solos colapsíveis

23
GEOLOGIA AMBIENTAL: Solos colapsíveis SOLOS COLAPSÍVEIS DEFINIÇÃO: solos que sofrem significativa redução de volume quando umidecidos, com ou sem aplicação de carga adicional. CARACTERÍSTICAS DOS SOLOS POTENCIALMENTE CO- LAPSÍVEIS: - estrutura macroporosa (fofa) - baixo grau de saturação (não saturados) - partículas maiores mantidas por cimentação ou por tensão capilar

Upload: fernandosetz

Post on 30-Jun-2015

1.626 views

Category:

Documents


11 download

TRANSCRIPT

GEOLOGIA AMBIENTAL: Solos colapsíveis

SOLOS COLAPSÍVEIS

DEFINIÇÃO: solos que sofrem significativa redução de

volume quando umidecidos, com ou sem

aplicação de carga adicional.

CARACTERÍSTICAS DOS SOLOS POTENCIALMENTE CO-

LAPSÍVEIS:

- estrutura macroporosa (fofa)

- baixo grau de saturação (não saturados)

- partículas maiores mantidas por cimentação

ou por tensão capilar

GEOLOGIA AMBIENTAL: Solos expansivos

SOLOS EXPANSIVOS

DEFINIÇÃO: solos coesivos que aumentam de volume quando

umedecidos e se contraem quando ressecam.

CARACTERÍSTICAS DOS SOLOS POTENCIALMENTE

EXPANSIVOS:

- solos não saturados

- presença de argilo-minerais expansivos (especial-

mente as montmorilonitas)

- solos derivados de rochas ígneas (basaltos, dia-

básios e gabros) e de rochas sedimentares

(folhelhos e calcários)

GEOLOGIA AMBIENTAL: Sismos

SISMOS

DEFINIÇÃO: resultado da liberação instantânea de energia

acumulada em rochas, e que se transformam em ondas que se

propagam em todas as direções.

TIPOS DE PROCESSOS: naturais (tectônicos, vulcânicos,

escorregamentos de grande porte) artificiais ou

induzidos (reservatórios, injeção de fluídos,

extração de água, exploração mineral, detonações)

CONDICIONANTES NATURAIS

- arcabouço geológico

- outros fatores que condicionam movimentos de mass a

CONDICIONANTES ANTRÓPICOS

- construção de grandes estruturas, principalmente reservatórios

- mineração

GEOLOGIA AMBIENTAL: Objetivos característicos dos processos geológicos

Proin/Capes Unesp - IGCE/DGA

OBJETIVOS DA CARACTERIZAÇÃO DOS PROCESSOS GEOLÓGICO S

PROCESSOS GEOLÓGICOS VELOC. E TEMPO FREQÜÊNCIA DE DURAÇÃO DO DE FENÔMENO OCORRÊNCIA IDENTIFICAÇÃO DOS DIMENSÃO DA TEMPO ENTRE EVIDÊNCIAS CONDICIONANTES NA- ÁREA E OCORRÊNCIA DO TURAIS E ANTRÓPICOS AFETADA PROCESSO

GEOLOGIA AMBIENTAL: Identificação dos riscos (1/2)

Proin/Capes Unesp - IGCE/DGA

MODELO DE ABORDAGEM DO UNDRO

1ª ETAPA

IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS

R = P x C

AVALIAR OS SEGUINTES ASPECTOS:

• Possibilidade de ocorrência do processo geológico, com

base na análise de seus condicionantes naturais e

antrópicos

• Conseqüências sociais e econômicas potenciais, caso o

processo ocorra

GEOLOGIA AMBIENTAL: Identificação dos riscos (2/2)

Proin/Capes Unesp - IGCE/DGA

MODELO DE ABORDAGEM DO UNDRO

1ª ETAPA

IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS

NÍVEL DE DETALHE DO LEVANTAMENTO

ZONEAMENTO DE RISCO

Identificação de áreas de risco envolvendo várias edificações

escalas pequenas (1:2.000, 1:10.000, 1:50.000, etc.)

CADASTRAMENTO DE RISCO

Identificação dos riscos em cada edificação

escalas grandes (1:1.000, 1:500, 1:250, etc.)

