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FICHA TÉCNICA

Título

- FORMAFUTURO – A FORMAÇÃO PROFISSIONAL AGRÁRIA

NO ENTRE DOURO E MINHO, PASSADO, PRESENTE E

FUTURO:

- ACÇÃO N.º 3 – Articulação da formação com o

desenvolvimento agrícola e rural

Autoria

DRAPN – Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte.

Rua da República, 133

5370-347 MIRANDELA

Telefone: 278 260 900, Fax: 278 260 976

www.drapn.min-agricultura.pt; [email protected] .pt

Coordenação Geral Adelino Portela e António Ramalho

Coordenação Científica Oliveira Baptista

Equipa Técnica Alda Brás, António Afonso, Carlos Torres, Carlota Carqueja, Clara

Gonçalves, Daniel Gomes, David Santos, Fernanda Machado,

Filipe Batista, Graça Tavares, Isabel Rodrigo, João Castro

Caldas, João Oliveira, José Fernandes, José Mota, Luís Maia,

Maria Emília Oliveira, Maria João Canadas, Paulo Castro, Paulo

Eça, Paulo Sousa, Pedro Peixoto, Rosa Bernardino e Rui Martins.

Parceria DRAPN, ADISA, IDARN E CAN

Capa Jorge Coutinho.

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FORMAFUTURO – A Formação Profissional Agrária no Entre Douro e Minho, Passado Presente e

Futuro

ACÇÃO N.º 3 – ARTICULAÇÃO DA FORMAÇÃO COM O DESENVOLVIMENTO AGRÍCOLA E RURAL

I - OBJECTIVO 1 – Identificar conteúdos, formas e geografia da formação (estabelecer um diagnóstico

e recolher propostas e sugestões)

II - OBJECTIVO 2 – Analisar e propor vias institucionais e pedagógicas

III - OBJECTIVO 3 – Elaborar o relatório da acção

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ÍNDICE GERAL PÁG.

I – OBJECTIVO 1 – Identificar conteúdos, formas e geografia da formação (estabelecer um diagnóstico e recolher propostas e sugestões)

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NOTA PRÉVIA 8

1 - Análise dos resultados 10

1.1-Tipologia das entidades inquiridas 10

1.2-Caracterização da formação realizada em 2003 11

1.3-A entidade promotora e/ou formadora 24

1.4-Função da formação desenvolvida e a desenvolver no E.D.M. 25

1.5-Modelo de formação profissional agrária para o E.D.M. 28

1.6-Pagamento e finalidades dos cursos 35

1.7-Perfil e bolsa de formadores 36

1.8-Conteúdos temáticos e pedagógicos dos cursos 37

2 – Conclusões 41

II – OBJECTIVO 2 – Analisar e propor vias institucionais e pedagógicas 46

1 – Introdução 47

2 - No âmbito da constituição 47

3 - No âmbito dos objectivos 48

4 - No âmbito da intervenção 48

5 - No âmbito do funcionamento 50

6 – Conclusão 51

III – OBJECTIVO 3 – Elaborar o relatório da acção 52

1 – Introdução 53

2 - Objectivo 1 – Introdução 54

3 - Objectivo 1 – Síntese 55

4 - Obvjectivo 2 – Introdução 60

5 - Objectivo 2 – Síntese 60

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ÍNDICE DE TABELAS PÁG.

Tabela – 1 Natureza jurídica da entidade e respectiva área social de actuação 10 Tabela – 2 Sector de actividade agrícola dominante por tipo de entidade 10

Tabela – 3 Posicionamento por tipo de entidade relativamente à formação profissional 11

Tabela – 4 Entidades que promovem cursos, cursos e formandos segundo os critérios legais de classificação das acções de formação profissional agrária, em 2003 12

Tabela – 5 Entidades, cursos e formandos por área temática, em 2003 13

Tabela – 6 Número de entidades, cursos e formandos segundo as funções asseguradas pelas acções de formação 14

Tabela – 7 Número de cursos por tipo de entidade inquirida e área temática do curso 15

Tabela – 8 Número total de formandos por tipo de entidade inquirida e área temática do curso 17

Tabela – 9 Número de cursos por concelho de realização do curso e a área temática do curso 18

Tabela – 10 Número de entidades, cursos e formandos por concelho de realização do curso 23

Tabela – 11 Total de mão-de-obra afecta à actividade de formação por tipo de entidade a tempo anualmente despendido 25

Tabela – 12 Total de formadores afectos à actividade de formação por tipo de entidade e tempo anualmente despendido 25

Tabela – 13 Principais dificuldades sentidas na actividade de formação no período de 1995 a 1999 por entidade 26

Tabela – 14 Principais dificuldades sentidas na actividade de formação no período de 2000 a 2004 por entidade 27

Tabela – 15 Principais motivações para a promoção de formação no período de 2000 a 2004 por tipo de entidade 27

Tabela – 16 Principais propósitos a que se deve dirigir a Formação Profissional Agrária a desenvolver na região do EDM 28

Tabela – 17 Opinião quanto à evolução desejável da FPA no EDM por tipo de entidade 29

Tabela – 18 Número de entidades segundo as alterações propostas à situação actual da FPA 30

Tabela – 19 Opinião quanto aos critérios de decisão da FPA por tipo de entidade 31

Tabela – 20 Entidade que devia estar encarregue da definição dos critérios de aprovação dos projectos por tipo de entidade 32

Tabela – 21 Entidade que devia estar encarregue do acompanhamento da execução pedagógica dos projectos por tipo de entidade 33

Tabela – 22 Entidade que devia estar encarregue da definição do acompanhamento da execução financeira dos projectos por tipo de entidade 33

Tabela – 23 Entidade que devia estar encarregue da gestão global dos projectos de formação 34

Tabela – 24 Opinião quanto ao modelo de FPA desejável por tipo de entidade 35 Tabela – 25 Opinião quanto ao pagamento dos cursos por tipo de entidade 35

Tabela – 26 Níveis de adequação das competências dos formadores às necessidades de formação por área temática 36

Tabela – 27 Opinião quanto à discriminação positiva dos cursos que recorrem a formadores certificados nas áreas técnicas em causa por tipo de entidade 37

Tabela – 28 Opinião quanto à utilidade da elaboração e divulgação de uma avaliação periódica da FPA 37

Tabela – 29 Opinião quanto à utilidade da actualização de uma base de dados da FPA 38

Tabela – 30 Opinião quanto à utilidade da organização de Comissões Técnicas Especializadas por tipo de entidade 38

Tabela – 31 Entidade que deve assegurar a avaliação da formação por tipo de entidade inquirida 39

Tabela – 32 Opinião quanto à entidade que deve assegurar a divulgação anual da avaliação por tipo de entidade 39

Tabela – 33 Opinião quanto à entidade que deveria assegurar a actualização da base de dados por tipo de entidade inquirida 40

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FORMAFUTURO – A Formação Profissional Agrária no Entre Douro e Minho, Passado Presente e

Futuro

ACÇÃO N.º 3 – ARTICULAÇÃO DA FORMAÇÃO COM O DESENVOLVIMENTO AGRÍCOLA E RURAL

I - OBJECTIVO 1 – identificar conteúdos, formas e geografia da formação (estabelecer um diagnóstico

e recolher propostas e sugestões)

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NOTA PRÉVIA

Este documento é parte integrante do Objectivo 1 da Acção 3 do projecto FORMAFUTURO, intitulado

“Identificar conteúdos, formas e geografia da formação (estabelecer um diagnóstico e recolher

propostas e sugestões)”.

Esta Acção assume como principais objectivos:

1. contribuir para assegurar uma articulação permanente entre a oferta das actuais

intervenções formativas e a capacidade/potencial científicos e técnicos instalados na

região, quer públicos quer privados por forma a melhorar a qualidade da formação e do

desempenho dos formadores;

2. identificar os aspectos positivos e os aspectos negativos actualmente existentes na FPA, na

perspectiva de melhorar a sua organização e enquadramento institucional ;

3. analisar e propor as vias institucionais e pedagógicas que podem vir a contribuir para o

objectivo anterior.

Para dar resposta a estes objectivos foi concebido e realizado um inquérito/entrevista (Anexo 1).

Neste inquérito/entrevista foram inquiridos todos os responsáveis das entidades que enquadram e

dinamizam as opções de política e representam os principais grupos de agentes envolvidos no mundo

rural e agrícola e que poderão vir a constituir a base de recrutamento para integrar uma futura

Comissão Regional para a Formação Profissional Agrária prevista no âmbito dos trabalhos

desenvolvidos pelo Conselho Regional Agrário da DRAEDM, em particular pela sua Comissão

Permanente

A finalidade deste inquérito/entrevista foi permitir, numa perspectiva de médio prazo, identificar os

domínios em que a formação profissional agrária pode contribuir para o desenvolvimento do EDM, bem

como o modo eficaz de o conseguir - tanto ao nível dos conteúdos, formas e geografia da formação, e

sua articulação institucional -, averiguando-se, nomeadamente, o modo de privilegiar determinadas

áreas (sejam temáticas sejam geográficas) e de consolidar a ligação entre o sistema de formação e a

capacidade científica e técnica da região.

A informação que serve de base à elaboração deste documento resulta da aplicação do

inquérito/entrevista a 161 entidades1, que de acordo com a sua natureza jurídica se distribuíram da

seguinte forma: 16 públicas, 21 privadas, 67 cooperativas, 54 associativas e 3 outras.

O questionário de inquérito às entidades está estruturado da seguinte forma:

1 O total de instituições a inquirir era de 198 entidades. Tratavam-se de instituições que mantiveram durante o período a que diz respeito o estudo, uma relação institucional no âmbito da Formação Profissional Agrária com a Direcção Regional de Agricultura do Entre Douro e Minho. Do total das entidades a inquirir apenas 18,7% não

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I Entidade Inquirida. Elementos de caracterização em 2003

II Caracterização da Formação realizada em 2003

A. Entidade promotora ou com papel de promotora

B. Entidade promotora não acreditada pelo IQF/INOFOR

C. Entidade acreditada pelo IQF/INOFOR

D. Entidade promotora e/ou formadora

III Opinião Geral sobre a formação desenvolvida e a desenvolver no EDM

A. Funções da Formação Profissional Agrária no EDM

B. Modelo de Formação Profissional Agrária para o EDM

C. Pagamento e Financiamento dos cursos

D. Perfil e Bolsa de Formadores

E. Conteúdos temáticos e pedagógicos dos cursos

F. Organização e enquadramento institucional da FPA

A aplicação do questionário de inquérito ocorreu entre Junho e Setembro de 2005, na área geográfica

da região do Entre Douro e Minho.

O questionário de inquérito foi aplicado por técnicos da Direcção Regional de Agricultura do EDM, do

Instituto para o Desenvolvimento Agrário da Região Norte e da Câmara de Agricultura do Norte.

respondeu ao inquérito por razões que tiveram, quase sempre, a ver com a falta de disponibilidade por parte da instituição ou nunca ter sido possível o contacto depois de várias tentativas.

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1 - Análise dos resultados

1.1-Tipologia das entidades inquiridas 2

Do total das 161 entidades inquiridas, cerca de metade são cooperativas (41,6%) cuja área social de

actuação é, naturalmente, o concelho. As entidades associativas, um terço das entidades inquiridas

(33,5%), são as que têm uma área de actuação mais alargada: cerca de 50% desenvolvem a sua

actividade formativa a nível regional ou nacional. No entanto, constata-se que o concelho ou

agrupamento de concelhos é a área social predominantemente abrangida por 58,4% das entidades que

responderam ao inquérito (apenas duas entidades não responderam a esta questão). As entidades cuja

natureza jurídica é pública ou privada representam cerca de 10% e 13%, respectivamente, e a área de

intervenção é sobretudo ao nível de agrupamento de concelhos. (Tabela 1).

Tabela 1 Natureza jurídica da entidade e respectiva área social de actuação

Área social de actuação da entidade

Total

Natureza jurídica

da entidade

Concelhia Agrupament

o de concelhos

Sub-Regional

Regional Nacional Não

responde Nº %

Pública 5 5 2 2 2 16 9.9

Privada 6 4 5 5 1 21 13,1

Cooperativa 36 18 3 8 2 67 41,6

Associativa 5 16 7 14 11 1 54 33,5

Outra 2 1 3 1,9

Total 48 46 16 29 20 2 161 100,0

Da leitura da Tabela 2 temos que a “não identificação” do sector de actividade agrícola dominante

existente na entidade é predominante: 39% das respostas. Quanto às entidades que identificam a sua

Tabela 2 Sector de actividade agrícola dominante por tipo de entidade

2 Natureza Jurídica: no âmbito deste trabalho as designações Cooperativa e Associativa referem-se a instituições privadas e sem fins lucrativos enquanto que a categoria Privada inclui instituições com fins lucrativos.

Sector de actividade agrícola dominante da entidade

Natureza jurídica da entidade

Bovinos de leite

Bovinos de carne

Pequen

os

ruminantes

Viticultura

Fruticultura e outras

culturas

perm

ane

ntes

Horticultura

Floricultura

Produtos agrícolas

de qualidade

(DOP/IGP)

Floresta

Outro

Total

Pública 3 1 12 16

Privada 1 4 2 3 11 21

Cooperativa 18 3 1 20 1 2 1 1 20 67

Associativa 8 7 6 3 2 1 2 8 17 54

Outra 1 2 3

Total 30 11 1 30 4 4 2 5 12 62 161

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actividade agrícola destaca-se o sector bovino em um quarto das entidades (com maior incidência para

o sector leiteiro), seguido da viticultura em 19% das entidades. O sector florestal, que não ultrapassa os

8%, surge basicamente nas entidades cuja natureza jurídica é associativa.

Nas entidades públicas a actividade agrícola dominante é a bovinicultura leite, enquanto para as

entidades privadas surge o sector florestal.

Quanto ao “Posicionamento da entidade relativamente à formação” (Tabela 3) verificamos que 45

entidades não estão acreditadas nem promovem formação no sector agrário (28% das entidades

inquiridas). Das restantes (116 entidades), metade recorre à contratação de entidades formadoras

externas dado que não estão acreditadas para o efeito: 58,6% são Cooperativas e 29,3% são as

Associações.

Tabela 3 Posicionamento por tipo de entidade relativamente à formação profissional

Quanto às “entidades formadoras acreditadas com projecto próprio” 43,5% são associações e 28,3%

são entidades privadas. Embora sejam entidades acreditadas, 6 não apresentavam em 2003 um

projecto próprio (Tabela 3).

1.2-Caracterização da formação realizada em 2003

Com o cruzamento das variáveis “entidades”, “cursos” e “formandos” e de acordo com os critérios

legais de classificação das acções de Formação Profissional Agrária (FPA) caracterizou-se a formação

realizada pelas diversas entidades (Tabela 4).

Assim, em 2003, no que se refere aos cursos homologados 42 entidades promovem, em média, 2,1

cursos, que envolveram, cada um deles, cerca de 14 formandos.

Posicionamento da entidade relativamente à formação

Entidade prom

otora não

acreditada que recorre à

contratação duma

entidade form

adora

externa

Entidade form

adora

acreditada com

projecto

próprio

Entidade form

adora

acreditada sem

projecto

próprio

Entidade prom

otora não

acreditada que não

contrata uma entidade

form

adora externa por

não recorrer a

financiam

ento

Entidade não acreditada

que não prom

ove

form

ação

Natureza jurídica da entidade

Nº % Nº % Nº % Nº % Nº %

Total

Pública 2 3,4 8 17,4 2 33,3 1 16,7 3 6,7 16

Privada 4 6,9 13 28,3 3 50,0 1 2,2 21

Cooperativa 34 58,6 5 10,9 1 16,7 3 50,0 24 53,3 67

Associativa 17 29,3 20 43,5 2 33,3 15 33,3 54

Outra 1 1,7 2 4,4 3

Total 58 100,0 46 100,0 6 100,0 6 100,0 45 100,0 161

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Apenas 3 entidades promovem cursos de sensibilização (duas por entidade) que envolveu um número

significativo de formandos (7% dos formandos que frequentaram acções de formação em 2003).

Quanto aos de cursos de curta, média e longa duração verifica-se que: i) os de menor duração (de 19 a

104 horas) são os mais frequentes (62,4%) (com 4,3 cursos por entidade); ii) os de média duração (de

105 a 210 horas) são cerca de um quarto (com 2,6 cursos por entidade) e, iii) os de longa duração (+

210 horas) são os menos frequentes (11,8%) (com 2,2 cursos por entidade). Neste conjunto de acções

de formação o número de formandos variou entre 14 e 16.

