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1 Formulário de Referência 2010 Data base: 31 de dezembro de 2009 Data de preenchimento: 30 de junho de 2010 Conforme Anexo 24 à Instrução da Comissão de Valores Mobiliários (“ CVM ”) nº. 480 de 7 de dezembro de 2009 (“ Instrução CVM 480 ”) COMPANHIA DE SANEAMENTO DE MINAS GERAIS COPASA MG Identificação Companhia de Saneamento de Minas Gerais COPASA MG, sociedade de economia mista por ações, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 17.281.106/0001-03, com seus atos constitutivos arquivados na Junta Comercial do Estado de Minas Gerais sob o NIRE 31.300.036.375, registrada como companhia aberta perante a CVM sob o nº 1944-5. Sede A sede da Companhia está localizada na Cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, na Rua Mar de Espanha, 525, CEP 30330-900. Data de registro da Companhia na 17 de setembro de 2003. CVM como companhia aberta Diretoria de Relações com Investidores A Diretoria de Relações com Investidores da Companhia está localizada na Cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, na Rua Mar de Espanha, 525, CEP 30330-900. A responsável por essa diretoria é a Sra. Paula Vasques Bittencourt. O telefone do Departamento de Relações com Investidores é (55**31) 3250.2015, o fax é (55**31) 3250.1409 e o e-mail é [email protected] . Auditores Independentes da Companhia Ernst & Young Auditores Independentes, localizada na Rua Paraíba, 1000 10º Andar - Funcionários CEP: 30130-040 Belo Horizonte MG. Acionista Controlador Estado de Minas Gerais Títulos e Valores Mobiliários Emitidos Ações ordinárias listadas na BM&FBovespa S.A. Bolsa de Valores, Mercadorias e Nos Mercados Domésticos e Internacional Futuros (“BM&FBovespa”) sob o símbolo “CSMG3”. Para informações adicionais ver a seção 18 “Valores Mobiliários” deste Formulário de Referência. Jornais nos quais a Companhia As publicações determinadas pela Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, conforme Realiza publicação de informações alterada (“Lei das Sociedades por Ações ”), são realizadas no Diário Oficial do Estado de Minas Gerais, no jornal Estado de Minas Gerais e no jornal Valor Econômico. Website O website da Companhia é http://www.copasa.com.br . As informações constantes da página na rede mundial de computadores ( website na Internet) da Companhia não são parte integrante deste Formulário de Referência. Atendimento aos acionistas O atendimento aos acionistas da Companhia é efetuado pelo Banco do Brasil. Avenida Afonso Pena, 1964, 1º andar, Centro, Belo Horizonte, MG, Brasil, CEP 30130-005, T elefone (031) 32487959, Fax (021) 38086088, E-mail [email protected]. Informações Adicionais Quaisquer outras informações ou esclarecimentos sobre a Companhia poderão ser obtidos com a Companhia, em sua sede social ou no website (www.copasa.com.br/ri ).

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1

Formulário de Referência 2010

Data base: 31 de dezembro de 2009

Data de preenchimento: 30 de junho de 2010

Conforme Anexo 24 à Instrução da Comissão de Valores Mobiliários (“ CVM”) nº. 480 de 7 de dezembro de 2009 (“ Instrução CVM 480”)

COMPANHIA DE SANEAMENTO DE MINAS GERAIS – COPASA MG

Identificação Companhia de Saneamento de Minas Gerais – COPASA MG, sociedade de economia mista por

ações, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 17.281.106/0001-03, com seus atos constitutivos arquivados na Junta Comercial do Estado de Minas Gerais sob o NIRE 31.300.036.375, registrada como

companhia aberta perante a CVM sob o nº 1944-5. Sede A sede da Companhia está localizada na Cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, na

Rua Mar de Espanha, 525, CEP 30330-900.

Data de registro da Companhia na 17 de setembro de 2003. CVM como companhia aberta

Diretoria de Relações com Investidores A Diretoria de Relações com Investidores da Companhia está localizada na Cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, na Rua Mar de Espanha, 525, CEP 30330-900. A responsável por essa diretoria é a Sra. Paula Vasques Bittencourt. O telefone do Departamento de Relações

com Investidores é (55**31) 3250.2015, o fax é (55**31) 3250.1409 e o e-mail é [email protected].

Auditores Independentes da Companhia Ernst & Young Auditores Independentes, localizada na Rua Paraíba, 1000 – 10º Andar -

Funcionários – CEP: 30130-040 – Belo Horizonte – MG. Acionista Controlador Estado de Minas Gerais

Títulos e Valores Mobiliários Emitidos Ações ordinárias listadas na BM&FBovespa S.A. – Bolsa de Valores, Mercadorias e Nos Mercados Domésticos e Internacional Futuros (“BM&FBovespa”) sob o símbolo “CSMG3”. Para informações adicionais ver a seção 18

– “Valores Mobiliários” deste Formulário de Referência.

Jornais nos quais a Companhia As publicações determinadas pela Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, conforme Realiza publicação de informações alterada (“Lei das Sociedades por Ações”), são realizadas no Diário Oficial do Estado de Minas

Gerais, no jornal Estado de Minas Gerais e no jornal Valor Econômico.

Website O website da Companhia é http://www.copasa.com.br. As informações constantes da página na rede mundial de computadores (website na Internet) da Companhia não são parte integrante deste Formulário de Referência.

Atendimento aos acionistas O atendimento aos acionistas da Companhia é efetuado pelo Banco do Brasil. Avenida Afonso

Pena, 1964, 1º andar, Centro, Belo Horizonte, MG, Brasil, CEP 30130-005, Telefone (031) 32487959, Fax (021) 38086088, E-mail [email protected].

Informações Adicionais Quaisquer outras informações ou esclarecimentos sobre a Companhia poderão ser obtidos com a

Companhia, em sua sede social ou no website (www.copasa.com.br/ri).

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Formulário de Referência 2010

COMPANHIA DE SANEAMENTO DE MINAS GERAIS – COPASA MG

1. Identificação das pessoas responsáveis pelo conteúdo do formulário

1.1 Declaração do Presidente e da Diretora Financeira e de Relações com Investidores Declaramos, para os fins da Instrução CVM nº. 480, de 07 de dezembro de 2009, que: (a) revimos o Formulário de Referência ora apresentado; (b) as informações contidas no referido Formulário atendem ao disposto na Instrução CVM nº. 480 de 2009, em especial aos seus artigos 14 a 19; e (c) no nosso melhor entendimento, o conjunto de informações contido neste documento é um retrato verdadeiro, preciso e completo da situação econômico-financeira do emissor e dos riscos inerentes às suas atividades e dos valores mobiliários por ele emitidos.

Belo Horizonte, 30 de junho de 2010.

Diretor Presidente Ricardo Augusto Simões Campos

Diretora Financeira e de Relações com Investidores Paula Vasques Bittencourt

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Formulário de Referência 2010

2. Auditores

Encerrado em 2007 Encerrado em 2008 Encerrado em 2009

2.1.a Nome

Empresarial

Delo itte Touche Thomatsu

Auditores Independentes .

Ernst & Young

Auditores

Independentes.

Ernst & Young

Auditores

Independentes.

2.1.b Res ponsáveis

CPF

Dados para contato

Walmir Bolgheroni

012.725.828-09

[email protected]

(31) 3269-7400.

João Ricardo P. Costa

722.071.677-04

[email protected]

(31) 3055-7788.

João Ricardo P. Costa

722.071.677-04

[email protected]

(31) 3055-7788.

2.1.c Data da

contratação dos

serviços

31/7/2006. 13/3/2008. 13/3/2008.

2.1.d Descrição dos

serviços

Auditoria das

demonstrações contábeis

individuais para o

exercício de 2007, revisão

das ITRs e revisão da

DIPJ.

Auditoria das

demonstrações

contábeis consolidadas

para o exercício de

2008, revisão das ITRs

e revisão da DIPJ.

Auditoria das

demonstrações

contábeis consolidadas

para o exercício de

2009, revisão das ITRs

e revisão da DIPJ.

2.1.e. Substituição do

auditor Não aplicável. Sim. Não aplicável.

2.1.e .i.justificativa da

substituição Não aplicável.

Cumprimento da

Instrução CVM 308/99. Não aplicável.

2.1.e .ii) razões do

auditor pela

discordância da

justificativa da

substituição

Não aplicável. Não aplicável. Não aplicável.

2.2. Valor contratado

para o exercício R$ 629.061,00. R$ 627.000,00. R$ 706.432,00.

2.3. Outras

informações Não aplicável. Não aplicável. Não aplicável.

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Formulário de Referência 2010

3 Informações financeiras selecionadas

3.1. Com base nas demonstrações financeiras ou, quando o emissor estiver obrigado a divulgar

informações financeiras consolidadas, com base nas demonstrações financeiras consolidadas,

elaborar tabela informando:

Informações financeiras consolidadas 31/12/2009 31/12/2008 31/12/2007

Patrimônio líquido (R$/mil) 3.731.416 3.386.347 3.511.358

Ativo total (R$/mil) 6.922.794 6.365.445 5.764.967

Receita líquida (R$/mil)* 2.202.230 2.060.206 1.863.476

Resultado bruto (R$/mil) 1.174.415 1.106.163 977.349

Resultado líquido (R$/mil) 525.306 274.153 329.323

Número de ações, ex-tesouraria (unidades) 114.929.328 114.795.524 114.794.772

Valor patrimonial da ação 22,86 22,85 30,58

Resultado líquido por ação (R$) 4,57 2,39 2,87 * Excluída as receitas de construção.

3.2. Caso o emissor tenha divulgado, no decorrer do último exercício social, ou deseje divulgar

neste formulário medições não contábeis, como Lajida (lucro antes de juros, impostos,

depreciação e amortização) ou Lajir (lucro antes de juros e imposto de renda), o emissor

deve:

a) informar o valor das medições não contábeis

EBITDA dos Últimos Exercícios

Cálculo do EBITDA Consolidado (R$/mil) 2009 2008(2)

2007

(+) Receita Líquida de Água e Esgoto 2.202.230 2.060.206 1.863.476

(+) Outras Receitas Operacionais 159.254 43.866 33.657

(=) Receita Líquida de Serviços 2.361.484 2.104.072 1.897.133

(-) Custos Operacionais, comerciais e admin istrativos (1.549.542) (1.464.686) (1.293.255)

(-) Outras despesas operacionais (141.988) (300.224) (160.103)

(=) Custos + Des pesas totais (1.691.530) (1.764.910) (1.453.358)

(=) Lucro Operacional 669.954 339.162 443.750

(+) Depreciações e amortizações 264.738 269.104 222.337

EBITDA 934.692 608.266 666.087

Margem EBITDA (% ) 39,58% 28,91% 35,11%

(2) O EBITDA divulgado quando da publicação dos resultados de 2008, foi alterado para contemplar ajustes de exercícios anteriores no valor

de R$ 216,8 milhões. Esse valor se refere ao reconhecimento de valores do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) , Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), Taxa de Fiscalização e outros, constituídos no âmbito dos processos tributários judiciais e administrativos, devidos pela COPASA ao Município de Belo Horizonte, com os acréscimos legais. Maiores detalhes ver notas explicativas das Demonstrações Financeiras dos exercício de 2008.

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Formulário de Referência 2010

No entanto, se desconsiderarmos os itens não recorrentes em 2009 (alienação de ativos para a

COPANOR e o impacto “líquido” na receita devido ao Parcelamento de Débito Fiscal), o item não

recorrente de 2008 (Termos de Transação e de Compensação com o Município de Belo Horizonte) e as

provisões tributárias para o ano de 2007, o EBITDA ajustado para esses anos seria:

EBITDA Ajustado dos Últimos Exercícios

Cálculo do EBITDA Ajustado (Consolidado - R$ Mil) 2009 2008 2007

EBITDA 934.692 608.266 666.087

Margem EBITDA (% ) 39,58% 28,91% 35,11%

Itens não recorrentes de 2009

(-) Lucro na alienação de bens para a COPANOR (6.080)

(-) Impacto “líquido” na receita devido ao Parcelamento de Débito Fiscal (4.908)

EBITDA Ajustado de 2009 923.704

Margem EBITDA 39,12%

Itens não recorrentes de 2008

(+) Termos de Transação e de Compensação com a PBH 216.765

EBITDA Ajustado de 2008 825.031

Margem EBITDA 39,21%

Itens não recorrentes de 2007

(+) Provisão tributária referente a créd ito de IPI 64.604

(+)Provisão tributária referente a PIS/PASEP e Cofins 32.279

EBITDA Ajustado de 2007 762.970

Margem EBITDA (% ) 40,22%

Conciliação do EBITDA ao Lucro Líquido

R$/Mil 2009 2008 2007

EBITDA 934.692 608.266 666.087

Imposto de renda e contribuição social -148.221 -110.672 -142.042

Amort ização e depreciação -264.738 -269.104 -222.337

Participações nos lucros e resultados -34.546 -24.612 -20.821

Resultado Financeiro 11.205 52.899 48.411

Receita de Construção 26.914 17.375

Receitas (despesas) não operacionais líquidas 25

Lucro Líquido 525.306 274.152 329.323

b) explicar o motivo pelo qual entende que tal medição é mais apropriada para a

correta compreensão da sua condição financeira e do resultado de suas operações

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Formulário de Referência 2010

O cálculo do EBITDA realizado pela Companhia representa a receita líquida de vendas e/ou serviços,

deduzidos os custos dos serviços prestados, as despesas comerciais, despesas administrativas, e outras

despesas operacionais, somado a reversão de depreciações e amortizações e desconsiderando-se as

receitas e despesas de construção, que passaram a ser contabilizadas a partir da adoção dos CPCs

emitidos até 31/12/2009 em convergência para o International Financial Reporting Standards - IFRS, e

que fazem parte das demonstrações financeiras dos exercícios de 2009 e 2008.

A Companhia entende que o EBITDA não deve ser considerado como uma alternativa ao lucro

(prejuízo) líquido, como um indicador de nosso desempenho operacional, ou como uma alternativa de

fluxo de caixa ou um indicador de liquidez. O EBITDA não é uma medida reconhecida pelas Práticas

Contábeis Adotadas no Brasil, podendo ser definido e calculado de maneiras diferentes por diferentes

empresas. A Margem EBITDA é calculada sobre a Receita Líquida de Serviços.

3.3. Identificar e comentar qualquer evento subsequente às últimas demonstrações financeiras de

encerramento de exercício social que as altere substancialmente

A COPASA MG apresentou suas demonstrações financeiras encerradas em 31 de dezembro de 2009 em

convergência para o IFRS, aplicando todos os Comitês de Pronunciamentos Contábeis – CPCs emitidos

até 31/12/2009. Um desses Pronunciamentos, o CPC 23 - Políticas Contábeis, Mudanças de Estimativa

e Retificação de Erro (Deliberação CVM 592/09 correlacionada ao IAS 8) define critério para a seleção

e mudanças de políticas e estimativas contábeis, bem como o tratamento contábil e a divulgação de

mudanças e estimativas contábeis e o tratamento de retificação de erros, bem como estes devem ser

adotados de forma consistente nas demonstrações financeiras consolidadas e como devem ser

reconhecidos e divulgados nas demonstrações financeiras onde ocorram mudanças nas estimativas e

identificação de erros.

Em observação ao CPC 23, a Companhia reapresentou as demonstrações financeiras encerradas em 31

de dezembro de 2008, publicadas originalmente em 28 de março de 2009, tendo em vista que foi

identificado pela Companhia um erro na avaliação de provisão para contingências relativas ao Imposto

sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN em Belo Horizonte. Após a identificação do erro, a

Companhia iniciou processo de negociação com o Município de Belo Horizonte, que resultou em

acordo entre as partes com redução de multa e juros e parcelamento da dívida.

Os ajustes resultaram no aumento do passivo não circulante no valor de R$ 216,7 milhões e

considerando-se os benefícios fiscais de R$ 69,2 milhões, o impacto no resultado e que reduziu o

patrimônio líquido de 2008 foi de R$ 147,4 milhões.

3.4. Descrever a política de destinação dos resultados dos 3 últimos exercícios sociais,

indicando:

a. regras sobre retenção de lucros

De acordo com a Lei das S/As em cada Assembleia Geral Ordinária - AGO, deve ser deliberada a

destinação do lucro líquido. Assim sendo, a Companhia submete à apreciação do Conselho de

Administração a proposta de destinação do lucro líquido, para que este analise e recomende à

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Formulário de Referência 2010

deliberação da AGO a destinação do lucro líquido auferido no exercício social anterior, com base nas

demonstrações financeiras. Para fins da Lei das Sociedades por Ações, o lucro líquido de uma

companhia é definido como o resultado do exercício social, deduzido o imposto de renda e a

contribuição social sobre o lucro líquido para o referido exercício social, líquido de quaisquer prejuízos

acumulados de exercícios sociais anteriores e de quaisquer valores destinados ao pagamento de

participação de empregados e administradores nos lucros, se aplicável.

Os lucros líquidos podem ser destinados às reservas de lucros e ao pagamento de div idendos ou juros

sobre o capital próprio. No que se refere à formação de reservas, a Companhia tem constituído duas

principais contas de reservas – as reservas de lucros e as reservas de capital.

Reservas de Lucros: compreendem a reserva legal, a reserva de lucros a realizar, a “Reserva legal”. De

acordo com a Lei das Sociedades por Ações, devemos manter reserva legal, para a qual devemos

destinar 5,0% do lucro líquido apurado em cada exercício social, até que o valor da reserva seja igual a

20,0% do capital social. Não obstante, não somos obrigados a fazer qualquer destinação à reserva legal

com relação a qualquer exercício social em que o saldo dessa reserva legal, quando acrescido às

reservas de capital constituídas, exceder 30,0% do capital social. Eventuais prejuízos líquidos poderão

ser levados a débito da reserva legal.

Os valores destinados à reserva legal não estarão disponíveis para pagamento de dividendos. A reserva

legal pode ser utilizada para aumentar nosso capital social. Em 31 de dezembro de 2009, o saldo da

nossa reserva legal era de R$ 26,3 milhões.

Reserva de lucros a realizar: de acordo com a Lei das Sociedades por Ações, no exercício social em

que o valor do dividendo obrigatório ultrapassar a parcela realizada do lucro líquido, o excesso poderá

ser destinado à constituição de reserva de lucros a realizar. Nos termos da Lei das Sociedades por

Ações, considera-se realizada a parcela do lucro líquido do exercício que exceder a soma dos seguintes

valores: (i) o resultado líquido positivo da equivalência patrimonial; e (ii) o lucro, ganho ou rendimento

em operações cujo prazo de realização financeira ocorra após o término do exercício social seguinte. Os

lucros registrados na reserva de lucros a realizar, quando realizados e se não tiverem sido absorvidos

por prejuízos em exercícios subsequentes, deverão ser acrescidos ao primeiro dividendo declarado após

a sua realização. Em 31 de dezembro de 2009, não possuíamos reserva de lucros a realizar.

Reserva para contingências: de acordo com a Lei das Sociedades por Ações, parte do lucro líquido

poderá ser destinada à reserva para contingências com a finalidade de compensar, em exercício futuro, a

diminuição do lucro decorrente de perda julgada provável, cujo valor possa ser estimado. Qualquer

valor assim destinado em exercício anterior deverá ser revertido no exercício social em que se verifique

que a perda prevista não virá, de fato, a ocorrer, ou deverá ser cancelado e baixado na hipótese de a

perda prevista efetivamente ocorrer. Em 31 de dezembro de 2009, não possuíamos reserva para

contingências.

Reserva de retenção de lucros: de acordo com a Lei das Sociedades por Ações, a Assembleia Geral

poderá, por proposta da administração, deliberar reter parcela do lucro líquido do exercício prevista em

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Formulário de Referência 2010

orçamento de capital, previamente aprovado pela nossa Assembleia Geral, o qual poderá ter duração de

até cinco exercícios, e deverá indicar todas as fontes de nossos recursos e aplicações de capital, fixo ou

circulante, devendo ser revisado anualmente pela Assembleia Geral Ordinária, caso tenha duração

superior a um exercício social. Em 31 de dezembro de 2009, o saldo da nossa reserva de retenção de

lucros era de R$ 979,4 milhões.

Reservas de Capital: as reservas de capital consistem em reserva de ágio na emissão de ações, prêmio

na emissão de debêntures, incentivos fiscais, doações e subvenções para investimentos, conforme

permitido pela legislação em vigor. As quantias destinadas à reserva de capital não são consideradas

para efeito da determinação do dividendo obrigatório. Em 31 de dezembro de 2009, o saldo de nossas

reservas de capital era de R$ 3,8 milhões.

b. regras sobre distribuição de dividendos

A Lei das Sociedades por Ações, de modo geral, exige que o estatuto social de cada companhia

determine um percentual mínimo de valores disponíveis para distribuição por tal sociedade para cada

exercício social que pode ser distribuído aos acionistas sob a forma de dividendos, também conhecido

como dividendo obrigatório.

O dividendo obrigatório é baseado em percentual sobre o lucro líquido ajustado, ao invés de um valor

fixo por ação. Caso o estatuto social de uma companhia não determine o percentual, este será de 50%.

A COPASA MG, conforme definido em seu Estatuto Social, destinará aos acionistas, como dividendo

anual mínimo obrigatório, a parcela correspondente a, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) do

lucro líquido, calculado sobre o saldo obtido com as deduções e acréscimos previstos no Artigo 202, I,

II e III da Lei das Sociedades por Ações.

Tal distribuição poderá ocorrer por meio de Juros Sobre o Capital Próprio - JCP, os quais poderão ser

imputados ao dividendo mínimo obrigatório, e dessa forma tratados como despesa dedutível para fins

de Imposto de Renda sobre a Pessoa Jurídica - IRPJ e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido -

CSLL.

No entanto, para ser considerado como despesa dedutível para fins de IRPJ e CSLL, o cálculo deve ser

realizado sobre as contas do patrimônio líquido e limitados à variação pro rata dia da Taxa de Juros de

Longo Prazo – TJLP. Essa dedução fica, de modo geral, limitada em qualquer exercício em particular

ao maior entre os seguintes valores:

50,0% do lucro líquido (após a dedução das provisões de contribuição social sobre o lucro

líquido incidentes sobre o lucro líquido, mas antes de se levar em conta a provisão de imposto

sobre a renda e de juros sobre o capital próprio) no período com relação ao qual o pagamento

seja efetuado; e

50,0% da soma dos lucros acumulados e das reservas de lucros no início do exercício com

relação ao qual o pagamento seja efetuado.

O Estatuto Social da COPASA MG estabelece ainda, que a Companhia poderá levantar balanços

semestrais e/ou trimestrais, podendo com base neles declarar, por deliberação do Conselho de

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Formulário de Referência 2010

Administração, dividendos intermediários e intercalares ou juros sobre o capital próprio. Os dividendos

intermediários e intercalares e juros sobre o capital próprio previstos poderão ser imputados ao

dividendo mínimo obrigatório.

Os valores declarados como JCP/dividendos, caso não sejam reclamados dentro do prazo de 3 (três)

anos após a data em que forem colocados à disposição dos acionistas, serão revertidos em favor da

Companhia.

A Companhia limitou-se a distribuir em 2007 os valores mínimos estatutários no exercício de 2007. No

exercício de 2008 foi instituída a Política de Dividendos da Companhia que definiu os percentuais do

lucro que seriam distribuídos como JCP/dividendos para os anos de 2008 e 2009, assim como para os

exercícios de 2010 e subsequentes, conforme descritos a seguir:

Exercício de 2007

Foram distribuídos os dividendos na forma de JCP no percentual correspondente aos mínimos

estatutários. O total de JCPs imputados aos dividendos mínimos obrigatórios, referentes ao exercício foi

de R$ 79,2 milhões ou R$ 0,69 por ação.

Exercício de 2008

Foram distribuídos os dividendos na forma de JCP no percentual de 30% (trinta por cento) do lucro

líquido, ajustado pela diminuição ou acréscimo dos valores especificados nos incisos I, II e III do

Artigo 202 da Lei no 6.404/76. O total de JCPs imputados aos dividendos mínimos obrigatórios,

referentes ao exercício R$ 115,8 milhões ou R$ 1,01 por ação.

Exercício de 2009

Foram distribuídos os dividendos na forma de JCP no percentual correspondente a 35% (trinta por

cento) do lucro líquido, ajustado pela diminuição ou acréscimo dos valores especificados nos incisos I,

II e III do Artigo 202 da Lei no 6.404/76. O total de JCPs imputados aos dividendos mínimos

obrigatórios, referentes ao exercício de 2009 totalizou R$ 172,4 milhões ou R$ 1,50 por ação.

Exercício de 2010 e Subsequentes

A Política de Dividendos da Companhia prevê a distribuição de JCP, imputados aos dividendos

mínimos obrigatórios, correspondente a 50% (cinquenta por cento) do lucro líquido ajustado pela

diminuição ou acréscimo dos valores especificados nos incisos I, II e III do Artigo 202 da Lei no

6.404/76 para o exercício de 2010. A distribuição se dará trimestralmente, tendo como base de cálculo o

lucro líquido real apurado nos dois primeiros meses do trimestre, acrescido da estimativa para o último

mês do trimestral.

Eventuais diferenças entre o lucro esperado e o efetivamente realizado nos três primeiros trimestres do

ano serão ajustadas no balanço de encerramento do exercício de 2010, de forma que seja assegurado aos

acionistas o montante de 50% do lucro líquido ajustado conforme o Artigo 202 da Lei das S/As.

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Formulário de Referência 2010

O pagamento dos JCP/dividendos se dará no prazo de até 60 dias após a aprovação da distribuição pelo

Conselho de Administração, à exceção do montante relativo ao quarto trimestre que terá a data de

pagamento definida na Assembleia Geral de Acionistas que aprovar as Demonstrações Financeiras do

exercício.

Respeitada a legislação e o Estatuto Social da Companhia, o Conselho de Administração poderá propor

à Assembleia Geral de Acionistas uma redução nos percentuais de JCP/dividendos a serem distribuídos

no exercício de 2010, caso a situação financeira da Empresa, suas perspectivas futuras, suas estratégias

de investimento, as condições macroeconômicas e outros fatores considerados relevantes, assim o

recomendarem.

Para os próximos exercícios, caberá ao Conselho de Administração a definição do percentual a ser

distribuído aos acionistas após a avaliação dos resultados da Companhia, suas perspectivas de

investimento e o desempenho do Programa de Expansão de Mercado. Tal definição deverá ocorrer até o

encerramento do primeiro trimestre de cada um dos exercícios o Conselho de Administração.

Esse percentual a ser proposto será de no máximo 50% e sua distribuição se dará trimestralmente, tendo

como base de cálculo o lucro líquido real apurado nos dois primeiros meses do trimestre acrescido da

estimativa para o último mês do trimestre.

c. Periodicidade das distribuições de dividendos

2007 – A Política de Dividendos da Companhia seguiu as regras da Lei das S/As. No entanto, as

distribuições foram antecipadas, e a data de pagamento foi definida pela Assembleia Geral de

Acionistas que aprovou as Demonstrações Financeiras do exercício.

2008 - A Política de Dividendos da Companhia seguiu as regras da Lei das S/As. No entanto, as

distribuições foram antecipadas ao longo do exercício, e a data de pagamento foi definida pela

Assembleia Geral de Acionistas que aprovou as Demonstrações Financeiras do exercício.

2009 – A Política de Dividendos instituída da Companhia definiu que o pagamento dos dividendos

deveria ocorrer no prazo de até 60 (sessenta) dias após a aprovação da distribuição pelo Conselho de

Administração, à exceção do montante relativo ao quarto trimestre, cuja data de pagamento foi definida

na Assembleia Geral de Acionistas que aprovou as Demonstrações Financeiras do exercício.

2010 – A Política de Dividendos instituída da Companhia definiu que o pagamento dos dividendos

deveria ocorrer no prazo de até 60 (sessenta) dias após a aprovação da distribuição pelo Conselho de

Administração, à exceção do montante relativo ao quarto trimestre que cuja data de pagamento definida

na Assembleia Geral de Acionistas que aprovar as Demonstrações Financeiras do exercício. Eventuais

diferenças entre o lucro esperado e o efetivamente realizado nos três primeiros trimestres do ano serão

ajustadas no balanço de encerramento do exercício de 2010, de forma que seja assegurado aos

acionistas o montante de 50% do lucro líquido ajustado conforme o Artigo 202 da Lei das S/As.

d. eventuais restrições à distribuição de dividendos impostas por legislação ou

regulamentação especial aplicável ao emissor, assim como contratos, decisões

judiciais, administrativas ou arbitrais

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Formulário de Referência 2010

3.5. Em forma de tabela, indicar, para cada um dos 3 últimos exercícios sociais:

Lucro e Dividendos

. 31/12/2009 31/12/2008 31/12/2007

Lucro líquido do exercício 525.306 260.331 329.323

(-) receitas de doações para investimento (R$ mil) 0 0 0

(-) 5% reserva legal (R$ mil) 26.265 20.389 16.466

(=) Lucro líquido ajustado para fins de dividendos (R$ mil) 499.041 239.942 312.857

Juros sobre o capital próprio (R$ mil) 172.351 101.416 79.208

Percentual de dividendo por lucro líquido ajustado (%) 34,53 42,27 25,32

Dividendo distribuído por classe e espécie de ações (R$,00) 1,50 1,01 0,69

Data do pagamento do dividendo Vide nota 1 30/04/2009 09/05/2008

Taxa de retorno em relação ao patrimônio líquido (%) 9,4% 8,1% 14,0%

Lucro líquido retido (em R$ milhões) 319.733 122.831 233.649

Data da aprovação da retenção 27/04/2010 28/04/2009 24/04/2008

Nota 1 - Os pagamentos dos valores referentes ao exercício de 2009 ocorreram em 26/05/2009, 20/08/2009, 19/11/2009 e 29/04/2010.

3.6. Informar se, nos 3 últimos exercícios sociais, foram declarados dividendos a conta de

lucros retidos ou reservas constituídas em exercícios sociais anteriores

Não houve distribuição de dividendos à conta de lucros retidos ou reservas constituídas em exercícios

sociais anteriores.

3.7. Em forma de tabela, descrever o nível de endividamento do emissor, indicando:

a. montante total de dívida, de qualquer natureza:

O quadro a seguir demonstra a dívida bruta e líquida decorrente dos financiamentos e empréstimos da

Companhia em 31 de dezembro de 2009, 2008 e 2007:

Dívida Bruta e Líquida

R$ mil 2009 2008 2007

Dívida Bruta 2.061.961 1813.149 1.634.482

Dívida Líquida 1.646.609 1.022.113 644.575 Dívida Bruta= financiamentos bancários + debêntures + financiamento com a Cemig e Previminas. Dívida líquida = dívida Bruta menos disponibilidades

b. índice de endividamento (passivo circulante + não circulante, dividido pelo patrimônio

líquido):

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Formulário de Referência 2010

O quadro abaixo demonstra o índice de endividamento consolidado decorrente dos empréstimos e

financiamentos da Companhia em 31 de dezembro de 2009, 2008 e 2007:

Índice de Endividamento

R$/Mil 31/12/2009 31/12//2008 31/12/2007

Passivo Circulante 201.209 177.888 144.363

Passivo Não Circulante 1.708.742 1.461.922 1.311.149

Patrimônio Líqu ido 3.731.416 3.803.301 3.511.358

Índice de Endividamento 51,20% 43,12% 41,45%

c. caso o emissor deseje, outro índice de endividamento, indicando:

Não se aplica.

i. o método utilizado para calcular o índice:

Não se aplica.

ii. o motivo pelo qual entende que esse índice é apropriado para a correta

compreensão da situação financeira e do nível de endividamento do emissor:

Não há outro índice.

3.8. Em forma de tabela, separando por dívidas com garantia real, dívidas com garantia

flutuante e dívidas quirográficas, indicar o montante de obrigações

R$ mil em 31/12/2009 a. Inferior a 1 ano b. Superior a 1 ano e

inferior a 3 anos

c. Superior a 3 anos e

inferior a 5 anos

d. Superior

a 5 anos

Flutuante 488.317 68.771.156 65.195.816

Real 200.707.048 462.921.247 432.783.931 678.751.724

Quirográficas 26.485.014 48.367.587 16.183.317 61.572.355

Total 227.680.379 580.059.991 514.163.065 740.324.079

3.9. Fornecer outras informações que o emissor julgue relevantes

Todas as informações importantes foram reportadas nos devidos tópicos desse relatório.

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Formulário de Referência 2010

4. Fatores de risco

4.1. Descrever fatores de risco que possam influenciar a decisão de investimento, em

especial, aqueles relacionados:

a. ao emissor

Não podemos antecipar os efeitos que a nova lei do setor de saneamento básico terá na

Companhia.

Em 8 de janeiro de 2007, a Lei n° 11.445/07 foi promulgada para estabelecer as diretrizes gerais, em âmbito

nacional, para o setor de saneamento básico no Brasil e para a política federal de saneamento básico. Há

incertezas relativas à nova lei federal do setor de saneamento básico, como ela será regulamentada em âmbito

federal, estadual e/ou municipal, conforme aplicável, ou ainda sobre como ela será interpretada judicialmente,

principalmente no que diz respeito à exigência de uma autoridade regulatória para o setor de saneamento básico, a

restrições ou imposições com relação a planos de investimentos, a regras para a regulação tarifária, bem como à

estrutura que será empregada para os novos contratos de outorga de serviços públicos de saneamento básico a

serem celebrados de acordo com a nova lei. Em março de 2008, a Procuradoria Geral da República propôs uma

ação direta de inconstitucionalidade - ADIN 4058 em face do art. 58 da Lei nº. 11.445/07, a qual permitiu que as

concessões em caráter precário, com prazo vencido ou por prazo indeterminado pudessem ser prorrogadas por

prazo adicional até 31 de dezembro de 2010, desde que cumpridos alguns requisitos ali previstos. Caso tal ação

venha a ser julgada procedente, a prorrogação de nossas Concessões poderá ser afetada.

Além disso, a Lei n° 11.445/07 determina que as partes contratantes estabeleçam o montante da indenização no

contrato relativo a créditos remanescentes do investimento que não tiverem sido amortizados no caso de

concessões em caráter precário, com prazo vencido ou indeterminado, que não possuam instrumento que as

formalize ou que possuam cláusula que preveja prorrogação. Caso não haja qualquer acordo entre as partes

relativo ao pagamento de créditos remanescentes de investimentos não amortizados, se subsistir concessão com

as características acima mencionadas, a nova lei federal prevê uma cláusula de descumprimento contratual, ou

seja, que a avaliação do investimento seja feita por um expert independente com base no valor econômico ou

reavaliação do valor contábil do investimento. Não podemos antecipar os efeitos que a nova lei terá no

montante e na execução do direito à indenização em juízo e como os tribunais brasileiros aplicarão as

disposições da Lei n° 11.445/07. Caso nossos investimentos não sejam avaliados da forma como entendemos

devida nesses casos, poderemos receber montantes inferiores aos previstos, o que poderá afetar adversamente

nossa situação financeira.

Os municípios com os quais firmamos Contratos de Concessão poderão optar por não renová-los

ou impor condições onerosas para as suas renovações, o que poderá afetar adversamente nossos

negócios e resultados operacionais.

Com a publicação da Lei Federal de Saneamento Básico, nossa política tem sido, via de regra,

renovarmos nossas Concessões existentes mediante a celebração de contratos de programa entre nós e

os municípios, no âmbito de convênios de cooperação celebrados entre município e Estado. De acordo

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Formulário de Referência 2010

com a legislação vigente, os municípios podem, embora não estejam obrigados, a dispensar a realização

de licitação para a celebração de contratos de programa conosco.

No passado, apenas o Município de Muriaé optou por não renovar seu Contrato de Concessão conosco.

Caso um número significativo de municípios ou algum município que represente percentual relevante

de nossa receita opte por não renovar suas Concessões, ou imponha condições onerosas para essas

renovações, nossas receitas e fluxo de caixa poderão ser afetados.

Nossos Contratos de Concessão poderão ser rescindidos unilateralmente em determinadas

circunstâncias.

A prestação dos serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário depende de

concessões específicas outorgadas pelo poder público. As Concessões por nós detidas são outorgadas

pelos municípios onde prestamos nossos serviços, por meio da celebração de Contratos de Concessão.

Em virtude de certas prerrogativas que lhes são atribuídas como poder concedente, os municípios têm o

direito de rescindir unilateralmente os Contratos de Concessão antes de seu termo final, em caso de

relevante interesse de ordem pública, prerrogativa conhecida como encampação de serviços. Os

municípios também podem recorrer à via judicial para resolver qualquer questão relacionada às suas

Concessões e também podem rescindir unilateralmente seus respectivos contratos por motivo de

eventual descumprimento contratual por nós, prerrogativa conhecida como declaração de caducidade.

Em ambas as hipóteses, os municípios estarão obrigados a nos indenizar pelos investimentos vinculados

aos bens reversíveis ainda não depreciados ou amortizados e, também, na hipótese de encampação,

pelos danos que comprovadamente incorrermos em função de tal revogação, observado que, na hipótese

de caducidade, estaremos sujeitos à imposição de eventuais penalidades contratuais.

O exercício dos direitos de rescisão unilateral de Contratos de Concessão por um número significativo

de municípios ou a resolução insatisfatória das indenizações poderão afetar, adversa e

significativamente, os nossos negócios, fluxo de caixa e resultado operacional.

Ademais, nossa Companhia opera os serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário no

Município de Belo Horizonte com base no Convênio de Cooperação com o Município de Belo

Horizonte, o qual dispõe sobre a prestação compartilhada por essas partes de referidos serviços.

Entendemos que o Convênio de Cooperação com o Município de Belo Horizonte também está sujeito

aos riscos de término antecipado e questões referentes à indenização descritas neste fator de risco. Além

disso, tal convênio perderá sua eficácia caso o Estado de Minas Gerais deixe de deter o controle

acionário e/ou o poder de gestão sobre nós. O término antecipado do Convênio de Cooperação com o

Município de Belo Horizonte pode afetar adversa e significativamente nossos negócios, fluxo de caixa e

resultado operacional.

Os municípios podem determinar a obrigatoriedade da realização de processos de licitação para

outorgar novas concessões, os quais podem nos sujeitar a condições menos vantajosas e nos afetar

adversamente.

Todas as nossas Concessões foram outorgadas sem que houvesse um processo de licitação, o que

representou uma vantagem competitiva para o nosso crescimento. De acordo com a legislação vigente,

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Formulário de Referência 2010

entendemos que os municípios têm a faculdade de, a seu exclusivo critério, determinar a observância de

processo de licitação para outorgar novas Concessões para nós.

Caso venhamos a participar de licitações para obter novas Concessões, poderemos ficar sujeitos a

condições distintas e menos vantajosas em relação às atuais, bem como poderemos não ser vencedores

em um ou mais processos de licitação. Nossa eventual impossibilidade de obter novas concessões, ou,

ainda, de obtê-las em condições menos vantajosas, poderá afetar negativamente nossos negócios,

expansão, condição financeira, capacidade de geração de caixa e resultados.

Não possuímos todas as licenças ambientais e/ou autorizações para as nossas instalações e

unidades, o que pode nos afetar adversamente.

Não possuímos parte das licenças de operação de nossas instalações e unidades, principalmente em

nossas Estações de Tratamento de Água - ETAs com capacidade superior a 20 l/s. A ausência dessas

licenças ambientais verifica-se, preponderantemente, em empreendimentos mais antigos, iniciados

anteriormente à legislação ambiental vigente. Os requerimentos de licenças semelhantes ainda não

foram solicitados. A Fundação Estadual do Meio Ambiente - FEAM está ciente dessa situação e não

vem cobrando o licenciamento, nem emitindo autos de infração com esse objeto. Tal fato, entretanto,

não nos torna imunes a futuras autuações ou demandas judiciais pela operação de empreendimentos

sem licença ambiental. Para empreendimentos mais recentes, nossos procedimentos internos exigem o

prévio licenciamento. A ausência dessas licenças ambientais pode nos sujeitar a sanções de natureza

civil, administrativa e/ou penal.

Nossa prática de descarte de efluentes gerados por nossa atividade pode resultar na aplicação de

sanções e na necessidade de incorrermos em custos adicionais significativos para recuperar as

respectivas áreas afetadas, o que poderá nos afetar adversamente.

Em decorrência de uma prática antiga, adotada anteriormente à legislação ambiental vigente, em

algumas localidades onde atuamos, o esgoto recolhido por nossas redes não é direcionado para Estações

de Tratamento de Esgoto - ETEs, sendo despejado diretamente in natura em corpos d’água. Em

decorrência dessa prática, estamos sujeitos a ações judiciais cíveis e penais e, ainda podemos incorrer

em sanções administrativas, tais como multas e suspensão de nossas atividades, o que pode afe tar

nossos negócios de forma substancial. Temos envidado esforços juntamente com as prefeituras dos

municípios afetados para sanar essa pendência.

A interrupção do lançamento de efluentes em alguns municípios é objeto de celebração de Termos de

Ajustamento de Conduta - TACs, firmados com as autoridades competentes, com o intuito de ajustar nossa

conduta às exigências e padrões legais, evitando que os municípios ou autores legitimados proponham,

contra nós, ações civis públicas, ações populares, ações criminais e/ou processos administrativos. Temos

envidado nossos melhores esforços para cumprir rigidamente os prazos estabelecidos nos cronogramas dos

referidos TACs, negociando sua prorrogação com as respectivas autoridades, quando necessário. Caso não

sejamos capazes de cumprir com as obrigações estabelecidas em um determinado TAC, por qualquer

motivo, e, caso não seja possível a prorrogação do prazo neste estabelecido, poderemos ficar sujeitos à

propositura de ações judiciais de execução da aplicação das multas e/ou das obrigações de fazer previstas

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Formulário de Referência 2010

nesses acordos, que podem resultar em aumento de custos não previstos e, consequentemente, em um efeito

material adverso sobre nosso desempenho financeiro futuro.

Nosso desempenho financeiro será adversamente afe tado caso não sejamos capazes de aumentar

nossas tarifas adequadamente.

Nosso resultado operacional e situação financeira dependem essencialmente da tarifa cobrada pelos

serviços prestados. No entanto, nossos reajustes e revisões tarifárias estão sujeitos a certas restrições

legais e contratuais.

Em 03 de agosto de 2009, foi sancionada, pelo Governador do Estado, a Lei de criação da Agência

Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas

Gerais – ARSAE MG, em conformidade com a Lei Federal 11.445 de 05 de janeiro de 2007. Para que a

Agência iniciasse suas atividades de regulação da COPASA MG foi necessário o protocolo na ARSAE

MG das respectivas propostas de Regulamento dos Serviços, o que ocorreu em 04 de novembro de

2009.

Vivenciamos, no passado, aumentos nos custos nos meses posteriores à data de reajuste de nossas

tarifas, os quais só puderam ser repassados para nossas tarifas no período seguinte, afetando

adversamente nossas margens operacionais.

Em janeiro de 2010, a ARSAE MG autorizou um reajuste tarifário de 3,96% a vigorar a partir de 1º de

março de 2010 até 28 de fevereiro de 2011.

A ARSAE MG apresentou um cronograma para a aprovação de normativos que serão discutidos no 2º

Semestre e terão suas datas fixadas posteriormente:

a) “Plano de Contas Regulatório” destinado a orientar as concessionárias prestadoras, de

serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário quanto ao registro contábil

dos fatos econômicos e financeiros derivados da prestação dos serviços;

b) Metodologia a ser adotada nos processos de revisão tarifária, incluindo a forma de cálculo

dos custos de capitais empregados na prestação dos serviços e a delimitação de custos

operacionais e de Investimentos das concessionárias;

c) Determinação da fórmula de reajuste das tarifas nos intervalos entre as revisões nos

aspectos relacionados à consideração da produtividade e dos Investimentos em expansão

dos serviços.

Não podemos garantir que futuros aumentos de custos ou resultantes de inflação serão integralmente

repassados às nossas tarifas. Além disso, não podemos garantir os futuros aumentos tarifários que serão

aprovados pela ARSAE MG. Qualquer restrição quanto à fixação, reajuste, revisão ou manutenção de

tarifas compatíveis com nossa estrutura de custos poderá afetar adversamente nossos fluxos de caixa,

resultados operacionais e situação financeira.

Apresentamos necessidades significativas de liquidez e de recursos financeiros para a realização

de nossos investimentos, e qualquer restrição à nossa capacidade de obtenção de novos

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Formulário de Referência 2010

financiamentos poderá causar um efeito material adverso sobre nossos investimentos e sobre a

possibilidade de ampliação de nossos negócios.

Somos uma empresa de capital intensivo e, portanto, temos necessidades substanciais de liquidez e

capital. Nosso programa de investimentos visa, dentre outros, melhorar e ampliar os sistemas de

abastecimento de água e esgotamento sanitário, automatizar e melhorar o controle de dados de nossas

ETAs e ETEs e investir na proteção do meio ambiente. Para financiar tal programa, dependemos de

nossa capacidade de gerar receita, da obtenção de financiamentos nos mercados de capitais nacional e

internacional, bem como junto a instituições financeiras governamentais e multilaterais, e do

desenvolvimento de estruturas de financiamento de projetos (project finance) e demais estruturas

financeiras.

Estamos sujeitos às regras e aos limites impostos às instituições financeiras com relação ao

contingenciamento de crédito ao setor público editadas pelo Conselho Monetário Nacional - CMN e

pelo Banco Central. Essas regras estabelecem determinados parâmetros e condições, que não estão sob

nosso controle, para que as instituições financeiras possam oferecer crédito a entidades do setor público.

Em decorrência dessas normas, nossa capacidade de contrair dívidas é limitada. Dessa forma,

poderemos ter dificuldades para obter financiamentos perante instituições integrantes do Sistema

Financeiro Nacional, o que poderá dificultar a realização de nosso programa de investimentos ou o

refinanciamento de nossas obrigações financeiras.

Estamos também sujeitos a uma série de restrições contratuais decorrentes de nossos contratos

financeiros, dentre as quais destacamos as seguintes:

limitações à nossa capacidade de contrair dívidas financeiras;

limitações à nossa capacidade de vender, transferir ou dispor de qualquer outra forma de parte

de nossos ativos;

limitações quanto à existência de ônus, penhor, hipoteca, encargo ou outros gravames ou

direitos de garantia sobre nossas receitas, nossos bens, ativos e patrimônio;

limitações quanto à nossa capacidade de ceder, transferir, alienar, onerar, gravar, vincular, a

qualquer título, ou de qualquer forma atribuir qualquer direito sobre os direitos à indenização

relativos a determinadas concessões;

manutenção de índices mínimos entre o valor exigível total e o patrimônio líquido;

manutenção de índices mínimos entre o EBITDA e o serviço de dívida;

manutenção de índices mínimos entre o ativo circulante e o passivo circulante; e

limitações quanto à nossa capacidade de realizar reestruturações societárias.

Além disso, temos que observar a Política de Endividamento aprovada pelo nosso Conselho de

Administração em 28 de maio de 2010, que estabelece que:

o limite para o endividamento líquido da COPASA MG seja igual ou inferior a 2,8 vezes o

EBITDA, podendo chegar a 3 vezes, mediante autorização do Conselho de Administração;

que as Exigibilidades Totais da COPASA MG sejam iguais ou inferiores ao Patrimônio

Líquido;

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Formulário de Referência 2010

que o EBITDA da COPASA MG seja superior a 1,7 vezes o Serviço da Dívida.

O descumprimento de tais obrigações financeiras, bem como de outras obrigações dos contratos

financeiros, poderá causar o vencimento antecipado de nossos contratos. Acreditamos que temos

cumprido todos os compromissos financeiros relevantes previstos nos contratos financeiros de que

somos partes.

Possuímos atualmente meta de crescimento das atividades que prevê o aumento significativo das

nossas concessões e consequentemente de clientes. Podemos não conseguir tais concessões, e

podemos também enfrentar uma eventual insuficiência de recursos para que tais concessões

sejam operadas.

Tivemos nos últimos anos um rápido crescimento, bem como a assinatura de novas concessões de água

e esgoto no Estado de Minas Gerais. Pretendemos continuar a expandir nossas atividades nos mercados

em que atuamos, bem como em mercados de outras regiões ainda não exploradas, para aproveitarmos

oportunidades de crescimento de mercado existentes e potenciais. Possuímos como meta a assinatura de

51 novas concessões de esgotamento sanitário em cidades com população superior a 15 mil habitantes e

que já possuímos concessão de água, 108 novas concessões de esgotamento sanitário em cidades com

população inferior a 15 mil habitantes e que já possuímos concessão de água e 33 novas concessões de

abastecimento de água e esgotamento sanitário em cidades com população superior a 15 mil habitantes.

Podemos encontrar dificuldades na assinatura dessas concessões.

Além disso, para financiar tal programa, dependemos de nossa capacidade de gerar receita, da obtenção

de financiamentos nos mercados de capitais nacional e internacional, bem como junto a instituições

financeiras governamentais e multilaterais, e do desenvolvimento de estruturas de financiamento de

projetos (project finance) e demais estruturas financeiras e tais recursos podem não estar disponíveis, o

que poderá afetar negativamente nossos resultados operacionais e situação financeira.

Nos termos de nossos contratos financeiros, estamos sujeitos a obrigações específicas, bem como

restrições à nossa capacidade de contrair dívidas adicionais.

Somos parte em diversos contratos financeiros que exigem a manutenção de certos índices financeiros

ou o cumprimento de determinadas obrigações. Qualquer inadimplemento dos termos de tais contratos,

que não seja sanado ou renunciado por seus respectivos credores, poderá resultar na decisão desses

credores em declarar o vencimento antecipado do saldo devedor das respectivas dívidas ou resultar no

vencimento antecipado de outros contratos financeiros. Além disso, alguns de nossos contratos

financeiros impõem restrições à nossa capacidade de contrair dívidas adicionais, tanto em Reais (R$)

quanto em moeda estrangeira. Além disso, parte de nossa receita encontra-se vinculada por contratos

financeiros celebrados no curso normal de nossos negócios.

Nossos ativos e fluxo de caixa podem não ser suficientes para pagar integralmente o saldo devedor de

nossos contratos financeiros, quando do seu vencimento normal ou no caso de seu vencimento

antecipado. Adicionalmente, caso enfrentemos limitações na captação de recursos que nos impeçam de

concluir nosso programa de investimentos ou de executar nossos planos comerciais de maneira geral,

poderemos não ser capazes de atender a todas as nossas necessidades de liquidez e de recursos

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Formulário de Referência 2010

financeiros, o que poderá afetar negativamente nosso fluxo de caixa, resultados operacionais e situação

financeira.

Poderemos ser obrigados a aumentar o valor de nossas contribuições à PREVIMINAS, o que

pode afetar adversamente nossos resultados.

Fornecemos a nossos empregados um plano de previdência complementar de benefício definido, por meio

da PREVIMINAS, o qual garante suplementação da aposentadoria por invalidez, idade, ou tempo de

serviço, do pecúlio por aposentadoria especial e morte, do auxílio-doença, da pensão e do auxílio reclusão e

abono anual, nos termos das condições estabelecidas no correspondente regulamento. Em contrapartida,

somos responsáveis por pagar à PREVIMINAS uma contribuição mensal equivalente à contribuição dos

empregados e dirigentes.

Em 31 de dezembro de 2009, faziam parte do nosso plano de previdência 10.656 empregados, os quais

representam 92% de nossos empregados. Nossas contribuições ao plano nos últimos exercícios foram

de R$ 30,3 milhões em 2009, R$ 23,6 milhões em 2008 e de R$ 15,7 milhões em 2007.

Em função de fatores diversos, a PREVIMINAS não pode garantir que manterá uma situação

superavitária do plano de previdência complementar de benefício definido, o que poderá aumentar o

valor de nossas contribuições, afetando adversamente os nossos resultados.

Possuímos atualmente níveis significativos de perdas de água. Uma eventual insuficiência de

investimentos e nossa incapacidade de reduzir nossos índices de perdas de água poderão causar

um efeito material adverso em nossas operações e condição financeira.

Em dezembro de 2009, nossa média móvel de 12 meses de perdas de água foi de aproximadamente

243,4 litros por ligação/dia. Implementamos um Programa de Redução de Perdas que visa à redução

para patamar máximo de 229,40 litros diários por ligação, até o fim de 2010. Podemos não ser capazes

de atingir essas metas no prazo previsto ou podemos, até mesmo, nunca vir a atingi-las.

A redução dos níveis de perda depende essencialmente da realização de investimentos na aquisição e

instalação de novos hidrômetros, no redimensionamento e padronização de ligações, em programas de

melhorias operacionais, em recadastramentos, combates a irregularidades, bem como de renovação da

rede de distribuição. Caso haja insuficiência de investimentos em ações e projetos que objetivam a

redução de nossos níveis de perda, nosso fluxo de caixa, resultados operacionais e situação financeira

poderão ser adversamente afetados.

Não possuímos seguros que cubram a totalidade dos riscos inerentes a nossos negócios, inclusive

ambientais. A ocorrência de qualquer dano não coberto poderá afetar adversamente nosso

desempenho financeiro futuro.

Não possuímos cobertura de seguro para interrupção da prestação de serviços ou para responsabilidades

decorrentes de contaminação ou outros problemas envolvendo a prestação de serviços de abastecimento

de água e esgotamento sanitário a nossos clientes. Ademais, não possuímos seguro contra danos

decorrentes do não cumprimento de leis e regulamentos de cunho ambiental relacionados a nossos

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Formulário de Referência 2010

serviços e operações. Desse modo, qualquer interrupção contínua nos negócios ou danos decorrentes do

não cumprimento das normas ambientais poderá afetar adversamente nosso desempenho financeiro

futuro.

Parte significativa dos nossos ativos está vinculada à prestação de serviços públicos e não estará

disponível para liquidação em caso de falência, nem poderá ser objeto de penhora para garantir a

execução de decisões judiciais.

Uma parte significativa dos nossos bens, inclusive os sistemas de abastecimento de água e esgotamento

sanitário de que somos titulares, está vinculada à prestação de serviços públicos. Esses bens não estarão

disponíveis para liquidação em caso de falência ou penhora para garantir a execução de decisões

judiciais, uma vez que devem ser revertidos ao poder concedente, mediante indenização pelos

municípios, de acordo com os termos das nossas Concessões e com a legislação em vigor.

b. a seu controlador, direto ou indireto, ou grupo de controle

Somos controlados pelo Estado de Minas Gerais, cujos interesses poderão ser contrários aos

interesses dos nossos demais acionistas.

O Estado de Minas Gerais, nosso controlador, é detentor de 53,13% do nosso capital social. Em razão

de sua participação acionária, o Estado de Minas Gerais tem poderes para eleger a maioria dos

membros do nosso Conselho de Administração e de nossa Diretoria, e, desse modo, determinar nossas

operações e estratégias.

Dessa forma, medidas tomadas pelo Estado com relação à COPASA MG poderão ser contrárias aos

interesses dos demais detentores de valores mobiliários de emissão da Companhia.

Além disso, mudanças no governo estadual ou na política governamental podem acarretar mudanças em

nossa Diretoria e em nosso Conselho de Administração que podem, por sua vez, causar efeitos adversos

relevantes em nossa estratégia de negócios, fluxo de caixa, resultado operacional, condição financeira

ou perspectivas.

c. a seus acionistas

Os investidores podem não conseguir vender as Ações e/ou Global Depositary Share - GDSs pelo

preço ou no momento desejado, caso não se mantenha um mercado ativo ou líquido para as

nossas ações e/ou GDSs.

Embora nossas ações estejam listadas na BM&FBOVESPA, não podemos prever se um mercado de

negociação líquido e ativo se sustentará para as nossas ações. Além disso, nossas GDSs não são

registradas para negociação em nenhuma bolsa de valores. Mercados de negociação ativos e líquidos

normalmente resultam em uma menor volatilidade de preços e a execução mais eficiente de pedidos de

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Formulário de Referência 2010

compra e venda dos investidores. A liquidez de um mercado de capitais frequentemente decorre do

volume de títulos detidos publicamente por partes não relacionadas.

Os titulares das nossas Ações e/ou GDSs podem não receber dividendos.

De acordo com a Lei de Sociedades por Ações e com o nosso Estatuto Social, devemos pagar

dividendos aos nossos acionistas de pelo menos 25,0% do nosso lucro líquido anual, conforme ajustado.

Esses ajustes do lucro líquido para os fins de se calcular a base dos dividendos incluem contribuições a

diversas reservas que efetivamente reduzem o valor disponível para o pagamento de dividendos. A

Companhia distribuiu nos exercícios de 2008 e 2009 em valores superiores ao mínimo estatutário e

também distribuirá dividendos em valores superiores ao mínimo estatutário no exercício de 2010.

No entanto, o nosso Conselho de Administração poderá propor à Assembleia Geral de Acionistas

alteração na Política de Dividendos e reduzir os percentuais de JCP/dividendos a serem distribuídos nos

próximos exercícios, caso a situação financeira da Empresa, suas perspectivas futuras, suas estratégias

de investimento, as condições macroeconômicas e outros fatores considerados relevantes, assim o

recomendarem.

Além disso, a despeito da exigência do dividendo obrigatório, podemos optar por não pagar dividendos

aos nossos acionistas em qualquer exercício fiscal, caso o nosso Conselho de Administração recomende

que tais distribuições não sejam aconselháveis em vista de nossa situação financeira. Os valores de

dividendos e juros sobre o capital próprio distribuídos no passado não são indicativos de eventuais

valores a serem distribuídos no futuro.

d. a seus fornecedores

A energia elétrica é essencial para nossas operações, reajustes elevados nas tarifas de energia

elétrica a que estamos sujeitos poderão afetar adversamente nossos negócios.

A energia elétrica é um insumo essencial para as nossas operações, já que praticamente 100% da água

produzida e do esgoto coletado e tratado são bombeados, sendo o acionamento dos motores que

impulsionam as bombas, elétrico. Os valores registrados para a despesa com energia elétrica

corresponderam a 13% das despesas totais da Companhia em 2009 e o fornecedor principal é a Cemig

Distribuidora, que responde por aproximadamente 95% das despesas com energia. Nos últimos anos, as

tarifas de energia elétrica têm-se elevado em índices superiores à inflação, de um modo geral, e a única

exceção foi o ano de 2008 em que os reajustes foram negativos. Com a revisão das tarifas ocorrida em

abril de 2010, as tarifas médias de energia elétricas, a partir do consumo de maio de 2010, foram

reajustadas e espera-se uma redução da tarifa média de energia, que associada ao consumo projetado,

poderá levar a uma pequena redução nas despesas totais com energia elétrica.

Outro risco potencial, embora pouco provável no cenário atual e de reflexo menor, decorre do fato da

geração de energia elétrica no Brasil ser essencialmente hidráulica, o que a torna dependente dos fatores

meteorológicos. Um eventual aumento de demanda no país e a não correspondente disponibilidade

hídrica para geração de energia elétrica, torna inevitável um racionamento geral com reflexos também

no consumo de água e consequentemente no faturamento da empresa. Quando isso ocorreu, no ano de

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Formulário de Referência 2010

2001, o fornecimento de energia para as unidades de produção foi preservado. Esse risco não é

perceptível no curto prazo, além do consumo de água ser menos sensível à eventual falta de oferta,

podendo ocorrer em outros horários do dia, compensados pela reservação domiciliar, o que torna os

reflexos no faturamento praticamente desprezíveis.

e. a seus clientes

Podemos enfrentar dificuldades na arrecadação de volumes significativos de contas vencidas e

não pagas, o que pode afetar adversamente nossas receitas.

Em 31 de dezembro de 2009, possuíamos contas a receber vencidas relacionadas à prestação de

serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário no valor total de R$ 264,0 milhões. Desse

valor, R$ 63,8 milhões encontravam-se vencidas por um período de até 30 dias, R$ 23,8 milhões

encontravam-se vencidas entre 30 e 60 dias, R$ 10,9 milhões entre 60 e 90 dias, R$ 39,8 milhões entre

90 e 360 dias e R$ 125,6 milhões encontravam-se vencidas há mais de 360 dias.

Não podemos assegurar que os valores devidos por nossos clientes, principalmente pelo setor público,

não aumentarão significativamente no futuro. Caso não consigamos cobrar as contas dessa categoria de

clientes ou as contas de nossos demais clientes de forma satisfatória e caso nosso número de clientes

inadimplentes aumente no futuro, nossos fluxos de caixa, resultados operacionais e situação financeira

poderão ser adversamente afetados.

Além disso, repassamos integralmente aos nossos clientes, por meio de alíquota, os valores referentes

às cobranças pelo uso da água e disposição de esgoto nas bacias de domínio da União, nas bacias do

Rio Paraíba do Sul e Rios Piracicaba/Capivari/Jundiaí cujo valor é de aproximadamente R$ 240,0 mil

por ano. A partir do segundo semestre de 2010, essa cobrança também irá ser aplicada em alguns rios

de domínio Estadual que são as bacias do Rio das Velhas, Rio Piracicaba, Rio Jundiaí e do Rio

Araguari, cujos valores serão de aproximadamente R$6,0 milhões, podendo ser estendida para as

demais bacias nos próximos anos. Como somos responsáveis pelo repasse desses valores, caso nosso

número de clientes inadimplentes aumente no futuro, nossos fluxos de caixa, resultados operacionais e

situação financeira poderão ser adversamente afetados.

f. à regulação dos setores em que o emissor atue

Estamos sujeitos à regulamentação de natureza ambiental e de proteção à saúde que estão se

tornando cada vez mais rigorosas, o que pode resultar no aumento de nossos custos e de nosso

passivo.

Nossas atividades estão sujeitas a leis brasileiras federais, estaduais e municipais, regulamentações e

exigências de autorizações relativas à proteção do meio-ambiente e da saúde.

A não observância das leis e regulamentos ambientais pode resultar, além da obrigação de reparar danos

ambientais eventualmente causados, na aplicação de sanções de natureza penal e administrativa. Dentre

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Formulário de Referência 2010

as sanções administrativas que podem ser aplicadas, vale ressaltar a possibilidade de embargo de obra

ou atividade, ou ainda a suspensão parcial ou total das atividades que causem tais danos.

4.2. Em relação a cada um dos riscos acima mencionados, caso relevantes, comentar

sobre eventuais expectativas de redução ou aumento na exposição do emissor a tais

riscos

Embora a COPASA MG não possua área específica para gerenciamento dos riscos aos quais estamos

sujeitos, os riscos do seu negócio que possam impactar de forma adversa suas operações são

monitorados especificamente por cada área. A Companhia administra de forma conservadora sua

posição de caixa e seu capital de giro. Atualmente, a Companhia não identifica cenário de aumento ou

redução dos riscos mencionados acima.

4.3. Descrever os processos judiciais, administrativos ou arbitrais em que o emissor ou

suas controladas sejam parte, discriminando entre trabalhistas, tributários, cíveis e

outros: (i) que não estejam sob sigilo, e (ii) que sejam relevantes para os negócios do

emissor ou de suas controladas, indicando:

Somos parte em processos administrativos e judiciais de natureza cível, ambiental, trabalhista e fiscal,

decorrentes do curso regular de nossos negócios, sendo que apenas parte dessas contingências estão

provisionadas. A diferença entre o valor provisionado e o valor total das contingências tem por

referência nossa metodologia de definição de provisionamento, que leva em consideração: (i) a

probabilidade de perda de cada ação, com base nos fatos alegados, o pleito deduzido em face da

situação fática e de direito, bem como a posição jurisprudencial dominante em casos análogos; e (ii) o

cálculo dos valores provisionados, que é feito com base nos valores atribuídos às ações por seus

autores, periodicamente atualizados, de acordo com a tabela fornecida pela Corregedoria de Justiça do

Tribunal de Justiça de Minas Gerais, e tomando-se por base parecer de nossos advogados internos

responsáveis pela condução de cada um dos processos. Uma vez aplicada a metodologia acima,

efetuamos o provisionamento somente para as ações cujo prognóstico de perda seja provável, exceto no

caso de ações trabalhistas, cujo provisionamento é feito também para as ações de perda possível.

Não podemos dar nenhuma garantia em relação ao valor total de todos os passivos potenciais em que

possamos vir a incorrer ou às penalidades que podem nos ser impostas além dos valores para os quais

constituímos provisões. Podemos também não obter resultados favoráveis nas ações judiciais ou nos

processos administrativos nos quais somos parte. Ademais, o valor total acima indicado pode não

corresponder aos valores econômicos das causas, podendo esses valores serem substancialmente

superiores aos ora indicados. Caso o resultado econômico decorrente do julgamento dessas ações seja

superior ao valor atribuído pelos autores ou caso o valor total de nossas provisões não seja suficiente

para fazer frente às contingências que se tornem exigíveis, poderemos incorrer em custos maiores do

que os previstos, os quais, caso sejam significativos, poderão afetar negativamente nossos resultados e

condição financeira. Abaixo informações sobre os principais processos em que a Companhia era parte:

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Formulário de Referência 2010

Em 31 de dezembro de 2009, tramitavam as ações pertinentes aos Juizados Especiais e Justiça

Comum:

Juizados Especiais: ações que têm valor patrimonial de até 40 salários mínimos, consideradas

individualmente. Tais processos versam, geralmente, sobre revisão de consumo; anulação de cobrança

de débito e multa; parcelamento de débito; restituições de valores; restabelecimento de fornecimento e

indenizações.

Justiça Comum: na Justiça Comum e, raramente na Justiça Federal, tramitam todas as demais ações,

cujos objetos principais são indenização; ações ordinárias visando obrigação de fazer e não fazer, como

religação de água/esgoto; repetição de indébito; e mandado de segurança, requerendo religação de

água/esgoto; admissão de empregado em concurso público, etc.

Considerando-se somente os processos mais relevantes, ou seja, aqueles em tramitação na Justiça

Comum, são apresentadas, a seguir, a descrição dos principais processos sob a responsabilidade da

Divisão de Assuntos Contenciosos e Juizado Especial.

Total de ações = 1.319 processos.

Valor em reais = R$ 383,4 milhões.

1) – Processo nº. 0183081534327 – José Norberto Barros

a) Juízo: 1ª Vara Cível da Comarca de Conselheiro Lafaiete - MG

b) Instância: 1ª Instância.

c) Data de instauração: 17/12/2008

d) Partes no processo: José Norberto Barros em face da COPASA MG.

e) Valores, bens ou direitos envolvidos: Ação de Indenização por danos causados ao imóvel do

autor.

f) Principais fatos: Indenização por danos ocorridos no imóvel, decorrente de vazamento de água

em tubulação de responsabilidade da Companhia.

g) Chance de perda: perda provável.

h) Análise do impacto em caso de perda do processo: pagamento à parte envolvida na ação.

i) Valor provisionado: Valor atualizado até 31/12/2009 = R$ 581,5 mil.

2) – Processo nº. 0024 02 8793735 – Leme Engenharia Ltda e Outros

a) Juízo: 3ª Fazenda Pública Estadual de Belo Horizonte

b) Instância: 1ª Instância.

c) Data de instauração: 14/10/2002.

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Formulário de Referência 2010

d) Partes no processo: Leme Engenharia Ltda e Outros em face da COPASA MG.

e) Valores, bens ou direitos envolvidos: Pagamento de expurgos decorrentes de Planos

Econômicos Federais.

f) Principais fatos: Chance de perda: perda provável.

g) Análise do impacto em caso de perda do processo: pagamento aos envolvidos na ação.

h) Valor provisionado: Valor atualizado até 31/12/2009 = R$ 1,0 milhão.

3) – Processo nº. 2009 38060016902 – Lumar Gonçalves e Outro

a) Juízo: Vara Única Federal da Comarca de Patos de Minas

b) Instância: 1ª Instância.

c) Data de instauração: 29/07/2009.

d) Partes no processo: Lumar Gonçalves da Silva e Outro em face da COPASA MG.

e) Valores, bens ou direitos envolvidos: Ação de Indenização por acidente e morte da vítima.

f) Principais fatos: indenização por morte da vítima por acidente em obra de responsabilidade da

COPASA MG, no município de Guarda Mor - MG.

g) Chance de perda: perda provável.

h) Análise do impacto em caso de perda do processo: pagamento às partes envolvidas na ação.

i) Valor provisionado: Valor atualizado até 31/12/2009 = R$ 542,9 mil.

4) – Processo nº. 0707 08 1669202 – Maria José Gomes

a) Juízo: Fazenda Pública Estadual de Varginha - MG

b) Instância: 1ª Instância.

c) Data de instauração: 02/10/2008

d) Partes no processo: Maria José Gomes em face da COPASA MG.

e) Valores, bens ou direitos envolvidos: Ação de Indenização por danos materiais e morais.

f) Principais fatos: Danos causados ao imóvel, no município de Varginha – MG, decorrente de

efluxo na rede de esgoto de responsabilidade da COPASA MG.

g) Chance de perda: perda provável.

h) Análise do impacto em caso de perda do processo: pagamento de indenização à parte autora.

i) Valor provisionado: valor atualizado até 31/12/2009 = R$ 772,7 mil.

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Formulário de Referência 2010

5) – Processo nº. 0427 08 007788-1 – Município de Montalvânia MG

a) Juízo: Vara Única da Comarca de Montalvânia.

b) Instância: 1ª Instância.

c) Data de instauração: 20/11/2008

d) Partes no processo: Município de Montalvânia em face da COPASA MG.

e) Valores, bens ou direitos envolvidos: Ação Declaratória.

f) Principais fatos: o município de Montalvânia requer declaração de inexigibilidade de débito

junto à COPASA MG, alegando a sua prescrição.

g) Chance de perda: perda provável.

h) Análise do impacto em caso de perda do processo: cancelamento do débito do autor.

i) Valor provisionado: Valor atualizado até 31/12/2009 = R$ 552,3 mil.

6) – Processo nº. 0024 08134039 – Pier Giorgio Senesi

a) Juízo: 6ª Fazenda Pública Estadual de Belo Horizonte

b) Instância: 1ª Instância.

c) Data de instauração: 26/08/2008.

d) Partes no processo: Píer Giorgio Senesi em face da COPASA MG.

e) Valores, bens ou direitos envolvidos: Ação Indenizatória por Danos Materiais, Morais c/c

Lucros Cessantes.

f) Principais fatos: o autor alega que foi empregado da COPASA MG no período de 01/02/1975

a 01/11/1997 e que desenvolveu inúmeros modelos de utilidade/inventos, equipamentos que

foram utilizados no mercado e que foram registrados no Instituto Nacional da Propriedade

Industrial - INPI, e que por isto recebia Royalties udrante o pacto laboral. Porém, alega que a

COPASA MG não cumpriu com suas obrigações burocráticas, não realizando recolhimento da

taxa anual do INPI, resultando na extinção da patente do produto e na redução de sua renda.

g) Chance de perda: perda provável.

h) Análise do impacto em caso de perda do processo: pagamento de indenização à parte autora.

i) Valor provisionado: Valor atualizado até 31/12/2009 = R$ 536,3 mil.

7) – Processo nº. 0024 07 593449-7 – Maria de Fátima da Silva e Outro

a) Juízo: 4ª Fazenda Pública Estadual de Belo Horizonte

b) Instância: 1ª Instância.

c) Data de instauração: 31/08/2007.

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Formulário de Referência 2010

d) Partes no processo: Maria de Fátima da Silva Cacheado e Outro em face da COPASA MG.

e) Valores, bens ou direitos envolvidos: indenização por Danos Morais.

f) Principais fatos: indenização por Danos Morais, decorrente da morte dos filhos dos autores,

que caíram dentro de uma manilha, de suposta responsabilidade da COPASA MG.

g) Chance de perda: perda possível.

h) Análise do impacto em caso de perda do processo: pagamento de indenização às partes

envolvidas.

i) Valor provisionado: Valor atualizado até 31/12/2009 = R$ 1,4 milhão.