GEOLOGIA AMBIENTAL: Análise de risco (1/4)

Proin/Capes Unesp - IGCE/DGA

MODELO DE ABORDAGEM DO UNDRO

2ª ETAPA

ANÁLISE DE RISCO

OS RISCOS IDENTIFICADOS SÃO HIERARQUIZADOS

(ATRIBUINDO DIFERENTES GRAUS DE RISCO),

OBJETIVANDO APRESENTAR AS PRIORIDADES DE

INTERVENÇÃO

GEOLOGIA AMBIENTAL: Análise de risco (2/4)

Proin/Capes Unesp - IGCE/DGA

MODELO DE ABORDAGEM DO UNDRO

2ª ETAPA

ANÁLISE DE RISCO

HIERARQUIZAÇÃO QUANTIFICAÇÃO

DOS = DOS

RISCOS RISCOS

ABSOLUTA (PROBABILÍSTICA) cálculo da probabilidade de ocorrên- cia do acidente e quantificação das conseqüências potenciais

QUANTIFICAÇÃO

RELATIVA (QUALIFICAÇÃO) comparação entre as situações de risco identificadas, relativizando-as

GEOLOGIA AMBIENTAL: Análise de risco (3/4)

Proin/Capes Unesp - IGCE/DGA

MODELO DE ABORDAGEM DO UNDRO

2ª ETAPA ANÁLISE DE RISCO

GRAUS DE RISCO (QUANTIFICAÇÃO RELATIVA)

RISCO IMINENTE SITUAÇÕES INTERMEDIÁRIAS

SEM RISCO

condição mais crítica pos-sível; determinada pela ele-vada possibilidade de ocor-rência do processo geoló-gico; impossibilidade de monitoramento da evolu-

ção do processo em razão de seu estágio avançado e

iminente deflagração

para reduzir a subjetividade, deve-se restringir ao máximo

os graus de risco intermediários

não observação de evidências que

indiquem a possibilidade de

ocorrência do processo geológico

GEOLOGIA AMBIENTAL: Análise de risco (4/4)

Proin/Capes Unesp - IGCE/DGA

MODELO DE ABORDAGEM DO UNDRO

2ª ETAPA

ANÁLISE DE RISCO

PROPOSIÇÃO DE GRAUS DE RISCO

GRAU DE RISCO

SIMBOLOGIA

RISCO IMINENTE R-3

ALTO RISCO R-2

BAIXO RISCO R-1

SEM RISCO SR

GEOLOGIA AMBIENTAL: Cartas de risco

Proin/Capes Unesp - IGCE/DGA

REPRESENTAÇÃO CARTOGRÁFICA DOS RISCOS

CARTAS DE RISCO GEOLÓGICO

tipo particular de Carta Geotécnica

ATUAL

CARTAS DE RISCO

POTENCIAL (Suscetibilidade)

• representação simples, voltada aos usuário

• textos explicativos descrevendo as situações de risco

identificadas e apresentando as alternativas de medidas de

prevenção de acidentes

GEOLOGIA AMBIENTAL: Medidas de prevenção de acidentes (1/5)

Proin/Capes Unesp - IGCE/DGA

MODELO DE ABORDAGEM DO UNDRO

3ª ETAPA MEDIDAS DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES

OBJETIVO ESPECÍFICO

MEDIDA DE PREVENÇÃO

AÇÃO TÉCNICA

eliminar e/ou

reduzir riscos já instalados

recuperação das

áreas de risco

perenização da ocupação (quando possível), por meio de projetos de reurbaniza-ção e da implantação de

obras de engenharia

evitar a instalação de

novas áreas de risco

controle da

expansão e do adensamento da

ocupação

estabelecimento de dire-trizes técnicas que permi-

tam adequada ocupação do solo, por meio da elabora-ção de cartas geotécnicas

conviver com riscos atuais

remoção temporária da população das áreas de risco

iminente

elaboração e operação de planos preventivos de

Defesa Civil, visando reduzir a possibilidade de perda de

vidas humanas

GEOLOGIA AMBIENTAL: Medidas de Prevenção de acidentes (2/5)

Proin/Capes Unesp - IGCE/DGA

MEDIDAS DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES ESTRUTURAIS - são aquelas que tem como objetivo principal

evitar a ocorrência ou reduzir a magnitude dos proc essos

geológicos e hidrológicos, através da implantação d e

obras de engenharia. Freqüentemente exigem aplicaçã o

maciça de capitais, no geral contemplando áreas res tritas.

