formalizaÇÃo da saÍda do simples...

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EXCLUSÃO A ME ou EPP que tenha incorrido em excesso de receita bruta no ano-calendário anterior, em montante até 20% do limite, ou que desejar se retirar do Simples Nacional deverá efetuar a comunicação até o último dia útil de janeiro, ou seja, em relação ao ano-calendário de 2013, até 31-1-2014. A comunicação de desenquadramento do Simei, por opção, em relação ao ano- calendário de 2014, também deverá ser efetuada pelo microempreendedor individual até 31- 1-2014. FORMALIZAÇÃO DA SAÍDA DO SIMPLES NACIONAL A saída do Regime Especial Unificado, seja de forma opcional ou obrigatória, deverá ser efetuada através de comunicação de exclusão diretamente no portal do Simples Nacional, na internet, no endereço <http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNaciona/>, em aplicativo próprio. PENALIDADE PELA FALTA DE COMUNICAÇÃO A falta de comunicação, quando obrigatória, nos prazos determinados sujeitará a ME e a EPP à multa correspondente a 10% do total dos tributos devidos de conformidade com o Simples Nacional no mês que anteceder o início dos efeitos da exclusão, sem possibilidade de redução e não inferior a R$ 200,00. EXCLUSÃO OPCIONAL A ME ou a EPP que não tiver mais interesse em permanecer no Simples Nacional poderá retirar-se do Regime, a qualquer momento, desde que efetue, obrigatoriamente, comunicação à RFB – Secretaria da Receita Federal do Brasil. EFEITOS DA EXCLUSÃO OPCIONAL Regra geral, a exclusão das ME e das EPP do Simples Nacional, por opção, somente produzirá efeitos a partir de 1º de janeiro do ano-calendário subsequente à sua comunicação. Todavia, se a ME ou a EPP comunicar a exclusão do Simples Nacional no mês de janeiro, os efeitos dessa exclusão terão início nesse mesmo ano-calendário. EXCLUSÃO OBRIGATÓRIA A ME ou a EPP estará obrigada a retirar-se do Simples Nacional, mediante comunicação à RFB, quando incorrer nas hipóteses de vedação previstas na legislação para ingresso ou permanência no Regime Especial. No quadro a seguir, descrevemos as hipóteses para exclusão obrigatória do Simples Nacional, seus efeitos e o prazo para a comunicação obrigatória: HIPÓTESES DE SAÍDA OBRIGATÓRIA EFEITOS PRAZO PARA COMUNICAÇÃO JA Contabilidade

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EXCLUSÃO

A ME ou EPP que tenha incorrido em excesso de receita bruta no ano-calendário anterior, em

montante até 20% do limite, ou que desejar se retirar do Simples Nacional deverá efetuar a

comunicação até o último dia útil de janeiro, ou seja, em relação ao ano-calendário de 2013,

até 31-1-2014. A comunicação de desenquadramento do Simei, por opção, em relação ao ano-

calendário de 2014, também deverá ser efetuada pelo microempreendedor individual até 31-

1-2014.

FORMALIZAÇÃO DA SAÍDA DO SIMPLES NACIONAL

A saída do Regime Especial Unificado, seja de forma opcional ou obrigatória, deverá ser

efetuada através de comunicação de exclusão diretamente no portal do Simples Nacional, na

internet, no endereço <http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNaciona/>, em aplicativo

próprio.

PENALIDADE PELA FALTA DE COMUNICAÇÃO

A falta de comunicação, quando obrigatória, nos prazos determinados sujeitará a ME e a EPP à

multa correspondente a 10% do total dos tributos devidos de conformidade com o Simples

Nacional no mês que anteceder o início dos efeitos da exclusão, sem possibilidade de redução

e não inferior a R$ 200,00.

EXCLUSÃO OPCIONAL

A ME ou a EPP que não tiver mais interesse em permanecer no Simples Nacional poderá

retirar-se do Regime, a qualquer momento, desde que efetue, obrigatoriamente, comunicação

à RFB – Secretaria da Receita Federal do Brasil.

EFEITOS DA EXCLUSÃO OPCIONAL

Regra geral, a exclusão das ME e das EPP do Simples Nacional, por opção, somente produzirá

efeitos a partir de 1º de janeiro do ano-calendário subsequente à sua comunicação. Todavia,

se a ME ou a EPP comunicar a exclusão do Simples Nacional no mês de janeiro, os efeitos

dessa exclusão terão início nesse mesmo ano-calendário.