Tabela 4 Entidades que promovem cursos, cursos e formandos segundo os critérios legais de classificação das acções de formação profissional agrária, em 2003

Entidades Cursos Formandos Critérios legais de classificação (1)

Nº Nº % Nº %

Homologação 42 90 21,1 1240 19,1

Acções de sensibilização (até 18 horas) 3 6 1,4 456 7,0

Formação - curta duração (de 19 a 104 horas) 48 206 62,4 2930 45,1

Formação - média duração (de 105 a 210 horas) 33 85 25,8 1259 19,4

Formação - longa duração (mais de 210 horas) 18 39 11,8 612 9,4

Sub-total 99 330 100,0

Total 144 426 100,0 6497 100,0

(1) Grelha de critérios legais de classificação das acções de Formação Profissional Agrária constantes do documento do Projecto "Procedimentos a adoptar no tratamento da informação da Formação Profissional Agrária no Entre Douro e Minho".

Na Tabela 5 constam as 23 áreas temáticas existentes no projecto "Procedimentos a adoptar no

tratamento da informação da "Formação Profissional Agrária no EDM". Com o objectivo de agilizar a

sua leitura constituíram-se 6 grupos cujas áreas temáticas são relativamente afins: a)"Agricultura

Ambiental"; b) "Horticultura" c) "Agro-Pecuária"; d) "Florestal"; e) "Economia/Gestão"; f) "Indústria Agro-

Alimentar". Em primeiro lugar surge o grupo da "Economia/Gestão" com 24,6%; seguida da

"Horticultura" com 20,9%; "Agro-Pecuária com 18,3%; "Agricultura Ambiental" com 15,3%; “Florestal”

com 11,3% e, por último, a "Indústria Agro-Alimentar" com 9,6%.

O número médio de formandos por curso é de 15,3 (apenas os cursos de “Controlo e Normas de

Qualidade” e “Desenvolvimento Rural” surgem com um número médio de formados bastante superior,

respectivamente 34,2 e 37,1).

Quando cruzadas as áreas temáticas com o número de entidades que promoveram os cursos, por

escalão [1 a 5 entidades]; [6 a 10 ent.]; [11 a 20 ent.]; [21 a 30 ent.] temos:

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• Os cursos de “Fruticultura”; “Produção e Conservação de Forragens”; “Produção de Culturas

Arvenses”; “Outras Produções Animais”; “Agricultura e Ambiente”; “Controlo e Normas de

Qualidade”; “Higiene, Segurança e Saúde no Trabalho”; “Marketing e Comercialização Produtos

Agrícolas”; e “Jardinagem” como sendo os menos seleccionados pelas entidades, ou seja,

estão no escalão [1 a 5 entidades]. Neste escalão as entidades promoveram em termos médios

mais do que uma acção do mesmo tipo, excepção feita ao curso de Jardinagem (um por

entidade);

Tabela 5 Entidades, cursos e formandos por área temática, em 2003

• Entre [6 a 10 entidades] promovem os cursos de “Pequenos Ruminantes”; “Contabilidade,

Gestão e Fiscalidade”; “Desenvolvimento Rural”; e “Vinificação e Enologia”. Dentro deste

Entidades Cursos Formandos Cursos/ entidade

Formandos/ curso Área Temática (1)

Nº % Nº % Nº % Nº Nº

Agricultura Biológica a) 11 4,4 16 3,8 241 3,7 1,5 15,1

Agro-ambientais a) 23 9,3 42 9,9 616 9,5 1,8 14,7

Fruticultura b) 4 1,6 6 1,4 90 1,4 1,5 15,0

Viticultura b) 21 8,5 42 9,7 596 9,2 2,0 14,2

Horticultura Ornamental e Comestível b) 26 10,5 38 8,9 572 8,8 1,5 15,1

Produção e Conservação de Forragens c) 2 0,8 3 0,7 48 0,7 1,5 16,0

Produção de Culturas Arvenses c) 1 0,4 2 0,5 24 0,4 2,0 12,0

Pecuária c) 14 5,7 19 4,5 274 4,2 1,4 14,4

Pequenos Ruminantes c) 6 2,4 6 1,4 84 1,3 1,0 14,0

Produção Florestal d) 23 9,3 48 11,3 717 11,0 2,1 14,9

Motomecanização c) 29 11,6 41 9,6 503 7,7 1,4 12,3

Outras Produções Animais c) 5 2,0 7 1,6 104 1,6 1,4 14,9

Curso de Empresário Agrícola e) 13 5,2 15 3,5 229 3,5 1,2 15,3

Agricultura e Ambiente a) 5 2,0 7 1,6 131 2,0 1,4 18,7

Contabilidade, Gestão e Fiscalidade e) 6 2,4 20 4,7 350 5,4 3,3 17,5

Controlo e Normas de Qualidade e) 3 1,2 6 1,4 205 3,2 2,0 34,2

Desenvolvimento Rural e) 6 2,4 11 2,6 408 6,3 1,8 37,1

Higiene, Segurança e Saúde no Trabalho e) 5 2,0 7 1,6 91 1,4 1,4 13,0

Marketing e Comerc.Produtos Agrícolas e) 3 1,2 5 1,2 60 0,9 1,7 12,0

Programas Gerais e Ling. Informáticas e) 15 6,1 41 9,6 521 8,0 2,7 12,7

Valoriz. e Trans.Prod.Animais e Vegetais f) 16 6,5 32 7,5 467 7,2 2,0 14,6

Vinificação e Enologia f) 8 3,2 9 2,1 131 2,0 1,1 14,6

Jardinagem b) 3 1,2 3 0,7 35 0,5 1,0 11,7

Total 426 6497 15,3 (1) Códigos constantes do documento do Projecto "Procedimentos a adoptar no tratamento da informação da Formação Profissional Agrária no Entre Douro e Minho" Nota: Para facilitar a leitura do quadro entendeu-se agrupar os vários cursos em seis grupos que se designam por: a)"Agricultura Ambiental"; b) "Horticultura" c) "Agro-Pecuária"; d) "Florestal"; e) "Economia/Gestão" ; f) "Indústria Agro-Alimentar".

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escalão o curso de “Contabilidade, Gestão e Fiscalidade” foi promovido por um grupo restrito

de entidades (3,3 cursos/entidade) o que evidencia algum grau de especialização da instituição;

• Os cursos de “Agricultura Biológica”; “Pecuária”; “Curso de Empresário Agrícola”; “Programas

Gerais de Linguagem Informática”; e “Valorização e Transformação Produtos Animais e

Vegetais” foram promovidos por 11 a 20 entidades;

• Relativamente ao escalão [21 a 30 entidades] os cursos promovidos são: “Agro-Ambientais” ;

“Viticultura”; “Horticultura Ambiental e Comestível”; “Produção Florestal”; e “Motomecanização”.

Também neste escalão as entidades fazem mais do que uma edição do curso, com destaque

para os cursos de “Viticultura” e “Produção Florestal” (dois ou mais por entidade)

Da análise da Tabela 6 verifica-se que mais de metade dos cursos (54,5%) promovidos pelas entidades

estão vocacionados para o “aperfeiçoamento técnico dirigido ao agricultor”. Já com uma importância

bastante menor (19,5%) temos os cursos de “apoio ao emprego e ao rendimento associado a

actividades da produção agrícola”, a que se seguem as acções de formação dirigidas ao

“aperfeiçoamento técnico dirigido à mão-de-obra” e “apoio ao emprego e ao rendimento associado ao

desenvolvimento rural”, que representam, cada uma, 10,3% dos cursos. A partição percentual dos

formandos nos cursos é, naturalmente, muito próxima da encontrada para a distribuição dos cursos.

Excepção feita aos cursos de “Divulgação” onde o número de formandos que frequentam este tipo de

cursos é bastante superior aos outros.

Tabela 6 Número de entidades, cursos e formandos segundo as funções asseguradas pelas acções de formação

Entidades Cursos Formandos Funções(1)

Nº Nº % Nº %

Formação para apoio à instalação 15 19 4,5 292 4,5

Aperfeiçoamento técnico dirigido ao agricultor 56 232 54,5 3413 52,5

Aperfeiçoamento técnico dirigido à mão-de-obra 31 44 10,3 516 7,9

Apoio ao emprego e ao rendimento associado a actividades da produção agrícola

29 83 19,5 1343 20,7

Apoio ao emprego e ao rendimento associado ao desenvolvimento rural

18 44 10,3 622 9,6

Divulgação 3 4 0,9 311 4,8

Total 152 426 100,0 6497 100,0

(1) Grelha de funções (áreas temáticas x temas dos cursos) legais de classificação das acções de Formação Profissional Agrária constantes do documento do Projecto "Procedimentos a adoptar no tratamento da informação da Formação Profissional Agrária no Entre Douro e Minho"

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17

Tabela 7 Número de cursos por tipo de entidade inquirida e área temática do curso

Áreas temáticas (1)

Total

Tipo de entidade inquirida

Agricultura Biológica a)

Agro-ambientais a)

Fruticultura b)

Viticultura b)

Horticultura Ornamental e

Comestível b)

Produção e Conservação de

Forragens c)

Produção de Culturas Arvenses c)

Pecuária c)

Pequenos Rum

inantes c)

Produção Florestal d)

Motomecanização c)

Outras Produções Animais c)

Curso de Empresário Agrícola e)

Agricultura e Ambiente a)

Contabilidade, G

estão e

Fiscalidade e)

Controlo e Norm

as de Qualidade

e)

Desenvolvimento Rural e)

Higiene e Saúde no Trabalho e)

Marketing e Com

ercialização de

Produtos Agrícolas e)

Programas Gerais e Linguagens

Inform

áticas e)

Valorização e Transform

ação de

Produtos Animais e Vegetais f)

Vinificação e Enologia f)

Jardinagem b)

Nº %

Pública 2 1 1 1 1 3 4 2 15 3,5

Privada 7 6 3 10 10 7 2 3 1 2 1 6 8 1 1 68 16,o

Cooperativa 6 14 1 24 14 1 10 4 10 16 3 2 2 1 5 7 5 125 29,3

Associativa 3 20 5 15 13 2 2 9 2 28 17 5 8 3 17 4 8 6 5 30 13 3 218 51,2

Total 16 42 6 42 38 3 2 19 6 48 41 7 15 7 20 6 11 7 5 41 32 9 3 426 100,0 (1) Códigos constantes do documento do projecto "Procedimentos a adoptar no tratamento da informação da informação da Formação Profissional Agrária do EDM"

Nota: Para facilitar a leitura do quadro entendeu-se agrupar os vários cursos em seis grupos que se designam por: a)"Agricultura Ambiental"; b) "Horticultura" c) "Agro-Pecuária"; d) "Florestal"; e) "Economia/ Gestão" ; f) "Indústria Agro-Alimentar".

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18

As entidades Associativas são aquelas que maior número de cursos promoveu em 2003 (51,2%),

seguidas das Cooperativas com 29,3%. Em contrapartida, a percentagem de cursos promovidos pelas

entidades Públicas não ultrapassou os 3,5% do total. Apenas os cursos de “Agro-ambientais”,

“Horticultura Ornamental e Comestível”, “Motomecanização”, “Curso de Empresário Agrícola”,

“Agricultura e Ambiente” e “Valorização e Transformação de Produtos Animais e Vegetais” foram

promovidos pelos quatro tipos de entidades.

Mais de metade dos cursos promovidos pelas Associações são: “Programas Gerais e Linguagens

Informáticas” (30); “Produção Florestal” (28); “Agro-ambientais” (20); “Motomecanização” (17);

“Contabilidade, Gestão e Fiscalidade” (17). Com menor importância temos os cursos de “Viticultura”

(15) e “Horticultura Ornamental e Comestível” (13). Embora o número de cursos seja reduzido, estas

entidades são ainda, responsáveis pelos cursos de fruticultura (5 num total de 6); “Produção e

Conservação de Forragens” (2 num total de 3); “Outras Produções Animais (5 num total de 7); “Curso

de Empresário Agrícola” (8 num total de 15); “Controlo e Normas de Qualidade” (4 num total de 6),

“Desenvolvimento Rural” (8 num total de 11); “Higiene e Saúde no Trabalho” (6 num total de 7) e a

totalidade dos cursos de “Produção de Culturas Arvenses” (2) e de “Marketing e Comercialização de

Produtos Agrícolas” (5).

As Cooperativas, em 2003, executaram fundamentalmente os cursos de Viticultura (24);

Motomecanização (16), Agro-ambientais (14) e Horticultura Ornamental e Comestível (14). Evidenciam

alguma supremacia relativamente às outras entidades (50% ou mais das acções realizadas) nos cursos

de Pecuária, Pequenos Ruminantes e Vinificação e Enologia. Do total de cursos de Agricultura

Biológica (16) e Produção Florestal (48) as Cooperativas promoveram 6 e 10 acções, respectivamente.

As entidades Privadas são responsáveis por 16% do total dos cursos realizado, em 2003. É na

“Horticultura Ornamental e Comestível” e na “Produção Florestal” que mais se evidenciam, com 10

cursos em cada uma destas áreas temáticas e na “Valorização e Transformação de Produtos Animais e

Vegetais” com 8 cursos, e “Agricultura Biológica” com 7 cursos.

Finalmente, temos as entidades Públicas promoveram 3,5% dos cursos. Focalizaram a sua formação

em quatro cursos de “Valorização e Transformação de Produtos Animais e Vegetais” e três de

“Contabilidade, Gestão e Fiscalidade”. Dos três cursos de “Jardinagem” que se realizaram em 2003, as

entidades Públicas são responsáveis por dois.

O número total de formandos por tipo de entidade e a área temática do curso é muito semelhante à

distribuição do número de cursos por entidade (cf. Tabela 7). Excepção feita ao curso de “Controlo e

Normas de Qualidade” e ao curso de “Desenvolvimento Rural” cujo número médio de formandos foi de

34 e 37, respectivamente (Tabela 8).

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Tabela 8

Número total de formandos por tipo de entidade inquirida e a área temática do curso

Áreas temáticas (1)

Total

Tipo de entidade inquirida

Agricultura Biológica

Agro-ambientais

Fruticultura

Viticultura

Horticultura Ornamental e

Comestível

Produção e Conservação de

Forragens

Produção de Culturas Arvenses

Pecuária

Pequenos Rum

inantes

Produção Florestal

Motomecanização

Outras Produções Animais

Curso de Empresário Agrícola

Agricultura e Ambiente

Contabilidade, G

estão e

Fiscalidade

Controlo e Norm

as de Qualidade

Desenvolvimento Rural

Higiene e Saúde no Trabalho

Marketing e Com

ercialização de

Produtos Agrícolas

Programas Gerais e Linguagens

Inform

áticas

Valorização e Transform

ação de

Produtos Animais e Vegetais

Vinificação e Enologia

Jardinagem

Nº %

Pública 28 16 11 16 38 90 61 23 283 4,4

Privada 108 96 42 150 144 87 27 42 15 26 16 79 116 12 12 972 14,9

Cooperativa 87 191 15 350 213 16 155 56 148 195 48 30 154 15 62 96 73 1904 29,3

Associativa 46 301 75 204 193 32 24 119 28 425 210 77 123 48 260 51 367 75 60 380 194 46 3338 51,4

Total 241 616 90 596 572 48 24 274 84 717 503 104 229 131 350 205 408 91 60 521 467 131 35 6497 100,0

(1) Códigos constantes do documento do projecto "Procedimentos a adoptar no tratamento da informação da informação da Formação Profissional Agrária no EDM"

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Tabela 9 Número de cursos por concelho de realização do curso e a área temática do curso

NUTs 3 Concelho de

realização do curso Agricultura Biológica a)

Agro-am

bientais a)

Fruticultura b)

Viticultura b)

Horticultura Ornam

ental e Com

estível

b)

Produção e Conservação de

Forragens c)

Produção de Culturas Arvenses c)

Pecuária c)

Pequenos Rum

inantes c)

Produção Florestal d)

Motom

ecanização c)

Outras Produções Animais c)

Curso de Empresário Agrícola e)

Agricultura e Ambiente a)

Contabilidade, Gestão e Fiscalidade

e)

Controlo e Normas de Qualidade e)

Desenvolvimento Rural e)

Higiene e Saúde no Trabalho e)

Marketing e Com

ercialização de

Produtos Agrícolas e)

Program

as G

erais e Linguagens

Inform

áticas e)

Valorização e Transform

ação de

Produtos Animais e Vegetais f)

