacional

– Além de toda essa equipe, o aluno tem auxílio de todos os demais colaboradores do campus, que envolve a Secretaria Acadêmica – GRA/CORES, a Biblioteca, o setor multidisciplinar dentre

outros

Page 23: Fortec2015 comunidades de práticas baseadas na web um estudo de caso no programa profuncionário

FLUXO DE PROCESSOS DE TRABALHO

PPC

Seleção de equipe

Definição de Coord. de curso

Contratação

Capacitação

Definição de processos de

trabalhoDefinição de comissão para

o PPC

Aprovação CONSUP

Solicitação de

financiamento

Aquisições

Seleção de alunos

Matrícula de alunos Preparação para

início do curso

Modelo IFBA

Page 24: Fortec2015 comunidades de práticas baseadas na web um estudo de caso no programa profuncionário

Execução

AVA

Atividades e Avaliações

Roteiro de aula

Planejamento

Elaboração de material didático

Preparação para início do curso

Videoaula

Análise do livro-texto

Formação da equipe docente

Início das aulas

Supervisão e monitoramento

Relatório final de disciplina

Indicação de pontos de

melhoria para a próxima oferta

FLUXO DE PROCESSOS DE TRABALHOModelo IFBA

Page 25: Fortec2015 comunidades de práticas baseadas na web um estudo de caso no programa profuncionário

FORMAÇÃO DE PROFESSORES

• Curso de extensão em Educação a Distância• A distância• 60 horas• Centrado no Profuncionário• Desenvolvimento da construção colaborativa do conhecimento para o trabalho

=> Cerca de 250 pessoas capacitadas!

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FORMAÇÃO DE PROFESSORES

• Curso de Aperfeiçoamento em Educação a Distância• 1ª etapa – Introdução em Educação a Distância (60 h)

• 2ª etapa – Mediação Pedagógica (60 h)• 3ª etapa – Construção de Objetos de Aprendizagem (60 h)

• 4ª etapa – Gestão da Educação a Distância (60 h)

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PERCURSO METODOLÓGICO

Page 28: Fortec2015 comunidades de práticas baseadas na web um estudo de caso no programa profuncionário

CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA

• Quanto ao objetivo:– Pesquisa descritiva (Estudo de caso)

• Quanto aos procedimentos técnicos:– Levantamento amostral

• Quanto aos procedimentos de análise de dados– Quantitativa

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MÉTODO

Análise do contexto

Caracterização dos sujeitos

Elaboração do instrumento

Estudo e análise teórica

1

1

Aplicação do pré-teste

Aplicação do questionário

Sistematização dos dados

Análise

Page 30: Fortec2015 comunidades de práticas baseadas na web um estudo de caso no programa profuncionário

MARCO TEMPORAL

• Oferta de cursos do Programa Profuncionário 2013-2015

• Coleta de dados sobre perfil da equipe– Ago a Out/2013

• Coleta de dados sobre comunidades de prática– Fev a Mai/2014

Page 31: Fortec2015 comunidades de práticas baseadas na web um estudo de caso no programa profuncionário

CARACTERIZAÇÃO DOS SUJEITOS

• Equipe de trabalho do Programa Profuncionário IFBA– Coordenadores (geral, polo, de curso, pedagógico), assistentes de coordenação, monitores, professores formadores, professores presenciais, professores a distância

– Servidores do IFBA (docentes e técnicos), profissionais da educação, estudantes de pós-graduação

• Cerca de 250 respondentes• Universo aproximadamente igual à amostra• População flutuante

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ANÁLISE PRELIMINAR DOS DADOS COLETADOS

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PERFIL DOS SUJEITOS

• 77,8% não tinham outro vínculo empregatício quando se candidataram ao trabalho

Graduado(a) 62 25.4%Especialista 146 59.8%

Mestre 29 11.9%Doutor(a) 7 2.9%

80%

16%4%

Titulação

Graduado(a)EspecialistaMestreDoutor(a)