8) – Processo nº. 0024 04 5079282 – Maria de Lourdes Teixeira Lima

a) Juízo: 4ª Fazenda Pública Estadual de Belo Horizonte

b) Instância: 1ª Instância.

c) Data de instauração: 30/11/2004.

d) Partes no processo: Maria de Lourdes Teixeira Lima em face da COPASA MG.

e) Valores, bens ou direitos envolvidos: Indenização por Danos Morais.

f) Principais fatos: a autora alega que em função de suas atividades laborais, desenvolveu a

Tenossinovite/LER.

g) Chance de perda: perda possível.

h) Análise do impacto em caso de perda do processo: pagamento de indenização à parte autora.

i) Valor provisionado: Valor atualizado até 31/12/2009 = R$ 647,2 mil.

9) – Processo nº. 0686 08 21948-2 – Município de Teófilo Otoni - MG

a) Juízo: 1ª Vara Cível da Comarca de Teófilo Otoni.

b) Instância: 1ª Instância.

c) Data de instauração: 05/09/2008.

d) Partes no processo: Município de Teófilo Otoni em face da COPASA MG.

e) Valores, bens ou direitos envolvidos: O Município de Teófilo Otoni alega a cobrança

indevida da tarifa de esgoto.

f) Principais fatos: a parte autora alega a COPASA MG está cobrando os serviços de

esgotamento sanitário no município de Teófilo Otoni, sem efetivamente prestá-lo, face a

ausência de Estação de Tratamento de Esgoto – ETE.

g) Chance de perda: perda possível.

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Formulário de Referência 2010

h) Análise do impacto em caso de perda do processo: cancelamento da tarifa de esgoto no

município envolvido.

i) Valor provisionado: valor atualizado até 31/12/2009 = R$ 10,9 milhões.

10) – Processo nº. 0324 08 067314-2 - Mário Cavaleiro

a) Juízo: 2ª Vara Cível da Comarca de Itajubá – MG.

b) Instância: 1ª Instância.

c) Data de instauração: 06/11/2008.

d) Partes no processo: Mário Cavalheiro em face da COPASA MG.

e) Valores, bens ou direitos envolvidos: indenização por Danos Morais, Materiais e Estéticos.

f) Principais fatos: o autor alega queda em buraco aberto em obra de responsabilidade da

COPASA MG em Itajubá - MG.

g) Chance de perda: perda possível.

h) Análise do impacto em caso de perda do processo: pagamento de indenização à parte autora.

i) Valor provisionado: Valor atualizado até 31/12/2009 = R$ 1,0 milhão.

11) – Processo nº. 0223 07 228808-5 - Nivaldo Dias Cabral

a) Juízo: 3ª Vara Cível da Comarca de Divinópolis – MG.

b) Instância: 1ª Instância.

c) Data de instauração: 30/08/2007.

d) Partes no processo: Nivaldo Dias Cabral em face da COPASA MG.

e) Valores, bens ou direitos envolvidos: danos morais, por cobrança indevida dos serviços de

água.

f) Principais fatos: o autor alega que a COPASA MG efetua a cobrança dos serviços de água

indevidamente, devido à liberação de uma segunda ligação de água para o imóvel do autor, sem

a sua autorização.

g) Chance de perda: perda possível.

h) Análise do impacto em caso de perda do processo: pagamento de indenização à parte autora.

i) Valor provisionado: valor atualizado até 31/12/2009 = R$ 576,9 mil.

12) – Processo nº. 0408 09 023330-0 - Rosinha da Conceição Búfalo e Outros

a) Juízo: Vara Única da Comarca de Matias Barbosa – MG.

b) Instância: 1ª Instância.

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Formulário de Referência 2010

c) Data de instauração: 30/07/2009.

d) Partes no processo: Rosinha da Conceição Búfalo e Outros em face da COPASA MG.

e) Valores, bens ou direitos envolvidos: indenização por acidente.

f) Principais fatos: a autora alega que em decorrência de vazamento de água em rede de

responsabilidade da COPASA MG, ocorreu o soterramento e morte da vítima.

g) Chance de perda: perda possível.

h) Análise do impacto em caso de perda do processo: pagamento de indenização à parte autora.

i) Valor provisionado: valor atualizado até 31/12/2009 = R$ 2,3 milhões

13) – Processo nº. 0027 04 045844-3 - Ulisses Pereira da Silva

a) Juízo: 2ª Vara Cível da Comarca de Betim – MG.

b) Instância: 1ª Instância.

c) Data de instauração: 30/03/2005.

d) Partes no processo: Ulisses Pereira da Silva em face da COPASA MG.

e) Valores, bens ou direitos envolvidos: indenização por danos morais e materiais.

f) Principais fatos: o autor alega a danificação de seu imóvel, em decorrência de rompimento de

rede de água de responsabilidade da COPASA MG.

g) Chance de perda: perda possível.

h) Análise do impacto em caso de perda do processo: pagamento de indenização à parte autora.

i) Valor provisionado: valor atualizado até 31/12/2009 = R$ 505,9 mil

14) – Processo nº. 0024 00 001918-2 - ABC – Associação Brasileira de Consumidores

a) Juízo: 7ª Fazenda Pública Estadual de Belo Horizonte – MG.

b) Instância: 1ª Instância.

c) Data de instauração: 02/07/2000.

d) Partes no processo: Associação Brasileira de Consumidores – ABC, em face da COPASA

MG.

e) Valores, bens ou direitos envolvidos: suspensão do fornecimento de água e coleta de esgoto.

f) Principais fatos: Ação Popular, visando proibir a COPASA MG de realizar a suspensão dos

serviços em razão da inadimplência.

g) Chance de perda: perda remota.

h) Análise do impacto em caso de perda do processo: não existe impacto, uma vez que o risco

de perda é remota.

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Formulário de Referência 2010

i) Valor provisionado: considerando-se que a chance de perda é remota, não é feita a provisão

para o processo em questão.

15) – Processo nº. 0134 05 0488029 - Cleber José Godinho

a) Juízo: 2ª Vara Cível da Comarca de Caratinga – MG.

b) Instância: 1ª Instância.

c) Data de instauração: 31/03/2005.

d) Partes no processo: Cléber José Godinho, em face da COPASA MG.

e) Valores, bens ou direitos envolvidos: o autor solicita reintegração de posse em área ocupada

pela COPASA MG.

f) Principais fatos: no ano 1973, a COPASA MG, implantou dentro de uma área da Cemig,

instalações correspondentes à captação de água bruta, no município de Caratinga – MG.

g) Chance de perda: perda remota.

h) Análise do impacto em caso de perda do processo: não existe impacto, uma vez que o risco

de perda é remota.

i) Valor provisionado: considerando-se que a chance de perda é remota, não é feita a provisão

para o processo em questão.

16) – Processo nº. 0024 09 587931-8 - Espólio de Jacintho Ferreira da Luz

a) Juízo: 5ª Fazenda Pública Estadual de Belo Horizonte – MG.

b) Instância: 1ª Instância.

c) Data de instauração: 30/07/2009.

d) Partes no processo: Espólio de Jacintho Ferreira da Luz, em face da COPASA MG.

e) Valores, bens ou direitos envolvidos: ação Reivindicatória de área ocupada pela COPASA

MG.

f) Principais fatos: o autor alega ser o proprietário de área que confronta com a antiga estrada

que ia do antigo Arraial de Curral D’el Rey, Estrada do Mutuca e Cercadinho, que foi ocupada

pela COPASA MG.

g) Chance de perda: perda remota.

h) Análise do impacto em caso de perda do processo: não existe impacto, uma vez que o risco

de perda é remota.

i) Valor provisionado: considerando-se que a chance de perda é remota, não é feita a provisão

para o processo em questão.

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Formulário de Referência 2010

17) – Processo nº. 0352 09 054905-1 - Município de Januária

a) Juízo: 2ª Vara Cível da Comarca de Januária – MG.

b) Instância: 1ª Instância.

c) Data de instauração: 10/12/2009.

d) Partes no processo: Município de Januária - MG, em face da COPASA MG.

e) Valores, bens ou direitos envolvidos: cobrança por danificação das ruas do município de

Januária, quando da realização de obras da COPASA MG.

f) Principais fatos: o autor alega que ao realizar a manutenção nas redes de água e esgoto, a

COPASA MG vem danificando as ruas do município de Januária, uma vez que não realizada o

adequado calçamento das ruas.

g) Chance de perda: perda remota.

h) Análise do impacto em caso de perda do processo: não existe impacto, uma vez que o risco

de perda é remota.

i) Valor provisionado: considerando-se que a chance de perda é remota, não é feita a provisão

para o processo em questão.

Processos Cíveis

A COPASA MG é ré em 343 ações cíveis. Apresenta-se, a seguir, a descrição dos principais processos,

nos quais a Companhia figurava como parte e atualizados até 31 de dezembro de 2009:

1 -Juízo: 5ª Vara da Fazenda Pública Estadual da Comarca de Belo Horizonte.

Instância: 1ª instância.

Data de Instauração: 01/03/2007

Partes: Ramon Rodrigues Ramalho em face da COPASA MG.

Valores, bens e direitos envolvidos: o valor atribuído à causa pelo Autor, atualizado monetariamente,

é estimado em R$ 160,3 milhões.

Principais fatos: Ação popular com pedido liminar para suspensão dos contratos - impugnação de

licitações para execução de obras de estação elevatória do alto recalque, construção dos reservatórios

para eficientização do consumo de energia elétrica do rio das velhas e obras civis, mecânicas e elétricas

de otimização, melhorias e reformas da ETA, UTR e estação elevatória do baixo recalque do rio das

velhas (com fornecimento total de materiais) - pede apresentação de documentos e ao final seja

decretada a nulidade dos processos licitatórios. Liminar indeferida quanto à suspensão dos processos

licitatórios, mas citou COPASA MG para oferecer defesa e, no prazo de 72 horas, apresentar os

documentos pedidos. Apresentada a defesa da COPASA MG, ainda não houve audiência.

Risco de perda: remota.

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Formulário de Referência 2010

Análise de impacto: o Autor popular pede apenas a nulidade do processo licitatório no processo.

Diante disso, não há como fazer uma previsão do impacto nesta fase processual, tendo em vista que a

obra já se encontra executada.

Provisão: perda remota, portanto não houve provisionamento.

2 -Juízo: 2ª Vara Cível da Comarca de Januária.

Instância: 1ª instância.

Data de Instauração: 11/11/2005

Partes: Sandro Ribeiro dos Santos em face da COPASA MG.

Valores, bens e direitos envolvidos: o valor atribuído à causa pelo Autor, atualizado monetariamente,

é estimado em R$ 60,7 milhões.

Principais fatos: Responsabilidade/indenização pela poluição e degradação ambiental do Rio São

Francisco supostamente causada pelo despejo de dejetos oriundos da coleta de esgoto que cortam a

cidade, sem tratamento. Realização das obras pertinentes.

O processo ainda não teve decisão, está em fase de realização de perícia judicial para apuração de obras

realizadas e a serem realizadas e eventuais danos ambientais.

Risco de perda: Possível.

Análise de impacto: condenação da COPASA MG na execução das obras de esgotamento sanitário em

toda a cidade, inclusive com a ETE e eventual condenação em indenização por danos ambientais pelo

escoamento do esgoto nos cursos d’água.

Provisão: perda remota, portanto não houve provisionamento.

3 -Juízo: 1ª Vara Cível da Comarca de Betim MG

Instância: 1ª instância.

Data de Instauração: 30/08/2005

Partes: Ministério Público do Estado de Minas Gerais em face da COPASA MG.

Valores, bens e direitos envolvidos: o valor atribuído à causa pelo Autor, atualizado monetariamente,

é estimado em R$ 35,6 milhões.

Principais fatos: execução por descumprimento de Termo de Compromisso celebrado com o

Ministério Público. O processo ainda não teve sentença e foi realizada perícia judicial acerca das obras

estipuladas no Termo de Ajustamento de Conduta - TAC. Nova audiência: 13/04/2010.

Risco de perda: Possível

Análise de impacto: o TAC aponta que a COPASA MG deveria ter culpa exclusiva pela não execução

das obras estabelecidas no acordo. Referido processo caminha para um acordo, com a realização de um

Termo Aditivo ao TAC, visto a perícia ter apontado que em grande parte do período não houve culpa

exclusiva da COPASA MG.

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Formulário de Referência 2010

Provisão: ação classificada como perda possível, portanto não houve provisionamento.

4 -Juízo: 4ª Vara da Fazenda Pública Estadual da Comarca de Belo Horizonte MG

Instância: 1ª instância.

Data de Instauração: 02/03/2006

Partes: Ministério Público do Estado de Minas Gerais em face da COPASA MG.

Valores, bens e direitos envolvidos: o valor atribuído à causa pelo Autor, atualizado monetariamente,

é estimado em R$ 2,4 milhões.

Principais fatos: Liquidação de sentença - revisão de reajustes - restituir aos usuários valores cobrados

a maior em fevereiro de 2003 decorrentes de reajuste tarifário. Processo já transitou em julgado.

Risco de perda: Provável.

Análise de impacto: a decisão determina a devolução da diferença da cobrança em fevereiro do

reajuste de 2003 que deveria começar a ser cobrada somente em março de 2003. Está em fase final de

perícia dos valores. Entretanto, a decisão judicial determina que cabe a cada usuário pleitear em juízo a

referida devolução.

Provisão: a Companhia provisiona valores para os processos com classificação de perda Provável,

exceto nas ações trabalhistas em que são provisionadas também as de classificação de perda possível.

Tendo sido esta ação classificada como perda provável houve provisionamento de 10% do valor dado à

causa, pois cabe a cada usuário pleitear individualmente a devolução do valor cobrado a maior em

fevereiro de 2003.

5-Juízo: Vara Única da Comarca de Alfenas MG.

Instância: 1ª instância.

Data de Instauração: 30/03/2007

Partes: Associação Verde Gaia de Proteção Ambiental em face da COPASA MG.

Valores, bens e direitos envolvidos: o valor atribuído à causa pelo Autor, atualizado monetariamente,

é estimado em R$ 2,3 milhões.

Principais fatos: obrigação de fazer da COPASA MG, que consiste em investir na recuperação dos

mananciais hídricos do Município de Alfenas, o percentual de 0,5% referente a sua receita operacional

desde o ano de 1997, com supedâneo no art. 2º da Lei Estadual nº. 12.503/1997.

O pedido foi julgado procedente, sendo que a COPASA MG foi condenada à efetivação de investir

0,5% do valor total de sua receita operacional na proteção e na preservação ambiental da bacia

hidrográfica a que pertence o Município de Alfenas, desde o ano de 1997, dentro de 60 dias, sob pena

de multa diária de R$ 5,0 mil, além do pagamento de custas processuais e honorários advocatícios. A

COPASA MG interpôs recurso de apelação que foi recebido no efeito devolutivo e suspensivo pelo

Tribunal de Justiça de Minas Gerais - TJMG.

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Formulário de Referência 2010

Em apelação, além da matéria de mérito, a COPASA MG arguiu o vício de inconstitucionalidade

formal da Lei Estadual nº. 12.503/1997;

No julgamento da apelação, sustentou oralmente, a prejudicial de inconstitucionalidade formal da Lei

Estadual 12.503/1997, por vício de iniciativa, de acordo com art. 157, II, § 1º, I e IV c/c art. 66, III, da

Constituição Estadual, já que a atribuição para sua proposição, ao prever a criação de despesas para

empresas em que o Estado de Minas Gerais, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital

social, é exclusiva do Governador do Estado.

Tendo sido caracterizada a relevância da fundamentação, a questão da inconstitucionalidade formal da

Lei Estadual nº. 12.503/1997 será submetida à Eg. Corte superior.

Risco de perda: Provável

Análise de impacto: com a perda da ação, os danos serão financeiros, tendo a COPASA MG que

investir 0,5% do valor total de sua receita operacional na proteção e na preservação ambiental da bacia

hidrográfica a que pertence o Município de Alfenas, inclusive, retroativamente desde o ano de 1997,

além do pagamento de custas processuais e honorários advocatícios.

Caso o TJMG entenda pela inconstitucionalidade da Lei 12.503/1997, os benefícios serão relevantes

para a COPASA MG que ficará desobrigada dos investimentos no Município de Alfenas.

Provisão: a Companhia provisiona valores para os processos com classificação de perda Provável,

exceto nas ações trabalhistas em que são provisionadas também as de classificação de perda possível.

Tendo sido esta ação classificada como perda provável houve provisionamento do valor de R$ 26,0 mil.

6-Juízo: 1ª Vara Cível da Comarca de Lavras

Instância: 1ª instância.

Data de Instauração: 18/07/2007

Partes: Associação Verde Gaia de Proteção Ambiental em face da COPASA MG.

Valores, bens e direitos envolvidos: o valor atribuído à causa pelo Autor, atualizado monetariamente,

é estimado em R$ 2,3 milhões.

Principais fatos: obrigação da COPASA MG em investir na recuperação dos mananciais hídricos no

valor de 0,5% de sua receita operacional, atualizados e corrigidos monetariamente.

Processo ainda não teve sentença, estando suspenso até o julgamento da Inconstitucionalidade da Lei

12.503/97, que estabeleceu o investimento na Bacia, inconstitucionalidade esta apresentada pela

COPASA MG, perante o TJMG.

Risco de perda: provável

Análise de impacto: na eventual perda da ação, os danos serão financeiros, tendo a COPASA MG que

investir 0,5% do valor total de sua receita operacional retroativamente desde o ano de 1997, além do

pagamento de custas processuais e honorários advocatícios.

Caso o TJMG entenda pela inconstitucionalidade da Lei 12.503/1997, os benefícios serão relevantes

para a COPASA MG que ficará desobrigada dos investimentos no Município de Alfenas.

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Formulário de Referência 2010

Provisão: a Companhia provisiona valores para os processos com classificação de perda Provável,

exceto nas ações trabalhistas em que são provisionadas também as de classificação de perda possível.

Tendo sido esta ação classificada como perda provável houve provisionamento do valor de R$ 21,8 mil.

A COPASA MG é parte em 151 ações tributárias. Apresenta-se, a seguir, a descrição dos principais

processos, nos quais a Companhia figurava como parte em 31 de dezembro de 2009:

7 -Juízo: 18ª Vara Federal da Justiça Federal em Belo Horizonte MG.

Instância: 1ª instância.

Data de Instauração: 20/12/2006

Partes: COPASA MG em face da União Federal

Valores, bens e direitos envolvidos: o valor atribuído à causa pelo Autor, atualizado monetariamente,

é estimado em R$ 7,6 milhões.

Principais fatos: ação declaratória de inexistência de obrigação tributária c/c anulatória de lançamento

tributário e pedido de antecipação parcial de efeitos de tutela. Preliminarmente, o Juízo concedeu a

antecipação parcial da tutela no sentido de suspender a exigibilidade de parte do crédito tributário. Para

que obtivesse a suspensão da exigibilidade da integralidade do crédito, a COPASA MG depositou, em

juízo, o valor restante.

A União aduziu, em sua defesa, que a COPASA MG já havia discutido a questão referente a esta ação

em mandado de segurança, o que levaria à extinção do feito por ocorrência de coisa julgada.

O juízo de primeira instância acatou a tese da União para extinguir o feito sem julgamento de mérito,

por ocorrência de coisa julgada.

A COPASA MG interpôs recurso de apelação para a Segunda Instância do Tribunal Regional Federal

da Primeira Região, que reformou a decisão de Primeira Instância, sob o entendimento de que são

distintos os pedidos do mandado de segurança e da presente ação e que, assim sendo, deve ser

reconhecida a inconstitucionalidade e ilegalidade da cobrança.

Risco de perda: Possível

Análise de impacto: embora a presente ação trate de assunto que já vem se pacificando no âmbito do

Supremo Tribunal – Inconstitucionalidade da Lei n° 9.718/98 – pesa, ainda sobre o caso a discussão

acerca da ocorrência, ou não de coisa julgada. Assim, caso a COPASA MG tenha julgado

improcedente, em última instância, o seu pedido, terá que pagar à União os valores provenientes ao

recolhimento do PIS/PASEP, constantes de autuação feita por essa última.

Provisão: perda possível, portanto não houve provisionamento.

8 -Juízo: 18ª Vara Federal da Justiça Federal em Belo Horizonte MG

Instância: 1ª instância.

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Formulário de Referência 2010

Data de Instauração: 14/01/2002

Partes: COPASA MG em face da União

Valores, bens e direitos envolvidos: O valor atribuído à causa pelo Autor, atualizado monetariamente,

é estimado em R$ 5,8 milhões.

Principais fatos: declarar ilegalidade da multa pelo atraso no pagamento do Cofins e do Pasep e

repetição de indébito, sendo que a COPASA MG reformou em segunda instância a decisão.

Risco de perda: Possível.

Análise de impacto: a multa paga pela COPASA MG acerca do atraso no pagamento do Cofins e do

Pasep poderá retornar à Companhia ou ser compensada em outros débitos.

Provisão: perda possível, portanto não houve provisionamento.

9 -Juízo: 18ª Vara Federal da Justiça Federal em Belo Horizonte MG

Instância: 1ª instância.

Data de Instauração: 17/09/2008.

Partes: COPASA MG em face da União.

Valores, bens e direitos envolvidos: o valor atribuído à causa pelo Autor, atualizado monetariamente,

é estimado em R$ 2,1 milhões.

Principais fatos: A COPASA MG move ação de execução em face da União para recebimento de valor

que pagou, de forma indevida, a título de empréstimos compulsórios.

Segundo os cálculos da COPASA MG, o valor devido seria no importe de R$ 2,0 milhões.

A União, por sua vez, opôs embargos à execução, apresentando cálculos distintos dos apresentados pela

COPASA MG, aduzindo que o valor devido se limita a R$ 226,4 mil. No entanto, o Juízo competente

ainda não se manifestou a respeito.

Risco de perda: Possível

Análise de impacto: caso o pleito da COPASA MG não seja atendido, a mesma terá reduzido o valor

da execução para R$ 226,4 mil, além de ter de pagar honorários que, em último caso, podem chegar a

20% do valor dado à causa.

Provisão: perda possível, portanto não houve provisionamento.

A COPASA MG, em 31 de dezembro de 2009, era ré em 643 ações trabalhistas, com responsabilidade

direta e indireta, com valor estimado em R$ 40,3 milhões. Das quais estão divididas da seguinte forma:

19 Administrativas : sendo 14 com perda provável, no valor de R$ 3,8 milhões e 05 com risco Remoto,

no valor de R$ 3,0 mil.

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Formulário de Referência 2010

151 ações trabalhistas da COPASA MG envolvendo empregados da Companhia: sendo 95 com

risco de perda Provável, no valor de R$ 7,0 milhões e 56 de perda Remota, no valor de R$ 15,4

milhões.

473 ações de empreiteiras: sendo que 57 contêm risco provável, no valor de R$ 1,3 milhão, e 416 de

perda Remota, no valor de R$ 12,8 milhões. São provisionadas todas as ações trabalhistas classificadas

como de risco de perda Provável.

Nas ações de empregados de empreiteira, nas quais a COPASA MG figura no pólo ativo na condição de

litisconsorte passivo, com responsabilidade subsidiária, sendo que a responsabilidade principal é do

empreiteiro contratado para a prestação de serviços de obras de manutenção e construção. Quando

acolhido o pedido inicial, as referidas empreiteiras, via de regra, arcam com o ônus da condenação,

porém, caso tais empreiteiras não tenham condições financeiras para arcar com o pagamento da

condenação, a COPASA MG é compelida judicialmente a satisfazer o débito trabalhista. Em razão

disto, é feita a provisão no valor de R$ 1,3 milhão, acima indicada, para eventuais condenações,

levando-se em consideração a existência de empreiteiras com dif iculdades financeiras e,

consequentemente, caracterizadas como potenciais inadimplentes, pelo que se considera essas ações

como de perda provável.

Para a quantificação dos valores envolvidos em tais processos utilizamos como critério a experiência do

profissional sobre a questão demandada, decisões envolvendo pedidos da mesma natureza, valores

atribuídos à condenação, perícia contábil, dentro outros critérios objetivos. Não são incluídos na

referida estimativa os encargos previdenciários (aproximadamente 28,8% sobre as verbas de natureza

salarial).

Os pleitos, em sua maioria, estão relacionados a danos morais e materiais em razão de doença

ocupacional ou acidente de trabalho, horas extras, adicionais de insalubridade e periculosidade,

sobreaviso, diferenças salariais decorrentes de isonomia de função, questionamentos de demissão por

justa causa, além de nulidade de dispensa sem justa causa praticada apenas com fundamento no ato de

vontade do empregador, sem justificativa ou motivação, continuidade de pagamento de cesta básica e

restabelecimento do Plano de Saúde Baixo Risco, política de desligamento adotada pela empresa,

demissão praticada em período eleitoral, admissão sem a observância de concurso público, ação de

execução de título extrajudicial, sobre legação de descumprimento de TAC, que versa sobre a

contratação de empregados e de prestação de serviços e obras, ação Civil Pública questionando a

terceirização de atividades na Companhia e processo administrativo interposto pelo Ministério do

Trabalho e Emprego, envolvendo reflexos de horas extras em repouso semanal remunerado, convertido

em Ação movida pela Empresa contra a União.

Apresenta-se a seguir, a descrição dos principais processos:

1- Juízo: 24ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte - MG

Instância: 2ª Instância.

Data de Instauração: 22 de setembro de 2008.

Partes: Sindicato da Categoria e Ministério Público do Trabalho -MPT em face da COPASA MG.

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Formulário de Referência 2010

Valores, bens e direitos envolvidos: Nessa ação é pleiteada a revogação da política de desligamento da

COPASA MG, e o cancelamento das demissões compulsórias dos empregados aposentados e/ou que

completaram 58 anos, que ocorreram desde 2006. O valor estimado para esta ação, em 31 de dezembro

de 2009, corresponde R$ 1,1 milhão.

Principais Fatos: em 19 de dezembro de 2008, o processo foi julgado improcedente, porém, em 09 de

novembro de 2009, o tribunal reformou a sentença acolhendo os pedidos do Sindicato e do MPT, mas

em 08 de fevereiro de 2010, a COPASA MG apresentou Embargos e está aguardando sua decisão.

Risco de Perda: Provável

Análise de Impacto: O resultado final do processo poderá ser desfavorável e exercer um efeito adverso

para a Companhia, caso a obrigação de reintegrar os empregados for mantida também em terceira

instância.

Provisão: R$ 1,1 milhão, em 31 de dezembro de 2009.

2- Juízo: 1ª Vara do Trabalho Belo Horizonte - MG

Instância: 3ª Instância.

Data de Instauração: 05 de agosto de 2008.

Partes: SINDÁGUA MG em face da COPASA MG.

Valores, bens e direitos envolvidos: nessa ação é pleiteada a reintegração de todos os empregados

dispensados imotivadamente dentro do período pré-eleitoral, com fundamentos no artigo 73 - V, da Lei

9.054/95, apesar da circunscrição do pleito eleitoral ter sido municipal. O valor estimado para esta ação,

em 31 de dezembro de 2009, corresponde a R$ 1,2 milhão.

Principais Fatos: em 01 de dezembro de 2008 foi proferida a decisão de primeiro grau, condenando a

COPASA MG, de imediato, antes do trânsito em julgado, a se abster de dispensar, imotivadamente,

seus empregados, até a posse dos eleitos no pleito municipal, sob pena de multa no valor de R$ 10,0 mil

em favor do empregado dispensado e proceder à reintegração, em cinco dias, de todos os empregados

imotivadamente dispensados no período de três meses anteriores às eleições municipais até a posse dos

eleitos, sob pena de multa de R$ 2,0 mil por dia que ultrapassar esse prazo, até o limite de R$ 10,0 mil,

por empregado não reintegrado e a seu favor. Após o trânsito em julgado, pagará ainda todos os salários

devidos durante o período de afastamento dos empregados dispensados no período pré-eleitoral,

acrescidos de juros e correção monetária.

A Companhia recorreu da decisão, e em 20 de abril 2009 o Tribunal Regional do Trabalho da Terceira

Região, pela sua Oitava Turma, concedeu parcial provimento ao recurso da COPASA MG, para

converter o direito dos substituídos à reintegração ao emprego em indenizações substitutivas

correspondentes aos respectivos salários, devidos desde a dispensa ocorrida no trimestre anterior às

eleições municipais de 2008, até a data da posse dos candidatos eleitos, conforme se apurar em

execução. Em 18 de maio de 2009 a COPASA MG recorreu ao Tribunal Superior do Trabalho - TST,

porém o recurso não foi admitido, mas em 07 de agosto de 2009, a COPASA MG apresentou Agravo de

Instrumento visando o destrancamento e análise de seu recurso de revista, ainda pendente de

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Formulário de Referência 2010

distribuição no TST; foi requerida pela parte Autora a execução provisória que, atualmente, aguarda a

elaboração de perícia contábil.

Risco de Perda: provável.

Provisão: R$ 1,2 milhão.

3- Juízo: 4ª Vara do Trabalho de Coronel Fabriciano - MG.

Instância: 3ª instância.

Data de Instauração: 12 de fevereiro de 2007.

Partes: João Francisco D’assunção.

Valores, bens e direitos envolvidos: nessa Ação é pleiteado adicional de insalubridade, indenização

por danos moral e material referente a acidente de trabalho sofrido em 10/11/2005. O valor estimado

para esta ação, em 31 de dezembro de 2009, corresponde a R$ 684,3 mil.

Principais Fatos: em 26 de maio de 2008, foi proferido decisão de primeiro grau, dando procedência

parcial ao pedido do autor, condenando a COPASA MG ao pagamento do adicional de insalubridade,

em grau médio, com reflexos em 13º salário, férias acrescidas do 1/3 constitucional e Fundo de

Garantia por Tempo de Serviço - FGTS; indenização por danos materiais, em parcelas mensais, na

forma da fundamentação; indenização por danos morais no valor de R$ 15,0 mil; indenização prevista

na cláusula 32ª do acordo coletivo vigente no período de 1º/05/2005 a 30/04/2006. As partes recorreram

da decisão e em 27 de setembro de 2009 foi negado provimento ao recurso da COPASA MG e dado

provimento ao recurso do Autor para deferir-lhe indenização por danos materiais e morais, e declara,

"ex officio", a hipoteca judicial sobre os bens da reclamada na quantia suficiente para garantia

executória. Em 10 de dezembro de 2008 a COPASA MG recorreu para o TST, ainda pendente de

decisão. O processo encontra-se na execução provisória.

Risco de Perda: provável.

Análise de Impacto: o impacto é financeiro e não é substancial a ponto de interferir de forma

significativa nos resultados da Empresa.

Provisão: R$ 684,4 mil, em 31 de dezembro de 2009.

4- Juízo: 11ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte - MG

Instância: 2ª Instância.

Data de Instauração: 04 de maio de 2009.

Partes: SINDÁGUA - MG em face da COPASA MG.

Valores, bens e direitos envolvidos: Nessa ação é pleiteada a distribuição da Participação dos

Empregados nos lucros da Empresa de forma linear, em cumprimento de norma coletiva, cláusula 3ª do

Acordo Coletivo de Trabalho 2008/2010. O valor do monte distribuído não está em discussão, apenas a

forma em que esse valor foi distribuído, de modo que a prevalecer o pedido posto, alguns empregados

deverão devolver parte do valor recebido, considerando que os cálculos elaborados para o pagamento

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Formulário de Referência 2010

pela Empresa foram realizados sobre uma parte fixa e a outra linear. O valor estimado para esta ação,

em 31 de dezembro de 2009, corresponde a R$ 11,9 mil.

Principais Fatos: em 23 de novembro de 2009 foi profer ida a decisão do juiz de primeiro grau, que

determinou o pagamento integralmente linear. A Companhia recorreu da decisão em 25/01/2010, ainda

pendente de decisão.

Risco de Perda: Provável.

Análise de Impacto: o resultado final do processo, se desfavorável, não exercerá efeito substancial

adverso para a Companhia, pois o dispêndio financeiro para a Empresa será inexpressivo, acarretando

somente obrigação de fazer para a adequação na distribuição do valor da PL efetivada.

Provisão: R$ 11,9 mil, em 31 de dezembro de 2009.

5- Juízo: 38ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte - MG.

Instância: 1ª Instância.

Data de Instauração: 10 de dezembro de 2009.

Partes: SINDÁGUA - MG, com Assistente Litisconsorcial do MPT, em face da COPASA MG.

Valores, bens e direitos envolvidos: Ação Civil Pública em que o autor pleiteia a nulidades dos

contratos de terceirização de serviços da COPASA MG e impedimento de terceirização pela Empresa.

O valor estimado para esta ação, em 31 de dezembro de 2009, corresponde a R$ 100,0 mil.

Principais Fatos: aguarda realização de audiência designada para o dia 26 de janeiro de 2010.

Risco de Perda: Provável

Análise de Impacto: não se pode prever o resultado final do processo, porém, acreditamos que um

resultado desfavorável poderá exercer um efeito substancialmente adverso para a Companhia, pois

implicará na contratação direta de muitos empregados.

Provisão: R$ 100,0 mil, em 31 de dezembro de 2009.

6- Juízo: -13ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte - MG.

Instância: 3ª Instância.

Data de Instauração: 22 de novembro de 2007.

Partes: MPT em face da COPASA MG.

Valores, bens e direitos envolvidos: Ação Civil Pública em que o autor pleiteia a nulidades de 198

contratos de trabalho de empregados admitidos sem a seleção por concurso público, depois da vigência

da Constituição Federal. O valor estimado para esta ação, em 31 de dezembro de 2009, corresponde a

R$ 1,3 milhões.

Principais Fatos: em Primeira e Segunda Instâncias o Processo foi julgado improcedente, mas em 10

de dezembro de 2008, o Autor recorreu perante o TST com a finalidade de modificar a sentença,

pendente de decisão desse Tribunal Superior.

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Formulário de Referência 2010

Risco de Perda: Remota

Análise de Impacto: não acreditamos em resultado desfavorável para a Companhia nessa ação, mas se

isso ocorrer, não exercerá um efeito adverso para a COPASA MG, pois apenas irá acarretar a resolução

dos 198 contratos de trabalho dos empregados envolvidos.

Provisão: como esta ação foi classificada como de perda Remota, não houve provisão a ela relativa.

7- Juízo: 36ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte - MG.

Instância: 3ª Instância.

Data de Instauração: 01 de março de 2007.

Partes: MPT em face da COPASA MG.

Valores, bens e direitos envolvidos: execução de Título Extrajudicial relativa a descumprimento do

TAC, que cuida da contratação de pessoas e da delegação de serviços a terceiros pela Empresa. O

Órgão público alegou que existem 5.063 empregados contratados em situação dissonante com o TAC,

que impõe uma multa de R$ 1,0 mil por empregado em situação considerada irregular, a favor do

Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT. O valor estimado para esta ação corresponde a R$ 8,1

milhões.

Principais Fatos: na Vara do Trabalho o processo foi extinto sem julgamento do mérito, com

honorários de sucumbência impostos ao Autor, porém, em Segunda Instância, os honorários

advocatícios foram retirados, sendo interpostos recursos por ambas as partes para o TST. Considerando

que foi negado seguimento ao Recurso de Revista da COPASA MG, em 27 de maio de 2009, foi

interposto Agrava de Instrumento estando o processo no TST pendente de decisão para o

destrancamento das revistas e análise dos recursos.

Risco de Perda: Remota

Análise de Impacto: não acreditamos em resultado desfavorável para a Companhia nessa ação, mas se

isso ocorrer, além de seu valor expressivo, que poderá impactar os resultados da Empresa, exercerá um

efeito substancialmente adverso para a Companhia, uma vez que atingirá a terceirização de serviços e

obras adotada pela Empresa.

Provisão: como esta ação foi classificada como de perda Remota, não houve provisão a ela relativa.

8- Juízo: 25ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte - MG.

Instância: 2ª Instância.

Data de Instauração: 03 de janeiro de 2007.

Partes: COPASA MG em face da União Federal/ Delegacia Regional do trabalho - DRT.

Valores, bens e direitos envolvidos: trata de processo, inicialmente administrativo, relativo a cinco

autuações feitas pela DRT de Belo Horizonte - MG, questionadas pela COPASA MG mediante a

interposição de Ação judicial apresentada na Justiça do Trabalho contra a União Federal, tendo em vista

que o Ministério do Trabalho e Emprego, por meio da DRT, a autuou e aplicou multa, com apuração do

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Formulário de Referência 2010

débito, por não integrar o valor das horas extras para o cálculo do valor do repouso semanal

remunerado, com seus reflexos decorrentes, entendendo que este procedimento acarretou sonegação de

salários, impondo à COPASA MG multas e pagamentos das diferenças aos empregados. O valor

estimado para esta ação, em 31 de dezembro de 2009, corresponde a R$ 3,7 milhões, e apesar de a

Empresa ser a Autora, em face das circunstâncias do processo, foi feita provisão nesse valor, com

classificação de Processo Administrativo.

Principais Fatos: na Vara do Trabalho o processo teve a multa reduzida para 50% do valor

inicialmente imposto pela DRT, mas, em 25 de junho de 2009, a Empresa recorreu para o TRT da

Terceira Região visando à reforma da decisão ou a obtenção de autorização para o pagamento da multa

com a redução legal permitida, que é de 50%, exercida nos dez dias em que tiver conhecimento da

decisão sobre a defesa.

Risco de Perda: Provável

Análise de Impacto: o resultado desfavorável para a Companhia nessa ação, além de acarretar o

pagamento da multa e das diferenças a todos os empregados envolvidos no objeto da ação, inclusive

demitidos, cujo valor é representativo, e poderá impactar o resultado da Empresa, ensejará a mudança

de procedimento com relação à integração de horas extras no repouso semanal remunerado.

Provisão: R$ 3,7 milhões.

9- Juízo – MPT – Belo Horizonte - MG

Instância – Primeira Instância

Data de Instauração: 07 de dezembro de 2004 (data em que foi firmado o TAC).

Partes: MPT em face da COPASA MG.

Valores, bens e direitos envolvidos : em 07 de dezembro de 2004 a Companhia firmou um TAC com o

MPT se comprometendo a respeitar a legislação ordinária e constitucional que regula a contratação de

pessoas.

Principais fatos : o TAC prevê multa diária de R$ 1,0 mil por empregado em situação considerada

irregular, em caso de descumprimento da obrigação. O TAC é exequível perante Tribunais e tem prazo

de validade indeterminado.

Risco de Perda: Risco de perda remota, o acordo está sendo cumprido.

Análise de impacto: caso o acordo não seja cumprido, a execução será imediata, devendo a COPASA

MG pagar imediatamente ou opor recurso judicial cabível.

Provisão: não foi realizada provisão.

10- Juízo: 23ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte - MG.

Instância: 2ª Instância.

Data de Instauração: 08 de setembro de 2008.

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Formulário de Referência 2010

Partes: Antônio Camilo de Almeida em face da COPASA MG.

Valores, bens e direitos envolvidos: trata de Ação em que o ex-empregado, demitido em outubro de

2007, reivindica a sua reintegração sob alegação de demissão efetivada com discriminação em face de

idade e de sua condição de aposentado, postulando a nulidade da dispensa com o pagamento de salários

vencidos e vencíveis, além de horas extras, cesta básica, tíquete refeição, FGTS, 13º salário, férias

acrescidas da gratificação sindical. O valor estimado para esta ação, em 31 de dezembro de 2009,

corresponde a R$ 588,4 mil.

Principais Fatos: em Primeira o Processo foi julgado procedente em parte, sendo a Empresa

condenada a reintegrar no emprego Antonio Camilo de Almeida, em idênticas condições a que se

encontrava antes da dispensa operada, bem como a pagar-lhe: a) salários, férias + 1/3, FGTS 8%, 13º

salários devidos durante o período em que esteve ilegalmente afastado do emprego até sua efetiva

reintegração; b) gratificação por tempo de serviço e tíquete; refeição/alimentação, cesta básica e cesta

de natal durante o período em que esteve ilegalmente afastado da reclamada; c) Participação nos Lucros

e Resultados e R$ 10,0 mil, a título de indenização por danos morais; Juros e atualização monetária na

forma da lei, sendo esta a partir do mês subsequente ao da prestação de serviços.

Em 13 de outubro de 2009 a Empresa recorreu para o TRT da Terceira Região com a finalidade de

modificar a sentença, pendente de decisão desse Tribunal Superior.

Risco de Perda: Remota.

Análise de Impacto: resultado desfavorável para a Companhia nessa ação exercerá apenas efeito

financeiro já que se trata de ação individual.

Provisão: como esta ação foi classificada como de perda Remota, não houve provisão a ela relativa.

11- Juízo: Vara do Trabalho de Pará de Minas - MG.

Instância: 2ª Instância.

Data de Instauração: 21 de junho de 2007.

Partes: Carlos Alberto da Silva Guimarães em face da COPASA MG.

Valores, bens e direitos envolvidos: Ação em que o ex-empregado reivindica Indenização por danos

materiais e estéticos em razão de invalidez decorrente de acidente de trabalho, alegando que a Empresa

não dava manutenção no maquinário, nem fornecia os Equipamentos de Proteção Individual - EPIs, e

que ao transportar nos ombros um "registro de adutora", caiu em um buraco, provocado pela erosão,

acarretando-lhe ruptura na clavícula, e lesão na espinha, restando inválido e a COPASA MG nem

emitiu Comunicação de Acidente de Trabalho - CAT.

O valor estimado para esta ação, em 31 de dezembro de 2009, corresponde a R$ 1,4 milhão.

Principais Fatos: em Primeira Instância o Processo foi julgado improcedente, o ex-empregado recorreu

ao TRT da Terceira Região, mas em 03 de julho de 2009 foi negado provimento ao seu recurso.

Risco de Perda: Remota

Análise de Impacto: não acreditamos em resultado desfavorável para a Companhia nessa ação, mas se

isto ocorrer exercerá apenas efeito financeiro já que se trata de ação individual.

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Formulário de Referência 2010

Provisão: como esta ação foi classificada como de perda Remota, não houve provisão a ela relativa.

12- Juízo: 21ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte - MG.

Instância: 1ª Instância.

Data de Instauração: 22 de setembro de 2008.

Partes: Eloísa Ferreira Alves Galdino em face da COPASA MG.

Valores, bens e direitos envolvidos: trata de Ação em que a ex-empregado alega que, sendo

dispensada em 10/12/2007, gozava de estabilidade no emprego por força de adendo ao contrato de

trabalho por ato da Reclamada relativo a empregados aposentados e em condições de jubilação,

requerendo a nulidade de sua dispensa e danos materiais, ao argumento de ter sofrido perdas e/ou

prejuízos, além de salários vencidos e vincendos e complementação da aposentadoria pela

PREVIMINAS até a efetiva reintegração, indenização relativa a juros de empréstimos tomados

derivados da redução remuneratória, tíquetes alimentação/cesta básica, participação nos lucros e/ou

resultados mais a gratificação por tempo de serviço por força de CCTs, e alternativamente postulou

indenização por descumprimento ilícito do pacto laboral, aduzindo ter sofrido no curso do contrato

discriminação contra pessoa idosa, e também equiparação salarial e pagamento de horas extras. O valor

estimado para esta ação, em 31 de dezembro de 2009, corresponde a R$ 583,3 mil.

Principais Fatos: em Primeira Instância, o Processo foi julgado Procedente em Parte, sendo que a

COPASA MG foi condenada a pagar à ex-empregada diferença de multa de 40% do FGTS anterior a

1998. Não ocorreram recursos de ambas as partes e o processo encontra-se pendente de liquidação de

sentença.

Risco de Perda: Remota

Análise de Impacto: o resultado desfavorável para a Companhia nessa ação não ensejará efeito

financeiro, pois o pedido deferido será compensado com os pagamentos já efetivados pela Empresa em

conta vinculada de FGTS da ex-empregada, conforme será revelado por perícia contábil.

Provisão: como esta ação foi classificada como de perda Remota, não houve provisão a ela relativa.

13- Juízo: 23ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte - MG.

Instância: 1ª Instância.

Data de Instauração: 07 de maio de 2008.

Partes: Tereza Pereira Silva em face da COPASA MG.

Valores, bens e direitos envolvidos: Ação em que a ex-empregado requer indenização por danos

morais e materiais sob alegação de ter sofrido acidente do trabalho por culpa da Empresa. O valor

estimado para esta ação, em 31 de dezembro de 2009, corresponde a R$ 612,0 mil.

Principais Fatos: O processo teve audiência designada para 19 de maio de 2008 e sentença

determinada, mas foi convertida em diligência, sendo determinada a realização de perícia médica,

encontrando-se, portanto, o processo na fase de conhecimento, pendente de perícia médica.

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Formulário de Referência 2010

Risco de Perda: Remota

Análise de Impacto: na ocorrência de resultado desfavorável para a Companhia nessa ação, seu efeito

será apenas financeiro e individual, sem representar impacto significativo nos resultados da Empresa.

Provisão: Como esta ação foi classificada como de perda Remota, não houve provisão a ela relativa.

14- Juízo: Vara do Trabalho de Caxambu - MG.

Instância: 1ª Instância.

Data de Instauração: 05 de junho de 2009.

Partes: Luiz Carlos Pereira de Souza em face da COPASA MG.

Valores, bens e direitos envolvidos: Trata de Ação em que o ex-empregado requer indenização por

danos morais e danos estéticos causados por doença profissionais, sendo que o valor estimado para esta

ação, em 31 de dezembro de 2009, corresponde a R$ 768,4 mil.

Principais Fatos: em 03 de dezembro de 2009, ao proferir a sentença, e considerando que já teve outro

processo discutindo a mesma matéria, o Juiz de 1ª Instância declarou que ocorreu a coisa julgada e

extinguiu o feito, sem a resolução do mérito.

Risco de Perda: Remota

Análise de Impacto: a Companhia não acredita em resultado desfavorável, mas se isto ocorresse o

efeito será apenas financeiro e individual, que não acarretará impacto significativo nos resultados da

Empresa.

Provisão: Como esta ação foi classificada como de perda Remota, não houve provisão a ela relativa.

4.4. Descrever os processos judiciais, administrativos ou arbitrais, que não estejam sob

sigilo, em que o emissor ou suas controladas sejam parte ré e cujas partes contrárias

sejam administradores ou ex-administradores, controladores ou ex-controladores ou

investidores do emissor ou de suas controladas, informando:

a) juízo.

b) instância.

c) data de instauração.

d) partes do processo.

e) valores, bens ou direitos envolvidos.

f) principais fatos.

g) se a chance de perda é:

i) provável.

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Formulário de Referência 2010

ii) possível.

iii) remota.

h) análise do impacto em caso de perda do processo.

i) valor provisionado, se houver provisão.

Não existem processos em que a Companhia seja parte e cujas partes contrárias sejam administradores

ou ex-administradores, controladores ou ex-controladores ou investidores da Companhia.

4.5. Em relação aos processos sigilosos relevantes em que o emissor ou suas controladas

sejam parte e que não tenham sido divulgados nos itens 4.3 e 4.4 acima, analisar o

impacto em caso de perda e informar valores envolvidos.

Não existem processos sigilosos.

4.6. Descrever os processos judiciais, administrativos ou arbitrais repetitivos ou conexos,

baseados em fatos e causas jurídicas semelhantes, que não estejam sob sigilo e que em

conjunto sejam relevantes, em que o emissor ou suas controladas sejam parte,

discriminando entre trabalhistas, tributários, cíveis e outros, indicando:

Em 30 de março de 2010 a COPASA MG figurava como ré em 12 processos ajuizados pela Associação

Verde Gaia de Proteção Ambiental e/ou pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais, nos quais

os mesmos questionam o cumprimento da Lei n° 12.503/97 que determina a aplicação de 0,5% da sua

receita operacional, apurada nos municípios onde opera, na preservação de mananciais hídricos.

Neste mesmo período a COPASA MG figurava como ré em 19 processos ajuizados pelo Ministério

Público do Estado de Minas Gerais ou Associações Civis, nos quais se questiona a cobrança da tarifa de

esgoto em determinados municípios, sob o argumento de que, para se cobrar a tarifa é necessário o

tratamento do esgoto.

a. valores envolvidos.

Em 30 de março de 2010, os valores referentes a tais processos eram correspondentes a R$ 2,0 milhões.

b. valor provisionado, se houver.

Dos 31 processos, nove processos estão provisionados, expectativa de perda provável, no valor de R$

127,9 mil.

4.7. Descrever outras contingências relevantes não abrangidas pelos itens anteriores.

Não há outras contingências relevantes não abrangidas nos itens anteriores.

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Formulário de Referência 2010

4.8. Em relação às regras do país de origem do emissor estrangeiro e às regras do país no

qual os valores mobiliários do emissor estrangeiro estão custodiados, se diferente do

país de origem, identificar:

a. restrições impostas ao exercício de direitos políticos e econômicos

b. restrições à circulação e transferência dos valores mobiliários

c. hipóteses de cancelamento de registro

d. outras questões do interesse dos investidores.

Não se aplica, pois os valores mobiliários da Companhia são negociados apenas na BM&F BOVESPA.

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Formulário de Referência 2010

5. Riscos de mercado

5.1. Descrever, quantitativamente e qualitativamente, os principais riscos de mercado a

que o emissor esta exposto, inclusive em relação a riscos cambiais e a taxas de juros.

A COPASA MG está exposta a diversos riscos de mercado no curso normal de suas atividades. Riscos

que podem ser relacionados com alterações bruscas nas taxas de juros e câmbio; com a regulamentação

do setor em que atuamos, bem como, a fatores inerentes às nossas atividades.

O Governo Federal tem exercido, e continua a exercer, significativa influência sobre a economia

brasileira. As condições políticas e econômicas brasileiras podem afetar adversamente nossos

negócios, condição financeira e resultado de nossas operações, bem como o valor de mercado de

nossas Ações e GDSs.

A economia brasileira tem sido marcada por frequentes e, por vezes, significativas intervenções do

Governo Federal, que afetam as políticas monetária, de crédito, fiscal e outras. As ações do Governo

Federal para controlar a inflação e efetuar outras políticas envolveram no passado, dentre outras,

controle de salários e preço, desvalorização da moeda, controles no fluxo de capital e determinados

limites sobre as mercadorias e serviços importados. Não temos controle sobre quais medidas ou

políticas o Governo Federal poderá adotar no futuro e não podemos prevê-las. Os negócios, condição

financeira e resultados de nossas operações, bem como o valor de mercado das Ações e GDSs, podem

ser adversamente afetados em razão de mudanças na política pública em nível federal, estadual e

municipal, referentes a tarifas públicas e controles de câmbio, bem como por outros fatores, tais como:

variação nas taxas de câmbio;

controle de câmbio e restrições a remessas ao exterior, tais como as brevemente impostas em

1989 e 1990;

inflação;

flutuações nas taxas de juros;

liquidez no mercado doméstico financeiro e de capitais e mercados de empréstimos;

escassez de energia elétrica.

Restrições sobre a movimentação de capitais para fora do Brasil poderão prejudicar a nossa

capacidade de cumprir determinadas obrigações de dívida e reduzir o valor de mercado das

nossas ações e/ou GDSs.

A lei brasileira permite que o Governo Federal imponha restrições temporárias à conversão da moeda

brasileira em moedas estrangeiras e à remessa para investidores estrangeiros dos recursos de seus

investimentos no Brasil sempre que houver um desequilíbrio grave na balança de pagamentos brasileira

ou motivos para que se preveja a ocorrência de um sério desequilíbrio. A última vez que o Governo

Federal impôs restrições de remessa foi por aproximadamente seis meses em 1989 e no começo de

1990. O Governo Federal poderá tomar medidas semelhantes no futuro, caso julgue necessário. A

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Formulário de Referência 2010

imposição de restrições à conversão e à remessa de divisas ao exterior pode prejudicar nosso acesso aos

mercados de capitais internacionais, impedir nossos acionistas de remeter dividendos para o exterior,

além de impedir pagamentos de nossas obrigações denominadas em moeda estrangeira. Como

resultado, essas restrições poderiam nos afetar adversamente e reduzir o valor de mercado das nossas

ações e/ou GDSs.

Mudanças na economia global, especialmente nos Estados Unidos, e em mercados emergentes,

podem afetar nosso acesso aos recursos financeiros e diminuir o valor de mercado das nossas

ações e/ou GDSs.

O mercado de títulos e valores mobiliários emitidos por companhias brasileiras é influenciado, em

diversos aspectos, pelo ingresso de capital de investidores estrangeiros, assim como pela economia

global e condições do mercado, especialmente dos Estados Unidos e pelos países da América Latina e

outros mercados emergentes. A reação dos investidores ao desenvolvimento dos outros países pode ter

um impacto desfavorável no valor de mercado dos títulos e valores mobiliários de companhias

brasileiras. Crises em outros países emergentes ou políticas econômicas de outros países podem reduzir

a demanda do investidor por títulos e valores mobiliários de companhias brasileiras, inclusive pelas

Ações e/ou GDSs. Qualquer dos acontecimentos mencionados acima pode afetar adversamente o valor

de mercado das Ações e GDSs, e dificultar nossa habilidade de acessar os mercados de capitais e

financiar nossas operações no futuro em termos aceitáveis ou não.

O resultado das eleições presidenciais que ocorrerão em outubro de 2010 poderá afetar a

economia brasileira e, por consequência a situação financeira da Companhia.

O presidente do Brasil tem poder suficiente para determinar políticas e ações governamentais relativas à

economia do país e, consequentemente, afetar as operações e resultados financeiros de empresas

brasileiras como a Companhia. O presidente poderá modificar as políticas governamentais já existentes,

e o novo governo, poderá buscar a implementação de novas políticas. A Companhia não pode prever

quais políticas serão adotadas pelo governo brasileiro e se essas políticas afetarão negativamente a

economia brasileira, os seus negócios e sua situação financeira.

Alterações na legislação tributária do Brasil poderão afetar adversamente os resultados

operacionais da Companhia.

O Governo Federal regularmente implementa alterações no regime fiscal que afetam a Companhia.

Estas alterações incluem mudanças nas alíquotas e, ocasionalmente, a cobrança de tributos temporários,

cuja arrecadação é associada a determinados propósitos governamentais específicos. Algumas dessas

medidas poderão resultar em aumento da carga tributária, o que poderá, por sua vez, influenciar a

lucratividade da Companhia e afetar adversamente os seus preços da energia gerada, podendo impactar,

consequentemente, o seu resultado financeiro.

As regras referentes às contribuições sociais Cofins e PIS/PASEP sofreram modificações ao longo dos

anos, particularmente em 2003 e 2004, e afetaram diretamente nossas receitas. Houve acréscimo

significativo das alíquotas aplicáveis e redução das deduções permitidas pela lei na base de cálculo, o

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Formulário de Referência 2010

que gerou um aumento do valor das contribuições devidas. Futuras alterações na política tributária

brasileira poderão afetar nossos resultados operacionais e condição financeira.

Apresentamos necessidades significativas de recursos financeiros para a realização de nossos

investimentos, e qualquer restrição à nossa capacidade de obtenção de novos financiamentos

poderá causar um efeito material adverso sobre nossos investimentos e sobre a possibilidade de

ampliação de nossos negócios.

Somos uma empresa de capital intensivo e, portanto, temos necessidades substanciais de liquidez e

capital. Nosso programa de investimentos visa, dentre outros, melhorar e ampliar os sistemas de

abastecimento de água e esgotamento sanitário, automatizar e melhorar o controle de dados de nossas

Estações de Tratamento de Água - ETAs e Estações de Tratamento de Esgoto - ETEs e investir na

proteção do meio-ambiente. Para financiar tal programa, dependemos de nossa capacidade de gerar

receita, da obtenção de financiamentos nos mercados de capitais nacional e internacional, bem como

junto a instituições financeiras governamentais e multilaterais, e do desenvolvimento de estruturas de

financiamento de projetos (project finance) e demais estruturas financeiras.

Políticas de restrição ao endividamento público no Brasil que limitam o acesso a linhas tradicionais de

crédito do setor de saneamento, em especial aos recursos do FGTS e do FAT, podem afetar

adversamente nosso programa de investimentos, e, como consequência, nosso resultado operacional e

situação financeira. O Governo Federal manteve tais políticas ao longo dos anos de 1998 até outubro de

2002, sendo que, nesse período, aproximadamente 80,0% de nossos investimentos advieram de recursos

próprios. Futuras restrições ao endividamento público poderão afetar nossos resultados operacionais e

condição financeira.

Risco Cambial:

O risco de câmbio é o risco de que o valor justo dos fluxos de caixa futuros de um instrumento

financeiro flutue devido a variações nas taxas de câmbio. A exposição da Companhia ao risco de

variações nas taxas de câmbio refere-se principalmente a financiamentos, basicamente com relação ao

dólar dos Estados Unidos.

Os financiamentos em moeda estrangeira são destinados a obras específicas de melhoria e ampliação

dos sistemas de abastecimento de água e de coleta e tratamento de esgotamento sanitário. A Companhia

não possui instrumentos de proteção quanto à exposição dos riscos cambiais.

A exposição da Companhia em moeda estrangeira, representada pelo seu endividamento em dólares dos

Estados Unidos da América, totalizava R$ 62,3 milhões em dezembro de 2009 (R$ 93,3 milhões em 31

de dezembro de 2008 e R$ 80,5 milhões em 31 de dezembro de 2007) e que representava,

respectivamente, 3,3%, 5,1% e 4,9% de seu endividamento total. No entanto, a Companhia mantinha,

em 31 de dezembro de 2009, como garantia de parte desses financiamentos em moeda estrangeira

caução de R$ 22,7 milhões.

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Formulário de Referência 2010

Risco de juros :

Risco de taxas de juros é o risco de que o valor justo dos fluxos de caixa futuros de um instrumento

financeiro flutue devido a variações nas taxas de juros de mercado. A exposição da Companhia ao risco

de mudanças nas taxas de juros de mercado refere-se, principalmente, às obrigações de longo prazo da

Companhia sujeitas a taxas de juros variáveis.

Nosso resultado é afetado pelas mudanças nas taxas de juros devido ao impacto que essas mudanças

têm nas despesas de juros devidas sob nossa dívida com juros variáveis e na receita de juros gerada pelo

nosso caixa e investimentos.

A Companhia está exposta ao risco de elevação das taxas de juros internacionais, com impacto no

financiamento em moeda estrangeira com taxas de juros flutuantes (principalmente a cesta de juros dos

contratos vinculados à União Federal - Bônus).

São simulados diversos cenários levando em consideração refinanciamento, renovação de posições

existentes e financiamentos. Com base nesses cenários, a Companhia define uma mudança razoável na

taxa de juros e calcula o impacto sobre o resultado. Os cenários são elaborados considerando somente

os principais ativos e passivos financeiros.

A dívida bruta da COPASA MG, considerando os financiamentos e outras obrigações (Previminas e

Cemig) totalizou R$ 2,1 bilhões em 31 de dezembro de 2009, enquanto a dívida líquida atingiu R$ 1,6

bilhão. O índice dívida líquida/EBITDA estava em 1,8x.

Linha de Financiamentos Taxa Fixa Taxa

Variável

Término

Contrato

Saldo Devedor

31/12/2009 (R$ mil)

Em moeda Nacional

Recursos FGTS* 10,06% a.a TR 16/04/2029 752.517

BDMG (SOMMA) 8,88% a.a IGP-M 26/11/2016 21.778

Tesouro Nacional 5,38% a.a TR 1/1/2014 143.773

Bndes/BNE 1,52% a.a TJLP 15/06/2023 229.015

Bndes/Debêntures - 1ª Emissão 3,58% a.a TJLP 15/7/2014 213.534

Bndes/Debêntures - 2ª Emissão 2,30% a.a TJLP 03/06/2013 134.351

Bndes/Debêntures - 3ª Emissão 2,30% a.a TJLP 15/12/2019 352.574

Outras obrigações

Cemig 6,00% a.a IGP-M 10/6/2012 53.373

Previminas 6,00% a.a INPC 5/12/2020 98.755

Em US$

União Federal - Bônus 5,80% a.a** US$ 30/4/2024 62.291

Total 2.061.961

*Recursos FGTS: CEF, Bradesco, Itaú e Unibanco. **Taxa média C Bond, Par Bond e Bibis + (Libor + Spread de diversos bônus).

Quanto à parte variável, estamos sujeito a ações do governo brasileiro que pode realizar modificações

significativas em sua política e normas monetárias, fiscais, creditícias e tarifárias.

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Formulário de Referência 2010

Mudanças da TJLP e TR, que compõem 88,5% dos nossos financiamentos, poderão impactar o

endividamento da Companhia.

Risco de crédito:

Os riscos de créditos estão condicionados à disponibilidade da Empresa de ter recursos provenientes da

sua receita arrecadada para ceder e vincular em garantia de uma operação de financiamento. Existem,

também, as condições contratuais firmados com as instituições financeiras que estabelecem limites para

o grau de endividamento.

Contas a receber

O risco de crédito do cliente está sujeito aos procedimentos, controles e política estabelecida pela

Companhia em relação a esse risco. Os limites de crédito são estabelecidos para todos os clientes com

base em critérios internos de classificação. Parte substancial das vendas é pulverizada entre um grande

número de clientes, sendo que em dezembro de 2009 nossos 15 maiores clientes eram responsáveis por

6,0% do faturamento total da Controladora. O risco de crédito relativo aos nossos clientes é mínimo

devido à pulverização da carteira e aos procedimentos de controle, que monitoram esse risco. Os

créditos de liquidação duvidosa estão adequadamente cobertos por provisão para fazer face a eventuais

perdas na sua realização.

Instrumentos financeiros e depósitos em dinheiro

O risco de crédito de saldos com bancos e instituições financeiras é administrado pela Tesouraria da

Companhia de acordo com a política estabelecida por ela. Os recursos excedentes são investidos apenas

em contrapartes aprovadas e dentro do limite estabelecido a cada uma. O limite de crédito das

contrapartes é revisado anualmente. Para bancos e instituições financeiras, os recursos da Companhia

são aplicados substancialmente em títulos de entidades independentemente classificadas com "rating"

mínimo "A" ou em bancos menores com aplicações em “Depósitos a Prazos com Garantia Especial” -

DPGE, do Governo Federal.

A qualidade do crédito dos ativos financeiros que não estão vencidos ou com perda do valor

recuperável pode ser avaliada mediante referência às classificações externas de crédito ou às

informações históricas sobre os índices de inadimplência de contrapartes.

Controladora (R$ mil) 31/12/2009 31/12/2008 31/12/2007

Total de contas a receber de clientes 600.769 570.913 521.393

Consolidado (R$ mil) 31/12/2009 31/12/2008 31/12/2007

Total de contas a receber de clientes 603.006 573.636 521.393

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Formulário de Referência 2010

Conta-corrente, depósitos bancários e aplicações financeiras

de Curto Prazo – Controladora (R$/mil)

Classificação 31/12/2009

AAA 336.313

AA 56.874

BBB 20.215

Total 413.402

Conta-corrente, depósitos bancários e aplicações financeiras

de Curto Prazo - Consolidado (R$/mil)

Classificação 31/12/2009

AAA 338.262

AA 56.874

BBB 20.215

Total 415.351

5.2. Descrever a política de gerenciamento de riscos de mercado adotada pelo emissor,

seus objetivos, estratégias e instrumentos, indicando:

a. riscos para os quais se busca proteção

b. estratégia de proteção patrimonial (hedge)

c. instrumentos utilizados para proteção patrimonial (hedge)

d. parâmetros utilizados para o gerenciamento desses riscos

e. se o emissor opera instrumentos financeiros com objetivos diversos de proteção

patrimonial (hedge) e quais são esses obje tivos

f. estrutura organizacional de controle de gerenciamento de riscos

g. adequação da estrutura operacional e controles internos para verificação da efetividade

da política adotada

A COPASA MG não possui área específica para gerenciamento dos riscos aos quais estamos sujeitos.

Os mesmos são acompanhados nas respectivas áreas que lidam com eles.

No entanto, quanto aos riscos de câmbio e taxas de juros, apesar de não mantermos operação de

“hedge” ou “swap” para proteção patrimonial, conseguimos nos últimos anos, manter apenas

contratação de financiamentos em moeda interna, evitando assim os riscos cambiais.

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Formulário de Referência 2010

E ainda, com relação aos novos financiamentos, conseguimos negociar, junto ao Banco de

Desenvolvimentos Nacional – BNDES, a redução das taxas de juros de TJLP + 3,58% para TJLP +

2,30% e TJLP + 2,30% para TJLP + 1,52% para os contratos na modalidade de debêntures.

Quanto aos financiamentos oriundos de recursos do FGTS, conseguimos reduzir as taxas de risco e

administração e a manter estáveis as taxas de juros em 6%.

5.3. Informar se, em relação ao último exercício social, houve alterações significativas nos

principais riscos de mercado a que o emissor está exposto ou na política de

gerenciamento de riscos adotada

No último exercício social, não houve qualquer alteração relevante nos principais riscos de mercado a que a Companhia está exposta, ou na política de gerenciamento de riscos.

5.4. Fornecer outras informações que o emissor julgue relevantes

Todas as informações consideradas relevantes pela Companhia e pertinentes a este tópico foram

divulgadas nos itens acima.

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Formulário de Referência 2010

6. Histórico do emissor

6.1. Com relação à constituição do emissor, informar:

(a) Data, (b) forma e (c) país de constituição

A Companhia de Saneamento de Minas Gerais - COPASA MG, sociedade de economia mista por

ações, de capital autorizado, sob controle acionário do Estado de Minas Gerais, constituída nos termos

da Lei nº. 2.842, de 5 de julho de 1963, a qual compete planejar, executar, ampliar, remodelar e

explorar serviços públicos de saneamento básico. A Companhia tem sede e foro na Cidade de Belo

Horizonte, Estado de Minas Gerais, Brasil.

6.2. Informar prazo de duração, se houver

Nosso prazo de duração é indeterminado.

6.3. Breve Histórico do Emissor

Com a finalidade de definir e executar uma política ampla de saneamento básico para o Estado de

Minas Gerais, o Governo do Estado criou a Companhia Mineira de Água e Esgotos – COMAG, por

meio da Lei Estadual nº. 2.842, de 5 de julho de 1963. Em 1971, o Governo Federal criou o Plano

Nacional de Saneamento - PLANASA, o qual definia as metas a serem alcançadas pelo País na área de

saneamento. O Governo Federal patrocinou esse programa, investindo em projetos do setor e auxiliando

no desenvolvimento das companhias estaduais de água e esgoto. Tudo isso com a utilização de recursos

do FGTS. Foi nessa época que o Departamento Municipal de Águas e Esgoto - DEMAE, responsável

pelo saneamento na cidade de Belo Horizonte, foi incorporado pela nossa Companhia, beneficiando-se

também dos recursos federais repassados por intermédio do PLANASA.

Com a adesão do DEMAE de Belo Horizonte à COMAG e as mudanças introduzidas pelo PLANASA,

entre elas o incremento do suporte técnico-financeiro ao trabalho desenvolvido pelas companhias

estaduais de saneamento, experimentamos um grande impulso ao nosso crescimento, passando por uma

série de transformações internas, ao longo dos anos subsequentes, de forma a podermos responder às

necessidades da política de saneamento básico do Estado de Minas Gerais. Uma das consequências

deste processo foi a alteração de nossa denominação para Companhia de Saneamento de Minas Gerais -

COPASA MG, por meio da Lei Estadual nº. 6.475, de 14 de novembro de 1974.

A COPASA MG é hoje uma empresa de capital aberto (concluímos em março de 2006 nosso processo

de abertura de capital) regulamentada pela Lei das Sociedades Anônimas, com sede à rua Mar de

Espanha, 525 – Bairro Santo Antônio, na cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais.

O principal mercado de negociação para as nossas ações é o Novo Mercado da BOVESPA. Em abril de

2008 foi concretizada a operação de venda das ações da COPASA MG de propriedade do Município de

Belo Horizonte e da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais - CODEMIG,

elevando o free float da empresa de 30% para 47%.

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Formulário de Referência 2010

6.4. Data de registro na CVM.

Obtivemos o registro de Companhia junto a CVM em 17 de setembro de 2003.

6.5. Descrever os principais eventos societários, tais como incorporações, fusões, cisões,

incorporações de ações, alienações e aquisições de controle societário, aquisições e

alienações de ativos importantes, pelos quais tenham passado o emissor ou qualquer

de suas controladas ou coligadas, indicando:

a. evento

b. principais condições do negócio

c. sociedades envolvidas

d. efeitos resultantes da operação no quadro acionário, especialmente, sobre a

participação do controlador, de acionistas com mais de 5% do capital social e dos

administradores do emissor

e. quadro societário antes e depois da operação

Alíneas não aplicáveis pela inexistência de eventos societários das naturezas indicadas.

6.6. Indicar se houve pedido de falência, desde que fundado em valor relevante, ou de

recuperação judicial ou extrajudicial do emissor, e o estado atual de tais pedidos

Alínea não aplicável pela inexistência de eventos societários da natureza indicada.

6.7. Fornecer outras informações que o emissor julgue relevantes

Alíneas não aplicáveis pela inexistência de eventos societários das naturezas indicadas.

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Formulário de Referência 2010

7. Atividades do emissor

7.1. Descrever sumariamente as atividades desenvolvidas pelo emissor e suas controladas

COPASA MG

As principais atividades da Companhia compreendem a prestação de serviços públicos de

abastecimento de água e de esgotamento sanitário, incluindo as etapas de planejamento, elaboração de

projetos, execução de obras de ampliação e remodelagem das instalações, operação dos sistemas e a

exploração comercial desses serviços. Sua atuação é concentrada no Estado de Minas Gerais.

Adicionalmente, a Companhia conduz atividades de cooperação técnica no Brasil e no exterior.

Visando reforçar a presença e a posição de mercado no Estado de Minas Gerais, aproveitar as

oportunidades de negócios e fortalecer nossa marca, relacionando-a a serviços e produtos de elevado

padrão de qualidade, é que foram criadas as subsidiárias integrais COPASA - Serviços de Saneamento

Integrado do Norte e Nordeste de Minas Gerais - COPANOR, COPASA Águas Minerais de Minas e

COPASA Serviços de Irrigação, durante o ano de 2007.

COPASA - Águas Minerais de Minas S/A

Durante o ano de 2008 foram iniciadas as atividades da “COPASA Águas Minerais de Minas” -

subsidiária integral, sob a forma de sociedade por ações de capital fechado - com a operação da planta

da cidade de Caxambu e comercialização da água mineral de mesmo nome.

Após o período de reestruturação da planta de Caxambu e de preparação da documentação necessária

ao funcionamento da unidade, em agosto de 2008 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária -

ANVISA concedeu a última licença indispensável para o envase e comercialização do produto.

COPASA - Serviços de Saneamento Integrado do Norte e Nordeste de Minas Gerais S.A -

COPANOR

A COPANOR, subsidiária da COPASA MG criada, em 26 de junho de 2007, pelo Governo de Minas

Gerais sob a forma de sociedade por ações de capital fechado, com sede na cidade de Teófilo Otoni é

uma subsidiária da integral da COPASA MG, para atender as regiões Norte e Nordeste do Estado com

os serviços de abastecimento de água tratada, coleta e tratamento de esgotos sanitários e construção de

módulos sanitários e de serviços domésticos em todas as casas desprovidas dessas instalações.

