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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA PUC-SP LILIANE BONFIM DE MOURA FORMAÇÃO CONTINUADA PARA PROFESSORES E ASPIRANTES À DOCÊNCIA NO CURSO SUPERIOR DE ADMINISTRAÇÃO: EM FOCO A AFETIVIDADE Mestrado em Educação: Psicologia da Educação São Paulo 2014

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA

PUC-SP

LILIANE BONFIM DE MOURA

FORMAÇÃO CONTINUADA PARA PROFESSORES E ASPIRANTES

À DOCÊNCIA NO CURSO SUPERIOR DE ADMINISTRAÇÃO:

EM FOCO A AFETIVIDADE

Mestrado em Educação: Psicologia da Educação

São Paulo

2014

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LILIANE BONFIM DE MOURA

FORMAÇÃO CONTINUADA PARA PROFESSORES E ASPIRANTES

À DOCÊNCIA NO CURSO SUPERIOR DE ADMINISTRAÇÃO

EM FOCO A AFETIVIDADE

MESTRADO EM EDUCAÇÃO: PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO

Dissertação apresentada à Banca

Examinadora da Pontifícia Universidade

Católica – PUC-SP, como exigência parcial

para obtenção do título de Mestre em

Educação: Psicologia da Educação, sob a

orientação da Prof. Dra. Laurinda Ramalho

de Almeida.

Mestrado em Educação: Psicologia da Educação

São Paulo

2014

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Banca Examinadora

____________________________________________

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Autorizo, exclusivamente para fins acadêmicos e

científicos, a reprodução total ou parcial desta

dissertação por processos de fotocopiadoras ou

eletrônicos.

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Agradecimento Especial

Para os meus amados pais, Fernando Moura e Sândia

Moura, a força desta palavra abrange todo o amor do

mundo. Obrigada por corrigirem meus erros, serem

meu porto seguro e me darem uma verdadeira família.

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AGRADECIMENTOS

Neste pequeno espaço, exteriorizo meus agradecimentos sinceros aqueles que

contribuíram na minha trajetória, para que conseguisse concluir esta relevante etapa

em minha vida acadêmica.

Primeiramente devo agradecer à Professora Doutora Laurinda Ramalho de

Almeida, minha querida orientadora, pelo norte que me deu, por compartilhar comigo

seus conhecimentos, potencializando meu aprendizado e sempre dando suporte às

minhas dificuldades em momentos significativos para conclusão deste trabalho.

Certamente sentirei saudades.

Agradeço aos meus queridos e amados pais, por sempre estarem ao meu lado,

apoiando todas as minhas decisões e permitindo que elas sejam concretizadas. Sem o

carinho, respeito e apoio de vocês, minhas metas e objetivos não se realizariam. Sou

infinitamente grata e feliz por ter vocês na minha vida, sempre me orientando e guiando

meus passos.

Ao meu irmão por sempre estar presente alegrando a minha vida.

Aos meus sogros, que admiro e que em todos os momentos demonstraram

compreensão nas minhas ausências familiares para conclusão deste trabalho.

Aos meus cunhados, Marco Aurélio Cais, por ser um anjo nas nossas vidas e

iluminar nossos corações e Luciana Cais, por ser mais que uma cunhada e sim, uma

amiga.

Aos meus primos queridíssimos, Maria Eugênia Cais, Fernando Cais, Gabriela

Brandileone e Lauro Maciel pela excelente companhia, risadas e apoio. Vocês são luz

na minha vida.

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As minhas amigas desde sempre e para sempre, Carla Ribeiro, Elisa Romano e

Renata Buarque, por acompanharem minha jornada desde a época do colégio e me

ensinarem o verdadeiro significado da palavra amizade. Amo vocês!

A minha amada amiga, Luciana Campelo, que admiro como psicóloga, pela sua

dedicação aos estudos e a família. Minha gratidão por sempre estar presente, me

ouvindo, mesmo estando tão distante fisicamente.

Às Professoras Doutoras Vera Maria Nigro de Souza Placco, pelo carinho e

preocupação constante que tem com os alunos, por ser um grande exemplo para mim,

Adriana Backx Noronha por toda ajuda e acessibilidade que sempre demonstrou, por

ter feito parte da banca de qualificação e ter sinalizado importantes caminhos para o

meu trabalho, e Camila Igari pelos conselhos, ensinamentos, orientações e por aceitar

fazer parte da banca examinadora.

Aos professores do Programa de Psicologia da Educação, por seus

ensinamentos e pelo amor em lecionar.

Aos colegas da turma de mestrado por todas as contribuições, auxílios e

aprendizados.

As amigas, Alessandra de Souza, Paula Paques e Priscila Lambach, por serem

grandes presentes ao longo destes dois anos de Mestrado, pela troca de experiências,

por sempre trazerem novos conhecimentos, pelo auxílio constante e por fazerem parte

da minha formação e de uma etapa extremamente importante na minha vida.

A CAPES- Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, por

subsidiar e permitir que este trabalho fosse realizado.

Ao Edson Aguiar, secretário do PED, por sempre me amparar diante das minhas

dúvidas burocráticas, sempre esbanjando alegria e profissionalismo.

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Por fim, ao meu amado companheiro de vida, André Luiz Cais, que ao meu lado,

me ajuda a concretizar minhas metas, a sonhar e estabelecer novos objetivos, e me

apoia diuturnamente. Agradeço todos os dias por ter você no meu coração. A você, fica

registrado, meu eterno carinho e gratidão.

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Resumo

Neste estudo, tem-se como objetivo analisar o processo de formação continuada

para professores e aspirantes à docência no curso Superior de Administração

priorizando a afetividade. Considera-se que a carreira do professor em curso superior

de Administração remete a características específicas da área e, que, via de regra, o

professor traz na sua bagagem apenas experiência profissional, sem ter na sua

constituição como professor um curso direcionado a práticas pedagógicas, justifica-se,

assim, analisar o processo desencadeado pelo referido curso. A fundamentação teórica

deste trabalho foi a teoria de Henri Wallon e baseou-se nos estudos sobre afetividade

de Almeida (2002, 2010,2011), Mahoney (2005,2011), Tardif (2008), entre outros. A

metodologia escolhida foi à abordagem qualitativa e foram utilizados para produção das

informações: Descrição dos módulos 1 (Ser Professor no Ensino Superior) e 2 (Didática

e Conhecimento Pedagógico); Descrição das atividades da tutora dos módulos

referidos (que foi a pesquisadora); Questionário aplicado aos alunos do curso de

especialização proporcionado pelo Projeto Pró-Administração. Os resultados indicam

ainda que como a afetividade é uma das dimensões constitutivas da pessoa, tudo o que

aconteceu no curso os afetou; porém, cada um, em sua singularidade, foi afetado de

forma diferente; mesmo tendo a tecnologia como grande aliada no processo de ensino-

aprendizagem, os encontros presenciais ainda são de grande importância no

processo.de ensinar e aprender.