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PERFIL DOS SUJEITOS

• Formação em educação a distância

26%

26%27%

20%0% 0%

Disciplina(s) isolada(s)

Extensão

Aperfeiçoamento

Especialização

Mestrado (específico ou através de pesquisa)

Doutorado (específico ou através de pesquisa)

Page 35: Fortec2015 comunidades de práticas baseadas na web um estudo de caso no programa profuncionário

PERFIL DOS SUJEITOS

• Experiência em educação a distânciaUniverso de 244

respondentes

Page 36: Fortec2015 comunidades de práticas baseadas na web um estudo de caso no programa profuncionário

PERFIL DOS SUJEITOS

• Experiência com o Moodle

Page 37: Fortec2015 comunidades de práticas baseadas na web um estudo de caso no programa profuncionário

PERFIL DOS SUJEITOS

• Conhecimento de outras tecnologias

Page 38: Fortec2015 comunidades de práticas baseadas na web um estudo de caso no programa profuncionário

PERFIL DOS SUJEITOS

• Acesso à Internet

Page 39: Fortec2015 comunidades de práticas baseadas na web um estudo de caso no programa profuncionário

PERFIL DOS SUJEITOS

• Conhecimento de outras tecnologias

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INTERAÇÃO ENTRE OS SUJEITOS

• Buscou-se mapear as redes de interação no Programa Profuncionário, envolvendo todos os colaboradores– melhoria do fluxo de informação e, consequentemente, a qualidade do trabalho desenvolvido

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FUNÇÕES REALIZADAS PELOS SUJEITOS

Page 42: Fortec2015 comunidades de práticas baseadas na web um estudo de caso no programa profuncionário

A QUEM VOCÊ PROCURA PARA TIRAR DÚVIDAS?

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CONCLUSÕES PRELIMINARES

Capí

tulo

7

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CONCLUSÕES

• Os pontos de concentração nas redes formadas pela comunidade de prática analisada pode ser considerado devido aos seguintes fatores– Maturidade do grupo estudado– Características pessoais dos indivíduos que formam a comunidade

– Perfil profissional– Estrutura e diretrizes institucionais em construção

– Falta de percepção clara dos papéis de cada ator

– Deficiência na formação

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ALGUMAS CONSIDERAÇÕES

As redes colaborativas, surgem nos ambientes de estudo e trabalho, e se constituem basicamente no envolvimento e comprometimento dos participantes para desenvolver as atividades,sejam

estas de estudo ou trabalho, e enfrentar desafios em conjunto, o que

implica, que, para seu sucesso é imprescindível a existência da

confiança mútua, esforço e dedicação de tempo.

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ALGUMAS CONSIDERAÇÕES

Capí

tulo

7

A APRENDIZAGEM não é algo extrínseco ao indivíduo ou algo que exija algum tipo de adesão; a partir do

engajamento na prática, no processo de interação com o outro, através de compromisso mútuo, de

envolvimento com o coletivo, é que ela se desenvolve.

A compreensão de comunidade na perspectiva da CdP passa pela convivência de um grupo de indivíduos com relações recíprocas, com interesses e objetivos comuns, que se

organizam sob um mesmo conjunto de normas e compartilham crenças, valores, informações, saberes,

artefatos, etc., ou seja uma cultura comum.

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ALGUMAS CONSIDERAÇÕES

Capí

tulo

7

Os modos, intensidades e frequência de participação numa CdP variam conforme a

situação, o grau de interesse e envolvimento do indivíduo perante cada situação, e sobretudo o conhecimento

necessário à ação.

Outras influências: • sentimento de pertencimento, associado ao prévio acolhimento e à identificação do indivíduo com a cultura da CdP

• autoestima e autoconfiança• relações sociais intragrupo, que envolvem a aceitação, respeito e confiança mútua

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OBRIGADA!

Jocelma Almeida [email protected]

IFBA – Dez/2015