Tem como principais objetivos:

implantar sistemas de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto em todas as

localidades com população entre 200 e 5.000 habitantes no Norte e Nordeste de Minas;

operar os sistemas de água e esgoto com padrão de potabilidade estabelecidos pela portaria 518

do Ministério da Saúde e de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde;

praticar tarifas compatíveis com a realidade local.

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Formulário de Referência 2010

Em 31 de dezembro de 2009, estava operando 52 sistemas de abastecimento de água e esgotamento

sanitário, dentre eles, os sistemas de abastecimento de água da sede dos municípios de Santa Maria do

Salto, Berilo, Ladainha, Chapada do Norte, Angelândia, Aricanduva, Frei Gaspar, Setubinha,

Umburatiba e Santa Cruz de Salinas e os povoados de Berilo/Lelivéldia e Umburatiba/São Pedro do

Pampã, transferidos da administração da COPASA MG para a COPANOR. Além dos sistemas já em

operação, em outros 31 municípios os Contratos de Programa já foram assinados. A população atendida

pela referida subsidiária era de 115,2 mil pessoas.

COPASA - Serviços de Irrigação S/A

Em 27 de agosto de 2007, foi criada a COPASA Serviços de Irrigação S/A, uma subsidiária integral sob

a forma de sociedade por ações de capital fechado, para a operação e gerenciamento do sistema de

irrigação de uso comum da Etapa II do Projeto Jaíba. A área total ocupada pelo projeto é de 34,8 mil

hectares dos quais 11,3 mil correspondem à área de reserva ambiental e 19,3 mil efetivamente

destinados à irrigação. O Jaíba é um projeto de perímetro de irrigação conjunto, promovido pelo

Governo Federal e Governo do Estado de Minas Gerais, concebido para ser um catalisador do

desenvolvimento econômico e social da região norte de Minas Gerais.

7.2. Em relação a cada segmento operacional que tenha sido divulgado nas últimas

demonstrações financeiras de encerramento de exercício social ou, quando houver,

nas demonstrações financeiras consolidadas, indicar as seguintes informações

a. produtos e serviços comercializados

A COPASA MG atua em diversas localidades do estado prestando os serviços de captação, tratamento e

distribuição de água, bem como coleta e tratamento de esgoto. Além desses serviços, atua, também, na

produção e venda de águas minerais por meio de sua subsidiária Águas Minerais. Abaixo tabelas com

os principais indicadores operacionais da Companhia:

Atendimento com Abastecimento de Água - Dados Consolidados

Itens Unidades 2008 2009

Municípios com concessão número 611 612

Municípios com operação número 600 603

População atendida mil habitantes 12.402 12.756

Atendimento à população do Estado (2) % 63,7 63,4

Ligações faturadas mil unidades 3.278 3.385

Extensão de rede km 40.716 41.618

Volume de água faturado 1.000 m³/ano 594.645 606.020 (1) - Dados consolidados (inclui as localidades operadas pela subsidiária COPANOR), a partir de 2009.

(2) – População atendida em relação à população total (urbana + rural) do Estado.

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Formulário de Referência 2010

Atendimento com Esgotamento Sanitário - Dados Consolidados¹

Itens Unidades 2008 2009

Municípios com concessão número 192 199

Municípios com operação número 141 150

População atendida mil habitantes 6.791 7.539

Atendimento à população do Estado (2) % 34,9 37,5

Ligações faturadas mil unidades 1.668 1.886

Extensão de rede km 14.725 15.327

(1) - Dados consolidados (inclui as localidades operadas pela subsidiária COPANOR, a partir de 2009)

(2) - População atendida em relação à população total (urbana + rural) do Estado.

a) Receita proveniente do segmento e sua participação na receita líquida do emissor

Receita (R$/mil) 2009 2008 2007

Receita líquida – água 1.645.166 74,68% 1.560.363 75,74% 1.399.055 75,08%

Receita líquida – esgoto 556.751 25,27% 499.413 24,24% 464.420 24,92%

Total 2.202.901 2.060.163 1.863.475

b) Lucro ou prejuízo resultante do segmento e sua participação no lucro líquido do emissor

A segregação do lucro decorrente da prestação dos serviços de abastecimento de água e esgotamento

sanitário não é aplicável.

7.3. Em relação aos produtos e serviços que correspondam aos segmentos operacionais

divulgados no item 7.2, descrever:

a) características do processo de produção

Operações de Abastecimento de Água

O abastecimento de água envolve, de forma geral, a captação de água de várias fontes e o seu

subsequente tratamento e distribuição a nossos clientes. Distribuímos aproximadamente 867,1 milhões

de m³ de água potável no exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2009.

Captação

Em nossas principais atividades de captação de água, possuímos outorga para utilizar mananciais

superficiais (rios, lagos ou represas) ou subterrâneos (lençóis subterrâneos), concedidas pelo Instituto

Mineiro de Gestão das Águas - IGAM, com relação aos mananciais de domínio estadual, e pela

Agência Nacional de Águas - ANA, com relação aos mananciais de domínio federal.

Somos proprietários ou possuímos direito de uso das principais áreas de captação dos nossos sistemas

de produção de água. Em 31 de dezembro de 2009 possuíamos 626 captações superficiais cujas

outorgas nos permitiam utilizar até 46,9 m³ de água por segundo. Possuíamos, ainda, outorgas em 1140

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Formulário de Referência 2010

captações subterrâneas, que nos permitiam utilizar até 10,51 m³ de água por segundo. Essas 1.766

outorgas compreendiam outorgas federais e estaduais. Do total outorgado de 57,41 m³ de água por

segundo, atualmente utilizamos em média 28,4 m³ de água por segundo. Em 31 de dezembro de 2009

existiam, ainda, 187 pontos de captação cujas outorgas já haviam sido solicitadas ou estavam em fase

de estudos preliminares. As outorgas são requeridas junto ao IGAM, para o qual pagamos uma taxa de

protocolo do pedido a um custo que varia entre R$ 645,00 e R$ 2.511,00 para cada processo (ou junto à

ANA, para a qual não se paga taxa).

Entendemos que com nossa disponibilidade hídrica atual somos capazes de atender à demanda atual por

água nas localidades em que operamos no Estado de Minas Gerais.

Preservação de Mananciais

Possuímos um programa de manutenção de mananciais, baseado em dois pilares, o “Sistema de

Monitoramento e Controle da Quantidade e Qualidade das Águas dos Mananciais”, que permite o

gerenciamento de informações de recursos hídricos e ambientais, auxiliando o processo de definição

das captações de água e o “Sistema Integrado de Proteção de Mananciais”, cujo objetivo principal é

promover a compatibilidade entre as atividades desenvolvidas na bacia hidrográfica, com a demanda de

abastecimento público de água, e a preservação do meio ambiente. Desta forma, conseguimos preservar

a qualidade de grande parte de nossos mananciais (fontes de nossos recursos hídricos), evitando a

invasão dos terrenos e o desmatamento das proximidades dos mananciais.

Tratamento de Água

A água conduzida para nossas estações de tratamento é devidamente tratada antes de ser lançada em

nossa rede de distribuição. Os processos de tratamento empregados dependem da fonte de captação e da

qualidade da água. Para o tratamento da água de superfície, utilizamos processos convencionais, o qual

envolve diversas fases, incluindo a filtragem e desinfecção à base de cloro. A água captada das fontes

subterrâneas é normalmente mais pura e exige, de modo geral, apenas desinfecção à base de cloro. Toda

a água que distribuímos também recebe, por exigência legal, tratamento com flúor, para a melhoria da

saúde bucal da população.

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Formulário de Referência 2010

Estações de Tratamento de Água – ETAs

Nos últimos anos, aumentamos a nossa capacidade média de produção de água para 42.576 l/s em

dezembro de 2009. A tabela abaixo destaca nossas principais ETAs em operação em 31 de dezembro de

2009:

ETA Localidades Capacidade (l/s)¹

Rio das Velhas Nova Lima 6.750

Rio Manso Brumadinho 3.684

Serra Azul Mateus Leme 3.662

Vargem das Flores Contagem 1.923

Amaro Lanari Ipatinga 1.000

Morro Redondo Nova Lima 764

Rio Itapecerica Div inópolis 645

Sapucaí/Toledos Itajubá 588

Araxá Araxá 477

Ibirité Ibirité 384

Verde Grande Montes Claros 379

Lavras Lavras 350

II A lmeidas Conselheiro Lafaiete 357

Rio Verde Varginha 337

Patos de Minas Patos de Minas 320

Alfenas Alfenas 308

Cidade Alta Teófilo Otoni 308

São Sebastião do Paraíso São Sebastião do Paraíso 269

(1) 1.000 l/s equivalem a 1 m³/s

Nosso maior grupo de sistemas de tratamento de água está localizado na Região Metropolitana de Belo

Horizonte - RMBH, sendo composto por vários grandes sistemas produtores de água potável (ETAs),

sendo as sete maiores: Serra Azul, Vargem das Flores, Rio Manso, Ibirité, Morro Redondo, Catarina e

Rio das Velhas, sendo este último nosso maior sistema de produção de água individual, com capacidade

de produzir, isoladamente, cerca de 6.750 l/s, e que atende a aproximadamente 41,4% do abastecimento

de água em toda a RMBH.

Operações de Tratamento de Esgoto

Nossas operações de esgotamento sanitário envolvem a coleta, o transporte e o tratamento de esgotos,

bem como a disposição final dos efluentes e resíduos sólidos resultantes deste tratamento. No exercício

encerrado em 31 de dezembro de 2009, do esgoto coletado nos diversos municípios do Estado de Minas

Gerais onde operamos, fomos responsáveis pelo tratamento de aproximadamente 54%. Na referida data,

atingimos cerca de 1,9 milhão de ligações de esgoto, atendendo a 2,4 milhões de unidades. No exercício

encerrado em 31 de dezembro de 2009, foram faturados cerca de 357,0 milhões de m³ de esgoto em

nossa área de atuação, sendo aproximadamente 61% na RMBH e 39% no interior.

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Formulário de Referência 2010

O quadro a seguir indica a evolução dos principais indicadores de nossas concessões de esgotamento

sanitário nos períodos indicados:

Dados 2009 2008 2007

Receita bruta total (R$ milhões) 623,0 556,6 517,6

Clientes das localidades operadas (milhões) 7,4 6,8 6,2

Habitantes das localidades operadas (milhões) 8,9 8,4 7,7

Índice de atendimento (%) (¹) 83,5 81,4 82,0

Volume faturado (em milhões de m³ faturados) 357,0 326,4 317,7

(¹) População atendida em relação à população das localidades com prestação de serviços.

Como parte de nossa estratégia para o segmento de esgotamento sanitário, pretendemos expandir esses

serviços para os municípios onde já prestamos serviços de abastecimento de água. Entendemos estar em

posição privilegiada para atingir tal expansão, melhorando nossas margens operacionais, tendo em vista

que já possuímos infra-estrutura administrativa e operacional instalada naqueles municípios e

reconhecida capacidade técnica.

Sistema de Esgotamento Sanitário

As funções do nosso sistema de esgotamento sanitário envolvem a coleta, o transporte, o tratamento e a

disposição adequada dos esgotos. Em 31 de dezembro de 2009, éramos responsáveis pela operação e

manutenção de 15,2 mil km de redes de coleta de esgoto, interceptores e emissários, dos quais

aproximadamente 6,8 mil km estão localizados na RMBH.

Nosso sistema de esgotamento sanitário é do tipo separador absoluto, coletando somente os esgotos,

independentemente da rede de água pluvial, que é segregada e de responsabilidade das prefeituras

municipais.

As novas ligações de esgoto são feitas obedecendo aos mesmos critérios para as ligações nas redes de

água. Na implantação de novos sistemas de esgotamento sanitário, todos os custos das ligações, por

estarem incluídos no valor do investimento, não são cobrados diretamente dos clientes beneficiados. No

entanto, na hipótese de novas ligações ou pequenos prolongamentos em sistemas já existentes, nos

responsabilizamos pelos referidos custos até 18 metros de rede por unidade consumidora (e também

pelo custo da ligação predial, como forma de incentivar a utilização do serviço). A partir deste limite, o

cliente deve cobrir os custos decorrentes da ligação de seu imóvel à rede pública.

Acreditamos que nossos sistemas de esgotos seguem padrões de qualidade, atendendo às exigências das

normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. As redes que compõem nossos

sistemas de esgotos são construídas principalmente com tubos cerâmicos e tubulações de PVC, sendo

que as redes com mais de 0,5 m de diâmetro são construídas, principalmente, com tubos de concreto.

Nossos sistemas de esgotamento sanitário são projetados para operar por gravidade, sendo necessárias,

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Formulário de Referência 2010

no entanto, estações de bombeamento em certas partes do sistema para assegurar o fluxo contínuo de

efluentes e a correta disposição dos mesmos.

Visando combater os efeitos da deterioração da nossa rede, mantemos um programa contínuo de

manutenção, que previne rompimentos decorrentes de obstruções causadas pela sobrecarga no sistema.

Além disso, desenvolvemos o “Programa Caça ao Esgoto”, voltado a identificar o uso inadequado dos

sistemas de esgotamento sanitário e águas pluviais, de forma a reduzir os impactos ambientais

negativos, os despejos clandestinos e a sobrecarga das redes coletoras.

Tratamento de Esgotos

O processo de tratamento de esgoto tem por finalidade reduzir o impacto da poluição provocada pela

disposição do esgoto e consiste, essencialmente, em processos de separação física e processos

biológicos naturais destinados a decompor a matéria orgânica e reduzir o teor dos organismos e

substâncias químicas nocivos ao meio ambiente.

Os esgotos coletados são classificados como de origem residencial ou não-residencial. Os efluentes

residenciais são aqueles oriundos dos domicílios da população em geral. Os efluentes não-residenciais

são aqueles oriundos de atividades comerciais, industriais e públicas.

Mais de 98,0% da composição do esgoto que chega nas ETEs é água. No entanto, a composição do

esgoto não-residencial pode variar significativamente em relação à composição dos efluentes

residenciais e, neste caso, para que sejam lançados em nosso sistema, devem obedecer às normas

vigentes, para que não causem danos às nossas instalações, tais como corrosão das tubulações,

emanação de gases explosivos, toxicidade aos microorganismos responsáveis pelo tratamento, dentre

outros. Complementarmente, possuímos o “Programa de Recebimento e Controle de Efluentes para

Usuários Não Domésticos”, o qual visa a evitar a ocorrência de explosões e inflamab ilidade, reduzir os

riscos relacionados à saúde dos trabalhadores que lidam com o sistema público de esgotos, prevenir a

introdução de poluentes que passam pelas ETEs, atender aos padrões legais referentes às características

dos efluentes finais e lodos produzidos nas ETEs e viabilizar a utilização de tais efluentes para reuso.

Em decorrência de uma prática antiga, adotada anteriormente à legislação ambiental vigente, uma

parcela significativa do esgoto que coletamos ainda é lançada in natura em cursos d’água (rios,

ribeirões e córregos) sem tratamento. Temos envidado esforços, juntamente com as prefeituras dos

municípios afetados, para sanar essa pendência. Nosso programa de investimentos prevê um aumento

sistemático do índice de tratamento dos esgotos que coletamos, com a construção de novas ETEs e a

ampliação dos sistemas de esgotamento sanitário desde redes coletoras e interceptoras de esgotos, bem

como correções de lançamentos indevidos, transportando devidamente os esgotos gerados até as ETES

existentes.

A disposição final dos efluentes tratados em nossas ETEs deve atender às normas e aos padrões de

qualidade estabelecidos pela regulamentação federal e estadual, bem como às condições estabelecidas

no licenciamento ambiental do empreendimento. A Deliberação Normativa Conjunta COPAM/CERH-

MG n.º 1, de 05 de Maio de 2008, e a Resolução CONAMA nº. 357, de 17 de março de 2005,

estabelecem parâmetros segundo os quais os efluentes, de qualquer fonte poluidora, devem atender aos

padrões de condicionamento para que possam ser lançados, tanto direta quanto indiretamente, nos

corpos d’água. Além disso, estipulam, ainda, concentrações máximas de determinadas substâncias no

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Formulário de Referência 2010

meio ambiente que não podem ser modificadas pelo lançamento de efluentes. Ademais, não são

permitidos, em qualquer hipótese, lançamentos de efluentes em águas classificadas como de “Classe

Especial”, que são aquelas destinadas ao abastecimento doméstico após simples desinfecção e aquelas

necessárias à preservação do equilíbrio natural de comunidades aquáticas.

Estações de Tratamento de Esgotos – ETEs

As ETEs são unidades responsáveis pela efetiva adequação das condições dos efluentes coletados às

condições estabelecidas pela legislação, para seu lançamento de forma adequada no meio ambiente.

A ETE Arrudas, nossa maior ETE, localizada na RMBH, possui capacidade para tratamento de,

aproximadamente, 2.250 litros de esgoto por segundo.

A ETE Onça, nossa segunda ETE, entrou em operação em junho de 2006 (quando foi concluída sua

primeira fase), inicialmente com capacidade instalada para tratar 1,8 m³/s dos esgotos gerados na Bacia

do Ribeirão do Onça nos municípios de Belo Horizonte e Contagem, com tratamento primário. Além de

beneficiar diretamente a população destes municípios, beneficiará outros municípios que estão à jusante

da ETE, na Bacia do Rio das Velhas. Acreditamos que a ETE Onça atenderá um amplo contingente

populacional (2,0 milhões de habitantes no horizonte do projeto) que ocupa a Bacia do Ribeirão do

Onça, situada no perímetro urbano dos municípios de Belo Horizonte e Contagem.

Em 31 de maio de 2009, possuíamos 102 ETEs em operação, sendo que as principais estão indicadas

abaixo conforme sua localidade e capacidade aproximada:

ETE Localidade Capacidade Instalada (l/s)¹

Arrudas Belo Horizonte/Contagem 2.250,0

Onça Belo Horizonte 1.800,0

Montes Claros Montes Claros 1.087,0

Ribeirão Ipanema Ipatinga 500,0

São José Varginha 255,0

Santana Varginha 250,0

Paracatu Paracatu 195,0

Bananeiras Conselheiro Lafaiete 141,0

Cristina Santa Luzia 110,0

Frutal Frutal 162,0

Lagoa Santa Lagoa Santa 126,0

Bananeiras Conselheiro Lafaiete 106,0

Ouro Branco Ouro Branco 97,0

Iturama Iturama 92,0

Vespasiano Vespasiano 90,0

Caxambu Caxambu 88,0

Itapecerica Itapecerica 70,0

São Francisco São Francisco 70,0

Curralinho Corinto 68,0

Nova Contagem Contagem 68,0

Januária/Sede Januária 58,0

Várzea da Palma Várzea da Palma 51,0

(¹) 1.000 l/s equivalem a 1 m³/s.

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Formulário de Referência 2010

A tabela a seguir mostra nossas principais ETEs em construção, em 31 de maio de 2010:

ETE Localidade Capacidade Instalada (l/s)¹

ETE Central Betim 500

Sapucaí Itajubá 462

Alfenas Alfenas 409

Teófilo Otoni Teófilo Otoni 305

Justinópolis Ribeirão das Neves 290

Central Araxá 260

Pará de Minas Pará de Minas 240

Sede Barbacena 236

Santa Luzia Santa Luzia 180

Taquara Santa Luzia 180

Patos de Minas Patos de Minas 174

Coronel Fabriciano Coronel Fabriciano 164

Curvelo Curvelo 155

Pedro Leopoldo Pedro Leopoldo 142

Monte Sião Monte Sião 141

Santo Antônio do Monte Santo Antônio do Monte 140

Rio do Peixe Três Corações 133

Água Limpa Lavras 120

(1) 1.000 l/s equivalem a 1 m³/s.

b) características do processo de distribuição

Distribuição de Água

Em 31 de dezembro de 2009, nossas redes de distribuição de água totalizavam, aproximadamente, 41,6

mil km em tubulações de abastecimento de água e 3,4 milhões de ligações de água. O quadro abaixo

indica a evolução de nossas redes de distribuição e ligações de água nas datas indicadas:

31/12/2009 31/12/2008 31/12/2007

Redes de Distribuição (em km) 41.618 40.716 39.698

Ligações de Água (em mil unidades) 3.385 3.302 3.190

A grande maioria das nossas tubulações de água é feita de cloreto de polivinil (PVC), ferro fundido ou

aço. As tubulações das ligações domiciliares são geralmente feitas de tubo de polietileno de alta

densidade (PEAD) ou PVC. Consideramos que os materiais utilizados em nossas tubulações atendem a

padrões de qualidade internacionais. Possuímos um programa de monitoramento de vazamentos em

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Formulário de Referência 2010

nossa rede, que identifica a necessidade da substituição de tubulações decorrentes de exposição a

fatores externos (tais como tráfego de veículos, intervenções indevidas de terceiros e intempéries), do

excesso de pressão na rede e de idade. Somos normalmente informados pela população sobre

vazamentos provocados por rompimentos ou rupturas em nossas redes, mediante comunicação com

nossa Central de Atendimento ao Cliente “115”. Com relação às adutoras de grande porte, possuímos

um programa de manutenção preventiva, o qual busca identificar os possíveis problemas antes da sua

ocorrência ou enquanto não são significativos.

Distribuímos, em 2009, aproximadamente, 867,1 milhões de m³ de água, dos quais aproximadamente

411,0 milhões de m³ atenderam a RMBH. O sistema de produção de água da RMBH é composto por

várias ETAs com capacidade de produção 16,4 m³ por segundo, sendo que as sete maiores têm

capacidade para produzir aproximadamente 15,8 m³ por segundo. A vazão média de água atualmente

distribuída na RMBH é de aproximadamente 12,9 m³ por segundo, equivalente a 81,8% da capacidade

dessas sete ETAs.

Para a operação do sistema de distribuição da RMBH contamos com um sistema de geoprocessamento,

que associa informações do nosso cadastro de rede com nossos dados comerciais e operacionais.

Adicionalmente, utilizamos um sistema denominado “Projeto 3T”, que nos possibilita o monitoramento

contínuo, em tempo real, da malha operacional da empresa na RMBH, por meio de um centro de

operações instalado em nossa sede, em Belo Horizonte.

O Projeto 3T trouxe mais segurança e economia no controle de nossas redes de distribuição, reduzindo

os índices de perdas de água, de consumo de energia e de custos de operação e manutenção, além de

realizar o monitoramento dos reservatórios, da qualidade, vazão e pressão da água.

Com o projeto, será definido o modelo para as futuras expansões destas tecnologias em outras de nossas

unidades operacionais, formando uma grande rede de dados e informações operacionais e nos

permitindo simular e optar pelas melhores práticas de operação dos sistemas de tratamento e

distribuição de água. Acreditamos que a operação conjunta desses dois sistemas resulta em maior

confiabilidade no sistema de distribuição da RMBH, melhor atendimento aos nossos clientes e menores

custos operacionais.

Qualidade da Água

Acreditamos fornecer água tratada de alta qualidade comparável aos padrões estabelecidos nos Estados

Unidos da América e na Europa. Acreditamos, ainda, ser uma das companhias de saneamento com

melhor retrospecto de qualidade da água distribuída e com a maior rede de laboratórios para análise e

controle de qualidade no País. Nos termos das normas do Ministério da Saúde em vigor, que

determinam padrões de potabilidade e estabelecem critérios de monitoramento e controle, possuímos

obrigações regulamentares no tocante à qualidade da água tratada e por nós distribuída, que têm sido

devidamente cumpridas.

Nosso sistema de controle de qualidade da água abrange todo o ciclo da água, desde sua retirada no

manancial até o lançamento dos efluentes no corpo d’água receptor (rios, córregos etc.). Cada etapa é

realizada conforme exigências da legislação específica, editada pelos órgãos ambientais e órgãos de

saúde pública competentes, bem como por nossas normas internas. Para tanto, baseamo-nos em índices

de qualidade internos, os quais ponderam parâmetros físico-químicos da água distribuída, tais como:

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Formulário de Referência 2010

cor, turbidez, pH, níveis de flúor, cloro residual, ferro e manganês. Ademais, acreditamos que a grande

maioria de nossos mananciais possui água de boa qualidade, o que nos possibilita atingir os níveis de

potabilidade requeridos pela legislação por meio de procedimentos convencionais de tratamento.

A rede laboratorial da COPASA MG subdivide-se em Laboratórios Central, Regionais, Distritais,

totalizando 29 laboratórios, e centenas de laboratórios locais, os quais estão distribuídos por todo o

Estado e cobrindo todas as localidades operadas pela Companhia. Esses laboratórios foram

incrementados tanto física como tecnicamente, sendo aplicados investimentos de R$ 16,3 milhões. São

laboratórios modernos e dotados de equipamentos de última geração que estão em pleno

funcionamento, realizando mais de um milhão de análises mensais.

A Portaria nº. 518, de 25 de março de 2004, editada pelo Ministério da Saúde que regula a qualidade da

água a ser distribuída à população, estabelece os padrões de potabilidade da água para consumo humano

no Brasil, que equivalem aos padrões internacionais adotados em países desenvolvidos.

A COPASA MG busca sempre atender à regulamentação em vigor e, para tanto, possui um rigoroso

sistema de controle de qualidade que realiza análises antes, durante e depois do processo de tratamento

da água, assim como em milhares de pontos, tecnicamente selecionados, em toda a malha das redes de

distribuição por onde corre a água a ser entregue à população. O rigor no monitoramento e controle de

qualidade em todas as etapas da captação, tratamento e distribuição de água foi atestado pela British

Standards Institution – BSI, que recertificou em 2009, na nova versão, a norma ISO 9001:2008 do

Sistema de Gestão da Qualidade do Laboratório Central, em Belo Horizonte, que é responsável pela

gestão de toda a rede laboratorial da Companhia.

Nossos laboratórios seguem padrões internacionais de qualidade, tendo suas rotinas alinhadas a

metodologias definidas e padronizadas pelo Standard Methods for the Examination of Water and

Wastewater, conforme editado pela American Water Works Associaton – AWWA.

O rigor no monitoramento e controle de qualidade em todas as etapas da captação, tratamento e

distribuição de água foi testado pela British Standards Institution – BSI, que ratificou em 2006 a

Certificação ISO 9001-2000 do Sistema de Gestão da Qualidade do Laboratório Central, em Belo

Horizonte. Em cumprimento a legislação, disponibilizamos em nossa homepage e em cada conta de

água, informações sobre parâmetros básicos de controle de qualidade da água de cada uma das

localidades onde prestamos atendimento.

No âmbito das companhias brasileiras de saneamento básico, ocupamos lugar de destaque, tendo sido

pioneiros na implantação do sistema substrato enzimático para análises bacteriológicas, dos métodos de

detecção e análises de cianobactérias, cianotoxinas e de análises de Cryptosporidium e Giardia em

água.

Perdas de Água

Nossos resultados financeiros são afetados por perdas no abastecimento de água, uma vez que

representam um aumento em nossos custos e perda de receita. As perdas de água são divididas em duas

categorias básicas: perdas reais (físicas), causadas por vazamentos e extravasamentos, e perdas

aparentes (não físicas), que resultam de consumos não autorizados (furtos) ou da imprecisão na

medição, que compõem nossas perdas faturadas. Existem também consumos de água que, embora

autorizados, não podem ser faturados, tais como o uso de água em nossas atividades operacionais e

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Formulário de Referência 2010

comerciais usuais como, por exemplo, o abastecimento emergencial e a lavagem de nossas redes e

hidrantes, lavagem de nossas redes e esvaziamento de redes para execução de reparos.

Nossas práticas para a administração de perdas de água visam à correta medição e quantificação dos

volumes totais de água que entram e saem do nosso sistema, baseado em sua destinação (consumo

medido faturado, volume faturado e perdas de água). Para tanto, mantemos uma constante atividade de

inspeção em nossos sistemas de dados e informações do processo de medição.

O indicador Água Não Convertida em Receita – ANCR, ou seja, a diferença entre o volume distribuído

e o volume efetivamente consumido dividida pela quantidade média de ligações no período, atingiu

243,4 l/lig./dia em 2009, representando uma melhoria de 1,3% em relação ao ano anterior, que foi de

246,6 l/lig./dia. O indicador inclui as perdas reais de água, as perdas aparentes, bem como os volumes

de serviços, sendo um dos menores dentre as empresas de saneamento do Brasil.

A seguir, os valores do indicador Água Não Convertida em Receita – ANCR em 2008 e 2009:

ANCR (l/lig./dia)

2008 246,6

2009 243,4

Este desempenho decorre do Programa de Redução de Perdas de Água - PRPA, que a empresa vem

desenvolvendo e implantando a partir de 2003 tendo como base conceitos do Programa Nacional de

Combate ao Desperdício de Água - PNCDA e da International Water Association – IWA. Por meio do

PRPA buscamos implantar um modelo de gestão integrada de combate às perdas, acompanhar a

evolução dos indicadores de perdas de água e implementar ações para eliminar as causas mais

frequentes destas perdas. A empresa ainda tem a vantagem de apresentar índices muito elevados de

micro e macromedição, que são indispensáveis para dar precisão e confiabilidade ao índice de perdas de

água no processo de distribuição.

Este resultado comprova o aumento da eficiência operacional da empresa e permitiu à Companhia

abastecer de forma satisfatória mais 354 mil pessoas em 2009 com um nível de produção de água

tratada acrescido em apenas 0,8% ou 6,8 milhões de metros cúbicos em relação ao volume produzido

em 2008. Quanto ao índice de perda de faturamento, também apresentou melhora em 2009, ficando em

30,5% em 2009, uma redução de 1,3% em relação ao resultado obtido em 2008, que foi de 30,9%.

c) características dos mercados de atuação, em especial:

1- participação em cada um dos mercados

Nosso mercado consumidor encontra-se, atualmente, no Estado de Minas Gerais e tem crescido em

razão do crescimento vegetativo populacional e da assunção de novas concessões, sendo que a RMBH

possuía, em 31/12/2009, 40,0% da população total atendida por nossos serviços de abastecimento de

água e 55,5% da população total atendida por nossos serviços de esgotamento sanitário.

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Formulário de Referência 2010

Os quadros demonstrativos abaixo indicam a evolução de nossas unidades consumidoras nos períodos

indicados:

Abastecimento de água tratada (mil unidades)

Categorias

Exercícios findos em

2009 2008 2007

Residencial 3.641,8 3.563,3 3.458,3

Comercial 355,6 345,6 335,0

Industrial 30,7 28,8 27,0

Pública 62,3 59,9 57,2

Total 4.090,4 3.997,5 3.877,5

Esgotamento sanitário (em mil unidades)

Categorias

Exercícios findos em

2009 2008 2007

Residencial 2009 2008 2007

Comercial 2.136,6 1.899,4 1.796,2

Industrial 238,2 213,2 202,9

Pública 17,8 15,0 13,6

Total 26,8 22,9 20,6

No exercício encerrado em 31 de dezembro de 2009, nossos clientes residenciais responderam por

81,9% do volume total de água faturado e 80,3% do volume de esgotamento sanitário faturado, nossos

clientes industriais responderam por 3,6% do volume total de água faturado e 3,5% do volume de

esgotamento sanitário faturado, nossos clientes comerciais responderam por 9,2% do volume total de

água faturado e 11,3% do volume de esgotamento sanitário faturado e nossos clientes públicos

responderam por 5,3% do volume total de água faturado e 4,9% do volume de esgotamento sanitário

faturado.

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Formulário de Referência 2010

A tabela abaixo indica nossos quinze maiores clientes e sua representatividade em nosso faturamento,

tomando por base o mês de dezembro de 2009:

Cliente Participação

Prefeitura Municipal de Belo Horizonte 1,40%

Secretaria Estadual de Educação 1,26%

Secretaria Estadual de Defesa Social 0,83%

Fiat Automóveis S/A 0,66%

Vallourec e Mannesmann Tubes SA 0,31%

Santa Casa de Misericórdia de BH 0,29%

Polícia Civil de Minas Gerais 0,24%

CCPR MG LTDA 0,23%

SPAL IND Brasileira de bebidas S/A 0,19%

UFMG Campus Pampulha 0,14%

TEKSID do Brasil LTDA 0,13%

FHEMIG Administração Central 0,11%

Prefeitura Municipal de Betim (geral) 0,10%

Prefeitura Municipal de Ipatinga (Smecel - Secretaria de Educação) 0,09%

Prefeitura Municipal de Contagem (Educação) 0,08%

Total dos 15 maiores clientes 6,07%

Faturamento total COPASA MG 100,00%

Com relação a contratos celebrados com grandes clientes (consumo mensal acima de 200 m³), em 31 de

dezembro de 2009, possuíamos 601 contratos de abastecimento de água tratada e/ou coleta de esgoto e

dez de água bruta (água sem tratamento, distribuída diretamente), muitos dos quais indicados no quadro

anterior.

Em geral, estes contratos são padronizados e determinam o tipo de serviço a ser fornecido, a demanda

contratada, o valor da tarifa e sua periodicidade de reajuste, o prazo de vigência e a categoria na qual se

encaixa o respectivo cliente.

A seguir descrevemos, de forma sumarizada, as condições gerais de nossos contratos para a prestação

de serviços de abastecimento de água e/ou esgotamento sanitário com grandes clientes:

Objeto do contrato. O fornecimento de uma demanda estipulada em m³ de água e/ou coleta de esgoto,

por mês, ou, ainda, o fornecimento de água bruta. O volume em m³ contratado é o volume mínimo para

faturamento do cliente, atualizado a cada seis meses pela média de consumo do respectivo cliente,

preservada a demanda mínima.

Tarifa. Possuímos uma tabela tarifária dividida por categoria que é aplicada a todos os nossos clientes.

Conforme o volume definido em cada contrato, podemos conceder um desconto a um cliente específico,

de acordo com a faixa de consumo demandado e tempo de fidelização do cliente.

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Formulário de Referência 2010

O desconto inicial poderá ser concedido na negociação ou no momento em que o cliente aderir aos

serviços da empresa, desde que seu consumo de água ou volume esgotado por economia seja maior que

200m³/mês. A partir daí, a cada ano será somado 1 ponto percentual ao seu desconto, limitado ao

percentual máximo definido para o desconto final, conforme tabela abaixo:

Tabela de Desconto: Água / Esgoto

Faixa de consumo Desconto inicial Desconto final

200 a 500 m³ 5% 15%

> 500 a 1.000 m³ 8% 18%

> 1.000 a 3.000 m³ 11% 21%

> 3.000 a 5.000 m³ 14% 24%

> 5.000 a 10.000 m³ 17% 27%

> 10.000 m³ 20% 30%

Medição. A medição dos volumes consumidos é realizada mensalmente. Para isto, instalamos

aparelhos medidores em cada ligação final de nossos sistemas a nossos clientes. Caso o contrato seja

apenas para coleta de esgoto, instalamos medidores especiais ou então o volume é estimado.

Faturamento. O faturamento desses contratos baseia-se no volume consumido ou estimado, conforme

o caso de cada cliente durante uma medição e outra, observada demanda mínima definida no objeto de

cada contrato.

Multa por atraso de pagamento da fatura. O atraso no pagamento das faturas sujeita nosso cliente ao

pagamento de juros de mora de 0,033% ao dia, limitado a 1,0% ao mês, acrescido de atualização

monetária com base na variação do IGP-M a partir do trigésimo dia de atraso, aplicados sobre o valor

da fatura.

Vigência do contrato. Esses contratos possuem vigência de dois anos, com renovação automática,

desde que não haja denúncia expressa de qualquer das partes com antecedência mínima de seis meses.

Valor do contrato. O valor de cada contrato é calculado multiplicando-se o valor equivalente a uma

fatura mensal pelo período de vigência de 24 meses. Para se obter o valor de uma fatura mensal, aplica-

se o volume definido no objeto de cada contrato à tarifa contratada.

Comercialização

As ligações de água e esgoto podem ser solicitadas diretamente nas agências de atendimento da

Empresa ou por meio do telefone 115, nas localidades onde este telefone está disponível. Para a

concretização da negociação da ligação é necessário que o cliente construa o padrão da ligação, nos

casos de ligação de água, ou construa o ramal interno de esgoto, nos casos de ligação de esgoto.

Havendo interesse por parte do cliente, a COPASA MG instala, também, o padrão da ligação.

Estes serviços são cobrados dos clientes com base nos seus custos, podendo os seus valores serem

lançados de forma parcelada nas contas mensais.

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Formulário de Referência 2010

Para os interessados que se enquadram nos requisitos da Tarifa Social, a Empresa executa as ligações

de água e esgoto sem ônus. Esta política facilita a adesão da população de baixo poder aquisitivo aos

serviços prestados pela Companhia.

Atualmente, os requisitos para enquadramento na Tarifa Social são os seguintes:

imóvel de 01 (uma) economia da categoria residencial, com área construída menor ou igual

a 44m²;

imóvel de 02 (duas) economias verticais da categoria residencial, desde que a média das

áreas construídas das economias seja menor ou igual a 44 m²;

imóvel de 02 (duas) economias ou mais, com ocupação multifamiliar horizontal, desde que

a média das áreas construídas das economias seja menor ou igual a 44 m²;

conjuntos habitacionais de baixa renda, desde que a média das áreas construídas das

economias seja menor ou igual a 44m².

O telefone 115 é um instrumento importante na relação Cliente/Empresa, pois por meio dele os clientes

podem realizar solicitações de serviços, acompanhar o andamento dos serviços requisitados

anteriormente, obter esclarecimentos sobre a conta de água e/ou esgoto, solicitar 2ª via de conta, dentre

outros serviços, e dessa forma o cliente não necessita deslocar-se às agências de atendimento da

Empresa.

Na RMBH existe também o atendimento eletrônico, denominado “Telecopasa”. Este canal disponibiliza

para o cliente solicitações de 2ª via de conta, de religações, informações de débitos, verificação de falta

de água e retirada de vazamentos.

A agência virtual também é um importante canal de relacionamento com o cliente. Nesse canal está

disponível a solicitação de serviços tais como retirada de vazamentos de água e esgoto, emissão de 2ª

via de conta, consulta de histórico de consumo, religações, cadastro de vencimento alternativo, emissão

de certidão negativa de débito, dentre outros.

Tecnologia

O sistema comercial foi desenvolvido em plataforma de grande porte com banco de dados Adabas e

linguagem de desenvolvimento Natural. Todos os distritos operacionais estão ligados à rede “Copanet”.

Desta forma, as leituras de hidrômetros executadas nos imóveis nas diversas localidades operadas são

transmitidas para o computador central, via rede, para posterior processamento e geração das contas.

Em diversas localidades são utilizados coletores de leituras para geração e emissão de contas em

campo. Neste processo, as faturas são geradas “on line”, com atualização instantânea do banco de

dados. Esse processo, que reduz o custo com leitura e entrega das contas, poderá reduzir ainda o ciclo

de faturamento da Empresa, período compreendido entre a leitura e o vencimento das contas. Está

prevista a expansão deste sistema para todas as localidades onde a Companhia atua.

Distribuição de Água

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73

Formulário de Referência 2010

Região Metropolitana de Belo Horizonte - RMBH

A Empresa distribui água para 39 (trinta e nove) localidades da RMBH, que estão distribuídas em 13

(treze) distritos operacionais. Desses treze distritos, seis são responsáveis exclusivamente pela capital, a

saber: Leste, Noroeste, Norte, Oeste, Sudoeste e Sul e os outros sete são responsáveis pelas demais 38

(trinta e oito) localidades da região metropolitana.

Distritos da Região Metropolitana

Distrito Localidades faturadas

Alto Paraopeba 2

Alto Pará 3

Contagem 1

Alto Rio das Velhas 10

Médio Paraopeba 12

Médio Rio das Velhas 8

Ribeirão das Neves 2

Em dezembro de 2009, a Controladora possuía 3.356.309 de ligações de água, atendendo a 4.090.351

economias.

O índice de abastecimento na região metropolitana é de 96,51%. Na capital, o índice é de 99,90%. A

população não atendida está localizada, geralmente, em áreas cuja urbanização ainda não está definida,

o que impossibilita a prestação de serviço pela Empresa.

Programa de Redução de Perdas

Em 2003 na tentativa de controlar as perdas, a Empresa implementou o “Programa de Redução de

Perdas”.

Para reduzir as perdas não físicas, a Empresa está melhorando o seu sistema de medição, por meio da

substituição de hidrômetros, redimensionamento de ligações, aquisição de aparelhos mais precisos,

padronização de ligações, combate às fraudes e ligações clandestinas. Até 31 de dezembro de 2009,

foram substituídos 677.234 hidrômetros, correspondendo a 20,20% do total de aparelhos instalados.

A síntese das ações em curso do “Programa de Redução de Perdas” é a seguinte:

Adequação de redes

Análise estratificada de consumo

Automação

Cadastro comercial

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Formulário de Referência 2010

Cadastro de redes

Comunicação

Controle de pressão na rede

Controle de vazamento não visível e fugas

Adequação das equipes operacionais

Gerenciamento da infra-estrutura

Intermitência de abastecimento

Macromedição

Micromedição

Pitometria

Macromedição: manutenção do parque de macromedidores e instalação de novos medidores

Manutenção do parque de micromedidores

Medição e quantificação de volumes

Pesquisa de fugas comerciais

Pesquisa de vazamentos

Rapidez e qualidade de reparos

Revitalização de macromedidores

Serviços administrativos

Serviços no ramal predial

Substituição de hidrômetros

Vazamentos em reservatórios.

Coleta de Esgotos

Além dos serviços de captação, adução, tratamento e distribuição de água, a Empresa é responsável pela

coleta e tratamento de esgotos, além do lançamento e disposição final adequada dos resíduos resultantes

do tratamento.

Em 31 de dezembro de 2009, a Controladora atingiu o número de 1.857.052 ligações de esgoto,

atendendo a 2.419.433 economias.

Em setembro de 2008 a Companhia iniciou a prestação e cobrança do serviço esgoto estático amparada

nas disposições da Lei 11.445, de 05 de janeiro de 2007; no Decreto 44.884, de 01 de setembro de

2008; e na Resolução nº 22, de 15 de fevereiro de 2007, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento

Regional e Política Urbana - SEDRU.

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Formulário de Referência 2010

Em dezembro de 2009, a controladora atingiu o número de 39.536 ligações de esgoto estático,

atendendo a 44.060 economias.

Evolução do Sistema de Coleta de Esgotos

Exercício findos em 31 de dezembro

2009 2008 2007

Ligações (em mil unidades) 1.857 1.626 1.519

Volume (faturado em milhões de m³) 357 326 318

No ano de 2009 foram faturados cerca de 357 milhões de m³ de esgotos coletados no Estado de Minas

Gerais, sendo, aproximadamente, 220 milhões de m³ na RMBH e 137 milhões de m³ no interior.

O sistema de esgotamento sanitário da COPASA MG é composto por redes construídas em diferentes

épocas, com materiais tais como tubos cerâmicos e, mais recentemente, tubulações de PVC. Redes de

esgotos com mais de 0,5 m de diâmetro são construídas, principalmente, de concreto.

O sistema de esgotamento sanitário é projetado para operar por gravidade, embora sejam necessárias

estações de bombeamento em certas partes do sistema para assegurar o fluxo contínuo de esgotos.

Quando tais estações são necessárias, o sistema é composto de tubos de ferro fundido.

O cliente é obrigado a tratar, previamente, os líquidos residuais que, por suas características, não

atendam aos parâmetros qualitativos fixados pela COPASA MG para lançamento “in natura” nas redes

de esgoto.

As ligações de esgotos não domésticos que tenham despejos de líquidos provenientes das áreas de

processamento industrial, incluídos os originados nos processos de produção, as águas de lavagem de

operação de limpeza e outras fontes, deverão obedecer às condições estabelecidas em norma específica

da COPASA MG e serão objeto de contrato.

Região Metropolitana de Belo Horizonte - RMBH

Em 31 dezembro de 2009, a COPASA MG possuía na RMBH 924 mil ligações, atendendo a 82,91% da

população dessa região. No exercício de 2009, a Empresa obteve nessa região um faturamento de

esgoto de R$ 421 milhões, sendo que o volume de esgoto faturado foi de 220 milhões de m³.

Interior do Estado

Em 31 dezembro de 2009, a COPASA (controladora) possuía 933 mil ligações de esgoto, atendendo a

1.057 mil economias, o que corresponde a 83,97% da população dessa região.

No ano de 2009, o faturamento bruto resultante de coleta de esgoto no interior do Estado foi de R$ 194

milhões. De dezembro de 1998 a dezembro de 2009, o número de economias faturadas com coleta de

esgoto aumentou de 387 mil para 1.057 mil.

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76

Formulário de Referência 2010

Diferentemente da RMBH, o sistema de esgotos do interior geralmente sofre menos obstruções devido

a sobrecargas.

Principais Mercados e Clientes

Quanto ao potencial de mercado, a COPASA MG vê boas perspectivas de negociação com os

municípios nos quais ela não tem concessão para operação dos serviços de água e de esgoto.

A Empresa acredita que a obtenção da concessão para exploração dos serviços de esgotamento sanitário

pode ser facilitada nas cidades onde ela já possui a concessão para exploração dos serviços de

abastecimento de água, devido à crescente preocupação de diversos segmentos da sociedade quanto à

recuperação e preservação do meio ambiente.

A Companhia sempre priorizou a prestação de serviços amparados por instrumentos formais de longo

prazo. Além disso, a Companhia tem realizado todos os esforços para a renovação das concessões

vincendas, e tem obtido grande êxito. A renegociação dos atuais contratos significa a manutenção do

mercado atual, com os acréscimos resultantes do crescimento vegetativo das populações locais.

Ademais, em 31 de março de 2010, 78% de nossa receita bruta são provenientes de Contratos de

Concessão com vigência após 2028.

A Empresa presta seus serviços a diversos tipos de clientes, que são classificados em 04 (quatro)

categorias distintas:

residencial;

comercial (prestadores de serviços, centros comerciais, universidades e hospitais particulares,

bem como qualquer outra atividade incluída na classificação de comércio estabelecida pelo

IBGE);

industrial (atividades de manufatura e processamento, de acordo com a classificação

estabelecida pelo IBGE);

pública (órgãos dos Poderes Executivo, Legislativo, Judiciário, autarquias e fundações

públicas).

As tabelas seguintes fornecem dados sobre os volumes físicos de fornecimento de água e coleta de

esgoto da Controladora para os períodos indicados, de acordo com cada categoria de clientes:

Volumes de água em milhões de m³

Categorias Exercícios findo em 31 de dezembro

2009 2008 2007

Residencial 494 486 483

Comercial 55 55 54

Industrial 22 22 21

Pública 32 32 31

Total 603 595 590

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Formulário de Referência 2010

Volumes (esgoto) em milhões de m³

Categorias Exercícios findo em 31 de dezembro

2004 2005 2006 2007 2008 2009

Residencial 245 256 244 255 260 287

Comercial 39 39 36 37 38 40

Industrial 9 10 10 11 12 12

Pública 13 14 14 15 16 18

Total 306 319 304 318 326 357

Tarifas Praticadas

Em 03 de agosto de 2009, foi sancionada, pelo Governador do Estado, a Lei de criação da Agência

Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas

Gerais – ARSAE MG, em conformidade com a Lei Federal 11.445 de 05 de janeiro de 2007. Para que a

Agência iniciasse suas atividades de regulação da COPASA MG foi necessário o protocolo na ARSAE

MG das respectivas propostas de Regulamento dos Serviços, o que ocorreu em 04 de novembro de

2009.

Portanto, o reajuste e a revisão das tarifas passaram a ser regulados e fiscalizados pela ARSAE MG e

serão autorizados mediante resolução da ARSAE MG e objetivará assegurar o equilíbrio econômico-

financeiro da concessionária e a preservação dos aspectos sociais dos serviços prestados.

Na composição dos valores de reajuste e de revisão das tarifas, de acordo com a legislação vigente,

deverá ser considerada a geração de recursos para a realização dos investimentos e recuperação dos

custos da prestação eficiente do serviço, entendendo-se como tais:

as despesas administráveis com mão de obra, materiais, serviços de terceiros e provisões;

as despesas não administráveis com energia elétrica, material de tratamento, telecomunicação,

combustíveis, lubrificantes, impostos e taxas;

as quotas de depreciação e amortização;

a remuneração do capital investido pelos prestadores de serviços.

As tarifas de água e de esgoto, únicas em todo o Estado, são diferenciadas por categorias de uso e faixas

de consumo, assegurando-se o subsídio dos clientes de maior para os de menor poder aquisitivo, assim

como dos maiores consumos para os de menor consumo.

Até fevereiro de 2006 a COPASA MG faturou, de cada economia era do tipo Residencial, Comercial,

Industrial ou Pública, sendo que a partir de 03/2006 estes mínimos foram alterados para 6 m³.

A tarifa de esgoto até fevereiro de 2006 correspondia a 100% (cem por cento) da tarifa de água,

passando em março de 2006, para 90%, e em março de 2007 para 60% no caso de haver tratamento dos

esgotos. Entretanto, ela poderá ser diferenciada em função da origem e natureza dos investimentos para

implantação dos serviços. No caso de usuários industriais, deve-se levar em conta, além do volume, a

qualidade dos despejos industriais.

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Formulário de Referência 2010

Até 02 de agosto de 2009, os reajustes e revisões tarifárias de água e esgotos eram autorizados e

aprovados pela Secretaria de Desenvolvimento Regional e Política Urbana, por meio de resolução

publicada no órgão oficial do Estado.

Inadimplência e Procedimentos de Cobrança

A inadimplência indica o volume de faturamento que deixa de ser pago a partir do primeiro dia

após o vencimento das contas. A COPASA MG vem tomando uma série de medidas para

diminuir o índice de inadimplência, dentre as quais destacamos:

suspensão imediata do repasse de recursos de qualquer natureza às entidades públicas,

municipais, estaduais e federais que se encontrem em débito com a COPASA MG;

suspensão ou compensação de pagamentos a fornecedores e prestadores de serviços que

tenham débitos referentes à prestação dos serviços de água e/ou esgoto com a COPASA MG;

implantação e controle de indicadores de desempenho específicos de inadimplência;

envio de documentos de cobrança, tais como ofícios e cartas diversas às prefeituras

municipais inadimplentes;

corte seletivo do abastecimento de água em imóveis públicos municipais;

Procedimentos de Cobrança

Fase 1 - Aviso de Débito

O aviso de débito é um documento emitido pela COPASA MG com a finalidade de informar ao cliente

que ele deixou de pagar uma fatura.

Trata-se um envelope fechado, destinado ao ocupante do imóvel, sem identificar externamente o nome

do cliente, que além da mensagem informando que a fatura não foi paga, estabelece um prazo para que

Emissão de ações de cobrança dezembro/2009

2,620,67

20,39

0,10,56 0,08

0

5

10

15

20

25

Aviso de débito Suspensão Tamponamento s/ret.

Hidr.

Supressão

Interrupção Religação

%

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79

Formulário de Referência 2010

o débito seja regularizado, a fim de garantir a continuidade do fornecimento de água ao imóvel,

informando ainda o(s) mês(es) em débito e seu(s) respectivo(s) vencimento(s), o valor do débito e a

data em que foi apurado.

O aviso de débito se constitui num documento pagável, ou seja, por meio dele o cliente pode pagar o

seu débito, não necessitando requerer da COPASA MG uma 2ª via da fatura, caso tenha extraviado a

original.

O aviso de débito é encaminhado ao cliente após 10 (dez) dias do vencimento da fatura para clientes

normais e 21 (vinte e um) dias para clientes com tarifa social, concedendo-lhe um prazo de 30 (trinta)

dias corridos para o pagamento do débito.

Fase 2 - Suspensão do Fornecimento de Água

Também denominada de “Corte Simples” é a interrupção temporária do fornecimento de água a um

imóvel, caracterizada pelo fechamento do registro do padrão da ligação, lacrando-o com uma Fita

Adesiva.

Essa suspensão de fornecimento, que tem um caráter simbólico, ocorre logo após o prazo estabelecido

no aviso, caso o débito não tenha sido regularizado e não gera alteração cadastral, ou seja, a conta

permanece ativa no cadastro.

No ato da suspensão, o cliente recebe um “comunicado” com as orientações de como restabelecer o seu

abastecimento, alertando-o ainda da necessidade de imediata regularização do débito, a fim de evitar

um “corte definitivo”.

Religação da Suspensão

Sendo a “Suspensão” uma modalidade provisória de corte de fornecimento de água, oferece ao cliente

condições para que ele próprio efetue a religação, bastando pagar o débito e em seguida ele mesmo

retirar o lacre (Fita Adesiva) e abrir o registro, restabelecendo assim o abastecimento de água a seu

imóvel.

O comunicado com essas orientações alerta ainda o cliente de que a retirada do lacre (Fita Adesiva) e a

abertura do registro sem a devida regularização do débito, constitui uma violação sujeita as sanções.

Fase 3 - Negociação de Débito via Contato Telefônico

Decorridos oito dias após a suspensão do fornecimento de água e o cliente não tiver quitado o débito,

deverá ser efetuado contato telefônico para negociação. No entanto, se a área de relacionamento com os

Clientes ou distritos operacionais não tenham condições de trabalhar todo universo de clientes, eles

poderão selecionar os maiores débitos.

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Formulário de Referência 2010

Fase 4 - Tamponamento sem Retirada do Hidrômetro

Esta etapa ocorre 15 (quinze) dias após a emissão da “Ordem de suspensão”, caso o cliente permaneça

inadimplente do débito avisado.

Nesta etapa, o hidrômetro ainda permanece instalado, sendo sua conexão substituída por um “tubete

cego” para impedir a passagem de água e a Fita Adesiva substituída por um copinho para evidenciar o

lacre do registro.

No ato deste tamponamento, o cliente recebe um comunicado com as orientações de como proceder

para ter o seu abastecimento restabelecido, alertando-o ainda de que, não havendo a regularização do

débito, o hidrômetro será posteriormente retirado.

Após o tamponamento o cadastro sofre alterações, ou seja, o cliente passa de “Real” para “Factível”,

bloqueando-se o faturamento da tarifa de água até que o débito seja regularizado e o abastecimento

restabelecido.

Durante o período em que a ligação permanecer tamponada, o leiturista realizará a fiscalização no

sentido de apurar se o lacre (copinho) foi violado.

Religação do “Tamponamento Sem Retirada”

Ao contrário do “Corte Simples”, que permite ao cliente a religação por ele próprio, a partir do

tamponamento a religação só poderá ser feita pela COPASA MG.

De acordo com as orientações fornecidas no comunicado entregue no ato do tamponamento, o cliente

deve regularizar o seu débito e solicitar imediatamente a religação à COPASA MG. Essa solicitação

pode ser feita em qualquer agência de atendimento, por meio da Central de Atendimento "115" (nas

cidades contempladas com este serviço) ou por meio da Internet.

Caso o pedido de religação seja feito por telefone ou pela Internet, é necessário que o recibo de

pagamento do débito permaneça no imóvel para apresentação ao funcionário da empresa, quando da

execução do serviço.

Fase 5 - Aviso de Ligação Tamponada / Tamponamento de Esgoto

Após o tamponamento da ligação de água, permanecendo o débito em aberto, será disponibilizado o

aviso de débito “Ligação Tamponada” para os clientes factível de água e potencial esgoto ou aviso para

os Clientes Real Esgoto, postados por meio de AR, para segurança no processo.

Fase 6 - Tamponamento de Esgoto

Decorridos 35 dias após a emissão do aviso “SÓ ESGOTO” será disponibilizada a ordem de serviço do

tamponamento de esgoto.

No ato deste tamponamento, o cliente recebe um comunicado com as orientações de como proceder

para ter a coleta de esgoto restabelecida.

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Formulário de Referência 2010

Após o tamponamento o cadastro sofre alterações, ou seja, o cliente passa de “Real” para “Factível”,

bloqueando-se o faturamento da tarifa de esgoto até que o débito seja regularizado e a coleta de esgoto

normalizada.

Religação do “Tamponamento de Esgoto”

De acordo com as orientações fornecidas no comunicado entregue no ato do tamponamento, o cliente

deve regularizar o seu débito e solicitar imediatamente a religação à COPASA MG. Essa solicitação

pode ser feita em qualquer agência de atendimento, por meio da Central de Atendimento "115" (nas

cidades contempladas com este serviço).

Caso o pedido de religação seja feito por telefone, é necessário que o recibo de pagamento do débito

permaneça no imóvel para apresentação ao funcionário da empresa, quando da execução do serviço.

Fase 7 – Supressão da Ligação

A supressão de ligações ocorre a pedido do cliente ou nos casos previstos de Sanções por Infrações ou

quando não há possibilidade de se fazer um “Corte Simples” ou um “Tamponamento”.

Religação da Supressão

A exemplo do tamponamento, a religação da supressão só pode ser realizada pela COPASA MG, após a

regularização do débito e a solicitação de religação pelo cliente, feita nas agências de atendimento ou

por telefone (apresentação de recibo no local).

Fase Final - Cobrança Judicial

Uma vez esgotadas as ações no âmbito comercial, conforme descritas nesta cadeia de procedimentos, os

débitos são submetidos à unidade jurídica da empresa para cobrança judicial.

Atualização de Débito

A Empresa cobra multa, juros e correção monetária sobre pagamentos de contas atrasadas, sendo a

multa equivalente a 2%, juros de 0,033% ao dia, limitada a 1% ao mês e atualização monetária baseada

no IGPM.

Tarifas

Nossos serviços são remunerados sob a forma de tarifas cobradas de acordo com faixas de consumo,

determinadas por m³ medido e diferenciadas por categorias de clientes, quais sejam: residenciais,

públicos, industriais e comerciais. Para tanto, seguimos as regras da Lei Federal 11.445, de 05 de

janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para saneamento básico e do Decreto 44.884, de 01

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Formulário de Referência 2010

de setembro de 2008, que regulamentava os serviços públicos de água e esgoto prestados pela COPASA

MG.

Classificam-se como clientes residenciais as unidades consumidoras ocupadas exclusivamente para a

finalidade de moradia. Os clientes públicos são as unidades consumidoras ocupadas para o exercício de

atividade de órgãos da administração direta do poder público, autarquias e fundações, incluídos ainda

hospitais públicos, asilos, orfanatos, albergues, instituições de caridade, instituições religiosas,

organizações cívicas e políticas e entidades de classe sindicais. Os clientes industriais são as unidades

consumidoras ocupadas para o exercício de atividade classificada pelo IBGE como atividade industrial.

Já os clientes comerciais são as unidades consumidoras ocupadas para o exercício de atividade

comercial de venda ou prestação de serviços ou atividade não classificada nas categorias res idencial,

industrial ou pública.

Adicionalmente, nos termos da legislação em vigor será cobrado para todas as categorias, tarifa mínima

que não deverá ser inferior ao consumo de 6 m³.

Por força de determinação judicial liminar do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, em

Agravo de Instrumento interposto pelo Ministério Público Estadual, não houve reajuste de tarifas em

2009. A alegação é de que o mesmo estava em desconformidade com o disposto na lei nº. 11.445/2007,

no que diz respeito à instituição do Órgão Regulador.

Em 03 de agosto de 2009, foi sancionada, pelo Governador do Estado, a Lei de criação da Agência

Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas

Gerais – ARSAE MG, em conformidade com a Lei Federal 11.445 de 05 de janeiro de 2007. Para que a

Agência iniciasse suas atividades de regulação da COPASA MG foi necessário o protocolo na ARSAE

MG das respectivas propostas de Regulamento dos Serviços, o que ocorreu em 04 de novembro de

2009.

A COPASA MG protocolou na ARSAE MG, em 03 de dezembro de 2009, o Estudo Técnico relativo

ao “Reajuste Tarifário 2009”, referente à prestação de serviços de abastecimento de água e de

esgotamento sanitário. Em 05 de janeiro de 2010 foi divulgada a Nota Técnica nº. 001/2010 da ARSAE

– MG indicando um reajuste de 2,90% nas tarifas de água e esgoto e definindo o período de Audiência

Pública de 07 de janeiro a 18 de janeiro de 2010 com o objetivo de receber sugestões da sociedade para

a proposta definitiva do reajuste das tarifas da COPASA MG.

Após análise das sugestões recebidas durante o período de Audiência Pública e a realização de um novo

estudo, a ARSAE MG publicou em 28 de janeiro de 2010 a Resolução nº. 001/2010, na qual estabelece

um reajuste das tarifas de água e esgoto da Companhia em 3,96%. As novas tarifas entraram em vigor

no dia 1º de março e vigerão até 28 de fevereiro de 2011.

Segundo divulgado pela Agência, deverá ser realizada, imediatamente audiência pública destinada a

aprovar uma metodologia para os futuros reajustes e revisões tarifárias, contemplando a forma de

cálculo da tarifa dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário, dos custos de capital

próprio e de terceiros e o método de construção de uma empresa de referência.

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Formulário de Referência 2010

Tarifas de Abastecimento de Água

As faixas de consumo para as tarifas de abastecimento de água estão divididas em clientes residenciais

industriais, comerciais e públicos, conforme tabela abaixo:

Categorias

Residencial Comercial Industrial Pública

Até 6 m³ Até 6 m³ Até 6 m³ Até 6 m³

> 0.6 à 10 > 0.6 à 10 > 0.6 à 10 > 0.6 à 10

> 10 à 15 > 10 à 40 > 10 à 20 > 10 à 20

> 15 à 20 > 40 à 100 > 20 à 40 > 20 à 40

> 20 à 40 > 100 > 40 à 100 > 40 à 100

> 40 > 100 à 600 > 100 à 300

> 600 > 300

Na tabela abaixo apresentamos detalhadamente os valores de nossas tarifas de abastecimento de água e

esgotamento sanitário por categoria e faixa de consumo nos períodos indicados. Tendo em vista que as

faixas de consumo podem variar de um ano para o outro, as lacunas em branco, em um determinado

ano, referem-se a faixas de consumo não existentes:

Categoria Residencial

Faixas de Consumo (m³) 2005 2004 2003 2002 2001

(R$ por m³) (R$ por m³) (R$ por m³) (R$ por m³) (R$ por m³)

Mínimo 10 1,3402 1,1991 1,0951 0,8437 0,8437

> 10 à 15 2,4473 1,6787 1,2765 0,9834 0,9834

> 15 à 20 2,45 1,7388 1,4144 - -

> 15 à 25 - - - 1,0897 1,0897

> 20 à 25 2,4527 1,7988 1,4784 - -

> 25 à 40 2,466 2,1585 1,9165 1,39 1,39

> 40 à 100 4,7176 3,5734 2,9568 2,2229 2,2229

> 100 6,1383 4,7965 4,1615 3,0941 3,0941

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84

Formulário de Referência 2010

Categoria Pública

Faixas de Consumo (m³) 2005 2004 2003 2002 2001

(R$ por m³) (R$ por m³) (R$ por m³) (R$ por m³) (R$ por m³)

Mínimo 10 1,8215 1,6297 - - -

Mínimo 15 - - 1,4883 1,1466 1,1466

> 10 à 20 3,0419 2,0697 - - -

> 15 à 30 - - 2,3813 1,7823 1,7823

> 30 - - - 1,8398 1,8398

> 30 à 1500 - - 2,4557 - -

> 20 à 40 3,8799 2,8846 - - -

> 40 à 100 3,9345 2,9009 - - -

> 100 à 300 3,9526 2,9172 - - -

> 300 à 600 3,9891 2,9334 - - -

> 600 4,0073 2,9497 - - -

> 1.500 - - 2,5301 - -

Categoria Comercial

Faixas de Consumo

(m³)

2005 2004 2003 2002 2001

(R$ por m³) (R$ por m³) (R$ por m³) (R$ por m³) (R$ por m³)

Mínimo 10 1,8252 1,633 1,4913 1,1489 1,1489

> 10 à 20 3,3985 2,4495 - - -

> 10 à 30 - - 1,9937 1,536 1,536

> 30 - - - 1,8398 1,7084

> 30 à 60 - - 2,237 - -

> 20 à 40 3,404 2,4821 - - -

> 60 - - 2,3115 - -

> 40 à 100 3,4131 2,6128 - - -

> 100 à 300 3,5592 2,6944 - - -

> 300 à 600 3,5956 2,7271 - - -

> 600 3,6139 2,776 - - -

Categoria Industrial

Faixas de Consumo

(m³)

2005 2004 2003 2002 2001

(R$ por m³) (R$ por m³) (R$ por m³) (R$ por m³) (R$ por m³)

Mínimo 10 2,0337 1,8195 1,6616 1,2801 1,2801

> 10 à 20 3,4471 2,4563 - - -

> 10 à 30 - - 1,9937 1,536 1,536

> 20 à 40 3,4573 2,4745 - - -

> 30 à 100 - - 2,2431 - -

> 30 à 600 - - - 1,7084 1,7084

> 40 à 100 3,4775 2,7292 - - -

> 100 à 300 3,6606 2,7655 - - -

> 100 à 600 - - 2,3261 - -

> 300 à 600 3,7013 2,802 - - -

> 600 3,864 3,275 2,8247 2,1178 2,1178

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Formulário de Referência 2010

Categoria Residencial com Tarifa Social

Faixas de Consumo

(m³)

2005 2004 2003 2002 2001

(R$ por m³) (R$ por m³) (R$ por m³) (R$ por m³) (R$ por m³)

Mínimo 10 0,5741 0,5137 0,469 0,362 0,362

> 10 à 11 2,01 1,56 1,42 1,09 1,09

> 11 à 12 2,32 1,76 1,61 1,24 1,24

> 12 à 13 1,76 1,26 1,15 0,89 0,89

> 13 à 14 1,89 1,36 1,24 0,95 0,95

> 14 à 15 2,15 1,55 1,42 1,1 1,1

Apresentamos detalhadamente os valores de nossas tarifas de abastecimento de água e esgotamento

sanitário por categoria e faixa de consumo aplicadas a partir do consumo de março/2006:

Categoria Residencial

Faixas de

Consumo (m³)

Em 01 de março

de 2010

Em 02 de março

de 2008

Em 01 de março

de 2007

Em 01 de março

de 2006

Mínimo 6 m³ 18,32 17,62 16,38 13,80

> 06 à 10 0,58 0,56 0,52 0,4140

> 10 à 15 4,14 3,98 3,70 2,8470

> 15 à 20 4,15 3,99 3,71 2,8638

> 20 à 40 4,17 4,01 3,73 2,8887

> 40 7,65 7,36 6,84 5,3308

Para o ano de 2010, a tarifa mínima corresponde a R$ 18,32 para clientes residenciais que consomem

até seis m³ mensais. Para os clientes que consomem superiores a este, o valor dos seis primeiros m³

corresponde a R$ 18,95.

Para o ano de 2008, a tarifa mínima corresponde a R$ 17,62 para clientes residenciais que consomem

até seis m³ mensais. Para os clientes que consomem superiores a este, o valor dos seis primeiros m³

corresponde a R$ 18,23.

Para o ano de 2007, a tarifa mínima corresponde a R$ 16,38 para clientes residenciais que consomem

até seis m³ mensais. Para os clientes que consomem superiores a este, o valor dos seis primeiros m³

corresponde a R$ 16,95. Tal diferença se deu em razão da necessidade de adequar a tabela de tarifa à

política da empresa de não reajustar a tarifa dos clientes residenciais com consumo até seis m³ e limitar

a tarifa de nossos clientes que consomem entre seis e 10 m³ à variação do IGP-M no período.

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Formulário de Referência 2010

Categoria Comercial

Faixas de Consumo (m³) Em 01 de

março de 2010

Em 02 de

março de 2008

Em 01 de

março de 2007

Em 01 de

março de 2006

Mínimo 6 m³ 29,23 28,12 24,71 19,00

> 06 à 10 0,63 0,61 0,54 0,4056

> 10 à 40 6,07 5,84 5,13 3,9422

> 40 à 100 6,12 5,89 5,18 3,9592

> 100 6,15 5,92 5,20 3,9941

Categoria Industrial

Faixas de Consumo

(m³)

Em 01 de

março de 2010

Em 02 de

março de 2008

Em 01 de

março de 2007

Em 01 de

março de 2006

Até 6 m³ 32,63 31,39 27,58 21,21

> 06 à 10 0,62 0,60 0,53 0,3841

> 10 à 20 6,15 5,92 5,20 3,9948

> 20 à 40 6,17 5,94 5,22 4,0123

> 40 à 100 6,23 5,99 5,26 4,0378

> 100 à 600 6,53 6,28 5,52 4,2381

> 600 6,60 6,35 5,58 4,2933

Categoria Pública

Faixas de

Consumo (m³)

Em 01 de março

de 2010

Em 02 de março

de 2008

Em 01 de março

de 2007

Em 01 de março

de 2006

Até 6 m³ 29,25 28,14 24,73 19,95

> 06 à 10 0,69 0,66 0,58 0,4453

> 10 à 20 5,52 5,31 4,67 3,5759

> 20 à 40 6,95 6,69 5,88 4,5050

> 40 à 100 7,04 6,77 5,95 4,5508

> 100 à 300 7,06 6,79 5,97 4,5674

> 300 7,12 6,85 6,02 4,6096

As tarifas de cada categoria de cliente são progressivas em relação ao volume faturável correspondente

a cada categoria. Como exemplo, para efetuar o cálculo da tarifa, um cliente da categoria residencial

que consumiu 40 m³ em determinado mês terá que contemplar os valores das seguintes faixas: até 6 m³,

de 6 a 10 m³, de 10 a 15m³, de 15 a 20 m³ e de 20 a 40m³.

Concedemos desconto de 5% exclusivamente nas tarifas da categoria residencial para os clientes que

consomem até 10 m³ mensais. Para qualquer consumo superior a 10 m³, em qualquer das categorias,

cobramos o consumo realmente medido. Esse desconto já está autorizado pela resolução normativa

ARSAE MG nº. 01/2010 de 27/01/2010.

Possuímos também uma “Tarifa Social” que atende clientes residentes em imóveis cuja área construída

é inferior ou igual a 44 m². Nestes casos, concedemos descontos para consumos de até 15 m³ mensais,

conforme demonstrado no quadro abaixo. Acima de 15 m³ mensais, o cliente que se enquadra na Tarifa

Social está sujeito à nossa tarifa normal.

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Formulário de Referência 2010

Desconto tarifa social

Faixas consumo m³ Até 10 m³ > 10 a 11 > 11 a 12 > 12 a 13 > 13 a 15 Desconto Aplicado 55% 50% 45% 43% 41%

Para os clientes residentes nas localidades com população inferior a cinco mil habitantes, inseridas na

área de abrangência do Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais – IDENE, o

enquadramento no benefício da “Tarifa Social” será aplicado para os imóveis com área construída

menor ou igual a 60 m², com características de baixa renda, entendendo-se como tal aqueles imóveis

com piso em cimento liso ou inferior, sem laje ou com laje e sem telhado, e consumo de água igual ou

inferior a 30 m³ por economia por mês, sendo que apenas os primeiros 15 m³ terão descontos na tarifa

de água e de esgoto.

Na tabela a seguir, apresentamos detalhadamente os valores de nossas tarifas médias de abastecimento

de água por categoria nos períodos indicados:

Ano

Água (Valores em Reais)

Social Residencial

normal

Total

Residencial Comercial Industrial Pública Total

2001 0,40352 0,87457 0,84991 1,32272 1,65352 1,61718 0,96534

2002 0,40399 0,89376 0,86810 1,34734 1,67934 1,64670 0,98260

2003 0,50034 1,11337 1,07888 1,69213 2,11879 2,11450 1,22757

2004 0,55345 1,27440 1,22950 1,94695 2,48592 2,50763 1,40174

2005 0,62967 1,55973 1,49890 2,35557 3,08395 3,27889 1,71716

2006 0,84585 1,96045 1,89175 3,01424 3,62036 3,97885 2,16346

2007 1,01838 2,26884 2,18901 3,68590 4,38452 4,73932 2,53914

2008 1,12293 2,47741 2,38733 4,25507 5,12207 5,44907 2,82431

2009* 1,17120 2,58613 2,49295 4,39832 5,29487 5,63920 2,92527

(*) Por força de decisão judicial, que determinou que a aplicação de reajuste tarifário da COPASA MG para 2009

condicionada à criação de Agência Reguladora, não houve reajuste de tarifas em 2009.