EXCLUSÃO OBRIGATÓRIA

A ME ou a EPP estará obrigada a retirar-se do Simples Nacional, mediante comunicação à RFB,

quando incorrer nas hipóteses de vedação previstas na legislação para ingresso ou

permanência no Regime Especial.

No quadro a seguir, descrevemos as hipóteses para exclusão obrigatória do Simples Nacional,

seus efeitos e o prazo para a comunicação obrigatória:

HIPÓTESES DE

SAÍDA OBRIGATÓRIA EFEITOS

PRAZO PARA

COMUNICAÇÃO JA C

onta

bilida

de

Apuração de receita bruta acumulada no

mercado interno superior a R$ 3.600.000,00,

e/ou apuração de receita bruta acumulada

decorrente de exportação de mercadorias

superior a R$ 3.600.000,00

A partir do mês

subsequente à

ultrapassagem em

mais de 20% do limite

de receita bruta

acumulada

Até o último dia

útil do mês

subsequente à

ultrapassagem

em mais de 20%

do limite de

receita bruta

acumulada

A partir de 1º de

janeiro do ano-

calendário

subsequente, na

hipótese de não ter

ultrapassado em mais

de 20% o limite de

receita bruta

acumulada

Até o último dia

útil do mês de

janeiro do ano-

calendário

subsequente

àquele em que

se deu o excesso

de receita bruta

acumulada

Apuração de receita bruta acumulada no ano-

calendário de início de atividade no mercado

interno superior a R$ 300.000,00, multiplicados

pelo número de meses compreendidos entre o

início de atividade e o final do respectivo ano-

calendário, consideradas as frações de meses

como um mês inteiro e/ou receita bruta

acumulada decorrente de exportação de

mercadorias superior a este mesmo limite.

Retroativamente ao

início de suas

atividades, na

hipótese de

ultrapassar em mais

de 20% o limite

proporcional de

receita bruta

acumulada

Até o último dia

útil do mês

subsequente à

ultrapassagem

em mais de 20%

do limite

proporcional de

receita bruta

acumulada

A partir de 1º de

janeiro do ano-

calendário

subsequente, na

hipótese de não ter

ultrapassado em mais

de 20% o limite

proporcional de

receita bruta

acumulada

Até o último dia

útil do mês de

janeiro do ano-

calendário

subsequente ao

de início de

atividades

Exercício das seguintes atividades econômicas:

• banco comercial, de investimentos e de

desenvolvimento, caixa econômica, sociedade de

crédito, financiamento e investimento ou de

crédito imobiliário, corretora ou distribuidora de

títulos, valores mobiliários e câmbio, empresa de

arrendamento mercantil, seguros privados e

capitalização ou previdência complementar;

• prestação cumulativa e contínua de serviços de

A partir do mês

seguinte ao da

ocorrência da

situação impeditiva

Até o último dia

útil do mês

subsequente ao

da ocorrência da

situação de

vedação JA C

onta

bilida

de

assessoria creditícia, gestão de crédito, seleção e

riscos, administração de contas a pagar e a

receber, gerenciamento de ativos (asset

management), compras de direitos creditórios

resultantes de vendas mercantis a prazo ou de

prestação de serviços (factoring);

• serviço de transporte intermunicipal e

interestadual de passageiros;

• geradora, transmissora, distribuidora ou

comercializadora de energia elétrica;

• importação ou fabricação de automóveis e

motocicletas;

• importação de combustíveis;

• atividade intelectual, de natureza técnica,

científica, desportiva, artística ou cultural, que

constitua profissão regulamentada ou não, bem

como prestação de serviços de instrutor, de

corretor, de despachante ou de qualquer tipo de

intermediação de negócios;

• cessão ou locação de mão de obra;

• consultoria;

• loteamento e incorporação de imóveis;

• locação de imóveis próprios, exceto quando se

referir à prestação de serviços tributados pelo

ISS;

• produção ou venda no atacado de:

cigarros, cigarrilhas, charutos, filtros para

cigarros, armas de fogo, munições e pólvoras,

explosivos e detonantes;

bebidas alcoólicas; refrigerantes, inclusive águas

saborizadas gaseificadas; preparações

compostas, não alcoólicas (extratos

concentrados ou sabores concentrados), para

elaboração de bebida refrigerante, com

capacidade de diluição de até dez partes da

bebida para cada parte do concentrado; e

cervejas sem álcool.