Palavras-chave: afetividade; professores de administração; Henri Wallon;

formação continuada.

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ABSTRACT

In this study, we aimed to analyze the process of continuing education for

teachers and aspiring to teaching in Higher Administration course prioritizing affectivity It

is considered that the career teacher in the upper reaches of Directors refers to specific

characteristics of the area and that, as a rule, the teacher brings in her luggage only

professional experience, without having in its constitution as a teacher a course aimed

at teaching practices justifies analyze the process triggered by the said course. The

theoretical foundation of this work was the theory of Henri Wallon and was based on

studies of affectivity of Almeida (2002 , 2010,2011 ), Mahoney (2005.2011 ), Tardif

(2008 ), among others. The methodology chosen was qualitative approach was used for

the production of information : Description of modules 1 (Be Teacher in Higher

Education ) and 2 (Curriculum and Pedagogical Knowledge ); description of the activities

of the modules referred tutor (who was the researcher ); questionnaire administered to

students of expertise provided by the Pro - Administration Project. The results also

indicate that as the affectivity is one of the constitutive dimensions of the person,

everything that happened in the course affected, but each, in its uniqueness, was

affected differently, even though the technology as a major ally in the process teaching

and learning, the face meetings are still of great importance in process of teaching and

learning.

Keywords: affectivity; administration professors; Henri Wallon; continuing

education.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO............................................................................................................... 13

O projeto Pró-Administração.......................................................................................... 13

O projeto de Mestrado.................................................................................................... 21

CAPÍTULO 1 – Entrelaçando Informações: Trajetória dos cursos de administração

no Brasil e formação continuada................................................................................ 24

1.1 História da Administração e o surgimento do curso no Brasil ................................. 24

CAPÍTULO 2 – Referencial Teórico: Henri Wallon .................................................... 32

2.1 Afetividade na perspectiva teórica de Henri Wallon................................................. 32

CAPÍTULO 3 – Procedimento Metodológico.............................................................. 36

3.1 Descrição dos módulos 1 e 2................................................................................... 37

3.2 Descrição das atividades da tutora nos módulos referidos (que foi a

pesquisadora)................................................................................................................. 40

3.3 Questionário............................................................................................................. 42

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CAPÍTULO 4 – Análise e Discussão dos Dados........................................................ 44

4.1 Elaboração de Quadros: I à VII................................................................................ 44

4.2 Categorias de Análise.............................................................................................. 60

4.3 Temas em destaque................................................................................................. 66

CAPÍTULO 5 – Considerações Finais......................................................................... 75

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................. 78

ANEXOS ....................................................................................................................... 81

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INTRODUÇÃO

No ano de 2012, em fevereiro, ingressei no Programa de Estudos Pós-

Graduados em Educação: Psicologia da Educação, da Pontifícia Universidade Católica

de São Paulo – PUC-SP, como mestranda sendo orientada pela Prof. Dra. Laurinda R.

de Almeida, que me incluiu no projeto Pró-Administração, uma vez que meu desejo era

estudar formação de professores. Nesta ocasião, a CAPES – Coordenação de

Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior me concedeu uma bolsa.

O projeto Pró-Administração

O projeto investiga a Formação de professores na pós-graduação e estratégia de

educação continuada, subsidiado pela CAPES e denomina-se: "Método Integrado de

Formação e Capacitação de Docentes nas áreas de Administração Pública, Empresas

e Setores Específicos e de Gestão em suas diversas especialidades". Está vinculado ao

programa de Pós-Graduação em Administração de Organizações da Faculdade de

Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo de Ribeirão

Preto, FEA-RP-USP, e à Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de

Nível Superior – Capes em parceria com a Pontifícia Universidade Católica De São

Paulo (PUC-SP).

A equipe é formada por cinco professores – Prof. Dra. Adriana Backx Noronha

Viana (coordenadora do projeto e professora ministrante – USP), Prof. Dr. José Dutra

de Oliveira Neto (vice-coordenador e professor ministrante – USP), Prof. Dra. Maria

Lúcia do Carmo Cruz Robazzi (professora ministrante – USP), Prof. Dra. Vera Maria

Nigro de Souza Placco (professora ministrante – PUC-SP), Prof. Dra. Laurinda

Ramalho de Almeida (professora ministrante – PUC-SP) e alguns monitores, incluindo a

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pesquisadora.

Com a realização do projeto, elaborado desde o ano de 2010, alguns resultados

já foram concretizados, como duas dissertações de mestrado já defendidas, e esta, em

fase de conclusão, na PUC-SP, publicações nacionais e internacionais, bem como

participações em importantes congressos da área como o II° Encontro Luso-Brasileiro

sobre o Trabalho Docente e Formação (Porto-Portugal), com apresentações e

participações de professores e monitores. Há também a organização de um livro,

desenvolvido pelos professores doutores que participam do projeto e em fase final de

elaboração, que poderá ser utilizado em disciplinas de Didática do Ensino Superior.

O Edital Pró-Administração n. 09/2008 afirma que o objetivo do projeto

consiste em:

[...] estimular no País a realização de projetos conjuntos de pesquisa e apoio

à capacitação docente utilizando-se de recursos humanos e de infraestrutura

disponíveis em diferentes IES e/ou demais instituições enquadráveis nos

termos deste Edital, possibilitando a produção de pesquisas científicas e

tecnológicas e a formação de recursos humanos pós-graduados na área de

Administração. Contribuirá, assim, para ampliar e consolidar o

desenvolvimento de áreas de formação consideradas estratégicas, através

da análise das prioridades e das competências existentes visando à melhoria

de ensino de pós-graduação e graduação em Administração e Gestão.

(BRASIL, 2008, p. 1)

Desde o início do projeto, a equipe mantém encontros e reuniões frequentes

para planejamento e acompanhamento de um curso voltado para a formação

pedagógica, pois o projeto Pró-Administração prevê essa etapa, que teve seu início em

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maio de 2013 e término previsto para março de 2015.

O curso “Método Integrado de Formação Continuada de Docentes na Área de

Administração” foi planejado e está sendo realizado de forma semipresencial, através

de uma plataforma acadêmica online elaborada para o mesmo, tendo como público

docentes e futuros docentes da área de Administração, com o objetivo de propiciar

melhoria na formação e capacitação do processo ensino-aprendizagem do docente,

envolvendo a área da Educação e Administração. Os alunos matriculados não pagam

as mensalidades se forem assíduos e entregarem a monografia no término do curso.

O curso foi estruturado baseando-se na direção da articulação entre o virtual e o

presencial, com a preocupação de promover o diálogo com as diferentes áreas do

conhecimento. Os encontros presenciais complementam a relação aluno/professor,

tornando-a mais próxima, embora os recursos tecnológicos do curso sejam já

planejados para integrar a tecnologia em uma plataforma educacional que propicia a

concretização do aprendizado, proporcionando a aproximação professor/aluno,

aluno/aluno, professor/professor e aluno/tutor.