Tarifas de Esgotamento Sanitário

Nossas tarifas cobradas para serviços de esgotamento sanitário até o consumo de fevereiro de 2006

equivaliam a 100% dos valores das tarifas cobradas para abastecimento de água. A partir do consumo

de março de 2006 a tarifa de esgoto passou a para 90% dos valores das tarifas cobradas para

abastecimento de água e a partir do consumo de março de 2007, essa passou para 60% dos valores das

tarifas cobradas para abastecimento de água.

Podemos, ainda, praticar tarifas de esgotamento sanitário diferenciadas das tarifas de abastecimento de

água ou, segundo nosso critério, conceder descontos em nossas tarifas de serviços de esgotamento

sanitário, em função de especificidades da implantação dos serviços, por exemplo, nos Municípios nos

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Formulário de Referência 2010

quais nossos sistemas de tratamento ainda não estão completamente construídos. Em 31 de dezembro

de 2009, tais descontos foram concedidos em 92 localidades, o que representou R$ 6,0 milhões de

nossa receita de dezembro.

Na tabela a seguir apresentamos detalhadamente os valores de nossas tarifas médias de esgotamento

sanitário por categoria nos períodos indicados:

Ano

Esgoto (Valores em Reais)

Social Residencial

normal

Total

residencial Comercial Industrial Pública Total

2001 0,37270 0,80383 0,78616 1,25574 1,62383 1,57755 0,91153

2002 0,38529 0,82843 0,80857 1,28511 1,65290 1,60252 0,93093

2003 0,47541 1,03160 1,00343 1,61826 2,05348 2,04545 1,15897

2004 0,51792 1,16670 1,12993 1,85277 2,40363 2,41399 1,31190

2005 0,57334 1,40341 1,35190 2,23248 2,97403 3,13607 1,58564

2006 0,68643 1,58829 1,53448 2,58196 3,14102 3,39481 1,79850

2007 0,64978 1,45815 1,40801 2,45174 3,01761 3,14542 1,66789

2008 0,67254 1,48522 1,43175 2,66625 3,24892 3,42130 1,73912

2009* 0,67189 1,47159 1,41795 2,67216 3,31210 3,40335 1,72323

(*) Por força de decisão judicial, que determinou que a aplicação de reajuste tarifário da COPASA MG para 2009 condicionada à criação

de Agência Reguladora, não houve reajuste de tarifas em 2009.

Reajustes Tarifários

A tabela a seguir demonstra, nos períodos indicados, os aumentos percentuais de nossas tarifas:

Reajuste tarifário Médio

2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004

3,96% (linear) sem reajuste 9,47% (médio) 6,72% (médio 9,50% (médio) 24,15% (médio) 14,28% (médio)

Reajustes tarifários ocorridos em 01 de março de 2008, 2007, 2006, 2005 e 2004 .

Reajuste médio significa o resultado de reajustes diferenciados aplicados por categoria e por faixas

de consumo. O reajuste linear de 3,96%, autorizado pela resolução normativa ARSAE MG nº. 01 de

27 de janeiro de 2010, com aplicação a partir de 01 de março de 2010.

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Formulário de Referência 2010

Mercado Consumidor e Principais Clientes

Nosso mercado consumidor encontra-se, atualmente, no Estado de Minas Gerais. Os quadros

demonstrativos a seguir indicam a evolução de nossas unidades consumidoras nos períodos

indicados:

Abastecimento de água tratada - mil unidades (no final do exercício)

Categoria 2009 2008 2007 2006 2005 2004

Residencial 3.641,8 3.563,3 3.458,3 3.319,4 3.210,2 3.132,3

Comercial 355,6 345,6 335,0 322,5 313,0 311,3

Industrial 30,7 28,8 27,0 25,8 25,4 25,4

Pública 62,3 59,9 57,2 53,8 50,8 48,6

Total 4.090,4 3.997,5 3.877,5 3.721,4 3.599,3 3.517,6

Esgoto - mil unidades (no final do exercício)

Categoria 2009 2008 2007 2006 2005 2004

Residencial 2.136,6 1.899,4 1.796,2 1.668,3 1.598,9 1.548,0

Comercial 238,2 213,2 202,9 191,2 183,4 182,4

Industrial 17,8 15,0 13,6 12,8 12,7 12,9

Pública 26,8 22,9 20,6 18,2 16,9 15,9

Total 2.419,4 2.150,5 2.033,4 1.890,5 1.811,9 1.759,2

Nosso mercado consumidor tem se expandido de forma constante. Com relação ao abastecimento de

água, nossa população atendida aumentou, desde dezembro de 2003, em mais de 2,0 milhões de

habitantes, representando um aumento aproximado de 19,3%, atingindo, em 31 de dezembro de 2009,

cerca de 12,6 milhões de habitantes. Esse crescimento no abastecimento de água deve-se ao fato de

termos iniciado as operações de sistemas de abastecimento de água em novas localidades no Estado

associado ao crescimento vegetativo nas localidades já operadas. Para proporcionar esses níveis de

atendimento no Estado, contamos com 3,4 milhões de ligações de água.

Em 2009, nosso faturamento total foi de aproximadamente R$ 2.540,1 milhões. No mesmo período,

nossos clientes residenciais responderam por 81,9% do volume total de água faturado e 80,3% do

volume de esgoto sanitário faturado, nossos clientes industriais responderam por 3,6% do volume total

de água faturado e 3,5% do volume de esgoto sanitário faturado, nossos clientes comerciais

responderam por 9,2% do volume total de água faturado e 11,3% do volume de esgoto sanitário

faturado e nossos clientes públicos responderam por 5,3% do volume total de água faturado e 4,9% do

volume de esgoto sanitário faturado.

Atendimento aos Clientes

Cientes do crescimento físico das redes de água e esgoto, procuramos atender a demanda adequando

nossa estrutura administrativa e operacional para obter resultados positivos no atendimento às diversas

comunidades. Mantemos canais de relacionamento com nossos clientes de modo a atender às

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90

Formulário de Referência 2010

necessidades específicas de cada um. Por meio destes canais, nossos clientes podem solicitar assistência

e comunicar suas reclamações e sugestões.

Nesse contexto, além da descentralização em distritos operacionais na cidade de Belo Horizonte,

possuímos os seguintes canais de relacionamento:

Central de Atendimento Telefônico. Nossa “Central de Atendimento 115” atende ligações de clientes

dos municípios de Belo Horizonte, Betim, Contagem e do Vale do Aço. Por meio dela, prestamos os

serviços de verificação de vazamento de água e esgoto, verificação de entupimentos de esgoto,

reclamações de falta de água, solicitação de religação, solicitação de ligação de água e esgoto,

verificação de débito e análise de consumo, solicitação de segunda via de conta, informações sobre

prazos de serviços solicitados e pedidos de emergência em serviços solicitados. Nas demais localidades,

disponibilizamos números de telefone locais para atendimento aos clientes.

Agências de Atendimento. Possuímos agências de atendimento em cada localidade atendida por nós,

as quais, dependendo do porte, poderão ter mais de uma agência, tal como o Município de Belo

Horizonte, que possui sete agências. Nossos clientes procuram nossas agências de atendimento para

solicitar serviços, como a ligação de água e esgoto, religações, segunda via de conta, bem como para

realizar reclamações de contas e solicitar informações diversas. O número de nossas agências de

atendimento equivale a, aproximadamente, o número de localidades que atendemos.

Rede Mundial de Computadores – Internet. Nosso site na rede mundial de computadores –

www.copasa.com.br, permite o acesso aos seguintes serviços: alteração do nome, dados e endereço do

cliente, análise da conta de água e/ou esgoto, cálculo da conta e consulta de contas pagas, informações

sobre bancos conveniados para pagamentos de contas, emissão de certidão negativa de débito com a

Companhia, histórico de consumo, locais para pagamento da conta e pagamento on line, previsão de

tempo para execução de serviços, religação de água, segunda via de conta, solicitação para correção de

vazamento de água e esgoto, vencimento alternativo, orientações ao cliente, endereço das Agências de

Atendimento, informações sobre medição individualizada, Conta Braille, confirmação de unidades

consumidoras e/ou categoria e catálogo de serviços.

Faturamento e Cobrança

O faturamento de nossos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário baseia-se no uso da

água, e é processado com base no consumo registrado nos medidores instalados em cada imóvel, em

suas diversas categorias (residenciais, comerciais, industriais ou públicos). O faturamento mensal é

feito com base na nota fiscal/fatura de serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário.

Nossas faturas podem ser emitidas on-line no ato da leitura do hidrômetro ou por nosso computador

central após a leitura do hidrômetro por nossos empregados.

Os vencimentos das faturas são distribuídos ao longo de cada mês e seu pagamento poderá ser efetuado

em nossa rede de agentes arrecadadores credenciados, a qual engloba a rede bancária tradicional,

estabelecimentos comerciais em geral e lotéricas. Os recursos arrecadados pelos agentes credenciados

são a nós repassados, após a dedução da taxa cobrada pelo serviço prestado, que varia de R$ 0,30 a R$

0,69 por transação efetuada. Possuímos uma Divisão de Cadastro e Faturamento responsável pelo

gerenciamento, controle, consistência das atividades de cadastro, micromedição, apuração de volume,

faturamento e emissão de nota fiscal e fatura.

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Formulário de Referência 2010

Os quadros a seguir indicam a evolução de nosso volume de água tratada medido e faturado nos

períodos apresentados:

Volume de água medido e faturado

Ano 2009 2008 2007

Volume de água tratada medido (milhões de m³) 567,6 562,2 562,6

Volume de água tratada faturado (milhões de m³) 602,9 594,6 589,7

Os quadros a seguir indicam a evolução de nosso volume de esgoto medido e faturado nos períodos

apresentados:

Volume de esgoto medido e faturado

Ano 2009 2008 2007

Volume de esgoto medido (milhões de m³)* 330,7 302,7 297,6

Volume de esgoto faturado (milhões de m³) 357,1 326,4 317,7

*O volume medido de esgoto corresponde ao volume total medido de água dos clientes que possuem os dois tipos de serviços.

Procedimentos de Cobrança

Possuímos um eficiente procedimento de cobrança de nossas faturas o que resulta em uma arrecadação

mensal equivalente a, aproximadamente, 95,0% de nosso faturamento. Utilizamos procedimentos de

cobrança comercial e judic ial. No âmbito comercial, visando administrar da melhor forma possível o

nosso “saldo de contas a receber”, adotamos, em caráter de rotina, diversos instrumentos dentro da

nossa política de cobrança, que são aplicados de forma eficaz, dentro de uma cadeia sistemática de

procedimentos, sejam eles, sucessivamente, o aviso de débito, a suspensão do fornecimento de água, o

tamponamento, a cobrança judicial e o registro como devedor duvidoso. Há, ainda, um procedimento

especial adotado exclusivamente para cobrança das prefeituras municipais. Uma vez esgotadas as ações

de cobrança no âmbito comercial, submetemos uma lista de nossos clientes inadimplentes à nossa

unidade jurídica para cobrança judicial.

De acordo com as condições estabelecidas na Lei nº. 9.430, de 27 de dezembro de 1996, considerando

os valores e tempo de vencimento das faturas, promovemos a baixa desses débitos na rubrica

“devedores duvidosos”. Nestes casos, as contas com valores até R$ 5 mil podem ser baixadas após 180

dias após seu vencimento, as contas cujos valores variam entre R$ 5 mil e R$ 30 mil podem ser

baixadas após 360 dias do vencimento. As contas com valor acima de R$ 30 mil só podem ser baixadas

após serem ajuizadas ações de cobrança. Entretanto, considerando-se tratar apenas de um procedimento

contábil e tributário, que não implica o perdão da dívida, esses débitos permanecem em nossos

controles comerciais e são submetidos às ações de cobrança e a programas periódicos de recuperação de

clientes inadimplentes.

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Formulário de Referência 2010

Inadimplência

Nossos índices de inadimplência vêm diminuindo de maneira constante nos últimos anos, tendo

atingido 1,54% em 31 de dezembro de 2009, conforme pode ser visto no quadro abaixo:

Ano 2009 2008 2007

Índice de Inadimplência 1,54% 1,59% 1,65%

Nos exercícios findos em 2009, 2008 e 2007, os valores a receber de clientes estavam assim

distribuídos por vencimento:

31/12/2009 31/12/2008 31/12/2007

Idade (R$

milhões) (%)

(R$

milhões) (%)

(R$

milhões) (%)

Valores a vencer 113,5 42,5% 107,3 43,7% 92,1 44,8%

Vencidos até 30 dias 59,5 22,3% 58,0 23,6% 52,2 25,4%

Vencidos de 31 até 60 dias 28,2 10,6% 25,3 10,3% 22,2 10,8%

Vencidos de 61 até 90 dias 13,4 5,0% 12,3 5,0% 11,2 5,4%

Vencidos de 91 até 180 dias 22,6 8,5% 23,2 9,5% 16,4 8,0%

Vencidos acima de 180 dias 29,9 11,2% 19,3 7,9% 11,6 5,6%

Total 267,1 100,0% 245,4 100,0% 205,7 100,0%

Após a prestação de contas pelos agentes arrecadadores, nossa unidade comercial confronta,

diariamente, todo o movimento de pagamentos realizados pelos clientes e suas respectivas baixas, com

o dinheiro repassado por meio dos depósitos em nossa conta corrente. Sobre as faturas vencidas e não

pagas incidem multa moratória de 2,0% ao mês, juros de mora (0,033% ao dia, limitado a 1,0% ao mês)

e atualização monetária com base na variação do IGP-M.

Com relação aos débitos de órgãos públicos, realizamos contatos pessoais para negociação de suas

dívidas, que vão desde o parcelamento destas até a assinatura de convênios para a prestação de serviços,

visando realizar encontros de contas para a quitação de seus respectivos débitos. Neste contexto, em 20

de dezembro de 2004, firmamos com o Estado de Minas Gerais um “Termo de Ajuste para Mútua

Quitação de Débitos e Créditos Recíprocos” e, em 31 de dezembro de 2009, firmamos com a Prefeitura

Municipal de Belo Horizonte - PBH, Termos de Transação e Compensação de Débitos Recíprocos, que

permitiram compensar débitos da COPASA MG para com a PBH e parcelamento de débito referente a

consumo de água e tratamento de esgoto da PBH para com a COPASA MG até a data de 31 de

dezembro de 2009.

Ainda de forma a reduzir a inadimplência do poder público e como uma forma de apoio aos municípios

onde atuamos, criamos o “Programa de Descontos Progressivos COPASA - PDPC”, que tem por

objetivo conceder aos respectivos municípios descontos de até 50,0% no valor de suas tarifas, caso suas

contas de água e esgoto sejam devidamente pagas até a data de vencimento. Os descontos são

concedidos de acordo com uma escala progressiva, computada mês a mês, ou seja, 10,0% de desconto a

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93

Formulário de Referência 2010

partir do primeiro mês de pagamento em dia, 20,0% de desconto a partir do 7º mês de pagamento em

dia 30,0% de desconto a partir do 13º mês de pagamento em dia 40,0% de desconto a partir do 19º mês

de pagamento em dia e 50,0% de desconto a partir do 25º mês de pagamento em dia. Caso o município

fique inadimplente por três meses consecutivos, perderá o benefício acumulado, que somente poderá ser

computado novamente a partir do próximo pagamento realizado em dia. Tal programa nos tem

possibilitado aumentar gradativamente o recebimento dos valores a nós devidos pelo poder público.

Por fim, criamos indicadores de desempenho para nossos empregados, os quais influem diretamente na

gratificação percebida por cada um e são medidos com base no percentual de inadimplência de nossa

Companhia e na capacidade de recuperação de créditos vencidos. Como resultado, nossos índices de

inadimplência vêm diminuindo progressivamente.

2- condições de competição nos mercados

Em geral, não enfrentamos concorrência nos municípios nos quais prestamos serviços de abastecimento

de água e esgotamento sanitário.

Além dos municípios onde não operamos, que conduzem suas atividades de abastecimento de água,

temos como concorrentes não muito expressivos empresas que realizam:

• o abastecimento de água por meio de caminhões-pipa a grandes clientes individuais na RMBH; e

• a perfuração de poços artesianos como fontes alternativas de água com preços mais competitivos,

porém, sem o devido controle de qualidade da água.

Apesar de atualmente não possuirmos concorrentes expressivos em nossa área de atuação, podemos, em

razão da aprovação do marco regulatório do setor de saneamento por meio da Lei nº. 11.445/07, vir a

enfrentar uma maior concorrência por parte de empresas privadas.

Acreditamos que, por deter Concessões em parcela significativa da quantidade de municípios do Estado

de Minas Gerais, totalizando aproximadamente 72% dos municípios do Estado, a economia de escala

que atingimos deve nos assegurar vantagens em relação a eventuais concorrentes.

c) Eventual sazonalidade

Período de Consumo

Nosso faturamento é calculado em função do volume de água consumido pelo cliente. Este volume é

apurado num período de consumo ocorrido entre duas leituras. Portanto, o período de consumo é um

fator determinante no consumo objeto do faturamento. A Companhia vem fazendo um grande esforço

no sentido de manter o período médio de consumo ao longo do ano com o objetivo de amenizar

possíveis impactos no valor da conta de água e consequentemente reclamações por parte dos clientes.

Mesmo assim, observam-se pequenas oscilações ao longo do ano, sendo que no mês de fevereiro o

período de consumo historicamente tem sido abaixo da média em virtude do menor número de dias

nesse mês.

Abaixo quadro demonstrativo dos períodos médios de consumo:

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Formulário de Referência 2010

Períodos Médios de Consumo (em Dias)

ANO Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

2000 31,25 29,40 31,50 29,30 31,45 29,80 30,55 31,45 29,70 30,55 30,40 31,60

2001 30,95 28,15 30,80 30,80 30,75 30,10 30,15 31,45 29,70 30,55 30,50 30,50

2002 30,50 29,60 29,40 30,70 30,80 29,40 30,90 31,40 30,20 30,80 29,95 31,75

2003 30,60 28,10 31,70 29,40 31,20 29,85 30,45 31,40 30,20 30,80 30,80 30,50

2004 31,00 28,30 30,60 30,55 31,05 30,15 31,45 30,80 30,40 30,55 30,35 30,50

2005 30,80 29,70 29,50 30,70 30,55 29,35 30,80 31,35 29,80 30,55 30,30 31,55

2006 30,95 28,85 30,10 30,00 30,00 30,55 31,25 31,45 29,70 30,55 30,50 30,50

2007 30,95 28,85 30,10 30,00 30,00 30,55 31,25 31,45 29,70 30,55 30,50 30,10

2008 31,85 30,25 29,30 30,35 30,65 30,60 29,40 31,40 30,20 30,80 29,40 31,55

2009 31,35 28,30 30,60 29,00 31,05 30,95 30,80 32,20 30,45 30,55 29,80 30,80

Como o período de consumo de fevereiro é historicamente menor, o consumo de água no mês de

faturamento acaba sendo afetado. É importante ressaltar que apenas um dia significa 3,33% do

faturamento integral se considerarmos um mês com 30 dias.

Apesar do período de consumo do mês de fevereiro ser menor que os demais, verifica-se que o volume

consumido não diminui na mesma proporção. Este fato é explicado por ser um período de temperaturas

muito elevadas que provocam um aumento natural do consumo.

Volume Faturado

O quadro abaixo demonstra o comportamento mensal do volume faturado de água nos últimos dez anos.

Volume Faturado (1.000 m³)

Meses 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Jan 50.201 51.376 49.160 51.418 51.621 51.072 52.941 47.941 51.592 49.960

Fev 48.293 49.384 48.536 49.407 48.140 49.959 53.325 45.134 47.542 46.623

Mar 50.881 52.445 48.947 54.643 50.231 50.702 48.508 48.819 47.407 51.681

Abr 48.688 51.553 51.330 50.382 49.778 52.163 44.955 49.755 48.572 47.694

Mai 50.830 50.450 52.068 51.551 50.372 51.523 46.691 47.893 48.934 49.812

Jun 49.523 46.956 49.301 50.046 48.776 49.402 45.426 47.488 49.130 49.414

Jul 49.890 47.051 50.870 51.098 49.905 50.373 47.071 49.113 47.060 49.026

Ago 50.369 49.012 52.084 51.818 49.410 51.605 46.786 49.225 50.759 52.934

Set 49.599 48.297 51.879 51.377 52.367 52.230 47.279 49.600 51.213 51.138

Out 51.431 48.320 53.013 53.293 53.670 53.031 47.459 52.629 51.059 51.733

Nov 52.341 49.070 52.835 52.825 52.340 53.486 46.661 52.520 50.591 50.268

Dez 51.160 49.547 53.837 51.655 51.820 52.052 48.570 49.602 50.785 52.583

Total 603.207 593.459 613.861 619.515 608.430 617.600 575.671 589.718 594.645 602.866

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95

Formulário de Referência 2010

Apesar de o volume faturado aumentar na maioria dos anos, pode-se afirmar que o aumento não é

motivado pelo aumento per capita de consumo, mas pelo crescimento do número de economias,

podendo ser crescimento vegetativo ou crescimento motivado por assunção de novas localidades. Em

2004, o volume faturado foi menor que 2003, apesar do crescimento do número de economias. Em

2006, o volume faturado foi menor que 2005, devido a alteração do consumo básico de 10 para 6 m³

com reestruturação tarifária de 2006.

Evolução do Volume e Economias

400.000

450.000

500.000

550.000

600.000

650.000

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

1.0

00

600.000

1.100.000

1.600.000

2.100.000

2.600.000

3.100.000

3.600.000

4.100.000

4.600.000

Qtd

e e

co

n.

Volume faturado água Economias água

Volume por economia média mensal dos últimos 10 anos (água + esgoto)

14,43 14,46

14,68

14,09

14,60

14,33

13,96

14,10

14,3614,35

14,6314,52

13,60

13,80

14,00

14,20

14,40

14,60

14,80

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

po

r e

co

no

mia

No período com temperaturas mais baixas ocorre uma diminuição no volume faturado, conforme consta

nos meses de junho e julho.

Conforme tabela acima o pico de consumo ocorre nos meses de janeiro, março, maio e outubro e a

diminuição nos meses de fevereiro, junho e julho. O gráfico abaixo apresenta a variação média mensal

em relação a media anual dos últimos 10 anos, em que se pode afirmar a existência do efeito sazonal

nos meses citados.

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Formulário de Referência 2010

Fatores sazonais – variação da média mensal em relação à média anual - últimos 10 anos

Mês jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez média anual

Fator 1,02 0,98 1,02 1,00 1,00 0,97 0,98 1,00 1,00 1,02 1,01 1,01 14,38

A partir de uma média de consumo geral da empresa, identificaram-se os meses em que o consumo teve

uma variação acima da média anual e os que estiveram abaixo da média anual, conforme demonstrado a

seguir:

Fatores Sazonais – Média de 10 Anos

Fator sazonal do volume faturado (água + esgoto) - média mensal dos últimos 10 anos

0,98

1,02

1,00

1,00

0,97

0,98

1,00 1,00

1,02

1,011,01

1,02

0,94

0,95

0,96

0,97

0,98

0,99

1,00

1,01

1,02

1,03

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Fa

tor s

azo

na

l

Outro fator importantíssimo na análise do perfil de consumo da empresa é a tendência de diminuição do

consumo per capita. No decorrer dos anos a empresa vem convivendo com esta realidade de queda no

consumo por economia provocando, também, diminuição da receita por economia.

Volume Médio por Economia

Volume médio por economia (água + esgoto)

14,70

16,52

15,59 15,4915,21

14,60

13,27 13,0912,73

12,57

10,00

12,00

14,00

16,00

18,00

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

po

r e

co

no

mia

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Formulário de Referência 2010

Relativamente à queda do consumo por economia, são vários os fatores determinantes:

o crescimento da cidade se dá na periferia onde o consumo é menor que nas regiões centrais;

redução do tamanho das famílias;

modificação da tipologia dos imóveis – maior predileção por imóveis verticais;

necessidade de redução de despesas;

conscientização da população;

diminuição de desperdícios.

alteração do consumo básico.

3. Impacto do Racionamento de Energia Elétrica no Consumo de Água

Em 2001, o país viveu um racionamento de energia elétrica inédito, pelo menos nos últimos anos. A

seca prolongada diminuiu abruptamente o nível das represas e o país das águas abundantes passou a

conviver com o risco de um colapso do sistema elétrico. Diante deste quadro o governo federal

implantou medidas de racionamento de energia elétrica. O que se constatou foi que o racionamento do

consumo da energia elétrica desencadeou o racionamento do consumo de água, conforme demonstrado

a seguir.

Volume Faturado Água e Esgoto (m³)

Volume faturado mensal (água + esgoto)

71.322

74.192

75.144

72.277

75.820

74.10475.179

76.82475.489

72.76273.639

72.97772.272

74.311

70.369

73.193 72.92772.178

71.00970.806

71.754

69.08069.044

76.886

65.000

67.000

69.000

71.000

73.000

75.000

77.000

79.000

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

1.0

00

2000 2001

O gráfico acima demonstra o impacto do racionamento de energia elétrica no volume de água/esgoto a

partir do mês de junho de 2001.

d) principais insumos e matérias primas, informando:

i) descrição das relações mantidas com fornecedores, inclusive se estão sujeitas a controle

ou regulamentação governamental, com indicação dos órgãos e da respectiva legislação

aplicável

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Formulário de Referência 2010

Materiais

Os valores despendidos na aquisição de materiais estratégicos, destinados à operação e manutenção

dos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário, tais como, produtos químicos,

tubos e conexões de FºFº, PVC, galvanizados, cerâmicos, e PEAD representaram 7,4%, 5,9% e

5,4% dos custos e despesas totais da Companhia, respectivamente, nos últimos três anos. Abaixo

quadro com os valores gastos com materiais nos últimos três exercícios:

Gastos com Materiais

Valor (R$ mil) 124.871 89.917 78.408

% sobre os custos e despesas comerciais e administrativas 8,06% 6,22% 6,06%

% sobre as receitas liquida de água e esgoto 6,06% 4,83% 4,66%

A relação com os fornecedores desses produtos se dá por meio da gestão dos contratos, dos sistemas de

controle de qualidade e de controle de estoques, conforme as condições estabelecidas nos editais de

licitação e nos contratos formalizados. No que tange aos produtos químicos e reagentes destinados aos

laboratórios de controle de qualidade da água e do esgoto sanitário, existe regulamentação e controle

para sua aquisição, aplicação e descarte final, exercidos pela Polícia Federal, conforme legislação

aplicável.

Energia Elétrica

O uso de energia elétrica é essencial para nossas operações, o que nos leva a ser um dos maiores

usuários de eletricidade do Estado de Minas Gerais, fornecida, principalmente, pela Companhia

Energética de Minas Gerais – Cemig. Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2009, 2009 e 2007,

a energia elétrica utilizada correspondeu a, aproximadamente, 13,6%, 14,6% e 16,8%, respectivamente,

de nossos custos e despesas operacionais, conforme quadro abaixo:

Energia Elétrica

Valor (R$ mil) 211.375 210.922 217.121

% sobre os custos e despesas comerciais e administrativas 13,64% 14,59% 16,79%

% sobre as receitas liquida de água e esgoto 10,26% 11,32% 12,91%

Os valores decorrentes do fornecimento de energia variam de acordo com a tensão específica do local, a

estrutura tarifária e a capacidade contratada de demandas de potência máxima, sendo que a Companhia

possuía mais de 300 contratos com a Cemig.

Outros Fornecedores

Dentre nossos demais fornecedores, citamos ainda: Telemar, Empresa Brasileira de Correios e

Telégrafos, Bancos e Outros Agentes Arrecadadores.

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99

Formulário de Referência 2010

ii) eventual dependência de poucos fornecedores

Eventualmente existe dependência de fornecedor exclusivo para determinado material ou segmentos de

mercado que possuem número reduzido de fornecedores.

iii) eventual volatilidade em seus preços

A COPASA MG contrata seus fornecedores a partir de processos licitatórios, obedecendo aos preceitos

da Lei Federal nº. 8.666/93, Lei Estadual nº. 14.167/02, Decretos Estaduais nºs 42.416/02, 42.408/02 e

legislação municipal aplicável. A seleção é feita conforme condições previstas nos editais e com base

nos critérios “menor preço”, “técnica e preço” ou “técnica”, nos termos da Lei das Licitações. Dessa

forma, durante a vigência contratual os preços contratados não sofrem alterações, exceto pela aplicação

de reajustamentos devidos por força da referida lei federal, para os contratos com duração superior a 12

meses.

7.4. Identificar se há clientes que sejam responsáveis por mais de 10% da receita líquida

total do emissor, informando

a. montante total de receitas provenientes do cliente

b. segmentos operacionais afetados pelas receitas provenientes do cliente

Não existem clientes que sejam responsáveis por mais de 10% da receita líquida da Companhia.

7.5. Descrever os efeitos relevantes da regulação estatal sobre as atividades do emissor,

comentando especificamente

a) necessidade de autorizações governamentais para o exercício das atividades e histórico de

relação com a administração pública para obtenção de tais autorizações.

Lei do Saneamento Básico (Lei n° 11.445/2007)

A Lei de Saneamento Básico estabelece diretrizes nacionais para a prestação de serviços de

saneamento, fixa os direitos e obrigações dos entes federativos titulares, o exercício das competências

regulatórias, fiscalizatórias e de planejamento, as formas e condições gerais de contratação da prestação

e exige a criação de normas e entidade reguladora, dentre outras providências.

Estabelece, também, as diretrizes da política federal, determinando a implementação de políticas

públicas de gestão e financiamento, compatíveis com os custos do setor de saneamento, em substituição

ao modelo do Plano Nacional de Saneamento – PLANASA.

Referida legislação caracteriza-se por propiciar a adoção de soluções técnicas e processos adequados às

peculiaridades locais dos serviços de cada ente federativo e por facilitar a recíproca cooperação técnica

e administrativa.

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Formulário de Referência 2010

Entre seus princípios fundamentais destacam-se: universalização, segurança, qualidade, regularidade,

integralidade, eficiência e sustentabilidade econômica, transparência das ações, controle social,

articulação com as demais políticas correlatas ao setor, a utilização de tecnologias considerando a

capacidade de pagamento dos usuários e integração de infraestruturas e serviços com a gestão eficiente

dos recursos hídricos.

A titularidade dos serviços de saneamento não foi definida pela Lei de Saneamento Básico. Referido

diploma disciplina o exercício da titularidade dos serviços, determinando o planejamento e a elaboração

de plano de saneamento, exclusivamente pelo titular. Exige, ainda, a edição de normas de fiscalização e

regulação, definindo a política tarifária, estabelecendo os direitos e deveres dos usuários e prestadores,

criando mecanismos de controle social e de avaliação da eficiência e eficácia dos serviços, além da

indicação de entidade reguladora responsável pelo exercício dessas atividades, as quais poderão ser

delegadas a outros entes federativos em regime de gestão associada.

A Lei de Saneamento Básico define, também, a prestação regionalizada dos serviços (isto é, um único

prestador de serviços para vários municípios, contíguos ou não, com uniformidade de fiscalização e

regulação, inclusive tarifária e compatibilidade de planejamento) e a prestação interdependente - mais

de um prestador executando atividade interdependente com outra (etapas de serviço). Faculta a

concessão de subsídios como instrumento de política social para garantir a universalização dos serviços

de saneamento básico, especialmente com relação à população de baixa renda.

Os subsídios podem ser diretos, por meio de redução de tarifas, ou indiretos, dependendo das

características dos beneficiários e da origem dos recursos.

Os serviços de saneamento, segundo este diploma legal, poderão ser interrompidos pelo prestador, em

caso de inadimplência, por parte do usuário, após notificação formal.

Por fim, a Lei do Saneamento Básico alterou dispositivo da Lei de Concessões ao prever que as

concessões, entre as quais, as de serviços de saneamento, inc lusive as que não possuam instrumento que

as formalize, ou possuam cláusula de prorrogação, terão validade máxima até o dia 31 de dezembro de

2010, desde que, até o dia 30 de junho de 2009, sejam cumpridas, cumulativamente, as seguintes

condições:

“I - levantamento mais amplo e retroativo possível dos elementos físicos constituintes da infra-

estrutura de bens reversíveis e dos dados financeiros, contábeis e comerciais relativos à prestação

dos serviços, em dimensão necessária e suficiente para a realização do cálculo de eventual

indenização relativa aos investimentos ainda não amortizados pelas receitas emergentes da

concessão, observadas as disposições legais e contratuais que regulavam a prestação do serviço ou a

ela aplicáveis nos 20 (vinte) anos anteriores ao da publicação desta Lei;

II - celebração de acordo entre o poder concedente e o concessionário sobre os critérios e a forma de

indenização de eventuais créditos remanescentes de investimentos ainda não amortizados ou

depreciados, apurados a partir dos levantamentos referidos no inciso I deste parágrafo e auditados

por instituição especializada escolhida de comum acordo pelas partes; e

III - publicação na imprensa oficial de ato formal de autoridade do poder concedente, autorizando a

prestação precária dos serviços por prazo de até seis meses, renovável até 31 de dezembro de 2008,

mediante comprovação do cumprimento do disposto nos incisos I e II deste parágrafo.”

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Formulário de Referência 2010

Pelas referidas regras de transição, o ente federativo titular deve realizar levantamentos dos bens que

compõem a infraestrutura dos serviços, para avaliação e apuração do montante indenizatório devido à

concessionária pelos investimentos não amortizados e pelos bens não depreciados, utilizando o critério

definido no contrato ou, na ausência de instrumento, aplicando as disposições que regulavam a

prestação do serviço nos últimos vinte anos, anteriores à publicação da Lei de Saneamento Básico.

Para o pagamento da indenização devida à concessionária, referida legislação autoriza a celebração de

acordo. Entretanto, inexistindo acordo, a lei previamente determina a forma e o prazo de pagamento do

montante indenizatório em até quatro parcelas anuais, iguais e sucessivas, mediante garantia real,

devendo a primeira parcela ser paga até o último dia út il do exercício financeiro em que ocorrer a

reversão dos bens.

Convênio de Cooperação com o Município de Belo Horizonte

O Estado e o Município de Belo Horizonte assinaram, em 13 de novembro de 2002, Convênio de

Cooperação, à época do término da concessão entre a Companhia e o Município de Belo Horizonte,

com o objetivo de realizarem a gestão compartilhada dos serviços de abastecimento de água e

esgotamento sanitário no Município de Belo Horizonte, assegurando à Companhia a continuidade da

prestação dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário em Belo Horizonte por mais

30 anos.

Esse Convênio de Cooperação foi celebrado antes da Lei do Saneamento, que estabelece as diretrizes

nacionais para saneamento básico, de modo que suas cláusulas permanecerão vigentes até o término do

período ajustado. Entretanto, perderá a eficácia na hipótese de o Estado de Minas Gerais deixar de deter

o controle acionário e o poder de gestão sobre a Companhia.

Conforme previsto no Convênio de Cooperação, foi realizada, em 30 de abril de 2004, aumento de

capital mediante a emissão de novas ações em contrapartida aos sistemas de distribuição de água e

coleta de esgoto sanitário de titularidade do Município de Belo Horizonte, pelo valor total aproximado

de R$ 280,2 milhões.

Cabe à COPASA entre outras atribuições: gerir e operar os serviços de saneamento básico de interesse

comum metropolitano e do Município de Belo Horizonte; executar obras de ampliação dos sistemas,

conforme necessárias; propor reajustes ou revisões tarifárias para aprovação pelo Estado; executar a

gestão comercial integrada dos serviços de saneamento básico do Município de Belo Horizonte; e arcar

com os custos do DRENURBS – Programa de Recuperação Ambiental e Saneamento dos Fundos de

Vale e dos Córregos em Leito Natural de Belo Horizonte no valor de R$ 170,0 milhões, a ser corrigido

segundo índice a ser estabelecido pelas partes antes do inicio dos pagamentos. O Convênio estabelece,

ainda, atribuições e responsabilidades comuns à COPASA MG e à Superintendência de

Desenvolvimento da Capital - SUDECAP, entre elas: elaborar plano de gestão de abastecimento de

água e esgotamento sanitário e acompanhar a evolução, qualidade e os custos daqueles serviços; e

executar o planejamento das obras e investimentos dos sistemas de água e esgotamento sanitário de

interesse do Município de Belo Horizonte, sendo que os serviços de saneamento básico serão prestados

no Município de Belo Horizonte de forma exclusiva.

Os investimentos necessários à prestação dos serviços de abastecimento de água e esgotamento

sanitário no Município de Belo Horizonte devem ser aplicados de acordo com o plano de gestão e no

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Formulário de Referência 2010

planejamento integrado, sendo que o Município de Belo Horizonte poderá participar desses

investimentos, a seu exclusivo critério e interesse. O Conselho Gestor do Fundo Municipal de

Saneamento - FMS definirá as obras que serão executadas com recursos do referido Fundo, dentre

aquelas consideradas como prioritárias em conjunto pela Companhia e pelo Município de Belo

Horizonte. O plano de gestão vigente, gerido pelo Conselho Municipal de Saneamento, do qual a

Companhia faz parte, prevê a realização de reuniões mensais e nossa participação para a aprovação de

obras do Município que estejam relacionadas com os serviços de abastecimento de água e esgoto.

O Convênio de Cooperação prevê também que as tarifas de abastecimento de água e esgotamento

sanitário aplicáveis aos usuários finais do Município de Belo Horizonte serão fixadas, reajustadas ou

revisadas conforme a legislação vigente.

Além disso, o Convênio de Cooperação dispõe que o produto da arrecadação líquida das tarifas de

abastecimento de água e esgotamento sanitário será repartido na proporção de 4,0% para o FMS e

96,0% para a Companhia. Na definição, fixação ou revisão das tarifas de fornecimento de água e de

esgotamento sanitário, os custos e obrigações mencionados no Convênio de Cooperação com o

Município de Belo Horizonte também seriam considerados. Para tanto, a Companhia deveria implantar

centro de custos contábeis independentes que permitam adequar e controlar os custos relativos a cada

uma das atividades previstas no Convênio de Cooperação.

Findo o prazo do Convênio de Cooperação, os bens transferidos à nossa Companhia por meio do

aumento de capital deverão ser revertidos ao patrimônio do Município mediante recompra, sendo que

os bens decorrentes de investimentos feitos Companhia, a partir de 24 de maio de 2000, também serão

incorporados ao patrimônio do Município de Belo Horizonte mediante indenização por valor

determinado em avaliação a ser realizada ao final do prazo do convênio.

Adicionalmente, o Convênio de Cooperação prevê que findo o seu prazo ou extinto o contrato, tendo

em vista o caráter essencial dos serviços prestados por nossa Companhia, fica assegurada à Companhia

a gestão e operação dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário enquanto não venha

a ser formado novo ajuste com a COPASA MG ou com outro prestador de serviço de saneamento.

Caso não seja formalmente firmada a prestação de serviços com a Companhia, o Município de Belo

Horizonte deverá efetuar o integral pagamento dos valores, apurados em avaliação, de bens

incorporados ao patrimônio da Companhia, previamente à transferência das atribuições e

responsabilidades previstas no Convênio de Cooperação com o Município de Belo Horizonte para o

novo prestador ou concessionário.

Ficou estabelecida também, a quitação do débito do Município de Belo Horizonte referente a faturas

emitidas pela Companhia até novembro de 2002, no valor de R$70,6 milhões, em 335 parcelas mensais,

a partir de janeiro de 2005, sendo que em 31 de dezembro de 2009, o saldo remanescente desse débito,

contabilizado como Ativo Não Circulante – Clientes, era de R$216,7 milhões.

Entretanto, esse saldo remanescente foi utilizado para compensar um débito tributário referentes ao

Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN, Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU,

Taxas de Fiscalização entre outros, aplicados sobre faturas dos serviços de abastecimento de água e de

esgotamento sanitário no Município de Belo Horizonte.

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Formulário de Referência 2010

Repasse tarifário

Conforme previsto no Convênio de Cooperação entre a Companhia o Município de Belo Horizonte, a COPASA MG repassa, mensalmente, 4,0% do valor arrecadado dos clientes do Município de Belo Horizonte, para o Fundo Municipal de Saneamento – FMS, visando investimentos em obras relacionadas ao meio ambiente, dentre aquelas constantes de relação de obras prioritárias e de interesse comum elaborada, em conjunto, pela COPASA MG e o Município. O número de economias de água e de esgotamento sanitário era de 907,6 mil unidades e 872,9 unidades em 31 de março de 2010, respectivamente.

Conforme previsto no Contrato de Concessão entre a Companhia o Município de Divinópolis, a

COPASA MG repassa, mensalmente, 4,0% da arrecadação tarifária bruta dos clientes daquele

Município. O número de economias de água de Divinópolis era de 79,9 mil unidades em 31 de março de

2010. A COPASA MG não possui contrato de concessão de esgotamento sanitário com o Município.

Lei dos Consórcios Públicos (Lei n° 11.107/2005)

O regime jurídico da gestão associada de serviços públicos, previsto no artigo 241 da Constituição

Federal, e regulamentado pela Lei dos Consórcios Públicos e Contratos de Programa prevê os

princípios e condições da gestão associada, viabilizando o estabelecimento de colaboração entre os

entes federativos (a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios), inclusive, para fins de

transferência de atividades regulatórias e fiscalizatórias.

O Decreto Federal n° 6.017/07, regulamenta a Lei dos Consórcios Públicos e Contratos de Programa,

detalhando as condições de estabelecimento da gestão associada e da celebração do contrato de

programa. Referida legislação federal introduziu importantes mudanças no relacionamento entre os

Municípios, os Estados e as empresas prestadoras de serviços públicos de saneamento, vedando a essas

últimas o exercício das atividades de planejamento, fiscalização e regulação, inclusive tarifária, dos

serviços e criando o contrato de programa, para a contratação de entidades sob o controle acionário de

um dos entes federativos, mediante dispensa de licitação e atendimento à legislação de concessões, no

que couber.

Os avanços e exigências trazidas pela Lei de Saneamento Básico e pela Lei dos Consórcios Públicos

ocasionaram impactos significativos sobre a política estatal de saneamento básico e a estrutura

regulatória existente, notados quando do vencimento dos contratos de prestação de serviços de

saneamento básico celebrados na década de 1970, sob a égide do PLANASA.

A Entidade Reguladora Estatal – ARSAE – MG

O reajuste tarifário anunciado pela COPASA MG em janeiro de 2009 e que seria aplicado a partir de

março de 2009 foi suspenso por força de decisão judicial, sob alegação de que seria necessária a

instituição de Órgão Regulador como disposto na Lei Federal 11.445/2007 para validar tal reajuste.

Em 3 de agosto de 2009, com a promulgação da Lei Estadual n° 18.309, foi criada a Agência

Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água – ARSAE – MG, com a função de fiscalizar e

orientar a prestação de serviços públicos de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, bem

como editar normas técnicas, econômicas e sociais no estado de Minas Gerais, incluindo-se as

concessões da COPASA MG.

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Formulário de Referência 2010

No dia 28 de janeiro de 2010, a ARSAE – MG anunciou o índice de 3,96% para o reajuste das tarifas da

Companhia e da Subsidiária integral COPANOR. As novas tarifas entraram em vigor no dia 1° de

março e com vigência até 28 de fevereiro de 2011.

Segundo divulgado pela Agência, deverá ser realizada, imediatamente audiência pública destinada a

aprovar uma metodologia para os futuros reajustes e revisões tarifárias, contemplando a forma de

cálculo da tarifa dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário, dos custos de capital

próprio e de terceiros e o método de construção de uma empresa de referência.

A criação das Agências Reguladoras é um novo momento para o setor de saneamento brasileiro e para a

vida da Companhia que deverá ser conduzido pelo planejamento criterioso de suas ações e atividades,

estando em curso a revisão do planejamento estratégico quando então serão definidos, sob esse novo

cenário, os objetivos estratégicos e as novas metas a serem perseguidas nos próximos cinco anos.

Legislação Estadual

A Lei Estadual nº. 11.720, de 28 de dezembro de 1994, disciplina a Política de Saneamento Básico do

Estado de Minas Gerais, visando a assegurar a proteção da saúde da população e a salubridade

ambiental urbana e rural. Para a consecução dos objetivos dessa política, o Estado conta com um

conjunto de agentes institucionais que, no âmbito de suas atribuições, prerrogativas e funções, de modo

articulado e cooperativo, definem as estratégias, formulam políticas, fiscalizam, controlam e executam

as ações de saneamento básico no Estado de Minas Gerais.

Nós integramos o Sistema Estadual de Saneamento Básico e somos diretamente responsáveis pela

implementação da política estadual para o setor, estando subordinados à SEDRU. Ainda com relação

aos órgãos integrantes do Sistema Estadual de Saneamento Básico, há atualmente discussão acerca do

Projeto de Lei nº 1.416/07, do Governador do Estado de Minas Gerais que dispõe sobre a criação do

Conselho Estadual de Saneamento Básico - CESB, órgão colegiado estratégico, de natureza consultiva,

vinculado à SEDRU.

Referido projeto já foi analisado pela Comissão de Saúde na Assembleia Legislativa de Minas Gerais e

aguarda aprovação final pela Comissão de Saúde. A criação deste Conselho atende à exigência

estabelecida pela Lei Estadual 11.720/94, que dispõe sobre a Política Estadual de Saneamento Básico.

De acordo com tal lei, caberá ao CESB propor estratégias e diretrizes para a política estadual de

saneamento a ser implantada pelo Poder Executivo nos termos da Lei nº 11.445/07, colaborar com a

formulação do Plano Estadual de Saneamento Básico e acompanhar a implantação das ações dos

organismos do Sistema Estadual de Saneamento, com base no Plano Estadual de Saneamento Básico.

Nos termos do referido projeto de lei, as atribuições da CESB limitar-se-ão à implantação e

acompanhamento da política estadual de saneamento básico, não sendo responsável pela regulação

tarifária.

Atualmente, destacam-se nossas ações como executores de obras no âmbito do Programa Estruturador

do Governo do Estado de Minas Gerais denominado “Saneamento Básico: mais saúde para todos”, com

recursos do governo estadual e compreendendo localidades onde não possuímos Concessões. Nestas

localidades, estão previstas ações da Companhia como executora das obras necessárias para a

implantação de sistemas simplificados de abastecimento de água, construção de módulos sanitários para

famílias de baixa renda, perfuração e instalação de poços tubulares profundos, bem como de assistência

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Formulário de Referência 2010

técnica em diversas comunidades objetivando a operação, manutenção e preservação dos sistemas

implantados.

Esgotamento Sanitário

A Lei de Crimes Ambientais, lei no 9.605/1998, na seção III do capítulo V, estabelece que causar

poluição é crime ambiental e a Deliberação Normativa do Conselho Estadual de Política Ambiental -

COPAM nº. 01 de 05 de maio de 1998, em consonância com a Deliberação Normativa CONAMA

357/2005, estabelecem padrões para lançamento de efluentes nos cursos d água que vedam a disposição

de esgotos sem tratamento em corpos hídricos no Brasil e em especial no Estado de Minas Gerais. Tais

normas impõem que os efluentes alcancem padrões mínimos de qualidade para serem descartados no

ambiente, compreendendo, dentre outros fatores, pH, temperatura, materiais sedimentáve is e metais.

A disposição dos subprodutos sólidos gerados no tratamento dos esgotos também deve atender a rígidos

padrões de qualidade ambiental, estabelecidos pela legislação de resíduos sólidos estabelecida no país.

A Deliberação Normativa do COPAM nº. 138, de 27 de novembro de 2008, determina prazos para

implantação das estações de tratamento de esgotos. De acordo com o porte das cidades, as licenças de

operação devem ser obtidas entre agosto de 2010 e março de 2017. No caso da COPASA MG, em 31 de

dezembro de 2009 já haviam sido implantadas 100 ETEs que possuíam 26 licenças de operação, sendo

que as licenças restantes já foram solicitadas ou estão em fase de preparação de licenciamento.

A Fundação Estadual do Meio Ambiente - FEAM é o órgão estadual competente para monitorar o

lançamento de poluentes em águas públicas e para fazer valer os requisitos da legislação estadual, e as

Superintendências Regionais de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – SUPRAMs - são os

órgãos responsáveis pela emissão das licenças ambientais dos empreendimentos da COPASA MG.

De acordo com o Código de Saúde do Estado de Minas Gerais, aprovado pela Lei Estadual nº. 13.317,

de 24 de setembro de 1999, toda construção considerada habitável deverá ser ligada à rede coletora de

esgoto sanitário. Quando não houver rede coletora em sistema operado pela empresa, a COPASA MG

deve indicar as medidas técnicas adequadas à solução do problema.

Gestão Ambiental

As atividades da COPASA MG nas áreas de planejamento, implantação e operação de projetos de

sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário estão sujeitas a um conjunto de leis,

decretos, regulamentos e resoluções federais, estaduais e municipais relativas à proteção do meio

ambiente.

A construção e operação de ETAs e ETEs, bem como o lançamento de efluentes e a disposição final de

resíduos decorrentes das atividades de tratamento, devem obedecer a padrões ambientais fixados na

legislação em vigor. A não observância das leis e regulamentos ambientais pode resultar,

independentemente da obrigação de reparar danos ambientais que eventualmente sejam causados, na

aplicação de sanções de natureza penal e administrativa.

A Lei Federal nº. 9.605, Lei de Crimes Ambientais, de 12 de fevereiro de 1998, alterada pela Lei

Federal nº. 9.985, de 18 de julho de 2000 e regulamentada pelo Decreto Federal nº. 3.179, de 21 de

setembro de 1999 (“Decreto 3.179/99”), estabelece sanções penais e administrativas derivadas de

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Formulário de Referência 2010

condutas lesivas ao meio ambiente. Nos termos da Lei 9.605/98, as pessoas físicas (incluindo, entre

outros, no exercício de suas funções, os diretores, administradores e gerentes de pessoas jurídicas) e as

pessoas jurídicas que pratiquem atos considerados crimes ambientais poderão sofrer penas de natureza

criminal que abrangem, no primeiro caso, penas de multa, restritivas de direitos e privativas de

liberdade, e, no segundo caso, penas de multa, restritivas de direitos e prestação de serviços à

comunidade.

Administrativamente, as sanções podem variar desde imposições de advertências e multas, até a

suspensão parcial ou total de atividades, podendo também incluir a perda ou restrição de incentivos

fiscais e o cancelamento ou suspensão de linhas de financiamento junto a estabelecimentos oficiais de

crédito, bem como a proibição de contratar com o poder público. Os valores de multa administrativa

variam de R$ 50,0 a R$ 50,0 milhões, podendo, em alguns casos específicos de reincidência, dobrar ou

triplicar o valor.

O COPAM é o órgão responsável pela formulação e execução da política ambiental no Estado de Minas

Gerais. Foi criado em 1977, como Comissão de Política Ambiental, tendo inovado na forma de atuação

dos conselhos governamentais, especialmente pelas suas características de órgão colegiado e pela

participação de representantes de associações não governamentais como seus membros. Essas

características inovaram a forma de organização de conselhos governamentais e a forma de elaboração

de políticas públicas.

Sua existência é anterior à implantação do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA, criado

em 1981, que instituiu o Sistema Nacional de Meio Ambiente. A estrutura de organização do COPAM,

também adotada pelo CONAMA, consagrou o processo de formulação de políticas ambientais por meio

da estrutura colegiada e composta por representantes governamentais e da sociedade civil.

Com a criação da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – SEMAD

em 1995, o COPAM passou a ser a ela vinculado. Algumas das competências do COPAM foram

repassadas aos seguintes órgãos vinculados à SEMAD:

Fundação Estadual de Meio Ambiente – FEAM: responsável pelo controle das atividades

industriais, mineradoras e de infra-estrutura;

Instituto Estadual de Florestas – IEF: responsável pelo controle das atividades agrícolas,

pecuárias e florestais; e Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM: responsável pela

concessão do direito de uso das águas do Estado de Minas Gerais.

De acordo com sua estrutura atual, o COPAM foi regionalizado em dez Unidades Regionais Colegiadas

- URCs, responsáveis pelos procedimentos de licenciamento ambiental do Estado e dividido em seis

câmaras técnicas, dotadas de competência para elaboração de normas técnicas para a proteção

ambiental, de acordo com respectivos temas. Entre as competências de caráter deliberativo das URCs

destacam-se a concessão de licença ambiental para atividades potencialmente poluidoras e o

julgamento, em primeira instância, dos processos de infração tipificados como graves ou gravíssimos

pelo não cumprimento da legislação ambiental. A sinergia entre as URCs, Câmaras Técnicas e o

conselho completam as principais características da estrutura do COPAM.

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Formulário de Referência 2010

Licenciamento Ambiental

A construção, instalação, ampliação e funcionamento de obras de saneamento que utilizem recursos

ambientais e que sejam consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras e passíveis de causar

degradação ambiental dependem, para sua implantação e operação de prévio licenciamento ambiental a

ser concedido pelo órgão ambiental competente.

A legislação federal que estabelece normas gerais sobre o licenciamento ambiental são: a Lei nº 6.938,

de 31 de agosto de 1981 (“Lei 6.938/81”), que trata da Política Nacional de Meio Ambiente,

regulamentada pelo Decreto Federal nº. 99.274, de 06 de junho de 1990, a Lei 9.605/98, o Decreto

3.179/99 e a Resolução CONAMA nº. 05, de 15 de junho de 1988, que trata do licenciamento de obras

de saneamento.

A base legal estadual para o licenciamento ambiental é a Lei 7.772, regulamentada pelo Decreto

Estadual nº. 39.424, de 05 de fevereiro de 1998. Adicionalmente, a Deliberação Normativa COPAM nº.

74, de 09 de setembro de 2004, trouxe novas e complementares disposições sobre os temas a seguir:

nova classificação de empreendimentos;

novos parâmetros para enquadramento de porte do empreendimento;

possibilidade de requerimento da autorização ambiental de funcionamento para

empreendimentos de impacto ambiental não significativo;

possibilidade de requerimento das licenças prévia e de instalação ao mesmo tempo para

determinados empreendimentos; e

ampliação do número de parcelas dos custos de análise.

No Estado de Minas Gerais, o licenciamento ambiental é exercido pelo COPAM, por intermédio das

URCs.

Neste contexto, ainda se tem o COPAM e suas Câmaras Técnicas responsáveis pela formulação de

normas técnicas e padrões de qualidade ambiental e pela aprovação das normas e diretrizes para o

Sistema Estadual de Licenciamento Ambiental.

Para fins de licenciamento ambiental, os empreendimentos são classificados em seis classes. Aqueles

listados nas classes 1 e 2, considerados como de pequeno porte e pequeno potencial poluidor, estão

sujeitos à obtenção de Autorização Ambiental de Funcionamento, que é um processo mais simples de

licenciamento. Os demais empreendimentos devem ser licenciados pelo processo de licenciamento

ambiental que se constitui de três etapas, nas quais o órgão ambiental emite as seguintes licenças:

Licença Prévia: solicitada durante a fase preliminar de planejamento do projeto e contém

requisitos básicos a serem atendidos com relação à localização, instalação e operação do

empreendimento, observadas as normas de uso e ocupação do solo.

Licença de Instalação: solicitada na fase preliminar de implantação do empreendimento e tem

por objetivo analisar o projeto das obras a serem executadas e as ações de controle de impactos

ambientais.

Licença de Operação: solicitada na fase de início da operação do empreendimento, visa

autorizar o início da atividade licenciada e funcionamento dos sistemas de controle ambiental

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Formulário de Referência 2010

descritos durante o processo de licenciamento. A validade da licença de operação é

condicionada ao cumprimento das exigências estabelecidas pelo órgão ambiental.

A Autorização Ambiental de Funcionamento é emitida após a realização do cadastro na

COPAM/FEAM e destina-se a autorizar o funcionamento de empreendimentos de pequeno porte, com

pequeno ou médio impacto ambiental. Tal autorização deve ser solicitada na fase de início das

operações do empreendimento.

A COPASA MG ainda não possui parte das licenças prévias, licenças de instalação e licenças de

operação de todas as suas instalações e unidades. A ausência dessas licenças ambientais poderá afetar

adversamente nossos negócios e resultados operacionais.

Termos de Ajustamento de Conduta - TAC

Os Termos de Ajustamento de Conduta - TACs estão previstos na Lei Federal nº. 7.347, de 24 de julho

de 1985, Lei da Ação Civil Pública, e também na Lei 9.605, (“Lei de Crimes Ambientais”). Os TACs

podem ser firmados pelos órgãos públicos legitimados a proporem ações civis públicas, que incluem o

Ministério Público e os órgãos estaduais e federal de controle ambiental, tendo por objeto o ajuste da

conduta daquele que pratica atividade lesiva ao meio ambiente, mediante cominações.

O TAC pode ser firmado no curso de uma investigação civil conduzida pelo Ministério Público, no

curso de um processo administrativo, diretamente com o órgão de controle ambiental (a FEAM, por

exemplo), ou ainda no curso de uma ação civil pública, hipótese na qual, após homologado, constituirá

um título executivo judicial. Nas outras hipóteses, o TAC tem eficácia de título executivo extrajudicial,

podendo o interessado, portanto, ser compelido judicialmente a cumprir com o compromisso assumido,

diretamente, sem prévia ação de conhecimento do direito.

É comum serem impostas multas cominatórias para o caso de descumprimento de compromisso

assumido. No entanto, as multas não são imprescindíveis para a conclusão do acordo, podendo tal

acordo prever apenas obrigações de fazer. Nas ações de execução baseadas em TACs, poderá ser

determinado o pagamento de multa diária para o cumprimento das obrigações de fazer estabelecidas,

mesmo que o termo em si não tenha previsto multa cominatória, ou também poderá ser determinada a

majoração de eventual multa já prevista, considerada como insuficiente para forçar o cumprimento da

obrigação.

Possuímos diversos TACs celebrados no curso de nossos negócios, os quais prevêem obrigações de

fazer, sujeitas, em sua maioria, a multa diária por descumprimento. As multas previstas em cada um

desses TACs não representam, individualmente, valores significativos. As obrigações de fazer

estabelecidas em nossos TACs correspondem, na maioria dos casos, à realização de obras para a

instalação ou melhoria de redes de saneamento básico e a construção de estações de tratamento de

esgotos, para que o esgoto coletado não seja descartado diretamente em cursos d’água sem tratamento

(rios, córregos, etc.). Alguns TACs estabelecem ainda que, em caso de descumprimento das obrigações,

o valor mensal por nós arrecadado deverá ser posteriormente transferido a um fundo de defesa dos

direitos coletivos até o integral cumprimento de suas respectivas obrigações.

A importância de um TAC é questão subjetiva e depende do enfoque que é dado ao assunto de que trata

o instrumento. No aspecto da abrangência territorial, poder-se-ia citar:

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Formulário de Referência 2010

TAC dos eliminadores de ar: TAC celebrado em 04.08.2006 em que a Companhia se

comprometeu a instalar o equipamento denominado "eliminador de ar" na tubulação que antecede

ao imóvel, por solicitação do cliente, que também arcará com as despesas decorrentes da

aquisição e instalação do equipamento;

TAC das edificações clandestinas: TAC celebrado em 14 de abril de 2010 em que a COPASA

MG se obriga a não efetuar ligações de água/esgoto em edificações clandestinas ou irregulares

situadas em áreas onde não é permitido parcelamento do solo ou que existam restrições à

ocupação; em áreas de interesse e preservação ambiental.

No que tange a TAC que versa sobre a execução de obras de esgotamento sanitário, pode-se citar:

TAC para implantação de redes coletoras e interceptores : TAC celebrado em 31 de maio de

2004 visando impedir o lançamento de efluentes sanitários in natura nos córregos pertencentes à

Sub Bacia da Pampulha/Onça, da Bacia do Rio das Velhas, nos Municípios de Belo Horizonte e

Contagem;

TAC proibindo o lançamento de esgotos sanitários ou qualquer efluente poluidor sem

tratamento no Rio Betim e seus afluentes: TAC celebrado em 23 de março de 2000 no qual a

Companhia se comprometeu a cessar o lançamento de esgotos sanitários ou qualquer efluente

poluidor sem tratamento no Rio Betim e seus afluentes, sob pena de multa de 200 salários

mínimos diários.

b. política ambiental do emissor e custos incorridos para o cumprimento da regulação

ambiental e, se for o caso, de outras práticas ambientais, inclusive a adesão a padrões

internacionais de proteção ambiental

Em junho de 2005 a COPASA MG publicou a sua Política Ambiental. Nela se destacam os 08

princípios que orientam as atividades da Companhia. São eles:

atender à legislação e às normas ambientais relativas à preservação do meio ambiente e

desenvolver um trabalho constante para o seu aperfeiçoamento;

desenvolver procedimentos para a avaliação do desempenho ambiental dos seus sistemas

produtivos, buscando o aprimoramento contínuo de seus processos;

reduzir os impactos ambientais e prevenir a poluição em todos os seus processos, produtos

e serviços;

manter um Sistema de Gestão Ambiental na empresa;

atuar, em conjunto com a comunidade e instituições federais, estaduais e municipais, nas

bacias hidrográficas de interesse da empresa, em busca da recuperação e da preservação de

mananciais;

promover a comunicação entre a empresa, acionistas, fornecedores, clientes, órgãos

governamentais e a comunidade para motivar e disseminar ações responsáveis de

conservação e defesa do meio ambiente;

promover e manter programas educacionais que visem ao comportamento adequado com

relação ao meio ambiente;

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Formulário de Referência 2010

documentar e implementar sua Política Ambiental, divulgando-a para todos os setores da

sociedade, avaliando, revisando e atualizando periodicamente seus objetivos e metas.

Os custos incorridos em 2009 no atendimento do primeiro item dessa política e cumprimento da

legislação ambiental podem ser divididos em três classes:

1) Taxas e Emolumentos que são aqueles utilizados para pagamentos de taxas de

licenciamento, taxas de obtenção de outorgas, etc. que totalizaram R$ 437.610,00.

2) Contratação de relatórios e estudos ambientais para atendimento as exigências dos

processos de regularização ambiental de seus empreendimentos, que totalizaram R$

557.803,00.

3) atendimento às condicionantes deliberadas nos fóruns de licenciamento de

empreendimentos e outorgas de usos da água, que são incluídos nos custos de investimentos

realizados no ano e custos operacionais dos sistemas. Ressalta-se que as condicionantes de

licenciamento e outorga vem sendo sistematicamente ampliadas quando ao seu escopo e

abrangência e o valor de seu atendimento nos processos de regularização ambiental já podem

corresponder, em alguns empreendimentos, a incrementos significativos nos valores a serem

investidos além de maiores custos operacionais dos sistemas pela inclusão de novos

parâmetros e frequências no monitoramento.

Para atendimento aos itens 3, 6 e 7 de sua Política Ambiental, a COPASA MG desenvolve diversos

programas ambientais atuando tanto na vertente da educação sanitária e ambiental como também na

promoção de ações preservacionistas nas bacias de captação das águas, dentre os quais se destacam:

Centros de Educação Ambiental – CEAM

São mantidos pela COPASA MG dois Centros de Educação Ambiental - o CEAM Barreiro e o CEAM

ETE Arrudas que se propõem a serem centros de referência em educação ambiental e de ações de

preservação que possam influenciar toda a comunidade interna e externa e recebem anualmente cerca

de cinco mil visitantes.

Reservas Ambientais

A COPASA MG mantém atualmente quatorze reservas ambientais, em diversas regiões do Estado, com

um total de 23.297 hectares de áreas preservadas. Essas áreas se localizam no entorno de reservatórios

(barragens de acumulação de água) e são desapropriadas para sua proteção e conservação. Em 2010,

serão acrescidos mais 1.000 hectares de área preservada com a finalização da implantação do

reservatório “Todos os Santos” em Teófilo Otoni.

Nessas reservas ambientais, a COPASA MG desenvolve trabalhos de recuperação da vegetação nativa,

no qual foram plantadas mais de um milhão de mudas, manutenção de cercas e aceiros e vigilância

motorizada permanente e criação e reciclagem anual de brigadas de combate a incêndios.

Desenvolve ainda, trabalhos de recuperação de nascentes e de áreas de erosão nas bacias contribuintes

aos reservatórios e estudos de flora e fauna nativas nas áreas preservadas, sendo todos os investimentos

dessas ações incluídos nas despesas operacionais dos sistemas implantados e em implantação.

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Formulário de Referência 2010

Sistema Integrado de Proteção de Mananciais

O Sistema Integrado de Proteção de Mananciais está implantado na COPASA MG desde 1989. O

programa visa promover ações para a preservação ambiental nas sub-bacias hidrográficas com a

finalidade de melhorar qualitativa e quantitativamente a água, garantindo assim o abastecimento

público e o uso múltiplo dos recursos hídricos.

Sua ação é articulada e integrada com as comunidades de cada bacia hidrográfica e por meio da

mobilização da população e sua adesão ao programa da bacia são executadas ações de cercamento de

nascentes, construção de bolsões de contenção de sedimentos de águas pluviais, implantação de fossas

para esgotos sanitários além da realização de oficinas ambientais para o público em idade escolar da

bacia.

Em 2009 foram investidos R$ 2,0 milhões nessas ações que envolveram 88 municípios do Estado.

Projeto Chuá

Programa de educação ambiental e sanitária, criado em 1986, desenvolvido com o apoio das

Superintendências Regionais de Ensino, para atender estudantes e comunidade de uma maneira geral,

oferecendo material didático para professores, alunos e afins, visitas monitoradas às reservas ambientais

da COPASA MG, ETAs, ETEs e centros de educação ambiental. Além das visitas são proferidas

palestras com temas que abrangem a educação ambiental e sanitária. Em 2009 foram investidos R$

873,7 mil nesse Projeto.

No desenvolvimento do item 5 de sua Política Ambiental a COPASA MG se propôs a atuar em todos os

Comitês de Bacias Hidrográficas, Federal e Estadual, em funcionamento no Estado de Minas Gerais.

Em 2009, ocorreu a formação do último dos trinta e seis Comitês de Bacias Hidrográficas no âmbito

estadual, e a COPASA MG participa hoje em todos esses fóruns estaduais na categoria usuária. Tem

também representações em cinco Comitês de Bacia Federal que são o da Bacia do rio São Francisco, do

rio Paraíba do Sul, do rio Doce, do rio Paranaíba e do Piracicaba, Capivari e Jundiaí.

c. dependência de patentes, marcas, licenças, concessões, franquias, contratos de

royalties relevantes para o desenvolvimento das atividades

Não há dependência da COPASA MG em relação a patentes, marcas e respectivos contratos de

royalties que sejam essenciais para o desenvolvimento de suas atividades.

7.6. Em relação aos países dos quais o emissor obtém receitas relevantes, identificar

a. receita proveniente dos clientes atribuídos ao país sede do emissor e sua participação na

receita líquida total do emissor

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Formulário de Referência 2010

A receita líquida proveniente dos serviços de água e esgoto da Companhia representa praticamente toda

a receita da Companhia. A Companhia apresenta, eventualmente, receitas oriundas de cooperação

técnica e convênios com companhias de outros países, como por exemplo, os convênios assinados nos

últimos anos com a Empresa Pública de Águas de Angola – EPAL e com a Empresa de Serviços

Sanitários do Paraguai – ESSAP. No entanto, as receitas oriundas desses convênios não são relevantes

em relação à receita total da Companhia.

Abaixo quadro com a receita da Companhia (consolidado) nos últimos exercícios:

Receita – (R$ mil)

Receita líquida – água 1.645.166 1.560.363 1.399.055

Receita líquida – esgoto 556.751 499.413 464.420

Receita de produtos acabados 984 387 0

Total 2.202.901 2.060.163 1.863.475

Tendo em vista a elaboração das demonstrações financeiras do exercício findo em 2009 em

convergência para o International Financial Reporting Standards - IFRS, a adoção do pronunciamento

de nº. 17 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC (correlacionado com a International

Accounting Standard - IAS 11) levou à Companhia ao reconhecimento de receitas de construção. Essa

receita se fundamenta no fato de que a atuação da COPASA MG se dá por meio de concessões públicas

e o seu valor corresponderá ao custo dos investimentos em infra-estrutura, acrescido da margem de

lucro estabelecida pelas referidas Concessionárias. A receita de construção, embora não apresente efeito

caixa imediato, gera implicações no exercício em que é reconhecida, tendo em vista ela faz parte da

base de cálculo para o pagamento dos juros sobre o capital próprio/ dividendos e da participação dos

empregados nos lucros.

Abaixo quadro com os valores referentes aos exercícios de 2008 e 2009:

Receita de Construção (R$ mil) 2009 2008

(+) Receita de Construção 1.068.403 731.256

(- ) Despesas de Construção (1.041.489) (713.881)

(=) Receita de Construção Líquida 26.914 17.375

b. receita proveniente dos clientes atribuídos a cada país estrangeiro e sua participação na

receita líquida total do emissor

A COPASA MG não possui receitas relevantes provenientes de clientes do exterior.

c. receita total proveniente de países estrangeiros e sua participação na receita líquida

total do emissor

A COPASA MG não possui receitas relevantes provenientes de clientes do exterior.

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113

Formulário de Referência 2010

7.7. Em relação aos países estrangeiros divulgados no item 7.6, informar em que medida o

emissor está sujeito à regulação desses países e de que modo tal sujeição afeta os

negócios do emissor

A COPASA MG não possui receitas relevantes provenientes de clientes do exterior.

7.8. Descrever relações de longo prazo relevantes do emissor que não figurem em outra

parte deste formulário

Todas as informações importantes foram reportadas nos devidos tópicos desse relatório.

7.9. Fornecer outras informações que o emissor julgue relevantes

Todas as informações consideradas importantes pela Companhia foram reportadas nos devidos tópicos

desse relatório.

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Formulário de Referência 2010

8. Grupo econômico

8.1. Descrever o grupo econômico em que se insere o emissor, indicando:

a. controladores diretos e indiretos

Ações Ordinárias %

Estado de Minas Gerais 61.188.867 53,07%

Outros acionistas 54.110.637 46,93%

Total 115.299.504 100,0

b. controladas e coligadas

A COPASA MG possui 100% de participação societária nas seguintes empresas:

Copasa Águas Minerais de Minas S/A, criada pela Lei Estadual nº. 16.693, de 11 de

janeiro de 2007, com o objetivo de produzir, envasar, distribuir e comercializar águas minerais

das fontes das quais seja proprietária ou concessionária, além de administrar e explorar os

Parques das Águas de Caxambu, Araxá, Cambuquira e Lambari.

Copasa Serviços de Saneamento Integrado do Norte e Nordeste de Minas Gerais

S/A - COPANOR, criada pela Lei Estadual nº. 16.698, de 17 de abril de 2007, com o objetivo

de: planejar, projetar, executar, ampliar, remodelar, explorar e prestar serviços de abastecimento

de água e de esgotamento sanitário; coleta, reciclagem, tratamento e disposição final do lixo

urbano, doméstico e industrial; drenagem e manejo das águas pluviais urbanas em localidades da

região de planejamento do Norte de Minas e das Bacias Hidrográficas dos Rios Jequitinhonha,

Mucuri, São Mateus, Buranhém, Itanhém e Jucuruçu.