Participação no capital de outra pessoa jurídica

ou que possua participação de outra pessoa

jurídica em seu capital (*)

JA C

onta

bilida

de

HIPÓTESES DE

SAÍDA OBRIGATÓRIA EFEITOS

PRAZO PARA

COMUNICAÇÃO

Titular ou sócio participando com mais de 10%

do capital de outra empresa não beneficiada

pela LC 123/2006 e a receita bruta global

ultrapassa um dos limites máximos de receita

bruta (R$ 3.600.000,00), mercado interno ou

exportação, ou limite proporcional (*)

A partir do mês

seguinte ao da

ocorrência da

situação impeditiva

Até o último dia

útil do mês

subsequente ao

da ocorrência da

situação de

vedação

Capital com participação de pessoa física que

seja inscrita como empresário ou seja sócia de

outra empresa que receba tratamento jurídico

diferenciado nos termos da LC 123/2006 e a

receita bruta global ultrapassa um dos limites

máximos de receita bruta (R$ 3.600.000,00),

mercado interno ou exportação, ou limite

proporcional.

Capital com participação de entidade da

administração pública, direta ou indireta,

federal, estadual ou municipal.

Transformação em sociedades por ações ou

sociedade cooperativa, exceto de consumo

Transformação em filial, sucursal, agência ou

representação, no País, de pessoa jurídica com

sede no exterior.

Sócio ou titular administrador ou equiparado de

outra pessoa jurídica com fins lucrativos e a

receita bruta global ultrapassa um dos limites

máximos de receita bruta (R$ 3.600.000,00),

mercado interno ou exportação, ou limite

proporcional.

Sócio domiciliado no exterior.

Empresa seja resultante ou remanescente de

cisão ou qualquer outra forma de

desmembramento de pessoa jurídica que tenha

ocorrido em um dos 5 anos-calendário

anteriores.

Inexistência de inscrição ou verificação de

irregularidade em cadastro fiscal federal,

municipal ou estadual, quando exigível. JA C

onta

bilida

de

Débitos com o INSS ou com as Fazendas Públicas

Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade

não esteja suspensa.

A partir do ano-

calendário

subsequente ao da

comunicação da

exclusão

Até o último dia

útil do mês

subsequente ao

da ocorrência da

situação de

vedação

JA C

onta

bilida

de

(*) A participação no capital de outra pessoa jurídica, nestes casos, não se aplica à participação

no capital de cooperativas de crédito, bem como em centrais de compras, bolsas de

subcontratação, no consórcio e na sociedade de propósito específico, prevista na Lei

Complementar 123/2006, e associações assemelhadas, sociedades de interesse econômico,

sociedades de garantia solidária e outros tipos de sociedade que tenham como objetivo social

a defesa exclusiva dos interesses econômicos das microempresas e empresas de pequeno

porte.

COMUNICAÇÃO DE EXCLUSÃO ATRAVÉS DO CNPJ

A alteração de dados no CNPJ – Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, informada pela ME ou

EPP à Receita Federal, equivalerá à comunicação obrigatória de exclusão do Simples Nacional,

produzindo efeitos a partir do mês seguinte ao da ocorrência da situação de vedação, nas

seguintes hipóteses:

a) alteração de natureza jurídica para sociedade anônima, sociedade empresária em

comandita por ações, sociedade em conta de participação ou estabelecimento, no Brasil, de

sociedade estrangeira;

b) inclusão de atividade econômica vedada à opção pelo Simples Nacional;

c) inclusão de sócio pessoa jurídica;

d) inclusão de sócio domiciliado no exterior; ou

e) cisão parcial.

No caso de baixa no CNPJ decorrente de extinção da empresa, a exclusão produzirá efeitos a

partir da data da extinção.

EXCLUSÃO DE OFÍCIO

A ME ou a EPP será excluída de ofício quando deixar de efetuar a comunicação obrigatória da

sua exclusão ou quando praticar atos contrários às normas para permanência ou ingresso no

Simples Nacional.

