formação econômica do brasil

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Formação Econômica do Brasil A economia agroexportadora e o deslocamento do centro dinâmico da economia a. características da economia escravista agroexportadora (Caio Prado Jr) o “sentido da colonização” os elementos básicos: monocultura, grande propriedade e trabalho escravo concentração da renda, dependência externa e falta de autonomia da economia agroexportadora b. Final do século XIX: advento do trabalho assalariado, tendência ao desequilíbrio externo e o mecanismo de socialização das perdas (Celso Furtado) c. a crise de 29 e o deslocamento do centro dinâmico (Celso Furtado) manutenção do nível de renda com a compra e destruição dos estoques de café pelo governo ausência de capacidade para importar e o estímulo às atividades industriais. 2. O processo de industrialização por substituição de importações e a crise da década de 60 (1930-1963) a. Lógica Econômica: o Processo de Substituição de exportações e o estrangulamento externo (Maria da Conceição Tavares) b. Política e o papel do Estado: industrialização e o pacto populista O pensamento da Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL) A política industrializante de Vargas: criação das grandes empresas estatais (Petrobrás, Vale do Rio Doce, CSN), protecionismo tarifário e cambial (taxas múltiplas de câmbio) O Plano de Metas de Juscelino Kubitschek: i) incentivo à indústria de bens de consumo duráveis e investimentos do Estado na infra-estrutura; ii) financiamento: o capital estrangeiro e o financiamento inflacionário dos gastos públicos

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Formação Econômica Do Brasil

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Formação Econômica do Brasil

A economia agroexportadora e o deslocamento do centro dinâmico da economia

a. características da economia escravista agroexportadora (Caio Prado Jr) o “sentido da colonização” os elementos básicos: monocultura, grande propriedade e trabalho

escravo concentração da renda, dependência externa e falta de autonomia da

economia agroexportadorab. Final do século XIX: advento do trabalho assalariado, tendência ao

desequilíbrio externo e o mecanismo de socialização das perdas (Celso Furtado)c. a crise de 29 e o deslocamento do centro dinâmico (Celso Furtado) manutenção do nível de renda com a compra e destruição dos estoques de

café pelo governo ausência de capacidade para importar e o estímulo às atividades

industriais.

2. O processo de industrialização por substituição de importações e a crise da década de 60 (1930-1963)

a. Lógica Econômica: o Processo de Substituição de exportações e o estrangulamento externo (Maria da Conceição Tavares)

b. Política e o papel do Estado: industrialização e o pacto populista O pensamento da Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL) A política industrializante de Vargas: criação das grandes empresas

estatais (Petrobrás, Vale do Rio Doce, CSN), protecionismo tarifário e cambial (taxas múltiplas de câmbio)

O Plano de Metas de Juscelino Kubitschek: i) incentivo à indústria de bens de consumo duráveis e investimentos do Estado na infra-estrutura; ii) financiamento: o capital estrangeiro e o financiamento inflacionário dos gastos públicos

Internacionalização do mercado interno e a “Nova Dependência” (Fernando Henrique Cardoso e Enzo Faletto)

3. O Governo autoritário: crescimento e exclusão social (1964-1984)a. O Plano de Ação Econômica do Governo (PAEG) (1964-1967) O combate à inflação: controle dos gastos públicos, aumento de tarifas

públicas e controle da oferta de moeda Reformas institucionais: reforma monetária financeira, reforma tributária,

reforma trabalhista.b. O “Milagre Econômico” (1968-1973) Avanço na industrialização Altas taxas de crescimento econômico A concentração da rendac. O II Plano Nacional de Desenvolvimento - II PND (1974) Choque do petróleo e o dilema ajustamento versus financiamento Opção pelo endividamento externo: estatização da dívida externa Fechamento da matriz industrial do país: aumento da produção de bens

de produção (bens de capital e insumos intermediários) A economia brasileira em marcha forçada (Antonio Barros de Castro)

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d. A crise da dívida externa (década de 80) Segundo choque do petróleo e elevação da taxa de juros pelo Federal

Reserve Board (Banco Central dos EUA) (1979) Os incentivos à exportação para pagar o serviço da dívida externa Crise fiscal do Estado e aceleração da inflação A estagflação e a “década perdida” Debate sobre o II PND4. Redemocratização: a Teoria da inflação inercial e os planos heterodoxos de

combate à inflação (1984-1993) Plano Cruzado Plano Bresser Plano Verão Plano Collor5. O Plano Real e a economia brasileira contemporânea (1994-2009) A moeda indexada como estratégia para romper a inércia inflacionária A inserção do Brasil na globalização: âncora cambial, o capitalismo

financeiro e a vulnerabilidade externa: uma nova forma da dependência? A economia brasileira atual e os desafios do presente: o país tem as

condições para garantir o crescimento sustentado?