Copasa Serviços de Irrigação S/A, criada pela Lei Estadual nº. 16.698, de 17 de abril

de 2007, que tem por objeto administrar, executar e explorar os serviços do sistema de irrigação

do Projeto Jaíba e realizar a sua manutenção, para o que poderá utilizar recursos e pessoal próprio

ou de terceirizados. A Subsidiária, sempre que vantajoso em termos econômicos poderá contratar,

mediante regular processo de licitação, a execução das obras e serviços necessários à operação do

sistema, bem como adquirir produtos, equipamentos e materiais que se façam necessários ao

desempenho de suas atividades.

c. participações do emissor em sociedades do grupo

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Formulário de Referência 2010

As únicas sociedades nas quais a Companhia detém participação societária são aquelas listadas no item

“b” acima.

d. sociedades sob controle comum

As únicas sociedades nas quais a Companhia detém participação societária são aquelas listadas no item

“b” acima.

8.2. Caso o emissor deseje, inserir organograma do grupo econômico em que se insere o

emissor, desde que compatível com as informações apresentadas no item 8.1

8.3. Descrever as operações de reestruturação, tais como incorporações, fusões, cisões,

incorporações de ações, alienações e aquisições de controle societário, aquisições e

alienações de ativos importantes, ocorridas no grupo

Alienações de ativos importantes: no ano de 2009, vários sistemas de água e esgoto da COPASA

foram alienados para a COPANOR (Copasa Serviços de Saneamento Integrado do Norte e Nordeste de

Minas Gerais S/A) ao Estado de Minas Gerais para serem destinados à utilização pela nova Subsidiária.

Não houve alienações importantes nos anos de 2008 e 2007. No exercício de 2009, os ativos

transferidos totalizaram R$ 6,0 milhões e a receita pela alienação R$ 6, 0 milhões. Nos exercícios de

2008 e 2007 não houve alienações importantes.

Não houve qualquer outra operação de reestruturação na Companhia nos anos de 2007 a 2009.

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Formulário de Referência 2010

8.4. Fornecer outras informações que o emissor julgue relevantes

Sobre os ativos a serem transferidos para a COPANOR (conforme item 8.3 acima), em reunião

realizada em 29 de maio de 2009, o Conselho de Administração da Companhia autor izou a baixa de

todo o acervo, de bens móveis e imóveis, existente em 30 de abril de 2009 nos sistemas operados pela

COPASA MG de concessões que serão transferidas para a subsidiária COPANOR, com proposição de

indenização pelo valor avaliado de acordo com fluxo de caixa descontado, totalizando R$ 39,9 milhões,

a serem pagos pelo Governo do Estado de Minas Gerais, por intermédio da subsidiária COPANOR. O

pagamento ocorrerá na medida em que sejam formalizados os respectivos distratos dos contratos de

concessão a serem firmados entre a COPASA MG e os municípios. O valor residual contábil de todo o

acervo patrimonial a ser transferido é de R$ 14,7 milhões, em 30 de abril de 2009. Os acervos

transferidos deixaram de gerar encargos com depreciação e amortização. Conforme citado acima, no

exercício de 2009 os ativos transferidos totalizaram R$ 6,0 milhões e a receita oriunda dessa alienação

foi de R$ 6,0 milhões.

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Formulário de Referência 2010

9. Ativos relevantes

9.1. Descrever os bens do ativo não-circulante relevantes para o desenvolvimento das

atividades do emissor, indicando em especial:

a. ativos imobilizados, inclusive aqueles objeto de aluguel ou arrendamento, identificando a

sua localização

Ativos financeiros, intangível e imobilizado

Tendo em vista que a Companhia possui contratos de concessão de serviços públicos de abastecimento

de água e esgotamento sanitário em 613 localidades, a Companhia possui ativos em praticamente todas

essas localidades do Estado.

Esses ativos são compostos principalmente pelos sistemas de abastecimento de água e de esgotamento

sanitário e consistem em reservatórios, estações de tratamento de água, redes de distribuição de água

(compreendendo tubulações, adutoras, ligações de água e hidrômetros), estações de tratamento de

esgoto e redes de coleta de esgoto (compreendendo tubulações e ligações de esgoto), além de máquinas

e construções feitas pela Companhia, por meio de contratos com empreiteiros. Os registros desses

ativos são feitos ao longo do período de aquisição dos equipamentos e máquinas, bem como da

realização das obras.

Em decorrência da convergência para o IFRS, a aplicação do ICPC 01 quase a totalidade desses ativos

passaram a ser reconhecidos no balanço patrimonial como um ativo intangível, representando o direito

de explorar os serviços públicos, cobrar dos usuários pelo serviço prestado, ou um ativo financeiro,

representando o direito incondicional de receber caixa pela construção dos ativos da infraestrutura, seja

diretamente do poder concedente ou por quem ele indicar.

A adoção desta interpretação resultou em reclassificações e ajustes materiais nas demonstrações

financeiras da Companhia. Os ativos direta e indiretamente vinculados às concessões foram

reclassificados e bifurcados em ativo financeiro e ativo intangível, seguindo os critérios descritos na

norma, bem como as expectativas da Administração com relação ao valor da indenização a ser recebido

ao final de cada concessão, conforme descrito nesta nota.

Os ativos reconhecidos como ativos financeiros estão registrados pelo valor presente do direito e são

calculados com base no valor líquido dos ativos construídos pertencentes à infra-estrutura que serão

indenizados pelo poder concedente, descontados com base na taxa do custo médio ponderado do capital

da Companhia, na hipótese de não renovação da concessão.

No que se refere à hipótese de renovação ou não das concessões, a Companhia acredita que os

municípios têm grande interesse em renovar seus Contratos de Concessão com a Companhia devido,

dentre outros motivos, ao desenvolvimento de estreito relacionamento conosco, ao reconhecimento da

marca “COPASA” no mercado, ao alto padrão de qualidade dos serviços de abastecimento de água e

esgotamento sanitário por nós prestados, à eventual obrigação de nos indenizar pelos investimentos

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Formulário de Referência 2010

realizados, bem como à necessidade de realizarem significativos investimentos em sistemas de água e

esgoto caso se tornem prestadores dos referidos serviços.

Os ativos reconhecidos como ativos intangíveis, serão amortizados ao longo da concessão. A

amortização desses ativos é iniciada quando tais ativos estiverem disponíveis para uso, em seu local e

na condição necessária para que seja capaz de operar da forma pretendida pela Companhia. Essa

amortização reflete o padrão em que se espera que os benefícios econômicos futuros do ativo se jam

consumidos pela Companhia, ou o prazo final da concessão, o que ocorrer primeiro. O padrão de

consumo dos ativos tem relação com sua vida útil econômica nas quais os ativos construídos pela

Companhia integram a base de cálculo para mensuração da tarifa de prestação dos serviços de

concessão.

A amortização do ativo intangível é cessada quando o ativo tiver sido totalmente consumido ou

baixado, deixando de integrar a base de cálculo da tarifa de prestação de serviços de concessão, o que

ocorrer primeiro.

Os ativos reconhecidos como imobilizado, com a adoção do ICPC 01, são aqueles que não possuem

vinculação com as concessões de serviços públicos e se caracterizam, principalmente, por bens de uso

geral e as edificações da Companhia.

O quadro a seguir mostra o financeiro, imobilizado e intangível da Companhia:

Ativo (R$ mil) 31/12/2009 31/12/2008 01/01/2008

Ativos financeiros 286.225 256.433 222.151

Intangível 4.903.682 4.089.540 3.538.255

Imobilizado 120.562 131.414 135.337

Estações de Tratamento de Água ETAs e Estações de Tratamento de Esgoto - ETEs

Em 31 de dezembro de 2009, éramos proprietários da maioria das áreas onde estão nossas ETAs e de

42,4 mil quilômetros de tubulações e adutoras, bem como das áreas das ETEs e de 15,9 mil quilômetros

redes coletoras de esgotos, assim como diversos laboratórios de controle de qualidade de água e

efluentes.

A Companhia possuía 1.144 ETAs em 2009 (1.144 em 2008 e 1.150 em 2007). Essa pequena queda no

número de ETAs está relacionada à ampliação de algumas unidades, construção de novos reservatórios

e outras melhorias, que permitiram que algumas ETAs de pequena escala fossem desativadas. Abaixo

as nossas principais ETAs conforme a capacidade instalada:

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Formulário de Referência 2010

ETA Localidades Capacidade (l/s)¹

Rio das Velhas Nova Lima 6.750

Rio Manso Brumadinho 3.684

Serra Azul Mateus Leme 3.662

Vargem das Flores Contagem 1.923

Amaro Lanari Ipatinga 1.000

Morro Redondo Nova Lima 764

Rio Itapecerica Div inópolis 645

Sapucaí/Toledos Itajubá 588

Araxá Araxá 477

Ibirité Ibirité 384

Verde Grande Montes Claros 379

Lavras Lavras 350

II A lmeidas Conselheiro Lafaiete 357

Rio Verde Varginha 337

Patos de Minas Patos de Minas 320

Alfenas Alfenas 308

Cidade Alta Teófilo Otoni 308

São Sebastião do Paraíso São Sebastião do Paraíso 269

(¹) 1.000 l/s equivalem a 1 m³/s.

Em 31 de dezembro de 2009, possuíamos 96 ETEs em operação (86 em 2008 e 75 em 2007), sendo que

as principais estão indicadas abaixo conforme sua localidade e capacidade aproximada:

ETE Localidade Capacidade Instalada (l/s)¹

Arrudas Belo Horizonte/Contagem 2.250,0

Onça Belo Horizonte 1.800,0

Ribeirão Ipanema Ipatinga 500,0

São José Varginha 255,0

Santana Varginha 250,0

Paracatu Paracatu 195,0

Nova Pampulha Vespasiano 35,0

Cristina Santa Luzia 110,0

Frutal Frutal 162,0

Lagoa Santa Lagoa Santa 126,0

Bananeiras Conselheiro Lafaiete 106,0

Ouro Branco Ouro Branco 97,0

Iturama Iturama 92,0

Vespasiano Vespasiano 90,0

Caxambu Caxambu 88,0

Itapecerica Itapecerica 70,0

São Francisco São Francisco 70,0

Curralinho Corinto 68,0

Nova Contagem Contagem 68,0

Januária/Sede Januária 58,0

Várzea da Palma Várzea da Palma 51,0

(¹) 1.000 l/s equivalem a 1 m³/s.

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120

Formulário de Referência 2010

b. patentes, marcas, licenças, concessões, franquias e contratos de transferência de

tecnologia, informando:

i. duração

ii. território atingido

iii. eventos que podem causar a perda dos direitos relativos a tais ativos

iv. possíveis consequências da perda de tais direitos para o emissor

Patentes, certificados e marcas - Invenções, modelos de utilidade, desenhos industriais

patenteados ou certificados no INPI:

Descrição Duração anos*

Território atingido

Eventos que podem

causar a perda dos

direitos

Possíveis

consequências da perda dos

direitos

Meio filtrante para o tratamento de água de abastecimento público industrial – Dióxido de Manganês

15

Brasil

Quebra das regras contratuais do INPI, como o não pagamento de taxas ou o não repasse de possíveis royalties aos inventores;

Expiração do prazo de exclusividade de uso, quando os direitos passam a ser de domínio público.

Perda da exclusividade de uso;

Perda de possíveis royalties pela utilização por terceiros - empresas que possuem Contratos de Exploração de Patente apresentam documentação (cópias de notas fiscais) demonstrando suas vendas a terceiros.

Dispositivo de retirada de tampão em poço de visita e caixa da manobra – Saca Tampão

20

Disposições construtivas aplicadas a selim cerâmico cônico

20

Disposição construtiva aplicada a tubo com furo vincado para derivação

15

Disposições construtivas aplicadas a fundo de caixas de inspeção de poços de visita

20

Processo para execução de junta elástica de topo em redes coletoras de esgotos sanitários, pluviais e de águas residuais industriais – Junta Elástica

20

Selo informativo auto adesivo para suspensão temporária de fornecimento de serviços públicos (Certificado)

20

*A patente de invenção vigorará pelo prazo de 20 anos e a de modelo de utilidade pelo prazo 15 anos contados da data de depósito. Lei 9279-

96 (INPI).

Pedidos de patentes de invenção / modelos de utilidade junto ao INPI:

Disposições construtivas aplicadas a canaletas vincadas para redes de esgotos e despejos industriais

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121

Formulário de Referência 2010

Derivador de ligações prediais de água

Bolsa recartilhada aplicada a conexões plásticas

Tampão de duplo apoio

Dispositivo portátil para confecção de bolsas em tubos PVC

Processo para execução de ligação predial de água em pavimentos e serra circular cortadora de piso - MICROVALA

Adensador mecânico de disco

Processo para execução de ligação predial em pavimentos e serra circular cortadora de piso

Módulos de decantação laminar de ultra eficiência

Dosador por saturação de multicâmaras - DSM

Disposição introduzida em estação móvel para tratamento de esgoto

Caminhão de recomposição de asfalto

Marcas Registradas no INPI:

Descrição

Duraçã

o

anos**

Territóri

o

atingido

Eventos que

podem causar a

perda dos direitos

Possíveis

consequências

da perda dos

direitos

COPASA – Borda arredondada azul (classe 32) 10

Brasil

Quebra das regras contratuais do INPI,

como o não pagamento

de taxas ou possíveis

royalties aos

inventores; não conheço nada que diz

respeito a pagamento

devido uso de marca.

Expiração do prazo de exclusividade de uso,

quando os direitos

passam a ser de

domínio público.

Perda da exclusividade de uso;

Perda de possíveis

royalties pela

utilização por terceiros, não há se

aplica

COPASA – Borda azul (classe 40) 10

COPASA – Borda arredondada azul (classe 42) 10

COPASA – classe 37 10

COPASA – classe 39 10

COPASA – classe 40 10

COPASA – classe 44 10

COPASA – classe 42 10

COPASA – classe 32 10

COPASA – classe 35 10

COPASA – Águas Minerais de Minas (classe 32) 10

COPASA – Águas Minerais de Minas (classe 35) 10

COPASA – Águas Minerais de Minas (classe 42) 10

SIGMA COPASA MG – classe 37 10

SATI COPASA MG – classe 35 10

PRPA – classe 40 10

Projeto Vida no Vale – classe 40 10

Pipimóvel – classe 11 10

Pipimóvel – classe 07 10

**O registro da marca vigorará pelo prazo de 10 anos, contados da data da concessão do registro, pro rrogável por períodos iguais e sucessivos. Lei 9279-96 (INPI).

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122

Formulário de Referência 2010

Pedidos de registro de marcas junto ao INPI:

SICOE – classe 35

Marca i – classe 32

Marca i – classe 35

Marca i – classe 42

Água Real – classe 32

Água Real – classe 35

Água Real – classe 42

Caxambu Gourmet – classe 32

Caxambu Gourmet – classe 35

Caxambu Gourmet – classe 42

Confiágua – Água Confiável – classe 32

Confiágua – Água Confiável – classe 35

Confiágua – Água Confiável – classe 42

SPA – Saúde Pela Água – classe 32

SPA – Saúde Pela Água – classe 35

SPA – Saúde Pela Água – classe 42

Cambuquira – classe 32

Caxambu – classe 32

Araxá – classe 32

Lambari – classe 32

Leitura de medidores em tempo real

c. as sociedades em que o emissor tenha participação e a respeito delas informar:

c.1.i.denominação social: Copasa Águas Minerais de Minas S/A

c.1.ii.Sede: Avenida Otacílio Negrão de Lima, 2.202, São Luiz em Belo Horizonte/MG.

c.1.iii.atividades desenvolvidas: seu objeto é a exploração econômica de recursos hidrominerais,

inclusive dos Parques de Águas, podendo, para tanto, direta ou indiretamente, produzir,

envasar, distribuir e comercializar águas minerais das fontes das quais seja proprietária,

arrendatária, concessionária ou comodatária, e, ainda, administrar e explorar os Parques das

Águas onde estão localizadas as fontes, em todo Estado de Minas Gerais.

c.1.iv. participação do emissor: Subsidiária Integral da Companhia de Saneamento de Minas

Gerais – COPASA MG, criada pela Lei Estadual nº. 16.693, de 11 de janeiro de 2007 e

constituída por Escritura Pública Livro 1171 N, Fls. 064-074, em 11 de abril de 2007, 2º

Tabelionato de Notas – Belo Horizonte – MG.

c.1.v. se a sociedade é controlada ou coligada: Controlada

c.1.vi. valor contábil da participação: R$ 13.928.792,81

Page 123: FORMULÁRIO DE REFERÊNCIA reapr 12_07_2010.pdf5 Formulário de Referência 2010 No entanto, se desconsiderarmos os itens não recorrentes em 2009 (alienação de ativos para a COPANOR

123

Formulário de Referência 2010

c.1.vii. se possui registro na CVM: Não há

c.1.viii. valor de mercado da participação conforme a cotação das ações na data de

encerramento do exercício social, quando tais ações forem negociadas em mercados

organizados de valores mobiliários : S.A. Capital Fechado.

c.1.ix. valorização ou desvalorização de tal participação, nos 3 últimos exercícios sociais, de

acordo com o valor contábil: Não aplicável

c.1.x. valorização ou desvalorização de tal participação, nos 3 últimos exercícios sociais, de

acordo com o valor de mercado, conforme as cotações das ações na data de encerramento

de cada exercício social, quando tais ações forem negociadas em mercados organizados:

Capital fechado

c.1.xi. montante de dividendos recebidos nos 3 últimos exercícios sociais: não há

c.1.xii. razões para aquisição e manutenção de tal participação:

A Companhia pretende reforçar nossa presença e posição de mercado, aproveitar oportunidades de

negócios, fortalecer nossa marca e relacioná-la a serviços e produtos de elevado padrão de qualidade.

Adicionalmente, a COPASA Águas Minerais representa uma oportunidade de negócios que lhe permite

explorar comercialmente quatro fontes de água mineral de reconhecida qualidade internacional.

c.3.i.denominação social: Copasa Serviços de Saneamento Integrado do Norte e Nordeste de

Minas Gerais S/A – COPANOR

c.3.ii.Sede: Rua Jair Verneck, 100 – Bairro Cidade Alta, Teófilo Otoni-MG, CEP 39.800-093.

c.3.iii.atividades desenvolvidas: Planejar, projetar, executar, ampliar, remodelar, explorar e

prestar serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário; coleta, reciclagem,

tratamento e disposição final do lixo urbano, doméstico e industrial; drenagem e manejo das

águas pluviais urbanas em localidades da região de planejamento do Norte de Minas e das

Bacias Hidrográficas dos Rios Jequitinhonha, Mucuri, São Mateus, Buranhém, Itanhém e

Jucuruçu.

c.3.iv. participação do emissor: Subsidiária Integral da Companhia de Saneamento de Minas

Gerais – COPASA MG, criada pela Lei Estadual nº. 16.698, de 17 de abril de 2007.

c.3.v. se a sociedade é controlada ou coligada: Controlada

c.3.vi. se possui registro na CVM: Não há

c.3.vii. valor contábil da participação: R$ 1.000,00

c.3.viii. valor de mercado da participação conforme a cotação das ações na data de

encerramento do exercício social, quando tais ações forem negociadas em mercados

organizados de valores mobiliários : S.A. Capital Fechado.

c.3.ix. valorização ou desvalorização de tal participação, nos 3 últimos exercícios sociais, de

acordo com o valor contábil: Não aplicável

Page 124: FORMULÁRIO DE REFERÊNCIA reapr 12_07_2010.pdf5 Formulário de Referência 2010 No entanto, se desconsiderarmos os itens não recorrentes em 2009 (alienação de ativos para a COPANOR

124

Formulário de Referência 2010

c.3.x. valorização ou desvalorização de tal participação, nos 3 últimos exercícios sociais, de

acordo com o valor de mercado, conforme as cotações das ações na data de encerramento

de cada exercício social, quando tais ações forem negociadas em mercados organizados:

Capital fechado

c.3.xi. montante de dividendos recebidos nos 3 últimos exercícios sociais: não há

c.3.xii. razões para aquisição e manutenção de tal participação:

O objetivo da COPANOR é oferecer serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário com

tarifas reduzidas compatíveis com a realidade sócio-econômica da população, em sua área de

abrangência. Para isso, os investimentos na implantação dos sistemas de abastecimento de água e

esgotamento sanitário da Copanor são subsidiados pelo Governo do Estado de Minas Gerais e cabe à

Companhia a operação desses sistemas.

Além do desafio de consolidar Minas como um modelo em saneamento, a Copanor, com sua política de

tarifas reduzidas, é uma empresa sustentável e contribui para diminuir as desigualdades regionais e

promover a inclusão social.

c.3.i.denominação social: Copasa Serviços de Irrigação S/A

c.3.ii.atividades desenvolvidas: Administrar, executar e explorar os serviços do sistema de

irrigação do Projeto Jaíba e realizar a sua manutenção, para o que poderá utilizar recursos e

pessoal próprio ou de terceirizados. A Subsidiária, sempre que vantajoso em termos

econômicos poderá contratar, mediante regular processo de licitação, a execução das obras e

serviços necessários à operação do sistema, bem como adquirir produtos, equipamentos e

materiais que se façam necessários ao desempenho de suas atividades.

c.3.iii.Sede: Rua Niquelina, 1.222 – Bairro Santa Efigênia, Belo Horizonte - MG, CEP 30.270-

050.

c.3.iv. participação do emissor: Subsidiária Integral da Companhia de Saneamento de Minas

Gerais – COPASA MG, criada pela Lei Estadual nº. 16.698, de 17 de abril de 2007.

c.3.v. valor contábil da participação: R$ 1.000,00

c.3.vi. se a sociedade é controlada ou coligada: Controlada

c.3.vii. se possui registro na CVM: Não há

c.3.viii. valor de mercado da participação conforme a cotação das ações na data de

encerramento do exercício social, quando tais ações forem negociadas em mercados

organizados de valores mobiliários: S.A. Capital Fechado.

c.3.ix. montante de dividendos recebidos nos 3 últimos exercícios sociais: não há

c.3.x. valorização ou desvalorização de tal participação, nos 3 últimos exercícios sociais, de

acordo com o valor contábil: Não aplicável

Page 125: FORMULÁRIO DE REFERÊNCIA reapr 12_07_2010.pdf5 Formulário de Referência 2010 No entanto, se desconsiderarmos os itens não recorrentes em 2009 (alienação de ativos para a COPANOR

125

Formulário de Referência 2010

c.3.xi. valorização ou desvalorização de tal participação, nos 3 últimos exercícios sociais, de

acordo com o valor de mercado, conforme as cotações das ações na data de encerramento

de cada exercício social, quando tais ações forem negociadas em mercados organizados:

Capital fechado

c.3.xii. razões para aquisição e manutenção de tal participação:

A COPASA Serviços de Irrigação S/A foi criada com o intuito de administrar, executar e explorar os

serviços do sistema de irrigação da Etapa II do Projeto Jaíba, visando garantir a sustentabilidade do

Projeto, que é considerado um catalisador do desenvolvimento sócio-econômico na região norte do

estado de Minas Gerais.

Além de atuar com forte responsabilidade social, uma das bases do Planejamento Estratégico da

COPASA MG, a COPASA Serviços de Irrigação S/A vem por meio deste Projeto e com investimentos

do Governo de Minas Gerais, realizando obras de infraestrutura e aprimorando suas práticas de gestão

de processos, o que agrega uma maior confiabilidade dos serviços prestados, proporcionando

consequentemente, maior rentabilidade.

O sucesso de atuação neste novo negócio poderá abrir novas perspectivas quando da implantação da

Etapa III e IV do referido Projeto, possibilitando inclusive, a participação da COPASA Serviços de

Irrigação S/A em outros projetos semelhantes no Brasil.

9.2 Fornecer outras informações que o emissor julgue relevantes

Todas as informações consideradas relevantes pela Companhia foram devidamente informadas nos

tópicos anteriores.

Page 126: FORMULÁRIO DE REFERÊNCIA reapr 12_07_2010.pdf5 Formulário de Referência 2010 No entanto, se desconsiderarmos os itens não recorrentes em 2009 (alienação de ativos para a COPANOR

126

Formulário de Referência 2010

10. Comentário dos diretores

10.1. Os diretores devem comentar sobre:

a. condições financeiras e patrimoniais gerais

A Diretoria da Companhia entende que a Companhia apresenta condições financeiras e patrimoniais

suficientes para cumprir as suas obrigações assumidas de curto e longo prazos e para buscar o

crescimento sustentável dos seus negócios.

A geração de caixa consistente e solidez financeira permitem à COPASA MG acessar fontes de

financiamento em condições favoráveis para a implementação da sua estratégia de crescimento.

Praticamente toda a receita de serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário está amparada

por instrumentos formais de longo prazo, ou seja, contratos de concessão e contratos de programa. A

base de clientes da COPASA MG é muito diversificada e pulverizada, incluindo órgãos

governamentais, empresas privadas e pessoas físicas, o que ajuda a reduzir a dependência ou exposição

a um determinado cliente ou grupo de clientes.

A Companhia possuía, em 31 de dezembro de 2009, R$ 415 milhões em Disponibilidades e Aplicações

financeiras que estão à disposição para ser utilizados como capital de giro e para o Programa de

Investimentos em curso, que compreende, principalmente, ampliação, melhoria de sistemas de

abastecimento de água e de esgotamento sanitário.

A dívida bruta da COPASA MG, de curto e longo prazos, é majoritariamente atrelada ao Real (R$). As

amortizações anuais da dívida são estáveis e completamente compatíveis com a geração de caixa da

empresa. A taxa média nominal dos empréstimos é de 8,52% a.a. (8,82% a.a. em 2008). A Companhia

não contrata operações de hedge para sua dívida em dólar (US$) por considerá-la reduzida e com perfil

de longo prazo. Apresentamos uma alavancagem de dívida de apenas 1,8 vezes (Dívida

Líquida/EBITDA).

A tabela a seguir indica os montantes de caixa, disponibilidades e aplicações financeiras,

endividamento de curto e longo prazo e estrutura de capital da COPASA MG, para o período encerrado

em 31 de dezembro de 2009 e para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2008 e 2007. As

informações descritas abaixo referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2008 e 2007 foram

extraídas das demonstrações financeiras para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2008 e 2007,

preparadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, as quais incluem os efeitos da Lei

11.638/07 e Medida Provisória 449/08, posteriormente convertida em Lei 11.941/09. Já as informações

referentes ao exercício de 2009 foram apresentadas de acordo de acordo com as Normas Internacionais

de Contabilidade (IFRS).

Page 127: FORMULÁRIO DE REFERÊNCIA reapr 12_07_2010.pdf5 Formulário de Referência 2010 No entanto, se desconsiderarmos os itens não recorrentes em 2009 (alienação de ativos para a COPANOR

127

Formulário de Referência 2010

Em 31/12/2009

(R$ mil)

Em 31/12/2008

(R$ mil)

Em 31/12/2007

(R$ mil)

Disponibilidades e aplicações financeiras 415.351 791.036 941.569

Endividamento de curto prazo:

Denominado em R$: 127.899 111.039 86.054

Denominado em moeda estrangeira 5.803 11.507 9.706

Debêntures 67.477 55.342 48.603

Total de endividamento de curto prazo 201.179 177.888 144.363

Endividamento de longo prazo - LP:

Denominado em R$: 1.019.184 778.439 694.569

Denominado em moeda estrangeira 56.488 82.543 70.755

Debêntures 633.260 601.112 545.825

Total de endividamento de longo prazo 1.708.932 1.462.094 1.311.149

Patrimônio Líqu ido - PL:

Capital social 2.636.460 2.632.265 2.632.242

Reservas de capital 3.782 3.782 3.782

Reservas de lucro 1.091.174 735.855 574.377

Div idendos propostos - 14.445 1.127

Total do patrimônio líquido 3.731.416 3.386.347 3.211.528

Capitalização total (dívida bruta + PL) 5.641.527 5.026.329 4.667.040

A Companhia possuía em disponibilidades e aplicações financeiras recursos provenientes da Oferta

pública de ações – IPO realizado em 2006. As aplicações financeiras têm seu rendimento atrelado à

variação do Certificado de Depósito Interbancário – CDI, que em 2009, foi de 98,50 a 115% (98% a

106% em 2008 e 101,20% a 106% em 2007). As receitas financeiras em 2009, oriundas das aplicações

de recursos próprios, totalizaram R$ 68,4 milhões (R$ 99,0 milhões em 2008 e R$ 87, 0 milhões em

2007).

Possuímos ainda R$ 711,7 milhões já contratados junto a CEF e ao BNDES e que serão desembolsados

à medida que as obras forem executadas.

b. estrutura de capital e possibilidade de resgate de ações ou quotas, indicando:

i. hipóteses de resgate

ii. fórmula de cálculo do valor de resgate

Não aplicável aos itens acima.

c. capacidade de pagamento em relação aos compromissos financeiros assumidos

Os diretores da COPASA MG, com base em análise de seus indicadores de desempenho e de sua

geração operacional de caixa, entendem que a Companhia tem plenas condições para honrar suas

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128

Formulário de Referência 2010

obrigações de curto e médio prazo e todas as cláusulas restritivas - Covenants existentes nos contratos

de empréstimos e financiamentos foram respeitadas pela Companhia.

A tabela abaixo indica a evolução da relação Dívida Líquida/EBITDA ajustada nos dois últimos

exercícios sociais e em 31 de dezembro de 2009:

Em 31/12/2009

(R$ mil) Em 31/12/2008

(R$ mil)

Em 31/12/2007

(R$ mil)

Dívida bruta total 1.910.111 1.639.982 1.455.512

Caixa e aplicações financeiras 415.351 791.036 941.569

Dív ida líquida¹ 1.494.760 848.946 513.943

EBITDA 934.693 608.146 666.087

1- Dívida líquida = financiamentos bancários + debêntures + financiamento com a Cemig e Previminas, excluindo-se as disponibilidades de caixa.

d. fontes de financiamento para capital de giro e para investimentos em ativos não-

circulantes utilizadas

O capital de giro da Companhia foi financiado por meio de receita proveniente dos serviços de

abastecimento de água e esgotamento sanitário. Os investimentos em ativos não-circulantes são

financiados por meio de recursos próprios e por meio da captação de recursos, principalmente, junto a

instituições tradicionais de financiamentos para o setor de saneamento.

e. fontes de financiamento para capital de giro e para investimentos em ativos não-

circulantes que pretende utilizar para cobertura de deficiências de liquidez

A COPASA MG não apresenta hoje deficiência de liquidez para financiamento de capital de giro. Caso

haja necessidade extraordinária de capital de giro, a Companhia possui duas contas garantia à sua

disposição.

f. Níveis de endividamento e as características de tais dívidas, descrevendo ainda:

i. Contratos de empréstimo e financiamento relevantes:

Financiamentos junto ao Unibanco - Em 2002 foram firmados sete contratos de financiamento, no

âmbito do Programa Pró-Saneamento, objetivando a ampliação no sistema de abastecimento de água e

esgotamento sanitário, envolvendo diversos municípios do Estado de Minas Gerais, cujo valor do total

do financiamento é de aproximadamente R$ 42 milhões. Referidos contratos apresentam termos e

condições similares entre si, os quais se encontram resumidos na tabela a seguir:

Page 129: FORMULÁRIO DE REFERÊNCIA reapr 12_07_2010.pdf5 Formulário de Referência 2010 No entanto, se desconsiderarmos os itens não recorrentes em 2009 (alienação de ativos para a COPANOR

129

Formulário de Referência 2010

Principais Condições

Período de Carência até 03 anos

Período de Amortização 8 anos

Taxa de Juros de 6,5% a.a. a 8,0% a.a.

Taxa de Admin istração 2,0% a.a.

Taxa de Risco 3,0% a.a.

Indexador TR

Financiamento junto à Caixa - Em 2003 e 2004 foram firmados 42 contratos de financiamento, no

âmbito do Programa Pró-Saneamento, objetivando a ampliação e melhorias no sistema de

abastecimento de água, esgotamento sanitário e desenvolvimento institucional, envolvendo diversos

municípios do Estado de Minas Gerais, cujo valor total do financiamento de aproximadamente R$ 136

milhões. Referidos contratos apresentam termos e condições similares entre si, os quais se encontram

resumidos na tabela a seguir:

Principais Condições

Período de Carência até 3 anos

Período de Amortização 15 anos

Taxa de Juros de 6,5% a.a. a 8,0% a.a.

Taxa de Admin istração de 1,7% a.a. a 2,0% a.a.

Taxa de Risco 2,0% a.a.

Indexador TR

Financiamento Sindicalizados (I) e (II) - Em dezembro de 2004 e julho de 2006, foram firmados 104

contratos de financiamento, no âmbito do Programa Pró-Saneamento e Saneamento Para Todos,

respectivamente, objetivando a ampliação e melhorias no sistema de abastecimento de água,

esgotamento sanitário e desenvolvimento institucional, envolvendo diversos municípios do Estado de

Minas Gerais, cujo valor do total do financiamento é aproximadamente R$ 541 milhões. Referidos

contratos apresentam termos e condições similares entre si, os quais se encontram resumidos na tabela a

seguir:

Principais Condições

Período de Carência até 2,5 anos

Período de Amortização 15 anos

Taxa de Juros de 6,5% a.a. a 8,0% a.a.

Taxa de Admin istração 2,0% a.a.

Taxa de Risco de 1,2% a.a. a 1,5% a.a.

Indexador TR

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130

Formulário de Referência 2010

Financiamento junto à Caixa - Em agosto de 2007 e junho de 2008, foram firmados 40 contratos de

financiamento, no âmbito do Programa Pró-Saneamento, objetivando a ampliação e melhorias no

sistema de abastecimento de água e esgotamento sanitário, envolvendo diversos municípios do Estado

de Minas Gerais, cujo valor do total do financiamento é de aproximadamente R$ 233 milhões.

Referidos contratos apresentam termos e condições similares entre si, os quais se encontram resumidos

na tabela a seguir:

Principais Condições

Período de Carência até 3,5 anos

Período de Amortização 20 anos

Taxa de Juros 6,0 % a.a.

Taxa de Admin istração de 1,0 % a.a. a 2,0% a.a.

Taxa de Risco 0,5% a.a.

Indexador TR

Financiamentos junto ao BNDES

PAC 2008 (R$ 578 Milhões) - Em maio de 2008, foi firmado com o BNDES contrato no valor de R$

578 milhões no âmbito do PAC 2008, que contempla 41 empreendimentos para a Região Metropolitana

de Belo Horizonte. Os principais termos e condições do referido contrato com o BNDES encontram-se

resumidos na tabela a seguir:

Principais Condições

Período de Carência 48 meses

Período de Amortização 138 meses

Taxa de Juros 1,73% a.a. + TJLP

PAC 2007 (R$ 48 Milhões) - Em janeiro de 2008 foi firmado com o BNDES contrato no valor de R$

48 milhões no âmbito do PAC 2007, que contempla 10 empreendimentos. Os principais termos e

condições do referido contrato com o BNDES encontram-se resumidos na tabela a seguir:

Principais Condições

Período de Carência 48 meses

Período de Amortização 108 meses

Taxa de Juros 2,3% a.a. + TJLP

Debêntures Simples (R$ 450 Milhões) - Em dezembro de 2007 foi firmado com o BNDES

contrato no valor de R$ 450 milhões no âmbito do PAC 2007, com emissão de debêntures simples, que

contempla 101 empreendimentos. Os principais termos e condições do referido contrato com o BNDES

encontram-se resumidos na tabela a seguir:

Page 131: FORMULÁRIO DE REFERÊNCIA reapr 12_07_2010.pdf5 Formulário de Referência 2010 No entanto, se desconsiderarmos os itens não recorrentes em 2009 (alienação de ativos para a COPANOR

131

Formulário de Referência 2010

Principais Condições

Período de Carência 30 meses

Período de Amortização 114 meses

Taxa de Juros 2,3% a.a. + TJLP

Debêntures Conversíveis (R$ 141 Milhões) - Em maio de 2007 foi firmado com o BNDES contrato

no valor de R$ 141 milhões no âmbito do PAC 2007, com emissão de debêntures conversíveis, que

contempla 16 empreendimentos. Os principais termos e condições do referido contrato com o BNDES

encontram-se resumidos na tabela a seguir:

Principais Condições

Período de Carência 59 meses

Período de Amortização 114 meses

Taxa de Juros 2,3% a.a. + TJLP

Debêntures Simples (R$ 300 Milhões)- Em junho de 2004 foi firmado com o BNDES contrato no

valor de R$ 300 milhões no âmbito do Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT, com emissão de

debêntures simples, que contempla 124 empreendimentos. Os principais termos e condições do referido

contrato com o BNDES encontram-se resumidos na tabela a seguir:

Principais Condições

Período de Carência 36 meses

Período de Amortização 84 meses

Taxa de Juros 3,58% a.a. + TJLP

União Federal - Bônus- Essa dívida, originalmente contraída junto a instituições financeiras externas,

foi inserida em acordo entre o governo brasileiro e a comunidade financeira internacional, para

reestruturação da dívida externa do setor público brasileiro com os credores privados internacionais.

Nos termos desse acordo, aprovado pelo Senado Federal por meio da Resolução nº. 98, de 29 de

dezembro de 1992, a dívida foi trocada por bônus emitidos pela União, que se tornou devedora perante

os credores externos.

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132

Formulário de Referência 2010

Em substituição às parcelas de principal, foram emitidos vários tipos de bônus, sob taxas de juros

condizentes com aquelas usuais do mercado financeiro internacional, a saber:

Tipo do Bônus Valor (US$)

em 31/12/2009 Emissão

Prazo

(anos)

Carência

(anos) Amortização

Brazilian Investment Bonds (BNY BIBS) 1.022.122,20 15/04/94 18 10 17 parcelas semestrais

C-Bond (BNY CBOND) 5.647.509,07 15/04/94 15 7 17 parcelas semestrais

Debt Conversion Bond (BNY DEBT) 3.514.204,89 15/04/94 15 9 13 parcelas semestrais

Discount Bond (BNY Discount) 10.302.297,71 15/04/94 20 10 21 parcelas semestrais

Flirb (BNY FLIRB) 0,00 15/04/94 30 - Única final de 30 anos

New Money Bonds (BNY Newmoney) 0,00 15/04/94 30 - Única final de 30 anos

Par Bond (BNY Parbond) 14.764.649,00 31/08/89 25 10 30 parcelas semestrais

Total 35.250.782,87

Demonstrativo do Saldo Devedor dos Empréstimos/Financiamentos:

Controladora – Valores em R$/mil

2009 2008 2007

Circulante Não

Circulante Circulante

Não

Circulante Circulante

Não

Circulante

Em Moeda Nacional

Caixa Econômica Federal (FGTS) 87.170 665.347 72.317 601.531 49.234 499.266

Governo Estadual/BDMG 7.102 14.676 7.524 21.435 7.576 25.542

Tesouro Nacional 32.894 110.879 31.151 142.126 29.244 169.761

BNDES - BNE 733 228.282 47 13.347 - -

Debêntures Simples 67.005 499.103 54.825 463.052 48.151 408.160

Debêntures Conversíveis 487 133.864 517 137.888 452 137.665

Subtotal 195.391 1.652.151 166.381 1.379.379 134.657 1.240.394

Em moeda estrangeira

Banco do Brasil S.A. - - 2.675 - 2.039 2.037

União Federal – bônus 5.803 56.488 8.832 82.543 7.667 68.718

Subtotal 5.803 56.488 11.507 82.543 9.706 70.755

Total 201.194 1.708.639 177.888 1.461.922 144.363 1.311.149

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Formulário de Referência 2010

Os empréstimos e financiamentos bancários têm vencimento até 2031. As parcelas vencem como se

segue:

Ano de vencimento Controladora (R$/Mil)

2009 2008

2010 193.603 180.721

2011 218.356 197.906

2012 313.337 272.512

2013 309.802 273.450

2014 188.178 145.100

2015 128.952 85.780

2016 100.285 60.019

2017 em diante 449.515 249.688

Total 1.902.028 1.465.176

A tabela abaixo apresenta as taxas de juros anuais contraídas em nossos empréstimos e financiamentos,

bem como a data de término dos contratos. Os valores se referem à taxa média na posição de 31 de

dezembro de 2009:

Instituição Financeira Custo do Financiamento* Taxa Variável

(Índice) Termino do Contrato

Recursos FGTS** 10,04 a.a. TR 2031

Governo Estadual / BDMG 8,90% a.a. IGP-M 2016

Tesouro Nacional 5,38% a.a. TR 2014

BNDES / BNE 7,52% a.a. TJLP 2023

BNDES / Debêntures 8,78 % a.a. TJLP 2014

Banco do Brasil (Ponte) 1,61% a.a. US$ 2009

Banco BNY*** 5,16% a.a. US$ 2024

* Custo do Financiamento = Juros, Spread, Taxa de Risco, Taxa de Administração.

** Recursos FGTS: CEF, Bradesco, Itaú e Unibanco. *** Taxa média C Bond, Par Bond e Bibis + (Libor + Spread de diversos bônus).

Outras Obrigações

PREVIMINAS - Em 2001, com a instituição da paridade contributiva, conforme estipulada pelas Leis

Complementares 108 e 109 de 25 de maio de 2001, por meio da qual a Companhia passaria a contribuir

mensalmente à PREVIMINAS o mesmo valor de contribuição dos empregados participantes, incluindo

a contribuição extraordinária. Essa alteração gerou um passivo de R$ 103,7 milhões para a Companhia.

Assim, celebramos acordo, com a PREVIMINAS, para efetuar o pagamento desse valor em 240

parcelas mensais e sucessivas, com vencimento final em dezembro de 2020, atualizadas pelo INPC, e

acrescidas de juros de 0,4868% a.m. e taxa de administração de 15%. Em 31 de dezembro de 2009, o

saldo em aberto deste contrato era de R$ 99,2 milhões.

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Formulário de Referência 2010

Cemig - Parcelamento de dívida referente ao fornecimento de energia elétrica às unidades

consumidoras da Companhia, conforme Termo de Acordo e Reconhecimento de Dívida – TARD

formalizado junto à Companhia Energética de Minas Gerais – Cemig, em 04 de outubro de 2004, no

valor de R$ 78,5 milhões. A dívida foi negociada em 96 parcelas mensais e sucessivas, atualizadas pelo

IGP-M e acrescidas de juros de 0,5% ao mês, com vencimento final em junho de 2012. Em 31 de

dezembro de 2009, o saldo em aberto desta dívida era de R$ 53,3 milhões.

Garantias

Em relação aos principais financiamentos, a Companhia acordou as seguintes garantias:

União Federal - Bônus: São garantidos até o saldo do contrato por aval do Governo do Estado de

Minas Gerais e por receitas tarifárias da Companhia, até o limite suficiente para o pagamento das

prestações e demais encargos devidos em cada vencimento.

Discount Bond e Par Bond: Como garantia acessória desse financiamento, a Companhia mantém

caucionado no Banco do Brasil o montante de R$ 22,7 milhões, atualizado até 31 de dezembro de 2009,

(R$ 35.557 em 2008 e R$ 21.152 em 2007), mediante aplicação da média dos preços dos Bônus de

Cupom Zero do Tesouro dos Estados Unidos da América, registrado na rubrica caução de garantia de

financiamentos.

Contratos de Cessão Fiduciária de Crédito e de Vinculação de Créditos: No intuito de garantir o

cumprimento das obrigações da Companhia, assumidas nos contratos de repasse de recursos

provenientes do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS, assinados entre a Caixa Econômica

Federal, Unibanco, Itaú e Bradesco, e nos contratos de debêntures e financiamentos entre a Companhia

e o BNDES, foram acordadas as seguintes garantias:

Instituição financeira Garantia (receita vinculada) Vinculação de recebíveis

em 31/12/2009

CEF e

Tesouro

Nacional

Caixa até 1998 e

Tesouro Nacional 22% dos Recebíveis 48.603

Unibanco 2002 R$ 17 Milhões corrigidos anualmente pelo

IPCA, desde 04/07/2006 19.926

Sindicalizado (i)

Sindicalizado (ii) R$ 15,3 Milhões corrigidos anualmente

pelo IPCA, desde 04/07/2006 17.934

Caixa 2003 Vinculação de receita equivalente à 3 (três) vezes o serviço da dívida mensal dos

contratos de 2004, 2007 e 2008, e 01 (uma)

vez o serviço da dívida mensal dos

contratos de 2003

6.846 Caixa 2004

Caixa 2007

Caixa 2008

BNDES

Debêntures Simples (CT.

R$ 300 milhões) 20% dos Recebíveis 44.184

Debêntures Simples (CT.

R$ 450 milhões)

R$ 18 Milhões corrigidos anualmente pelo

IPCA, desde 12/12/2007 20.031

PAC 2007 Vinculação da receita de R$ 26 milhões,

corrigida pelo IPCA, desde 20/05/2008 28.137

PAC 2008

Total de Receita Vinculada 185.661

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135

Formulário de Referência 2010

Os demais financiamentos são garantidos por aval do Governo do Estado de Minas Gerais e por receitas

tarifárias da Companhia.

Cláusulas Contratuais Restritivas - Covenants

A Companhia possui em seus contratos de empréstimos e financiamentos, cláusulas restritivas que

obrigam o cumprimento de garantias especiais, conforme descrito abaixo:

Covenants de Contratos Sindicalizados:

Índice Limite

Exigível Total / Patrimônio Líquido Igual ou menor que 1,0

EBITDA / Serviço da Dívida Igual ou maior que 1,55

Ligação de água e esgoto / nº.de empregados Igual ou maior que 350

Covenants de Contratos com a Caixa Econômica Federal:

Índice Limite

Exigível Total / Patrimônio Líquido Igual ou menor que 1,0

EBITDA / Serviço da Dívida Igual ou maior que 1,7

Liquidez Corrente (ajustado) Superior a 0,9

Ligação de Água e Esgoto / nº. de Empregados Maior que 365

Covenants de Contratos com o BNDES/BNE:

Índice Limite

Divida Líquida / EBITDA Igual ou inferior a 3,0

EBITDA / ROL Igual ou superior a 36%

EBITDA / Serviço da Dívida Igual ou superior a 1,5

Em 31 de dezembro de 2009, a Companhia não havia violado nenhuma das cláusulas restritivas aos

empréstimos e financiamentos acima descritos:

ii Outras relações de longo prazo com instituições financeiras:

Banco do Brasil-Ponte - Em 11 de julho de 1990, a Companhia celebrou com o Banco do Brasil S.A.,

na qualidade de agente financeiro do Tesouro Nacional, e com o Estado de Minas Gerais, na qualidade

de cessionário de créditos, um contrato particular de refinanciamento e financiamento de dívida –

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136

Formulário de Referência 2010

empréstimo Ponte. O referido contrato previa o pagamento do principal em 30 prestações semestrais,

com juros remuneratórios equivalentes à Libor trimestral, acrescidos de um spread de 0,8125% a.a. e

taxa de administração de 0,2% a.a., sendo que a correção monetária ocorre pela variação cambial entre

Real e Dólar. Este contrato encerrou em dezembro de 2009 com o pagamento da última parcela.

Tesouro Nacional - Em 20 de janeiro de 1994, a Companhia celebrou contrato particular de confissão e

composição de dívidas junto ao Banco do Brasil S.A., na qualidade de agente financeiro da União, no

montante de R$ 54,2 bilhões, equivalente à época a R$ 171,1 milhões, correspondente ao saldo devedor

dos contratos originais que celebramos com a Caixa Econômica, cujos direitos creditórios foram

adquiridos pela União. O referido contrato prevê o pagamento do principal em 240 prestações mensais

consecutivas, com vencimento final em janeiro de 2014, incidindo juros remuneratórios de 5,275% a.a.,

e taxa de administração de 0,1% a.a.. Em 31 de dezembro de 2009, o saldo em aberto deste contrato era

de R$ 143,7 milhões.

Governo Estadual/BDMG - Entre dezembro de 1995 e maio de 2000, a Companhia celebrou junto ao

Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais – BDMG, na qualidade de mandatário do Estado de Minas

Gerais para contratar operações financeiras vinculadas ao Fundo para Saneamento Ambiental,

Organização e Modernização dos municípios do Estado de Minas Gerais (SOMMA), diversos contratos

de financiamento, no valor total de R$ 41,6 milhões. Os contratos prevêem o pagamento do principal

em prestações anuais e sucessivas, com vencimento final em novembro de 2016. Sobre o montante

principal incidem encargos a uma taxa media de 8,87% a.a. Em 31 de dezembro de 2009, o saldo em

aberto deste contrato era de R$ 21,7 milhões.

iii Grau de subordinação entre as dívidas:

Não aplicável

iv Eventuais restrições impostas ao emissor, em especial, em relação a limites de

endividamento e contratação de novas dívidas, à distribuição de dividendos, à alienação

de ativos, à emissão de novos valores imobiliários e à alienação de controle societário.

A COPASA MG é uma empresa de capital intensivo e, portanto, tem necessidade substancial de capital.

Nosso programa de investimentos visa, dentre outros implantar, ampliar e ou melhorar sistemas de

abastecimento de água e de esgotamento sanitário, bem como investimentos na proteção e conservação

do meio ambiente, além de bens de uso geral. Para financiar tal programa, dependemos de nossa

capacidade de gerar receita e da obtenção de financiamentos.

Estamos sujeitos às regras e aos limites impostos às instituições financeiras com relação ao

contingenciamento de crédito ao setor público, editadas pelo Conselho Monetário Nacional - CMN e

pelo Banco Central. Essas regras estabelecem determinados parâmetros e condições, que não estão sob

nosso controle, para que as instituições financeiras possam oferecer crédito a entidades do setor público.

Em decorrência dessas normas, nossa capacidade de contrair dívidas é limitada e por consequência, a

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137

Formulário de Referência 2010

obtenção de financiamentos para investimentos está atrelada aos limites estabelecidos pelos órgãos de

financiamento.

Além disso, nos termos da Constituição do Estado de Minas Gerais, caso nosso acionista controlador, o

Estado de Minas Gerais, nos inclua em qualquer plano de desestatização de companhias sob seu

controle, referida desestatização só poderá ocorrer mediante prévia realização de um referendo popular

que assim a determine. Após a aprovação em referendo popular, a Assembleia Legislativa do Estado de

Minas Gerais deverá promulgar lei que autorize a transferência de nosso controle acionário pelo Estado,

nos termos da legislação estadual vigente. O Estado de Minas Gerais possuía, em 31 de dezembro de

2009, 53,1% das ações emitidas pela Companhia. Possuímos também 1.130.000 milhões de debêntures

conversíveis em 4.520.000 ações e que já foram convertidas 33.639 e caso a opção de conversão seja

exercida na totalidade, a participação do Estado no capital da Companhia seria reduzida para 51,1%.

Assim, novas emissões de ações implicariam perda de controle por parte do Estado, caso não haja

recursos por parte desse acionista na mesma proporção do seu capital social.

A Companhia está sujeita a uma série de restrições contratuais decorrentes de nossos contratos

financeiros, dentre as quais destacamos as seguintes:

limitações à nossa capacidade de contrair dívidas financeiras, tanto em Reais (R$), quanto em

moeda estrangeira;

limitações à nossa capacidade de vender, transferir ou dispor de qualquer outra forma de parte

de nossos ativos;

limitações quanto à existência de ônus, penhor, hipoteca, encargo ou outros gravames ou

direitos de garantia sobre nossas receitas, nossos bens, ativos e patrimônio;

limitações quanto à nossa capacidade de ceder, transferir, alienar, onerar, gravar, vincular, a

qualquer título, ou de qualquer forma atribuir qualquer direito sobre os direitos à indenização

relativos a determinadas concessões;

manutenção de índices mínimos entre o valor Exigível Total e o Patrimônio Líquido;

manutenção de índices mínimos entre o EBITDA e o Serviço da Dívida;

manutenção de índices mínimos entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante; e

limitações quanto à nossa capacidade de realizar reestruturações societárias.

Além disso, a Companhia deve observar a Política de Endividamento aprovada pelo nosso Conselho de

Administração em 28 de maio de 2010, que estabelece que:

o limite para o endividamento líquido da COPASA MG seja igual ou inferior a 2,8 vezes o

EBITDA, podendo chegar a 3 vezes, mediante autorização do Conselho de Administração;

que as Exigibilidades Totais da COPASA MG sejam iguais ou inferiores ao Patrimônio

Líquido;

que o EBITDA da COPASA MG seja superior a 1,7 vezes o Serviço da Dívida.

O descumprimento de tais obrigações financeiras, bem como de outras obrigações dos contratos

financeiros, poderá causar o vencimento antecipado de nossos contratos. A COPASA MG tem

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Formulário de Referência 2010

cumprido todos os compromissos financeiros relevantes previstos nos contratos financeiros, nos quais

ela é parte.

g. Limites de utilização dos financiamentos já contratados:

A Companhia possui contratos de financiamentos destinados a obras específicas que são liberados à

medida que tais obras são executadas, não podendo ser utilizados para projetos que não sejam objetos

do contrato.

h. alterações significativas em cada item das demonstrações financeiras

Disponibilidades e aplicações financeiras: Esta conta vem apresentando reduções significativas nos

últimos exercícios, pois a Companhia está realizando um agressivo programa de investimentos,

utilizando, dessa forma os recursos provenientes do IPO.

Além disso, a nova Política de Dividendos da Companhia, instituída em 2009, prevê o pagamento dos

Juros sobre o Capital Próprio – JCP no mesmo exercício em que tal valor for declarado, levando a uma

consequente redução no caixa no ano.

Endividamento no curto e longo prazos:

Moeda Estrangeira: Não houve a contratação de novos financiamentos em moeda estrangeira nos

últimos três exercícios. As variações nessa conta, no curto e longo prazos, referem-se à variação do

dólar em relação ao Real (R$) e as amortizações previstas em contrato.

Reais (R$) – Curto Prazo

Empréstimos e financiamentos : O aumento dessa conta refere-se a novas liberações de

financiamentos nos últimos exercícios.

Debêntures – Em 2007 foram assinados contratos de emissão de debêntures que são liberados à medida

que as obras foram executadas. A variação ocorrida no curto prazo foi devido ao reconhecimento das

parcelas vencíveis no prazo de um ano.

Impostos, taxas e contribuições – Não houve variação significativa em 2008. Em 2009 a elevação do

saldo ocorreu basicamente, do aumento dos impostos incidentes sobre o lucro da Companhia e

crescimento na contratação de serviços, gerando um maior valor de Imposto sobre Serv iços de

Qualquer Natureza - ISSQN.

Provisão para férias e 13º salário – O aumento ocorrido em 2008 e 2009 reflete os aumentos salariais

decorrentes do Acordo Coletivo 2008/2010 e às adequações funcionais ocorridas.

Participação dos empregados nos lucros – Nos últimos exercícios, o aumento nessa conta se deu em

função do crescimento do lucro registrado pela Companhia.

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Formulário de Referência 2010

Reais (R$) - Longo Prazo

Empréstimos e financiamentos – O desembolso de recursos contratados junto à Caixa Econômica

Federal e ao BNDES, necessário para o Programa de Investimentos da Companhia levaram ao aumento

desse item, compensada pelas amortizações realizadas.

Debêntures - O desembolso de recursos contratados junto ao BNDES, por meio de debêntures,

necessário para o Programa de Investimentos da Companhia levaram ao aumento desse item,

compensada pelas amortizações realizadas.

Provisão tributária – A variação mais significativa ocorreu em 2008, devido ao reconhecimento de

passivo tributário junto ao Município de Belo Horizonte referentes ao ISSQN, IPTU, Taxas de

Fiscalização, entre outros no valor R$ 216,8 milhões. Esses valores serão compensados com créditos

junto ao município.

Imposto de renda e contribuição social diferidos – A variação cambial sobre financiamentos,

implicou em aumento da dívida e consequente redução do imposto diferido em 2008. Já em 2009, o

aumento se deu, basicamente, em função dos ajustes contábeis em atendimento aos pronunciamentos

emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC.

10.2. Os diretores devem comentar

a. resultados das operações do emissor, em especial:

i. descrição de quaisquer componentes importantes da receita

A receita operacional da Companhia tem dois componentes importantes: volume faturado e tarifa. O

volume faturado depende da expansão da empresa, não só em localidades já operadas, mas também em

novas concessões de água e esgotamento sanitário. As tarifas são atualmente reguladas pela Agência

Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais

– ARSAE MG.

ii fatores que afetaram materialmente os resultados operacionais

Os resultados operacionais são materialmente afetados por:

aumento/redução de receitas operacionais: as receitas dependem de reajustes tarifários e da

assunção de novos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário, bem como da

expansão da expansão nos sistemas já existentes.

aumento/redução dos custos dos produtos e serviços, despesas administrativas e comerciais: a

despesa de pessoal representa cerca de 42% do total dos custos dos serviços e a energia elétrica

representa cerca de 16%.

alterações nas políticas tributárias no país tiveram e continuam a ter efeitos sobre resultados

operacionais e condição financeira. As regras referentes às contribuições sociais Cofins e

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140

Formulário de Referência 2010

PIS/PASEP sofreram e poderão sofrer modificações ao longo dos anos e afetaram diretamente

nossas receitas.

ações judiciais ou processos administrativos da qual somos parte podem não ter resultados

favoráveis. Ademais, o valor total provisionado pode não corresponder aos valores econômicos

das causas, podendo esses valores ser, substancialmente, superiores aos ora indicados. Caso o

conteúdo econômico dessas ações seja superior ao valor atribuído pelos autores ou caso o valor

total de nossas provisões não seja suficiente para fazer frente às contingências que se tornem

exigíveis, poderemos incorrer em custos maiores do que os previstos, os quais, caso sejam

significativos, poderão afetar negativamente nossos resultados e condição financeira.

No exercício de 2009 os custos que apresentaram maior variação foram os custos com pessoal que

apresentaram elevação de 12,5%, devido ao reajuste salarial concedido em maio de 2009 de 6,88%, que

teve como base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC e ao acréscimo do número de

empregados nas localidades onde a Companhia já operava e nas localidades que entraram em operação.

Além disso, o reajuste do Plano de Previdência Complementar também contribuiu para a elevação

nesse item.

Os custos com materiais também se elevaram em 12,2% em função do aumento dos preços e do

aumento do consumo de produtos químicos, tendo em vista a entrada em operação de novas estações de

tratamento de água.

b. variações das receitas atribuíveis a modificações de preços, taxas de câmbio, inflação,

alterações de volumes e introdução de novos produtos e serviços

As receitas operacionais da Companhia são basicamente oriundas da prestação dos serviços de

abastecimento de água e de esgotamento sanitário e cuja base de clientes é concentrada na categoria

residencial, que utiliza esses serviços para as atividades essenciais, não estando, portanto sujeitas a

variações de consumo associadas à variação na renda, no preço, entre outros. Ao longo do ano o volume

faturado da Companhia tem registrado variação em função de mudanças climáticas, levando a um

menor volume faturado nos meses de baixas temperaturas ou chuvas intensas e, por outro lado a um

maior volume faturado nos meses de maiores temperaturas e menor intensidade de chuvas. No entanto o

impacto dos fatores climáticos no volume faturado anual observado pela Companhia tem sido neutro.

O aumento no volume faturado nos últimos anos não tem sido motivado pelo aumento per capita de

consumo, mas pelo crescimento do número de ligações, seja em função de crescimento vegetativo ou

assunção de novas localidades.

Tendo em vista que os serviços são tarifados, revisões e/ou reajustamentos tarifários afetam a receita

operacional da Companhia. Atualmente, as tarifas são reguladas pela Agência Reguladora de Serviços

de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais – ARSAE – MG

criada pela Lei nº. 18.309 de 3 de agosto de 2009.

A Receita Operacional Líquida de Água e Esgoto no ano de 2009 foi de R$ 2.202,2 milhões, 6,9%

superior aos R$ 2.060,2 milhões registrados no ano de 2008. Essa elevação ocorreu pelo incremento de

3,25% no número de ligações de água e de 13,06% nas ligações de esgoto, uma vez que não houve

reajustamento tarifário em 2009. Ao compararmos a Receita Operacional Líquida de 2008 com a

Receita Operacional Líquida de 2007 (R$ 1.863,5 milhões), temos um incremento de 10,6% que pode

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141

Formulário de Referência 2010

ser explicado pela elevação de 3,27% no número de ligações de água e 9,78% nas ligações de esgoto e

pelo reajuste tarifário ocorrido em março de 2008, no qual o impacto médio no faturamento da empresa

foi de 9,47%.

c. impacto da inflação, da variação de preços dos principais insumos e produtos, do câmbio e da

taxa de juros no resultado operacional e no resultado financeiro do emissor

Os itens que mais impactam os custos da Companhia são pessoal, energia elétrica, produtos químicos,

combustíveis etc. Os reajustamentos tarifários prevêem a correção das despesas administráveis (pessoal,

materiais, serviços de terceiros e provisões) por um índice inflacionário e das não administráveis

(energia elétrica, material de tratamento, telecomunicação, combustíveis, lubrificantes, impostos e

taxas) pela variação real dessas despesas, o que minimiza o impacto das variações de preço de insumos

no resultado operacional.

Os custos operacionais, que compreendem os custos dos serviços prestados, as despesas

administrativas, as despesas comerciais, excluindo-se as despesas de construção, por conta da

convergência ao IFRS pela Companhia, totalizaram R$ 1.549,5 milhões no exercício de 2009, uma

elevação de 5,8% em relação aos R$ 1.464,7 milhões registrados no exercício de 2008.

Os itens que mais contribuíram para a elevação dos custos da COPASA MG no ano de 2009, em

comparação com 2008, foram:

custos com pessoal que apresentaram elevação de 12,5%, devido ao reajuste salarial concedido

em maio de 2009 de 6,88%, que teve como base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor -

INPC e ao acréscimo do número de empregados. Além disso, o reajuste de 20,84% no Plano de

Previdência Complementar, ocorrido em novembro de 2008, também contribuiu para a

elevação nesse item.

custos com materiais que se elevaram 12,1% em função do aumento dos preços e do aumento

do consumo de produtos químicos, tendo em vista a entrada em operação de novas estações de

tratamento de água.

Os custos operacionais totais, que compreendem os custos dos serviços prestados, as despesas

administrativas, as despesas comerciais e outras despesas operacionais, totalizaram R$ 1.526,1 milhões

no exercício de 2008, uma elevação de 5,0% em relação aos R$ 1.453,4 milhões registrados no

exercício de 2007.

Os itens que mais contribuíram para elevação dos custos da COPASA MG no ano de 2008, em

comparação com 2007, foram:

custos com pessoal que apresentaram elevação de 9,3% devido ao reajuste salarial concedido

em maio de 2008 e teve como base o INPC;

depreciações e amortizações que se elevaram em 12,5% em relação ao ano anterior, devido às

incorporações de obras encerradas no exercício e às aquisições de bens patrimoniais;

serviços de terceiros que se elevaram em 13,2%, principalmente em decorrência do aumento

das despesas com serviços de conservação e manutenção em redes e ligações prediais de água e

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142

Formulário de Referência 2010

esgoto, dos serviços de arrecadação, da locação de bens móveis e dos serviços técnicos

profissionais;

custos com materiais que se elevaram 14,7% em função do aumento do consumo de produtos

químicos, tendo em vista a entrada em operação de novas estações de tratamento de água e da

elevação do preço desses produtos;

provisão para devedores duvidosos que atingiu patamares normais em 2008. Cabe ressaltar que

em 2007 o valor foi reduzido devido à reversão de R$ 20,0 milhões nessa conta.

Por outro lado, a energia elétrica apresentou diminuição de 2,9 % em decorrência da redução das tarifas

ocorrida em abril de 2008, por determinação da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).

A maior parte do endividamento da Companhia refere-se a financiamentos de longo prazo, no mercado

interno, junto a órgãos oficiais de fomento como o BNDES e a Caixa Econômica Federal. Assim sendo,

variações significativas na taxa de juros e inflação podem afetar as despesas financeiras e

consequentemente o resultado financeiro. A dívida em moeda estrangeira existente é atrelada ao dólar

americano, e por representar apenas 3,0 % da dívida total, as variações cambiais afetam em menor

escala o resultado financeiro. Porém, a Companhia não possui operação de hedge para essa dívida, por

considerá-la reduzida e com perfil de longo prazo.

No ano de 2009, as Receitas Financeiras foram de R$ 159,8 milhões contra R$ 197,9 milhões em 2008

representando uma queda de 19,2% que pode ser explicada principalmente por um menor ganho real em

aplicações financeiras, devido a uma redução nos valores disponíveis para aplicação e, associado

também, à queda da taxa CDI que é base para remuneração dos recursos aplicados pela Companhia. Ao

compararmos 2008 com 2007 (R$ 154,0 milhões) verifica-se um aumento de 28,4% que pode ser

explicado principalmente pela desvalorização do Real (R$) frente ao Dólar (US$) em 35,4% que elevou

o valor do bônus indexado ao dólar, garantidor da última parcela da dívida em moeda estrangeira a

vencer em 2024.

As Despesas Financeiras no ano de 2009 foram de R$ 148,6 milhões contra R$ 145,0 milhões em 2008

e R$ 105,7 milhões em 2007. A elevação das Despesas Financeiras nestes últimos anos deve-se

principalmente ao maior pagamento de juros em consequência da ampliação da utilização de recursos

financiados.

10.3. Os diretores devem comentar os efeitos relevantes que os eventos abaixo tenham

causado ou se espera que venham a causar nas demonstrações financeiras do emissor e

em seus resultados:

a. introdução ou alienação de segmento operacional

Não aplicável

b. constituição, aquisição ou alienação de participação societária

Não aplicável

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143

Formulário de Referência 2010

c. eventos ou operações não usuais

Não aplicável.

10.4. Os diretores devem comentar

a. mudanças significativas nas práticas contábeis

Durante o exercício de 2009 o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) emitiu e a Comissão de

Valores Mobiliários (CVM) aprovou diversos pronunciamentos técnicos, interpretações e orientações,

cuja vigência é mandatória para os exercícios sociais iniciados a partir de 1º de janeiro de 2010. No

entanto, a Companhia optou por antecipar a adoção destes pronunciamentos, interpretações e

orientações para o exercício findo em 31 de dezembro de 2009, adotando-os em sua totalidade, os quais

foram listados a seguir:

CPC 15, Deliberação CVM 580, correlacionado à IFRS 3 - Trata de Combinação de Negócios

CPC 16, Deliberação CVM 575, correlacionado à IAS 2 - Trata de Estoques

CPC 17, Deliberação CVM 576, correlacionado à IAS 11 - Trata de Contratos de Construção

CPC 18, Deliberação CVM 605, correlacionado à IAS 28 – Trata de Investimento em Coligada e

em Controlada

CPC 19, Deliberação CVM 606, correlacionado à IAS 31 – Trata de Investimento em

Empreendimento Conjunto

CPC 20, Deliberação CVM 577, correlacionado à IAS 23 - Trata de Custos de Empréstimos

CPC 21, Deliberação CVM 581, correlacionado à IAS 34 – Trata de Demonstração Intermediária

CPC 22, Deliberação CVM 582, correlacionado à IFRS 8– Trata de Informações por Segmento

CPC 23, Deliberação CVM 592, correlacionado à IAS 8 – Trata de Políticas Contábeis, Mudança

de Estimativa e Retificação de Erro

CPC 24, Deliberação CVM 593, correlacionado à IAS 10 – Trata de Evento Subsequente

CPC 25, Deliberação CVM 594, correlacionado à IAS 37 – Trata de Provisões, Passivos

Contingentes e Ativos Contingentes

CPC 26, Deliberação CVM 595, correlacionado à IAS 1 – Trata da Apresentação das

Demonstrações Contábeis

CPC 27, Deliberação CVM 583, correlacionado à IAS 16 - Trata de Ativo Imobilizado

CPC 28, Deliberação CVM 584, correlacionado à IAS 40 – Trata de Propriedade para

Investimento

CPC 29, Deliberação CVM 596, correlacionado à IAS 41 – Trata de Ativo Biológico e Produto

Agrícola

CPC 30, Deliberação CVM 597, correlacionado à IAS 18 – Trata de Receitas

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Formulário de Referência 2010

CPC 31, Deliberação CVM 598, correlacionado à IFRS 5 - Trata de Ativo Não-Circulante

mantido para venda e operação descontinuada

CPC 32, Deliberação CVM 599, correlacionado à IAS 12 – Trata de Tributos sobre o Lucro

CPC 33, Deliberação CVM 600, correlacionado à IAS 19- Trata de Benefícios a Empregados

CPC 35, Deliberação CVM 607, correlacionado à IAS 27 – Trata de Demonstrações Separadas

CPC 36, Deliberação CVM 608, correlacionado à IAS 27 – Trata de Demonstrações

Consolidadas

CPC 37, Deliberação CVM 609, correlacionado à IFRS 1 – Trata da Adoção Inicial das Normas

Internacionais de Contabilidade

CPC 38, 39 e 40, Deliberação CVM 604, correlacionados às IAS 32, IAS 39 e IFRS 7 – Tratam

do Reconhecimento e Mensuração, da Apresentação e da Evidenciação de Instrumentos

Financeiros

CPC 43 , Deliberação CVM 610, correlacionado à IFRS 1 – Trata da Adoção Inicial dos

Pronunciamentos Técnicos CPC 15 a 40

ICPC 01, Deliberação CVM 611, correlacionada à IFRIC 12 – Trata de Contratos de Concessão

ICPC 02, Deliberação CVM 612, correlacionada à IFRIC 15 – Trata de Contrato de Construção

do Setor Imobiliário

ICPC 03, Deliberação CVM 613, correlacionada à IFRIC 4, SIC 15 e SIC 27 – Trata de Aspectos

Complementares das Operações de Arrendamento Mercantil

ICPC 04, Deliberação CVM 614, correlacionada à IFRIC 8 – Trata de Alcance do

Pronunciamento Técnico CPC 10 – Pagamento Baseado em Ações

ICPC 05, Deliberação CVM 615, correlacionada à IFRIC 11 – Trata do Pronunciamento Técnico

CPC 10 – Pagamento Baseado em Ações – Transações de Ações do Grupo e em Tesouraria

ICPC 06, Deliberação 616, correlacionada à IFRIC 16 – Trata de Hedge de Investimento Líquido

em Operação no Exterior

ICPC 07, Deliberação 617, correlacionada à IFRIC 17 – Trata de Distribuição de Lucros in

natura

ICPC 08, Deliberação CVM 601 – Trata da Contabilização da Proposta de Pagamento de

Dividendos

ICPC 09, Deliberação CVM 618 – Trata de Demonstrações Contábeis Individuais,

Demonstrações Separadas, Demonstrações Consolidadas e Aplicação do Método de Equivalência

Patrimonial

ICPC 10, Deliberação CVM 619 – Trata da Aplicação Inicial ao Ativo Imobilizado e à

Propriedade para Investimento dos Pronunciamentos Técnicos CPC 27, 28, 37 e 43

ICPC 11, Deliberação CVM 620, correlacionada à IFRIC 18 – Trata de Recebimento em

Transferência de Ativos dos Clientes

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145

Formulário de Referência 2010

ICPC 12, Deliberação CVM 621, correlacionada à IFRIC 1 – Trata de Mudanças em Passivos por

Desativação, Restauração e Outros Passivos Similares

b. efeitos significativos das alterações em práticas contábeis

CPC 17 Contratos de Construção: Aprovado pela Deliberação CVM 576/09, este Pronunciamento é

correlacionado ao IAS 11 Contratos de Construção. Esse Pronunciamento define critérios para

identificação de um contrato de construção, formas de agrupamento e divisão destes contratos, o

reconhecimento da receitas e custos de construção bem como os requerimentos para divulgação.

