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Formação dos Solos Solos Transportados (Sedimentares): Solo Aluvial, Solo Lacustre, Solo Coluvial, Solo Eólico e Solo Marinho Bibliografia: Notas de aula (apostila) de Geotécnica, Prof. Reno Reine Castello (1998) Chiossi, N. J. (1979); Geologia Aplicada à Engenharia Teixeira, W.; Toledo, M.C.M.; Fairchild, T.R.; Taioli, F. Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos, pp. 1-26. Press, F., Siever, R., Grotzinger, J., Jordan, T.H. 2006. Para Entender a Terra. Porto Alegre, Bookman,656p. (4a edição). Vaz, L.F. Classificação genética dos solos e dos horizontes de alteração de rochas em regiões tropicais. In: Rev. Solos e Rochas, v.19, n. 2, ABMS/ABGE, São Paulo, SP, 1996. p. 117-136. Ortigão, J.A.R. (2007). Introdução à Mecânica dos Solos dos Estados Críticos.3ª ed. Sowers, G. F. (1979); Introductory Soil Mechanics and Foundations; MacMillan Publishing Co., Inc., 4a edição. Castello, R. R.; Polido, U. F. P. Tentativa de Sistematização da Baixadas Litorâneas Brasileiras: Origem, Caracterísitica Geotécnica e Experiências de Obras. vol. 2.

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Page 1: Formação dos Solos - EcivilUFES · PDF fileSolo Aluvial - rios 3 Os solos aluviais se constituem através da deposição de materiais sólidos que são transportados e arrastados

Formação dos Solos

Solos Transportados (Sedimentares):

Solo Aluvial, Solo Lacustre, Solo Coluvial, Solo Eólico e Solo Marinho

Bibliografia:

Notas de aula (apostila) de Geotécnica, Prof. Reno Reine Castello (1998)

Chiossi, N. J. (1979); Geologia Aplicada à Engenharia

Teixeira, W.; Toledo, M.C.M.; Fairchild, T.R.; Taioli, F. Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina

de Textos, pp. 1-26.

Press, F., Siever, R., Grotzinger, J., Jordan, T.H. 2006. Para Entender a Terra. Porto Alegre,

Bookman,656p. (4a edição).

Vaz, L.F. Classificação genética dos solos e dos horizontes de alteração de rochas em

regiões tropicais. In: Rev. Solos e Rochas, v.19, n. 2, ABMS/ABGE, São Paulo, SP, 1996. p.

117-136.

Ortigão, J.A.R. (2007). Introdução à Mecânica dos Solos dos Estados Críticos.3ª ed.

Sowers, G. F. (1979); Introductory Soil Mechanics and Foundations; MacMillan Publishing

Co., Inc., 4a edição.

Castello, R. R.; Polido, U. F. P. Tentativa de Sistematização da Baixadas Litorâneas

Brasileiras: Origem, Caracterísitica Geotécnica e Experiências de Obras. vol. 2.

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Solos Transportados (sedimentares)

São aqueles formados pelo acúmulo do resíduo do

intemperismo de uma rocha em local diferente do de formação.

Solos

Coluvionares

Sem Blocos de

rocha Coluvião

Com Blocos de

rocha Tálus

Solo Aluvial ou Fluvial (rio)

Ação da água

Ação do vento Solos Eólicos

Solo Marinho (ação do mar)

Solo lacustre (lago) Solos

Aluvionares

Ação da

gravidade

Ação de geleira Solos Glaciais

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3 Solo Aluvial - rios

Os solos aluviais se constituem através da deposição de materiais

sólidos que são transportados e arrastados pelas águas dos rios.

O tamanho dos detritos vai-se tornando cada vez menor, quanto maior for a distância das cabeceiras.

Curso Superior

CABECEIRA

• Zona muito inclinada

• Atividade erosiva (velocidade elevada)

• Depósitos de piemonte primeiros

sedimentos fluviais formados geralmente

no sopé das montanhas.