NÃO ESTRUTURAIS - são aquelas de caráter extensivo,

contemplando grandes áreas. Podem ser de natureza

institucional, administrativa ou financeira, sendo adotadas

espontâneamente ou por força de legislação. Objetiv am a

convivência com os riscos, reduzindo a magnitude do s

processos e orientando a população afetada. No gera l não

exigem a aplicação maciça de recursos financeiros.

GEOLOGIA AMBIENTAL: Medidas de Prevenção de acidentes (3/5)

Proin/Capes Unesp - IGCE/DGA

MEDIDAS DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES

MEDIDAS DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES SITUAÇÕES SITUAÇÕES DE DE RISCO RISCO ATUAL POTENCIAL

RISCO ATUAL ⇔⇔⇔⇔ ÁREAS JÁ OCUPADAS

RISCO POTENCIAL ⇔⇔⇔⇔ ÁREAS AINDA NÃO OCUPADAS

(modificado de CERRI, L.E., 1993). Riscos Geológicos associados a escorregamentos: uma

proposta para a prevenção de acidentes. Tese de Doutoramento - Unesp, Rio Claro. 197p.)

GEOLOGIA AMBIENTAL: Medidas de Prevenção de acidentes (4/5)

Proin/Capes Unesp - IGCE/DGA

MEDIDAS DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES

SITUAÇÕES DE RISCO ATUAL AÇÃO SOBRE AÇÃO SOBRE CONSEQÜÊNCIAS PROCESSOS REDUZIR ELIMINAR CONVIVER O RISCO O RISCO COM O INSTALADO INSTALADO RISCO INSTALADO ELIMINAR EVITAR EVITAR REDUZIR CONSE- CONSE- OCORRÊNCIA MAGNITUDE QÜÊNCIAS QÜÊNCIAS DO DO SOCIAIS E SOCIAIS PROCESSO PROCESSO ECONÔMICAS RELOCAR A PLANOS OCUPAÇÃO PREVENTIVOS URBANIZAÇÃO PARA LOCAL DE DEFESA E OBRAS DE SEGURO CIVIL ENGENHARIA (modificado de CERRI, L.E., 1993). Riscos Geológicos associados a escorregamentos: uma proposta para a prevenção de acidentes. Tese de Doutoramento - Unesp, Rio Claro. 197p.)

GEOLOGIA AMBIENTAL: Medidas de Prevenção de acidentes (5/5)

Proin/Capes Unesp - IGCE/DGA

MEDIDAS DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES

SITUAÇÕES DE RISCO POTENCIAL AÇÃO SOBRE PROCESSOS E CONSEQÜÊNCIAS EVITAR INSTALAÇÃO DE NOVAS SITUAÇÕES DE RISCO EVITAR EVITAR CONSE- OCORRÊNCIA QÜÊNCIAS SOCIAIS DO PROCESSO E ECONÔMICAS SUBSIDIAR O CONTROLE DA EXPANSÃO E ADENSA- MENTO DA OCUPAÇÃO

(modificado de CERRI, L.E., 1993). Riscos Geológicos associados a escorregamentos: uma

proposta para a prevenção de acidentes. Tese de Doutoramento - Unesp, Rio Claro. 197p.)