Os módulos fazem a ponte entre a formação técnica, experiencial e específica

dos participantes do curso com a formação pedagógica. Esta, com o objetivo de estudo

e valorização da profissão professor, engloba questões voltadas, para: saúde, bem-

estar, reconhecimento social e financeiro. Os alunos terão 110 horas de atividades a

distância supervisionadas, 176 horas de atividades presenciais e 74 horas de

orientação da monografia, totalizando 360 horas.

Viana et al. (s/d) afirmam que, para a escolha das ferramentas instrucionais do

curso, os propositores do projeto reportaram-se ao trabalho de Horton (2010), que

sugere, para o ambiente virtual, que o instrutor/tutor implemente as tecnologias,

utilizando os três tipos de atividades: Absord, To Do e Connect. No nosso caso,

utilizamos os três tipos mencionados.

“As atividades tipo ‘Absord’ ou assimilação consistem habitualmente de

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informações e atividades de ensino que permitem ao aluno recuperar a essência do

assunto e adquirir o conhecimento.” (VIANA et al., s/d)

“As atividades tipo ‘To Do’, ou fazer, conduzem a ação e transformam a

informação em conhecimento e habilidades. Através deste tipo de atividade, elaboram e

aplicam os conhecimentos. Os tipos de atividades ‘to do’ são atividades práticas

(trabalho em grupo, exercício na prática, entre outros); atividades de descoberta

(estudos de caso, laboratórios virtuais); jogos e simulações (quizz, puzzles).” (VIANA et

al., s/d)

“As atividades tipo ‘Connect’ ou conexão preparam os alunos para sua atividade

profissional, possibilitando que a lacuna entre aprendizagem e realidade seja superada.

Esse tipo de atividade prepara os alunos para aplicarem os conhecimentos em

situações do cotidiano, do trabalho e da vida pessoal, integrando o que foi aprendido

com o que realmente se sabe.” (VIANA et al., s/d). As atividades do tipo Connect têm o

objetivo de fazer um fechamento da matéria dada e despertar o interesse do aluno para

o próximo módulo. Geralmente são atividades de reflexão ou pesquisa.

O curso é composto pelos seguintes módulos:

- Módulo I: Ser professor no ensino superior

- Módulo II: Didática e conhecimento pedagógico

- Módulo III: Tecnologia educacional

- Módulo IV: Técnicas de comunicação

- Módulo V: Saúde ocupacional do professor

- Módulo VI: Metodologia de pesquisa I

- Módulo VII: Metodologia de pesquisa II

Nesta dissertação, propõe-se analisar os dois módulos voltados especificamente

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para questões pedagógicas: Ser Professor no Ensino Superior e Didática e

Conhecimento Pedagógico.

Os sete módulos foram planejados de forma a proporcionar integração entre

eles; mesmo versando sobre temas diferentes há um elo que os aproxima e que se

refere ao objetivo do curso: desenvolvimento da capacitação docente de professores de

curso superior de administração.

Dentro dos módulos, existem os ciclos, e esses guiam o processo do curso, pois

é a partir deles que as atividades são desenvolvidas.

Para visualizar os exemplos dos módulos e ciclos de que participei e que serão

analisados, ver Anexo 1, conforme o que foi veiculado para os alunos. Percebe-se pelo

anexo que o eixo que permeou as discussões foi a profissionalidade docente,

priorizando conceitos de saberes docentes, identidade, afetividade e apontando a

escola, o lugar onde não apenas os professores aprendem, mas como aprendem, aliás,

aquilo que é verdadeiramente essencial: aprendem a sua profissão (Canário, 1998). Ao

professor compete o ato de ensinar, mas considerando duas partes: o saber

conteudinal, para fazer o aluno aprender, e o aluno que aprende. Utilizando as

expressões de Perrenoud (2000,2003): o trabalho de ensinar de modo a possibilitar o

trabalho de aprender.

Baseado no trabalho de Horton (2010), conforme mencionado anteriormente e

adaptado ao nosso curso, os alunos têm atividades todas as semanas: preparando-se

para a aula presencial, lendo os textos, realizando tarefas individuais e coletivas. Essas

atividades valem nota e contam como frequência, uma vez que o curso é presencial e

online.

Nas aulas presenciais, as atividades realizadas durante a semana são

discutidas, a partir dos resultados que os professores recebem dos tutores e que

compreendem de acertos e erros das questões realizadas Com esse material, o

professor analisa as questões que geraram maiores dificuldades e prepara a aula de

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acordo com os dados obtidos.

Os gráficos auxiliam o professor a entender as dúvidas dos alunos e, a partir

deles, modificar a estrutura da aula. Esse feedback dado tanto aos professores

ministrantes como aos alunos tem se mostrado um recurso importante para os mesmos

balizarem suas aulas e os alunos balizarem seus estudos.

Gráfico 1 – Notas dos alunos referentes ao questionário M2E (Módulo 1, atividade E,

ciclo 2)

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Esse gráfico decorreu do questionário: Saberes Profissionais dos professores e

conhecimentos universitário: elementos para uma epistemologia da prática profissional

dos professores e suas consequências em relação à formação para o magistério.

(TARDIF, 2000) referente ao ciclo: Ser Professor no ensino superior hoje: desafios e

superação, do módulo 1.

Questões: Julgue os itens: Verdadeiro ou Falso.

1) O movimento de profissionalização é uma tentativa de manter os fundamentos

epistemológicos do ofício de professor.

2) Os conhecimentos profissionais são sempre rígidos e não adaptáveis a

situações novas e únicas que exigem do profissional reflexão e discernimento.

3) A carreira é um processo de socialização, isto é, um processo de identificação

e de incorporação dos indivíduos às práticas e rotinas institucionalizadas dos grupos de

trabalho.

4) Na prática, os profissionais devem-se apoiar em conhecimentos gerais e

formalizados, por intermédio das disciplinas científicas em sentido amplo, incluindo

apenas as ciências naturais e aplicadas.

5) Somente os profissionais são capazes de avaliar o trabalho de seus pares,

incluindo a competência ou a incompetência deles.

6) A finalidade de uma epistemologia da prática profissional é revelar os saberes,

compreender como são integrados concretamente nas tarefas dos profissionais e como

esses os incorporam, produzem, utilizam, aplicam e transformam em função dos limites

e dos recursos inerentes às suas atividades de trabalho.

7) O conhecimento profissional possui dimensões éticas, valores, sendo comuns:

saberes cotidianos, julgamento prático, interesses sociais, inerentes à prática

profissional, especialmente quando essa se aplica a seres humanos.

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8) A epistemologia da prática profissional é o estudo do conjunto dos saberes

utilizados realmente pelos profissionais em seu espaço de trabalho cotidiano para

desempenhar todas as suas tarefas.

9) Os saberes profissionais são atemporais, ou seja, são adquiridos através do

tempo.