Franceses no Brasil

Franceses no Brasil: Brasil colonial sofreu duas grandes invasõesNo século 16, quando teve início a sua expansão marítima, a França vivia um

período de relativo equilíbrio político, depois de uma fase marcada por lutas internas no plano religioso e social. O rei Francisco 1º exercia sua autoridade sem contestação. A economia crescia, as artes e ciências progrediam, ainda refletindo as grandes mudanças decorrentes do Renascimento italiano.

Pouco tempo após a chegada dos primeiros portugueses ao litoral brasileiro, os franceses já marcavam sua presença na região, desde a foz do rio Amazonas ao Rio de Janeiro. Já em 1504 o navio Espoir (Esperança), comandado pelo capitão Paulmier de Gonneville, alcançou o litoral brasileiro à altura de Santa Catarina.

Esse tipo de expedição, empreendida tanto por armadores quanto por corsários, passou a ficar tão frequente que, em 1526, veio de Portugal uma frota com objetivo específico de patrulhar a costa e expulsar os franceses que navegavam naquela região. No comando estava Cristóvão Jaques, que, dez anos antes, já havia percorrido o litoral brasileiro em uma expedição guarda-costas. Dessa última vez a sua frota chegou a enfrentar naus francesas, aprisionando tripulantes.

Mercadores e corsáriosEm 1534, o capitão francês Jacques Cartier chegou ao estuário do rio São

Lourenço, no atual Canadá. Ali, os franceses se estabeleceram para construir uma colônia. Somente bem mais tarde, já no século 17, é que ela se desenvolveria, mas o interesse francês na América prosseguiu: corsários e mercadores das regiões francesas da Bretanha e da Normandia continuaram a incluir o Brasil entre seus objetivos.

Em termos econômicos, a principal atração do território brasileiro era o pau-brasil, madeira de cor avermelhada utilizada no tingimento de tecidos, já que na época a

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indústria têxtil na França, bem como no restante da Europa, estava em pleno desenvolvimento.

A França AntárticaEm 1555, os franceses invadiram o Rio de Janeiro e construíram o forte Coligny

numa das ilhas da baía da Guanabara: estava assim fundada a França Antártica, que teve cinco anos de vida. A colônia francesa foi desbaratada pelos portugueses, sob o comando do terceiro governador-geral, Mem de Sá, em 1560.

Mas o fim da França Antártica não significou a expulsão definitiva dos franceses do litoral sul e sudeste do Brasil. Corsários e comerciantes continuaram o tráfico de pau-brasil com a mesma frequência, inclusive na própria região da baía da Guanabara. Mem de Sá enviou então seu sobrinho Estácio de Sá para erguer uma fortaleza no local. Ela ficou pronta em 1565 e deu origem à cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mesmo assim, somente dois anos depois é que os franceses seriam expulsos de vez da Guanabara.

A França EquinocialOs franceses passaram então a ocupar territórios mais ao norte e a nordeste do

Brasil, sempre buscando comerciar com os índios: peles, madeira, algodão, pimenta e outros produtos, além de animais como macacos e papagaios.

Em 1584 foram expulsos da região que hoje corresponde ao estado da Paraíba, o mesmo ocorrendo a seguir em Sergipe, Rio Grande do Norte e Ceará. Mas eles retornariam mais tarde, desta vez no Maranhão, tendo à frente Daniel de la Touche. Ali, fundaram, em 1612, a atual capital do estado, São Luís, e uma colônia que chamariam de França Equinocial. Dali seriam expulsos três anos depois.

Piratas e intelectuaisEm 1616, perderiam seu último território no país, o Pará. Depois disso,

instalaram-se ao norte do continente sul-americano, na região que hoje é a Guiana. Durante o século 18, corsários franceses ainda assolaram o Rio de Janeiro, invadido por duas vezes para saque do ouro das Minas Gerais que o porto escoava.

No século seguinte, após a independência do Brasil, a França passou a exercer outro tipo de influência sobre o país, desta vez no aspecto mais estritamente cultural, e que se estendeu ainda ao longo do século 20. Por exemplo, vários professores franceses lecionaram no departamento de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, que ajudaram a fundar.