Vinificação e Enologia f)

Jardinagem

b)

Total

AMARES 2 2 2 1 7 ARCOS DE VALDEVEZ 1 1 4 1 3 2 3 1 1 2 2 2 16 1 1 41

BARCELOS 1 1 2 1 6 2 4 17

BRAGA 1 1

CAMINHA 1 1 1 3

ESPOSENDE 2 1 1 2 6

MELGACO 5 1 3 2 11

MONCAO 8 8 1 5 2 1 1 1 27

PAREDES DE COURA 5 1 1 3 1 2 2 2 1 2 20

PONTE DA BARCA 2 1 1 1 1 6

PONTE DE LIMA 2 3 8 3 2 2 2 4 1 1 1 1 2 3 2 37

TERRAS DE BOURO 1 1 1 4 1 8

VALENCA 1 2 1 1 5

VIANA DO CASTELO 1 1 2 1 1 1 7 VILA NOVA CERVEIRA 2 2 1 1 6

Minho-Lima

VILA VERDE 1 1 1 1 3 1 5 13

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Tabela 9 Número de cursos por concelho de realização do curso e a área temática do curso (continuação)

NUTs 3 Concelho de

realização do Curso

Agricultura Biológica a)

Agro-am

bientais a)

Fruticultura b)

Viticultura b)

Horticultura Ornam

ental e

Com

estível b)

Produção e Conservação de

Forragens c)

Produção de Culturas Arvenses

c)

Pecuária c)

Pequenos Rum

inantes c)

Produção Florestal d)

Motom

ecanização c)

Outras Produções Animais c)

Curso de Empresário Agrícola e)

Agricultura e Ambiente a)

Contabilidade, Gestão e

Fiscalidade e)

Controlo e Normas de Qualidade

e)

Desenvolvimento Rural e)

Higiene e Saúde no Trabalho e)

Marketing e Com

ercialização de

Produtos Agrícolas e)

Program

as G

erais e Linguagens

Inform

áticas e)

Valorização e Transform

ação de

Produtos Animais e Vegetais f)

Vinificação e Enologia f)

Jardinagem

b)

Total

AMARANTE 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 10

BAIAO 3 1 1 1 1 1 1 1 10

CABECEIRAS DE BASTO 1 1 2

CASTELO DE PAIVA 3 1 1 1 1 1 1 1 10

CELORICO DE BASTO 1 1

CINFAES 1 1

LOUSADA 2 3 3 1 2 1 2 1 1 1 17

MARCO DE CANAVEZES 1 1 2 1 5

MONDIM DE BASTO 1 1

PACOS DE FERREIRA 1 1 1 3

PAREDES 1 1 1 1 4

PENAFIEL 3 1 1 2 1 1 1 1 1 1 2 2 17

RESENDE 4 3 1 1 1 1 11

Tâm

ega

RIBEIRA DE PENA 2 1 3

GONDOMAR 1 1

MAIA 1 1 2

PORTO 1 1

POVOA DE VARZIM 1 1 1 3 2 8

VALONGO 2 2

VILA DO CONDE 5 2 1 1 1 1 5 11 27

Grande Porto

VILA NOVA DE GAIA 2 2

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Tabela 9 Número de cursos por concelho de realização do curso e a área temática do curso (continuação)

NUTs 3 Concelho de

realização do Curso

Agricultura Biológica a)

Agro-am

bientais a)

Fruticultura b)

Viticultura b)

Horticultura Ornam

ental e

Com

estível b)

Produção e Conservação de

Forragens c)

Produção de Culturas Arvenses

c)

Pecuária c)

Pequenos Rum

inantes c)

Produção Florestal d)

Motom

ecanização c)

Outras Produções Animais c)

Curso de Empresário Agrícola

e)

Agricultura e Ambiente a)

Contabilidade, Gestão e

Fiscalidade e)

Controlo e Normas de

Qualidade e)

Desenvolvimento Rural e)

Higiene e Saúde no Trabalho

e)

Marketing e Com

ercialização de

Produtos Agrícolas e)

Program

as G

erais e

Linguagens Informáticas e)

Valorização e Transform

ação

de Produtos Animais e Vegetais

f)

Vinificação e Enologia f)

Jardinagem

b)

Total

FAFE 1 1

GUIMARAES 2 1 2 1 6

POVOA DE LANHOSO 1 1

SANTO TIRSO 2 2 1 3 1 2 1 1 1 14

VIEIRA DO MINHO 1 1 1 2 1 1 1 2 1 11

Ave

VILA NOVA FAMALICÃO 2 3 2 3 10

ALIJO 1 1

MOIMENTA DA BEIRA 1 1

Douro

SERNANCELHE 1 1

BOTICAS 1 1 2 Alto Trás-os-montes VINHAIS 1 1 E. D.Vouga AROUCA 1 5 1 3 1 11

OVAR 1 1

SEVER DO VOUGA 1 1 Baixo Vouga

VALE DE CAMBRA 2 1 1 2 6

PEDROGAO GRANDE 1 1 Pinhal Interior Norte LOUSA 1 1 2

Pin. Int. Sul OLEIROS 1 1

Ser. Estrela SEIA 1 1

Total 16 42 6 42 38 3 2 19 6 48 41 7 15 7 20 6 11 7 5 41 32 9 3 426

Nota: Para facilitar a leitura do quadro entendeu-se agrupar os vários cursos em seis grupos que se designam por: a)"Agricultura Ambiental"; b) "Horticultura" c) "Agro-Pecuária"; d) "Florestal"; e) "Economia/Gestão" ; f) "Indústria Agro-Alimentar".

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Relativamente ao número de cursos (áreas temáticas) realizados pelas entidades inquiridas, por

concelho e respectivas NUTs3, concluiu-se, que:

i) dos cursos que fazem parte do grupo “Agricultura Ambiental” temos: ¾ dos cursos de

“Agricultura Biológica” realizados em concelhos incluídos na NUT Minho-Lima (Amares,

Barcelos, Paredes de Coura, Terras de Bouro e Viana do Castelo), assim como 57% das

acções de “Agricultura e Ambiente” (Ponte de Lima). No que concerne à área temática das

“Agro-ambientais” metade destes cursos também foi realizada na NUT Minho-Lima e cerca de

um quinto (23,8%) na NUT Tâmega;

ii) dos cursos incluídos no grupo de “Horticultura” verifica-se que: dois terços das acções de

Fruticultura foram realizados em dois concelhos da NUT Tâmega (Resende e Penafiel); cerca

de 60% das acções de Viticultura realizadas na NUT Minho-Lima (predominantemente nos

concelhos de Monção e de Ponte de Lima) e um terço na NUT Tâmega (com maior incidência

nos concelhos de Baião, Castelo de Paiva, Lousada). As acções realizadas no âmbito da área

temática de Horticultura Ornamental e Comestível estão dispersas por vários concelhos e em

diferentes NUTs, sendo que é nos concelhos de Melgaço, Ponte de Lima e Vila Nova de

Famalicão que encontramos uma maior concentração deste tipo de curso;

iii) do grupo “Agro-pecuária” temos: o total dos cursos de Produção e Conservação de

Forragens e de Produção de Culturas Arvenses a serem realizados nos concelhos de Baião,

Lousada; Penafiel e Ribeira de Pena (NUT Tâmega), e metade dos cursos de “Pequenos

Ruminantes” realizados nos concelhos de Baião, Castelo de Paiva e Paços de Ferreira

(também da NUT Tâmega); já os cursos de Pecuária e Outras Produções Animais, num total de

26 acções, se distribuíram por: 11 concelhos da NUT Minho-Lima; 8 concelhos das NUTs Ave e

Grande Porto e 7 concelhos da NUT Tâmega. Maior dispersão geográfica ocorreu com as 41

acções de “Motomecanização” que foram promovidas em 27 concelhos (apenas em Vila Nova

de Famalicão e Vila Verde se realizaram 3 acções por concelho);

iv) no sector florestal, em 2003, realizaram-se 48 cursos em 27 concelhos envolvidos no estudo

(48,2% do total de concelhos). No entanto, temos concelhos onde se promoveram várias

acções (por exemplo, na NUT Minho Lima realizaram-se 21 cursos - os concelhos de Monção,

Terras de Bouro Arcos de Valdevez e Melgaço são responsáveis por 5; 4; 3 e 3,

respectivamente; na NUT Entre Douro e Vouga a totalidade dos cursos (5) tiveram lugar no

concelho de Arouca) e temos outros onde se realizou uma ou duas acções por concelho (por

exemplo, na NUT Tâmega realizaram-se 8 acções - uma por concelho, e na NUT Ave

realizaram-se 5 acções: uma em Póvoa de Lanhoso; 2 em Vieira do Minho e 2 em Vila Nova de

Famalicão);

v) quanto ao grupo designado de Economia/Gestão verifica-se que dos 15 Cursos de

“Empresário Agrícola” dois terços foram promovidos em partes iguais, na NUT do Grande Porto

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e Minho-Lima. Os restantes foram realizados no Tâmega (3) e no Ave(2). É no concelho de

Barcelos que vamos encontrar a execução de 6 cursos (30% do total) de “Contabilidade,

Gestão e Fiscalidade” e no concelho de Vila do Conde a realização de 5 cursos (83% do total)

de “Controlo e Normas de Qualidade”. Os 11 cursos de “Desenvolvimento Rural”

desenvolveram-se em 9 concelhos: 6 cursos na NUT3 do Minho-Lima (concelhos de Arcos de

Valdevez, Caminha, Paredes de Coura e Ponte de Lima); 2 cursos na NUT Tâmega (concelhos

de Amarante e Castelo de Paiva); 1 curso no concelho da Lousã (NUT Pinhal Interior Norte), 1

curso em Vale de Cambra (NUT Baixo Vouga) e 1 curso em Vieira do Minho (NUT Ave).

Relativamente aos 7 cursos de “Higiene e Saúde no Trabalho” e aos 5 cursos de “Marketing e

Comercialização de Produtos Agrícolas” verifica-se que, com excepção de dois cursos de

“Higiene e Saúde no Trabalho” que se realizaram em Penafiel (NUT Tâmega), foram

promovidos em concelhos abrangidos pela NUT Minho-Lima. Finalmente no que se refere aos

41 cursos “Programas Gerais e Linguagens Informáticas” destacam-se os concelhos de Arcos

de Valdevez e Vila do Conde onde se realizaram 16 e 11 cursos, respectivamente.

vi) no grupo das “Indústrias Agro-alimentares” surge a área temática “Valorização e

Transformação de Produtos Animais e Vegetais” com 32 cursos, sendo que: 50% deles foram

realizados no Minho-Lima (concelhos de Vila Verde, Barcelos e Ponte de Lima) e cerca de 19%

distribuídos pelo Entre Douro e Vouga e Baixo Vouga. Os nove cursos ligados ao tema da

“Vinificação e Enologia” distribuíram-se do seguinte modo: 4 no Tâmega (concelhos de

Lousada, Paredes e Penafiel); 3 no Minho-Lima (concelhos de Arcos de Valdevez e Ponte de

Lima) e 2 no Ave (concelhos de Fafe e Vieira do Minho).

Da leitura da Tabela 10 verifica-se que é na NUT Minho-Lima onde há o maior número de entidades a

realizaram cursos em 2003 (42,3%), o que leva a 50,5% dos cursos e 47,5% dos formandos estarem

nesta região. Logo a seguir surge a NUT Tâmega mas onde a percentagem de entidades, cursos e

formandos é menos de metade da encontrada para o Minho-Lima. Os valores encontrados, em 2003,

para a região do Ave e do Grande Porto são muito semelhantes entre si hierarquizando-as em terceiro

lugar nestes três parâmetros.

Nos restantes territórios encontram-se 11,6% das entidades, 7% dos cursos e 10,8% dos formandos.

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Tabela 10 Número de entidades, cursos e formandos por concelho de realização do curso

Entidades Cursos Formandos NUT3 Concelhos

Nº % Nº % Nº %

Minho-Lima AMARES 3 2,31 7 1,64 92 1,42

ARCOS DE VALDEVEZ 5 3,85 41 9,62 535 8,23

BARCELOS 2 1,54 17 3,99 258 3,97

BRAGA 1 0,77 1 0,23 9 0,14

CAMINHA 2 1,54 3 0,70 45 0,69

ESPOSENDE 1 0,77 6 1,41 84 1,29

MELGACO 2 1,54 11 2,58 159 2,45

MONCAO 4 3,08 27 6,34 405 6,23

PAREDES DE COURA 7 5,38 20 4,69 285 4,39

PONTE DA BARCA 3 2,31 6 1,41 74 1,14

PONTE DE LIMA 8 6,15 37 8,69 608 9,36

TERRAS DE BOURO 4 3,08 8 1,88 112 1,72

VALENCA 3 2,31 5 1,17 75 1,15

VIANA DO CASTELO 3 2,31 7 1,64 95 1,46

VILA NOVA DE CERVEIRA 3 2,31 6 1,41 87 1,34

VILA VERDE 4 3,08 13 3,05 166 2,56

Sub-Total 55 42,33 215 50,45 3089 47,54

Ave FAFE 1 0,77 1 0,23 15 0,23

GUIMARAES 3 2,31 6 1,41 81 1,25

POVOA DE LANHOSO 1 0,77 1 0,23 15 0,23

SANTO TIRSO 2 1,54 14 3,29 201 3,09

VIEIRA DO MINHO 4 3,08 11 2,58 155 2,39

VILA NOVA DE FAMALICAO 3 2,31 10 2,35 134 2,06

Sub-Total 14 10,78 43 10,09 601 9,25

Grande Porto GONDOMAR 1 0,77 1 0,23 16 0,25

MAIA 1 0,77 2 0,47 27 0,42

PORTO 1 0,77 1 0,23 16 0,25

POVOA DE VARZIM 2 1,54 8 1,88 110 1,69

VALONGO 2 1,54 2 0,47 32 0,49

VILA DO CONDE 7 5,38 27 6,34 486 7,48

VILA NOVA DE GAIA 2 1,54 2 0,47 32 0,49

Sub-Total 16 12,31 43 10,09 719 11,07

Tâmega AMARANTE 4 3,08 10 2,35 147 2,26

BAIAO 2 1,54 10 2,35 155 2,39

CABECEIRAS DE BASTO 2 1,54 2 0,47 30 0,46

CASTELO DE PAIVA 2 1,54 10 2,35 153 2,35

CELORICO DE BASTO 1 0,77 1 0,23 14 0,22

CINFAES 1 0,77 1 0,23 15 0,23

LOUSADA 5 3,85 17 3,99 228 3,51

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26

MARCO DE CANAVEZES 2 1,54 5 1,17 77 1,19

MONDIM DE BASTO 1 0,77 1 0,23 16 0,25

PACOS DE FERREIRA 1 0,77 3 0,70 44 0,68 PAREDES 2 1,54 4 0,94 51 0,78

PENAFIEL 4 3,08 17 3,99 244 3,76

RESENDE 2 1,54 11 2,58 168 2,59

RIBEIRA DE PENA 1 0,77 3 0,70 47 0,72

Sub-Total 30 23,10 95 22,28 1389 21,39

Entre Douro e Vouga AROUCA 2 1,54 11 2,58 159 2,45

Baixo Vouga SEVER DO VOUGA 1 0,77 1 0,23 14 0,22

VALE DE CAMBRA 2 1,54 6 1,41 82 1,26

OVAR 1 0,77 1 0,23 16 0,25

Sub-Total 4 3,08 8 1,87 112 1,73

Douro ALIJO 1 0,77 1 0,23 16 0,25

SERNANCELHE 1 0,77 1 0,23 16 0,25

MOIMENTA DA BEIRA 1 0,77 1 0,23 16 0,25

Sub-Total 3 2,31 3 0,69 48 0,75

Alto Trás-os-Montes BOTICAS 1 0,77 2 0,47 32 0,49

VINHAIS 1 0,77 1 0,23 16 0,25

Sub-Total 2 1,54 3 0,70 48 0,74

Pinhal Interior Norte LOUSA 1 0,77 2 0,47 284 4,37

PEDROGAO GRANDE 1 0,77 1 0,23 16 0,25

Sub-Total 2 1,54 3 0,70 300 4,62

Pinhal Interior Sul OLEIROS 1 0,77 1 0,23 16 0,25

Serra da Estrela SEIA 1 0,77 1 0,23 16 0,25

Total 130 100,00 426 100,00 6497 100,00

1.3-A entidade promotora e/ou formadora

Da leitura da Tabela 11 constata-se que nas entidades Privadas e Públicas metade e mais de metade

da mão-de-obra3 afecta à formação está a 100%, enquanto nas Cooperativas e Associações 76,7% e

42,9%, respectivamente está afecta à formação a menos de 50%

Em termos de mão-de-obra externa as entidades Privadas são aquelas que mais elementos têm

afectos à formação (cerca de 2,4 vezes superior à mão-de-obra interna) enquanto as entidades

Públicas têm afectos 29 elementos (cerca de três vezes inferior à mão-de-obra interna).