O gráfico evidencia que, das nove questões do questionário, a média

geral foi de 8.0. Dessa forma, ao visualizar essas informações na plataforma online, o

professor tem acesso à média da sala e sabe qual questão gerou mais dificuldade entre

os alunos e pode retomá-la na aula presencial, antes da discussão do novo conteúdo,

já estudado na semana anterior através dos textos enviados.

No final da aula presencial, é realizada uma atividade de conexão (fechamento)

para encerrar o ciclo e iniciar o próximo.

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O projeto de Mestrado

Ao ingressar na faculdade de Psicologia, da Universidade Presbiteriana

Mackenzie, nunca tive vontade de atuar na área clínica e sempre vislumbrei um futuro

em alguma organização trabalhando com recursos humanos, gestão de pessoas,

treinamento e desenvolvimento. No decorrer do curso, cheguei a cursar

concomitantemente a faculdade de Administração por dois anos e tive que interrompê-

la para fazer os estágios de Psicologia e acabei não retornando.

Após finalizar a faculdade, tive o privilégio de ser contratada para trabalhar na

área que desejava, porém, após alguns anos, recebi uma proposta e fui trabalhar em

uma faculdade na área de orientação profissional. Tinha contato direto com o aluno,

preparando-o para o mercado de trabalho, realizava muitos programas de treinamento

e desenvolvimento e, para compreender a demanda dos alunos, era necessário um

contato direto e próximo com os professores de diversos cursos, que me auxiliavam nas

dificuldades encontradas pelos alunos. O curso em que havia mais estudantes era o de

Administração. Logo, meu contato com a parte acadêmica era prioridade, devido ao

número grande de demanda e cobranças pela Instituição para inclusão desses alunos

no mercado. Assisti várias aulas, convivi com docentes de Administração, realizei

eventos e workshops em parceria com eles, o que me possibilitou compreender melhor

esse universo.

Ingressei no mestrado em 2012, após encerrar minhas atividades na faculdade e

desejar passar um tempo maior dedicada aos estudos. Escolhi o mestrado de

Psicologia da Educação na PUC-SP, e conheci a orientadora Laurinda R. de Almeida

que, além de me aceitar prontamente, ofereceu-me a possibilidade de trabalhar no

Projeto Pró-Administração. Ao ouvi-la contar detalhes do que eles estavam elaborando

e o que seria feito, meu coração disparou e senti que havia me encontrado, pois

pesquisar essa área era a concretização de um desejo que sempre tive e talvez nem

soubesse, e naquele momento tive a certeza que esse seria o meu caminho. Depois de

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aceitar pesquisar sobre o curso superior de Administração, fui contemplada com a bolsa

da Capes, o que me ajudou e muito a poder frequentar os congressos e me dedicar

exclusivamente aos estudos, como havia planejado.

Entrar em um projeto grandioso e ambicioso como este causou uma imensa

felicidade e ao mesmo tempo uma angústia em tentar definir um tema que fosse

relevante dentro desse imenso universo, e então, após pesquisar e constatar que nessa

área a afetividade no ensino-aprendizagem não fora priorizada em teses e dissertações

tomei minha decisão: analisar o curso (Pró-Administração) que se enquadra como

curso de formação continuada. Dadas as características do curso já explicadas, defini o

tema: Formação continuada para professores e aspirantes à docência em curso

superior de Administração: em foco a afetividade.

Mais uma vez, fui surpreendida ao ser convidada para ser uma das tutoras do

projeto e, ao aceitá-lo, na nova função adquiri novas obrigações e passei a ter uma

colaboração efetiva, participando de todas as aulas presenciais (dos módulos 1 e 2),

auxiliando as professoras na preparação das aulas, elaborando questionários, provas e

atividades para os alunos, o que me possibilitou ter um contato direto e próximo com os

mesmos.

A vivência no curso da forma descrita levantou-me alguns questionamentos: O

que está significando para os alunos do curso sua participação no mesmo? Está o

curso atendendo suas expectativas? Como está se dando a relação professor/aluno,

aluno/aluno em um curso misto: presencial e online? Considerando-se que a dimensão

afetiva é constitutiva do indivíduo, que, portanto, tem a capacidade de ser afetado pelas

circunstâncias que o cercam, como se manifesta a afetividade nesse formato de curso?

Essas questões me mobilizaram a propor uma investigação para, na voz dos

alunos do curso, ter indícios para compreender o processo desencadeado no curso.

O objetivo então ficou assim delimitado: Analisar o processo de formação

continuada de professores e aspirantes à docência no curso superior de Administração,

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priorizando a dimensão afetiva.

Acredito que o estudo ao qual me proponho poderá oferecer subsídios para

formação pedagógica do docente do curso superior de Administração, que, via de

regra, traz na sua bagagem somente a experiência profissional, sem ter na sua

constituição como professor um curso direcionado a práticas pedagógicas. A partir

dessa constatação, surge o desejo de compreender e adensar essa formação,

investigando a mediação da afetividade no processo de formação continuada no curso

superior de Administração. Cumpre observar que cada curso tem sua especificidade e

que sugestões precisam ser refletidas pelos profissionais que nele atuarão.

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Capítulo 1 – Entrelaçando Informações: Trajetória dos cursos de administração

no Brasil e formação continuada

Inicialmente faz-se necessário questionar: Qual a relevância e por que estudar

Administração? Acredito que estudar a ciência da Administração deve-se ao fato de

melhorar o modo de gerenciamento e administração das organizações e instituições;

afinal administrar está presente no nosso cotidiano e em diversas situações. Logo, a

área docente do curso de Administração, que é o foco do presente trabalho, deve ser

compreendida para que possamos obter profissionais capazes de refletir as

organizações e ter um corpo docente qualificado e capacitado para transmitir e

compartilhar conhecimentos aos alunos, que são o futuro dessas organizações. A este

fator deve-se a relevância do projeto, uma vez que a formação continuada destes

profissionais é extremamente necessária, pois os futuros profissionais (alunos que

formamos hoje) amanhã estarão inseridos no mercado de trabalho. Tanto a

administração pública como a privada exigem profissionais preparados e dispostos a

contribuir com o sucesso das instituições e organizações. Neste mundo corporativo, no

qual a competição está cada vez mais acirrada, a formação acadêmica passa a ser um

diferencial.

1.1 História da Administração e o surgimento do curso no Brasil

Ao estudar a história do curso de Administração no Brasil, senti a necessidade

de realizar concomitantemente um resgate da história da Administração como ciência e

assim poder compreender o surgimento do curso em nosso país, contextualizado no

âmbito geral de seu início. Dessa forma, passa-se a entender um pouco de como os

docentes pensam a administração e qual é o contexto histórico dela.

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Da Silva (2001) apresenta algumas questões pertinentes que retomo aqui. A

administração passou por vários questionamentos e dúvidas sobre ser ou não

considerada como ciência levando-se em consideração que uma certa concepção de

ciência é sistemática, eventos são observados, fatos estabelecidos e, então, a precisão

dos fatos deve ser verificada assim como o conhecimento. A partir disso, a história da

Administração pode auxiliar a compreender tal questionamento.