Irlandeses no Brasil

Houve um tempo em que uma colônia de irlandeses morou em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Estranho? Pode parecer, mas na época foi uma necessidade mais do que urgente.

O caso remete ao século 19, época em que a “Grande Fome” circulava a Irlanda. A colônia recebeu o nome de Dom Pedro II e tinha aproximadamente 300 pessoas que cruzaram o mar em pequenos veleiros.

Diz-se que estas pessoas vieram do Condado de Wexford, no sudoeste da Irlanda. Em sua maioria, agricultores.  No Brasil eles podiam plantar e construir suas próprias moradias. Para os brasileiros, eram apenas “ruivos que falavam uma língua que ninguém entende”, como conta o blog “Almanaque Gaúcho”.

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De acordo com o diário de registro dos mantimentos fornecidos a estes colonos, a chegada dos irlandeses teria ocorrido em 7 de fevereiro e 7 de março de 1852, no porto de Rio Grande, embarcados pelo vice-cônsul João Francisco Froes.

As despesas com a viagem eram devidamente anotadas para serem devolvidas posteriormente. Informações do Livro de Atas da Associação Auxiliadora da Colonização em Pelotas mostram que até mesmo “um maço de taxinhas de ferro” fornecidas a Eduardo Wynn para pregar o forro no caixão no enterro de sua filha foram anotadas e cobradas. Todas as despesas eram divididas em notas promissórias que podiam chegar a cinco anos de pagamento.

Os lotes, com aproximadamente 100.000 braças quadradas (braça = 2,2m e braça quadrada = 30×30 braças) variavam o preço entre 600$000 e 700$000 reais, variando de acordo com seus benefíios (cursos d’agua, por exemplo).

Embora remunerados, existem evidências de que muitos colonos praticaram trabalho semelhante à servidão temporária, que ocorria na América do Norte. Ricardo Yates, de acordo com dados da Ufpel (Universidade Federal de Pelotas) teria trabalhado por mais de quatro meses para Diogo Bent, Guilherme Bent e David Walash, que também eram colonos, sem receber nenhum tipo de remuneração por isso.

A colônia acabou em pouco tempo. Em outubro de 1854,  menos de 30 famílias habitavam a região. As dificuldades econômicas eram diversas e boa parte dos imigrantes foi para outros países vizinhos, especialmente para as capitais Montevidéu e Buenos Aires, de acordo com registros do Museu da Biblioteca Pública Pelotense. Algumas pessoas foram também para cidades mais próximas, como Pelotas e Jaguarão.

Dom Pedro II foi a única colônia agrícola formada por irlandeses no Rio Grande do Sul e uma das três únicas existentes no Brasil. Hoje ainda é possível encontrar algumas marcas desta história em Pelotas, como descendentes dos pioneiros. Algumas famílias permaneceram no país: Sinott, Stafor, Monks, Brian, Ennis, Carpenter, entre outras. Atualmente, cerca de 80% do território é ocupado pela cidade de Capão do Leão.

Inconfidência Mineira – 1789 – Vila Rica

A Inconfidência Mineira, ou Conjuração Mineira, foi uma tentativa de revolta abortada pelo governo em 1789, em pleno ciclo do ouro, na então capitania de Minas Gerais, no Brasil, contra, entre outros motivos, a execução da derrama e o domínio português.

Foi um dos mais importantes movimentos sociais da História do Brasil. Significou a luta do povo brasileiro pela liberdade, contra a opressão do governo português no período colonial.

No final do século XVIII, o Brasil ainda era colônia de Portugal e sofria com os abusos políticos e com a cobrança de altas taxas e impostos. Além disso, a metrópole havia decretado uma série de leis que prejudicavam o desenvolvimento industrial e comercial do Brasil. No ano de 1785, por exemplo, Portugal decretou uma lei que proibia o funcionamento de indústrias fabris em território brasileiro.

 CausasNeste  período, era grande a extração de ouro, principalmente na região de

Minas Gerais. Os brasileiros que encontravam ouro deviam pagar o quinto, ou seja, vinte por cento de todo ouro encontrado acabava nos cofres portugueses. Aqueles que eram pegos com ouro “ilegal” (sem  ter pagado o imposto”) sofria duras penas, podendo até ser degredado (enviado a força para o território africano).

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Com a grande exploração, o ouro começou a diminuir nas minas. Mesmo assim as autoridades portuguesas não diminuíam as cobranças. Nesta época, Portugal criou a Derrama. Esta funcionava da seguinte forma: cada região de exploração de ouro deveria pagar 100 arrobas de ouro (1500 quilos) por ano para a metrópole. Quando a região não conseguia cumprir estas exigências, soldados da coroa entravam nas casas das famílias para retirarem os pertences até completar o valor devido.