3 Por mão-de-obra entenda-se “o conjunto de trabalhadores mais directamente relacionados com a actividade de formação independentemente do lugar ou função que desempenham (formadores, coordenadores e administrativos)”.

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27

Tabela 11

Total de mão-de-obra afecta à actividade de formação por tipo de entidade a tempo anualmente despendido

Mão-de-obra interna

100% 50% a 100% <=50% Total Mão-de-obra externa

Tipo entidade

Nº % Nº % Nº % Nº % Total

Pública 46 54,1 6 7,1 33 38,8 85 100,0 29

Privada 72 50,0 18 12,5 54 37,5 144 100,0 347

Cooperativa 13 7,6 27 15,7 132 76,7 172 100,0 76

Associativa 46 25,0 59 32,1 79 42,9 184 100,0 323

As entidades Públicas são aquelas que apresentam maior percentagem de formadores internos afectos

à actividade de formação a 100%, enquanto que nas entidades Privadas e Cooperativas os formadores

internos estão afectos à formação a menos de metade do seu tempo de trabalho (Tabela 12).

Quanto a formadores externos são as entidades Privadas e Associativas que mais recorrem a este tipo

de formadores. Com excepção das entidades Públicas o recurso a formadores externos é superior ao

de formadores internos (Tabela 12).

Tabela 12 Total de formadores afectos à actividade de formação por tipo de entidade e tempo anualmente despendido

Mão-de-obra interna

100% 50% a 100% <=50% Total Tipo de entidade

Nº % Nº % Nº % Nº %

Mão de obra

externa

Pública 19 51,4 4 10,8 14 37,8 37 100,0 28

Privada 0 0,0 1 5,0 19 95,0 20 100,0 318

Cooperativa 1 4,3 0 0,0 22 95,7 23 100,0 46

Associativa 4 9,3 21 48,8 18 41,9 43 100,0 264

1.4-Funções da formação desenvolvida e a desenvolver no EDM

Da leitura da Tabela 13 verifica-se que, no seu conjunto, mais de dois terços das entidades não

identifica as principais dificuldades sentidas na actividade de formação no período de 1995 a 1999. Já

em termos individuais temos as entidades Privadas a serem aquelas que melhor conseguem apontar as

dificuldades (apenas 43% não identifica). No que se refere ao tipo de dificuldade a “morosidade dos

procedimentos de aprovação das candidaturas” é apontada por 21 entidades (num total de 54 que

identificam) e de seguida, com igual distribuição, temos o “atraso nos reembolsos” e “não adequação

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28

dos horários”. A dificuldade “no recrutamento de formadores: conciliação entre a experiência técnica e

pedagógica” é apontada por 9% das entidades.

Tabela 13 Principais dificuldades sentidas na actividade de formação no período de 1995 a 1999 por entidade

Principais dificuldades no período de 1995 a 1999

Tipo de Entidade

No recrutam

ento de form

adores:

conciliação entre a experiência técnica

e a pedagógica

Inexistência de manuais

Morosidade dos procedimentos de

aprovação de candidaturas

Inexistência de entidades que

assegurem a actualização técnica dos

form

adores

Não adequação dos horários (pós-

laboral, fim

-de-semana)

Atraso nos pagamentos

Exigência de CAP para todos os

form

adores (dificuldade em garantir os

melhores form

adores por não terem

CAP) *

Falta de form

andos por concorrência de

outras entidades promotoras

NS/NR

Total

Pública 1 1 1 13 16

Privada 1 7 3 1 9 21

Cooperativa 1 8 2 2 7 47 67

Associativa 3 5 5 3 1 37 54

Outra 3 3

TOTAL 5 2 21 2 10 10 1 1 109 161 * Pese embora o Decreto-Regulamentar nº 26/97, de 18 de Junho no seu artº 13 alínea 1 imponha a obrigatoriedade de apresentação do Certificado de Aptidão Profissional (CAP) para o exercício da respectiva actividade, as Unidades Técnicas de Gestão do EDM, atendendo ao período de transição, apenas exigiam comprovativo do pedido do CAP ao IEFP, e a partir de 1999 passou a ser obrigatório a apresentação do CAP.

Comparando o período de 1995-1999 ao período de 2000-2004, verifica-se uma redução significativa

das entidades que não identifica as dificuldades sentidas na actividade de formação: apenas 36,6% das

entidades “não sabem” ou “não respondem”. Das 102 entidades que referem dificuldades o “atraso no

reembolso” é apontado em primeiro lugar por 30,4% das entidades e a “morosidade dos procedimentos

de aprovação das candidaturas” é apontada por 26,5% das entidades. A “alteração do regime de

financiamento” e “não adequação dos horários” surgem com 11,8% e 10,8%, respectivamente. A

dificuldade “no recrutamento de formadores: conciliação entre a experiência técnica e pedagógica”, à

semelhança do período anterior, é apontada por 9% das entidades inquiridas (Tabela 14).

Relativamente à questão “Principais motivações para a promoção de formação” mais de metade das

respostas apontam “a formação e actualização técnica de agricultores/empresários” como sendo a

principal motivação. “A instalação de jovens agricultores” é relatada por 15% das entidades. Apenas 5%

das entidades que promoveram formação, em 2003, não identificam qualquer tipo de motivação, com

destaque para as entidades Públicas (4 em 16 “não sabem” ou “não respondem”) (Tabela 15).

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29

Tabela 1

4

Prin

cipais dificu

ldades se

ntidas n

a activid

ade de fo

rmação no

períod

o de 20

00 a 2004 po

r tipo de en

tidade

Prin

cipais d

ificuldades no Perío

do de 2

000 a 2004

Tipo de

Entid

ade

No recrutamento de formadores: conciliação entre a experiência

técnica e a pedagógica

Inexistência de manuais

Morosidade dos procedimentos de aprovação de candidaturas

Inexistência de entidades que assegurem a actualização técnica

dos formadores

Concorrência directa de entidades que prestam formação de baixa qualidade e com menores custos

Não adequação dos horários (pós-laboral, fim-de-semana)

Exaustão (muita formação igual, falta de novos conteúdos)

Alteração do regime de financiamento (passou de

adiantamento para reembolso)

Atraso nos reembolsos

Exigência de CAP para todos os formadores (dificuldade em

garantir os melhores formadores por não terem CAP)

Falta de formandos por concorrência de outras entidades

promotoras

NS/NR

TOTAL

Pública

2

2

3

9

16

Priva

da

4

1

4

1

1

7

1

2

21

Cooperativa

1

10

1

6

7

12

1

29

67

Associativa

2

2

10

1

4

5

12

1

1

16

54

Outra

3

3

Total

9

5

27

1

1

11

1

12

31

2

2

59

161

Tabela 1

5

Prin

cipais m

otivaçõ

es para a pro

moçã

o de form

ação n

o perío

do de

2000 a 2004 por tipo

de entidade

Prin

cipais

motiv

ações d

as en

tidad

es p

romotoras

Tipo de

entid

ade

A formação e actualização técnica de agricultores / empresários

A melhoria das competências técnicas de assalariados agrícolas

A instalação de jovens agricultores

Responder às obrigações decorrentes do acesso às medidas

agro-ambientais

Complementar o rendimento da mão-de-obra familiar,

desempregada ou sem alternativa de ocupação (pelo subsídio de participação nas acções de

formação)

A certificação de qualificações para a melhoria das condições de acesso ao mercado de trabalho

Habilitação de condução de tractor / carta

A formação e actualização de técnicos e formadores

Outra

NS/NR

Total

Pública

4

4

2

1

1

4

16

Priva

da

10

4

2

1

2

1

1

21

Cooperativa

39

6

7

3

1

4

4

1

2

67

Associativa

31

3

11

1

1

1

5

1

54

Outra

2

1

3

Total

86

13

24

5

6

2

5

5

7

8

161

Relativa

mente às m

otiva

ções fu

turas d

a Form

ação Profissio

nal A

grária

, 44,1% das e

ntidades in

quirid

as

são de opinião que esta

se deve dirig

ir “À fo

rmação e actu

aliza

ção técnica

de agricu

ltores/e

mpresários”.

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30

A formação na vertente empresarial dos agricultores é apontada por 17%, enquanto, a formação

vocacionada para “A instalação de jovens agricultores” é referida por 14% das entidades (Tabela 16).

Tabela 16 Principais propósitos a que se deve dirigir a Formação Profissional Agrária a desenvolver na região do EDM

Principais motivações a que se deve dirigir a formação por tipo de entidade

Tipo de Entidade

A form

ação

e actualização técnica

de agricultores / em

presários

A form

ação

e actualização

empresarial de agricultores /

empresários

A melhoria das compe

tências

técnicas dos assalariados

A instalação de jovens agricultores

Respon

der às obrig

ações

decorrentes das candidaturas às

medidas agro-ambientais e outras

obrigações decorrentes das políticas

adoptadas

A certificação de qu

alificação

profissional para a m

elhoria das

condições de acesso ao mercado de

trabalho (cursos tipo EFA)

A certificação de qu

alificação

acadé

mica e profissional

A form

ação

em actividades

complementares ao

rendimento

agrícola como Turismo em Espaço

Rural, A

rtesana

to ou Animação

Form

ação e reconversão

para novas

profissões fora do sector agrícola

A form

ação

e actualização de

técnicos e formad

ores

Outra

NS/NR

Total

Pública 4 1 5 2 4 16

Privada 11 3 2 2 2 1 21

Cooperativa 33 13 1 9 2 2 3 2 2 67

Associativa 22 9 2 7 1 2 1 3 1 1 3 2 54

Outra 1 1 1 3

Total 71 27 3 23 3 8 3 7 1 3 3 9 161

1.5-Modelo de formação profissional agrária para o EDM

Para poder analisar a opinião das entidades inquiridas quanto à evolução da Formação Profissional

Agrária no Entre Douro e Minho teve-se em atenção 3 aspectos: “Quanto à tipologia de entidades”,

“Quanto aos mecanismos de financiamento” e “Quanto a outras regras de Gestão do PO AGRO”. No

que se refere à “tipologia das entidades” genericamente é referida a sua manutenção (44,1%): as

Cooperativas e as entidades Privadas são as que mais privilegiam esta situação. Mais de um quarto

das entidades inquiridas é a favor da alteração da tipologia das entidades (Tabela 17).

“Quanto aos mecanismos de financiamento” alterar a situação vigente é a opinião de quase dois terços

das entidades, com destaque para as Associações. Manter os mecanismos de financiamento é a

proposta de 12% das entidades inquiridas (Tabela 17).

No que se refere a “Outras regras de gestão do PO AGRO” as entidades inquiridas repartem-se

praticamente pelo “não sabem/não respondem” (41,0%) ou são de opinião que se devem “alterar”

(41,6%) (Tabela 17).

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31

Tabela 17 Opinião quanto à evolução desejável da FPA no EDM por tipo de entidade

Quanto à tipologia de entidades Quanto aos mecanismos de

financiamento Quanto a outras regras de Gestão do

PO AGRO Tipo de entidade

Manter Alterar NS/NR Manter Alterar NS/NR Manter Alterar NS/NR

Total

Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº %

Pública 1 6,3 1 6,3 14 87,5 1 6,3 3 18,75 12 75,0 0 0,0 1 6,3 15 93,8 16 100,0

Privada 10 47,6 7 33,3 4 19,0 2 9,5 14 66, 7 5 23,8 5 23,8 10 47,6 6 28,6 21 100,0

Cooperativa 36 53,7 17 25,4 14 20,9 11 16,4 43 64,2 13 19,4 17 25,4 28 41,8 22 32,8 67 100,0

Associativa 23 42,6 18 33,3 13 24,1 5 9,3 39 72,2 10 18,5 6 11,1 28 51,9 20 37,0 54 100,0

Outra 1 33,3 1 33,3 1 33,3 0 0,0 1 33,3 2 66,7 0 0,0 0 0,0 3 100,0 3 100,0

Total 71 44,1 44 27,3 46 28,6 19 11,8 100 62,1 42 26,1 28 17,4 67 41,6 66 41,0 161 100,0

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32

As entidades Públicas de uma forma geral “não sabem/não respondem” a nenhuma das questões

colocadas (Tabela 17).

Da leitura da Tabela 18 fica demonstrado que genericamente as entidades envolvidas no estudo são de

opinião que a promoção da formação profissional agrária não deve ficar restrita a um grupo de

instituições. Daí que a percentagem de respostas negativas às perguntas como “Só deveriam ser …” ou

“Deveriam ser privilegiadas …” seja quase sempre superior ao “sim”. Excepção feita para as entidades

cooperativas que entendem dever privilegiar este tipo de instituição na promoção da formação (56,3%).

No que se refere aos “mecanismos de financiamento” as entidades são muito favoráveis ao

adiantamento e de preferência a estes serem aumentados. Quanto a “manter a modalidade de

reembolsos” já são menos favoráveis, mas a existir deverão ser encurtados os prazos de pagamentos

(59,1%).

Quanto a outras regras de Gestão do PO AGRO as entidades quando questionadas sobre se “As

decisões deveriam voltar às regiões com base em Unidades de Gestão Regionais” são em 89,7% dos

casos favoráveis e, no que diz respeito, a “Facilitar o recrutamento de formadores sem CAP mas com

sólidas competências profissionais” a tendência é para minimizar a obrigatoriedade do CAP.

Tabela 18 Número de entidades segundo as alterações propostas à situação actual da FPA

Alterações propostas à situação actual da Formação Profissional Agrária Sim Não

Só deveriam ser promotoras as entidades formadoras acreditadas 46,0% 54,0%

Só deveriam ser promotoras as entidades sócio-profissionais (associações) 29,5% 70,5%

Só deveriam ser promotoras as entidades sócio-económicas (cooperativas) 16,3% 83,7%

Deveriam ser privilegiadas as entidades sócio-profissionais (associações) 47,8% 52,2%

Quanto à tipologia de entidades

Deveriam ser privilegiadas as entidades sócio-económicas (cooperativas) 56,3% 43,8%

Manter a modalidade de reembolsos mas diminuir os prazos de pagamento 59,1% 40,9%

Aumentar o adiantamento inicial e manter os reembolsos 80,8% 19,2%

Quanto aos mecanismos de financiamento

Acabar com a modalidade de reembolsos e voltar aos adiantamentos 66,7% 33,3%

As decisões deveriam voltar às regiões com base em Unidades de Gestão Regionais 89,7% 10,3% Quanto a outras regras de Gestão do PO AGRO Facilitar o recrutamento de formadores sem CAP mas com sólidas competências profissionais 60,3% 39,7%

Quanto aos critérios de decisão da Formação Profissional Agrária (Tabela 19) temos 56,5% das

entidades que desconhecem os actuais critérios e cerca de um quarto não responde à questão.

Quanto ao facto dos critérios darem ou não resposta às necessidades reais de formação mais de

metade é de opinião que “não”, embora mais de dois terços considere que os critérios de decisão da

Formação Profissional Agrária satisfaçam as necessidades das entidades de maior dimensão.

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33

À questão “Os critérios geográficos de distribuição são adequados” 36,1% dos respondentes está de

acordo e cerca de 42% “não sabe ou não responde” a esta questão.

Tabela 19 Opinião quanto aos critérios de decisão da FPA por tipo de entidade

Conhece os actuais critérios

Os critérios dão resposta às

necessidades reais de formação

Os critérios dão resposta às

necessidades das entidades de maior

dimensão

Os critérios geográficos de distribuição são

adequados Tipo de Entidade

Sim Não NS/NR Sim Não NS/NR Sim Não NS/NR Sim Não NS/NR

Pública 0 8 8 0 0 1 0 0 1 0 0 1

Privada 10 8 3 4 4 1 6 2 2 6 2 2

Cooperativa 6 45 16 1 5 4 3 1 5 3 1 5

Associativa 13 29 12 3 11 2 4 5 7 4 5 7

Outra 0 1 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Total 29 91 41 8 20 8 13 8 15 13 8 15

Quanto à entidade que deverá estar encarregue da definição dos critérios de aprovação dos projectos

fica claro da leitura do Tabela 20 que as opções recaem sobretudo nas instituições públicas,

nomeadamente, a Direcção Regional de Agricultura do Entre Douro e Minho. As instituições

representativas dos agricultores individualmente não merecem a escolha por parte das entidades

inquiridas, no entanto, a Unidade Regional de Gestão que incluía entidades públicas e privadas, estas

últimas representativas dos agricultores, é apontada por 15 entidades.