A Companhia adotou os critérios descritos no CPC 17 em função da natureza de suas operações –

serviços de concessão pública – conforme requerido pela Interpretação ICPC 01 Contratos de

Concessão.

CPC 20 Custos de empréstimos: Aprovado pela Deliberação CVM 577, correlacionado ao IAS 23

Custo de Empréstimos, este pronunciamento estabelece: i) a definição dos custos de empréstimos

passíveis de serem capitalizados no custo de determinados ativos considerados qualificáveis (levam um

período de tempo substancial para ficar prontos para uso ou venda) e que sejam diretamente atribuíveis

à aquisição, construção ou produção de tais ativos; ii) forma de reconhecimento mediante o registro

desses encargos financeiros ao valor contábil de determinados ativos qualificáveis, e; iii) determinação

dos períodos em que a Companhia deve iniciar a capitalização dos valores, cessá-la ou revertê-la.

A Companhia adotou este Pronunciamento, contudo, sua emissão não gerou impacto significativo na

posição financeira da Companhia, uma vez que a Companhia já efetuava a capitalização dos custos de

empréstimos antes da emissão deste Pronunciamento.

CPC 22 - Informações por segmento: Aprovado pela Deliberação CVM 582/09, correlacionado ao

IFRS 8 Informações por Segmento, esse pronunciamento determina que uma entidade deve divulgar

informações que permitam aos usuários das demonstrações contábeis avaliarem a natureza e os efeitos

financeiros das atividades de negócio nos quais uma entidade está envolvida e os ambientes econômicos

em que opera.

A Companhia divulga separadamente as informações sobre os seus segmentos operacionais de forma a

atender aos requerimentos deste Pronunciamento. Os segmentos operacionais que não atinjam

quaisquer dos limiares quantitativos descritos na norma podem ser considerados divulgáveis, e

apresentados separadamente, se a Administração entender que essa informação sobre o segmento possa

ser útil para os usuários das demonstrações contábeis.

O CPC 22 foi adotado pela Companhia, conforme requerido pela norma, para todos os exercícios

iniciados em ou após 1º janeiro de 2008. Os segmentos são apresentados de modo consistente com o

relatório interno entregue ao principal tomador de decisões operacionais.

CPC 23 Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa: Aprovado pela Deliberação CVM 592/09 é

correlacionado ao IAS 8 Políticas Contábeis, Mudanças de Estimativas e Erros. Esse pronunciamento

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Formulário de Referência 2010

define critério para a seleção e mudanças de políticas e estimativas contábeis, bem como o tratamento

contábil e a divulgação de mudanças e estimativas contábeis e o tratamento de retificação de erros, bem

como estes devem ser adotados de forma consistente nas demonstrações financeiras consolidadas e

como devem ser reconhecidos e divulgados nas demonstrações financeiras onde ocorram mudanças nas

estimativas e identificação de erros.

CPC 25 Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes: Aprovado pela Deliberação CVM

594/09, correlacionado ao IAS 37 Provisões, Passivos Continentes e Ativos Contingentes, esse

pronunciamento determina os critérios de reconhecimento e bases de mensuração para provisões,

passivos contingentes e ativos contingentes, bem como os requerimentos de divulgação. Para fins dessa

norma, uma provisão deve ser reconhecida se, e somente se: (a) a Companhia tiver uma obrigação

presente como resultado de evento passado; (b) for provável que haverá saída de recursos para liquidar

a obrigação; e (c) puder ser feita estimativa confiável do valor da obrigação.

A Companhia já registra suas provisões em conformidade com o CPC 25, em razão de ser um

procedimento já praticado anteriormente e comum às suas operações. Portanto, a emissão deste

Pronunciamento não gerou impactos significativos na posição financeira da Companhia.

CPC 26 Apresentação das Demonstrações Contábeis: Aprovado pela Deliberação CVM 595/09, esse

Pronunciamento é correlacionado ao IAS 1 Apresentação das Demonstrações Financeiras - Revisado.

Este pronunciamento requer que sejam apresentados os componentes do resultado abrangente em uma

demonstração separada da demonstração do resultado, apresentando também os efeitos fiscais de cada

componente deste resultado abrangente. Adicionalmente quando as entidades reapresentarem ou

reclassificarem as informações comparativas, elas terão que reapresentar um balanço patrimonial para o

início do período comparativo, além da exigência atual de apresentar balanços patrimoniais no final do

período corrente e do período comparativo.

A emissão deste Pronunciamento gerou impactos significativos na apresentação das demonstrações

financeiras da Companhia, os quais foram apresentados em conformidade com os requerimentos deste

Pronunciamento.

CPC 27 Ativo Imobilizado: Aprovado pela Deliberação CVM 619/09, correlacionado ao IAS 16 Ativo

Imobilizado, esse pronunciamento aborda os aspectos de registro, controle e mensuração subsequente

dos ativos fixos, requerendo que as vidas úteis e valores residuais dos ativos imobilizados sejam

revistos periodicamente e ajustados, quando necessário, conforme CPC 23, dentre outros

requerimentos.

A emissão deste Pronunciamento não gerou impacto significativo na posição financeira da Companhia,

uma vez que tanto as vidas úteis quanto os valores residuais dos ativos imobilizados não foram

alteradas uma vez que estes refletem as estimativas da Administração para o consumo dos ativos.

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Formulário de Referência 2010

CPC 30 Receitas: Aprovado pela Deliberação CVM 597/09, este Pronunciamento é correlacionado ao

IAS 18 Receitas. Este Pronunciamento aborda os requisitos para reconhecimento e mensuração das

receitas.

A emissão deste Pronunciamento não gerou impactos significativos na posição financeira da

Companhia, uma vez que seus requerimentos já eram adotados pela Companhia.

CPC 31 Ativos não-correntes Mantidos para Venda e Operações Descontinuadas: Aprovado pela

Deliberação CVM 598/09, correlacionado ao IFRS 5 Ativos não-correntes Mantidos para Venda e

Operações Descontinuadas, esse pronunciamento determina os critérios para alocação de um ativo não-

corrente como mantido para venda e operações como descontinuadas e também estabelece os critérios

de reconhecimento, mensuração e divulgação destes ativos ou grupo de ativos.

A Companhia não possui ativos não-correntes mantidos para venda nem operações descontinuadas em

01 de janeiro de 2008, 31 de dezembro de 2008 e 31 de dezembro de 2009, razão pela qual a emissão

deste Pronunciamento não gerou impactos significativos na posição.

CPC 32 Tributos sobre o Lucro: Aprovado pela Deliberação CVM 599/09, este Pronunciamento é

correlacionado ao IAS 12 Impostos sobre o Lucro e discorre sobre o tratamento contábil dos tributos

sobre o lucro, ativos e passivos fiscais diferidos, bem como as divulgações requeridas. O CPC 32 define

Diferenças temporárias como as diferenças entre o valor contábil de um ativo ou passivo e sua base

fiscal; Diferenças temporárias tributáveis como as diferenças temporárias que resultarão em valores

tributáveis no futuro quando o valor contábil de um ativo ou passivo é recuperado ou liquidado e;

Diferenças temporárias dedutíveis como as diferenças temporárias que resultarão em valores dedutíveis

para determinar o lucro tributável (prejuízo fiscal) de futuros períodos quando o valor contábil do ativo

ou passivo é recuperado ou liquidado. Adicionalmente a CPC 32 requer que sejam reconhecidos como

ativos fiscais diferidos resultantes de prejuízos fiscais somente aqueles que serão compensados como

lucros tributáveis futuros. A Companhia adotou este Pronunciamento para os balanços patrimoniais de

31 de dezembro de 2009, 31 de dezembro de 2008 e 01 de janeiro de 2008.

CPC 33 Benefícios a Empregados: Aprovado pela Deliberação CVM 600/09, correlacionado ao IAS

19 Benefícios a Empregados e IFRIC 14 Limite de ativo de Benefício Definido, Requisitos e

Fundamento Mínimo e sua Interação, este Pronunciamento dá orientações sobre os cálculos, definições

de premissas, registros e limitações aos registros de ativos atuariais em função de obrigações futuras ou

restrições legais ou contratuais sobre estes ativos. A Companhia adotou este Pronunciamento conforme

descrito na política contábil sobre benefícios a empregados. A emissão deste Pronunciamento não gerou

impactos significativos na posição financeira da Companhia uma vez que a opção pelo diferimento do

reconhecimento dos ganhos e perdas atuariais por meio do método do corredor foi mantida pela

Administração. Contudo, a Companhia optou pelo reconhecimento, na data de transição, dos ganhos e

perdas não reconhecidos anteriormente, gerando um efeito na data de transição.

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Formulário de Referência 2010

CPC 37 Primeira Adoção das Normas Internacionais de Contabilidade e CPC 43 Adoção Inicial

dos Pronunciamentos Técnicos CPC 15 a 40: Aprovados pelas Deliberações CVM, 609/09 e 610/09,

respectivamente, o CPC 37 está correlacionado ao IFRS 1 Primeira Adoção das Normas Internacionais

de Contabilidade - IFRS, trata da adoção inicial dos pronunciamentos internacionais de contabilidade:

isenções opcionais e exceções obrigatórias, em conformidade com os demais pronunciamentos emitidos

pelo CPC. O CPC 37 concede algumas isenções em áreas específicas onde seria provável que o custo

do cumprimento dos mesmos superasse os benefícios para os usuários das demonstrações financeiras

consolidadas. A norma também proíbe a aplicação retrospectiva de alguns pronunciamentos do CPC e

do IFRS, sobretudo quando a aplicação retrospectiva possa exigir juízos de valor por parte da

Administração acerca de condições passadas depois de já ser conhecido o desfecho de uma determinada

transação.

O CPC 43 não possui norma correlacionada nas normas internacionais de contabilidade – IFRS, uma

vez que trata sobre a adoção inicial dos CPCs emitidos em 2009. O CPC 43 discorre sobre as diferenças

existentes entre os Pronunciamentos Técnicos emitidos pelo CPC e as normas IFRS, bem como

reafirma que a adoção inicial dos CPCs emitidos em 2008, a CPC 13 Adoção Inicial da Lei 11.638/07 e

Medida Provisória no 449/08 permanece válida e deve ser utilizada para a adoção e reconhecimento

destes CPCs emitidos em 2008. A Companhia adotou os CPCs relevantes emitidos em 2008 e seus

efeitos já foram divulgados.

CPC 38 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração, CPC 39 Instrumentos

Financeiros: Apresentação e CPC 40 Instrumentos Financeiros - Evidenciação: Aprovados pelas

Deliberações CVM 604/09, estes pronunciamentos estão correlacionados ao IAS 32 Instrumentos

Financeiros: Apresentação IAS 39 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração e IFRS 7

Instrumentos Financeiros: Divulgação, estes pronunciamentos discorrem sobre como classificar,

reconhecer inicialmente e mensuração subsequente de instrumentos financeiros, bem como identificar e

contabilizar instrumentos derivativos e derivativos embutidos em contratos e também sobre a

apresentação destes, segundo sua essência, no balanço patrimonial. Adicionalmente, estes CPC 38 trata

sobre a contabilização e requerimentos para instrumentos de hedge (“hedge accounting”). O CPC 40

trata sobre as divulgações requeridas com relação aos instrumentos financeiros, como análises de

sensibilidade e apresentação dos riscos de crédito, liquidez e de outros ativos relevantes para a

Companhia. Embora as classificações dos instrumentos financeiros já fosse requerida pelo CPC 14

Instrumentos Financeiros: Reconhecimento, Mensuração e Evidenciação, que foi revogada com a

emissão dos referidos Pronunciamentos, e esta classificação e apresentação já tivesse sido adotada pela

Companhia, os instrumentos financeiros compostos foram segregados conforme requer o CPC 39 bem

como as divulgações foram estendidas, e estão apresentadas na nota 03, visando atender a estes

Pronunciamentos.

ICPC 01 Contratos de Concessão: Aprovada pela Deliberação CVM 611/09, correlacionada à IFRIC

12 Contratos de Concessão, esta interpretação a diversos pronunciamentos trata sobre a contabilização

dos ativos da infraestrutura relacionados a contratos de concessão, em uma relação público-privada, nas

demonstrações financeiras do operador (refere-se à entidade privada). De acordo com a ICPC 01 caso o

poder concedente (refere-se ao poder público) tenha o controle sobre os ativos da infraestrutura

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149

Formulário de Referência 2010

vinculados à concessão e ainda controle como, para quem e a qual preço os serviços serão prestados

pelo operador, estes ativos da infraestrutura não podem ser reconhecidos como ativo imobilizado do

operador. Segundo a ICPC 01, estes ativos devem ser reconhecidos no balanço patrimonial como um

ativo intangível, representado o direito de cobrar dos usuários pelo serviço público prestado, ou um

ativo financeiro, representando o direito incondicional de receber caixa pela construção dos ativos da

infraestrutura, seja diretamente do poder concedente ou por quem ele indicar. Ainda segundo esta

interpretação, as receitas e custos de construção dos ativos da infraestrutura devem ser reconhecidos

conforme IAS 11 Contratos de Construção. O ativo intangível será reconhecido e subsequentemente

mensurado conforme IAS 38 e o ativo financeiro é classificado conforme IAS 32 e inicialmente e

subsequentemente mensurado conforme IAS 39.

A aplicação dessa interpretação resultou em reclassificações e ajustes materiais nas demonstrações

financeiras da Companhia. O ativo imobilizado direta e indiretamente vinculado às concessões foram

reclassificados e bifurcados em ativo financeiro e ativo intangível, seguindo os critérios descritos na

norma bem como as expectativas da Administração com relação ao valor a ser recebido ao final de cada

concessão. Adicionalmente, a Companhia reconheceu receita de construção para os ativos construídos

ou adquiridos para fins de prestação de serviços de concessão para os quais a Companhia não possua o

controle.

ICPC 08 Contabilização da Proposta de Pagamentos de Dividendos: Aprovada pela Deliberação

CVM 601/09, sem correlação com qualquer norma ou interpretação do IFRS, essa interpretação fornece

orientações sobre os critérios para contabilização dos dividendos, de acordo com as orientações

contidas no CPC 24 – Eventos Subsequentes e CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos

Contingentes. Estabelece que o dividendo mínimo obrigatório estabelecido pelo Estatuto da Companhia

ou, se esse for omisso, pela Lei 6.404/76, deva ser registrado como um passivo na data do encerramento

do exercício social e que o dividendo adicional ao mínimo obrigatório seja registrado como passivo

somente quando aprovado pela Assembleia de Acionistas ou outro órgão competente, ou pago pela

Companhia, o que ocorrer primeiro.

A Companhia adotou esta Interpretação e procedeu aos ajustes necessários nos dividendos e juros sobre

capital próprio propostos em 01 de janeiro de 2008 e 31 de dezembro de 2008, anteriormente

publicados, bem como já registrou os dividendos e juros sobre capital próprio propostos em 31 de

dezembro de 2009.

ICPC 10 Interpretação sobre a Aplicação Inicial do Ativo Imobilizado e à Propriedade para

Investimento dos Pronunciamentos Técnicos CPCs 27, 28, 37 e 43: A ICPC 10, aprovada pela

Deliberação CVM 619/09, em função da mudança da prática contábil brasileira para plena aderência ao

processo de convergência às práticas internacionais, permite na adoção inicial dos Pronunciamentos

Técnicos CPC 27 e CPC 28, a opção de proceder a ajustes nos saldos iniciais dos ativos imobilizados e

propriedades para investimento à semelhança do que é permitido pelas normas internacionais de

contabilidade, com a utilização do conceito de custo atribuído (“deemed cost”), conforme previsto nos

Pronunciamentos Técnicos CPC 37 e 43.

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Formulário de Referência 2010

Considerando a não relevância do valor de seus ativos imobilizados em relação à totalidade dos seus

ativos operacionais, e, à pouca influência que esses ativos exercem na sua geração futura de caixa, a

Administração da Companhia optou pelo não ajuste do valor contábil desses ativos.

c. ressalvas e ênfases presentes no parecer do auditor

As demonstrações contábeis da Companhia dos últimos três exercícios não apresentaram ressalvas. As

ênfases presentes no parecer do auditor desses exercícios estão descritas a seguir:

Exercício de 2009

A Auditoria Externa, anteriormente, examinou as demonstrações financeiras referentes ao exercício

findo em 31 de dezembro de 2008, compreendendo o balanço patrimonial, as demonstrações dos

resultados, das mutações do patrimônio líquido, dos fluxos de caixas e do valor adicionado referentes

ao exercício findo naquela data, sobre as quais foi emitido parecer, sem ressalvas, datado de 16 de

março de 2009, com parágrafo de ênfase quanto ao assunto mencionado no parágrafo 7 a seguir.

Conforme mencionado nas Notas Explicativas 02 e 05 das Demonstrações Financeiras, nos termos da

Deliberação CVM nº. 603/09, a Companhia optou por antecipar a adoção dos novos Pronunciamentos,

Interpretações e Orientações técnicas emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC

durante 2009, cuja aplicação era facultativa para as demonstrações financeiras encerradas em 31 de

dezembro de 2009. A Companhia efetuou os ajustes relativos à adoção dos novos pronunciamentos na

data de transição, estabelecida pela Administração como 1º de janeiro de 2008.

Adicionalmente, em decorrência de erro identificado na avaliação do risco de perda relativa à

contingência com a cobrança de Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN pelo município

de Belo Horizonte, as demonstrações financeiras referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de

2008 foram retificadas e foram reapresentadas, conforme previsto na Deliberação CVM 592 e CPC 23 –

Políticas Contábeis, Mudanças de Estimativa e Retificação de Erro, refletindo o ajuste na provisão de

contingências em 31 de dezembro de 2008 para fins de comparação entre os exercícios. A Auditoria

Concordou com os ajustes efetuados. Dessa forma, nenhuma alteração foi requerida em parecer da

Auditoria sobre as referidas demonstrações financeiras refeitas. Assim, o parecer sobre as referidas

demonstrações financeiras retificadas foi emitido sem ressalvas.

O exame das demonstrações financeiras referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2007,

preparadas originalmente antes dos ajustes decorrentes das mudanças de práticas contábeis descritos nas

Notas Explicativa 02 e 05, foi conduzido sob a responsabilidade de outros auditores independentes, que

emitiram parecer sem ressalvas, com data 18 de março de 2008, contendo parágrafo de ênfase a seguir.

Em conexão com os nossos exames das demonstrações financeiras referentes aos exercícios findos em

31 de dezembro de 2009 e 2008, foram auditados também, os ajustes decorrentes de mudança de prática

contábil descritos nas Notas Explicativas 02 e 05 das demonstrações financeiras. Na opinião dos

auditores, tais ajustes são adequados e foram corretamente efetuados, considerando todos os aspectos

relevantes. A Auditoria foi contratada somente para auditar os ajustes descritos nas Notas Explicativas

02 e 05 das demonstrações financeiras e não para auditar, revisar ou aplicar quaisquer outros

procedimentos sobre as demonstrações financeiras referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de

2007 e, portanto, não expressa opinião sobre as referidas demonstrações.

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Formulário de Referência 2010

Conforme mencionado na Nota Explicativa 30 das demonstrações financeiras, a partir de 20 de setembro

de 1989, a Companhia passou a ser contribuinte, em regime especial, do imposto sobre circulação de

mercadorias e serviços – ICMS, relativamente ao fornecimento de água tratada. De acordo com a

opinião de seus assessores jurídicos, para consecução da referida cobrança seriam necessários atos

normativos específicos regulamentando o assunto. Até o presente momento, não há nenhuma definição

por parte do Poder Executivo Estadual quanto aos critérios de cálculo e exigência de cobrança do

referido imposto; bem como, este não é parte integrante do cálculo tarifário da Companhia, o qual é

promulgado pelo Governo do Estado de Minas Gerais. Consequentemente, o referido imposto não vem

sendo cobrado dos consumidores e também não vem sendo provisionado pela Companhia ou repassado

ao Governo Estadual.

Exercício de 2008

Conforme mencionado na nota explicativa 27 das demonstrações financeiras, a partir de 20 de setembro de 1989, a Companhia passou a ser contribuinte, em regime especial, do imposto sobre circulação de mercadorias e serviços – ICMS, relativamente ao fornecimento de água tratada. De acordo com a opinião de seus assessores jurídicos, para consecução da referida cobrança seriam necessários atos normativos específicos regulamentando o assunto. Até o presente momento, não há nenhuma definição por parte do Poder Executivo Estadual quanto aos critérios de cálculo e exigência de cobrança do referido imposto; bem como, este não é parte integrante do cálculo tarifário da Companhia, o qual é promulgado pelo Governo do Estado de Minas Gerais. Consequentemente, o referido imposto não vem sendo cobrado dos consumidores e também não vem sendo provisionado pela Companhia ou repassado ao Governo Estadual. O exame das demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2007, compreendendo o balanço patrimonial, as demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos daquele exercício, além das informações suplementares compreendendo as demonstrações do fluxo de caixa, apresentadas para fins de comparação, foi conduzido sob a responsabilidade de outros auditores independentes, que emitiram parecer sem ressalvas datado de 18 de março de 2008, contendo parágrafo de ênfase sobre o mesmo assunto do parágrafo acima. As demonstrações financeiras referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2007, exceto a demonstração das origens e aplicações de recursos, apresentadas de forma conjunta com as demonstrações financeiras de 2008, foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil vigentes até 31 de dezembro de 2007 e, como permitido pelo Pronunciamento Técnico CPC 13 - Adoção Inicial da Lei nº. 11.638/07 e da Medida Provisória no 449/08, não foram reapresentadas com os ajustes para fins de comparação entre os exercícios.

Exercício de 2007

Conforme mencionado na nota explicativa nº. 18 às demonstrações financeiras daquele exercício, a partir de 20 de setembro de 1989, a Companhia passou a ser contribuinte, em regime especial, do imposto sobre circulação de mercadorias e serviços - ICMS, relativamente ao fornecimento de água tratada. De acordo com a opinião de seus assessores jurídicos, para a consecução da referida cobrança seriam necessários atos normativos específicos regulamentando o assunto. Até o presente momento, não há nenhuma definição por parte do Poder Executivo Estadual exigindo a cobrança do referido imposto, bem como este não é parte integrante do cálculo tarifário da Companhia, o qual é promulgado pelo

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Formulário de Referência 2010

Estado de Minas Gerais. Consequentemente, referido imposto não vem sendo cobrado dos consumidores e tampouco repassado ao Governo Estadual.

10.5. Os diretores devem indicar e comentar políticas contábeis críticas adotadas pelo

emissor, explorando, em especial, estimativas contábeis feitas pela administração sobre

questões incertas e relevantes para a descrição da situação financeira e dos resultados,

que exijam julgamentos subjetivos ou complexos, tais como: provisões, contingências,

reconhecimento da receita, créditos fiscais, ativos de longa duração, vida útil de ativos

não-circulantes, planos de pensão, ajustes de conversão em moeda estrangeira, custos de

recuperação ambiental, critérios para teste de recuperação de ativos e instrumentos

financeiros

Na elaboração de demonstrações financeiras, a Administração da COPASA MG utiliza-se de

estimativas e julgamento para os registros contábeis. Embora a Administração da COPASA MG

acredite que os julgamentos e estimativas sejam razoáveis, a liquidação das transações envolvendo

essas estimativas poderá resultar em valores diferentes dos estimados, em razão de imprecisões

inerentes ao processo de sua determinação. Neste sentido, as principais práticas contábeis são aquelas

que têm relevância para retratar a condição financeira e resultados, e cuja determinação da

Administração da COPASA MG é mais difícil, subjetiva e complexa, exigindo, dessa forma,

estimativas sobre assuntos que são inerentemente incertos. Na medida em que o número de variáveis e

premissas afetando o resultado de tais assuntos incertos e futuros aumentam, tais determinações tornam-

se ainda mais subjetivas e complexas. Sendo assim, seguem abaixo breves informações relativas às

principais práticas contábeis.

Impostos Diferidos

Os ativos e passivos fiscais diferidos são reconhecidos com base nas diferenças temporárias entre os

valores contabilizados nas demonstrações contábeis e a base fiscal desses ativos e passivos. Os ativos

fiscais diferidos representam os créditos fiscais sobre as provisões dedutíveis no futuro.

A COPASA MG prepara um estudo sobre o lucro tributável futuro esperado descontado a valor

presente, com base em seu orçamento, plano de negócios e determinadas estimativas, de forma a

demonstrar sua capacidade de utilizar o crédito em um prazo não superior a dez anos.

Provisão para Devedores Duvidosos

A provisão para devedores duvidosos é constituída em montante considerada suficiente para cobrir

prejuízos na realização das contas a receber de clientes em caso de não recebimento. A política da

COPASA MG para a constituição da provisão para devedores duvidosos é a seguinte:

Cada categoria de cliente é analisada separadamente, com base no perfil de recebimento, considerando-

se o histórico de pagamento. Esse processo exige que sejam feitas estimativas, julgamentos e deduções,

os quais a COPASA MG acredita sejam razoáveis, de acordo com as informações disponíveis; e a

COPASA MG registra provisões para créditos de liquidação duvidosa para os saldos a receber

superiores a R$ 5 mil e em mora há mais de 360 dias e para os saldos a receber superiores a R$ 30 mil e

em mora há mais de 360 dias em relação aos quais já iniciou procedimento de cobrança judicial. Os

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Formulário de Referência 2010

valores são assim calculados e ajustados quando estão em excesso ou são insuficientes, com base em

análise dos recebimentos e na recuperação prevista para diversas categorias de clientes. As contas a

receber inferiores a R$ 5 mil e em mora há mais de 180 dias são baixadas como débito direto no

resultado.

Valor Justo dos Instrumentos Financeiros

De acordo com o CPC 14, os Diretores estimam o valor justo dos instrumentos financeiros, usando

informações disponíveis no mercado e apropriadas metodologias de estimativa. Entretanto, faz-se

necessário um julgamento considerável para interpretar dados de mercado no desenvolvimento de

estimativas sobre o valor justo. Assim, as estimativas apresentadas não indicam necessariamente os

valores que poderiam ser realizados no câmbio do atual mercado. O uso de diferentes premissas de

mercado e/ou metodologias de avaliação pode ter um efeito relevante sobre os valores justos estimados.

Amortizações e depreciações

Em decorrência da convergência para o IFRS, os ativos relacionados às concessões passaram a ser

reconhecidos no balanço patrimonial como um ativo intangível, representando o direito de explorar os

serviços públicos, cobrar dos usuários pelo serviço prestado, ou um ativo financeiro, representando o

direito incondicional de receber caixa pela construção dos ativos da infraestrutura, seja diretamente do

poder concedente ou por quem ele indicar e com isso, forma realizadas classificações e ajustes materiais

nas demonstrações financeiras da Companhia.

Assim, os ativos direta e indiretamente vinculados às concessões foram bifurcados em ativo financeiro

e ativo intangível, seguindo os critérios descritos na norma, sendo que os ativos reconhecidos como

ativos financeiros estão registrados pelo valor presente do direito e são calculados com base no valor

líquido dos ativos construídos pertencentes à infra-estrutura e não são objetos de amortização.

Por outro lado, os ativos reconhecidos como ativos intangíveis, serão amortizados ao longo da

concessão. A amortização desses ativos é iniciada quando tais ativos estiverem disponíveis para uso, em

seu local e na condição necessária para que seja capaz de operar da forma pretendida pela Companhia.

Essa amortização reflete o padrão em que se espera que os benefícios econômicos futuros do ativo

sejam consumidos pela Companhia, ou o prazo final da concessão, o que ocorrer primeiro. O padrão de

consumo dos ativos tem relação com sua vida útil econômica nas quais os ativos construídos pela

Companhia integram a base de cálculo para mensuração da tarifa de prestação dos serviços de

concessão.

A amortização do ativo intangível é cessada quando o ativo tiver sido totalmente consumido ou

baixado, deixando de integrar a base de cálculo da tarifa de prestação de serviços de concessão, o que

ocorrer primeiro.

Com as mudanças contábeis, apenas os ativos que não possuem vinculação com as concessões de

serviços públicos como os bens de uso geral, veículos e as edificações da Companhia serão

contabilizados como imobilizado, e consequentemente serão objetos de depreciação.

A COPASA MG entende que as estimativas feitas em relação à vida útil de cada ativo são realizadas

por cálculos criteriosos, sendo que a utilização de diferentes critérios ou mudanças futuras de tais

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Formulário de Referência 2010

cálculos pode vir a afetar a vida útil desses ativos e consequentemente, a ocorrência de um impacto

significante nos resultados de operações futuras.

Contingências

A COPASA MG é parte em uma série de ações judiciais decorrentes do curso normal dos negócios,

incluindo processos de natureza cível, trabalhista, ambiental, tributária e outros. Os Diretores entendem

que a Companhia constituiu provisões para processos legais a valores considerados, pelos seus

assessores jurídicos e sua Administração, como sendo suficientes para cobrir perdas prováveis. Por se

tratar de uma estimativa, as perdas efetivas realizadas em períodos futuros poderão divergir

consideravelmente do montante provisionado.

Passivos atuariais de fundos de pensão

Fornecemos a nossos empregados um plano de previdência complementar de benefício definido, por

meio da PREVIMINAS, o qual garante suplementação da aposentadoria por invalidez, idade, ou tempo

de serviço, do pecúlio por aposentadoria especial e morte, do auxílio-doença, da pensão e do auxílio

reclusão e abono anual, nos termos das condições estabelecidas no correspondente regulamento. Em

contrapartida, somos responsáveis por pagar à PREVIMINAS uma contribuição mensal equivalente à

contribuição dos empregados e dirigentes.

Em 31 de dezembro de 2009, faziam parte do nosso plano de previdência Em dezembro de 2009 esse

plano possuía 10.656 participantes ativos e 2.520 assistidos.

Em função de fatores diversos, a PREVIMINAS não pode garantir que manterá uma situação

superavitária do plano de previdência complementar de benefício definido, o que poderá aumentar o

valor de nossas contribuições, afetando.

10.6. Com relação aos controles internos adotados para assegurar a elaboração de

demonstrações financeiras confiáveis, os diretores devem comentar:

a. grau de eficiência de tais controles, indicando eventuais imperfeições e providências adotadas

para corrigi-las

Os controles internos adotados pela companhia são por nós considerados adequados e não contém

imperfeições. Constatadas, eventualmente, falhas ou oportunidades de melhorias, as providências são

tomadas no sentido de aperfeiçoar o sistema de controle. Os principais controles são integrados e

contemplados no Sistema de Gestão Corporativa SAP, a exceção do controle comercial cuja

incorporação ao SAP está sendo providenciada pela Companhia.

O Sistema SAP tem como objetivo integrar as operações da empresa permitido o monitoramento e

controle dos processos, mediante a automação de várias funções administrativas, gerando assim,

informações integradas em um único banco de dados que oferece maior confiabilidade para as

Demonstrações Financeiras.

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155

Formulário de Referência 2010

b. deficiências e recomendações sobre os controles internos presentes no relatório do auditor

independente

Os controles internos são regularmente avaliados pela Auditoria Interna da Companhia e pelos

Auditores Externos, que emitem periodicamente os relatórios contendo as falhas e as oportunidades de

melhorias identificadas.

Para as eventuais falhas de controle identificadas são elaboradas ações para correção e não temos

conhecimento de falhas relevantes que possam comprometer a fidedignidade das demonstrações

financeiras sendo emitido parecer sem ressalvas pelos Auditores Externos nos últimos exercícios.

10.7. Caso o emissor tenha feito oferta pública de distribuição de valores mobiliários, os

diretores devem comentar

a. como os recursos resultantes da oferta foram utilizados

Não aplicável.

b. se houve desvios relevantes entre a aplicação efetiva dos recursos e as propostas de aplicação

divulgadas nos prospectos da respectiva distribuição

Não aplicável.

c. caso tenha havido desvios, as razões para tais desvios

Não aplicável.

10.8. Os diretores devem descrever os itens relevantes não evidenciados nas demonstrações

financeiras do emissor, indicando

a. os ativos e passivos detidos pelo emissor, direta ou indiretamente, que não aparecem no seu

balanço patrimonial (off-balance sheet items), tais como:

i arrendamentos mercantis operacionais, ativos e passivos

ii carteiras de recebíveis baixadas sobre as quais a entidade mantenha riscos e

responsabilidades, indicando respectivos passivos

iii contratos de futura compra e venda de produtos ou serviços

iv contratos de construção não terminada

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Formulário de Referência 2010

v contratos de recebimentos futuros de financiamentos

Todas as operações estão registradas nas Demonstrações Financeiras, ou apresentadas nas Notas

Explicativas.

b. outros itens não evidenciados nas demonstrações financeiras

Não aplicável.

10.9. Em relação a cada um dos itens não evidenciados nas demonstrações financeiras

indicados no item 10.8, os diretores devem comentar:

a. como tais itens alteram ou poderão vir a alterar as receitas, as despesas, o resultado

operacional, as despesas financeiras ou outros itens das demonstrações financeiras do emissor

b. natureza e o propósito da operação

c. natureza e montante das obrigações assumidas e dos direitos gerados em favor do emissor em

decorrência da operação

Todas as operações estão registradas nas Demonstrações Financeiras, ou apresentadas nas Notas

Explicativas.

10.10. Os diretores devem indicar e comentar os principais elementos do plano de negócios do

emissor, explorando especificamente os seguintes tópicos:

a. investimentos, incluindo:

i descrição quantitativa e qualitativa dos investimentos em andamento e dos

investimentos previstos

Os investimentos realizados pela controladora em 2009 totalizaram R$ 1.032,3 milhões. Desse total, R$

516,1 milhões foram investidos em sistemas de abastecimento de água, R$ 495,0 milhões foram

destinados aos sistemas de coleta e tratamento de esgotos e os R$ 21,2 milhões restantes foram

investidos em programas de melhoria operacional, desenvolvimento empresarial, bens de uso geral e

outros. As principais fontes de recursos utilizadas para realizar os investimentos em 2009 foram:

recursos próprios, onde se incluem os recursos obtidos da oferta inicial de ações (Initial Public Offering

– IPO) concluída em março de 2006, e empréstimos obtidos junto à Caixa Econômica Federal e ao

BNDES.

Com relação aos investimentos nos sistemas de abastecimento de água destacam-se os destinados à

ampliação da capacidade de atendimento do Sistema Integrado Metropolitano da Região Metropolitana

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Formulário de Referência 2010

de Belo Horizonte - RMBH e à expansão da capacidade de atendimento dos sistemas de abastecimento

de água de diversas cidades do interior, tais como: Montes Claros, Três Corações, Araxá e Teófilo

Otoni, dentre outras.

Já em relação aos Sistemas de Esgotamento Sanitário, os investimentos foram destinados

principalmente às ampliações dos Sistemas de Contagem, Betim, Diamantina, Lavras e Montes Claros,

à implantação dos Sistemas de Alfenas e Pedro Leopoldo, à implantação da Estação de Tratamento de

Esgotos de Montes Claros e à ampliação do tratamento secundário da ETE Onça na RMBH.

As projeções dos investimentos para 2010 estão apresentadas no quadro abaixo:

(R$ milhões) 2010

Sistemas de Abastecimento de Água 502,2

Sistemas de Esgotamento Sanitário 412,5

Outros 35,3

Total 950,0

Nossos projetos para novas concessões devem considerar uma taxa interna de retorno – TIR, conforme

o estudo de viabilidade econômico-financeira, superior a 12% (doze por cento), passando pela

aprovação da Diretoria Executiva. Caso a TIR seja inferior a 12% (doze por cento), a aprovação será

discutida no âmbito do Conselho de Administração.

ii. fontes de financiamento dos investimentos

Os investimentos são financiados com recursos do BNDES, CEF/FGTS e provenientes do IPO

realizado em fevereiro de 2006, e da receita direta da venda dos serviços de água e de esgotamento

sanitário, conforme mencionado no item 10.1.a.

iii. desinvestimentos relevantes em andamento e desinvestimentos previstos

A COPASA MG não planeja desinvestimentos relevantes.

b. desde que já divulgada, indicar a aquisição de plantas, equipamentos, patentes ou outros ativos

que devam influenciar materialmente a capacidade produtiva do emissor

A COPASA MG, desde 2005, vem desenvolvendo um plano de expansão de mercado, seguindo

prioridades de negociação de novas concessões para prestação dos serviços de abastecimento de água e

de esgotamento sanitário que atendem ao porte dos municípios e às possibilidades de se aumentar os

ganhos de escala e de escopo. De 2008 a 2010, foram obtidas 15 novas concessões de esgotamento

sanitário e 01 de abastecimento de água e ainda, renovadas 06 concessões de tratamento de esgoto e 35

de abastecimento de água, o que ampliou a capacidade produtiva da COPASA MG.

A criação da subsidiária COPANOR, para prestação de serviços de saneamento básico na região norte

do Estado de Minas Gerais, não representou, neste primeiro momento, ampliação da capacidade

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Formulário de Referência 2010

produtiva, pois muitos dos ativos foram transferidos da COPASA MG. Ao atingir a operação de todas

as localidades previstas haverá aumento da capacidade de produção.

As outras duas subsidiárias – COPASA MG - Águas Minerais de Minas S/A e COPASA MG Serviços

de Irrigação S/A - e participação acionária na Sociedade de Propósito Específico de Jeceaba, não

influenciam a capacidade produtiva em termos do principal negócio da COPASA MG.

c. novos produtos e serviços, indicando:

i. descrição das pesquisas em andamento já divulgadas

Programa Integrado de Redução de Perdas de Água e de Custos de Energia Elétrica, com

ações que visam o aumento da eficiência energética e operacional dos sistemas,

otimizando assim os recursos aplicados.

Sistema de Atendimento Integrado – SATI, que visa obter ganhos de produtividade,

redução das perdas de água na distribuição, elevação da qualidade dos serviços prestados

e assegurar a satisfação dos clientes por meio de melhorias nos processos e das técnicas

de execução dos serviços.

Associado a este programa, foi implantado em 2009, o sistema de rádios digitais para

comunicação e monitoramento das equipes de manutenção de redes. Este sistema

permite além da comunicação entre as equipes em campo com a central de controle do

Distrito, a troca de mensagens de texto entre eles e o monitoramento remoto da posição

das equipes na área do distrito.

Sistema de Gerenciamento da Manutenção Eletromecânica – SIGMA, que vem

reestruturando e informatizando as áreas de manutenção de equipamentos operacionais e

que atualmente está inserido no Sistema Integrado de Gestão - SAP, que entrou em

operação em outubro de 2006.

ii montantes totais gastos pelo emissor em pesquisas para desenvolvimento de novos

produtos ou serviços

O investimento em P&D da Companhia, ainda que expressivo, tem retorno de longo prazo, e, portanto,

não afeta de maneira significativa os resultados da empresa. Em 2009, foram investidos em pesquisa,

Desenvolvimento e Inovação Tecnológica R$ 6,9 milhões.

iii projetos em desenvolvimento já divulgados

A empresa adquiriu, recentemente, uma participação na Sociedade de Propósito Específico - SPE

constituída pelas empresas Odebrecht Engenharia Ambiental S/A e Lumina Resíduos Industriais S/A.,

com ações representativas de 15,5% do capital, aportando R$ 21.800.000,00 no capital social. Os

investimentos a serem realizados pela SPE são para a implementação de projeto na modalidade de

DBOT, visando o design, construção, operação e transferência de sistemas de utilities, isto é, sistema de

energia elétrica, água, efluentes e resíduos para a usina siderúrgica de Jeceaba, de propriedade da

Vallourec e Sumitomo Tubos do Brasil LTDA, localizada no município de Jeceaba-MG.

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Formulário de Referência 2010

iv montantes totais gastos pelo emissor no desenvolvimento de novos produtos ou serviços

A Companhia pretende investir R$ 200 milhões no ano de 2010 em novas concessões, alinhando seu

Programa de Investimentos ao seu Planejamento Estratégico e ao Plano de Expansão de Mercado, na

implantação de sistemas de abastecimento de água e/ou de esgotamento sanitário em municípios no

âmbito do Estado de Minas Gerais, onde ainda não detém as concessões desses serviços. Para fazer face

a esses investimentos a COPASA MG conta os recursos provenientes do IPO de 2006.

10.11. Comentar sobre outros fatores que influenciaram de maneira relevante o desempenho

operacional e que não tenham sido identificados ou comentados nos demais itens desta

seção

As tarifas da Companhia não foram reajustadas no período de março de 2008 a fevereiro de 2010, o que

prejudicou significativamente seu desempenho operacional. O crescimento de receita obtido foi

resultado da expansão de mercado com a obtenção de novas concessões e com o crescimento do

atendimento nas localidades já operadas, possível pelo expressivo Programa de Investimentos realizado

no período. As elevações dos custos operacionais, por sua vez, sofreram os efeitos inflacionários do

período e também aumentos de quantidade, em função da expansão de mercado mencionada, não sendo

repassadas para a tarifa.

Em fevereiro de 2010, a ARSAE MG autorizou o reajuste das tarifas a partir de março de 2010, aquém

do percentual esperado.

A Companhia está divulgando as primeiras demonstrações financeiras consolidadas da Companhia

elaboradas de acordo com o Padrão Internacional de Relatórios Financeiros (IFRS) para os exercícios

de 2009 e 2008. Os resultados da Companhia contemplam todos os Pronunciamentos do Comitê de

Pronunciamentos Contábeis – CPCs aprovados até 31 de dezembro de 2009, que conjugados com o

reconhecimento de erro nas Demonstrações Financeiras de 2008, produziram alguns efeitos nos

resultados da Companhia, dentre os mais importantes, podemos destacar:

CPC 23 Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro - As demonstrações

financeiras encerradas em 31 de dezembro de 2008, publicadas originalmente em 28 de março de 2009,

foram ajustadas, após a sua publicação, para refletir erro identificado pela Companhia na avaliação de

provisão para contingências relativas ao Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN em

Belo Horizonte. Após a identificação do erro, a Companhia iniciou processo de negociação com o

Município de Belo Horizonte, que resultou em acordo entre as partes com redução de multa e juros e

parcelamento da dívida.

Os ajustes resultaram no aumento do passivo não circulante no valor de R$ 216,7 milhões e aumento no

imposto de renda e contribuição social diferido (Ativo) de R$ 69,3 milhões, correspondido por uma

redução no lucro e consequentemente no patrimônio líquido no montante de R$ 147,4 milhões na data

de 31 de dezembro de 2008. Esse ativo fiscal diferido correspondente a R$ 69,3 milhões será

recuperado nos próximos exercícios.

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160

Formulário de Referência 2010

Assim, foi aprovada pela Asssembleia Geral Extraordinária - AGE de 23 de fevereiro de 2010 a

formalização de Termos de Transação e de Compensação com o município de Belo Horizonte,

referentes ao ISSQN, IPTU, Taxas de Fiscalização e outros e créditos da Companhia, relativos a faturas

dos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário de forma que o valor desse débito da

COPASA MG de R$ 216,8 milhões fosse compensado com o valor a receber desse Município. Tal

valor encontrava-se contabilizado na conta Clientes do Ativo não Circulante e eram referentes a débitos

de faturas de serviços de água e de esgoto, emitidas até o mês de novembro de 2002, no valor de R$

216,8 milhões.

Reconhecimento do passivo atuarial de acordo com CPC 33 (correlacionado ao International

Accounting Standard - IAS 19) - O Plano de Previdência Complementar adotado pela Companhia, na

modalidade de Benefício Definido, prevê que a sua contribuição seja equivalente a dos empregados,

conforme Lei Complementar nº. 108 e 109 de 29 de maio de 2001, sendo que seu valor é determinado a

partir de estudos atuariais previamente elaborados.

Por meio do estudo atuarial, elaborado por atuário independente, a Companhia reconheceu em suas

demonstrações financeiras um passivo atuarial líquido de R$ 475,9 milhões em 2008 e R$ 498,2 em

2007. Em 2009, após novo laudo atuarial, foi feita uma reversão de R$ 20,1 milhões e o passivo atuarial

passou a ser de R$ 469,5 milhões. Esses valores representavam a diferença entre o valor presente das

obrigações da Companhia relativamente aos participantes empregados, aposentados, pensionistas e dos

ativos garantidores.

Reconhecimento da receita de construção de acordo com o IAS 11 no contexto do International

Financial Reporting Interpretations - IFRIC 12 – Trata de contratos de construção definindo critérios

para o reconhecimento da receitas de construção. Considerando-se a atuação da COPASA MG em

concessões públicas, a receita de construção corresponderá ao custo dos investimentos em infra-

estrutura, acrescido da margem de lucro estabelecida pelas referidas Concessionárias.

Cálculo da margem de lucro: A rentabilidade adotada pela Companhia é de 12% e com base nos

estudos realizados, foi identificada a margem de lucro repassada aos fornecedores de serviços e

materiais com o objetivo do reconhecimento da margem líquida a ser aplicada sobre os custos

incorridos na construção da infra-estrutura vinculada à concessão dos serviços de fornecimento de água

e de esgotamento sanitário, como apresentado abaixo:

a.1) Custos de contratações de obras, projetos e fiscalização: 12,00% - 10,96% = 1,04%

Em estudo realizado pela COPASA MG, foi identificada a margem média de lucro de 10,96% existente

nas contratações de obras, projetos e fiscalização, a qual foi auferida pelas empreiteiras de obras,

projetos e fiscalização pertencentes ao cadastro de fornecedores de serviços nos anos de 2008 e 2009.

a.2) Custos de materiais para Obras: 12,00% - 8,00% = 4,00%

Nas contratações de materiais para obras é estabelecida a margem de lucro de 8,00% na composição da

taxa de administração das empreiteiras (BDI).

a.3) Custos das Divisões de Expansão: 12,00%

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161

Formulário de Referência 2010

A COPASA MG possui unidades regionais responsáveis pela supervisão e acompanhamento técnico de

contratos de obras em execução no âmbito da sua área de atuação. Os custos dessas unidades são

alocados ao custo da infra-estrutura em construção por meio de rateio proporcional ao custo realizado

em cada contrato.

a.4) Custos de Juros capitalizáveis: 12,00%

Os juros capitalizáveis são representados pelos juros incorridos em financiamentos para construção de

ativos vinculados às concessões. A COPASA MG reconheceu como margem de lucro sobre os custos

de juros capitalizados a margem estabelecida em seu estatuto social. Esse reconhecimento se

fundamenta pela não identificação de repasse de margem aos agentes financeiros. Abaixo quadro

resumo das Receitas e Despesas de construção:

Receitas e Despesas de construção - R$/mil

Custo das

Aquisições Margem de Lucro

Receita de

Construção

27.350,20 12,00% 3.282,02 30.632,22

74.883,87 12,00% 8.986,06 83.869,94

134.514,81 4,00% 5.380,59 139.895,40

43.107,61 4,00% 1.724,30 44.831,92

701.204,40 1,04% 7.292,53 708.496,93

176,81 1,04% 1,84 178,65

2.052,99 12,00% 246,36 2.299,35

58.199,00 0,00% 0,00 58.199,00

1.041.489,69 26.913,71 1.068.403,41

Crédito-prêmio IPI

A Companhia adquiriu de terceiros em 2001, com deságio de 15%, o valor de R$ 65,8 milhões em

créditos-prêmio de IPI que foram utilizados para compensação de débitos tributários próprios. O

Superior Tribunal de Justiça – STJ vinha reconhecendo, até recentemente, o direito do crédito-prêmio

de IPI. Contudo, houve recente modificação na jurisprudência desse órgão, que passou a concluir pela

tese de que, por se tratar de incentivo de natureza setorial, a validade desses créditos encerrou em

05/10/1990. Nossos consultores legais internos classificam a possibilidade de perda envolvendo esse

assunto como provável.

No entanto, a Companhia decidiu quitar essa contingência, sendo que em 27 de novembro de 2009, o

Conselho de Administração aprovou a adesão ao Processo de Parcelamento de Débito Fiscal instituído

pela Medida Provisória MP 470/09, relativo à contingênc ia total do crédito-prêmio de IPI.

A Companhia havia provisionado, em exercícios anteriores, R$ 70,3 milhões para essa finalidade. Com

a adesão da Companhia ao parcelamento do débito, a totalidade dos créditos foi atualizada e os valores

contabilizados perfizeram R$ 157,2 milhões. A seguir, por conta da adesão ao parcelamento fiscal, tal

valor reduziu-se para R$ 65,4 milhões, que representa o valor efetivamente a ser pago pela Companhia.

Como já tinha provisionado o montante de R$ 70,3 milhões, houve necessidade de realizar um

provisionamento adicional de R$ 86,9 milhões, e em seguida, houve um estorno de R$ 91,8 milhões.

Assim, com a adesão, o impacto “líquido” positivo no resultado foi de R$ 5,0 milhões, que representa a

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162

Formulário de Referência 2010

diferença entre o total provisionado e o valor efetivamente parcelado. O valor será pago em 12 parcelas

mensais consecutivas, atualizada pela SELIC, sendo que a primeira parcela venceu em 30 de novembro

de 2009.

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163

Formulário de Referência 2010

11. Projeções

A divulgação de projeções e estimativas é facultativa. Caso o emissor tenha divulgado projeções e

estimativas, elas devem ser incluídas na presente seção.

11.1. As projeções devem identificar:

a) objeto da projeção

b) período projetado e o prazo de validade da projeção

c) premissas da projeção, com a indicação de quais podem ser influenciadas pela

administração do emissor e quais escapam ao seu controle

d) valores dos indicadores que são objeto da previsão

Projeção de investimentos

2007 2008 2009

R$ Milhões Previsto Realizado Previsto Realizado Previsto Realizado

Água 349 368 326 397 339 516

Esgoto 629 433 644 383 674 495

Outros 22 37 30 25 32 21

Total 1.000 838 1.000 805 1.045 1.032

Como houve atraso nos cronogramas de 2007, os valores não cumpridos nesse ano foram acrescidos ao

ano de 2008 e 2009.

As projeções dos investimentos para 2010 estão apresentadas no quadro abaixo:

Investimentos (R$ milhões) 2010

Sistemas de Abastecimento de Água 502,2

Sistema de Esgotamento Sanitário 412,5

Outros 35,3

Total 950,0

As projeções apresentadas referentes aos investimentos foram baseadas em cronogramas de

empreendimentos previstos pelas unidades gerenciadoras de obras da empresa. Impedimentos no

desenvolvimento das obras podem incorrer em desvios nas previsões apresentadas.

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164

Formulário de Referência 2010

11.2. Na hipótese de o emissor ter divulgado, durante os 3 últimos exercícios sociais, projeções

sobre a evolução de seus indicadores:

a. informar quais estão sendo substituídas por novas projeções incluídas no formulário

e quais delas estão sendo repetidas no formulário

O Planejamento Estratégico da Companhia encontra-se em fase de revisão, quando então serão

propostas e apresentadas as principais metas estratégicas da empresa. Até lá, ficam valendo as metas

que vêm sendo divulgadas pelo mercado.

b. quanto às projeções relativas a períodos já transcorridos, comparar os dados

projetados com o efetivo desempenho dos indicadores, indicando com clareza as razões

que levaram a desvios nas projeções

Metas 2010 Situação 1T10

Atendimento água 100% 98%

Atendimento esgoto 95% 83%

Novas concessões esgoto (Municípios > 15 mil hab.) 51 16

Novas concessões esgoto (Municípios < 15 mil hab.) 108 9

Novas concessões água e esgoto (Municípios > 15 mil hab.) 33 2

Margem EBITDA 42,0% 41,3%

O Planejamento Estratégico da Companhia, desde que implantado em 2003, vem sofrendo revisões e

ajustes periódicos, tendo em vista as acomodações do mercado internacional e suas implicações

macroeconômicas, as acomodações do mercado interno e do mercado de saneamento. O Plano

Estratégico da COPASA MG tem suas metas estratégicas fixadas para o ano de 2010 e, portanto, após a

uma avaliação do seu sucesso, nesse momento é prematura.

c. quanto às projeções relativas a períodos ainda em curso, informar se as projeções

permanecem válidas na data de entrega do formulário e, quando for o caso, explicar por

que elas foram abandonadas ou substituídas

Como mencionado em itens anteriores, o Planejamento Estratégico da Companhia ainda está vigente,

apesar de estar em fase de revisão periódica. Portanto todas as metas para 2010 estão mantidas.

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165

Formulário de Referência 2010

12. Assembleia Geral e administração

12.1. descrever a estrutura administrativa do emissor, conforme estabelecido no seu estatuto

social e regimento interno, identificando:

a. atribuições de cada órgão e comitê.

Assembleia dos Acionistas: Instância máxima da decisão e tem como atribuições: deliberar sobre os

resultados, deliberar sobre a destinação do lucro líquido do exercício e a distribuição de dividendos,

eleger os membros do Conselho de Administração e Conselho Fiscal da Companhia, fixar a

remuneração dos Diretores e Conselheiros, deliberar sobre doação e subvenções a entidades

beneficentes e outros assuntos previstos no Estatuto Social conforme limite de alçada.

Conselho de Administração - CA: O CA será composto por no mínimo 05 (cinco) e no máximo 09

(nove) membros, acionistas, com mandatos de um ano, permitida a reeleição, e com pelo menos, 20%

de conselheiros independentes, de acordo com as regras do Novo Mercado. Na eleição ocorrida em 27

de abril de 2010, do total dos nove membros, quatro são independentes e um deles foi eleito pelos

acionistas minoritários, com as atribuições estabelecidas no Artigo 21 do Estatuto Social da

Companhia. Seu funcionamento é de uma reunião por mês.

Conselho Fiscal - CF: O CF da Companhia funcionará e será composto por no mínimo três e no

máximo cinco membros efetivos e igual número de suplentes, acionistas ou não, com mandatos de um

ano. Na eleição ocorrida em 27 de abril de 2010 foram eleitos cinco membros efetivos e quatro

suplentes, sendo que um membro e seu respectivo suplente foram eleitos pelos acionistas minoritários.

Seu funcionamento é de uma reunião por ano para tomarem conhecimento dos assuntos da Companhia

e opinarem sobre as atribuições conferidas por lei.

Diretoria Executiva: Composta por nove membros, acionistas ou não, residentes no país, com mandato

unificado de três anos, eleitos pelo CA, permitida a reeleição, sendo um deles designado Diretor

Presidente e outro Diretor Vice-Presidente. As atribuições da Diretoria estão previstas no Artigo 21 do

Estatuto Social da Companhia. Na reunião do Conselho de Administração realizada no dia 30 de abril

de 2010, os membros da Diretoria Executiva foram reconduzidos ao cargo, sendo que o cargo de

Diretor de Operação Sudoeste ficará vago, até a designação do seu titular pelo Conselho de

Administração.

b. data de instalação do conselho fiscal, se este não for permanente, e de criação dos

comitês.

O Conselho Fiscal tem funcionamento permanente e a Companhia ainda não tem Comitê de Auditoria.

c. mecanismos de avaliação de desempenho de cada órgão ou comitê.

Não há política de avaliação formal, sem prejuízo da avaliação contínua.

d. em relação aos membros da diretoria, suas atribuições e poderes individuais.

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166

Formulário de Referência 2010

A Diretoria Executiva é Composta por Diretor Presidente, Diretor Vice-Presidente, Diretor Financeiro e

de Relações com Investidores, Diretor de Planejamento e Gestão de Empreendimentos, Diretor de

Gestão Corporativa, Diretor de Meio Ambiente e de Novos Negócios, Diretor de Operação Sudoeste,

Diretor de Operação Norte e Diretor de Operação Metropolitana.

Compete ao Diretor Presidente:

a. convocar e presidir as reuniões da Diretoria Executiva;

b. exercer a direção da sociedade, diligenciando para que sejam fielmente observadas as

deliberações e as diretrizes do Conselho de Administração e da Assembleia Geral;

c. coordenar o planejamento global da Companhia, inclusive a elaboração dos planos de

negócios e orçamentos anuais e os planos plurianuais, operacionais e de investimento da

Companhia a serem submetidos ao Conselho de Administração, e dirigir os trabalhos da

Companhia;

d. definir as diretrizes básicas de provimento e administração de pessoal da Companhia;

e. elaborar o plano de organização da Companhia e emitir as normas correspondentes;

f. propor ao Conselho de Administração a criação, fixação de vencimentos e a extinção de

novo cargo ou função;

g. prover pessoal adequado às necessidades da Companhia dentro das disponibilidades

orçamentárias existentes;

h. conferir outras atribuições aos Diretores no interesse da Companhia, observado o

disposto neste Estatuto e nas deliberações do Conselho de Administração a este respeito; e

i. todos os demais atos necessários ou convenientes, ressalvados aqueles para os quais

seja pelo presente Estatuto atribuída a competência à Diretoria Executiva.

Parágrafo Primeiro - Compete ao Diretor Vice-Presidente auxiliar o Diretor Presidente em suas funções,

na gestão da Companhia.

Compete a cada Diretor:

a. executar as atribuições relativas à sua área de atuação, responsabilizando-se pelo

cumprimento das deliberações e das diretrizes do Conselho de Administração e da Assembleia

Geral;

b. participar das reuniões da Diretoria Executiva, concorrendo para a definição das políticas a

serem seguidas pela sociedade e relatando os assuntos da sua respectiva área de atuação;

c. outras atribuições que lhes forem determinadas pelo Diretor Presidente.

Parágrafo Primeiro - Os Diretores, além dos deveres e responsabilidades próprios, serão gestores nas

áreas que lhes forem atribuídas pelo Conselho de Administração.

Parágrafo Segundo - Ao Diretor Financeiro e de Relações com os Investidores compete,

adicionalmente, responsabilizar-se pela prestação de informações ao público investidor, à Comissão de

Valores Mobiliários – CVM e às Bolsas de Valores ou mercados de balcão, nacionais e internacionais,

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167

Formulário de Referência 2010

bem como às entidades de regulação e fiscalização correspondentes, e manter atualizados os registros

da Companhia nessas instituições.

e. mecanismos de avaliação de desempenho dos membros do conselho de

administração, dos comitês e da diretoria.

Não há política de avaliação formal, sem prejuízo da avaliação contínua.

12.2. Descrever as regras, políticas e práticas relativas às assembleias gerais, indicando:

a. prazos de convocação.

Por ser uma companhia aberta, a COPASA MG respeita o prazo legal de 15 (quinze) dias.

b. competências.

A convocação da Assembleia Geral compete ao Conselho de Administração e, também, ao Conselho

Fiscal, nos casos da lei, a qualquer acionista, quando os administradores retardarem, por mais de 60 dias

a convocação nos casos previstos em lei ou no Estatuto Social, ou ainda, a acionistas detentores de, no

mínimo, 5% (cinco por cento) do capital social da Companhia, nos casos da lei.

c. endereços (físico ou eletrônico) nos quais os documentos relativos à assembleia geral

estarão à disposição dos acionistas para análise.

Endereço físico: Sede da Empresa localizada na Rua Mar de Espanha, 525, 3º andar, bairro Santo

Antônio, em Belo Horizonte/MG – CEP 30330-270.

Endereço eletrônico: www.copasa.com.br/ri - [email protected]

d. identificação e administração de conflitos de interesses

Não há política formal, sem prejuízo da avaliação contínua.

e. solicitação de procurações pela administração para o exercício do direito de voto

A Companhia solicita o depósito prévio dos documentos mencionados no anúncio de convocação,

porém o acionista que comparecer à assembleia munido dos documentos exigidos, apresentando

identidade e procuração, no caso de representar algum acionista, pode participar e votar, ainda que

tenha deixado de depositá-los previamente.

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168

Formulário de Referência 2010

f. formalidades necessárias para aceitação de instrumentos de procuração outorgados

por acionistas, indicando se o emissor admite procurações outorgadas por acionistas

por meio eletrônico.

Conforme resposta do item anterior.

g. manutenção de fóruns e páginas na rede mundial de computadores destinados a

receber e compartilhar comentários dos acionistas sobre as pautas das assembleias.

Não há.

h. transmissão ao vivo do vídeo e/ou do áudio das assembleias.

Não há.

i. mecanismos destinados a permitir a inclusão, na ordem do dia, de propostas

formuladas por acionistas.

Não há.

12.3. Em forma de tabela, informar as datas e jornais de publicação:

a. do aviso aos acionistas comunicando a disponibilização das demonstrações

financeiras.

A Companhia publicou suas demonstrações financeiras dos três últimos exercícios com antecedência

mínima de um mês da AGO, e conforme lei das S/As, a publicação do mencionado aviso torna-se

desnecessária.

b. convocação da Assembleia Geral Ordinária que apreciou as demonstrações financeiras.

Exercício findo em data de publicação Jornais publicados

2009 10, 12, 13 e 14 de abril de 2010 Estado de Minas

Valor Econômico

Diário Oficial de Minas Gerais

2008 09, 10,11, 12, 13 e 14 de abril de 2009

2007 08, 09 e 10 de abril de 2008

c) Assembleia Geral Ordinária que apreciou as demonstrações financeiras.

Exercício findo em data de realização Jornais publicados

2009 27 de abril de 2010 Estado de Minas

Valor Econômico

Diário Oficial de Minas Gerais

2008 28 de abril de 2009

2007 24 de abril de 2008

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169

Formulário de Referência 2010

d. das demonstrações financeiras

Exercício findo em data de publicação Jornais publicados

2009 27 de março de 2010 Estado de Minas

Valor Econômico

Diário Oficial de Minas Gerais

2008 28 de março de 2009

2007 24 de março de 2008

12.4. Descrever as regras, políticas e práticas relativas ao conselho de administração,

indicando:

a. frequência das reuniões.

O Conselho de Administração reúne-se, ordinariamente, mensalmente, de acordo com o calendário

previamente aprovado e extraordinariamente, sempre que necessário.

b. se existirem, as disposições do acordo de acionistas que estabeleçam restrição ou

vinculação ao exercício do direito de voto de membros do conselho.

Não há.

c. regras de identificação e administração de conflitos de interesses.

Não há política formal, sem prejuízo do acompanhamento contínuo.

12.5. Se existir, descrever a cláusula compromissória inserida no estatuto para a resolução dos

conflitos entre acionistas e entre estes e o emissor por meio de arbitragem.

A Companhia, seus Acionistas, Administradores e membros do Conselho Fiscal obrigam-se a resolver,

por meio de arbitragem, toda e qualquer disputa ou controvérsia que possa surgir entre eles, desde que

não envolvam direitos indisponíveis, relacionada ou oriunda, em especial, da aplicação, validade,

eficácia, interpretação, violação e seus efeitos, das disposições contidas na Lei das S.A., no Estatuto

Social da Companhia, nas normas editadas pelo Conselho Monetário Nacional, pelo Banco Central do

Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários, bem como nas demais normas aplicáveis ao

funcionamento do mercado de capitais em geral, além daquelas constantes do Regulamento de

Listagem do Novo Mercado, do Regulamento Câmara de Arbitragem do Mercado e do Contrato de

Participação no Novo Mercado.

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170

Formulário de Referência 2010

12.6. Relação dos Membros do Conselho de Administração – CA, Conselho Fiscal – CF e Diretoria Executiva

Dados dos Membros do CA

Nome Idade

* Profissão CPF

Cargo eletivo

ocupado

Data da

eleição Data da posse

Prazo do

mandato

Cargos funções

exercidos na Cia.

Eleito pelo

controlador

Alberto Duque Portugal 63 Engenheiro

Agrônomo 021.376.661-20 Membro do CA 27/04/2010 27/04/2010 1 ano Sim

Enio Ratton Lombardi 65 Engenheiro Elétrico 008.875.956-34 Membro do CA 27/04/2010 27/04/2010 1 ano Sim

Euclides Garcia de Lima Filho 78 Médico 004.129.376-20 Membro do CA 27/04/2010 27/04/2010 1 ano Sim

Flávio José Barbosa de

Alencastro 48

Administrador de

Empresas 309.860.521-91 Membro do CA 27/04/2010 27/04/2010 1 ano Sim

João Antônio Fleury Teixeira 57 Administrador de

Empresas 158.470.046-72 Presidente do CA 27/04/2010 27/04/2010 1 ano Sim

José Carlos Carvalho 57 Engenheiro Florestal 282.735.597-34 Membro do CA 27/04/2010 27/04/2010 1 ano Sim

Ricardo Augusto Simões

Campos 55 Engenheiro Civil 236.124.106-44

Vice Presidente do

CA 27/04/2010 27/04/2010 1 ano Diretor Presidente Sim

Roberto Diniz Junqueira Neto 32 Administrador de

Empresas 284.507.998-21 Membro do CA 27/04/2010 27/04/2010 1 ano Não

Alfredo Vicente Salgado Faria 45 Graduando em

Gestão Ambiental 003.640.886-72 Membro do CA 27/04/2010 27/04/2010 1 ano Sim

*Idade em 31 de dezembro de 2009

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171

Formulário de Referência 2010

Dados dos Membros da Diretoria Executiva

Nome Idade* Profissão CPF Cargo eletivo ocupado Data da

eleição

Data da

posse

Prazo do

Mandato**

Eleito pelo

controlador

Ricardo Augusto Simões Campos 55 Engenharia Civil 236.124.106-44 Diretor Presidente 30/04/2010 30/04/2010 2013 Sim

Luiz Otávio Ziza Mota Valadares 64 Administração de

Empresas 110.627.386-91 Diretor Vice-Presidente 30/04/2010 30/04/2010 2013 Sim

Paula Vasques Bittencourt 49 Economista 815.790.717-91 Diretora Financeira e de Relações com Investidores 30/04/2010 30/04/2010 2013 Sim

Gelton Palmieri Abud 60 Engenharia Civil 157.871.416-87 Diretor de Gestão Corporativa 30/04/2010 30/04/2010 2013 Sim

Carlos Gonçalves de Oliveira Sobrinho 53 Engenharia Civil 303632336-87 Diretor de Meio Ambiente e de

Novos Negócios 30/04/2010 30/04/2010 2013 Sim

Marcos Antônio Teixeira 56 Engenharia Civil 132.536.036-87 Diretor de Planejamento e Gestão de Empreendimentos 30/04/2010 30/04/2010 2013 Sim

Juarez Amorim 54 Medicina 403.544.906-72 Diretor de Operação

Metropolitana 30/04/2010 30/04/2010 2013 Sim

Márcio Luiz Murta Kangussu 61 Direito 175.629.106-34 Diretor de Operação Norte 30/04/2010 30/04/2010 2013 Sim

*Idade em 31 de dezembro de 2009

**O mandato dos diretores terminará na data da primeira reunião do CA a ser realizada após a AGO que aprovar as contas do exercício social a ser encerrado em 31/12/2012.

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172

Formulário de Referência 2010

Dados dos Membros do CF

Nome Idade* Profissão CPF

Cargo

eletivo

ocupado

Data da

eleição

Data da

posse

Prazo

do

mandat

o

Cargos

funções

exercidos na

Cia.

Eleito

pelo

controlad

or

Ângelo Pereira Leite 60 Administrador

de Empresas 091. 503 .90 6-0 0

Membro do

CF Efetivo 27/04/2010 27/04/2010 1 ano Sim

Diogo Lisa de Figueiredo 28 Administrador de Empresas

289. 529 .14 8-9 9 Membro do CF Efetivo

27/04/2010 27/04/2010 1 ano Sim

Francisco Eduardo de Queiroz Cançado 44 Advogado 445. 427 .12 6-7 2 Membro do

CF Efetivo 27/04/2010 27/04/2010 1 ano Sim

Maron Alexandre Mattar 72 Empresário 069. 384 .18 6-9 1 Membro do

CF Efetivo 27/04/2010 27/04/2010 1 ano Sim

Paulo Elisiário Nunes 69 Sociólogo 417. 587 .90 6-4 4 Membro do

CF Efetivo 27/04/2010 27/04/2010 1 ano Sim

Eduardo de Mattos Paixão 55 Advogado 344. 598 .63 6-3 4 Membro do

CF Suplente 27/04/2010 27/04/2010 1 ano Sim

Fernando Bevilacqua e Fanchin 28 Administrador de Empresas

220. 461 .09 8-4 8 Membro do CF Suplente

27/04/2010 27/04/2010 1 ano Sim

César Raimundo da Cunha 41 Advogado 732. 701 .80 6-9 1 Membro do

CF Suplente 27/04/2010 27/04/2010 1 ano Sim

Sérgio Pessoa de Paula Castro 39 Advogado 791. 625 .09 6-9 1 Membro do

CF Suplente 27/04/2010 27/04/2010 1 ano Não

*Idade em 31 de dezembro de 2009

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173

Formulário de Referência 2010

Cargos/Funções Exercidos pelos Diretores na Companhia

Ricardo Augusto Simões Campos

Diretor Financeiro e de Relações com Investidores;

Secretário Geral da Presidência;

Superintendente de Planejamento e Controle;

Superintendente de Planejamento e Controle de Empreendimentos da Diretoria Técnica e Meio

Ambiente;

Superintendente de Desenvolvimento, P lanejamento e Controle Operacional de

Empreendimentos da Metropolitana;

Superintendente de Desenvolvimento, P lanejamento e Controle Operacional de

Empreendimentos da Diretoria Operacional e Expansão;

Superintendente de Transportes.

Paula Vasques Bittencourt

Assessora Especial da Presidência;

Gerente da Coordenadoria de Informações Gerenciais;

Gerente da Divisão de Coordenação de Planos e Programas;

Gerente da Divisão de Coordenação e Desenvolvimento Centro-Norte;

Secretaria Geral da Presidência;

Chefe de Gabinete da Presidência.

Gelton Palmieri Abud

Superintendente da Bacia do Rio das Velhas;

Superintendente de Operações da Metropolitana;

Gerente da Divisão de Operações da Metropolitana;

Superintendente de Desenvolvimento, Controle Operacional e de Empreendimentos;

Superintendente de Planejamento, Controle e Expansão

Gerente da Divisão de Obras Metropolitanas;

Gerente de Programas de Atendimento a Comunidades de Pequeno Porte;

Titular da seção de Obras Sul;

Titular da Coordenação de Obras Leste;

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174

Formulário de Referência 2010

Gerente do Distrito Oeste.

Marcos Antônio Teixeira

Diretor de Operação Metropolitana;

Superintendente de Coordenação e Apoio da Metropolitana;

Gerente da Divisão de Estudos e Custos;

Gerente da Divisão de Projetos;

Gerente da Divisão de Expansão da Metropolitana.

Carlos Gonçalves de Oliveira Sobrinho

Diretor de Operações Leste.

12.7. Fornecer as informações mencionadas no item 12.6 em relação aos membros dos comitês

estatutários, bem como dos comitês de auditoria, de risco, financeiro e de remune ração,

ainda que tais comitês ou estruturas não sejam estatutários.

Não há.

12.8. Em relação a cada um dos administradores e membros do conselho fiscal, fornecer:

a. Currículo dos Membros do Conselho de Administração

Alberto Duque Portugal

Engenheiro agrônomo formado pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, em 1968, e pós-

graduado com o título de Doutor em Sistemas Agrícolas pela University of Reading, da Inglaterra, em

1982.