A escola clássica é a mais antiga no contexto da administração, sendo

inicializada por Frederick W. Taylor, nascido nos Estados Unidos da América, entre

1856-1915. Nesse período, as pessoas eram vistas como instrumentos\meios de

produção, sendo utilizadas apenas para atingir a máxima eficiência na organização.

Taylor foi um grande revolucionador dos métodos de trabalho, redefinindo como deveria

ser realizado e criando um sistema educativo em busca da eficiência organizacional.

Ele sugeriu que, quanto mais peças o trabalhador produzisse, maior seria sua

remuneração, isto é, pagamento por resultados, fato que podemos encontrar em

algumas organizações e trabalhos atuais, devido à especialização do

trabalhador\operário (essa situação pode ser elucidada no filme de Charles Chaplin,

Tempos Modernos). Nessa época, a grande maioria dos trabalhadores executava as

funções e a minoria planejava.

Karl Marx, 1818-1883, intelectual e revolucionário, influenciou diversas áreas e

entre elas, teve importante contribuição para sociologia do trabalho que, devido à

grande especialização e divisão do trabalho, gerou o conceito de “alienação do

trabalho”, que seria o combate da autonomia dos trabalhadores, que exerciam apenas

funções repetidas, e esses não eram pagos para pensar e, sim, para executar. Essa

crítica feita por Marx era cabível ao modelo introduzido por Taylor, que não se

preocupava com a formação do operário, que exercia atividade extremamente

monótona.

Henry Ford, 1863-1947, também nascido nos Estados Unidos da América, assim

como Taylor, acreditava na divisão da empresa em: planejamento e execução. Porém,

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para Ford, o operário devia adaptar seus movimentos à velocidade da esteira rolante,

de acordo com o nível de produção. Sua preocupação era com a economia do material

e do tempo e assim estabeleceu um processo de trabalho contínuo. Adaptou seus

conhecimentos à indústria automobilística.

A crise do modelo fordista e taylorista ocorreu aproximadamente em 1950\1960,

consagrando uma luta entre os trabalhadores, que se uniram na tentativa de se

fortaleceram adquirindo direitos e garantias sociais.

Após contextualizar a Administração nesse período, podemos perceber que, ao

analisar a história do curso no Brasil com a dos Estados Unidos da América, que foram

os pioneiros em definir a Administração como Ciência e tiveram seus primeiros cursos

com a criação da Wharton School, que pertence à Universidade da Pensilvânia, em

1881, fica clara a diferença na questão do tempo.

Em 1908, a fundação de Harvard Business School obteve grande destaque no

ensino de administração, e no Brasil, a história é muito curta, tendo seu início

aproximadamente em 1952. Nesse período, os EUA já possuíam por volta de 50 mil

bacharéis em Administração. Logo, podemos concluir que o início tardio do curso no

Brasil ocorreu praticamente após as descobertas das escolas clássicas que

influenciaram a formação de administradores.

No Brasil, a criação do curso ocorreu devido ao desenvolvimento modernizante

da formação social brasileira, que incentivou as condições para evolução desses. Este

cenário é aliado à necessidade de mão-de-obra qualificada, que ganha destaque nas

organizações no Brasil e no mundo, já que nossa sociedade saía de um estágio agrário

para o início da industrialização. Para Karl Marx, essa etapa de olhar para o trabalhador

seria o “resgate do saber operário”, no qual a formação de pessoal especializado e

qualificado daria suporte às questões administrativas que surgiram nessa época. A

partir desse conceito, emergia a necessidade de um sistema escolar adequado a essas

demandas no âmbito profissional do Administrador, que tivesse condições de atender

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às mudanças do processo de industrialização, que envolveram três etapas: artesanato

(artesão domina todas as fases de produção, não possuindo divisão do trabalho, sendo

uma produção familiar), manufatura (que possuía em sua essência um trabalho manual,

mas introduzindo a utilização de máquinas simples e alguma divisão do trabalho) e,

então, a indústria (intensa utilização de máquinas e divisão nítida do trabalho). Nessa

etapa, era necessário ter profissionais preparados para dar suporte à crescente ação do

processo de industrialização.

Informações obtidas no Conselho Federal de Administração (CFA, 2013) relatam

que a primeira regulamentação brasileira com relação à profissão ocorreu na metade

dos anos de 1960, através da Lei n. 4769, de 09 de setembro de 1965. Com isso o

acesso ao mercado profissional seria privativo dos portadores de títulos expedidos pelo

sistema universitário. A título de exemplo, segue o artigo:

Art. 3º O exercício da profissão de Administrador é privativo: (1)

a) dos bacharéis em Administração Pública ou de Empresas, diplomados no

Brasil, em cursos regulares de ensino superior, oficial, oficializado ou

reconhecido, cujo currículo seja fixado pelo Conselho Federal de Educação,

nos termos da Lei n.º 4.024, de 20 de dezembro de 1961;

b) dos diplomados no exterior, em cursos regulares de Administração, após a

revalidação do diploma no Ministério da Educação, bem como dos

diplomados, até a fixação do referido currículo, por cursos de bacharelado

em Administração, devidamente reconhecidos;

c) dos que, embora não diplomados nos termos das alíneas anteriores, ou

diplomados em outros cursos superiores e de ensino médio, contêm, na data

da vigência desta Lei, cinco anos, ou mais, de atividades próprias no campo

profissional de Administrador definido no art. 2º. (1) (2)

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Parágrafo único. A aplicação deste artigo não prejudicará a situação dos que,

até a data da publicação desta Lei, ocupem o cargo de Administrador, os

quais gozarão de todos os direitos e prerrogativas estabelecidos neste

diploma legal.

O ensino de Administração no Brasil foi criado em 1941, com a implementação

da Escola Superior de Administração de Negócios – ESAN\SP. A criação do curso

exerce um papel relevante, pois amplia as opções de estudos universitários, uma vez

que, até esse momento, o número maior de cursos se voltava para formação de

médicos, advogados e engenheiros. É bem verdade que antes desta data, em 1934,

com a fundação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, havia um projeto para

formação de elites intelectuais concebendo a educação como uma ferramenta para a

organização social.

Na data de 1946, o curso de Administração do Brasil ganha mais espaço no

cenário da educação brasileira com o surgimento da Faculdade de Economia,

Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo – FEA/USP que surgiu a

partir de interesses públicos e privados. Em 1952, surge a Escola Brasileira de

Administração Pública e de Empresas da Fundação Getúlio Vargas – FGV/RJ. Ambas

as instituições trouxeram grandes contribuições para o país, qualificando profissionais

nesta área. A partir de 1960, a FGV deu início a mais uma importante etapa no

desenvolvimento da área, disponibilizando cursos de pós-graduação para Economia,

Administração Pública e de Empresas e após alguns anos criou cursos de mestrado,

formando professores para outras Instituições de Ensino.