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4 Solo Aluvial - rios

Curso Médio

• Formação de meandros (caminhos de

fluxo)

• Inclinação diminui velocidade

diminui menor poder de transporte

• Deposição no fundo (seixos e areia)

• Erosão lateral

Curso Inferior

Vale de Inundação

• Baixa velocidade

• Deposição de sedimentos finos (silte,

argila e matéria orgânica

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5 Solo Aluvial - rios

As águas procuram, tortuosamente, os caminhos mais fáceis para seu fluxo criando meandros. Maior velocidade e poder erosivo em um dos lados do canal erodindo e

aprofundando o canal Menor velocidade do outro lado do canal deposição de sedimentos

formando barras. Meandros abandonados transformam-se em “braços mortos” dos rios

deposição de sedimentos finos, geralmente argilosos e orgânicos.

Meandro de um rio

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6 Solo Aluvial - rios

Estádios de desenvolvimento de meandros de um rio e seu vale de inundação.

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7 Solo Aluvial - rios

•Transporte de material por arrastamento, salto e suspensão

A figura ilustra os vários tipos de transporte da carga sólidas de um rio e

a sua relação com a dimensão e forma dos sedimentos.

Silte e

argila

Areia

Pedregulho

Suspensão

Arrastamento

e salto

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8 Solo lacustre

Os sedimentos em suspensão são transportados por rios e outros cursos d’água e quando deságua num lago há uma perda brusca de velocidade e deposição de sedimentos mais grossos por exemplo, e chegam aos lagos. Acúmulo de sedimentos no período de cheia (sedimentos maiores e em maior

quantidade) e de sedimentos mais finos na seca; Depósito de areia no delta do lago;

Depósito de silte e argila quando as águas ficam calmas;

Avanço da vegetação para o centro do lago;

Transformação do lago em brejo. Alternância de silte e argila

Depósito lacustre típico em região úmida (Sowers, 1970)

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9 Solo Coluvial

Solos transportados pela gravidade nos deslizamentos de terra das

encostas de morros.

Colúvio: depósitos constituídos exclusivamente por solos.

Tálus: restrito aos depósitos constituídos por solos e blocos ou apenas

por blocos de rochas.

Os tálus são formados pelo mesmo processo de transporte por

gravidade, em encostas, que produz os coluviões, diferenciando-se pela

presença ou predominância de blocos de rocha.

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Solo Coluvial

Muitas vezes, a presença de tálus pode ser identificada pelo tipo de

vegetação. As bananeiras têm uma predileção especial por esses

terrenos, devido à baixa compacidade (muitos fofos) e à elevada

umidade. Ortigão, J.A.R. (2007). Introdução a mecânica dos solos dos Estados Críticos.

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11 Solo Eólico

Solos formados pelos ventos.

Classificação do vento segundo o efeito que produz (classificação de

Beaufort)

0 – Calmaria: velocidade < 1,5 km/h (fumaça sobe verticalmente)

1 – Aragem leve: vel. 1,5 a 6,1 km/h (perceptível pelo desvio da fumaça)

2 – Brisa leve: vel. 6,1 a 11,1 km/h (movimenta as folhas e é levemente

perceptível nas faces)

3 – Vento suave: vel.b 11,1 a 17,2 km/h (movimenta pequenos galhos)

4 – Vento moderado: vel. 17,2 a 24,1 km/h (levanta poeira e movimenta

galhos maiores)

5 – Vento médio: vel. 24,1 a 31,6 km/h (movimenta pequenas árvores)

6 – Vento forte; 7 – Vento fortíssimo; 8 – Ventania forte; 9 – Ventania

fortíssima; 10 a 12 - Furações

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12 Solo Eólico

Dependendo da velocidade do vento e do tamanho das partículas o

transporte pode ser:

- por suspensão

- por rolamento

- por saltos

Características dos solos eólicos:

Pequena capacidade de transporte areia fina

Muito rolada areia arredondada

Velocidade do

vento em km/h

Diâmetros máximos em mm

dos grãos movimentados

1,8

11

32

47

0,04

0,25

0,75

1

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13 Solo Eólico

Dunas

Na zona do litoral do Brasil o vento age sobre as areias soltas das praias,

transportando-as e formando pequenas dunas.

Duna é uma montanha de areia criada a partir de processos eólicos

(relacionados ao vento)

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14 Solo Eólico

Seção de duna mostrando camadas

cruzadas devido a mudança de direção

de ventos. (Press/Siever, 1974)

Evolução de uma duna em Cabo Frio (RJ), (Leinz & Amaral, 1969)

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15 Mapa Pedológico da Grande Vitória

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Ex. Perfil típico na transição J. Camburi / J. Penha

(Castello e Polido)