Em 2007 foi nomeado Secretário Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, cargo que exerce

atualmente. Entre 2005 a 2006 foi diretor executivo do Conselho Nacional do Café. De 2004 a 2005, foi

Secretário-Adjunto de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais. Entre 2003 e

2004, foi Diretor da Agência de Inovação da Universidade Estadual de Campinas - Unicamp. De 1994 a

2003 trabalhou na da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, primeiro como Diretor

Executivo e, depois, como presidente do órgão. De 1993 a 1994 atuou como Secretário Executivo e

Ministro Interino da Agricultura, do Abastecimento e da Reforma Agrária. Em 1987 assumiu a

coordenação do Setor de Difusão de Tecnologia do Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Leite da

Embrapa e de março a setembro de1993, foi nomeado diretor executivo do referido órgão. Entre 1978 e

1987 trabalhou na Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais - EPAMIG, primeiro como

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175

Formulário de Referência 2010

pesquisador e, posteriormente, como diretor de Operações Técnicas. Foi agente de extensão rural em

Minas Gerais e Goiás entre 1969 a 1973.

Enio Ratton Lombardi

Engenheiro Eletricista formado pela Universidade Federal de São João Del Rei.

É Diretor-Presidente da empresa Sociedade Mercantil Lombardi Ltda., fundada em 1944. Em 2007 foi

eleito membro do Conselho da Administração da COPASA MG. Dentre outras funções, trabalha com

gerenciamento e supervisão de obras e com projetos e montagens/instalações industriais. De 1994 a 2004,

foi Vice-Presidente e Conselheiro da Associação Comercial e Industrial de São João Del Rei, além de

presidente do Conselho Técnico Consultivo da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, em

São João Del Rei e Tiradentes.

Euclides Garcia de Lima Filho

Médico formado em 1957 pela Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil, atual

Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ. Pós-graduado na Policlínica Geral do Rio de Janeiro na

especialidade Pediatria em 1959.

É membro do Conselho da Administração da COPASA MG desde 2005. Desde 1982 até a data de hoje,

trabalha como Médico da Clínica Infantil Sinhá Neves da Santa Casa de Misericórdia de São João Del

Rei. Entre 1997 e 1998, trabalhou como Administrador Regional do Campo das Vertentes, região que

engloba as cidades localizadas no entorno de São João Del Rei. De 1996 a 1997, foi Conselheiro

Administrativo da COPASA MG. De 1977 a 1982, ocupou o cargo de Vice-Prefeito Municipal de São

João Del Rei. No período de 1973 a 1974, foi Presidente do Athletic Club de São João Del Rei e membro

do Conselho Deliberativo deste clube. Em 1968, foi Presidente da Associação Médica de São João Del

Rei. Foi professor de Pediatria e Puericultura na Escola de Auxiliar de Enfermagem da Santa Casa de

Misericórdia de São João Del Rei. Em 1960, foi Chefe do Departamento de Pediatria da Santa Casa de

São João Del Rei. Foi médico socorrista do extinto Serviço de Assistência Médica, Domiciliar e de

Urgência e Coordenador do Setor de Perícias Médicas do antigo Instituto Nacional da Previdência Social

entre 1975 e 1982.

Flávio José Barbosa de Alencastro

Formado em Administração de Empresas pelo Centro Universitário de Brasília, em 1988.

Atualmente, exerce a função de Secretário Executivo da Comissão de Seguridade Social e Família da

Câmara dos Deputados, cargo ocupado desde 2004. É membro do Conselho da Administração da

COPASA MG desde 2005. De 2003 a 2004, foi Secretário Executivo da Comissão de Turismo e

Desporto da Câmara dos Deputados. Em 2003, foi Secretário Particular do Governador de Minas Gerais.

Foi Chefe de Gabinete da Presidência da Câmara dos Deputados entre 2001 e 2002. Fez Pós-Graduação

em Desenvolvimento Gerencial pela Universidade de Brasília em 2001. Entre 1998 e 2001, foi Chefe de

Gabinete da Liderança da Câmara dos Deputados. Foi Chefe de Assessoria de Plenário da Liderança da

Câmara dos Deputados de 1997 a 1998. De 1995 a 1997, foi Assessor de Comissões da Liderança na

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176

Formulário de Referência 2010

Câmara dos Deputados. Entre 1993 e 1995, desempenhou atividades do Departamento de Comissões da

Câmara dos Deputados. De 1982 a 1993, foi Engenheiro da Companhia Energética de Brasília.

João Antônio Fleury Teixeira

Formado em Administração em 1978 pela Associação de Ensino Unificado do Distrito Federal. Especialista em Análise de Sistemas da Informação, Organização, Sistemas e Métodos e Especialista, em 1987, e em Formação Gerencial em Nível Estratégico, em 1994, pela Escola Brasileira de Administração Pública, da Fundação Getulio Vargas.

Em 2010 foi nomeado Secretário da Secretaria Estadual de Transportes e Obras Públicas. De 2007 a 2010

foi Secretário-Adjunto da Secretaria Estadual de Transportes e Obras Públicas. É membro do Conselho da

Administração da COPASA MG desde 2006. Foi Secretário-Adjunto da Secretaria Estadual da Fazenda.

No Banco Central do Brasil ocupou os cargos de Diretor de Administração (2003 a 2006), Chefe do

Departamento de Gestão de Recursos Humanos e Organização (2002 a 2003), Consultor da Diretoria de

Administração (1999 a 2002), Delegado Regional em Minas Gerais (1997 a 1999); Delegado Adjunto

(1996 a 1997); Chefe da Divisão de Câmbio e Capitais Estrangeiros (1987 a 1996) e Gerente da Área de

Tecnologia da Informação (1984 a 1987). Foi Assistente e Coordenador Interino no Departamento de

Administração Financeira no Banco Central, em Brasília, no período de 1978 a 1982.

José Carlos Carvalho

Formado em 1974, em Engenharia Florestal, pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.

Em 2007 foi eleito membro do Conselho da Administração da COPASA MG. Em 2003, foi nomeado

Secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais, cargo no qual

permanece até hoje. De março a dezembro de 2002, exerceu o cargo de Ministro de Estado do Meio

Ambiente. De 1999 a 2002, exerceu o cargo de Secretário-Executivo do Ministério do Meio Ambiente.

De 1999 a 2002, exerceu o cargo de Secretário-Executivo do Ministério do Meio Ambiente. De 1995 a

1998, exerceu o cargo de Secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de

Minas Gerais e foi Presidente do Conselho Estadual de Recursos Hídricos do Conselho Estadual de

Política Ambiental, do Conselho de Administração e Política Florestal do Instituto Estadual de Florestas e

do Conselho Curador da Fundação Estadual do Meio Ambiente. Em 1991, retomou a Direção-Geral do

Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais, onde permaneceu até 1995. Foi, ainda, perito florestal da

Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação e Consultor Técnico de programas

financiados pelo Banco Mundial. De 1987 a 1990, atuou na administração federal, exercendo o cargo de

Secretário-Geral e Presidente do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal; Coordenador do

Programa Nossa Natureza, Diretor e Presidente Substituto do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos

Recursos Naturais Renováveis e Secretário-Executivo do Conselho Nacional do Meio Ambiente.

Ingressou no quadro técnico de servidores do Instituto Estadual de

Florestas de Minas Gerais em 1975, tendo sido, sucessivamente, Coordenador Regional, Coordenador

Estadual, Diretor Técnico e Diretor-Geral desse Instituto até 1987.

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177

Formulário de Referência 2010

Ricardo Augusto Simões Campos

Formado em Engenharia Civil pela Faculdade de Engenharia da Universidade Federal de Juiz de Fora,

com especialização em Engenharia Sanitária pela Faculdade de Engenharia da Universidade Federal de

Minas Gerais.

Funcionário de carreira da COPASA MG, onde ingressou em 10 de maio de 1977, ocupou vários cargos

no nível de gerenciamento, com destaque para os de Secretário Geral da Presidência (05/2002 a 12/2004),

Superintendente de Planejamento e Controle (12/2002 a 05/2003 cumulativamente), Superintendente de

Planejamento e Controle de Empreendimentos da Diretoria Técnica e Meio Ambiente (03/2000 a

05/2002), Superintendente de Desenvolvimento, Planejamento e Controle Operacional de

Empreendimentos da Metropolitana (02/1998 a 02/2000), Superintendente de Desenvolvimento,

Planejamento e Controle Operacional de Empreendimentos da Diretoria Operacional e Expansão

(03/1995 a 02/1998) e Superintendente de Transportes (03/1990 a 03/1992). Foi eleito para a Diretoria

Financeira e de Relações com Investidores (DRFI) em 21/12/2004, exerceu o cargo de 3 de janeiro de

2005 até 24 de setembro de 2009, quando foi eleito Diretor Presidente.

Roberto Diniz Junqueira Neto

É sócio-fundador da Bravia Capital, empresa gestora de investimentos sediada em São Paulo.

Atualmente, é membro do conselho de administração da COPASA S/A, TIG Holdings Ltd, Odontoclinic

S/A e Cell-Loc Locations Technology Inc (empresa baseada no Canadá). De 2005 a 2009, atuou na

Tarpon Investimentos S/A, passando pelas funções de analista sênior de investimentos, Diretor

Estatutário, além de Diretor Financeiro da Direcional Engenharia S/A (Cia do portfólio de Private Equity

da Tarpon). Roberto iniciou sua carreira no mercado financeiro em 1999, como trader de derivativos na

Claritas Investimentos. É formado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas –

EAESP-FGV/SP.

Alfredo Vicente Salgado Faria

Graduando em Tecnologia Gestão Ambiental na Faculdade Machado Sobrinho de Juiz de Fora.

Foi eleito membro do Conselho de Administração da COPASA MG em 2010. Em Juiz de Fora

desempenhou as seguintes funções: de 2001 a 2009, exerceu o cargo de Diretor Comercial da Empresa

Municipal de Pavimentação e Urbanização. Na Secretaria Municipal de Agropecuária e Abastecimento,

exerceu os cargos de Secretário Municipal (1999 a 2000) e Diretor de Abastecimento (1997 a 1999). Foi

Assistente Executivo na Secretaria Municipal da Fazenda, entre 1995 e 1997. Trabalhou como Gerente de

Vendas, entre 1994 e 1995, na empresa Juiz de Fora Diesel Importados, do Grupo Minas Máquinas. No

período de 1983 a 1994 trabalhou no Banco de Crédito Real de Minas Gerais, onde exerceu os cargos de

Escriturário (1983 a 1987) e Gerente Administrativo (1987 a 1994).

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178

Formulário de Referência 2010

b. Currículo dos Membros da Diretoria Executiva

Ricardo Augusto Simões Campos

Formado em Engenharia Civil pela Faculdade de Engenharia da Universidade Federal de Juiz de Fora,

com especialização em Engenharia Sanitária pela Faculdade de Engenharia da Universidade Federal de

Minas Gerais.

Funcionário de carreira da COPASA MG, onde ingressou em 10 de maio de 1977, ocupou vários cargos

no nível de gerenciamento, com destaque para os de Secretário Geral da Presidência (05/2002 a 12/2004),

Superintendente de Planejamento e Controle (12/2002 a 05/2003 cumulativamente), Superintendente de

Planejamento e Controle de Empreendimentos da Diretoria Técnica e Meio Ambiente (03/2000 a

05/2002), Superintendente de Desenvolvimento, Planejamento e Controle Operacional de

Empreendimentos da Metropolitana (02/1998 a 02/2000), Superintendente de Desenvolvimento,

Planejamento e Controle Operacional de Empreendimentos da Diretoria Operacional e Expansão

(03/1995 a 02/1998) e Superintendente de Transportes (03/1990 a 03/1992). Foi eleito para a Diretoria

Financeira e de Relações com Investidores (DRFI) em 21/12/2004, exerceu o cargo de 3 de janeiro de

2005 até 24 de setembro de 2009, quando foi eleito Diretor Presidente.

Luiz Otávio Ziza Mota Valadares

Administrador de Empresas, formado em 1974 pela Fundação Mineira de Educação e Cultura – FUMEC,

em Belo Horizonte. É Diretor Vice-Presidente da COPASA MG desde janeiro de 2009. De 2007 a 2008

foi Presidente do Clube Atlético Mineiro. No período compreendido entre 2003 e 2006, foi Diretor de

Transportes Metropolitano do Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais. Entre 1997 e

2002 foi Presidente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos. Foi Presidente, também, da empresa

Celulose Nipo-Brasileira no período de 1993 a 1997. No período compreendido entre 1991 e 1993,

durante o Governo Eduardo Azeredo, foi titular da Secretaria Municipal de Esportes de Belo Horizonte.

De 1983 a 1986, durante o Governo Tancredo Neves, ocupou o cargo de Secretário Estadual de

Administração. Foi, também, Deputado Federal Constituinte, sendo vice-líder do PSDB e Secretário

Geral do MDB/MG e PMDB/MG, tendo sido Fundador Nacional e Secretário Geral do PSDB/MG.

Exerceu dois mandatos como Deputado Estadual, no período de 1978 a 1986 e exerceu, ainda, três

mandatos como Vereador, em Belo Horizonte, no período de 1970 a 1978, tendo sido Presidente da

Câmara Municipal.

Paula Vasques Bittencourt

Formada em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Minas Gerais, mestre em Economia pela

Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC RJ, MBA em Gestão Estratégica de Empresa

de Saneamento, pela Fundação João Pinheiro, em 2004, participou do Programa de Desenvolvimento de

Gestores da Fundação Dom Cabral e pós graduada em Economia Teórica e Aplicada pela Fundação

Getúlio Vargas do Rio de Janeiro. Entre 1985 e 1988 foi professora da PUC RJ. De 1987 a 1989 foi

analista do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Em 1989 ingressou na COPASA MG como

Assessora Especial da Presidência. Atuou na Superintendência de Planejamento e Controle entre 1989 e

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179

Formulário de Referência 2010

2004 como Gerente da Coordenadoria de Informações Gerenciais e Gerente da Divisão de Coordenação

de Planos e Programas. Entre 2004 e 2005 atuou na Diretoria de Operação Norte como Gerente da

Divisão de Coordenação e Desenvolvimento Centro-Norte. De 2005 a 2006 foi Secretária Geral e de

2006 a 2009 exerceu o cargo de Chefe de Gabinete da Presidência.

Márcio Luiz Murta Kangussu

Formado em Direito em 1985, cursou especialização em Administração Pública na Latim Chamber of

Commerce of USA, em Miami. Em 2007 foi nomeado Diretor de Operações Norte da COPASA MG,

Diretor Presidente da subsidiária COPASA Serviços de Saneamento Integrado do Norte e Nordeste de

Minas Gerais S/A e membro do Conselho da Administração da referida subsidiária. Exerceu os seguintes

cargos eletivos: dois mandatos como Deputado Estadual, de 1999 a 2003 e de 2005 a 2007; dois

mandatos como Prefeito Municipal de Joaíma, Estado de Minas Gerais; de 1983 a 1988 e de 1993 a 1995,

Presidente da Associação dos Municípios do Baixo Jequitinhonha, de 1985 a 1986, e Presidente da

Associação Mineira de Municípios. Exerceu os seguintes cargos públicos no Estado de Minas Gerais:

Secretário de Estado Extraordinário para Reforma Agrária, em 2006; Secretário de Estado de Assuntos

Municipais (1995 – 1997); Secretário de Estado Adjunto de Administração e Recursos Humanos (1995 –

1996); Secretário de Estado Adjunto de Assuntos Municipais e Secretário de Estado Adjunto de

Educação em 1989. Além disso, exerceu os cargos de Presidente da Comissão de Desenvolvimento do

Vale do Jequitinhonha; Presidente da Companhia de Distritos Industriais de Minas Gerais e Secretário de

Relações Institucionais da COPASA MG. Líder do PPS e Vice-Líder do Governo Aécio Neves na

legislatura passada.

Carlos Gonçalves de Oliveira Sobrinho

Formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Minas Gerais. Desde 2007 ocupa o cargo de

Diretor de Meio Ambiente e de Novos Negócios e o cargo de Diretor Operacional das subsidiárias

COPASA Serviços de Irrigação S/A e COPASA Serviços de Saneamento Integrado do Norte e Nordeste

de Minas Gerais S/A. Em 2002 assumiu a Diretoria Técnica e de Meio Ambiente. Em 1999 ingressou na

COPASA MG para gerenciar a Diretoria de Operações Leste. Entre 1981 a 1998, foi diretor da Engest

Comércio e Indústria Ltda., em Montes Claros.

Marcos Antonio Teixeira

Formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Minas Gerais em 1977, com opção em

Transporte e Saneamento. Tem especialização em Programa de Desenvolvimento de Gestores pela

Fundação Dom Cabral. Atua no Setor de Saneamento desde 1975, nas áreas de Projeto e Engenharia

Consultiva, atividades exercidas em firmas especializadas. Desde 2007 é Diretor de Planejamento e

Gestão de Empreendimentos da COPASA MG, Diretor de Planejamento e Gestão de Empreendimentos

das subsidiárias COPASA Serviços de Saneamento Integrado do Norte e Nordeste de Minas Gerais S/A e

COPASA Serviços de Irrigação S/A e, também, membro dos Conselhos de Administração das referidas

subsidiárias Em 2006 ocupou a Diretoria de Operação Metropolitana. De 2000 a 2006 ocupou o cargo de

Superintendente de Coordenação e Apoio da Metropolitana. Foi gerente das divisões de: Estudos e Custos

(1996), Projetos (1998) e Expansão da Metropolitana (1999). Entrou na COPASA MG em 1992, como

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180

Formulário de Referência 2010

engenheiro de projetos e obras. Ao longo de sua vida profissional, participou de importantes projetos

realizados na região metropolitana de Belo Horizonte no campo do saneamento básico, destacando-se o

gerenciamento da implantação dos interceptores de esgoto do Ribeirão Arrudas, construção do Sistema

Rio Manso e da Estação de Tratamento de Esgoto Sanitário da Bacia do Ribeirão Onça. Também foi

responsável pelo gerenciamento geral do programa de expansão dos sistemas de abastecimento de água e

esgotamento sanitário da região metropolitana de Belo Horizonte.

Juarez Amorim

Formado em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais, em 1985. É Diretor de Operação da

Metropolitana, na COPASA MG, desde 2004, onde permanece. Foi eleito vereador para a Câmara

Municipal de Belo Horizonte em 2001. Foi Secretário Municipal de Meio Ambiente no período de 1998 a

2000, na Prefeitura de Belo Horizonte, Diretor da Fundação de Educação para o Trabalho de Minas

Gerais, no período de 1994 a 1995 e Administrador Regional de Venda Nova no período de 1989 a 1992,

ligado à Prefeitura de Belo Horizonte.

Gelton Palmieri Abud

Formado em Engenharia Civil, em 1973, pela Escola de Minas e Metalurgia da Universidade Federal de

Ouro Preto. Em 2004, concluiu o Programa de Desenvolvimento de Gestores, pela Fundação Dom Cabral

Em 2007, passou a ocupar o cargo de Diretor de Gestão Corporativa, foi eleito Vice Presidente do

Conselho de Administração da subsidiária COPASA Serviços de Irrigação S/A e é membro do Conselho

de Administração da subsidiária COPASA Serviços de Saneamento Integrado do Norte e Nordeste de

Minas Gerais S/A. Foi Superintendente da Bacia do Rio das Velhas de 2005 a 2007 e Superintendente de

Operações da Metropolitana de 1995 a 2005. De 1992 a 1995, foi chefe da Gerência de Operações da

Metropolitana. De 1990 a 1992, assumiu a Superintendência de Desenvolvimento, Controle Operacional

e de Empreendimentos. Em 1989, assumiu a Superintendência de Planejamento, Controle e Expansão. De

1987 a 1989 assumiu a chefia da Divisão de Obras Metropolitanas. Foi Gerente de Programas de

Atendimento a Comunidades de Pequeno Porte, de 1983 a 1987. Em 1981, assumiu como titular a seção

de Obras Sul, e posteriormente, a Coordenação de Obras Leste. Em 1979 tornou chefe do Distrito Oeste.

Ingressou na COPASA MG em fevereiro de 1974, atuando como Engenheiro.

c. Currículo dos Membros do Conselho Fiscal

Membros Titulares do Conselho Fiscal

Ângelo Pereira Leite

Brasileiro, separado, Administrador de Empresas, CPF 091.503.906-00, RG MG 2.382.252, na rua

Wenceslau Bráz, nº 10 - Centro. 2. Experiência profissional: Atua como Secretário Executivo do

Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento do Médio Rio Grande na cidade de Passos/MG (2009), foi

coordenador da Associação dos Municípios do Lago de Furnas - ALAGO (2003 a 2004), membro da

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181

Formulário de Referência 2010

Fundação de Pesquisa Científica da Universidade de São Paulo (2001 a 2004), Presidente da ALAGO

(1996 a 1997), membro do Conselho Fiscal da CASEMG (1995), Secretário Executivo da ALAGO (1993

a 1995), fundador da ALAGO, sede em Alfenas/MG (1993). Foi Prefeito em Carmo do Rio Claro /MG

(1989 a 1992, 1996 a 2000 e 2005 a 2008), membro do Conselho Fiscal da Cooperativa dos Cafeicultores

de Guaxupé (1984), Diretor da Cooperativa Agropecuária de Carmo do Rio Claro/MG (1983 a 1984),

Vereador em Carmo do Rio Claro/MG (1982 a 1988) e Sócio proprietário da Cristal Indústria e Comércio

(1970 a 1981).

Diogo Lisa de Figueiredo.

Graduado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas em São Paulo-SP. Atua como

Analista de Investimentos da Rio Bravo Fundamental FIA, que é um fundo long only focado no mercado

de ações brasileiro com a filosofia de valor e ativismo, pesquisando oportunidades no mercado acionário

brasileiro sem focar em algum setor específico (desde 2006). Ocupou o cargo de Gerente da mesa de

ações, sendo trader e sales na mesa da BOVESPA, acompanhando e executando operações de

volatilidade, cash and carry, Box e travas com opções, montando estratégias com derivativos para

clientes específicos e participando de troca de spreads no mercado de balcão da BM&F (2004 a 2006) e

Sócio-fundador da SDS Distribuição e Logística Ltda. (2001 a 2002).

Francisco Eduardo de Queiroz Cançado

Brasileiro, casado, advogado, CPF 445.427.126-72, CI M 2.785.331 SSP/MG, domiciliado em Belo

Horizonte/MG, na rua Monsenhor Horta, 163/102, Calafate. Experiência profissional: Desde 2003

trabalha como Advogado. Entre 2003 e 2004 foi sócio do Escritório de Advocacia Carvalho e Noronha

Advogados Associados. Foi Secretário Municipal de Saúde, acumulando com o cargo de Secretário de

Planejamento e Coordenação Geral do Município de Bom Despacho, no período de março a outubro de

2003. Assessor de Natureza Especial da Câmara dos Deputados, cargo CNE-12, em Brasília - DF, no

período de 2002 a março de 2003. Foi Procurador Geral do Município de Bom Despacho no ano de 2001.

Integrante do Escritório de Advocacia Herder e Francisco Advogados Associados, com sede em Bom

Despacho, no período de 1999 a 2000. Diretor da empresa Terraplan Construções e Planejamento Ltda.,

com sede em Bom Despacho, no período 1991 a 1999. Escrivão Titular Interino do Tribunal de Justiça de

Minas Gerais, lotado no Cartório 2º Ofício Judicial em Bom Despacho, no período de 1988 a 1990. No

período de 1987 a 1988, foi Escrivão Substituto do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, lotado no

Cartório 2º Ofício Judicial em Bom Despacho. Foi Escrivão Judicial do Tribunal de Justiça de Minas

Gerais, lotado no Cartório 2º Ofício Judicial em Bom Despacho – MG, no período de 1986 a 1987.

Maron Alexandre Mattar

Brasileiro, solteiro, empresário, CPF 069.384.186-91, CI M-2.465.630-SSP-MG, domiciliado em Belo

Horizonte/MG, na rua Mar de Espanha, 525, Santo Antônio. Experiência profissional: Desenvolveu

trabalhos como empresário nos segmentos de medicamentos e perfumaria entre 1965 e 2005. Administra,

desde 1980, as empresas Comercial Farmacêutica Alexandre Mattar Ltda., Rádio Progresso do Mucuri

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182

Formulário de Referência 2010

Ltda. e, desde 2000, também a empresa Papelaria, Brinquedos e Utilidades Domésticas - Alexandre

Mattar Armarinhos Ltda.

Paulo Elisiário Nunes

Brasileiro, casado, sociólogo, CPF 417.587.906-44, CI M-2.093.547-SSP-MG, domiciliado na avenida do

Contorno 8100, apartamento 301, Santo Agostinho, em Belo Horizonte/MG. Experiência profissional: foi

Assessor Parlamentar do Deputado Estadual Marco Regis. Também atuou como Diretor Comercial na

Editora Oficina de Livros no período de 1992 a 1995. Participou de diversas entidades sociais, políticas e

culturais, tendo ocupado a Secretaria Geral do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal

de Alagoas, titular do Conselho Consultivo do Centro Mineiro de Estudos e Pesquisas, Membro fundador

do Instituto de Pesquisas Sociais e Tecnológicas, Membro da Comissão Executiva Nacional do Partido

Comunista Brasileiro, de 1982 a 1991. Na Editora e Livraria Aldeia Global, foi Diretor Comercial no

período de março de 1980 a 1983. Foi Contato Publicitário na empresa Agência Teor, de janeiro a maio

de 1976. Atualmente, ele é Vice-Presidente do Instituto de Previdência do Servidor do Estado de Minas

Gerais e Presidente Estadual do Partido Popular Socialista.

Membros Suplentes do Conselho Fiscal

Eduardo de Mattos Paixão

Brasileiro, separado, Procurador do Estado de Minas Gerais, CPF 344.598.636-34, OAB MG 30920, domiciliado em Belo Horizonte/MG, na Av. Afonso Pena, 1901 - 3º Andar - Centro. Experiência profissional: Desde 1986 é Procurador do Estado de Minas Gerais, sendo que, a partir de janeiro/2004 ocupa o cargo de Corregedor da Advocacia Geral do Estado de Minas Gerais.

Fernando Bevilacqua e Fanchin.

Graduado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas em São Paulo-SP em 2003 com

Especialização e Atualização em Business Economics pela Fundação Getúlio Vargas em São Paulo-SP.

Atua como Analista de Investimentos em Renda Variável da Rio Bravo Investimentos, realizando análise

empresarial fundamentalista sobre investimentos potenciais, levantamento de informações setoriais,

visitas às companhias, acompanhamento de resultados das empresas investidas, reuniões e seminários

com analistas do setor, elaboração de relatórios gerenciais com estimativas de fluxo de caixa descontado

e de múltiplos de negociação, participação ativa na definição das posições da carteira e do peso de cada

investimento, gestão long & short, reuniões de captação com distribuidores de fundos (desde 2007).

Ocupou os cargos de: Analista de Investimentos em Renda Variável da GWI - Global Worldway

Investment sendo responsável pelos setores de Siderurgia e Transportes, realizando acompanhamento de

resultados das empresas investidas, levantamento de informações setoriais, análise investigativa sobre

investimentos potenciais, visitas às empresas, debates com os Conselhos de Administração e as Diretorias

Executivas sobre melhorias de Governança Corporativa, reuniões e seminários com especialistas do setor,

elaboração de relatórios gerenciais com estimativas de fluxo de caixa descontado e de múltiplos de

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183

Formulário de Referência 2010

negociação (2006 a 2007), Analista de Planejamento e Controladoria da Braskem na área de

Controladoria e Planejamento, (2005 a 2006). Foi Analista Econômico-Financeiro na área de

Controladoria da Votorantim Celulose e Papel (janeiro a agosto de 2005).

César Raimundo da Cunha

Brasileiro, solteiro, CPF 732.701.806-91, CI M-4.019.822-SSP-MG, domiciliado em Belo

Horizonte/MG, na avenida Afonso Pena, 1901, 2º andar, Centro. Experiência profissional: Procurador do

Estado de Minas Gerais. Foi Advogado pela Caixa Econômica Federal no período de 1992 a 1994.

Sérgio Pessoa de Paula Castro

Brasileiro, casado, advogado, CPF 791.625.096-91, OAB/MG 62.597, domiciliado em Belo

Horizonte/MG, Avenida Afonso Pena, 1901 - 3º Andar - Centro. Experiência profissional: Desde 1998 é

Procurador do Estado de Minas Gerais. Desde 2007 é Consultor jurídico Chefe da Consultoria Jurídica da

Advocacia-Geral do Estado e, desde 2005, é professor da Escola do Tribunal de Contas do Estado de

Minas Gerais. Foi coordenador científico do XVII Congresso Brasileiro de Direito Administrativo,

ocorrido em setembro de 2003, em Belo Horizonte. Professor substituto de Direito Administrativo junto a

Faculdade de Direito da Universidade de Minas Gerais no período de 1997 a 1998. Monitor do Curso de

Pós Graduação na área de Direito Administrativo junto à Faculdade de Direito da Universidade Federal

de Minas Gerais, no período de 1995 a 1996. Professor auxiliar do Curso de Pós Graduação latu sensu do

Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais em 1995. No período de 1993 a 1994, foi Monitor do

curso de graduação na área de Direito Administrativo junto a Pontifícia Universidade Católica de Minas

Gerais.

d. descrição de qualquer dos seguintes eventos que tenham ocorrido durante os

últimos 5 anos:

i. qualquer condenação criminal

ii. qualquer condenação em processo administrativo da CVM e as penas aplicadas

iii. qualquer condenação transitada em julgado, na esfera judicial ou administrativa,

que o tenha suspendido ou inabilitado para a prática de uma atividade

profissional ou comercial qualquer

Em relação ao item d, a Companhia informa que os membros do CA, da Diretoria Executiva, e do

Conselho Fiscal assinaram no momento de sua posse, documento em que declararam sob as penas da lei,

na forma do parágrafo 4º do artigo 147 da Lei 6.404/76 e da Instrução CVM 367/2002, que não estavam

impedidos por lei especial, ou condenados por crime falimentar, de prevaricação, suborno, concussão,

peculato, contra a economia popular, a fé pública ou a propriedade, ou a pena criminal que vede, ainda

que temporariamente, o acesso a cargos públicos, como previsto no parágrafo primeiro do artigo 147 da

Lei 6.404/76; que não estavam condenados à pena de suspensão ou inabilitação temporária aplicada pela

Comissão de Valores Mobiliários, que os tornem inelegíveis para os cargos de administradores ou

membros do conselho Fiscal de Companhia aberta, como estabelecido no parágrafo 2ª do artigo 147 da

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184

Formulário de Referência 2010

Lei 6.404/76; e que atendiam ao requisito de reputação ilibada estabelecido pelo parágrafo 3ª do artigo

147 da Lei 6.404/76.

Declararam, ainda, que não ocupavam cargo em sociedade que possa ser considerada concorrente da

Companhia de Saneamento de Minas Gerais - COPASA MG, e não tinham, nem representavam interesse

conflitante com o da Companhia.

12.9. Existência de relação conjugal, união estável ou parentesco até o segundo grau entre:

a. administradores da Companhia.

Não há.

b. (i) administradores da Companhia e (ii) administradores de controladas, diretas ou

indiretas, da Companhia.

Não há.

c. (i) administradores da Companhia ou de suas controladas, direta ou indiretas e (ii)

controladores diretos ou indiretos da Companhia.

Não há.

d. (i) administradores da Companhia e (ii) administradores das sociedades

controladoras diretas e indiretas da Companhia.

Não há.

12.10. Informações sobre relações de subordinação, prestação de serviço ou controle mantidas,

nos 3 últimos exercícios sociais, entre administradores da Companhia e:

a. sociedade controlada, direta ou indiretamente, pela Companhia.

Os administradores da COPASA MG, abaixo citados, também exercem funções nas subsidiarias, sem

recebimento de remuneração adicional pelas atividades nas subsidiárias:

O Membro do CA e Diretor Presidente da COPASA MG, Ricardo Augusto Simões Campos, é Presidente

do Conselho de Administração - CA da Subsidiária COPASA Águas Minerais de Minas S/A; Presidente

do CA da Subsidiária COPASA Serviços de Saneamento Integrado do Norte e Nordeste de Minas Gerais

S/A - COPANOR; e Presidente do CA e Diretor Presidente da Subsidiária COPASA Serviços de

Irrigação S/A.

O Diretor da COPASA MG, Marcos Antonio Teixeira, é membro do CA da Subsidiária COPASA Águas

Minerais de Minas S/A, Membro do CA e Diretor de Planejamento e Gestão de Empreendimentos da

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185

Formulário de Referência 2010

Subsidiária COPASA Serviços de Saneamento Integrado do Norte e Nordeste de Minas Gerais S/A –

COPANOR e Membro do CA da Subsidiária COPASA Serviços de Irrigação S/A.

O Diretor da COPASA MG, Carlos Gonçalves de Oliveira Sobrinho, e Diretor Operacional das

Subsidiárias COPASA Águas Minerais de Minas S/A, COPASA Serviços de Saneamento Integrado do

Norte e Nordeste de Minas Gerais S/A - COPANOR e COPASA Serviços de Irrigação S/A.

A Diretora da COPASA MG, Paula Vasques Bittencourt , é Diretora Financeira da Subsidiária COPASA

Águas Minerais de Minas S/A, Membro do CA e Diretora Financeira da Subsidiária COPASA Serviços

de Saneamento Integrado do Norte e Nordeste de Minas Gerais S/A - COPANOR e Diretora Financeira

da Subsidiária COPASA Serviços de Irrigação S/A.

O Diretor da COPASA MG, Gelton Palmieri Abud, é Diretor de Gestão Corporativa da Subsidiária

COPASA Águas Minerais de Minas S/A, Membro do CA e Diretor de Gestão Corporativa da Subsidiária

COPASA Serviços de Saneamento Integrado do Norte e Nordeste de Minas Gerais S/A - COPANOR e

Vice-Presidente do CA e Diretor de Gestão Corporativa da Subsidiária COPASA Serviços de Irrigação

S/A.

O Diretor da COPASA MG, Márcio Luiz Murta Kangussu, é Presidente do CA e Diretor Presidente da

Subsidiária COPASA Serviços de Saneamento Integrado do Norte e Nordeste de Minas Gerais S/A -

COPANOR.

O membro do CA da COPASA MG, Euclides Garcia de Lima Filho, é Membro do CA da Subsidiária

COPASA Águas Minerais de Minas S/A.

b. controlador direto ou indireto da Companhia.

Alberto Duque Portugal, Membro do CA, é Secretário Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino

Superior, Secretaria subordinada ao controlador da Companhia, o Governo Minas Gerais.

João Antônio Fleury Teixeira, Presidente do CA, é Secretário Adjunto da Secretaria Estadual de

Transportes e Obras Públicas, Secretaria subordinada ao controlador da Companhia, o Governo Minas

Gerais.

José Carlos Carvalho, Membro do CA, é Secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento

Sustentável, Secretaria subordinada ao Governo Minas Gerais, acionista controlador da Companhia.

c. caso seja relevante, fornecedor, cliente, devedor ou credor da Companhia, de sua

controlada ou controladoras ou controladas de alguma dessas pessoas: Não há.

12.11. Descrever as disposições de quaisquer acordos, inclusive apólices de seguro, que prevejam

o pagamento ou o reembolso de despesas suportadas pelos administradores, decorrentes da

reparação de danos causados a terceiros ou a Companhia, de penalidades impostas por

agentes estatais, ou de acordos com o objetivo de encerrar processos administrativos ou

judiciais, em virtude do exercício de suas funções.

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186

Formulário de Referência 2010

A empresa Alianz Seguros S/A esta prestando os serviços de Seguro de Responsabilidade Civil de

Conselheiros, Diretores e/ou Administradores de Sociedades Comerciais (Directors and Officers Liability

- D&O), para os membros do CA e CF e da Diretoria Executiva da COPASA MG e suas Subsidiárias.

12.1 Fornecer outras informações que a Companhia julgue relevantes.

Todas as informações relevantes pertinentes a este tópico foram divulgadas nos itens acima.

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187

Formulário de Referência 2010

13. Remuneração dos administradores

13.1. Descrições da política ou prática de remuneração do conselho de administração,

da diretoria estatutária e não estatutária, do conselho fiscal, dos comitês

estatutários e dos comitês de auditoria, de risco, financeiro e de remuneração,

abordando os seguintes aspectos:

a. Objetivos da política ou prática de remuneração

O principal objetivo da política de remuneração da Companhia é estabelecer um sistema de

remuneração da administração que auxilie no alinhamento dos interesses dos administradores

com os dos acionistas.

Conforme determina o Estatuto Social, o montante global ou individual da remuneração dos

Diretores, dos membros dos Conselhos de Administração e do Conselho Fiscal é definido pela

Assembleia geral.

Para o exercício de 2010, as Assembleias Gerais Ordinária e Extraordinária – AGOE da

COPASA MG realizadas em 27/04/2010, destinaram, o montante de até R$5.000.000,00 (cinco

milhões de reais), incluindo os honorários, licenças remuneradas, participação nos lucros,

benefícios e encargos sociais decorrentes, como Verba Global Anual a ser destinada aos 09

(nove) membros da Diretoria Executiva, aos 09 (nove) membros do Conselho de Administração

e aos 5 (cinco) membros do Conselho Fiscal e seus respectivos suplentes em eventuais

substituições dos membros titulares.

b.Composição da remuneração, indicando:

i. descrição dos elementos da remuneração e os objetivos de cada um

deles

Conselho de Administração

As definições dos pagamentos de remuneração relativas aos honorários do Conselho de

Administração mantiveram-se inalteradas desde abril de 2005.

A remuneração mensal dos membros do Conselho obedece ao que dispõe o Art. 162, parágrafo

3º, da Lei das Sociedades Anônimas. A remuneração de cada conselheiro corresponde a 20% da

remuneração média paga aos membros da Diretoria Executiva, sendo que 50% do valor

equivalem a uma parcela fixa mensal e os outros 50% são pagos de acordo com a participação

do conselheiro nas reuniões mensais.

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188

Formulário de Referência 2010

A remuneração variável do Conselho de Administração é denominada Participação nos Lucros –

PL e corresponde a 20% do valor médio pago aos diretores e o seu cálculo se dá de forma linear,

ou seja, o valor é igual para todos os funcionários independente do nível hierárquico.

O valor referente à Participação nos Lucros, de acordo com o Regulamento aprovado pelo

Conselho de Administração, é vinculado a metas previamente definidas para apuração da PL,

sendo aferidas no período de janeiro a dezembro e, o montante, limitado a 25% dos dividendos

mínimos obrigatórios pagos aos acionistas, rateado de forma linear para os empregados.

Diretoria Executiva

As definições dos pagamentos de remuneração relativas aos honorários da Diretoria Executiva

mantiveram-se inalteradas desde abril de 2005 e conforme Regimento Interno aprovado pelo

Conselho de Administração, o Diretor empregado da Companhia pode optar entre receber os

honorários de Diretor ou a remuneração que receberia se no exercício do cargo de confiança de

maior hierarquia.

Os membros da Diretoria Executiva têm sua remuneração fixa anual nos doze meses do ano,

além de 13º honorário. Os diretores podem usufruir, a cada ano calendário, de licença

remunerada por até 30 (trinta) dias, consecutivos ou não, concedida pela Diretoria Executiva.

A remuneração variável dos membros da Diretoria Executiva é denominada Participação nos

Lucros e o seu cálculo se dá de forma linear, ou seja, o valor é igual para todos os funcionários

independente do nível hierárquico.

O valor referente à Participação nos Lucros - PL, de acordo com o Regulamento aprovado pelo

Conselho de Administração, é vinculado a metas previamente definidas para apuração da PL,

sendo aferidas no período de janeiro a dezembro e, o montante, limitado a 25% dos dividendos

mínimos obrigatórios pagos aos acionistas, rateado de forma linear para os empregados.

Conselho Fiscal

A remuneração mensal dos membros dos Conselhos obedece ao que dispõe o Art. 162,

Parágrafo 3º, da Lei das Sociedades Anônimas e a remuneração de cada conselheiro fiscal

correspondente a 10% da remuneração média paga aos diretores.

Os membros do Conselho Fiscal não recebem remuneração variável.

ii. qual a proporção de cada elemento na remuneração total

Conselho de Administração: a remuneração fixa anual prevista para o exercício de 2010,

corresponde a 99% (noventa e nove por cento) da remuneração total. A remuneração variável

(Participação nos Lucros) corresponde a 1% (um por cento) da remuneração total anual.

Diretoria Executiva: a remuneração fixa anual prevista para o exercício de 2010, corresponde a

89% (oitenta e nove por cento) e a remuneração variável (participação nos lucros e benefícios

pela cessação do exercício do cargo) corresponde a 11% (onze por cento).

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189

Formulário de Referência 2010

Conselho Fiscal: a remuneração fixa para o exercício de 2010, representa 100% da

remuneração total anual, tendo em vista que os membros desse Conselho não recebem

remuneração variável.

iii. metodologia de cálculo e de reajuste de cada um dos elementos da

remuneração

Os valores de remuneração pagos aos seus administradores pela Companhia são estabelecidos

em Assembleia Geral, com exceção do Diretor, empregado da Companhia, que pode optar em

receber como honorários, a remuneração que receberia se no exercício do cargo de confiança de

Chefe de Departamento.

Para os Diretores não empregados, membros do Conselho de Administração e Fiscal, as

definições dos pagamentos de remuneração relativas aos honorários da Diretoria Executiva

mantiveram-se inalteradas desde abril de 2005.

iv. razões que justificam a composição da remuneração

A remuneração dos Administradores, proposta pelo acionista majoritário, que tem autonomia

para tal proposição em Assembleia Geral, se justifica pela valorização e incentivo do bom

desempenho pessoal e profissional dos Diretores ou Conselheiros, bem como com o

alinhamento com as normas de políticas motivacionais adotadas pela Companhia e com as

políticas públicas.

c. Principais indicadores de desempenho que são levados em consideração na

determinação de cada elemento da remuneração

Para a remuneração variável da Diretoria Executiva e do Conselho de Administração, bem como

para os empregados, o montante a ser distribuído a título de Participação nos Lucros - PL é

aprovado anualmente pelo Conselho de Administração, limitado a 25% dos dividendos mínimos

obrigatórios pagos aos Acionistas, sendo que a sua distribuição se dá de forma linear.

O Índice de Desempenho Institucional se propõe a aferir o cumprimento das metas do conjunto

de Indicadores de Desempenho definidos para a apuração da PL, sendo obtido pela média

aritmética dos Índices de Alcance de Metas para os indicadores: Realização do Programa de

Investimentos, Resultado Operacional Financeiro e Ligações por Empregado.

d. Como a remuneração é estruturada para refletir a evolução dos indicadores de

desempenho

Não se aplica à Companhia, a evolução de indicadores de desempenho na determinação da

remuneração fixa de seus administradores.

O pagamento da Participação nos Lucros aos membros da Diretoria Executiva e do Conselho de

Administração da Companhia é aprovado pelo Conselho de Administração. Os critérios são os

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190

Formulário de Referência 2010

mesmos estabelecidos para pagamentos aos demais empregados. O valor da remuneração

variável atribuídos aos administradores e empregados pauta-se nos resultados da Companhia.

e. Como a política ou prática de remuneração se alinha aos interesses da Companhia de

curto, médio e longo prazo

Os resultados de curto prazo, assim considerados os anuais, alinham-se com a política de

remuneração da Companhia no que se refere ao pagamento da remuneração variável

denominada Participação nos Lucros. Neste caso, os resultados da Companhia durante o ano

definirão o montante a ser atribuído a cada administrador membro do Conselho de

Administração e da Diretoria.

O alinhamento no médio e no longo prazo é resultado da consistência no atendimento de metas

relativas aos principais indicadores, de forma anual.

f. Existência de remuneração suportada por subsidiárias, controladas ou controladores

diretos ou indiretos

A remuneração dos membros da Diretoria Executiva e do Conselho de Administração é

suportada pela Companhia. Não há remuneração de administradores suportada por

controladores diretos ou indiretos da Companhia.

Com relação às subsidiárias, à exceção da Presidência da COPASA Águas Minerais de Minas,

os diretores não recebem remuneração adicional.

g. Existência de qualquer remuneração ou benefício vinculado à ocorrência de

determinado evento societário, tal como a alienação do controle societário da Companhia

Não há qualquer remuneração ou benefício vinculado à ocorrência de determinado evento

societário, tal como a alienação do controle societário da Companhia.

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191

Formulário de Referência 2010

13.2. Remuneração reconhecida no resultado dos 3 últimos exercícios sociais e à prevista

para o exercício social corrente do conselho de administração, da diretoria

estatutária e do conselho fiscal:

Exercício Social 2007

(Valores em R$)

Conselho de

Administração

Diretoria

Executiva

Conselho

Fiscal Total

Número de membros 9 9 5 23

Remuneração fixa anual

Salário ou pró-labore 458.792 2.151.652 123.308 2.733.752

Benefícios diretos ou indiretos - 543.362 - 543.362

Remuneração por participação em Comitês

Outros

Remuneração variável

Bônus

Participação nos Resultados 17.805 126.183 - 143.988

Remuneração por participação em reuniões

Comissões

Outros

Benefícios pós-emprego

Benefícios motivados pela cessação do exercício do

cargo

Remuneração baseada em ações

Valor da remuneração (por órgão) 476.597 2.821.197 123.308 3.421.102

Exercício Social 2008

(Valores em R$)

Conselho de

Administração

Diretoria

Executiva

Conselho

Fiscal Total

Número de Membros 9 9 5 23

Remuneração Fixa anual

Salário ou pró-labore 438.148 2.167.476 110.854 2.716.478

Benefícios diretos ou indiretos - 542.023 - 542.023

Remuneração por participação em Comitês

Outros

Remuneração Variável

Bônus

Participação nos Resultados 24.634 109.515 - 134.149

Remuneração por participação em reuniões

Comissões

Outros

Benefícios pós-emprego

Benefícios motivados pela cessação do exercício do cargo

Remuneração baseada em ações

Valor da remuneração (por órgão) 462.782 2.819.014 110.854 3.392.650

Page 192: FORMULÁRIO DE REFERÊNCIA reapr 12_07_2010.pdf5 Formulário de Referência 2010 No entanto, se desconsiderarmos os itens não recorrentes em 2009 (alienação de ativos para a COPANOR

192

Formulário de Referência 2010

Exercício Social 2009

(Valores em R$)

Conselho de

Administração

Diretoria

Executiva

Conselho

Fiscal Total

Número de Membros 9 9 5 23

Remuneração Fixa anual

Salário ou pró-labore 452.039 2.476.344 115.370 3.043.753

Benefícios diretos ou indiretos - 639.891 - 639.891

Remuneração por participação em Comitês

Outros

Remuneração Variável

Bônus

Participação nos Resultados 23.147 88.455 - 111.602

Remuneração por participação em reuniões

Comissões

Outros

Benefícios pós-emprego

Benefícios motivados pela cessação do exercício do cargo - 62.385 - 62.385

Remuneração baseada em ações

Valor da remuneração (por órgão) 475.186 3.267.075 115.370 3.857.631

Nota: A redução do valor pago da Participação nos Lucros se dá em função da mudança do critério de distribuição estabelecido por Acordo Coletivo de Trabalho.

Exercício Social 2010

(Valores em R$)

Conselho de

Administração

Diretoria

Executiva

Conselho

Fiscal Total

Número de Membros 9 9 5 23

Remuneração Fixa anual

Salário ou pró-labore 443.418 2.576.134 123.172 3.142.724

Benefícios diretos ou indiretos - 472.160 - 472.160

Remuneração por participação em Comitês

Outros

Remuneração Variável

Bônus

Participação nos Resultados 4.590 21.000 - 25.590

Remuneração por participação em reuniões

Comissões

Outros

Benefícios pós-emprego

Benefícios motivados pela cessação do exercício do cargo - 329.447 - 329.447

Remuneração baseada em ações

Valor por órgão da remuneração 448.008 3.398.741 123.172 3.969.921

Nota 1: A redução do valor pago da Participação nos Lucros se dá em função da mudança do critério de distribuição estabelecido por Acordo Coletivo de Trabalho

Nota 2: Não inserido nos quadros acima os Encargos Sociais decorrentes.

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193

Formulário de Referência 2010

13.3. Remuneração variável dos 3 últimos exercícios sociais e à prevista para o exercício

social corrente do conselho de administração, da diretoria estatutária e do

conselho fiscal

A remuneração do Conselho de Administração, Fiscal e Diretoria Executiva é anualmente

fixada pela Assembleia Geral Ordinária. O Diretor, empregado da Companhia, pode optar entre

receber os honorários de Diretor ou a remuneração que receberia se no exercício do cargo de

confiança de Chefe de Departamento da Companhia, sendo considerados nesse caso os

patamares dos componentes variáveis desta remuneração.

A remuneração variável para a Diretoria e Conselho de Administração é denominada

Participação nos Lucros da Companhia. Os critérios utilizados para distribuição são os mesmos

estabelecidos para aos demais empregados.

Os membros do Conselho Fiscal não recebem Participação nos Lucros.

13.4. Em relação ao plano de remuneração baseado em ações do conselho de

administração e da diretoria estatutária, em vigor no último exercício social e

previsto para o exercício social corrente:

Não há plano de remuneração baseado em ações do Conselho de Administração e da Diretoria

Executiva.

13.5. Quantidade de ações ou cotas direta ou indiretamente detidas, no Brasil ou no

exterior, e outros valores mobiliários conversíveis em ações ou cotas, emitidos pela

Companhia, seus controladores diretos ou indiretos, sociedades controladas ou

sob controle comum, por membros do conselho de administração, da diretoria

estatutária ou do conselho fiscal, agrupados por órgão, na data de encerramento

do último exercício social.

Ações de emissão da COPASA MG detidos pelos membros

do Conselho e Diretoria

Órgão Ações ON (31/12/2009)

Diretoria Executiva 578

Conselho de Administração 42

Conselho Fiscal 4

Os membros do Conselho e da Diretoria não possuem participação acionária nas subsidiárias .

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194

Formulário de Referência 2010

13.6. Em relação à remuneração baseada em ações reconhecida no resultado dos 3

últimos exercícios sociais e à prevista para o exercício social corrente, do conselho

de administração e da diretoria estatutária:

Não houve remuneração baseada em ações nos três últimos exercícios, para os membros do

Conselho de Administração e da Diretoria Executiva. Não há plano de remuneração baseado em

ações do Conselho de Administração e da Diretoria Executiva para o exercício atual

13.7. Em relação às opções em aberto do conselho de administração e da diretoria

estatutária ao final do último exercício social, elaborar tabela com o seguinte

conteúdo:

Não se aplica.

13.8. Em relação às opções exercidas e ações entregues relativas à remuneração baseada

em ações do conselho de administração e da diretoria estatutária, nos 3 últimos

exercícios sociais:

Não se aplica.

13.9. Descrição sumária das informações necessárias para a compreensão dos dados

divulgados nos itens 13.6 a 13.8, tal como a explicação do método de precificação

do valor das ações e das opções, indicando:

Não se aplica

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195

Formulário de Referência 2010

13.10. Planos de previdência em vigor conferidos aos membros do conselho de

administração e aos diretores estatutários

a. Órgão Conselho de

Administração

Diretoria Executiva Conselho

Fiscal

b. número de membros 6 membros

c. nome do plano Não praticado Fundação de Seguridade Social de

Minas Gerais - Prev iminas Não

praticado.

d. Quantidade de administradores

que reúnem as condições para se

aposentar

Não praticado. Tendo em vista que os administradores

da COPASA MG são de natureza

estatutária e, consequemente, podem ser

destituídos do cargo a qualquer

momento por decisão do Conselho de

Admin istração, não podendo mensurar o

quantitativo ou condições de

aposentadoria antecipada, com exceção

do diretor empregado que ao retornar a

condição de empregado, se enquadrar

nos requisitos para o requerimento da

suplementação, como idade de 58 anos e

aposentadoria pela Previdência Social

(INSS), poderá requerer o benefício,

desde que se desligue da Empresa.

Não

praticado.

e. Condições para se aposentar

antecipadamente

Não praticado. Vide resposta letra “d” acima. Não

praticado.

f. valor atualizado das contribuições

acumuladas no plano de

previdência até o encerramento do

último exercício social, descontada

a parcela relativa a contribuições

feitas diretamente pelo

administradores

Não praticado. A entidade possui o saldo atualizado das

contribuições realizadas de cada

membro da Diretoria Executiva, no

entanto não possui a individualização

das contribuições efetuadas pela

patrocinadora

Não

praticado.

g. Valor total acumulado das

contribuições realizadas durante o

último exercício social, descontada

a parcela relativa a contribuições

feitas diretamente pelos

administradores

Não praticado. Vide resposta letra “f” acima. Não

praticado.

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196

Formulário de Referência 2010

h. Se há a possibilidade de resgate

antecipado e quais as condições

Não praticado. O plano de previdência privada possui

condições e regras específicas e a

possibilidade de resgate antecipado será

somente quando da destituição do

membro da diretoria, caso seja este o

seu interesse.

Não

praticado.

Informações adicionais

É facultada aos membros da Diretoria Executiva, a adesão ao Plano de Previdência Privada, nas

mesmas condições oferecidas aos empregados. Atualmente, seis diretores são associados ao

Plano de Previdência Privada (dois diretores e quatro diretores empregados). A contribuição é

paritária, ou seja, a cada R$ 1,00 de contribuição da Empresa para o Plano, o empregado

contribui com R$ 1,00. O percentual de contribuição de cada participante é calculado de acordo

com o cálculo atuarial que considera as características e previsão para aposentadoria, sendo que

a idade mínima para usufruir da suplementação plena é de 58 anos.

13.11. Indicação dos itens da tabela abaixo, para os 3 últimos exercícios sociais, em

relação ao conselho de administração, à diretoria estatutária e ao conselho fiscal:

Exercício Social 2007

(Valores em R$)

Conselho de

Administração

Diretoria

Executiva Conselho Fiscal

Número de membros 9 9 5

Valor da maior remuneração individual 53.191 313.725 24.634

Valor da menor remuneração individual 49.268 308.170 24.634

Valor médio de remuneração indiv idual (³) 52.955 313.466 24.661

Exercício Social 2008

(Valores em R$)

Conselho de

Administração

Diretoria

Executiva Conselho Fiscal

Número de membros 9 9 5

Valor da maior remuneração individual 52.471 322.050 24.634

Valor da menor remuneração individual 51.928 292.849 24.634

Valor médio de remuneração indiv idual 51.420 313.223 22.170

Exercício Social 2009

(Valores em R$)

Conselho de

Administração

Diretoria

Executiva Conselho Fiscal

Número de Membros 9 9 5

Valor da maior remuneração individual 51.161 423.632 24.634

Valor da menor remuneração individual 50.094 292.168 24.634

Valor médio de remuneração indiv idual 52.798 363.008 23.074

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197

Formulário de Referência 2010

Exercício Social 2010 Conselho de

Administração Diretoria Executiva Conselho Fiscal

Número de Membros 9 9 5

Valor da maior remuneração individual 49.778 500.128 24.634

Valor da menor remuneração individual 49.778 285.035 24.634

Valor médio de remuneração indiv idual 49.778 377.637 24.634

Nota 1: Não inserido nas Remunerações projetadas nos quadros acima os valores de benefícios diretos e indiretos, Participação nos

Lucros e Encargos Sociais decorrentes.

Nota 2: Para valores mínimos foram considerados o exercício do cargo do administrador em todo exercício.

Nota 3:Para o item “Valor médio da remuneração individual” foi apurada a média aritmética de todas as remunerações individuais

anuais.

13.12. Descrição dos arranjos contratuais, apólices de seguros ou outros instrumentos

que estruturem mecanismos de remuneração ou indenização para os

administradores em caso de destituição do cargo ou de aposentadoria, indicando

quais as consequências financeiras para a Companhia

A COPASA MG efetua os depósitos de FGTS durante o mandato dos Diretores, levando-se em

consideração a previsão para pagamento de indenização que é correspondente a 40% sobre o

saldo do FGTS, em caso de exoneração, conforme resolução do Conselho de Administração em

2007.

13.13. Percentual da remuneração total de cada órgão reconhecida no resultado da

Companhia referente a membros do conselho de administração, da diretoria

estatutária ou do conselho fiscal que sejam partes relacionadas aos controladores,

diretos ou indiretos, conforme definido pelas regras contábeis que tratam desse

assunto

Não se aplica

13.14. Valores reconhecidos no resultado da Companhia como remuneração de

membros do conselho de administração, da diretoria estatutária ou do conselho

fiscal, agrupados por órgão, por qualquer razão que não a função que ocupam,

como por exemplo, comissões e serviços de consultoria ou assessoria prestados

Não se aplica

13.15. Valores reconhecidos no resultado de controladores, diretos ou indiretos, de

sociedades sob controle comum e de controladas da Companhia, como

remuneração de membros do conselho de administração, da diretoria estatutária

ou do conselho fiscal da Companhia, agrupados por órgão, especificando a que

título tais valores foram atribuídos a tais indivíduos

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198

Formulário de Referência 2010

Não se aplica

13.16. Outras informações que a Companhia julga relevantes

Todas as informações relevantes e pertinentes a estes tópicos foram divulgadas nos itens

anteriores.

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199

Formulário de Referência 2010

14. Recursos humanos

14.1. Descrever os recursos humanos do emissor, fornecendo as seguintes informações:

a) número de empregados (total, por grupos com base na atividade desempenhada e

por localidade geográfica

Exercício 31/12/2007 31/12/2008 31/12/2009

Número total de empregados 11.080 11.116 11.442

Número por grupos de atividades 31/12/2007 31/12/2008 31/12/2009

Gerencial e Superior 968 1.011 1.002

Técnica Operacional e Operacional 7.854 6.936 8.085

Técnica Administrativa e Administrativa 2.258 3.169 2.355

Número total de empregados 11.080 11.116 11.442

Número por localização geográfica 31/122007 31/12/2008 31/12/2009

Sede - Belo Horizonte 3.033 3.085 3.155

Região Metropolitana de Belo Horizonte – RMBH 1.605 1.569 1.621

Sistemas Regionais 6.442 6.462 6.666

Número total de empregados 11.080 11.116 11.442

b) número de terceirizados (total, por grupos com base na atividade desempenhada e por

localização geográfica): 684

c) índice de rotatividade: 3,2% em 2009

d) exposição do emissor a passivos e contingências trabalhistas

As ações nas quais a Companhia tem responsabilidade direta, em sua maioria, estão

relacionadas a danos morais e materiais em razão de doença ocupacional ou acidente de

trabalho, horas extras, horas "in itinere", adicionais de insalubridade e periculosidade,

sobreaviso, diferenças salariais decorrentes de isonomia de função, questionamentos de

demissão por justa causa, restabelecimento do plano de saúde baixo risco e da continuidade do

pagamento de cesta-básica. A Companhia provisiona todas as ações trabalhistas classificadas

como de risco de perda provável, o que representa aproximadamente 30% do valor de risco

estimado de todas as ações trabalhistas.

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200

Formulário de Referência 2010

A Companhia figura também na condição de litisconsorte passivo com responsabilidade

subsidiária, sendo a responsabilidade principal de empreiteiras contratadas por nós para a

prestação de serviços de obras de manutenção e construção. Nestes casos, quando acolhido o

pedido inicial, as referidas empreiteiras normalmente arcam com o ônus da condenação.

Contudo, caso tais empreiteiras não tenham condições financeiras para arcar com o pagamento

da condenação, podemos ser compelidos judicialmente a satisfazer o débito trabalhista, pelo que

consideramos essas ações como perda provável. Nesses casos, a Companhia constitui provisão

de recursos para eventuais condenações, cujo valor, em 31 de dezembro de 2009 é de R$ 1,3

milhão (R$ 2,4 milhões em 31 de dezembro de 2008), levando-se também em consideração a

existência de empreiteiras com dificuldades financeiras e, consequentemente, caracterizadas

como potenciais inadimplentes.

Adicionalmente, a Companhia também é parte em 15 (quinze) processos administrativos

originados de inspeção feita pela Delegacia Regiona l do Trabalho, que nos autuou

principalmente por não incluirmos os reflexos de horas extras no repouso semanal remunerado,

entendendo que isso significa subtração de salário. Foram lavrados autos de infração com multa

incidente a cada empregado que se encontrava nessa situação. Essa multa teve repercussão nos

depósitos de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS e multa fundiária. Os advogados

estimam as chances de perda destes processos como provável e, portanto, foi provisionado em

31 de dezembro de 2009 o valor de R$ 3,8 milhões (R$ 6,8 milhões em 31 de dezembro de

2008).

Ainda há uma ação trabalhista, conexa a ação civil pública, em curso na 24ª vara do trabalho de

Belo Horizonte, pela qual o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Purificação e

Distribuição de Água e em Serviços de Esgotos do Estado de Minas Gerais - SINDÁGUA e o

Ministério Público do Trabalho alegam ato discriminatório em decorrência da política de

desligamento e programa motivacional adotados pela Companhia. Estimamos que a perda dessa

ação como provável, sendo provisionado em 31 de dezembro de 2009 o valor de R$ 1,1 milhão

(R$ 1,0 milhão em 31 de dezembro de 2008).

14.2. Comentar qualquer alteração relevante ocorrida com relação aos números

divulgados no item 14.1 acima.

Em 2009, com a revisão do Plano de Carreira Cargos e Salários – PCCS, a categoria

profissional de Leiturista e Encarregado de Sistema, passou de Técnica Administrativa e

Administrativa para Técnica Operacional e Operacional.

14.3. Descrever as políticas de remuneração dos empregados do emissor, informando:

a. Política de salários e remuneração variável

A COPASA MG, nos termos do PCCS adota uma política de salários com base na escala de

valores relativos de cada cargo, que, por conseguinte, está representado por salários

devidamente ordenados, estruturado numa tabela salarial.

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201

Formulário de Referência 2010

Anualmente a tabela salarial é ajustada na data base de maio, quando ocorre o Acordo Coletivo

de Trabalho com os respectivos Sindicatos que representam a categoria, e nos últimos exercícios

teve o INPC como referência.

A COPASA MG adota também a remuneração variável e possui dois planos de remuneração

criados a partir de 2003 que estão vinculados ao atingimento de metas dos indicadores

estabelecidos pelo Planejamento Estratégico e influenciam diretamente os resultados da

Companhia, que são: a Gratificação de Desempenho Institucional - GDI e a Gratificação de

Desempenho Gerencial – GDG. A GDI e a GDG são mecanismos de avaliação que possuem

relação direta com as metas estabelecidas para o alcance dos objetivos estratégicos, premiando o

esforço da força de trabalho para o êxito das estratégias.

No que se refere à GDI, trata-se de uma gratificação concedida a todos os empregados em razão

do resultado do trabalho coletivo. Sua apuração é trimestral por meio de indicadores de

desempenho, sendo que o percentual máximo, conforme até maio de 2010 era de 10% do salário

do respectivo empregado.

A GDG é uma gratificação concedida aos empregados ocupantes de cargo de confiança, sendo

que é predefinido um patamar de salário para cada nível hierárquico, e a diferença entre o

salário do empregado e o patamar definido para o cargo de confiança é pago a título de

comissão de cargo. A sua apuração se dá com base no desempenho da unidade organizacional

que gerencia.

Outro programa vinculado ao indicador de desempenho empresarial é o Programa de

Participação dos Empregados nos Lucros - PL, que beneficia também a todos os empregados de

acordo com o Regulamento aprovado pelo Conselho de Administração. As metas, previamente

definidas para apuração da PL, são aferidas no período de janeiro a dezembro e, o montante,

limitado a 25% dos dividendos mínimos obrigatórios pagos aos acionistas, rateado de forma

linear para os empregados.

b. Política de benefícios

Destacam-se neste contexto, três grandes programas institucionais voltados para prevenir,

preservar e assistir a saúde dos empregados e seus dependentes. A “Assistência Médica, Social

e Odontológica”, que consiste em consultas médicas, exames clínicos e laboratoriais,

tratamentos odontológicos, internação e pequenas cirurgias. A “Assistência Especial” oferece,

além de orientação psico social aos empregados e familiares, ajuda financeira para

medicamentos, escolas especiais para dependentes de empregados portadores de deficiência

física, mental ou disfunção de saúde. A “Manutenção de Benefícios” como auxílio educação e

funeral, seguro de vida em grupo, tíquetes refeição e alimentação, lanche padrão e auxilio

creche.

c. características dos planos de remuneração baseados em ações dos empregados

não-administradores, identificando:

Não se aplica

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202

Formulário de Referência 2010

14.4. Descrever as relações entre o emissor e sindicatos

Os empregados são representados principalmente por três sindicatos: o Sindicato dos

Trabalhadores na Indústria de Purificação de Água e em Serviços de Esgoto do Estado de Minas

Gerais – SINDÁGUA, o Sindicato dos Administradores no Estado de Minas Gerais – SAEMG e

o Sindicato de Engenheiros no Estado de Minas Gerais – SENGE.

A COPASA MG entende que o relacionamento profissional com os sindicatos é harmoniosa

para tanto, reconhece sua representatividade, o zelo, permanentemente, pelo cumprimento dos

acordos coletivos celebrados, entre outros.

Mesmo não sendo filiados aos sindicatos, todos empregados gozam dos benefícios previstos nos

acordos coletivos em observância à legislação trabalhista vigente.

Os acordos coletivos firmados desde 2006 foram bianuais, garantindo assim, a manutenção de

todos os benefícios e a reposição salarial por 2 (dois) anos.

A data base da categoria é o mês de maio, ocasião em que novas regras são estabelecidas pela

empresa e sindicatos e entram em vigor, primando pela tranquilidade dos empregados. O acordo

coletivo atualmente em vigor foi assinado em 04 de julho de 2008, e tem vigência estabelecida

entre 01 de maio de 2008 a 30 de abril de 2010.

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203

Formulário de Referência 2010

15. Controle

15.1. Identificar o acionista ou grupo de acionistas controladores, indicando em relação

a cada um deles

a. Nome: Estado de Minas Gerais - Secretária de Estado de Fazenda

b. Nacionalidade : Brasileira

c. CPF/CNPJ: 18.715.615/0001-60

d. quantidade de ações detidas, por classe e espécie: 61.188.867 ON

e. percentual detido em relação à respectiva classe ou espécie: 53,07%

f. percentual detido em relação ao total do capital social: 53,07% - como preço

das ações varia diariamente, o percentual comparado ao capital social em reais

também muda na mesma proporção das negociações.

g. se participa de acordo de acionistas: Não

h. se o acionista for pessoa jurídica, lista contendo as informações referidas nos

subitens “a” a “d” acerca de seus controladores diretos e indiretos, até os

controladores que sejam pessoas naturais, ainda que tais informações sejam

tratadas como sigilosas por força de negócio jurídico ou pela legislação do país

em que forem constituídos ou domiciliados o sócio ou controlador: não se

aplica

i. data da última alteração: 28 de agosto de 2009

15.2. Em forma de tabela, lista contendo as informações abaixo sobre os acionistas, ou

grupos de acionistas que agem em conjunto ou que representam o mesmo

interesse, com participação igual ou superior a 5% de uma mesma classe ou

espécie de ações e que não estejam listados no item 15.1

Nome Nacionalidade CPF/CNPJ

Quantidade

de ações

ON

%

Acordo

de

Acionistas

Data da

última

alteração

Estado de Minas Gerais Brasileira 18.715.615/0001-60 61.188.867 53,07 não 27/11/2007

Mackenzie Financial

Corporation Canadense 5.778.000 5,01 não 28/04/2008

The Bank of New York Mellon

Corporation

Brasileira,

Americana e Inglesa 04.408.128/0001-40 5.787.002 5,02 não 05/02/2010

Outros 42.175.459 36,58 não

Ações em Tesouraria 370.176 0,32 não

Total

115.299.504 100,00

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204

Formulário de Referência 2010

15.3. Em forma de tabela, descrever a distribuição do capital, conforme apurado na

última assembleia geral de acionistas:

Distribuição do capital na AGE realizada em 23/02/2010 Quantidade

Número de acionistas pessoas físicas 3.497

Número de acionistas pessoas jurídicas 833

Número de investidores institucionais 663

Número de ações ON em circu lação 53.739.837

% de ações em circulação (Free Float) em relação ao total de ações da Companhia 46,7%

15.4. Caso o emissor deseje, inserir organograma dos acionistas do emissor,

identificando todos os controladores diretos e indiretos bem como os acionistas

com participação igual ou superior a 5% de uma classe ou espécie de ações, desde

que compatível com as informações apresentadas nos itens 15.1 e 15.2:

Não se aplica

15.5. Com relação a qualquer acordo de acionistas arquivado na sede do emissor ou do

qual o controlador seja parte, regulando o exercício do direito de voto ou a

transferência de ações de emissão do emissor, indicar:

Não se aplica

15.6. Indicar alterações relevantes nas participações dos membros do grupo de controle

e administradores do emissor

Em 29 de novembro de 2007, o Estado de Minas Gerais, controlador da Companhia, alienou

7.641.537 ações de emissão da COPASA MG à Companhia de Desenvolvimento Econômico de

Minas Gerais – CODEMIG, também controlada pelo Estado de Minas Gerais, no valor global

de R$ 221,5 milhões.

Assim, o Estado de Minas Gerais que detinha 68.830.404 ações ou 59,77% de nosso capital

social, passou a deter 61.188.867 ações correspondentes a 53,13% de nosso capital social.

Em 24 de abril de 2008 foi concluída a oferta secundária de ações dos acionistas Município de

Belo Horizonte e a CODEMIG. Na ocasião foram distribuídas 18.776.521 ações, sendo

11.134.984 ações do Município de Belo Horizonte e 7.641.537 ações da CODEMIG e o valor

total de operação foi de R$ 460.024.764,50. Com a oferta ambos deixaram de ser acionistas da

Companhia.

Nos termos da Constituição do Estado de Minas Gerais, caso o Estado de Minas Gerais, nos

inclua em qualquer plano de desestatização de companhias sob seu controle, referida

desestatização só poderá ocorrer mediante prévia realização de um referendo popular que assim

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205

Formulário de Referência 2010

a determine. Após a aprovação em referendo popular, a Assemble ia Legislativa do Estado de

Minas Gerais deverá promulgar lei que autorize a transferência de nosso controle acionário pelo

Estado, nos termos da legislação estadual vigente. O Estado de Minas Gerais possuía, em 31 de

dezembro de 2009, 53,1% das ações emitidas pela Companhia. Possuímos também 1.130.000

milhões de debêntures conversíveis em 4.520.000 ações e caso a opção de conversão seja

exercida na totalidade, a participação do Estado no capital da Companhia seria reduzida para

51,1%.

15.7. Fornecer outras informações que o emissor julgue relevantes

Todas as informações consideradas importantes pela Companhia foram reportadas nos devidos

tópicos desse relatório.

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206

Formulário de Referência 2010

16. Transações com partes relacionadas

16.1. Descrever as regras, políticas e práticas do emissor quanto à realização de

transações com partes relacionadas, conforme definidas pelas regras contábeis

que tratam desse assunto

A Companhia reconhece como parte relacionada, além das relações de negócios mantidas com

as suas Subsidiárias Integrais, as transações financeiras mantidas com o pessoal chave da

Administração, com o seu Acionista majoritário e com as Empresas e/ou Órgãos a ele ligados,

direta ou indiretamente, desde que haja com essas Empresas ou Órgãos relações contratuais

formalizadas que gerem transações financeiras.

As operações com partes relacionadas são realizadas a preços e condições considerados pela

Administração como compatíveis com os praticados no mercado, excetuando-se à forma de

liquidação financeira, que poderá acontecer por meio de negociações especiais (encontro de

contas). No entanto, não existe política formal para as operações com partes relacionadas.