Após a regulamentação da profissão, por meio do Parecer nº 307/66, aprovado

em 8 de julho de 1966, o Conselho Federal de Educação fixou o primeiro currículo

mínimo do curso de Administração no Brasil, assim a profissão e a Formação de

Técnico em Administração foram institucionalizadas.

Atualmente, segundo dados da agência Brasil, Dados do Censo da Educação

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Superior de 2010, divulgados pelo Ministério da Educação (MEC), o curso de

administração é o que tem maior número de estudantes no país: 705.690. Essa

realidade enfatiza a necessidade de estudar o curso superior de Administração, pois,

com essa alta procura em relação ao curso, vem à tona a questão: Como podemos

melhorar a qualidade de ensino na graduação e a formação continuada para atender às

expectativas profissionais que o mercado exige?

E partindo dessa preocupação que podemos tentar compreender as escolhas

docentes dos professores de Administração.

O ato de escolher é diário, desde pequenas atitudes, como, por exemplo, qual

roupa utilizar, o que fazer no almoço, enfim elas ocorrem a todo o momento, sendo

nossa vida feita de escolhas. Surge então a dificuldade: em um mundo repleto de

opções, nas quais as verdades passam a ser relativas, transitórias e individuais

dependendo do ponto de vista do observador, como escolher aquela que modificará a

nossa vida? Como fazer uma opção em detrimento de tantas outras? Como se imaginar

no mercado de trabalho atuando daqui alguns anos?

A escolha é possível em um sentido, mas o que não é possível é não

escolher. Posso sempre escolher, mas devo saber que, se não escolho,

escolho ainda. (SARTRE apud FERREIRA, 1961, p. 280)

Na docência, assim como em outras profissões, o mercado exige habilidades e

conhecimentos distintos do passado. Segundo Tardif (p.20, 2012), “ensinar pressupõe

aprender a ensinar, ou seja, aprender a dominar progressivamente os saberes

necessários à realização do trabalho docente. Ensinar é mobilizar uma ampla variedade

de saberes, reutilizando-os no trabalho para adaptá-los e transformá-los pelo e para o

trabalho”. Os saberes dos professores não são adquiridos apenas em uma única fonte,

mas são compostos de variadas formas e fontes, junto com as histórias de vida que

cada indivíduo possui, de maneira singular e única.

Esses saberes, construídos ao longo do tempo e que diferenciam um docente do

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outro, fazem com que seja percebida a efetiva necessidade de investimento na

formação de professores, na sociedade em que estamos inseridos. Cada vez mais, o

professor deve se comportar como mediador nos processos de constituição dos alunos

e não como mero reprodutor de conhecimentos. Repensar a prática docente no sentido

de sua formação contínua é essencial para que as práticas pedagógicas sejam

afetadas, e, com isso, ocorram mudanças.

Da natureza do trabalho docente, almeja-se que os alunos consigam desenvolver

conhecimentos, atitudes, habilidades e valores que os auxiliem na construção de suas

práticas docentes. Essas características geralmente são muito cobradas e exigidas no

mundo corporativo e são adquiridas na interação do indivíduo com o ambiente.

No passado, a sociedade era construída tendo como base o trabalho formal; a

estabilidade no emprego proporcionava segurança, o indivíduo iniciava sua experiência

profissional em determinada instituição, fazia carreira e ali se aposentava,

diferentemente do que ocorre hoje. A pessoa faz sua própria gestão de carreira,

explora, avalia e analisa seu progresso no trabalho, tentando aliar com seus objetivos

de ordem pessoal. Na atividade docente, o próprio professor faz o gerenciamento de

sua carreira e não a instituição que ele trabalha. Ele deve avaliar seu papel como

professor e tentar analisar os pontos que precisa desenvolver. A partir dos anos 1990,

as instituições privadas começaram a ganhar força e espaço na educação brasileira e

diferentemente do que ocorre hoje, mesmo para quem tem alto nível de escolaridade, a

decisão da escolha de carreira remete mais às características do sujeito do que às

estruturas institucionais que o empregam. Logo, ser docente na nossa sociedade exige

uma prática flexível e mutável, pois a profissão tem caráter dinâmico como prática

social, emerge de momentos históricos, sendo um processo constante de construção e

constituição do sujeito.

Estudos relatam que essas características referem-se à Geração Y;

pesquisadores adotam esse termo para caracterizar grupos em determinadas faixas

etárias. As pessoas entre 20 e 35 anos estão inseridas no grupo da Geração Y (e no

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grupo de alunos do Pró-Administração, representam a maioria nesta faixa etária) e

trazem diferenças significativas da sua geração passada (Geração X), que valorizava a

hierarquia, estrutura ordenada, estabilidade e segurança no trabalho. Na Geração Y,

não existe esses valores, que foram substituídos por trabalho sustentável, prazeroso,

significativo para sua vida e seus objetivos, e que seja compatível com seus anseios e

objetivos de ordem pessoal (Revista Galileu, Rita Loiola, 10\2009).

Essa geração já foi caracterizada com comportamentos de indivíduos distraídos,

superficiais e egoístas, porém é a geração que mais se preocupa com o meio ambiente,

tem fortes valores morais e está apta para provocar de forma silenciosa mudanças

radicais no mundo.

Na Geração Y, as pessoas possuem uma boa formação profissional, almejam

ingressar na universidade e buscam constantes atualizações. Ao procurar um emprego,

já deixam claras suas expectativas, projetos, interesses particulares e profissionais.

Ressaltam a importância de dispor de tempo para família e amigos, e acreditam que o

emprego também deve promover o desenvolvimento pessoal e o equilíbrio entre o

trabalho e o lazer. Portanto, para essa geração conciliar o emprego com a vida pessoal

é prioridade, pois ganhar dinheiro e fazer algo que tenha sentido é o objetivo dessa

geração.

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Capítulo 2 – Referencial Teórico: Henri Wallon

2.1 Afetividade na perspectiva teórica de Henri Wallon

A teoria psicogenética de Henri Wallon (1879-1962) postula a integração em dois

sentidos: unidade organismo-meio e integração dos conjuntos funcionais motor, afetivo,

cognitivo e pessoa (WALLON, 2007).

O meio é um conceito muito importante nessa psicogenética, pois os seres

humanos estão em constante transformação, em função das trocas entre os fatores

genéticos e as condições sociais. Tanto os fatores genéticos como as condições sociais

são de igual importância, porém Wallon enfatiza que a direção do desenvolvimento vai

ser determinada pelo meio social, que pode facilitar ou atravancar o desenvolvimento. É

o meio social que regula a existência individual em todos seus aspectos: estrutura

familiar, relações com outros indivíduos e grupos, em função de idade, sexo, interesses.

A linguagem, que também é decorrente dos diferentes meios pelos quais passa o

indivíduo, modula seu pensamento, e os determinantes culturais formatam seus

movimentos (ALMEIDA e MAHONEY, 2011).