No quadro a seguir, descrevemos as hipóteses da exclusão de ofício e os seus respectivos

efeitos:

HIPÓTESES EFEITOS

Falta de comunicação de exclusão obrigatória,

conforme as hipóteses mencionadas no item 4.

A partir das datas previstas para os

efeitos da comunicação obrigatória,

conforme item 4.(1)

Constatação que a ME ou a EPP incorria em

alguma das hipóteses de vedação previstas na

legislação, quando do ingresso no Simples

Nacional.

A partir da data dos efeitos da opção

pelo Simples Nacional. JA C

onta

bilida

de

Constatação de declaração inverídica, por

ocasião da opção ao Simples Nacional, prestada

nas seguintes hipóteses:

• quanto ao não enquadramento nas vedações

previstas na legislação; ou

• quanto ao exercício de atividades permitidas,

no caso de atividade econômica cuja CNAE seja

considerada ambígua.

Ausência ou irregularidade no cadastro fiscal

federal, municipal ou, quando exigível, estadual.

A partir do 1º dia do mês seguinte ao

da ocorrência. A comprovação da

regularização do cadastro fiscal, no

prazo de até 30 dias contados a partir

da ciência da exclusão de ofício,

possibilitará a permanência da ME e da

EPP como optantes pelo Simples

Nacional.

Débitos com o INSS ou com as Fazendas Públicas

Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade

não esteja suspensa.

A partir do ano-calendário seguinte ao

da ciência do termo de exclusão. A

comprovação da regularização do

débito, no prazo de até 30 dias

contados a partir da ciência da

exclusão de ofício, possibilitará a

permanência da ME e da EPP como

optantes pelo Simples Nacional.

Débitos tributários junto à Fazenda Pública

Municipal, ainda que a ME ou a EPP exerça

exclusivamente atividade não incluída na

competência tributária municipal.

Escritórios de serviços contábeis que

descumpram as seguintes obrigações:

• promover, em relação ao microempreendedor

individual, atendimento gratuito relativo à sua

inscrição e opção pelo Simples Nacional de que

trata o artigo 18-A da LC 123/2006, bem como à

sua primeira declaração anual simplificada;(2)

• fornecer, por solicitação do Comitê Gestor do

Simples Nacional, resultados de pesquisas

quantitativas e qualitativas relativas às ME e EPP

optantes pelo Simples Nacional por eles

atendidas;

• promover eventos de orientação fiscal, contábil

e tributária para as ME e EPP optantes pelo

Simples Nacional por eles atendidas.

A partir de mês subsequente ao

descumprimento da obrigação.

Embaraço à fiscalização, caracterizado pela

negativa injustificada de exibição de livros e

A partir do próprio mês em que

incorridas, impedindo nova opção pelo

JA C

onta

bilida

de

documentos a que estiverem obrigadas, bem

como pelo não fornecimento de informações

sobre bens, movimentação financeira, negócio

ou atividade que estiverem intimadas a

apresentar, e nas demais hipóteses que

autorizam a requisição de auxílio da força

pública.

Simples Nacional pelos 3 anos-

calendário seguintes. Este prazo será

elevado para 10 anos caso seja

constatada a utilização de artifício,

ardil ou qualquer outro meio

fraudulento que induza ou mantenha a

fiscalização em erro, com o fim de

suprimir ou reduzir o pagamento de

tributo apurável na forma do Simples

Nacional.

Oferecimento de resistência à fiscalização,

caracterizada pela negativa de acesso ao

estabelecimento, ao domicílio fiscal ou a

qualquer outro local onde desenvolvam suas

atividades ou se encontrem bens de sua

propriedade.

Constituição da empresa por interpostas

pessoas.

Constatação de prática reiterada de infração ao

disposto na Lei Complementar 123/2006.(3)

ME ou a EPP declarada inapta, na forma dos

artigos 81 e 82 da Lei 9.430/96, e alterações.

Comercialização de mercadorias objeto de

contrabando ou descaminho.

Falta de escrituração do livro-caixa ou não

permissão para identificação da movimentação

financeira, inclusive bancária.