Quanto ao entendimento sobre qual deverá ser a entidade “Encarregue do acompanhamento da

execução pedagógica dos projectos de formação profissional” 54,6 % das entidades apontam a

DRAEDM como a instituição que deve executar esta tarefa. Com igual posição surge o Ministério da

Agricultura/Serviços Centrais e o Instituto de Emprego e Formação Profissional. A CONFAGRI e o

Instituto para o Desenvolvimento Agrário da Região Norte e a Unidade Regional de Gestão, enquanto

instituições privadas, são referidos por 11 e 9 entidades, respectivamente (Tabela 21).

É entendimento de 42,9% das entidades inquiridas que a DRAEDM é a instituição que deverá fazer o

acompanhamento da execução financeira dos projectos de formação. Nesta questão o IFADAP já é

referido por mais de um quarto das entidades e, mais afastado com 7,3% surge o Ministério da

Agricultura/Serviços Centrais. Quanto às entidades de natureza privada a Unidade Regional de Gestão

é a que consegue arrecadar maior percentagem (4,5%) comparativamente ás restantes (Tabela 22).

Para a “Gestão global dos projectos de formação” a DRAEDM continua a ser a instituição mais citada

pelas entidades inquiridas (31,6%). O Ministério da Agricultura/Serviços Centrais é seleccionado por um

quarto das entidades. Para esta questão as Entidades externas de auditoria são das instituições não

públicas as que merecem melhor acolhimento (14,6%) (Tabela 23).

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34

Tabela 2

0

Entidade que deveria

esta

r enca

rregue da

definição

dos crité

rios d

e aprovação do

s projecto

s por tip

o de

entid

ade

(1) Cada entidade inquirida podia escolher um

a ou mais entidades

Entid

ade que deveria

estar en

carre

gue da defin

ição dos crité

rios de aprovação

dos p

rojectos por tip

o de en

tidade

Tipo de

entid

ade

Ministério da Agricultura / Serviços Centrais

Instituto Emprego e Formação Profissional

Instituto de Financiamento e Apoio Desenv. Agric. e Pescas

Direcção Regional Agricultura EDM

DRAEDM

Câmara de Agricultura do Norte CAN

Instituto Desenvolvimento Agrário Região Norte IDARN

Confederação Nacional Jovens Agricultores CNJ

Confederação Nacional Cooperativas Agrícolas e

Crédito Agrícola CONFAGRI

Confederação Nacional Agricultura CNA

Confederação dos Agricultores de Portugal

CAP

Associação dos Jovens Agricultores de Portugal

AJAP

Unidade Regional de Gestão

Cooperativas e Associações

Entidades externas de auditoria

Outra

Total

Pública

5 1

0 7

0 1

0 0

0 0

0 0

0 0

0 14

Privada

6 2

1 10

0 0

0 0

0 0

0 3

0 0

2 24

Cooperativa

11 0

5 42

0 3

1 3

0 1

0 7

1 1

1 76

Associativa

10 6

5 32

0 2

1 3

3 1

0 5

3 0

0 71

Outra

0 1

0 1

0 0

0 0

0 0

0 0

0 0

0 2

Total

32 10

11 92

0 6

2 6

3 2

0 15

4 1

3 187

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35

Tabela 2

1

Entidade que deveria

esta

r enca

rregue do

acompanhamento d

a execução pe

dagógica

dos p

rojectos p

or tipo

de e

ntidade

(1) Cada entidade inquirida podia escolher um

a ou mais entidades

Tabela 2

2

Entidade que deveria

esta

r enca

rregue da

definição

do a

companhamento d

a execução fin

anceira

dos p

rojecto

s por tipo

de en

tidade

Entid

ade q

ue d

everia estar encarreg

ue d

a defin

ição do aco

mpan

ham

ento da execu

ção fin

anceira d

os p

rojecto

s de fo

rmação

Tipo de

Entid

ade

Ministério da Agricultura / Serviços Centrais

Instituto Emprego e Formação Profissional

Instituto de Financiamento e Apoio

Desenv. Agric. e Pescas

Direcção Regional Agricultura EDM

DRAEDM

Câmara de Agricultura do Norte CAN

Instituto Desenvolvimento

Agrário Região Norte IDARN

Confederação Nacional Jovens Agricultores

CNJ

Confederação Nacional Cooperativas Agrícolas

e Crédito Agrícola CONFAGRI

Confederação Nacional Agricultura CNA

Confederação dos Agricultores de Portugal

CAP

Associação dos Jovens Agricultores de Portugal

AJAP

Unidade Regional de Gestão

Cooperativas e Associações

Entidades externas de auditoria

Outra

Total

Pública

1 3

3 6

0 0

0 0

0 0

0 0

0 0

0 13

Privada

2 1

5 10

2 0

0 1

1 0

0 1

0 0

0 23

Cooperativa

4 0

20 36

0 3

0 4

0 0

0 4

1 2

1 75

Associativa

6 4

17 24

1 1

0 1

1 1

0 3

1 3

1 64

Outra

0 0

2 0

0 0

0 0

0 0

0 0

0 0

0 2

Total

13 8

47 76

3 4

0 6

2 1

0 8

2 5

2 177

(1) Cada entidade inquirida podia escolher um

a ou mais entidades

Entid

ade que deveria

estar en

carre

gue do ac

ompanhamen

to da ex

ecu

ção pedag

ógica

dos projectos de fo

rmação

Tipo de

Entid

ade

Ministério da Agricultura / Serviços Centrais

Instituto Emprego e Formação Profissional

Instituto de Financiamento e Apoio Desenv. Agric. e Pescas

Direcção Regional Agricultura EDM

DRAEDM

Câmara de Agricultura do Norte CAN

Instituto Desenvolvimento

Agrário Região Norte IDARN

Confederação Nacional Jovens Agricultores CNJ

Confederação Nacional Cooperativas Agrícolas

e Crédito Agrícola CONFAGRI

Confederação Nacional Agricultura CNA

Confederação dos Agricultores de Portugal

CAP

Associação dos Jovens Agricultores de Portugal

AJAP

Unidade Regional de Gestão

Cooperativas e Associações

Entidades externas de auditoria

Outra

Total

Pública

2 1

0 8

0 2

0 0

0 0

0 0

0 0

1 14

Privada

1 3

0 16

2 1

0 0

0 0

0 1

0 0

0 24

Cooperativa

3 3

4 42

1 4

0 9

0 1

0 4

3 1

1 76

Associativa

6 5

5 34

3 2

2 2

1 1

0 3

2 0

5 71

Outra

0 0

0 2

0 0

0 0

0 0

0 0

0 0

0 2

Total

12 12

9 102

6 9

2 11

1 2

0 8

5 1

7 187

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36

Tabela 2

3

Entidade que deveria

esta

r enca

rregue da

gestão

global d

os projectos de

form

ação

(1) Cada entidade inquirida podia escolher um

a ou mais entidades

Entid

ade que deveria

estar en

carre

gue da gestão global d

os projec

tos de fo

rmação

Tipo de

Entid

ade

Ministério da Agricultura / Serviços Centrais

Instituto Emprego e Formação Profissional

Instituto de Financiamento e Apoio Desenv. Agric. e

Pescas

Direcção Regional Agricultura EDM DRAEDM

Câmara de Agricultura do Norte CAN

Instituto Desenvolvimento Agrário Região Norte

IDARN

Confederação Nacional Jovens Agricultores CNJ

Confederação Nacional Cooperativas Agrícolas e

Crédito Agrícola CONFAGRI

Confederação Nacional Agricultura CNA

Confederação dos Agricultores de Portugal

CAP

Associação dos Jovens Agricultores de Portugal

AJAP

Unidade Regional de Gestão

Cooperativas e Associações

Entidades externas de auditoria

Outra

Total

Pública

3 1

0 6

0 0

0 0

0 0

0 1

1 2

0 14

Privada

7 0

1 5

0 0

0 0

0 0

0 0

1 7

2 23

Cooperativa

10 2

7 28

1 3

0 5

0 0

0 4

1 10

1 72

Associativa

22 3

8 15

1 0

0 0

0 1

0 1

2 6

1 60

Outra

1 0

0 0

0 0

0 0

1 0

0 0

0 0

0 2

Total

43 6

16 54

2 3

0 5

1 1

0 6

5 25

4 171

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37

Da leitura da Tabela 24 os modelos mais desejáveis pelas entidades para a Formação Profissional

Agrária são o da “Formação enquadrada pelo Sistema Nacional de Certificação Profissional”: a inicial

em 31,1 % e a contínua em 22,9% dos casos.

Tabela 24 Opinião quanto ao modelo de FPA desejável por tipo de entidade

Modelo de FPA desejável

Tipo de entidade

Form

ação inicial

enqua

drada pelo

Sistema Nacional de

Certificação Profission

al

Form

ação contínua

enqua

drada pelo

Sistema Nacional de

Certificação Profission

al

Form

ação contínua mas

não enqu

adrada no

SNCP

Form

ação contínua não

homologa

da

Outra situação

Total

Pública 7 3 3 0 3 16

Privada 6 6 1 6 2 21

Cooperativa 21 16 17 11 2 67

Associativa 16 11 11 13 3 54

Outra 0 1 0 1 1 3

Total 50 (31,1%)

37 (22,9%)

32 (19,9%)

31 (19,3%)

11 (6,8%)

161 (100,0%)

1.6-Pagamento e finalidades dos cursos

Maioritariamente as entidades entendem que a FPA não deve ser paga (58,4%) e cerca de um terço vê

vantagens no pagamento. Cerca de 10% não se identifica com nenhuma das situações (Tabela 25).

Tabela 25 Opinião quanto ao pagamento dos cursos por tipo de entidade

Seria vantajoso que a formação passasse a ser paga

Tipo de Entidade

Sim Não NS/NR Total

Pública 6 8 2 16

Privada 6 14 1 21

Cooperativa 24 35 8 67

Associativa 14 36 4 54

Outra 1 1 1 3

Total 51 (31,7%) 94 (58,4%) 16 (9,9%) 161 (100,0%)

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38

1.7-Perfil e bolsa de formadores

Em todas as outras áreas temáticas, com excepção da Viticultura, a não resposta à identificação da

adequação das competências dos formadores às necessidades de formação é a situação mais comum

(acima dos 50%). Genericamente as entidades atribuem o nível 3 ou 4 ao desempenho dos formadores

nas várias áreas temáticas. Merecem a melhor apreciação (nível 5) por parte das entidades os

formadores nas áreas temáticas da: Viticultura; Agricultura Biológica; Agro-ambientais; Higiene,

Segurança e Saúde no Trabalho; Produção Florestal e Motomecanização. Referem ainda que é nas

áreas temáticas de: Associativismo agrícola; Marketing e Comercialização de Produtos Agrícolas;

Regulamentos Nacionais e Comunitários; e Valorização de Produtos Vegetais que o nível de

adequação das competências dos formadores às necessidades de formação é mais insuficiente

(Tabela 26).

Tabela 26 Níveis de adequação das competências dos formadores às necessidades de formação por área temática

Níveis de adequação das competências dos formadores às

necessidades de formação por área temática

Cursos/Áreas temáticas 1 2 3 4 5 NS/NR TOTAL

Agricultura Biológica 8 17 16 15 15 90 161

Agro-ambientais 4 15 24 23 15 80 161

Fruticultura 0 4 12 22 11 112 161

Viticultura 1 4 14 46 19 77 161

Horticultura 0 6 15 30 10 100 161

Floricultura 5 5 18 27 8 98 161

Culturas arvenses e forrageiras 1 7 19 23 11 100 161

Bovinicultura Leite 3 8 17 32 13 88 161

Bovinicultura carne 2 8 20 32 9 90 161

Pequenos ruminantes 0 7 19 25 10 100 161

Outras produções animais 1 7 16 16 4 117 161

Produção Florestal 1 8 17 28 14 93 161

Motomecanização 4 5 16 30 14 92 161

Agricultura e ambiente 6 11 18 24 4 98 161

Agro-indústrias 6 7 12 10 7 119 161

Vinificação e Enologia 1 6 18 25 13 98 161

Associativismo agrícola 11 18 15 14 7 96 161

Contabilidade, gestão e fiscalidade 4 13 23 14 9 98 161

Controlo e normas de qualidade 7 14 12 11 9 108 161

Desenvolvimento Rural 5 12 13 15 7 109 161

Higiene, Segurança, e Saúde no Trabalho 6 16 16 23 15 85 161

Marketing e comercialização de produtos agrícolas 14 14 15 16 8 94 161

Programas gerais e linguagens informáticas 7 11 17 15 7 104 161

Regulamentos nacionais e comunitários 10 15 17 12 5 102 161

Valorização de produtos animais 8 12 13 10 5 113 161

Valorização de produtos vegetais 10 14 12 9 6 110 161 Nota: 1 (mínimo); 5 (máximo)

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39

As entidades são maioritariamente (129 em 161) favoráveis à descriminação positiva dos cursos que

recorrem a formadores certificados nas áreas temáticas em causa. As entidades privadas são as que

menos importância dá à certificação dos formadores (29% das entidades Privadas não faz uma

descriminação positiva dos cursos que recorrem a formadores certificados nas áreas técnicas) (Tabela

27).

1.8-Conteúdos temáticos e pedagógicos dos cursos

Fica evidente da leitura da Tabela 28 que todas as entidades vêm utilidade na elaboração e divulgação

de uma avaliação periódica da FPA.

Tabela 27 Opinião quanto à descriminação positiva dos cursos que recorrem a formadores certificados nas áreas técnicas em causa por tipo de entidade

Tipo de entidade Sim Não NS/NR Total

Pública 12 1 3 16

Privada 14 6 1 21

Cooperativa 59 6 2 67

Associativa 42 8 4 54

Outra 2 0 1 3

Total 129 21 11 161

Tabela 28 Opinião quanto à utilidade da elaboração e divulgação de uma avaliação periódica da FPA

Tem utilidade da elaboração e divulgação de uma avaliação periódica da FPA?

Tipo de entidade Sim Não NS/NR TOTAL

Pública 12 0 4 16

Privada 20 0 1 21

Cooperativa 61 1 5 67

Associativa 50 1 3 54

Outra 2 0 1 3

Total 145 2 14 161

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40

Igual posição revela as entidades quanto à utilidade da actualização de uma base de dados da FPA

(Tabela 29).

Tabela 29 Opinião quanto à utilidade da actualização de uma base de dados da FPA

Tem utilidade a actualização de uma base de dados da FPA?

Tipo de entidade Sim Não NS/NR Total

Pública 12 0 4 16

Privada 21 0 0 21

Cooperativa 61 0 6 67

Associativa 49 1 4 54

Outra 2 0 1 3

Total 145 1 15 161

A existência de Comissões Técnicas Especializadas vai de encontro aos interesses das entidades: 82%

respondeu de forma positiva à questão: “É favorável à organização de Comissões Técnicas

Especializadas?” (Tabela 30).

Quadro 30 Opinião quanto à utilidade da organização de Comissões Técnicas Especializadas por tipo de entidade

É favorável à organização de Comissões Técnicas Especializadas?

Tipo de entidade Sim Não NS/NR Total

Pública 12 1 3 16

Privada 18 1 2 21

Cooperativa 54 6 7 67

Associativa 47 3 4 54

Outra 1 1 1 3

Total 132 12 17 161

Mais uma vez são as instituições públicas as indicadas pelas entidades inquiridas para assegurar a

avaliação (Tabela 31), a divulgação (Tabela 32) e a actualização (Tabela 33) da base de dados da FPA,

nomeadamente a DRAEDM. As Comissões Técnicas no conjunto das entidades não públicas são as

mais apontadas para assumirem as funções de avaliação e divulgação.