Companhia Energética de Minas Gerais – Cemig

Energia Elétrica

Somos um dos principais consumidores de energia elétrica do Estado de Minas Gerais, sendo

que a Cemig que também é controlada pelo nosso maior acionista, o Estado de Minas Gerais é

responsável por aproximadamente 95% desse consumo. Possuímos mais de 300 contratos de

energia elétrica, sendo que cada um é específico de uma unidade consumidora e os valores

decorrentes do fornecimento de energia variam de acordo com a tensão específica do local, a

estrutura tarifária e a capacidade contratada de demandas de potência máxima.

Esses contratos possuem prazo médio de cinco anos e são renovados automaticamente, caso

nenhuma das partes se manifeste. No entanto, poderão ser rescindidos mediante aviso de 180

dias de antecedência.

No período de janeiro a dezembro 2009, os valores pagos à Cemig como despesas com

fornecimento de energia elétrica foram de aproximadamente de R$ 204,0 milhões.

Termo de Acordo e Reconhecimento da Dívida - TARD

Em 4 de outubro de 2004, firmamos o Termo de Acordo e Reconhecimento de Dívida junto à

Cemig, na qual reconhecemos a dívida no montante de R$ 78,5 milhões, referente ao

fornecimento de energia elétrica às nossas unidades consumidoras. A dívida foi negociada em

96 parcelas mensais e sucessivas até setembro de 2012, atualizadas pelo IGP-M e acrescidas de

juros de 0,5% ao mês. Em 31 de dezembro de 2009, restavam 33 parcelas a serem pagas,

perfazendo o montante de R$ 53,4 milhões.

Contratos de Financiamento junto ao Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais –

BDMG

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Formulário de Referência 2010

Entre dezembro de 1995 e maio de 2000, celebramos com o BDMG, na qualidade de

mandatário do Estado de Minas Gerais para contratar operações financeiras vinculadas ao

Fundo para Saneamento Ambiental, Organização e Modernização dos municípios do Estado de

Minas Gerais - SOMMA, diversos contratos de financiamento, no valor total de R$ 41,6

milhões. O vencimento desses contratos se dará em novembro de 2016 e o saldo devedor em 31

de dezembro de 2009 era de R$ 21,8 milhões.

Contratos com a CODEMIG

Assinamos com a CODEMIG, no dia 22 de março de 2006, um protocolo de intenções de

cooperação técnica e, em 30 de junho de 2006, um contrato de arrendamento para assumir os

direitos minerários das águas minerais de Araxá, Cambuquira, Caxambu e Lambari.

Convênios de Cooperação Técnica

Referem-se, principalmente, a recursos recebidos, a partir de julho de 2006, oriundos de

convênio assinado pela Companhia com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional e

Política Urbana - SEDRU, cujo objetivo é a cooperação técnica e financeira para ampliação da

cobertura dos sistemas públicos de saneamento básico, nas regiões do Vale do Jequitinhonha,

Estrada Real (em Ouro Preto) e outras regiões do interior do Estado de Minas Gerais.

Os recursos recebidos de convênios, no montante total de R$ 47,3 milhões, são aplicados em

obras especificadas nos termos dos próprios convênios, sendo seus valores quando recebidos

reconhecidos contabilmente nas contas de convênio de cooperação técnica no passivo circulante

e quando aplicados no ativo circulante, aguardando encontro de contas.

Garantia do Estado de Minas Gerais em Contratos da Companhia com a União

Possuíamos também, em 31 de dezembro de 2009, contratos em que o Estado de Minas Gerais é

o garantidor em contratos envolvendo a Companhia e a União, conforme descrito a seguir:

Contrato Particular de Refinanciamento e Financiamento da Dívida de 11 de julho de

1990: como forma e meio de pagamento da dívida, o Estado de Minas Gerais cedeu e transferiu

os créditos que forem feitos a sua conta de depósitos provenientes das cotas do Fundo de

Participação dos Estados até o limite suficiente ao pagamento das prestações e demais encargos

devidos a cada mês. Em 31 de dezembro de 2009, o saldo desses contratos havia sido quitado.

Contrato Particular de Confissão e Composição de Dívidas com União de 20 de janeiro de

1994: em caso de inadimplência contratual, a União ficou autorizada pelo Estado de Minas

Gerais a: (i) compensar quaisquer quantias com recursos de receitas próprias e quotas de

determinados tributos, em quantias suficientes para liquidação de referida inadimplência; e (ii)

requerer a transferência de recursos existentes nas contas de centralização de receitas próprias

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208

Formulário de Referência 2010

do Estado de Minas Gerais mantidas junto a uma determinada instituição financeira, em

quantias suficientes para liquidação de referida inadimplência. Em 31 de dezembro de 2009, o

saldo em aberto desses contratos é de R$ 143,8 milhões.

Contrato de Confissão e Consolidação de Dívida com a União de 05 de agosto de 1998: o

Estado de Minas Gerais cedeu e transferiu à União, créditos que foram feitos à sua conta de

depósitos provenientes das receitas de determinados tributos, até o limite suficiente para

pagamento das prestações e demais encargos devidos em cada vencimento. Em 31 de dezembro

de 2009, o saldo em aberto desses contratos é de R$ 62,3 milhões.

Outras Transações

A empresa possui também, outras transações com o Estado de Minas Gerais, as subsidiárias. Os

saldos e operações mais relevantes são como segue:

Controladora (31/12/2009 – R$ mil)

Subsidiárias Outras

Águas Minerais Copanor

Serviços de

Irrigação Estado de MG

Ativo

Circu lante

Clientes

Valores faturados - - - 6.783

Convênios - - - 8.662

Não circulante

Empréstimos 31.621 11.680 1.857 -

Total do ativo 31.621 11.680 1.857 15.445

Passivo

Circu lante

Juros sobre capital próprio - - - 16.834

Total do passivo - - - 16.834

Resultado

Receitas de serviço de água e esgoto - - - 75.759

Ganho na alienação de bens1 - - - 6.080

Receitas de variações monetárias 1.958 537 143 -

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Formulário de Referência 2010

Controladora (31/12/2008 – R$ mil)

Subsidiárias Outras

Águas

Minerais Copanor

Serviços

Irrigação Es tado MG

Ativo

Circu lante

Clientes

Valores faturados - - - 7.008

Não circulante

Empréstimos 16.464 8.817 1.861 -

Total do ativo 16.464 8.817 1.861 7.008

Passivo

Circu lante

Convênios - - - 13.441

Juros sobre capital próprio - - - 61.757

Total do passivo - - - 75.198

Resultado

Receitas de serviço de água e esgoto - - - 76.955

Receitas de variações monetárias 815 523 134 -

1) Em reunião realizada em 29 de maio de 2009, o Conselho de Administração da Companhia autorizou a baixa de

todo o acervo, de bens móveis e imóveis, existente em 30 de abril de 2009 nos sistemas operados pela COPASA MG

de concessões que serão transferidas para a subsidiária COPANOR, com proposição de indenização pelo valor

avaliado de acordo com fluxo de caixa descontado, totalizando R$ 39,9 milhões, a serem pagos pelo Governo do

Estado de Minas Gerais, por intermédio da subsidiária Copasa Serviços de Saneamento Integrado do Norte e

Nordeste de Minas Gerais S/A – COPANOR. O pagamento ocorrerá na medida em que sejam formalizados os

respectivos distratos dos contratos de concessão a serem firmados entre a COPASA MG e os municípios. O valor

residual contábil de todo o acervo patrimonial a ser transferido é de R$ 14,7 milhões, em 30 de abril de 2009. Os

acervos transferidos deixaram de gerar encargos com depreciação e amortização. No exercício de 2009 os ativos

transferidos totalizaram R$ 6,0 milhões e a receita pela alienação R$ 6,0 milhões.

Remuneração do Pessoal-Chave da Administração

O pessoal-chave da administração inclui os Conselheiros e Diretores, membros do Comitê

Executivo e o chefe de Auditoria Interna. A remuneração paga ou a pagar ao pessoal-chave da

administração, por serviços de empregados, está apresentada a seguir:

R$ Mil 2009 2008

Salários e outros benefícios de curto prazo, a empregados 3.165 3.156

Benefícios pós-emprego 97 70

Total 3.262 3.226

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210

Formulário de Referência 2010

16.2. Informar, em relação às transações com partes relacionadas que, segundo as

normas contábeis, devam ser divulgadas nas demonstrações financeiras

individuais ou consolidadas do emissor e que tenham sido celebradas nos 3

últimos exercícios sociais ou estejam em vigor no exe rcício social corrente:

a. nome das partes relacionadas

b. relação das partes com o emissor

c. data da transação

d. objeto do contrato

e. montante envolvido no negócio

f. saldo existente

g. montante correspondente ao interesse de tal parte relacionada no negócio, se for

possível aferir

h. garantias e seguros relacionados

i. duração

j. condições de rescisão ou extinção

k. quando tal relação for um empréstimo ou outro tipo de dívida, informar ainda:

i. natureza e razões para a operação

ii. taxa de juros cobrada

Essas informações, se aplicáveis, foram detalhadas no item 16.1.

16.3. Em relação a cada uma das transações ou conjunto de transações mencionados no

item 16.2 acima ocorridas no último exercício social: (a) identificar as medidas

tomadas para tratar de conflitos de interesses; e (b) demonstrar o caráter

estritamente comutativo das condições pactuadas ou o pagamento compensatório

adequado

Essas informações, se aplicáveis, foram detalhadas no item 16.1.

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211

Formulário de Referência 2010

17. Capital social

17.1. Elaborar tabela contendo as informações sobre o capital Social:

Capital Social

a) Capital emitido, separado por classe e espécie R$ 2.636,5 milhões dividido em 115.299.504 ações ordinárias escriturais

b) Capital subscrito, separado por classe e

espécie

idem

c) Capital integralizado, separado por classe e espécie

idem

d) Prazo para integralização do capital ainda

não integralizado, separado por classe e espécie

Não aplicável

e) Capital autorizado, informando quantidade de

ações, valor e data da autorização capital autorizado: R$ 3.000.000.000,00 (três bilhões de reais)

data da última alteração do capital autorizado: 15/12/2005

quantidade de ações (capital autorizado): não definido no estatuto

f) Títulos conversíveis em ações 1.130.000 debêntures conversíveis em 4.520.000 ações, das quais já foram

convertidas 33.639 debêntures (134.556 ações)

g) Condições para conversões Cada debênture poderá ser convertida a partir de 02 de junho de 2008, a

livre critério de seu titular, conforme estabelecido na escritura pública.

17.2. Aumentos de capital

a. Data da deliberação

b.Órgão que deliberou o aumento

c. Data da Emissão

d.Valor do aumento de capital (R$)

e. Quantidade de ações

f. Preço de emissão

(R$)

g. Forma de integralização

h.Critério utilizado determina

r o valor

i . Particular ou

pública

j. % em relação ao valor

anterior

29/8/2008 Conselho de

Administração 4/8/2008 23.533,28 752 31,29

Conversão de

debêntures

Nota 1 particular Nota 2

27/3/2009 Conselho de

Administração 6/3/2008 676.415,50 21.584 31,33

Conversão de debêntures

Nota 1 particular Nota 2

27/3/2009 Conselho de

Administração 11/3/2009 121.975,97 3.892 31,34

Conversão de

debêntures

Nota 1 particular Nota 2

24/4/2009 Conselho de

Administração 1/4/2009 2.582.166,26 82.380 31,34

Conversão de debêntures

Nota 1 particular Nota 2

31/7/2009 Conselho de

Administração 18/6/2009 255.772,45 8.156 31,36

Conversão de

debêntures

Nota 1 particular Nota 2

31/7/2009 Conselho de

Administração 02/07/2009 527.908,28 16.832 31,36

Conversão de debêntures

Nota 1 particular Nota 2

28/8/2009 Conselho de

Administração 21/7/2009 30.108,84 960 31,36

Conversão de

debêntures

Nota 1 particular Nota 2

Nota 1. Cada debênture poderia ser convertida em quatro ações. O preço de conversão das debêntures foi apurado com base na média aritmética das cotações de fechamento das ações da Companhia dos 31 (trinta e um)

pregões entre 11/12/2006 e 26/01/2007, acrescida de um prêmio de 30,27%, atingindo-se o preço de R$ 31,20

por ação, valor esse atualizado tendo-se como base a TJLP. Nota 2. O número de ações totais antes da emissão das debêntures era 115.164.948 ações. Caso a

totalidade das debêntures for convertida haverá aumento de capital em 3,93%, ou seja, o capital passará de 115.164.948 para 119.684.948 ações.

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212

Formulário de Referência 2010

17.3. Em relação aos desdobramentos, grupamentos e bonificações, informar em forma

de tabela

a. data da deliberação

b. quantidade de ações antes da aprovação, separadas por classe e espécie

c. quantidade de ações depois da aprovação, separadas por classe e espécie

Não houve desdobramentos, grupamentos e bonificações nos três últimos exercícios

17.4. Em relação às reduções de capital do emissor, indicar

d. data da deliberação

e. data da redução

f. valor total da redução

g. quantidade de ações canceladas pela redução, separadas por classe e espécie

h. valor restituído por ação

i. forma de restituição:

i. dinheiro

ii. se em bens, descrição dos bens

iii. se em direitos, descrição dos direitos

j. percentual que a redução representa em relação ao capital social

imediatamente anterior à redução de capital

k. razão para a redução

Não houve reduções de capital do emissor nos últimos três exercícios.

17.5. Fornecer outras informações que o emissor julgue relevantes

Todas as informações consideradas importantes foram relatadas nos tópicos anteriores.

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213

Formulário de Referência 2010

18. Valores mobiliários

18.1. Descrever os direitos de cada classe e espécie de ação emitida:

a. direito a dividendos:

Conforme definido em seu Estatuto Social, 25% (vinte e cinco por cento) do lucro líquido,

calculado sobre o saldo obtido com as deduções e acréscimos previstos no Artigo 202, I, II e III

da Lei das Sociedades por Ações, será distribuída aos acionistas como dividendo anual mínimo

obrigatório;

Tal distribuição poderá se dar por meio de juros sobre o capital próprio, os quais poderão ser

imputados ao dividendo mínimo obrigatório. Além disso, a Companhia poderá levantar

balanços semestrais e/ou trimestrais, podendo com base neles declarar, por deliberação do

Conselho de Administração, dividendos intermediários e intercalares ou juros sobre o capital

próprio.

b. direito de voto:

A COPASA MG possui somente ações ON, e assim cada ação concede o direito de um voto nas

Assembleias Gerais da Companhia.

c. conversibilidade em outra classe ou espécie de ação, indicando:

i. condições:

Não se aplica.

ii. efeitos sobre o capital social :

Não se aplica.

d. direitos no reembolso de capital e e)direito a participação em oferta pública

por alienação de controle:

É vedada a alienação, direta ou indireta, por parte do Estado de Minas Gerais, do controle da

Companhia, inclusive por acordo de acionistas que trate do exercício de poder de controle, salvo

na hipótese prevista no inciso II do § 4º do artigo 14 da Constituição do Estado.

Ocorrendo a hipótese prevista no inciso II do § 4º do artigo 14 da Constituição do Estado ou sua

alteração, a alienação, direta ou indireta, do controle da Companhia, tanto por meio de uma

única operação, como por meio de operações sucessivas, deverá ser contratada sob a condição

suspensiva ou resolutiva de que o adquirente se obrigue a efetivar oferta pública de aquisição

das demais ações dos outros acionistas da Companhia, observando as condições e os prazos

previstos na legislação vigente e no Regulamento do Novo Mercado da Bolsa de Valores,

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Formulário de Referência 2010

Mercadorias e Futuros - BM&F BOVESPA, de forma a assegurar-lhes tratamento igualitário

àquele dado ao acionista alienante.

Essa oferta pública também deverá ser realizada nos casos em que houver cessão onerosa de

direitos de subscrição de ações e de outros títulos ou direitos relativos a valores mobiliários

conversíveis em ações da Companhia, que venha a resultar na alienação do controle da

Companhia. Essa oferta pública de aquisição de ações será exigida em caso de alienação do

controle de sociedade que detenha o poder de controle da Companhia para terceiro. Nessa

hipótese, o acionista controlador alienante ficará obrigado a declarar à Comissão de Valores

Mobiliários – CVM e à BM&F BOVESPA o valor atribuído à Companhia pela alienação do seu

controle, anexando documentação que comprove esse valor.

O acionista que possuir ações da Companhia e que vier a adquirir o seu controle em razão de

contrato particular celebrado com o acionista controlador, envolvendo qualquer quantidade de

ações, estará obrigado a efetivar oferta pública e ressarcir os acionistas de quem tenha comprado

ações em bolsa nos 6 (seis) meses anteriores à data da aquisição das ações representativas do

controle da Companhia, a quem deverá pagar a diferença entre o preço pago pelas ações

representativas do controle e o valor pago em bolsa pelas ações da Companhia neste período,

devidamente atualizado até o momento do pagamento.

Além disso, a Companhia não registrará transferências de ações para o comprador ou os

acionistas que vierem a deter o poder de controle, enquanto estes não subscreverem o Termo de

Anuência dos Controladores ao Regulamento do Novo Mercado. Da mesma forma, nenhum

acordo de acionistas que disponha sobre o exercício do poder de controle poderá ser registrado

na sede da Companhia sem que os seus signatários tenham subscrito esse Termo de Anuência.

A saída da Companhia do Novo Mercado da BM&F BOVESPA estará condicionada à

efetivação, pelo acionista controlador da Companhia, de oferta pública de aquisição de ações

por preço mínimo correspondente ao valor econômico apurado em laudo de avaliação,

observando as regras aplicáveis previstas em lei, as regras de oferta pública de aquisição de

ações emitidas pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM, bem como aquelas previstas no

Regulamento do Novo Mercado. Na hipótese de saída do Novo Mercado deve haver prévia

aprovação pela Assembleia Geral de acionistas, e posteriormente deve-se dar ciência ao

mercado desse fato.

Tal regra também deve ser seguida caso a saída da Companhia do Novo Mercado da BM&F

BOVESPA ocorra em virtude de reorganização societária na qual a companhia resultante da

reorganização não seja admitida à negociação no Novo Mercado.

No caso de oferta pública de aquisição de ações realizada pelo acionista controlador ou pela

Companhia com vistas ao cancelamento do registro de companhia aberta da Companhia, o preço

mínimo a ser ofertado deverá corresponder ao valor econômico apurado em laudo de avaliação,

que deverá ser elaborado por empresa especializada, com experiência comprovada e

independência quanto ao poder de decisão da Companhia, seus administradores e/ou acionista

controlador, além de satisfazer os requisitos da Lei das Sociedades por Ações.

Para tanto, a escolha da empresa especializada responsável pela elaboração do laudo de

avaliação é de competência da Assembleia Geral, a partir da apresentação, pelo Conselho de

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215

Formulário de Referência 2010

Administração, de lista tríplice, devendo a respectiva deliberação, não se computando os votos

em branco, ser tomada pela maioria dos votos dos acionistas representantes das ações em

circulação presentes naquela assembleia, a qual, se instalada em primeira convocação, deverá

contar com a presença de acionistas que representem, no mínimo, 20% (vinte por cento) do total

de ações em circulação, ou, se instalada em segunda convocação, poderá contar com a presença

de qualquer número de acionistas representantes das ações em circulação. Consideram-se em

circulação todas as ações emitidas pela Companhia, exceto as detidas pelo acionista controlador,

por pessoas a ele vinculadas, pelos administradores da Companhia e aquelas mantidas em

tesouraria. Os custos avindos incorridos com a elaboração do laudo serão integralmente arcados

pelo ofertante.

e. restrições à circulação:

Não se aplica.

f. condições para alteração dos direitos assegurados por tais valores mobiliários:

De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, nem o Estatuto Social da Companhia nem as

deliberações tomadas em assembleia geral podem privar os acionistas dos direitos de (i)

participar dos lucros sociais, (ii) participar do acervo da Companhia, em caso de liquidação; (iii)

fiscalizar a gestão da Companhia, nos termos da Lei das Sociedades por Ações; (iv) preferência

para a subscrição de ações, debêntures conversíveis em ações e bônus de subscrição, observadas

as condições previstas na Lei das Sociedades por Ações; e (v) retirar-se da Companhia nos

casos previstos na Lei das Sociedades por Ações.

Ainda no que diz respeito à preferência para a subscrição de ações, debêntures conversíveis em

ações e bônus de subscrição, o Estatuto Social da Companhia dispõe que a Companhia poderá

reduzir ou excluir o prazo para o exercício do direito de preferência na emissão de ações,

debêntures conversíveis em ações ou bônus de subscrição cuja colocação seja feita mediante

venda em bolsa de valores, subscrição pública ou permuta por ações em oferta pública

obrigatória de aquisição de controle nos termos dos artigos 257 a 263 da Lei das Sociedades por

Ações. Também não haverá direito de preferência na outorga e no exercício de opção de compra

de ações, na forma do disposto no §3º do artigo 171 da Lei das Sociedades por Ações.

g. outras características relevantes:

Não se aplica.

h. emissores estrangeiros devem identificar as diferenças entre as características

descritas nos itens “a” a “i” e aquelas normalmente atribuídas a valores

mobiliários semelhantes emitidos por emissores nacionais, diferenciando quais

são próprias do valor mobiliário descrito e quais são impostas por regras do

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216

Formulário de Referência 2010

país de origem do emissor ou do país em que seus valores mobiliários estão

custodiados:

Não se aplica.

18.2. Descrever, se existirem, as regras estatutárias que limitem o direito de voto de

acionistas significativos ou que os obriguem a realizar oferta pública:

Essas condições foram descritas no 18.1 d) e e) acima.

18.3. Descrever exceções e cláusulas suspensivas relativas a direitos patrimoniais ou

políticos previstos no estatuto:

Não se aplica.

18.4. Em forma de tabela, informar volume de negociações bem como maiores e

menores cotações dos valores mobiliários negociados em bolsa de valores ou

mercado de balcão organizado, em cada um dos trimestres dos 3 últimos

exercícios sociais:

Cotações das Ações e Volume Negociado

Mínimo (R$) Máximo (R$) Volume Médio

Diário (R$ mil)

2007

Primeiro Trimestre 22,23 30,00 2.278,24

Segundo Trimestre 25,40 32,00 1.962,82

Terceiro Trimestre 23,65 32,00 3.400,89

Quarto Trimestre 26,90 34,90 2.854,59

2008

Primeiro Trimestre 21,90 30,69 3.156,82

Segundo Trimestre 24,01 30,98 4.905,97

Terceiro Trimestre 17,65 29,72 4.465,91

Quarto Trimestre 12,02 20,30 3.791,78

2009

Primeiro Trimestre 17,75 23,49 3.981,16

Segundo Trimestre 19,01 27,59 6.170,21

Terceiro Trimestre 24 30,56 8.645,78

Quarto Trimestre 28,84 34,25 11.238,32

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217

Formulário de Referência 2010

18.5. Descrever outros valores mobiliários emitidos que não sejam ações, indicando:

i. identificação do valor mobiliário:

Foram emitidas pela COPASA MG debêntures privadas conversíveis em ações e debêntures não

conversíveis (simples).

j. quantidade:

1ª Emissão: 300 (trezentas) debêntures simples (não conversíveis em ações).

2ª Emissão: 1.130.000 (um milhão cento e trinta mil) debêntures conversíveis em ações.

3ª Emissão: 450 debêntures simples (não conversíveis em ações).

k. valor:

1ª Emissão: R$ 300 milhões, sendo que o valor de cada debênture é R$ 1,0 milhão;

2ª Emissão: R$ 141,0 milhões, sendo que o valor de cada debênture é R$ 124,80;

3ª Emissão: R$ 450,00 milhões, sendo que o valor de cada debênture R$ 1,0 milhão.

l. data de emissão:

1ª Emissão: 15 de junho de 2004

2ª Emissão: 01 de junho de 2007

3ª Emissão: 01 de junho de 2007.

m. restrições à circulação:

1ª Emissão: Emissão privada

2ª Emissão: Emissão privada

3ª Emissão: Emissão privada.

n. conversibilidade em ações ou conferência de direito de subscrever ou comprar

ações do emissor, informando:

i. condições:

Cada debênture poderá ser convertida a partir de 02 de junho de 2008, a livre critério de seu

titular. A opção pela conversão se dará entre 02 de junho de 2008 e 31 de maio de 2012, quando

cada debênture poderá ser convertida em quatro ações ordinárias de nossa emissão, e entre 01 de

junho de 2012 e 31 de maio de 2013, quando cada debênture poderá ser convertida em duas

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218

Formulário de Referência 2010

ações ordinárias de nossa emissão, ao preço de R$ 31,20 por ação, atualizado pela TJLP,

conforme os termos da escritura.

ii. efeitos sobre o capital social:

Caso a totalidade das debêntures da 2ª Emissão for convertida haverá aumento de capital em

3,93%, ou seja, o capital passará de 115.164.948 para 119.684.948 ações.

o. possibilidade de resgate, indicando:

i. hipóteses de resgate:

1ª Emissão:

A Companhia poderá promover, depois de decorridos 42 (quarenta e dois) meses da data de

emissão (15 de junho de 2004), a qualquer tempo, o resgate antecipado das debêntures

subscritas mediante o pagamento do valor nominal unitário atualizado, acrescido dos juros

remuneratórios devidos até a data do resgate, e de prêmio de reembolso, no valor de 1,0% (um

por cento) do valor nominal unitário atualizado, acrescido dos juros remuneratórios devidos até

a data do resgate.

O resgate será realizado por Série, podendo incluir uma ou mais Séries, não sendo admitido,

entretanto, o resgate parcial de qualquer uma das Séries.

Para realizar o resgate, a Companhia deverá comunicar ao BNDES, com antecedência mínima

de 30 (trinta) dias da data de resgate, fazendo constar no referido comunicado as condições do

resgate, inclusive qual(is) Série(s) será(ão) objeto de Resgate.

Independentemente de ocorrer o resgate antecipado, subsistirão, até a data final prevista na

Escritura para a liquidação normal das Debêntures, as obr igações contratuais de fazer ou não

fazer assumidas pela Companhia e pelo Estado de Minas Gerais, como Interveniente Anuente,

especialmente as seguintes:

i) realizar o Projeto;

ii) fornecer todos os meios necessários ao BNDES para a fiscalização da execução do

Projeto; e

iii) cumprir o disposto no artigo 34 das "Disposições" conforme a Escritura.

2ª Emissão:

Cada debênture poderá ser convertida, a partir do primeiro dia do 13º (décimo terceiro) mês

contado da data de emissão, a livre critério de seu titular, em ações ordinárias de emissão da

Companhia.

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219

Formulário de Referência 2010

3ª Emissão: não há.

ii. fórmula de cálculo do valor de resgate:

1ª Emissão

Pagamento do Valor Nominal Unitário atualizado, acrescido dos Juros Remuneratórios devidos

até a Data do resgate, e de Prêmio de Reembolso, no valor de 1,0% (um por cento) do valor

Nominal Unitário atualizado, acrescido dos Juros Remuneratórios devidos até a data do resgate.

2ª Emissão:

02/06/2008 a 31/05/2012 – quatro ações ordinárias para cada debênture;

01/06/2012 a 31/05/2013 – duas ações ordinárias para cada debênture.

3ª Emissão:

Não se aplica, pois não há resgate antecipado.

p. quando os valores mobiliários forem de dívida, indicar, quando aplicável:

i. vencimento, inclusive as condições de vencimento antecipado:

Vencimento “normal”

1ª Emissão: 15 de julho de 2014.

2ª Emissão: 3 de junho de 2013.

3ª Emissão: 15 de dezembro de 2019.

Condições de vencimento antecipado:

1ª Emissão:

Além das hipóteses previstas nas "Disposições Aplicáveis aos Contratos do BNDES”, o BNDES

poderá declarar antecipadamente vencidas todas as debêntures e exigir o imediato pagamento,

pela COPASA MG, da dívida relativa ao saldo devedor das debêntures, acrescida dos juros e

demais encargos, na ocorrência dos seguintes eventos:

a) protesto reiterado de títulos contra a COPASA MG, do qual resulte riscos à

solvabilidade da empresa;

b) pedido de concordata preventiva formulado pela Companhia;

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220

Formulário de Referência 2010

c) liquidação ou decretação de falência da Companhia;

d) não haver sido sanado, no prazo de 30 (trinta) dias contados a partir do aviso escrito que

lhe for enviado pelo BNDES, qualquer descumprimento de obrigação prevista na

Escritura;

e) vencimento antecipado de qualquer dívida da Companhia em razão de inadimplemento

contratual, cujo montante possa, de qualquer forma, vir a prejudicar o cumprimento das

obrigações da Companhia;

f) a alienação, oneração ou qualquer outra forma de negociação de bens integrantes do

ativo permanente da Companhia, sem autorização previa e expressa do BNDES, salvo

se tratar de bens inservíveis ou obsoletos, ou de bens que sejam substituídos por novos

de idêntica finalidade;

g) a inclusão, em acordo societário ou Estatuto Social da Companhia, de dispositivo pelo

qual seja exigido “quorum” especial para deliberação ou aprovação de matérias que

limitem ou cerceiem o controle da empresa pelos respectivos controladores, ou ainda, a

inclusão naqueles documentos, de dispositivo que importem em :

(i) restrições à capacidade de crescimento da Companhia ou ao seu desenvolvimento

tecnológico;

(ii) restrições e acesso da Companhia a novos mercados; ou

(iii) restrições ou prejuízo à capacidade de pagamento das obrigações financeiras

decorrentes desta operação.

h) a redução do quadro de pessoal da Companhia sem atendimento ao disposto na

Escritura;

i) descumprimento, ou utilização fora dos padrões fixados pelo BNDES, conforme

Escritura;

j) descumprimento, dos limites e índices financeiros previstos na Escritura;

k) Não cumprimento, pela Companhia, de qualquer obrigação assumido nos termos do

Contrato de Cobrança, Depósito, Mandato e Outras Avenças - CCDMA;

l) As declarações realizadas conforme previstas na Escritura, pela Companhia, sejam

falsas ou enganosas, ou ainda, de forma relevante, incorretas ou incompletas;

m) Recusa do BNDES em aceitar a fundamentação apresentada pela Companhia pelo não

cumprimento da obrigação estabelecida na Escritura;

n) Perda de receitas superiores a 20% da receita arrecadada, conforme definida no

CCDMA, em razão de extinção de qualquer concessão, nos termos do artigo 35, da Lei

nº. 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, bem como de qualquer modificação na forma ou

manutenção do serviço atualmente prestado pela Companhia, sem que tenha sido

efetuado o pagamento antecipado.

o) A Companhia não efetuar o pagamento antecipado conforme previsto na Escritura.

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221

Formulário de Referência 2010

2ª Emissão:

Além das hipóteses previstas nas Disposições Aplicáveis aos Contratos do BNDES, o Agente

Fiduciário poderá declarar, observado o quorum estabelecido na Escritura, antecipadamente

vencidas todas as debêntures e exigir o pagamento, pela Companhia, da dívida relativa ao saldo

devedor das debêntures, acrescida dos juros e demais encargos incidentes até a data do

pagamento, na ocorrência dos seguintes eventos:

a) descumprimento pela Companhia de qualquer obrigação pecuniária relacionada às

debêntures, não sanada no prazo de até 10 (dez) dias úteis contados da expectativa data

de vencimento;

b) protesto reiterado de títulos contra a Companhia em valor individual que ultrapasse R$

R$ 20,0 milhões ou valor agregado em período de 12 (doze) meses consecutivos, que

ultrapasse, R$ 40,00 milhões, salvo se o protesto tiver sido efetuado por erro ou má-fé

de terceiros, e tal fato seja validamente comprovado pela Companhia' ou ainda se for

por ela sustado ou cancelado no prazo máximo de 72 (setenta e duas) horas contadas e

sua ocorrência. O valor de que trata este Item será atualizado anualmente desde a Data

de emissão pelo IPCA;

c) pedido de recuperação judicial ou extrajudicial formulado pela Companhia;

d) dissolução e liquidação da Companhia;

e) não haver sido sanado, no prazo de 30 (trinta) dias contados a partir a notificação

extrajudicial que lhe for enviada por qualquer Debenturista, o descumprimento de

qualquer obrigação não pecuniária prevista na Escritura;

f) declaração de vencimento antecipado de qualquer dívida da Companhia em razão de

inadimplemento contratual ou condenação definitiva ou pagamento na esfera judicial,

cujo montante individual seja igual ou superior a R$ 20,00 milhões ou cujo valor

agregado, em período de 12 (doze) meses consecutivos, seja igual ou superior a R$

40,00 milhões. O valor de que trata este Item será atualizado anualmente desde a data de

emissão pelo IPCA;

g) a inclusão, em acordo societário ou Estatuto Social da Companhia, de dispositivo pelo

qual seja exigido quorum especial para deliberação ou aprovação de matérias que

limitem ou cerceiem o controle Companhia pelos respectivos controladores, ou, ainda, a

inclusão naqueles documentos, de dispositivo que importe:

(i) restrições à capacidade de crescimento da Companhia ou ao seu desenvolvimento

tecnológico;

(ii) restrições e acesso da Companhia a novos mercados; ou

(iii) restrições ou prejuízo à capacidade de pagamento das obrigações financeiras decorrentes

desta operação.

h) constatação de que as declarações realizadas na Escritura de Emissão pela Companhia,

eram falsas ou enganosas, ou ainda, de forma relevante, incorretas ou incompletas na data em

que foram declaradas;

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222

Formulário de Referência 2010

i) mudança do objeto social da Companhia, salvo se aprovado previamente por titulares de

Debêntures representando a maioria das Debêntures e circulação;

j) caso a Companhia aprove redução do capital social com restituição aos acionistas de

partido valor das ações ou pela diminuição do valor desta, quando não integralizadas, à

importância das entradas, sem a prévia e expressa aprovação de titulares de debêntures

representando a maioria das debêntures em circulação;

k) criação de ações resgatáveis pela Companhia sem a prévia e expressa aprovação de

titulares de Debêntures representando a maioria das Debêntures em circulação;

l) caso o controle acionário efetivo, direto ou indireto, da Companhia seja alterado por

qualquer meio, salvo se aprovado previamente por titulares de debêntures representando

a maioria das debêntures em circulação;

m) aquisição pela Companhia do controle acionário ou de participação acionária em outras

sociedades, "joint ventures" ou consórcios que consistam em atividades não

complementares ao desenvolvimento normal do objeto social da Companhia,

caracterizando desvio do objeto social da Companhia, salvo se aprovado previamente

por titulares e debêntures representando a maioria das debêntures, sendo que a

Companhia convocará Assembleia de Debenturistas a ser realizada o prazo mínimo de

30 (trinta) dias contados da convocação para deliberar sobre as matérias referidas nesta

alínea, e a não realização da referida assembléia por não constituição do quorum de

instalação em primeira convocação implicará a aprovação tácita da operação;

n) saída da Companhia do Novo Mercado da BM&FBOVESPA, salvo se aprovado

previamente por titulares de debêntures representando a maioria das debêntures em

circulação;

o) ocorrência de qualquer incorporação, fusão, cisão, transformação ou qualquer outra

reorganização societária da Companhia, seja esta reorganização estritamente societária

ou realizada mediante disposição de ativos relevantes, salvo, neste último caso, se

decorrente de assunção de nova concessão, encerramento de concessão existente ou, e

qualquer caso, se aprovado previamente por titulares de debêntures representando a

maioria das debêntures em circulação, sendo que a Companhia convocará Assembleia

de Debenturistas a ser realizada o prazo mínimo de 30 (trinta) dias contados da

convocação para deliberar sobre as matérias referidas nesta alínea, e a não realização da

referida assembleia por não constituição do quorum de instalação em primeira

convocação implicará a aprovação tácita da operação;

j) não observância e cumprimento, pela Companhia, nos prazos estipulados na Escritura;

s) realização de investimentos, quando não previstos em orçamento anual, pela

Companhia que, isolada ou cumulativamente dentro de um mesmo exercício,

excederem a 15% (quinze por cento) do montante aprovado no orçamento de

investimentos anual, salvo se aprovado previamente por titulares de debêntures

representando a maioria das debêntures em circulação;

t) não cumprimento dos índices:

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223

Formulário de Referência 2010

(i) Dívida Líquida/EBITDA: igual ou menor que 3,0;

(ii) EBITDA/ROL: igual ou maior que 36%;

(iii) EBITDA/Serviço da Dívida: igual ou maior que 1,5; em que:

Dívida Líquida: (Dívida Bruta - Disponibilidades), sendo (Dívida Bruta = Empréstimos +

Financiamentos + Debêntures + quaisquer outras formas de endividamento, inclusive

parcelamentos junto a credores) e (Disponibilidades = Caixa + Aplicações Financeiras);

EBITDA: Resultado Operacional antes dos juros, imposto de renda, depreciação e amortização;

ROL: Receita Operacional Líquida;

Serviço da Dívida: amortização de principal + pagamento de juros.

u) alteração nos termos e condições ou extinção de contratos de concessão em que a

Companhia seja parte, salvo em decorrência de obrigação legal ou regulamentar, que

implique redução no faturamento líquido de 12 (doze) meses da Companhia equivalente

a 20% (vinte por cento) desse faturamento.

3ª Emissão:

Além das hipóteses previstas nas "Disposições Aplicáveis aos Contratos do BNDES", o BNDES

poderá declarar antecipadamente vencidas todas as debêntures da 2ª Emissão e exigir o imediato

pagamento, pela Companhia, da dívida relativa ao saldo devedor das debêntures, acrescida dos

juros e demais encargos, na ocorrência dos seguintes eventos:

a) protestos reiterados de títulos contra a Companhia, dos quais resultem riscos efetivos à

solvabilidade da empresa;

b) pedido de recuperação judicial ou extrajudicial formulado pela Companhia;

c) dissolução ou liquidação da Companhia;

d) descumprimento pela Companhia de qualquer obrigação pecuniária relacionada às

debêntures não sanada no prazo de até 10 (dez) dias úteis contados da respectiva data de

vencimento;

e) não haver sido sanado, no prazo de 30 (trinta) dias, contados a partir do aviso escrito

que lhe for enviado pelo BNDES, qualquer descumprimento de obrigação não

pecuniária prevista na Escritura;

f) declaração de vencimento antecipado de qualquer dívida da Companhia em razão de

inadimplemento contratual ou condenação definitiva ou pagamento na esfera

administrativa ou judicial, cujo montante individual seja igualou superior a R$ 20,0

milhões ou cujo valor agregado, em período de 12 (doze) meses consecutivos, seja

igualou superior a R$ 40,0 milhões, valor esse atualizado anualmente desde a data de

emissão pelo IPCA;

g) a inclusão, em acordo societário ou estatuto da Companhia, bem assim em acordo

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224

Formulário de Referência 2010

societário, estatuto ou contrato social das empresas que a controlam, de dispositivo pelo

qual seja exigido "quorum" especial para deliberação ou aprovação de matérias que

limitem ou cerceiem o controle de qualquer dessas empresas pelos respectivos

controladores, ou, ainda, a inclusão naqueles documentos, de dispositivo que importe

em:

I) restrições à capacidade de crescimento da Companhia ou ao seu

desenvolvimento tecnológico;

I) restrições de acesso da Companhia a novos mercados; ou

III) restrições ou prejuízo à capacidade de pagamento das obrigações financeiras

decorrentes desta operação;

h) redução do quadro de pessoal da Companhia sem atendimento ao disposto na Escritura;

j) não cumprimento, pela Companhia, de qualquer obrigação assumida nos seguintes

instrumentos: (i) CCDMA; (ii) Contrato de Promessa de Subscrição de Debêntures

Simples em Emissão Privada e Outros Pactos; (iii) Escritura da 1ª Emissão de

Debêntures; (iv) Contrato de Promessa de Subscrição de Debêntures Simples em

Emissão Privada e Outros Pactos; (v) Escritura da 2ª Emissão de Debêntures da

Companhia; e (vi) Contrato de Promessa de Subscrição de Debêntures Conversíveis da

2ª Emissão;

k) as declarações realizadas na Escritura, pela Companhia, sejam falsas ou enganosas, ou,

ainda, de forma relevante, incorretas ou incompletas;

I) mudança do objeto social da Companhia, que venha a excluir seu objetivo principal de

prestar serviços de saneamento, sendo que no caso de inclusão de nova atividade, o

faturamento a ela associado não poderá ultrapassar, no prazo de 12 (doze) meses

contados da inclusão, 15% (quinze por cento) do faturamento da Companhia, salvo se

aprovado previamente pelo BNDES;

m) aquisição pela Companhia do controle acionário ou de participação acionária em outras

sociedades, "joint ventures" ou consórcios que consistam em atividades não

complementares ao desenvolvimento normal do objeto social da Companhia,

caracterizando desvio do objeto social da Companhia, salvo se aprovado previamente

pelo BNDES, sendo que a não manifestação deste ao final do prazo máximo de 30

(trinta) dias, contados a partir da data de protocolo de recebimento de correspondência

da Companhia em que solicita a respectiva aprovação, implicará a aprovação tácita da

operação por parte do BNDES; ou

n) ocorrência de qualquer incorporação, fusão, cisão, transformação ou qualquer outra

reorganização societária da Companhia, seja esta reorganização estritamente societária

ou realizada mediante disposição de ativos relevantes, salvo, neste último caso, se

decorrente de assunção de nova concessão, encerramento de concessão existente ou, em

qualquer caso, se aprovado previamente pelo BNDES, sendo que a não manifestação

deste ao final do prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados a partir da data de

protocolo de recebimento de correspondência da Companhia em que solicita a

respectiva aprovação, implicará a aprovação tácita da operação por parte do BNDES.

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225

Formulário de Referência 2010

ii. juros:

1ª Emissão: TJLP + 3,58%

2ª Emissão: TJLP + 2,3%

3ª Emissão: TJLP + 2,3%

iii. garantia e, se real, descrição do bem objeto:

1ª Emissão: garantia flutuante

2ª Emissão: garantia flutuante

3ª Emissão: cessão e vinculação da receita.

iv. na ausência de garantia, se o crédito é quirografário ou subordinado:

Não se aplica

v. eventuais restrições impostas ao emissor em relação:

à distribuição de dividendos

Não existe restrições quanto à distribuição de dividendos.

à alienação de determinados ativos:

1ª Emissão:

A alienação, oneração ou qualquer outra forma de negociação de bens integrantes do ativo

permanente da COPASA MG, sem autorização prévia e expressa do BNDES, salvo se tratar de

bens inservíveis ou obsoletos, ou de bens que sejam substituídos por novos de idêntica

finalidade.

2ª Emissão:

Não alienar ou onerara bens integrantes do seu Ativo Permanente sujeitos a registro de

propriedade, acima do limite de R$ 50,00 milhões por ano.

3ª Emissão:

Não alienar ou onerara bens integrantes do seu Ativo Permanente sujeitos a registro de

propriedade, acima do limite de R$ 50,00 milhões por ano.

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Formulário de Referência 2010

à contratação de novas dívidas:

A Companhia poderá contratar novas dívidas, desde que os índices abaixo sejam respeitados:

1ª Emissão: grau de Endividamento: igual ou menor que 70%

2ª Emissão: Dívida Líquida/EBITDA: igual ou menor que 3,0(três)

3ª Emissão: Dívida Líquida/EBITDA: igual ou menor que 3,0(três)

à emissão de novos valores mobiliários:

1ª Emissão e 3ª Emissão: Não se aplica

2ª Emissão:

Até o vencimento final das debêntures da 2ª Emissão, caso a Assembleia Geral da COPASA

MG delibere emitir outras debêntures conversíveis em ações, para subscrição pública ou

privada, a preços de conversão inferiores ao da relação de conversão das debêntures,

devidamente atualizado, cada titular de debêntures terá, a seu critério, e a qualquer tempo, o

direito de converter as suas debêntures, em ações ordinárias, pelo preço de conversão das novas

emissões, ajustado para que sejam refletidas as mutações na relação de conversão previstas na

Escritura atualizado pelo Termo de Capitalização (TC) desde o dia subsequente à data de

encerramento do direito de preferência relativo à emissão das debêntures conversíveis. Isso

também se aplica no caso de emissão de bônus de subscrição ou aumento do capital social para

subscrição pública ou privada em preços inferiores ao das debêntures conversíveis.

vi. o agente fiduciário, indicando os principais termos do contrato

1ª Emissão: Não se aplica

2ª Emissão: Planner Corretora de Valores

3ª Emissão: Não se aplica

vii. condições para alteração dos direitos assegurados por tais valores

mobiliários

Não se aplica

q. outras características relevantes

Todas as informações consideradas relevantes foram citados nos referidos tópicos

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227

Formulário de Referência 2010

18.6. Indicar os mercados brasileiros nos quais valores mobiliários do emissor são

admitidos à negociação:

Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros - BM&F BOVESPA.

18.7. Em relação a cada classe e espécie de valor mobiliário admitida à negociação em

mercados estrangeiros, indicar:

r. país

s. mercado

t. entidade administradora do mercado no qual os valores mobiliários são

admitidos à negociação

u. data de admissão à negociação

v. se houver, indicar o segmento de negociação

w. data de início de listagem no segmento de negociação

x. percentual do volume de negociações no exterior em relação ao volume total de

negociações de cada classe e espécie no último exercício

y. se houver, proporção de certificados de depósito no exterior em relação a cada

classe e espécie de ações

z. se houver, banco depositário

aa. se houver, instituição custodiante

Não se aplica

18.8. Descrever as ofertas públicas de distribuição efetuadas pelo emissor ou por

terceiros, incluindo controladores e sociedades coligadas e controladas, relativas a

valores mobiliários do emissor

Oferta Pública Inicial - IPO: a Companhia realizou seu IPO em fevereiro de 2006 quando

foram emitidas das 34.615.384 ações. O valor total da operação foi R$ 813,5 milhões utilizados

no programa de expansão da Companhia.

Oferta Secundária de Ações: os acionistas Município de Belo Horizonte e Companhia de

Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais – CODEMIG concluíram, em abril de 2008, uma

oferta pública de distribuição secundária de ações de emissão da Companhia. O total de ações

negociadas foi de 18.776.521, sendo 7.641.537 ações de titularidade da CODEMIG e

11.134.984 ações de titularidade do Município de Belo Horizonte. O preço por ação foi R$

24,50 e a operação total foi de R$ 460,0 milhões.

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Formulário de Referência 2010

2ª Emissão de debêntures: em junho de 2007, a Companhia emitiu debêntures privadas

conversíveis em ações no valor total de R$ 141,0 milhões com os seguintes termos e condições:

2ª Emissão de debêntures

Data de emissão 01 de junho de 2007

Quantidade de debêntures 1.130.000

Valor nominal unitário em reais R$ 124,80

Preço por ação R$ 31,20 por ação, atualizado pela TJLP

Carência do principal 59 meses

Amortização 1º de junho de 2012 e 1º de junho de

2013

Remuneração TJLP + 2,3% a.a.

Garantia Flutuante

Foi assegurado aos acionistas da Companhia o dire ito de preferência para a subscrição das

debêntures na proporção do número de ações de emissão da COPASA MG que possuíam no dia

30 de julho de 2007, sendo que para subscrever 01 (uma) debênture, seria necessário que o

acionista possuísse 102 (cento e duas) ações da COPASA MG. O prazo para exercer o direito de

preferência era de 30 dias contados a partir do dia 30 de julho de 2007, data da publicação do

Aviso aos Acionistas, vencido, portanto, no dia 28 de agosto de 2007. A opção pela conversão

se dará entre 02 de junho de 2008 e 31 de maio de 2012, quando cada debênture poderá ser

convertida em quatro ações ordinárias de nossa emissão, e entre 01 de junho de 2012 e 31 de

maio de 2013, quando cada debênture poderá ser convertida em duas ações ordinárias de nossa

emissão, tendo em vista que nesse momento 50% já teria sido amortizado ou convertido em

ações se for o caso.

Até 30 de junho de 2010 já foram efetuadas as seguintes conversões, conforme quadro a seguir:

Data Debêntures Ações

04/08/2008 188 752

06/03/2009 5.396 21.584

12/03/2009 973 3.892

01/04/2009 20.595 82.380

18/06/2009 2.039 8.156

02/07/2009 4.208 16.832

21/07/2009 240 960

Total 33.639 134.556

Os recursos provenientes da 2ª emissão de debêntures estão sendo utilizados no Plano de

Investimentos da Companhia para o período 2007/2010, sendo destinados à modernização,

ampliação e implantação de estações de tratamento de água e de esgotamento sanitário,

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Formulário de Referência 2010

otimização das operações, com melhoria no controle de redução de perdas e para estudos e

projetos de abastecimento de água e serviços de esgotamento sanitário, bem como investimentos

em novas concessões e desenvolvimento institucional.

3ª Emissão de Debêntures: Em dezembro de 2007, a Companhia realizou, em lançamento

privado, colocação de debêntures simples, não conversíveis em ações, mediante subscrição

exclusiva pelo Banco de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES constituídas por 450

(quatrocentos e cinquenta) debêntures de R$ 1,0 milhão cuja emissão está sendo realizada em

18 (dezoito) séries de R$ 25,0 milhões cada uma, cujos termos e condições contratuais são os

seguintes:

Debênture da 3ª Emissão

Data de emissão 01 de junho de 2007

Prazo 12 anos

Carência do principal 30 meses

Amortização 114 meses

Vencimento final 15 de dezembro de 2019

Remuneração TJLP + 2,3% a.a.

Garantia Flutuante cessão e vinculação de recebíveis, mais a conta reserva

Essa 3ª emissão está garantida pelo valor mensal mínimo de R$ 18,0 milhões, atualizado

anualmente pelo IPCA, relativo à receita tarifária da Companhia e por uma conta reserva, cujo

saldo mínimo corresponda ao pagamento de três parcelas mensais vincendas, relativas às

debêntures de todas as séries colocadas e subscritas, depositado em um fundo de investimento,

registrado na rubrica caução de garantia de financiamentos. Em 31 de dezembro de 2010, o

montante caucionado R$ 7,1 milhões.

18.9. Descrever as ofertas públicas de aquisição feitas pelo emissor relativas a ações de

emissão de terceiro

Não se aplica.

18.10. Fornecer outras informações que o emissor julgue relevante:

Não se aplica.

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Formulário de Referência 2010

19. Planos de recompra e valores mobiliários em tesouraria

19.1. Em relação aos planos de recompra de ações do emissor, fornecer as seguintes

informações

a. datas das deliberações que aprovaram os planos de recompra

b. em relação a cada plano, indicar:

i. quantidade de ações previstas, separadas por classe e espécie

ii. percentual em relação ao total de ações em circulação, separadas por

classe e espécie

iii. período de recompra

iv. reservas e lucros disponíveis para a recompra

v. outras características importantes

vi. quantidade de ações adquiridas, separadas por classe e espécie

vii. preço médio ponderado de aquisição, separadas por classe e espécie

viii. percentual de ações adquiridas em relação ao total aprovado

A Companhia não possui Programa de Recompra de ações.

19.2. Em relação à movimentação dos valores mobiliários mantidos em tesouraria, em

forma de tabela, segregando por tipo, classe e espécie, indicar a quantidade, valor

total e preço médio ponderado de aquisição do que segue

a. saldo inicial

b.aquisições

c. alienações

d.cancelamentos

e. saldo final

A Companhia não realizou movimentações das ações em tesouraria nos três últimos exercícios

19.3. Em relação aos valores mobiliários mantidos em tesouraria na data de

encerramento do último exercício social, indicar, em forma de tabela, segregando

por tipo, classe e espécie:

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Formulário de Referência 2010

Ações em Tesouraria

a. quantidade 370.176

b. preço médio ponderado de aquisição* R$25,28

c. data de aquisição* 1998

d. percentual em relação aos valores mobiliários em circulação da mes ma classe e espécie 0,32%

*A Companhia possui 370 mil ações ordinárias de sua própria emissão em tesouraria, no valor de R$ 9,2 milhões, adquiridas principalmente do acionista Estado de Minas Gerais, por meio de operações vinculadas a acertos de débitos oriundos de prestação de

serviços de água e esgoto e convênios de cooperação técnica.

19.4. Fornecer outras informações que o emissor julgue relevantes

As informações consideradas importantes pela Companhia foram descritas nos quadros

anteriores.

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Formulário de Referência 2010

20. Política de negociação de valores mobiliários

20.1. Indicar se o emissor adotou política de negociação de valores mobiliários de sua

emissão pelos acionistas controladores, diretos ou indiretos, diretores, membros

do conselho de administração, do conselho fiscal e de qualquer órgão com funções

técnicas ou consultivas, criado por disposição estatutária, informando:

a. data de aprovação: 26/06/2009

b. pessoas vinculadas

Acionistas controladores, diretores, membros do Conselho de Administração, do Conselho Fiscal e de

quaisquer órgãos com funções técnicas ou consultivas criados por disposição estatutária, os empregados

da Companhia que, por qualquer circunstância, possam ter conhecimento de Atos ou Fatos Relevantes e

ainda outras pessoas, tais como consultores, auditores independentes, analistas de empresas de rating e

assessores que venham a ter acesso a Ato ou Fato Relevante;principais características

c. previsão de períodos de vedação de negociações e descrição dos procedimentos

adotados para fiscalizar a negociação em tais períodos

a. desde a data de ciência até a data da comunicação de Ato ou Fato relevante ao mercado;

b. no período de 15 (quinze) dias corridos que anteceder a divulgação das informações financeiras

trimestrais (ITRs) e anuais (DFP) da Companhia;

c. no período compreendido entre a data da decisão do Conselho de Administração, registrada em

ata de reunião, e a publicação dos editais ou anúncios relacionados a aumento do capital social

da Companhia, distribuição de dividendos, pagamento de juros sobre capital próprio,

bonificação em ações ou seus derivativos, grupamento e/ou desdobramento de ações;

d. sempre que estiver em curso a intenção de promover a incorporação, cisão total ou parcial,

fusão, transformação ou reorganização societária;

e. sempre que estiver em curso a intenção de aquisição ou alienação de Ações pela própria

Companhia;

f. nos períodos determinados pela regulamentação emitida pela Comissão de Valores Mobiliários;

g. quando o Diretor Financeiro e de Relações com Investidores, independentemente de justificação

ou da existência de ato ou fato relevante, estipular períodos em que as Pessoas Vinculadas e

Funcionários com acesso a Informação Privilegiada não possam negociar com Valores

Mobiliários.

No caso de Pessoa Vinculada se afastar da Companhia continuará obrigado a observar os termos e

condições da Política de Negociação pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias após o seu afastamento.

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Formulário de Referência 2010

Exceções às Restrições Gerais à Negociação de Valores Mobiliários

As restrições à negociação não se aplicam à própria Companhia, aos Acionistas Controladores, aos

Administradores, aos Conselheiros Fiscais e aos Funcionários com acesso a Informação Privilegiada, a

partir da data de assinatura do Termo de Adesão, quando realizarem operações no âmbito da Política de

Negociação.

Serão enquadradas no âmbito da Política de Negociação as negociações das pessoas acima referidas

realizadas de acordo com plano de investimento a longo prazo aprovado pela Companhia, atendendo pelo

menos a uma dessas características:

a. execução, pela Companhia, das compras objeto de programa de recompra de ações para

cancelamento ou manutenção em tesouraria;

b. aplicação da remuneração variável, recebida a título de participação nos lucros e resultados da

Companhia, na aquisição de Valores Mobiliários;

c. aquisição de ações para cancelamento ou manutenção em tesouraria ou alienação de ações em

tesouraria pela Companhia, por meio de negociação privada, decorrente do exercício de opção de

compra no âmbito de plano de opção de compra de ações da Companhia, devidamente aprovado pela

Assembleia Geral.

Da mesma forma não se aplicam as restrições gerais previstas nesta Política de Negociação a aquisição e

alienação de ações que se encontrem em tesouraria, por meio de negociação privada, decorrente do

exercício de opção de compra de acordo com eventual Plano de Opção de Compra de ações da

Companhia, devidamente aprovado em assembléia geral.

Além das hipóteses previstas acima, mesmo após a divulgação de Ato ou Fato Relevante, continuará

prevalecendo a proibição de negociação, caso esta possa interferir nas condições dos negócios com

Valores Mobiliários, de maneira a acarretar dano à própria Companhia ou a seus acionistas, devendo tal

restrição adicional ser informada pelo Diretor Financeiro e de Relações com Investidores.

Vedação à Deliberação Relativa à Aquisição ou à Alienação de Ações de Emissão da

Própria Companhia

O Conselho de Administração somente poderá aprovar a aquisição ou a alienação, pela Companhia, de

Valores Mobiliários de emissão da própria Companhia após serem divulgadas ao público, se for o caso,

por meio da publicação de Ato ou Fato Relevante, informações relativas à:

a. celebração de qualquer acordo ou contrato para a transferência do controle acionário da

Companhia;

b. outorga de opção ou mandato para o fim de transferência do controle acionário da Companhia;

c. existência de intenção de se promover incorporação, cisão total ou parcial, fusão, transformação

ou reorganização societária que envolva a Companhia.

Além disso, caso, após a aprovação de programa de recompra, ocorra fato que se enquadre em qualquer

das três hipóteses acima, a Companhia suspenderá imediatamente as operações com Valores Mobiliários

de sua própria emissão até a divulgação do respectivo Ato ou Fato Relevante.

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Formulário de Referência 2010

20.2. Fornecer outras informações que o emissor julgue relevantes

Todas as informações consideradas relevantes pela Companhia foram relatadas acima.

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Formulário de Referência 2010

21. Política de divulgação de informações

21.1. Descrever normas, regimentos ou procedimentos internos adotados pelo emissor

para assegurar que as informações a serem divulgadas publicamente sejam

recolhidas, processadas e relatadas de maneira precisa e tempestiva

Política de Divulgação de Ato ou Fato Relevante - A Companhia possui uma política de

divulgação e manutenção de sigilo de atos e fatos relevantes. Essa política estabelece as regras

que deverão ser observadas pelo Diretor de Relações com Investidores e demais Pessoas

Vinculadas no que tange à divulgação de Informações Relevantes e à manutenção de sigilo

acerca de Informações Relevantes que ainda não tenham sido divulgadas ao público.

Código de Conduta Ética - A Companhia possui um Código de Conduta Ética que busca

sistematizar diretrizes éticas que norteiem e guiem sua atuação cotidiana como empresa cidadã,

em prol da vida. Estão sujeitos a este Código de Conduta Ética todos os empregados e

estagiários da COPASA MG, prestadores de serviço e aqueles que exercem mandato, ainda que

transitoriamente e sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou

qualquer outra forma de investidura ou vinculo.

21.2. Descrever a Política de ato ou fato relevante adotada pelo emissor, indicando os

procedimentos relativos à manutenção de sigilo acerca de informações relevantes

não divulgadas

A Companhia aprovou, em 26 de junho de 2009, a sua Política de Divulgação de Ato ou Fato

Relevante “Política de Divulgação” que deve ser observada pelas Pessoas Vinculadas, ou seja,

acionistas controladores, diretores, membros do Conselho de Administração, do Conselho Fiscal

e de quaisquer órgãos com funções técnicas ou consultivas criados por disposição estatutária, os

empregados da Companhia que, por qualquer circunstância, possam ter conhecimento de Atos

ou Fatos Relevantes e ainda outras pessoas, tais como consultores, auditores independentes,

analistas de empresas de rating e assessores que venham a ter acesso a Ato ou Fato Relevante;

Assim, foram definidas as competências e atribuições para as Pessoas Vinculadas quando da

existência de qualquer decisão de acionista controlador, deliberação geral do Conselho de

Administração ou da Diretoria Executiva, ou qualquer outro ato ou fato de caráter político-

administrativo, técnico, negocial ou econômico-financeiro ocorrido ou relacionado aos seus

negócios que possa influir de modo ponderável na cotação dos Valores Mobiliários de emissão

da Companhia ou a eles referenciados, decisão dos investidores de comprar, vender ou manter

esses Valores Mobiliários e decisão dos investidores de exercer quaisquer direitos inerentes à

condição de titular desses Valores Mobiliários ou a eles referenciados. Tais competências e

atribuições estão descritas a seguir:

Da Diretoria Executiva

examinar e deliberar se as informações que lhe tenham sido encaminhadas pelo Diretor

Financeiro e de Relações com Investidores configuram Ato ou Fato Relevante;

deliberar se os Atos ou Fatos Relevantes deverão ser mantidos em sigilo;

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236

Formulário de Referência 2010

avaliar e aprovar as indicações, realizadas por cada diretoria da Companhia, dos cargos,

empregados e terceiros que deverão aderir à Política de Divulgação;

deliberar acerca do envio à apreciação da CVM de questões referentes à divulgação ao

público de Ato ou Fato Relevante que possa colocar em risco interesse legítimo da

Companhia.

Do Diretor Financeiro e de Relações com Investidores

submeter à deliberação da Diretoria Executiva as informações que possam configurar Ato

ou Fato Relevante, imediatamente após sua ciência;

determinar os períodos de vedação à negociação de Valores Mobiliários de emissão da

Companhia;

estabelecer o volume dos Valores Mobiliários da Companhia por pessoas sujeitas à

Política de Divulgação;

apurar os casos de violação da Política de Divulgação juntamente com a Auditoria

Interna;

solicitar a convocação da reunião da Diretoria Executiva quando se fizer necessário a

verificação de algum fato extraordinário da Política de Divulgação;

decidir sobre a configuração de Ato ou Fato Relevante nas situações excepcionais,

quando a realização de reunião da Diretoria Executiva não puder se dar de forma

tempestiva;

comunicar primeiramente à CVM o Ato ou Fato Relevante, e imediatamente, às Bolsas de

Valores e a qualquer entidade do mercado onde seja admitida a negociação dos Valores

Mobiliários de emissão da Companhia, assim como ao público investidor em geral,

observada a decisão da Diretoria Executiva e ressalvada a manutenção do sigilo em

benefício da Companhia;

manter registro das providências tomadas acerca das situações relativas à divulgação e ao

sigilo sobre Informação Relevante;

prestar aos órgãos competentes, quando por estes exigidos, esclarecimentos adicionais à

divulgação de Ato ou Fato Relevante, obedecendo aos prazos estabelecidos;

informar por escrito à Pessoa Vinculada que lhe tiver feito a comunicação do Ato ou Fato

Relevante sobre as providências a serem tomadas, inclusive quando da manutenção do

sigilo em benefício da Companhia;

fiscalizar o cumprimento da Política de Divulgação, submetendo à apreciação da

Diretoria Executiva os casos nos quais haja suspeita da sua violação.

Da Unidade de Relações com Investidores

manter atualizada a relação das Pessoas Vinculadas quando identificáveis, com indicação

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237

Formulário de Referência 2010

de cargo ou função, endereço e número de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas

Jurídicas ou no Cadastro de Pessoas Físicas;

manter em arquivo cópias dos documentos relativos à ciência e adesão das Pessoas

Vinculadas à Política de Divulgação, observando a confidencialidade, quando for o caso,

mantendo o arquivamento por 05 (cinco) anos após a desvinculação da Pessoa Vinculada

com a Companhia;

elaborar as minutas de comunicados de Ato ou Fato Relevante, submetendo-as

prontamente ao Diretor Financeiro e de Relações com Investidores;

proceder, sob a supervisão do Diretor Financeiro e de Relações com Investidores, a

divulgação de Ato ou Fato Relevante, prioritariamente à CVM, e simultaneamente à

BOVESPA, ao mercado em geral;

esclarecer as eventuais dúvidas suscitadas pelas Pessoas Vinculadas relativas à

interpretação e aplicabilidade da Política de Divulgação, reportando imediatamente ao

Diretor Financeiro e de Relações com Investidores as questões formuladas e respostas

encaminhadas.

Das Pessoas Vinculadas

manter sigilo das informações relativas a Ato ou Fato Relevante até a sua divulgação ao

mercado, dando a essas informações difusão restrita e apenas quando necessária ao

desenvolvimento dos negócios a elas relativas e no interesse da Companhia, respondendo

civil, penal e administrativamente pela divulgação e utilização indevida de Informação

Relevante ainda não divulgada ao mercado;

comunicar por escrito, ao Diretor Financeiro e de Relações com Investidores ou, na sua

ausência, ao Diretor Presidente da Companhia, o ato ou fato que possa configurar Ato ou

Fato Relevante de que venham a ter conhecimento;

no caso de acionistas controladores, diretores, membros do Conselho de Administração,

do Conselho Fiscal e de quaisquer órgãos com funções técnicas ou consultivas, criados

por disposições estatutárias, comunicar diretamente à CVM, desde que decorridos 5

(cinco) dias da comunicação mencionada na alínea anterior, o Ato ou Fato Relevante de

que tiverem conhecimento, caso o Diretor Financeiro e de Relações com Investidores seja

omisso quanto ao cumprimento da Política de Divulgação, dando ciência por escrito da

referida comunicação à Diretoria da Companhia;

reportar ao Diretor Financeiro e de Relações com Investidores a ocorrência de fatos ou

atos que possam caracterizar o vazamento das informações relativas a Ato ou Fato

Relevante. Entende-se por “vazamento das informações” a situação na qual as

informações relativas a Ato ou Fato Relevante tenham escapado do círculo restrito de

pessoas que tinham acesso à mesma nos termos da Política de Divulgação;

identificar prontamente para o Diretor Financeiro e de Relações com Investidores os

terceiros e subordinados que venham a ter acesso às informações sigilosas ou que possam

caracterizar Ato ou Fato Relevante, indicando o nome e cargo dessas pessoas, e zelar para

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238

Formulário de Referência 2010

que esses terceiros cumpram com o disposto na Política de Divulgação e com o dever de

confidencialidade;

certificar-se de que todos os documentos que contenham informações sigilosas circulem

com aviso de confidencialidade e/ou de restrição de acesso e, ainda, que as

correspondências, convencionais ou eletrônicas, tenham como destinatário pessoas de

confiança, que estejam cientes de que as informações são prestadas em caráter sigiloso;

na hipótese de, inadvertidamente, ter comunicado, antes de sua divulgação ao mercado,

Ato ou Fato Relevante a qualquer Pessoa não Vinculada, reportar imediatamente tal fato

ao Diretor Financeiro e de Relações com Investidores, para que este tome as providências

cabíveis; e

cooperar com o Diretor Financeiro e de Relações com Investidores, fornecendo-lhe as

informações necessárias ao cumprimento das atribuições deste, ressalvado o direito de

manutenção de sigilo nos termos da legislação aplicável.

A divulgação de Ato ou Fato Relevante será feita antes do início dos negócios no mercado ou

após o seu encerramento, exceto quando, justificadamente, deva ser feito em momento diverso

visando o melhor interesse do Público Investidor, sem prejuízo da faculdade do Diretor

Financeiro e de Relações com Investidores solicitar a suspensão das negociações quando a

divulgação se der durante o período de funcionamento dos mercados, pelo tempo necessário à

sua adequada disseminação.

No entanto, o Ato ou Fato Relevante poderá, em caráter excepcional, não ser divulgado quando

o Acionista Controlador ou a Diretoria Executiva entenderem que sua divulgação poderá ser

prejudicial para a Companhia, colocando em risco seus legítimos interesses, observado o que

segue:

o Acionista Controlador ou a Diretoria Executiva deverá solicitar, se for o caso, a

manutenção de sigilo à Comissão de Valores Mobiliários em envelope registrado, lacrado

e com advertência de confidencialidade, tendo como destinatário o Presidente da

Autarquia;

as Pessoas Vinculadas que decidirem pela manutenção do sigilo em benefício da

Companhia deverão cientificar formalmente o Diretor Financeiro e de Relações com

Investidores do conteúdo do fato tido como relevante em estado sigiloso, dando-lhe

imediatamente conhecimento das informações que sejam necessárias ao cumprimento da

Política de Divulgação e à observância das determinações enviadas pelos órgãos

competentes. Na hipótese de vazamento dessas informações ou se ocorrer oscilação

atípica na cotação, preço ou quantidade negociada dos Valores Mobiliários, essas Pessoas

Vinculadas deverão fornecer ao Diretor Financeiro e de Relações com Investidores as

informações que se façam necessárias à divulgação do Ato ou Fato Relevante; e

observadas as regras pertinentes à imediata divulgação do Fato Relevante, o Acionista

Controlador poderá julgar imprópria ou prematura a revelação do conteúdo do Fato

Relevante nos termos da alínea “b” acima, dando ciência da decisão ao Diretor Financeiro

e de Relações com Investidores.

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239

Formulário de Referência 2010

Sempre que ocorrer oscilação nas cotações dos Valores Mobiliários, seja em seus preços ou nas

quantidades negociadas, o Diretor Financeiro e de Relações com Investidores diligenciará

internamente na Companhia com o objetivo de verificar se as Pessoas Vinculadas têm

conhecimento de informação que possa configurar Ato ou Fato Relevante.

As Pessoas Vinculadas à Companhia, bem como outras que a Diretoria Executiva considere

necessário ou conveniente, deverão aderir à Política de Divulgação mediante assinatura de

termo próprio, no ato da nomeação, contratação, eleição, promoção ou transferência, em que

declararão que conhecem os seus termos e que se obrigam a observá-los.

Quanto à adesão à Política de Divulgação a Diretoria Executiva indicará, mediante proposta do

Diretor Financeiro e de Relações com Investidores, os cargos que estarão sujeitos à adesão,

sendo que cabe ao Diretor da Companhia, responsável por operação ou negócio que possa dar

origem a Ato ou Fato relevante, informar ao Diretor Financeiro e de Relações com Investidores

os empregados e terceiros que deverão aderir à Política de Divulgação. Tais adesões deverão ser

imediatamente comunicadas à Diretoria Financeira e de Relações com Investidores, que manterá

cadastro centralizado e atualizado de todas as pessoas que a aderirem e que será responsável

pela disponibilização desse cadastro aos órgãos competentes, quando por estes solicitados.

No caso de violação da Política de Divulgação o infrator a sanções disciplinares, de acordo com

as normas internas, do Código de Conduta Ética, entre outras, sem prejuízo das sanções

administrativas civis e penais cabíveis, observando o seguinte:

aos acionistas controladores, diretores, membros do Conselho de Administração, do

Conselho Fiscal e de quaisquer órgãos com funções técnicas ou consultivas criados por

disposição estatutária serão aplicadas as sanções deliberadas pelo Conselho de

Administração da Companhia, após apuração e encaminhamento pelo Diretor Financeiro

e de Relações com Investidores;

aos empregados da Companhia que, por qualquer circunstância, possam ter conhecimento

de Atos ou Fatos Relevantes serão aplicáveis as sanções previstas nas normas internas da

mesma; e

a infração praticada por qualquer outra das Pessoas Vinculadas, tais como consultores,

auditores independentes, analistas de empresas de rating e assessores que venham a ter

acesso a Ato ou Fato Relevante, caracterizará inadimplemento contratual, podendo a

Companhia, sem qualquer ônus, rescindir o respectivo contrato e exigir o pagamento da

multa nele estabelecida, sem prejuízo das perdas e danos.

Além disso, o Diretor Financeiro e de Relações com Investidores deverá informar ao Conselho

de Administração todas as infrações praticadas. Qualquer pessoa que aderir à Política e tiver

conhecimento de sua violação deverá, incontinenti, comunicar o fato ao Diretor Financeiro e de

Relações com Investidores.

21.3. Informar os administradores responsáveis pela implementação, manutenção,

avaliação e fiscalização da política de divulgação de informações

Diretor Financeiro e de Relações com Investidores

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240

Formulário de Referência 2010

21.4. Fornecer outras informações que o emissor julgue relevantes

Todas as informações consideradas importantes foram reportadas nos devidos tópicos desse

relatório.