Constatação durante o ano-calendário das

seguintes ocorrências:

• valor das despesas pagas durante o ano-

calendário superior em 20% do valor de

ingressos de recursos no mesmo período,

excluído o ano de início de atividade; ou(4)

• valor das aquisições, durante o ano-calendário,

de mercadorias para comercialização ou

industrialização, ressalvadas hipóteses

justificadas de aumento de estoque, superior a

80% dos ingressos de recursos no mesmo

período, excluído o ano de início de atividade.

Falta de emissão de documento fiscal de venda

ou prestação de serviço de forma reiterada ou

emissão de documento fiscal, de forma

JA C

onta

bilida

de

reiterada, sem observar as determinações legais

previstas, ressalvadas as prerrogativas do MEI (3)

Omissão da folha de pagamento da empresa ou

de documento de informações previsto pela

legislação previdenciária, trabalhista ou

tributária, segurado empregado, trabalhador

avulso ou contribuinte individual que lhe preste

serviço de forma reiterada.(3)

(1) Uma vez que o motivo da exclusão deixe de existir, havendo a exclusão retroativa de ofício,

o efeito desta se dará a partir do mês seguinte ao da ocorrência da situação impeditiva,

limitado, porém, ao último dia do ano-calendário em que a referida situação deixou de existir.

(2) Na execução dessas atividades os escritórios de serviços contábeis poderão, por meio das

suas entidades representativas de classe, firmar convênios e acordos com a União, os Estados,

o Distrito Federal e os Municípios, através dos seus órgãos vinculados.

(3) Considera-se prática reiterada para os fins mencionados neste tópico:

a) a ocorrência, em dois ou mais períodos de apuração, consecutivos ou alternados, de

idênticas infrações, inclusive de natureza acessória, verificada em relação aos últimos cinco

anos-calendário, formalizadas por intermédio de auto de infração ou notificação de

lançamento, em um ou mais procedimentos fiscais;

b) a segunda ocorrência de idênticas infrações, caso seja constatada a utilização de artifício,

ardil ou qualquer outro meio fraudulento que induza ou mantenha a fiscalização em erro, com

o fim de suprimir ou reduzir o pagamento de tributo.

(4) Consideram-se despesas pagas as decorrentes de desembolsos financeiros relativos ao

curso das atividades da empresa, e inclui custos, salários e demais despesas operacionais e não

operacionais.

PROCEDIMENTOS DA EXCLUSÃO DE OFÍCIO

A exclusão de ofício da ME ou da EPP do Simples Nacional é competência da RFB e das

Secretarias de Fazenda, de Tributação ou de Finanças do Estado ou do Distrito Federal,

segundo a localização do estabelecimento, e dos Municípios, tratando-se de prestação de

serviços incluídos na competência tributária municipal.

O ente federativo que iniciar o processo de exclusão de ofício expedirá o termo de exclusão do

Simples Nacional. A exclusão de ofício será registrada no Portal do Simples Nacional na

internet, no endereçohttp://www.fazenda.gov.br, pelo ente federativo que a promoveu,

ficando os efeitos dessa exclusão condicionados a esse registro.

A ME ou a EPP receberá ciência do termo pelo ente federativo que tenha iniciado o processo

de exclusão, segundo a sua respectiva legislação.

Contestação da Exclusão de Ofício

Na hipótese de a ME ou EPP impugnar o termo de exclusão do Simples Nacional, este se

tornará efetivo quando a decisão definitiva for desfavorável ao contribuinte; ou, não havendo JA C

onta

bilida

de

impugnação, o termo se tornará efetivo depois de vencido o respectivo prazo. Em ambos os

casos devem ser observados os efeitos da exclusão examinados no item 5.

O contencioso administrativo relativo ao Simples Nacional será de competência do órgão

julgador integrante da estrutura administrativa do ente federado que efetuar o lançamento do

crédito tributário, o indeferimento da opção ou a exclusão de ofício, observados os

dispositivos legais atinentes aos processos administrativos fiscais desse ente. A impugnação

relativa ao indeferimento da exclusão poderá ser decidida em órgão diverso, na forma

estabelecida pela respectiva administração tributária.

O Município poderá, mediante convênio, transferir a atribuição de julgamento exclusivamente

ao respectivo Estado em que se localiza.