GEOLOGIA AMBIENTAL: Plano Preventivo de Defesa Civil (1/4)

Proin/Capes Unesp - IGCE/DGA

PLANOS PREVENTIVOS DE DEFESA CIVIL

• Instrumentos de ação que permitem eliminar/reduzir as

possibilidades de registro de perda de vidas humanas e de

vultosos prejuízos econômicos decorrentes de acidentes

• São deflagradas medidas preventivas, anteriormente à

ocorrência dos processos

• Não evitam a ocorrência dos processos, e sim de suas

conseqüências

GEOLOGIA AMBIENTAL: Plano Preventivo de Defesa Civil (2/4)

Proin/Capes Unesp - IGCE/DGA

PLANOS PREVENTIVOS DE DEFESA CIVIL

PARA ESCORREGAMENTOS E ENCHENTES/INUNDAÇÕES

FUNDAMENTAM-SE EM:

• Registro de índices pluviométricos críticos

(específicos para cada área)

• Previsões meteorológicas

• Vistorias de campo nas áreas de risco anteriormente

identificadas

GEOLOGIA AMBIENTAL: Plano Preventivo de Defesa Civil (3/4) GA-T195

Proin/Capes Unesp - IGCE/DGA

PLANOS PREVENTIVOS DE DEFESA CIVIL

(PPDC) PARA ESCORREGAMENTOS

NA SERRA DO MAR (SP)

Remoção preventiva e temporária da população instalada nas

áreas de risco, quando a análise do quadro pluviométrico

(registro de índices pluviométricos críticos e previsão

meteorológica) e da evolução das encostas (observação de

novas feições de instabilidade durante as vistorias de campo)

indicarem elevada possibilidade de ocorrência de

escorregamentos.

GEOLOGIA AMBIENTAL: Plano Preventivo de Defesa Civil (4/4)

Proin/Capes Unesp - IGCE/DGA

NÍVEIS PREVISTOS NO PLANO PREVENTIVO DE DEFESA CIVIL (PPDC) PARA ESCORREGAMENTOS NA SERRA DO

MAR (SP)

POTENCIAL DE OCORRÊNCIA DE NÍVEL DO PRINCIPAIS AÇÕES ESCORREGAMENTOS PPDC CORRESPONDENTES

Alerta Remoção de toda a população Máximo das áreas de risco

Remoção preventiva da popu- Alerta pulação das áreas de risco iminente, indicadas pelas vis- torias de campo

Vistorias de campo nas áreas Atenção de risco anteriormente identi- ficadas

Acompanhamento dos índices Observação pluviométricos Recepção da previsão meteo- rológica

GEOLOGIA AMBIENTAL: Planejamento para emergências (1/2)

Proin/Capes Unesp - IGCE/DGA

MODELO DE ABORDAGEM DO UNDRO

4ª ETAPA PLANEJAMENTO PARA SITUAÇÕES

DE EMERGÊNCIA

• Definição das ações e procedimentos a serem adotado s

nos casos de atendimentos de emergência, decorrente s

do registro de acidentes em determinado local

• Os atendimentos de emergência objetivam evitar a

ampliação das conseqüências do acidente, caso haja

evolução e/ou novas ocorrências do processo

GEOLOGIA AMBIENTAL: Planejamento para emergências (2/2)

Proin/Capes Unesp - IGCE/DGA

MODELO DE ABORDAGEM DO UNDRO

4ª ETAPA PLANEJAMENTO PARA SITUAÇÕES

DE EMERGÊNCIA

PRINCIPAIS ATIVIDADES

• diagnóstico do ocorrido

• identificação de situações de risco iminente

• proposição de medidas emergenciais e/ou de remoção da

população em risco iminente

• estruturação das equipes de trabalho (remoção e abrigo da

população, resgate de vítimas, guarda de bens e isolamento

da área, assistência médica, etc.)

• orientação nos trabalhos de resgate de vítimas

GEOLOGIA AMBIENTAL: Informações e treinamento GA-T199

Proin/Capes Unesp - IGCE/DGA

MODELO DE ABORDAGEM DO UNDRO

5ª ETAPA INFORMAÇÕES PÚBLICAS E TREINAMENTO

• Disseminação das informações para administradores

públicos e população

• Oferecimento de cursos de treinamento para equipes de

Defesa Civil, Corpos de Bombeiros e de Prefeituras

Municipais, tanto para a prevenção de acidentes

geológicos, quanto para atendimentos de emergência

• Elaboração de manuais técnicos (destinados às equip es

executivas) e de cartilhas de orientação (destinada s à

população)