Quanto aos conjuntos funcionais, estão intimamente entrelaçados; qualquer

atividade dirigida para um deles interfere nos demais. (MAHONEY 2012, p. 15)

esclarece bem esse ponto.

O motor, o afetivo, o cognitivo, a pessoa, embora cada um desses

aspectos tenha identidade estrutural e funcional diferenciada, estão

tão integrados que cada um é parte constitutiva dos outros. Sua

separação se faz necessária apenas para a descrição do processo.

Uma das consequências dessa interpretação é de que qualquer

atividade humana sempre interfere em todos eles. Qualquer atividade

motora tem ressonâncias afetivas e cognitivas; toda operação mental

tem ressonâncias afetivas e motoras. E todas elas têm um impacto

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no quarto conjunto: a pessoa, que, ao mesmo tempo em que garante

esta integração, é resultado dela.

Portanto, o primeiro ponto a se considerar na teoria walloniana é a ideia de não

fragmentação: o indivíduo é um todo. Se em determinado estudo priorizamos um ou

outro conjunto funcional é para efeito de focalização maior deste conjunto.

Vamos situar sucintamente os vários conjuntos e aprofundar o conjunto

afetividade, que é aquele que embasa este estudo.

O conjunto motor (ou movimento corporal) possibilita três formas de

deslocamento: deslocamento do corpo no espaço, em decorrência da lei da gravidade

(movimento exógeno ou passivo), deslocamento do corpo ou parte dele decorrentes da

interação do indivíduo (movimentos antógenos ou ativo); o terceiro tipo de movimento é

o das reações posturais: mímicas, expressões corporais e faciais. “O ato motor

possibilita a expressão da emoção e é um recurso privilegiado para o desenvolvimento

cognitivo” (ALMEIDA e MAHONEY, 2001, p. 112).

O conjunto cognitivo possibilita a aquisição, manifestação e transformação do

conhecimento.

A pessoa, que é considerada por Wallon o quarto conjunto funcional, expressa a

integração entre os conjuntos cognitivos, afetivo e motor.

Quanto ao conjunto afetividade, a teoria apresenta três momentos que

caracterizam a afetividade: a emoção, o sentimento e a paixão. Devemos nos despir de

conceitos pré-estabelecidos para compreender o que a teoria nos revela.

A emoção é o momento contagioso no qual o indivíduo exterioriza a afetividade,

de forma corporal, expressiva e contagiosa, estabelecendo o primeiro contato com o

mundo humano e com o físico. É pela emoção que o bebê humano estabelece os

primeiros laços com o meio humano, e, por intermédio desses, com o meio físico. É

presente desde o início da vida. Há um antagonismo entre emoção e capacidade

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intelectual: quando predomina a emoção, as funções cognitivas ficam obnubiladas.

O sentimento não se relaciona a relações instantâneas e diretas (o que

diferencia da emoção). É a expressão representacional da emoção. No sentimento,

pela sua representação, a emoção é limitada em sua potência.

Extremamente oposto do que é sabido sobre paixão, para Wallon essa etapa

revela o autocontrole para dominar situações e acontecimentos, cala a emoção e o

sentimento, para atingir um objetivo.

Mas o que é afetividade, então?

Afetividade refere-se à capacidade, à disposição do ser humano de

ser afetado pelo mundo externo\interno por sensações ligadas a

tonalidades agradáveis ou desagradáveis. Ser afetado é reagir a

atividades internas\externas que a situação desperta. (ALMEIDA e

MAHONEY, 2005, p.19)

No meio escolar, professor e aluno são afetados um pelo outro e pelo meio que

os circunda, em um movimento constante em função do contexto em que estão

inseridos. Vale ressaltar que a teoria serve como um recurso para o professor utilizar

nas suas aulas, testar, aprender, e pode ajudar no planejamento de ensino. Ao

observar seus alunos, pode perceber a postura, as expressões faciais e gestuais,

perceber situações de agrado\desagrado no seu aluno e balizar sua atuação.

O interesse de Wallon pela educação levou-o a participar intensamente de

movimentos ligados a essa área e fazer parte da elaboração do projeto Langevin-

Wallon, que até hoje é referência em discussões sobre reformas educacionais.

O projeto Langevin-Wallon foi a chance de Wallon expor seus ideais de Homem

e de Sociedade, foi resultado do trabalho de três anos (1945-1947). O objetivo do

projeto era construir uma educação mais justa para uma sociedade mais justa que a

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existente na França. O que norteava o projeto eram quatro princípios:

Justiça – Todos deveriam possuir iguais direitos ao completo desenvolvimento, e

a única limitação aceita por ele é a de suas próprias aptidões.

Dignidade igual de todas as ocupações – Todas as profissões devem ser dignas

de serem realizadas.

Orientação – O desenvolvimento das aptidões deve basear-se na orientação

escolar e posteriormente na profissional.

Cultura geral – Necessária para livrar o homem dos limites da técnica,

aproximando os homens, diferentemente da cultura específica que os afasta.

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Capítulo 3 – Procedimento Metodológico

Retomando, o presente trabalho tem como objetivo analisar o processo de

formação continuada para professores e aspirantes à docência no curso Superior de

Administração priorizando a afetividade. Para atingi-lo, foram tomadas as seguintes

decisões, dentro de uma abordagem qualitativa de pesquisa.

3.) Para produção das informações

3.1) Descrição dos módulos 1 (Ser Professor no Ensino Superior) e 2 (Didática e

Conhecimento Pedagógico);

3.2) Descrição das atividades da tutora dos módulos referidos (que foi a

pesquisadora);

3.3) Questionário aplicado aos alunos do curso de especialização proporcionado

pelo Projeto Pró-Administração;

O Questionário utilizado como técnica para coleta de dados, com questões

abertas, foi enviado via e-mail e respondido da mesma forma. O termo de

consentimento livre e esclarecido foi assinado pelos participantes em encontro

presencial (vide anexo 3 termo de consentimento e anexo 2 – questionário enviado).

As respostas dos questionários foram tabuladas, os quadros I a VII, elaborados,

e os alunos, identificados em A1, A2... A19 para garantir o sigilo dos participantes. (No

anexo 2 estão registradas as respostas na íntegra.)

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3.1) Descrição dos Módulos 1 e 2

O módulo 1 comtempla a disciplina: Ser professor no Ensino Superior e tem como

objetivo auxiliar os profissionais na atuação do processo de docência na

contemporaneidade.

Esse módulo foi dividido em seis ciclos:

1) Ser professor na contemporaneidade;

2) Construção da profissionalidade docente;

3) Construção das formas identitárias em situação de trabalho;

4) Ser professor no curso de graduação em administração;

5) Escola – Lugar onde os professores aprendem;

6) Afetividade.