SISTEMA DE COMUNICAÇÃO ELETRÔNICA

A opção pelo Simples Nacional, exceto em relação ao MEI, implica aceitação de sistema de

comunicação eletrônica através do portal do Simples Nacional, destinado, entre outras

finalidades, a cientificar a empresa de quaisquer tipos de atos administrativos, incluídos os

relativos ao indeferimento de opção, à exclusão do regime, a ações fiscais, e a encaminhar

notificações e intimações e expedir avisos em geral.

O sistema de comunicação eletrônica observará o seguinte:

a) as comunicações serão feitas, por meio eletrônico, no portal do Simples Nacional,

dispensando-se a sua publicação no Diário Oficial e o envio por via postal;

b) a comunicação feita desta forma será considerada pessoal para todos os efeitos legais;

c) a ciência por meio do mencionado sistema com utilização de certificação digital ou de

código de acesso possuirá os requisitos de validade;

d) será considerada realizada a comunicação no dia em que o sujeito passivo efetivar a

consulta eletrônica ao teor da comunicação, e, nos casos em que a consulta se dê em dia não

útil, a comunicação será considerada como realizada no primeiro dia útil seguinte.

TRATAMENTO TRIBUTÁRIO APÓS EXCLUSÃO

A ME ou a EPP excluída do Simples Nacional estará sujeita, a partir do período em que se

processarem os efeitos da exclusão, às normas de tributação aplicáveis às demais pessoas

jurídicas.

Na hipótese de excesso de receita bruta acumulada no ano-calendário de início de atividades,

a ME ou a EPP desenquadrada do Simples Nacional ou impedida de recolher o ICMS ou o ISS

na forma desse regime, ficará sujeita ao pagamento da totalidade ou diferença dos respectivos

impostos e contribuições, devidos de conformidade com as normas gerais de incidência com

efeitos retroativos ao mês de início de atividades, acrescidos, tão somente, de juros de mora,

quando efetuado antes do início de procedimento de ofício. O disposto não se aplica na

hipótese em que o excesso de receita bruta acumulada não tenha excedido a 20% do limite.

EXCESSO EM RELAÇÃO AOS SUBLIMITES

O excesso de receita bruta em relação ao sublimite adotado pelos Estados, Distrito Federal e

Municípios, não implica a exclusão do Simples Nacional, mas impede o recolhimento dos JA C

onta

bilida

de

tributos estaduais e municipais nesse regime, limitando-se esse impedimento aos

estabelecimentos localizados nesses entes federativos.

A ME ou a EPP que ingressar no Simples Nacional estando impedida de recolher o ICMS e o ISS

na forma desse regime, em função da adoção de sublimite por ente federativo, e mesmo assim

o fizer, sujeitará o estabelecimento localizado na jurisdição desse ente ao pagamento da

totalidade ou diferença desses impostos, devidos de conformidade com as normas gerais de

incidência, retroativamente à data dos efeitos de sua opção.

DESENQUADRAMENTO DO MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL

O microempreendedor individual (MEI) poderá ser desenquadrado do Sistema de

Recolhimento em Valores Fixos Mensais dos Tributos abrangidos pelo Simples Nacional (Simei)

mediante comunicação do contribuinte ou de ofício. A exclusão mediante comunicação poderá

ser opcional ou obrigatória.

O desenquadramento, que deverá ser efetivado por meio do serviço “Desequadramento do

Simei”, disponibilizado no Portal do Simples Nacional, não implica necessariamente exclusão

do Simples Nacional.

DESENQUADRAMENTO OPCIONAL

O desenquadramento do Simei, por opção, produzirá efeitos a partir de 1º de janeiro do ano-

calendário, se comunicada no próprio mês de janeiro ou a partir de 1º de janeiro do ano-

calendário subsequente, se comunicada nos demais meses.

DESENQUADRAMENTO OBRIGATÓRIO

O MEI estará obrigado a retirar-se do Simei, mediante comunicação no Portal Simples

Nacional, quando incorrer nas hipóteses examinadas no quadro a seguir:

HIPÓTESES EFEITOS PRAZO PARA

COMUNICAÇÃO

Apuração de receita bruta acumulada, no ano-

calendário, superior a R$ 60.000,00 ou, no caso de

início de atividade, ao limite de proporcional de R$

5.000,00 multiplicados pelo número de meses

compreendidos entre o mês de início de atividade

e o final do respectivo ano-calendário,

consideradas as frações de meses como um mês

inteiro.