Todas estas atitudes foram provocando uma insatisfação muito grande no povo e, principalmente, nos fazendeiros rurais e donos de minas que queriam pagar menos impostos e ter mais participação na vida política do país. Alguns membros da elite brasileira (intelectuais, fazendeiros, militares e donos de minas), influenciados pela idéias de liberdade que vinham do iluminismo europeu, começaram a se reunir para buscar uma solução definitiva para o problema: a conquista da independência do Brasil.

 Os Inconfidentes  O grupo, liderado pelo alferes Joaquim José da Silva Xavier, conhecido por

Tiradentes (saiba mais sobre ele) era formado pelos poetas Tomas Antonio Gonzaga e Cláudio Manuel da Costa, o dono de mina Inácio de Alvarenga, o padre Rolim, entre outros representantes da elite mineira. A ideia do grupo era conquistar a liberdade definitiva e implantar o sistema de governo republicano em nosso país. Sobre a questão da escravidão, o grupo não possuía uma posição definida. Estes inconfidentes chegaram a definir até mesmo uma nova bandeira para o Brasil. Ela seria composta por um triangulo vermelho num fundo branco, com a inscrição em latim : Libertas Quae Sera Tamen (Liberdade ainda que Tardia).

 ConseqüênciasA Inconfidência Mineira transformou-se em símbolo máximo de resistência para

os mineiros, a exemplo da Guerra dos Farrapos para os gaúchos, e da Revolução Constitucionalista de 1932 para os paulistas. A Bandeira idealizada pelos inconfidentes foi adotada pelo estado de Minas Gerais.

 Curiosidades Na primeira noite em que a cabeça de Tiradentes foi exposta em Vila

Rica, foi furtada, sendo o seu paradeiro desconhecido até aos nossos dias. Tratando-se de uma condenação por inconfidência (traição à Coroa), os

sinos das igrejas não poderiam tocar quando da execução. Afirma a lenda que, mesmo assim, no momento do enforcamento, o sino da igreja local soou cinco badaladas.

A casa de Tiradentes foi arrasada, o seu local foi salgado para que mais nada ali nascesse, e as autoridades declararam infames todos os seus descendentes.

Tiradentes jamais teve barba e cabelos grandes. Como alferes, o máximo permitido pelo Exército Português seria um discreto bigode. Durante o tempo que passou na prisão, Tiradentes, assim como todos os presos, tinha periodicamente os cabelos e a barba aparados, para evitar a proliferação de piolhos, e, durante a execução estava careca com a barba feita, pois o cabelo e a barba poderiam interferir na ação da corda.

 

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Referências Bibliográficas

http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/franceses-no-brasil-brasil-colonial-sofreu-duas-grandes-invasoes.htmhttp://www.escoladegoverno.org.br/index.php/biblioteca/165-formacao-economica-brasilhttp://www.sohistoria.com.br/ef2/inconfidencia/

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Microscópio

Para progredir cada vez mais na investigação da natureza, o homem construiu instrumentos capazes de estender os limites impostos por seus órgãos sensoriais. Assim como o telescópio abriu as portas do infinitamente grande, o microscópio permitiu ver estruturas de dimensões ínfimas, como a célula, base da vida, e até átomos.

Microscópio é o instrumento que serve para ampliar, com a finalidade de observação, a imagem de objetos minúsculos. A imagem pode ser formada por meios ópticos, acústicos ou eletrônicos e recebida por reflexão, processamento eletrônico ou por uma combinação dos dois métodos. Os microscópios são intensivamente usados nos mais diversos ramos da ciência, como biologia, metalurgia, espectroscopia, medicina, geologia e pesquisa científica em geral.

Microscópio ópticoTambém conhecidos como lupas ou lentes de ampliação, os microscópios mais

simples são dotados de uma lente convergente, ou sistema de lentes equivalente. Para facilitar o manuseio e a observação, algumas lentes são montadas em suportes, fixos ou portáteis, como os que se usam nas lentes de leitura. Os microscópios simples já eram utilizados em meados do século XV. Em 1674, o naturalista holandês Antonie van Leeuwenhoek produziu lentes suficientemente poderosas para observar bactérias de dois a três micrometros de diâmetro.