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41

Tabela 3

2

Opinião

quanto à

entida

de que deve asse

gurar a

divulgaçã

o anual d

a avaliação

por tipo

de e

ntidade

Entid

ade que deve assegurar a

divu

lgação

anual d

a avaliação

Tipo de

entid

ade

Ministério da Agricultura / Serviços

Centrais

Instituto Emprego e Formação Profissional

Direcção Regional Agricultura EDM

Câmara de Agricultura do Norte

Instituto para Desenvolvimento

Agrário Região Norte

Confederação Nacional dos Jovens

Agricultores

Confederação Nacional Cooperativas Agrícola e Crédito

Agrícola

Confederação Nacional de Agricultura

Confederação dos Agricultores de

Portugal

Associação dos Jovens Agricultores de

Portugal

UnidadeRegional de Gestão

Comissões Técnicas Especializadas

Cooperativas e Associações

Outra

Total

Pública

6

3

5

1

0

0

0

0

0

0

0

0

0

3

18

Priva

da

7

3

11

1

0

1

1

0

0

0

0

4

1

2

31

Cooperativa

11

4

46

1

0

0

1

1

0

0

5

9

0

3

81

Associativa

12

5

30

0

1

0

0

0

0

0

0

9

0

4

61

Outra

0

0

2

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

2

Total

36

15

94

3

1

1

2

1

0

0

5

22

1

12

193

Tabela 3

1

Entidade qu

e de

ve asse

gurar a

avaliação

da form

ação

por tip

o de entidade inq

uirid

a

Entid

ade que deve assegurar a

avalia

ção

da fo

rmação por tip

o de entid

ade

Tipo de

entid

ade

Ministério da Agricultura / Serviços

Centrais

Instituto Emprego e Formação Profissional

Direcção Regional Agricultura EDM

Câmara de Agricultura do Norte

Instituto para Desenvolvimento

Agrário Região Norte

Confederação Nacional dos Jovens Agricultores

Confederação Nacional Cooperativas Agrícola e Crédito Agrícola

Confederação Nacional de Agricultura

Confederação dos Agricultores de

Portugal

Associação dos Jovens Agricultores de

Portugal

UnidadeRegional de Gestão

Comissões Técnicas Especializadas

Cooperativas e Associações

Outra

Total

Pública

3 4

7 2

1 0

0 0

0 0

0 0

0 4

21

Privada

5 3

10 1

0 0

0 0

0 0

1 5

1 2

28

Cooperativa

12 4

47 0

3 0

2 1

0 0

4 8

1 5

87

Associativa

12 7

32 1

2 0

0 0

0 0

1 9

1 5

70

Outra

0 0

2 0

0 0

0 0

0 0

0 0

0 1

3

Total

32 18

98 4

6 0

2 1

0 0

6 22

3 17

209

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42

Quadro 33

Opinião q

uanto à entid

ade que

deveria a

ssegurar a

actu

alização d

a base de dados p

or tipo

de en

tidade in

quirid

a

Entid

ade que deve assegurar a

actualiza

ção da base de dados

Tipo de

entid

ade

Ministério da Agricultura / Serviços Centrais

Instituto Emprego e Formação Profissional

Direcção Regional Agricultura EDM

Câmara de Agricultura do Norte

Instituto para Desenvolvimento Agrário

Região Norte

Confederação Nacional dos Jovens Agricultores

Confederação Nacional Cooperativas Agrícola e

Crédito Agrícola

Confederação Nacional de Agricultura

Confederação dos Agricultores de Portugal

Associação dos Jovens Agricultores de Portugal

Unidade Regional de Gestão

Comissões Técnicas Especializadas

Cooperativas e Associações

Outra

Total

Pública

4

5

5

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

4

18

Priva

da

3

1

16

1

2

0

0

0

0

0

0

2

1

0

26

Cooperativa

5

3

53

2

3

0

1

1

0

0

1

4

0

3

76

Associativa

6

3

38

1

4

0

0

0

0

0

1

6

0

3

62

Outra

0

0

2

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

2

Total

18

12

114

4

9

0

1

1

0

0

2

12

1

10

184

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43

2 - Conclusões

O concelho ou agrupamento de concelhos é a área social predominantemente abrangida

(58,4%) pelas entidades que realizaram Formação Profissional Agrária em 2003. O sector de

actividade mais comum nas entidades é: a bovinicultura (em ¼ das entidades), seguido da

viticultura (19%), e o sector florestal que não ultrapassa os 8%, surge essencialmente nas

entidades cuja natureza jurídica é associativa.

Um conjunto significativo de entidades promotoras de formação profissional não está

acreditado para o efeito, pelo que recorre à contratação de entidades formadoras externas.

Entidades formadoras acreditadas com projecto próprio são sobretudo as associações (43,5%)

e as entidades privadas (28,3%).

Pouco mais de ¼ das entidades inquiridas promove cursos homologados, no entanto, em

média, cada entidade realizou 2,1 cursos com cerca 14 formandos por acção (excepção feita

oas cursos de divulgação).

A formação de curta duração (de 19 a 104 horas) é a mais frequente entre as entidades

inquiridas (cerca de 2/3) com 4,3 cursos por entidade; os de média duração (de 105 a 210

horas) são cerca de um quarto (com 2,6 cursos por entidade); e os de longa duração (+ 210

horas) são os menos frequentes (11,8%) (com 2,2 cursos por entidade). Neste conjunto de

acções de formação o número de formandos variou entre 14 e 16.

Relativamente às áreas temáticas mais seleccionadas pelas entidades temos os cursos de

“Agro-Ambientais”; “Viticultura”; “Horticultura Ambiental e Comestível”; “Produção Florestal”; e

“Motomecanização” a serem promovidos por 21 a 30 entidades. Também neste escalão as

entidades fazem mais do que uma edição do curso, com destaque para os cursos de

“Viticultura” e “Produção Florestal” (dois ou mais por entidade). Os cursos de “Fruticultura”;

“Produção e Conservação de Forragens”; “Produção de Culturas Arvenses”; “Outras Produções

Animais”; “Agricultura e Ambiente”; “Controlo e Normas de Qualidade”; “Higiene, Segurança e

Saúde no Trabalho”; “Marketing e Comercialização Produtos Agrícolas”; e “Jardinagem” são os

menos seleccionados pelas entidades, ou seja, apenas 1 a 5 entidades realizaram este tipo de

curso. Neste grupo de entidades, em termos médios, realizaram mais do que uma acção por

tipo de curso, excepção feita ao curso de Jardinagem (um por entidade).

Mais de metade dos cursos promovidos (54,5%) estão vocacionados para o “aperfeiçoamento

técnico dirigido ao agricultor”. Já com uma importância bastante menor (19,5%) temos os

cursos de “apoio ao emprego e ao rendimento associado a actividades da produção agrícola”,

a que se seguem as acções de formação dirigidas ao “aperfeiçoamento técnico dirigido à mão-

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44

de-obra” e “apoio ao emprego e ao rendimento associado ao desenvolvimento rural”, que

representam, cada uma, 10,3% dos cursos.

As Associações são as entidades que maior número de cursos promoveu em 2003 (51,2%),

seguidas das Cooperativas com 29,3%. Em contrapartida, a percentagem de cursos

promovidos pelas entidades Públicas não ultrapassou os 3,5% do total.

Mais de metade dos cursos promovidos pelas Associações são: “Programas Gerais e

Linguagens Informáticas” (30); “Produção Florestal” (28); “Agro-ambientais” (20);

“Motomecanização” (17); “Contabilidade, Gestão e Fiscalidade” (17). Com menor importância

temos os cursos de “Viticultura” (15) e “Horticultura Ornamental e Comestível” (13).

As Cooperativas, em 2003, executaram fundamentalmente os cursos de Viticultura (24);

Motomecanização (16), Agro-ambientais (14) e Horticultura Ornamental e Comestível (14).

Evidenciam alguma supremacia relativamente às outras entidades (50% ou mais das acções

realizadas) nos cursos de Pecuária, Pequenos Ruminantes e Vinificação e Enologia.

As entidades Privadas são responsáveis por 16% do total dos cursos realizado, em 2003. É na

“Horticultura Ornamental e Comestível” e na “Produção Florestal” que mais se evidenciaram.

As entidades Públicas promoveram 3,5% dos cursos. Focalizaram a sua formação em quatro

cursos de “Valorização e Transformação de Produtos Animais e Vegetais” e três de

“Contabilidade, Gestão e Fiscalidade”. Dos três cursos de “Jardinagem” que se realizaram em

2003, as entidades Públicas são responsáveis por dois.

Quanto ao número de cursos (áreas temáticas) realizados pelas entidades inquiridas, por

concelho e respectivas NUTs3, concluiu-se, que:

i) no que concerne ao grupo “Agricultura Ambiental” mais de metade foram realizados

na NUT Minho-Lima e cerca de um quinto (23,8%) na NUT Tâmega;

ii) dos cursos incluídos no grupo de “Horticultura” verifica-se que: dois terços das

acções de Fruticultura foram realizados em dois concelhos da NUT Tâmega (Resende

e Penafiel); cerca de 60% das acções de Viticultura realizadas na NUT Minho-Lima

(predominantemente nos concelhos de Monção e de Ponte de Lima) e um terço na

NUT Tâmega (com maior incidência nos concelhos de Baião, Castelo de Paiva,

Lousada);

iii) do grupo “Agro-pecuária” temos: o total dos cursos de Produção e Conservação de

Forragens e de Produção de Culturas Arvenses e metade dos cursos de “Pequenos

Ruminantes” realizados na NUT Tâmega); já os cursos de Pecuária e Outras Produções

Animais, num total de 26 acções, se distribuíram por: 11 concelhos da NUT Minho-Lima;

8 concelhos das NUTs Ave e Grande Porto e 7 concelhos da NUT Tâmega. Maior

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45

dispersão geográfica ocorreu com as 41 acções de “Motomecanização” que foram

promovidas em 27 concelhos;

iv) no sector florestal, em 2003, realizaram-se 48 cursos em 27 concelhos envolvidos

no estudo (48,2% do total de concelhos). No entanto, temos concelhos onde se

promoveram várias acções (por exemplo, na NUT Minho Lima realizaram-se 21 cursos

- os concelhos de Monção, Terras de Bouro Arcos de Valdevez e Melgaço são

responsáveis por 5; 4; 3 e 3, respectivamente; na NUT Entre Douro e Vouga a

totalidade dos cursos (5) tiveram lugar no concelho de Arouca) e temos outros onde se

realizou uma ou duas acções por concelho (por exemplo, na NUT Tâmega realizaram-

se 8 acções - uma por concelho, e na NUT Ave realizaram-se 5 acções: uma em Póvoa

de Lanhoso; 2 em Vieira do Minho e 2 em Vila Nova de Famalicão);

v) quanto ao grupo designado de Economia/Gestão verifica-se que dos 15 Cursos de

“Empresário Agrícola” dois terços foram promovidos em partes iguais, na NUT do

Grande Porto e Minho-Lima. Os restantes foram realizados no Tâmega (3) e no Ave(2).

É no concelho de Barcelos que vamos encontrar a execução de 6 cursos (30% do total)

de “Contabilidade, Gestão e Fiscalidade” e no concelho de Vila do Conde a realização

de 5 cursos (83% do total) de “Controlo e Normas de Qualidade”. Os 11 cursos de

“Desenvolvimento Rural” desenvolveram-se em 9 concelhos: 6 cursos na NUT3 do

Minho-Lima (concelhos de Arcos de Valdevez, Caminha, Paredes de Coura e Ponte de

Lima); 2 cursos na NUT Tâmega (concelhos de Amarante e Castelo de Paiva); 1 curso

no concelho da Lousã (NUT Pinhal Interior Norte), 1 curso em Vale de Cambra (NUT

Baixo Vouga) e 1 curso em Vieira do Minho (NUT Ave). Relativamente aos 7 cursos de

“Higiene e Saúde no Trabalho” e aos 5 cursos de “Marketing e Comercialização de

Produtos Agrícolas” verifica-se que, com excepção de dois cursos de “Higiene e Saúde

no Trabalho” que se realizaram em Penafiel (NUT Tâmega), foram promovidos em

concelhos abrangidos pela NUT Minho-Lima. Finalmente no que se refere aos 41

cursos “Programas Gerais e Linguagens Informáticas” destacam-se os concelhos de

Arcos de Valdevez e Vila do Conde onde se realizaram 16 e 11 cursos,

respectivamente.

vi) no grupo das “Indústrias Agro-alimentares” surge a área temática “Valorização e

Transformação de Produtos Animais e Vegetais” com 32 cursos, sendo que: 50% deles

foram realizados no Minho-Lima e cerca de 19% distribuídos pelo Entre Douro e Vouga

e Baixo Vouga. Os nove cursos ligados ao tema da “Vinificação e Enologia”

distribuíram-se do seguinte modo: 4 no Tâmega; 3 no Minho-Lima e 2 no Ave.

Em termos gerais foi na NUT Minho-Lima onde houve, em 2003, mais entidades a realizaram

cursos (42,3%), o que levou a 50,5% dos cursos e 47,5% dos formandos estarem nesta região.

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As entidades Privadas e Públicas são aquelas onde mais de metade da mão-de-obra afecta à

formação está a 100%. Se consideramos apenas os formadores as entidade Públicas são as

que apresentam maior percentagem de formadores internos afectos à actividade a 100%.

No que se refere às principais dificuldades sentidas pelas entidades na actividade de formação,

entre 1995 a 1999, “a morosidade dos procedimentos de aprovação das candidaturas” é a

razão apontada por 21 entidades e de seguida, com igual distribuição, temos o “atraso nos

reembolsos” e “não adequação dos horários”. A dificuldade “no recrutamento de formadores:

conciliação entre a experiência técnica e pedagógica” é apontada por 9% das entidades. Já no

período seguinte (2000-2004) as entidades referem o “atraso no reembolso” em primeiro lugar

(30,4% das entidades) e a “morosidade dos procedimentos de aprovação das candidaturas” é

apontada por 26,5% das entidades.

“A formação e actualização técnica de agricultores/empresários” é a razão apontada por mais

de metade das entidades como sendo a principal motivação para a promoção de formação. “A

instalação de jovens agricultores” é relatada por 15% das entidades.

No que concerne quanto à opinião das entidades inquiridas quanto à evolução da FPA no EDM

cerca de 45% são a favor da manutenção da tipologia das entidades, ao invés do que acontece

“quanto aos mecanismos de financiamento” onde 2/3 é de opinião que a situação se altere.

Genericamente as entidades envolvidas no estudo são de opinião que a promoção da FPA não

deve ficar restrita a um grupo de instituições. Apenas as cooperativas entendem dever

privilegiar este tipo de instituição na promoção da formação (56,3%).

No que se refere aos “mecanismos de financiamento” as entidades são muito favoráveis ao

adiantamento e a que os prazos de pagamento sejam encurtados.

Quanto a outras regras de Gestão do PO AGRO as entidades quando questionadas sobre se

“As decisões deveriam voltar às regiões com base em Unidades de Gestão Regionais” são em

89,7% dos casos favoráveis e, no que diz respeito, a “Facilitar o recrutamento de formadores

sem CAP mas com sólidas competências profissionais” a tendência é para minimizar a

obrigatoriedade do CAP.

O tipo de entidade que deve ficar responsável pela definição dos “critérios de aprovação dos

projectos” e “do acompanhamento da execução pedagógica dos projectos de formação

profissional” são as instituições públicas, nomeadamente, a Direcção Regional de Agricultura

do Entre Douro e Minho. As instituições representativas dos agricultores individualmente não

merecem a escolha por parte das entidades inquiridas, no entanto, a Unidade Regional de

Gestão é alvitrada várias vezes pelas entidades inquiridas. Para a “Gestão global dos projectos

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de formação” a DRAEDM continua a ser a instituição mais citada pelas entidades inquiridas

(31,6%).

Os modelos mais desejáveis pelas entidades para a FPA são o da “Formação enquadrada pelo

Sistema Nacional de Certificação Profissional”: a inicial em 31,1 % e a contínua em 22,9% dos

casos.

Maioritariamente as entidades entendem que a FPA não deve ser paga (58,4%) e cerca de um

terço vê vantagens no pagamento.

Quanto aos níveis de adequação das competências dos formadores às necessidades de

formação, nas respectivas áreas temáticas, merecem a melhor apreciação (nível 5), por parte

das entidades, os formadores nas áreas temáticas da: Viticultura; Agricultura Biológica; Agro-

ambientais; Higiene, Segurança e Saúde no Trabalho; Produção Florestal e Motomecanização.

Ainda de acordo com estas entidades é nas áreas temáticas de: Associativismo Agrícola;

Marketing e Comercialização de Produtos Agrícolas; Regulamentos Nacionais e Comunitários;

e Valorização de Produtos Vegetais que o nível de adequação das competências dos

formadores às necessidades de formação é mais insuficiente

O facto dos formadores estarem certificados nas áreas técnicas que leccionam é um aspecto

importante para a grande maioria das entidades (80,1%). As entidades privadas são as que

menos importância dá à certificação dos formadores (29% das entidades Privadas não faz uma

descriminação positiva dos cursos que recorrem a formadores certificados nas áreas técnicas).