A partir de 1º de

janeiro do ano-

calendário

subsequente, na

hipótese de não ter

ultrapassado em

mais de 20% o

limite de receita

bruta acumulada;

ou

Retroativamente à

data de abertura da

empresa ou a 1º de

janeiro do ano-

calendário da

ocorrência do

excesso, conforme

o caso, na hipótese

Até o último dia

útil do mês

subsequente

àquele em que

se deu o excesso

de receita bruta

acumulada.

JA C

onta

bilida

de

de ter ultrapassado

o referido limite em

mais de 20%.

Deixar de exercer tão somente as atividades

permitidas, constantes do Anexo XIII da Resolução

94 CGSN/2011.

A partir do mês

subsequente ao da

ocorrência da

situação impeditiva.

Até o último dia

útil do mês

subsequente

àquele em que

ocorrida a

situação de

vedação.

Possuir mais de um estabelecimento.

Participar de outra empresa como titular, sócio ou

administrador.

Contratar mais de um empregado. (*)

(*) Para os casos de afastamento legal do único empregado do MEI, será permitida a

contratação de outro empregado, inclusive por prazo determinado, até que cessem as

condições do afastamento, na forma estabelecida pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

Penalidade pela Falta de Comunicação

A falta de comunicação, quando obrigatória, do desenquadramento do Simei nos prazos

previstos sujeitará o contribuinte à multa no valor de R$ 50,00, insusceptível de redução.

Comunicação de Desenquadramento Através do CNPJ

A alteração de dados no CNPJ informada pelo empresário à RFB equivalerá à comunicação

obrigatória de desenquadramento da condição de MEI, nas seguintes hipóteses:

a) houver alteração para natureza jurídica distinta de empresário individual;

b) inclusão de atividade não permitida ao MEI;

c) abertura de filial.

DESENQUADRAMENTO DE OFÍCIO

O desenquadramento de ofício ocorrerá nas seguintes situações:

a) verificada a falta da comunicação obrigatória nos casos de que trata o subitem 7.2, iniciando

os seus efeitos a partir das datas previstas no quadro daquele subitem, conforme o caso;

b) constatação que, quando do ingresso no Simei, o empresário individual não atendia às

condições previstas na legislação ou prestou declaração inverídica de que não incorria nas

vedações legais e/ou atendia os limites de receita bruta, sendo os efeitos deste

desenquadramento contados da data de ingresso no regime.

EXCLUSÃO DO SIMPLES NACIONAL

JA C

onta

bilida

de

Na hipótese de exclusão do Simples Nacional, o desenquadramento do microempreendedor

do Simei:

a) será promovido automaticamente, quando da apresentação da comunicação obrigatória de

exclusão do Simples Nacional ou do registro, no sistema, pelo ente federado, da exclusão de

ofício;

b) produzirá efeitos a contar da data de efeitos da exclusão do Simples Nacional.

EFEITOS TRIBUTÁRIOS

O microempreendedor individual desenquadrado do Simei passará a recolher os tributos

devidos pela regra geral do Simples Nacional a partir da data de início dos efeitos do

desenquadramento. Ocorrendo desenquadramento do Simei e exclusão do Simples Nacional o

contribuinte deverá recolher os tributos devidos de acordo com as respectivas legislações de

regência.

Na hipótese de a receita bruta auferida no ano-calendário não exceder em mais de 20% os

respectivos limites, o contribuinte deverá recolher a diferença, sem acréscimos, no

vencimento estipulado para o pagamento dos tributos abrangidos pelo Simples Nacional

relativos ao mês de janeiro do ano-calendário subsequente, aplicando-se as alíquotas previstas

nas tabelas dos Anexos I a V da Resolução 94 CGSN/2011, observando-se, com relação à

inclusão dos percentuais relativos ao ICMS e ao ISS, a tabela constante do Anexo XIII da mesma

Resolução.

Caso a receita bruta auferida no ano-calendário exceda em mais de 20% os limites previstos,

conforme o caso, o contribuinte deverá informar no PGDAS as receitas efetivas mensais e

recolher as diferenças relativas aos tributos com os acréscimos legais na forma prevista na

legislação do Imposto sobre a Renda, sem prejuízo das demais legislações de regência.

JA C

onta

bilida

de