O microscópio composto consta, em essência, de um sistema óptico formado por dois conjuntos de lentes. Um conjunto, denominado objetiva, é montado perto do objeto examinado e forma no interior do aparelho uma imagem real. O outro conjunto, chamado ocular, permite ao observador ver essa imagem ampliada. A objetiva tem um poder de ampliação que varia de duas a cem vezes, enquanto o da ocular não ultrapassa dez vezes.

A objetiva e a ocular são colocadas nas extremidades diametralmente opostas de um tubo, o canhão, constituído de duas partes encaixadas, que podem ser estendidas e encurtadas, como tubos telescópicos. O movimento é possibilitado por dois parafusos, o macrométrico e o micrométrico, conforme seja ele rápido ou lento. Essa variação do comprimento do canhão resulta na aproximação ou afastamento do conjunto objetiva-ocular com relação ao objeto observado. A distância entre os dois sistemas de lentes, porém, permanece constante.

O canhão é montado numa armação articulada que sustenta também a platina (chapa sobre a qual é colocada a lâmina de vidro com o objeto a ser observado). Os raios luminosos provenientes de uma fonte qualquer, natural ou artificial, são projetados no objeto com ajuda de um espelho refletor móvel e de uma pequena lente, chamada condensador. Para ser ampliado, o objeto precisa ser posto a uma distância do instrumento pouco maior que a distância focal da objetiva. A ampliação obtida é função das distâncias focais dos dois sistemas de lentes e da distância que os separa.

Os microscópios mais antigos eram dotados de uma objetiva simples. Usavam-se sistemas de prismas para fornecer ao instrumento visão binocular. Esse tipo de microscópio é usado ainda hoje, mas seu emprego tem diminuído em benefício do microscópio de dupla objetiva, dotado de visão binocular. Constituído de dois microscópios (um para cada olho do observador), montados de tal maneira que os raios luminosos se concentram todos no foco comum aos dois sistemas ópticos, o

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microscópio de objetiva dupla pode ser dotado de visão estereoscópica (para formar imagens em três dimensões), para o que são empregados prismas especiais. A utilização do microscópio em serviços especializados, nos quais se exige grande precisão, é possibilitada pelo uso de diversos acessórios, entre os quais se contam filtros, discos micrométricos, oculares micrométricas, polarizadores e analisadores.

Microscópio eletrônico

Em 1924 o físico francês Louis de Broglie mostrou que um feixe de elétrons pode ser considerado uma forma de movimento ondular com comprimentos de onda muito menores que os da luz. Com base nessa idéia, o engenheiro alemão Ernst Ruska inventou o microscópio eletrônico em 1933. Nesse aparelho, as amostras são iluminadas por um feixe de elétrons, focalizados por um campo eletrostático ou eletromagnético. Os microscópios eletrônicos produzem imagens detalhadas com uma ampliação superior a 250.000 vezes. Ao mostrar imagens de objetos infinitamente menores que os observados ao microscópio óptico, o microscópio eletrônico contribuiu para o progresso do conhecimento da estrutura da matéria e das células.

Microscópio acústico

Como as ondas sonoras têm comprimento de onda comparável ao da luz visível, surgiu, na década de 1940, a idéia de empregar som e não luz em microscopia. Os primeiros microscópios acústicos, porém, foram produzidos somente na década de 1970. Como as ondas sonoras, ao contrário da luz, podem penetrar em materiais opacos, os microscópios acústicos são capazes de fornecer imagens das estruturas internas, assim como da superfície, de muitos objetos que não podem ser vistos ao microscópio óptico.

Microscópio de tunelamento

A invenção, em 1981, do microscópio de tunelamento (MT) valeu ao alemão Gerd Binnig e ao suíço Heinrich Rohrer — bem como a Ernst Ruska — o Prêmio Nobel de física de 1986. O MT mede a corrente elétrica criada entre a superfície do objeto estudado e uma ponteira-sonda de tungstênio. A força da corrente depende da distância entre a ponteira e a superfície. A partir dessa informação, é possível produzir uma imagem de alta resolução, em que são vistos até os átomos. Para isso, a extremidade da ponteira-sonda deve consistir em um único átomo, e sua elevação sobre a superfície tem de ser controlada com uma posição de alguns centésimos de angström (o diâmetro de um átomo é de aproximadamente um angström, ou um décimo bilionésimo de metro). Durante seus movimentos invisíveis, a ponteira é guiada por alterações minúsculas no comprimento das pernas de um tripé de sustentação. Essas pernas são feitas de um material piezelétrico que muda de dimensões sob a influência de um campo elétrico.

Referências Bibliográficas

http://www.coladaweb.com/fisica/optica/microscopio

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