A existência de Comissões Técnicas Especializadas vai de encontro aos interesses das

entidades (82%) e são as mais apontadas para assumirem as funções de avaliação e

divulgação (no conjunto das entidades não públicas).

FORMAFUTURO – A Formação Profissional Agrária no Entre Douro e Minho, Passado

Presente e Futuro

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ACÇÃO N.º 3 – ARTICULAÇÃO DA FORMAÇÃO COM O DESENVOLVIMENTO AGRÍCOLA E

RURAL

II - OBJECTIVO 2 – Analisar e propor vias institucionais e pedagógicas

1 - Introdução

A operacionalização deste objectivo, tem na sua base a definição / caracterização das

Comissões Técnicas Especializadas – CTE’s, tendo em vista as grandes Acções

enquadradores do presente Estudo:

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• A Base de Dados - BD da Formação Profissional Agrária - FPA;

• As funções actualmente asseguradas pela FPA;

• A articulação da formação com o desenvolvimento agrícola e rural;

• Melhoria de qualidade da formação;

• Avaliação da formação profissional.

Tal definição/caracterização pretende apresentar um carácter estratégico, de aconselhamento,

de acompanhamento e de avaliação no âmbito da articulação da F.P.A. com o

desenvolvimento agrícola e rural na região do Entre Douro e Minho – E.D.M..

2 - No âmbito da constituição

As CTE’s terão na sua base, as Estações Experimentais da Direcção Regional de Agricultura

de Entre Douro e Minho – DRAEDM, sendo que já se encontram previstas na Comissão

Permanente do Concelho Regional Agrário da DRAEDM.

Tendo em vista uma articulação interinstitucional alargada a nível regional do E.D.M., foram

convidados a integrarem as CTE’s entidades/técnicos com capacidade científica e técnica

reconhecida, independentemente da sua origem institucional ser pública ou privada como por

exemplo:

• Adegas Cooperativas;

• Associações de Produtores;

• Associações profissionais agrícolas;

• Cooperativas Agrícolas;

• Centros de Gestão Agrícola;

• Uniões de Cooperativas

• Associações Florestais;

• Associações de Desenvolvimento Rural;

• Profissionais especializados;

• Confederações Agrícolas;

• Escolas Profissionais Agrícolas;

• Universidades/Faculdades;

• Empresas de Formação;

• Federações;

• Câmaras Municipais.

As CTE’s foram constituídas segundo uma lógica de fileira prioritária para a região do E.D.M.,

permitindo assim articular o actual estudo ao projecto da Produção de Referenciais de

Formação a decorrer em simultâneo e igualmente promovido pela DRAEDM.

3 - No âmbito dos objectivos

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Pretende-se das CTE’s tomadas de posições pró-activas no quadro de referência da FPA

encarada como um instrumento potenciador do desenvolvimento de capacidades e

competências dos agentes de desenvolvimento rural e agrícola.

A meta das CTE’s foi e será em última instância o aumento da eficiência e eficácia da FPA

como consequência da concretização de objectivos relacionados com:

• A actualização dos Referenciais de Formação - RF em elaboração no projecto da

DRAEDM já citado anteriormente, tendo em vista uma actualização científica e técnica

permanente da BD;

• A elaboração do relatório anual da FPA a incluir na nova BD da gestão da FPA;

• A participação na definição dos critérios específicos para o reconhecimento de

competências técnicas dos candidatos à Bolsa de Formadores – BF da DRAEDM;

• Validação/Credenciação da estrutura curricular dos novos RF;

• A promoção do intercâmbio institucional por via da sua própria actividade científica e

técnica;

• A participação na definição/adaptação das orientações estratégicas da FPA

relativamente ao desenvolvimento rural no âmbito do próximo Quadro Comunitário de

Apoio – QCA.

4 - No âmbito da intervenção

Relativamente à actualização científica e técnica dos RF disponíveis na BD, ela deverá ocorrer

de 3 em 3 anos tal como consignado no projecto de produção dos RF anteriormente citado,

tendo em consideração o seguinte:

• A actualização científica e técnica dos conteúdos programáticos;

• O ajustamento das cargas horárias inerentes às respectivas unidades formativas;

• A coerência da continuidade dos pré-requisitos de acesso à frequência de um

curso/módulo;

• A redefinição dos objectivos gerais e específicos;

• A adequação das instalações exigidas para o normal funcionamento das intervenções

formativas;

• A actualização das épocas de realização dos cursos/módulos.

As CTE’s no âmbito do reconhecimento das competências técnicas dos formadores, pretende-

se que funcionem com total independência e autonomia.

A sua intervenção para além da interligação institucional com a Divisão de Qualificação da

DRAEDM que exige um processo desta natureza, irá incidir sobre:

• A análise dos processos/currículo profissional dos candidatos;

• A emissão de um parecer relativo à análise em que será decidida qual a

técnica/instrumentos mais adequados para a aferição/validação da competência

técnica em que os candidatos solicitam o reconhecimento;

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• A construção/concepção de hipotéticas fichas de auto-avaliação a aplicar aos

candidatos;

• A realização de eventuais provas práticas para reconhecimento de competências

técnicas a aplicar aos candidatos;

• A realização de eventuais entrevistas profissionais/técnicas a aplicar aos respectivos

candidatos;

• A emissão do parecer final sobre o reconhecimento ou não da competência técnica

requerida;

• Emissão de pareceres sobre a actualização dos requisitos exigíveis para a renovação

do reconhecimento da competência técnica.

A elaboração/concepção dos novos referenciais, para além da conjugação dos esforços

verificada entre Agentes privados e cooperativos ligados às respectivas fileiras e as estações

experimentais da DRAEDM, tiveram nestas a sua base de concepção.

Neste sentido e com a conclusão dos RF, pretende-se que as CTE’s sejam sempre chamadas

quando surjam sinais/indicadores sobre índices, mesmo que reduzidos, de ineficiência e de

ineficácia relacionados com os RF, desde o seu formato, o seu conteúdo, a sua aplicação

prática e consequentemente a satisfação dos público-alvo.

No tocante ao intercâmbio institucional no seio das CTE’s, pretende-se que o mesmo funcione

como centro privilegiado de trocas/partilha de experiências e conhecimentos técnico-científicos

relacionados com a fileira que representam.

Espera-se que o intercâmbio institucional seja fomentado pela iniciativa individual dos

elementos constituintes das respectivas comissões, em virtude da sua

credenciação/competência técnica que se pretende ligada a um processo contínuo de

enriquecimento profissional.

Considerando a realidade do E.D.M. como sendo muito específica no tocante aos sectores da

produção agrícola, pecuária e florestal, não deixa de no seu universo geográfico apresentar

igualmente dentro de cada sector realidades muito distintas. São estas que por vezes são

geridas por quem se posiciona mais perto delas, isto é, entidades públicas e privadas de

reconhecida idoneidade e que em muito contribuem para a promoção institucional que o actual

estudo pretende alcançar.

Por fim, a intervenção das CTE’s terão a seu cargo a importante tarefa de participar activa e

conjuntamente no acompanhamento/aconselhamento institucional das intervenções formativas,

tendo em vista a sua maximização na região do E.D.M., no âmbito do(s) Fundo(s) financiador

de referência da FPA para o próximo Q.C.A.. Esta missão poderá ser efectuada ao nível dos

seguintes aspectos:

• A importância da FPA no desenvolvimento de capacidades e competências dos

recursos humanos directa e indirectamente associados à população activa do sector

agrícola;

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• A pertinência da formação ao nível da actualização e especialização científico-

tecnológica dos quadros técnicos envolvidos nos projectos formativos implementados e

a implementar na região do E.D.M.;

• A participação na definição das linhas orientadoras que deve seguir a FPA

relativamente aos cursos prioritárias a desenvolver na região;

• Tendo em linha de conta a dominância da procura, aumentar o nível do ajustamento

entre o diagnóstico, o planeamento, a concepção, a organização, o desenvolvimento e

a avaliação das intervenções formativas até então realizadas e a realizar no futuro;

• Através de acordos institucionais, incentivar as entidades promotoras e formadoras à

promoção de formação sectorial mais especializada, de modo a rentabilizar os recursos

humanos da região de elevado potencial científico e técnico, assim como os recursos

físicos como por exemplo as estações regionais da DRAEDM, explorações agrícolas e

empresas dotadas de tecnologia de ponta e de uma gestão moderna ao nível dos

recursos envolvidos;

• Propor vias de convergência entre a investigação e conhecimento, tendo em vista a

formatação de intervenções formativos alternativas e inovadoras a fim de potenciar o

desenvolvimento rural do E.D.M.;

• Através de uma análise macro ao nível da FPA em execução na região, propor

orientações estratégicas entre, por um lado, a investigação, o desenvolvimento e a

FPA e, por outro, a rentabilização das explorações agrícolas.

5 - No âmbito do funcionamento

No âmbito do funcionamento das CTE’s propõem-se que as mesmas se operacionalizem no

seio dos objectivos e áreas de intervenção já referenciadas e segundo a tipologia que se

descrimina:

• Reuniões técnicas periódicas com carácter de informação geral a propor pelas várias

entidades que compõem cada CTE;

• Encontros de trabalho tendo em vista debater questões específicas/técnicas julgadas

pertinentes no âmbito da fileira que representa a CTE;

• Encontros de trabalho tendo em vista, o planeamento dos trabalhos a realizar no

âmbito da sua intervenção, já referenciado anteriormente;

• Oficinas de trabalho com o objectivo de conceber propostas a fim de elevar a eficiência

e eficácia da FPA;

• Realização de seminários a fim de facultar uma auscultação pública alargada a todos

os agentes relacionados com a respectiva fileira, relativamente às propostas da CTE;

• Reuniões de validação das propostas tendo em vista o estabelecimento de cenários

estratégicos na tripla vertente da investigação, conhecimento e formação profissional.

Por fim, o funcionamento das CTE’s, culminará anualmente com um relatório que terá sempre

em consideração a Acção N.º 5 do actual projecto “Avaliação da Formação Profissional”,

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integrado na nova base de dados da FPA, tendo em vista a revisão/actualização dos

referenciais de formação elaborados num outro projecto em simultâneo com o actual.

6 - Conclusão

A promoção interinstitucional sustentada em Comissões Técnicas Especializadas, tal como

preconizado no presente projecto, funcionará certamente como garante de qualidade

reconhecida no âmbito da articulação da formação profissional com o desenvolvimento rural e

agrícola da região.

No âmbito da sua constituição considerou-se fundamentalmente, para além do convite

formulado aos funcionários/técnicos das unidades técnicas/especializadas da DRAEDM, a

formalização de convites por fileira a entidades públicas e privadas de reconhecida idoneidade

científica e técnica, enquadradas na realidade do Entre Douro e Minho.

No âmbito dos seus objectivos/intervenção a sua actuação incide nomeadamente sobre a

actualização de referenciais de formação, a elaboração de relatórios de avaliação anuais da

FPA, o reconhecimento de competências técnicas de formadores, a promoção do intercâmbio

institucional por via do seu potencial científico e técnico, e por fim sobre a emissão de

pareceres com carácter estratégico para o desenvolvimento rural/formação profissional

agrícola.

No âmbito do seu funcionamento preconizam-se reuniões técnicas periódicas, tal como as já

verificadas no seio dos referenciais de formação do projecto já referenciado anteriormente,

encontros inter-profissionais, seminários, tendo sempre em vista maximizar a tripla vertente:

investigação, conhecimento e formação profissional.

FORMAFUTURO – A Formação Profissional Agrária no Entre Douro e Minho, Passado

Presente e Futuro

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ACÇÃO N.º 3 – ARTICULAÇÃO DA FORMAÇÃO COM O DESENVOLVIMENTO AGRÍCOLA E

RURAL

III - OBJECTIVO 3 – Elaborar o relatório da acção

1 - Introdução

O presente documento inscreve-se nos trabalhos com vista à concretização do Objectivo 3 da

Acção 3 do Projecto FORMAFUTURO, intitulado “Relatório da Acção”.

Da referida Acção constavam dois Objectivos, a saber:

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• Objectivo 1, intitulado “Identificar os conteúdos, as formas e a geografia da formação

profissional agrária, que permitam assegurar devidamente cada uma das funções em

consonância com o desenvolvimento do EDM”. No âmbito deste objectivo foi elaborado

um documento onde se incluem a análise dos resultados do inquérito às entidades e

respectivas conclusões;

• Objectivo 2, intitulado “Analisar e propor vias institucionais e pedagógicas que podem

vir a contribuir para o objectivo anterior”. No âmbito deste objectivo foi elaborado um

documento caracterizador das CTE’s - Comissões Técnicas Especializadas, no âmbito

da sua constituição, dos seus objectivos, da sua intervenção, do seu funcionamento e

respectivas conclusões.

Tendo em atenção a principal finalidade do presente documento é aqui apresentada um

síntese dos principais aspectos que ressaltaram da análise desenvolvida nos documentos

realizados no âmbito dos dois objectivos referenciados.

O presente texto está organizado em duas partes. Estas correspondem a cada um dos

objectivos que constituíram a Acção 3 do actual Projecto. Cada uma das partes contém dois

pontos.

2 – Objectivo 1 - Introdução

Este documento é parte integrante do Objectivo 1 da Acção 3 do projecto FORMAFUTURO,

intitulado “Identificar conteúdos, formas e geografia da formação (estabelecer um diagnóstico e

recolher propostas e sugestões)”.

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A fim de dar resposta ao consignado nesta Acção foi concebido e realizado um

inquérito/entrevista (Anexo 1) a entidades relacionadas com a formação profissional agrária.

Neste inquérito/entrevista foram inquiridos todos os responsáveis das entidades que

enquadram e dinamizam as opções de política e representam os principais grupos de agentes

envolvidos no mundo rural e agrícola e que poderão vir a constituir a base de recrutamento

para integrar uma futura Comissão Regional para a Formação Profissional Agrária prevista no

âmbito dos trabalhos desenvolvidos pelo Conselho Regional Agrário da DRAEDM, em

particular pela sua Comissão Permanente

A finalidade deste inquérito/entrevista foi permitir, numa perspectiva de médio prazo, identificar

os domínios em que a formação profissional agrária pode contribuir para o desenvolvimento do

EDM, bem como o modo eficaz de o conseguir - tanto ao nível dos conteúdos, formas e

geografia da formação, e sua articulação institucional -, averiguando-se, nomeadamente, o

modo de privilegiar determinadas áreas (sejam temáticas sejam geográficas) e de consolidar a

ligação entre o sistema de formação e a capacidade científica e técnica da região.

A informação que serve de base à elaboração deste documento resulta da aplicação do

inquérito/entrevista a 161 entidades, que de acordo com a sua natureza jurídica se distribuíram

da seguinte forma: 16 públicas, 21 privadas, 67 cooperativas, 54 associativas e 3 outras.

O questionário de inquérito às entidades está estruturado da seguinte forma:

I Entidade Inquirida. Elementos de caracterização em 2003

II Caracterização da Formação realizada em 2003

E. Entidade promotora ou com papel de promotora

F. Entidade promotora não acreditada pelo IQF/INOFOR

G. Entidade acreditada pelo IQF/INOFOR

H. Entidade promotora e/ou formadora

III Opinião Geral sobre a formação desenvolvida e a desenvolver no EDM

G. Funções da Formação Profissional Agrária no EDM

H. Modelo de Formação Profissional Agrária para o EDM

I. Pagamento e Financiamento dos cursos

J. Perfil e Bolsa de Formadores

K. Conteúdos temáticos e pedagógicos dos cursos

L. Organização e enquadramento institucional da FPA

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A aplicação do questionário de inquérito ocorreu entre Junho e Setembro de 2005, na área

geográfica da região do Entre Douro e Minho.

O questionário de inquérito foi aplicado por técnicos da Direcção Regional de Agricultura do

EDM, do Instituto para o Desenvolvimento Agrário da Região Norte e da Câmara de Agricultura

do Norte.

3 – Objectivo 1 - Síntese

O concelho ou agrupamento de concelhos é a área social predominantemente abrangida

(58,4%) pelas entidades que realizaram Formação Profissional Agrária em 2003. O sector de

actividade mais comum nas entidades é: a bovinicultura (em ¼ das entidades), seguido da

viticultura (19%), e o sector florestal que não ultrapassa os 8%, surge essencialmente nas

entidades cuja natureza jurídica é associativa.

Um conjunto significativo de entidades promotoras de formação profissional não está

acreditado para o efeito, pelo que recorre à contratação de entidades formadoras externas.

Entidades formadoras acreditadas com projecto próprio são sobretudo as associações (43,5%)

e as entidades privadas (28,3%).

Pouco mais de ¼ das entidades inquiridas promove cursos homologados, no entanto, em

média, cada entidade realizou 2,1 cursos com cerca 14 formandos por acção (excepção feita

oas cursos de divulgação).

A formação de curta duração (de 19 a 104 horas) é a mais frequente entre as entidades

inquiridas (cerca de 2/3) com 4,3 cursos por entidade; os de média duração (de 105 a 210

horas) são cerca de um quarto (com 2,6 cursos por entidade); e os de longa duração (+ 210

horas) são os menos frequentes (11,8%) (com 2,2 cursos por entidade). Neste conjunto de

acções de formação o número de formandos variou entre 14 e 16.

Relativamente às áreas temáticas mais seleccionadas pelas entidades temos os cursos de

“Agro-Ambientais”; “Viticultura”; “Horticultura Ambiental e Comestível”; “Produção Florestal”; e

“Motomecanização” a serem promovidos por 21 a 30 entidades. Também neste escalão as

entidades fazem mais do que uma edição do curso, com destaque para os cursos de

“Viticultura” e “Produção Florestal” (dois ou mais por entidade). Os cursos de “Fruticultura”;

“Produção e Conservação de Forragens”; “Produção de Culturas Arvenses”; “Outras Produções

Animais”; “Agricultura e Ambiente”; “Controlo e Normas de Qualidade”; “Higiene, Segurança e

Saúde no Trabalho”; “Marketing e Comercialização Produtos Agrícolas”; e “Jardinagem” são os

menos seleccionados pelas entidades, ou seja, apenas 1 a 5 entidades realizaram este tipo de

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curso. Neste grupo de entidades, em termos médios, realizaram mais do que uma acção por

tipo de curso, excepção feita ao curso de Jardinagem (um por entidade).

Mais de metade dos cursos promovidos (54,5%) estão vocacionados para o “aperfeiçoamento

técnico dirigido ao agricultor”. Já com uma importância bastante menor (19,5%) temos os

cursos de “apoio ao emprego e ao rendimento associado a actividades da produção agrícola”,

a que se seguem as acções de formação dirigidas ao “aperfeiçoamento técnico dirigido à mão-

de-obra” e “apoio ao emprego e ao rendimento associado ao desenvolvimento rural”, que

representam, cada uma, 10,3% dos cursos.

As Associações são as entidades que maior número de cursos promoveu em 2003 (51,2%),

seguidas das Cooperativas com 29,3%. Em contrapartida, a percentagem de cursos

promovidos pelas entidades Públicas não ultrapassou os 3,5% do total.

Mais de metade dos cursos promovidos pelas Associações são: “Programas Gerais e

Linguagens Informáticas” (30); “Produção Florestal” (28); “Agro-ambientais” (20);

“Motomecanização” (17); “Contabilidade, Gestão e Fiscalidade” (17). Com menor importância

temos os cursos de “Viticultura” (15) e “Horticultura Ornamental e Comestível” (13).

As Cooperativas, em 2003, executaram fundamentalmente os cursos de Viticultura (24);

Motomecanização (16), Agro-ambientais (14) e Horticultura Ornamental e Comestível (14).

Evidenciam alguma supremacia relativamente às outras entidades (50% ou mais das acções

realizadas) nos cursos de Pecuária, Pequenos Ruminantes e Vinificação e Enologia.

As entidades Privadas são responsáveis por 16% do total dos cursos realizado, em 2003. É na

“Horticultura Ornamental e Comestível” e na “Produção Florestal” que mais se evidenciaram.

As entidades Públicas promoveram 3,5% dos cursos. Focalizaram a sua formação em quatro

cursos de “Valorização e Transformação de Produtos Animais e Vegetais” e três de

“Contabilidade, Gestão e Fiscalidade”. Dos três cursos de “Jardinagem” que se realizaram em

2003, as entidades Públicas são responsáveis por dois.

Quanto ao número de cursos (áreas temáticas) realizados pelas entidades inquiridas, por

concelho e respectivas NUTs3, concluiu-se, que:

i) no que concerne ao grupo “Agricultura Ambiental” mais de metade foram realizados

na NUT Minho-Lima e cerca de um quinto (23,8%) na NUT Tâmega;

ii) dos cursos incluídos no grupo de “Horticultura” verifica-se que: dois terços das

acções de Fruticultura foram realizados em dois concelhos da NUT Tâmega (Resende

e Penafiel); cerca de 60% das acções de Viticultura realizadas na NUT Minho-Lima

(predominantemente nos concelhos de Monção e de Ponte de Lima) e um terço na

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NUT Tâmega (com maior incidência nos concelhos de Baião, Castelo de Paiva,

Lousada);

iii) do grupo “Agro-pecuária” temos: o total dos cursos de Produção e Conservação de

Forragens e de Produção de Culturas Arvenses e metade dos cursos de “Pequenos

Ruminantes” realizados na NUT Tâmega); já os cursos de Pecuária e Outras

Produções Animais, num total de 26 acções, se distribuíram por: 11 concelhos da NUT

Minho-Lima; 8 concelhos das NUTs Ave e Grande Porto e 7 concelhos da NUT

Tâmega. Maior dispersão geográfica ocorreu com as 41 acções de “Motomecanização”

que foram promovidas em 27 concelhos;

iv) no sector florestal, em 2003, realizaram-se 48 cursos em 27 concelhos envolvidos

no estudo (48,2% do total de concelhos). No entanto, temos concelhos onde se

promoveram várias acções (por exemplo, na NUT Minho Lima realizaram-se 21 cursos

- os concelhos de Monção, Terras de Bouro Arcos de Valdevez e Melgaço são

responsáveis por 5; 4; 3 e 3, respectivamente; na NUT Entre Douro e Vouga a

totalidade dos cursos (5) tiveram lugar no concelho de Arouca) e temos outros onde se

realizou uma ou duas acções por concelho (por exemplo, na NUT Tâmega realizaram-

se 8 acções - uma por concelho, e na NUT Ave realizaram-se 5 acções: uma em Póvoa

de Lanhoso; 2 em Vieira do Minho e 2 em Vila Nova de Famalicão);

v) quanto ao grupo designado de Economia/Gestão verifica-se que dos 15 Cursos de

“Empresário Agrícola” dois terços foram promovidos em partes iguais, na NUT do

Grande Porto e Minho-Lima. Os restantes foram realizados no Tâmega (3) e no Ave(2).

É no concelho de Barcelos que vamos encontrar a execução de 6 cursos (30% do total)

de “Contabilidade, Gestão e Fiscalidade” e no concelho de Vila do Conde a realização

de 5 cursos (83% do total) de “Controlo e Normas de Qualidade”. Os 11 cursos de

“Desenvolvimento Rural” desenvolveram-se em 9 concelhos: 6 cursos na NUT3 do

Minho-Lima (concelhos de Arcos de Valdevez, Caminha, Paredes de Coura e Ponte de

Lima); 2 cursos na NUT Tâmega (concelhos de Amarante e Castelo de Paiva); 1 curso

no concelho da Lousã (NUT Pinhal Interior Norte), 1 curso em Vale de Cambra (NUT

Baixo Vouga) e 1 curso em Vieira do Minho (NUT Ave). Relativamente aos 7 cursos de

“Higiene e Saúde no Trabalho” e aos 5 cursos de “Marketing e Comercialização de

Produtos Agrícolas” verifica-se que, com excepção de dois cursos de “Higiene e Saúde

no Trabalho” que se realizaram em Penafiel (NUT Tâmega), foram promovidos em

concelhos abrangidos pela NUT Minho-Lima. Finalmente no que se refere aos 41

cursos “Programas Gerais e Linguagens Informáticas” destacam-se os concelhos de

Arcos de Valdevez e Vila do Conde onde se realizaram 16 e 11 cursos,

respectivamente.

vi) no grupo das “Indústrias Agro-alimentares” surge a área temática “Valorização e

Transformação de Produtos Animais e Vegetais” com 32 cursos, sendo que: 50% deles

foram realizados no Minho-Lima e cerca de 19% distribuídos pelo Entre Douro e Vouga

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e Baixo Vouga. Os nove cursos ligados ao tema da “Vinificação e Enologia”

distribuíram-se do seguinte modo: 4 no Tâmega; 3 no Minho-Lima e 2 no Ave.

Em termos gerais foi na NUT Minho-Lima onde houve, em 2003, mais entidades a realizaram

cursos (42,3%), o que levou a 50,5% dos cursos e 47,5% dos formandos estarem nesta região.

As entidades Privadas e Públicas são aquelas onde mais de metade da mão-de-obra afecta à

formação está a 100%. Se consideramos apenas os formadores as entidade Públicas são as

que apresentam maior percentagem de formadores internos afectos à actividade a 100%.

Nas avaliações de reacção a questão referida com mais frequência pelos formandos tem a ver

com a carga horária pois consideram inadequada aos seus interesses, pouco flexível e, por

vezes, insuficiente para leccionar alguns dos conteúdos do programa (principalmente quando

se trata da componente prática). Um ou outro caso aponta a incompatibilidade que há entre a

calendarização da formação e o ciclo vegetativo das culturas. A substituição dos formadores

também surge com alguma frequência na avaliação feita pelos formandos.

No que se refere às principais dificuldades sentidas pelas entidades na actividade de formação,

entre 1995 a 1999, “a morosidade dos procedimentos de aprovação das candidaturas” é a

razão apontada por 21 entidades e de seguida, com igual distribuição, temos o “atraso nos

pagamentos” e “não adequação dos horários”. A dificuldade “no recrutamento de formadores:

conciliação entre a experiência técnica e pedagógica” é apontada por 9% das entidades. Já no

período seguinte (2000-2004) as entidades referem o “atraso no reembolso” em primeiro lugar

(30,4% das entidades) e a “morosidade dos procedimentos de aprovação das candidaturas” é

apontada por 26,5% das entidades.

“A formação e actualização técnica de agricultores/empresários” é a razão apontada por mais

de metade das entidades como sendo a principal motivação para a promoção de formação. “A

instalação de jovens agricultores” é relatada por 15% das entidades.

O resultado da avaliação feita a um grupo de cursos/acções no que se refere a um conjunto de

parâmetros tais como a duração, o horário, a periodicidade, a época de realização e tipo de

regime (com ou sem internato) constata-se que no curso de Empresário Agrícola os inquiridos

apontam para uma ligeira diminuição da carga horária, o que já não é tão evidente para o curso

de Operadores de Máquinas Agrícolas (manutenção da carga horário actual). A maioria

concorda com o facto de os cursos decorrerem durante todo o dia e em dias consecutivos

durante todo o ano.

Quanto às restantes acções (Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos, Gestão Florestal,

Protecção e Produção Integrada e Gestão e Contabilidade) mais de metade dos inquiridos

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entende que a carga horária destas acções deve variar ente 30 a 100 horas, serem realizadas

durante o período da tarde em dias alternados ao longo do ano.

No que concerne quanto à opinião das entidades inquiridas quanto à evolução da FPA no EDM

cerca de 45% são a favor da manutenção da tipologia das entidades, ao invés do que acontece

“quanto aos mecanismos de financiamento” onde 2/3 é de opinião que a situação se altere.

Genericamente as entidades envolvidas no estudo são de opinião que a promoção da FPA não

deve ficar restrita a um grupo de instituições. Apenas as cooperativas entendem dever

privilegiar este tipo de instituição na promoção da formação (56,3%).

No que se refere aos “mecanismos de financiamento” as entidades são muito favoráveis ao

adiantamento e a que os prazos de pagamento sejam encurtados.

Quanto a outras regras de Gestão do PO AGRO as entidades quando questionadas sobre se

“As decisões deveriam voltar às regiões com base em Unidades de Gestão Regionais” são em

89,7% dos casos favoráveis e, no que diz respeito, a “Facilitar o recrutamento de formadores

sem CAP mas com sólidas competências profissionais” a tendência é para minimizar a

obrigatoriedade do CAP.

O tipo de entidade que deve ficar responsável pela definição dos “critérios de aprovação dos

projectos” e “do acompanhamento da execução pedagógica dos projectos de formação

profissional” são as instituições públicas, nomeadamente, a Direcção Regional de Agricultura

do Entre Douro e Minho. As instituições representativas dos agricultores individualmente não

merecem a escolha por parte das entidades inquiridas, no entanto, a Unidade Regional de

Gestão é alvitrada várias vezes pelas entidades inquiridas. Para a “Gestão global dos projectos

de formação” a DRAEDM continua a ser a instituição mais citada pelas entidades inquiridas

(31,6%).

Os modelos mais desejáveis pelas entidades para a FPA são o da “Formação enquadrada pelo

Sistema Nacional de Certificação Profissional”: a inicial em 31,1 % e a contínua em 22,9% dos

casos.

Maioritariamente as entidades entendem que a FPA não deve ser paga (58,4%) e cerca de um

terço vê vantagens no pagamento.

Quanto aos níveis de adequação das competências dos formadores às necessidades de

formação, nas respectivas áreas temáticas, merecem a melhor apreciação (nível 5), por parte

das entidades, os formadores nas áreas temáticas da: Viticultura; Agricultura Biológica; Agro-

ambientais; Higiene, Segurança e Saúde no Trabalho; Produção Florestal e Motomecanização.

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Ainda de acordo com estas entidades é nas áreas temáticas de: Associativismo Agrícola;

Marketing e Comercialização de Produtos Agrícolas; Regulamentos Nacionais e Comunitários;

e Valorização de Produtos Vegetais que o nível de adequação das competências dos

formadores às necessidades de formação é mais insuficiente

O facto dos formadores estarem certificados nas áreas técnicas que leccionam é um aspecto

importante para a grande maioria das entidades (80,1%). As entidades privadas são as que

menos importância dá à certificação dos formadores (29% das entidades Privadas não faz uma

descriminação positiva dos cursos que recorrem a formadores certificados nas áreas técnicas).

A existência de Comissões Técnicas Especializadas vai de encontro aos interesses das

entidades (82%) e são as mais apontadas para assumirem as funções de avaliação e

divulgação (no conjunto das entidades não públicas).

4 – Objectivo 2 - Introdução A operacionalização do presente objectivo, tem na sua base a definição / caracterização das

Comissões Técnicas Especializadas – CTE’s, tendo em vista as grandes Acções

enquadradores do actual Estudo:

• A Base de Dados - BD da Formação Profissional Agrária - FPA;

• As funções actualmente asseguradas pela FPA;

• A articulação da formação com o desenvolvimento agrícola e rural;

• Melhoria de qualidade da formação;

• Avaliação da formação profissional.

Tal definição/caracterização pretende apresentar um carácter estratégico, de aconselhamento,

de acompanhamento e de avaliação no âmbito da articulação da F.P.A. com o

desenvolvimento agrícola e rural na região do Entre Douro e Minho – E.D.M..

5 – Objectivo 2 - Síntese

A promoção interinstitucional sustentada em Comissões Técnicas Especializadas, tal como

preconizado no presente projecto, funcionará certamente como garante de qualidade

reconhecida no âmbito da articulação da formação profissional com o desenvolvimento rural e

agrícola da região.

No âmbito da sua constituição considerou-se fundamentalmente, para além do convite

formulado aos funcionários/técnicos das unidades técnicas/especializadas da DRAEDM, a

formalização de convites por fileira a entidades públicas e privadas de reconhecida idoneidade

científica e técnica, enquadradas na realidade do Entre Douro e Minho.

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No âmbito dos seus objectivos/intervenção a sua actuação incide nomeadamente sobre a

actualização de referenciais de formação, a elaboração de relatórios de avaliação anuais da

FPA, o reconhecimento de competências técnicas de formadores, a promoção do intercâmbio

institucional por via do seu potencial científico e técnico, e por fim sobre a emissão de

pareceres com carácter estratégico para o desenvolvimento rural/formação profissional

agrícola.

No âmbito do seu funcionamento preconizam-se reuniões técnicas periódicas, tal como as já

verificadas no seio dos referenciais de formação do projecto já referenciado anteriormente,

encontros inter-profissionais, seminários, tendo sempre em vista maximizar a tripla vertente:

investigação, conhecimento e formação profissional.