Módulo 1: Ser professor no ensino superior na contemporaneidade: desafios e

superação

O ciclo 1 teve como objetivo verificar as exigências atuais da profissão professor,

compreender o que é ser professor na contemporaneidade e apresentar aos alunos o

campo da docência no Ensino Superior. Foram disponibilizados os textos: “Ser

professor no Ensino Superior hoje: desafios e superação” (ALMEIDA e PLACCO, no

prelo), “Construção e a aplicação de questionários na pesquisa em Ciências Sociais”

(MIELZYNSKA, 1998) e solicitada aos alunos, após as leituras, a realização de

questionários referentes aos textos, para favorecer a fixação dos conceitos.

No ciclo 2, o objetivo foi discutir a profissionalidade docente e a formação identitária nas

situações de trabalho. Os textos utilizados para leitura foram: o texto base: “Ser

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professor no Ensino Superior hoje: desafios e superação” (ALMEIDA e PLACCO, no

prelo), “Profissionalidade docente em análise – Especificidades do Ensino Superior e

não Superior” (ROLDÃO, 2005) e “Saberes Profissionais dos professores e

Conhecimentos universitário: elementos para uma epistemologia da prática dos

professores e suas consequências em relação à formação para o magistério

(TARDIF,2000). Posteriormente foram aplicados questionários relativos aos dois últimos

textos mencionados.

O objetivo do ciclo 3 foi compreender a constituição identitária do professor e suas

implicações no trabalho docente, para entender a constituição da docência. Nesse ciclo

foram estudados os textos: “El concepto de identidad como aporte a la comprensión de

la constitución da la docencia” (PLACCO e TREVISAN, 2008) e “Those who

understand: Knowledge growth in teaching” (SHULMAN, 1986). Depois das leituras,

foram realizados questionários.

O ciclo 4 não será objeto de discussão na presente dissertação, pois refere-se a Ser

professor no curso de graduação em Administração.

Módulo 2: Didática e conhecimento pedagógico

Este módulo foi composto por três ciclos:

1) Conceitos e metodologias de ensino-aprendizagem;

2) Formação pedagógica e conhecimento da realidade educacional;

3) Gestão docente e visão geral das técnicas didáticas em sala de aula.

O objetivo desse módulo era capacitar o professor no seu desenvolvimento para

realização do planejamento e preparação dos cursos e aulas, utilizando

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ferramentas didáticas. Igualmente era auxiliar o professor a realizar avaliações

sobre o desempenho dos alunos e seu próprio desempenho como docente

O ciclo 1 teve como objetivo resgatar os estudos de caso, como recurso didático,

a partir da elaboração realizada pelos participantes do curso no módulo 1. Discutir a

didática como área do conhecimento e esclarecer o conceito de metodologia. Para a

discussão desses conceitos foram utilizados os textos: “Those who understand:

knowledge growth in teaching” (SHULMAN, 1986), “A didática e o conhecimento

pedagógico” (ALMEIDA e PLACCO, s\d) e “Maneira doida de lecionar” (JR. BIGGLE,

1973). Após a leitura deste, foi realizado um questionário para verificar a compreensão

dos alunos dos conceitos abordados.

No ciclo 2, o objetivo foi discutir a relação entre as diversas dimensões da

formação e a necessidade de adequação das metodologias na prática docente, além de

refletir sobre a realidade institucional e suas implicações na docência. Os textos

utilizados para auxiliar o conteúdo do ciclo foram: “Perspectivas e dimensões da

formação e do trabalho do professor (PLACCO, 2006) depois da leitura do texto, o

questionário foi aplicado para assimilação dos conceitos.

No ciclo 3, retomaram-se as questões didáticos-metodológicas identificadas

pelos alunos e refletiu-se sobre o significado da gestão de aula. Foram utilizados os

textos: “Competência pedagógica do professor universitário” (MASETTO, 2003) e “O

coordenador pedagógico e a questão do cuidar” (ALMEIDA, 2012), ambos os textos

tiveram questionários, e os alunos puderam respondê-los a fim de fixar o conteúdo.

Ressalto que, na data do ciclo 1, foi aplicada prova nos alunos, e, por ter sido

muito extensa, o conteúdo da aula foi prejudicado. Para solucionar o problema e os

alunos não serem lesados, essa aula será reposta em maio de 2014 pelas professoras:

Vera Placco e Laurinda Almeida.

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3.2 Descrição das atividades da tutora dos módulos referidos (que foi a

pesquisadora)

Ao receber o convite para ser tutora deste projeto, fiquei com receio de não

conseguir atender às expectativas que depositaram no meu trabalho. Primeiramente,

tive que compreender o que era ser tutora e qual minha real e verdadeira função

naquele contexto que estava sendo apresentado. Afinal, em um ambiente no qual as

tecnologias da informação impulsionam a educação a distância, como espalhar o

conhecimento em uma área virtual?

Naturalmente, fui buscar informações que poderiam dar respaldo a minha nova

atividade: O que é ser e o que faz um tutor? Em curso misto, ou seja, presencial e

online? Encontrei uma autora Machado (2004) O papel da tutoria em ambientes de

EAD.

Os conhecimentos necessários ao tutor não são diferentes dos que precisa

ter um bom docente. Esse necessita entender a estrutura do assunto que

ensina os princípios da sua organização conceitual e os princípios das novas

ideias produtoras de conhecimento na área. Sua formação teórica sobre o

âmbito pedagógico-didático deverá ser atualizada com a formação na prática

dos espaços tutoriais.

A partir da leitura dessa dissertação e de outros trabalhos, concluí que minha

função como tutora deveria ser um elo entre as professoras e os alunos, estimulando e

auxiliando os alunos e, em contrapartida, sendo apoio e suporte para as professoras. A

ação tutorial é auxiliar os alunos nas estratégias de aprendizagem possibilitando

maiores avanços. Dessa forma, sempre um dia antes da aula presencial, encontrava as

professoras para passar as informações e resultados que os alunos obtiveram naquele

ciclo e, assim, com base nesses dados, pudessem alterar a programação da aula para

sanar as dificuldades que ocorreram nas atividades virtuais. No decorrer dos ciclos, os

alunos apresentaram dúvidas com relação à matéria, às entregas das atividades, e fui

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respondendo à crescente demanda deles. Outro fator que tentei realizar,

principalmente nos encontros presenciais, era fundamentar e fazer com que

compreendessem a necessidade da realização das tarefas e sua entrega no devido

prazo, pois nosso sistema, após o encerramento, não havia como modificar o prazo (e

cada tarefa feita conta como frequência). O processo de avaliação é realizado de

maneira contínua, a cada atividade atribui-se nota e são feitos comentários

relacionados a elas nos encontros presenciais. Sinto que os alunos apreciam essa

forma de trabalho, pois o constante feedback traz a sensação de tarefa lida, corrigida e

avaliada pelas professoras e por mim, o que motiva a realização das próximas tarefas a

serem realizadas.

Percebi que o tutor tem a responsabilidade de ser um facilitador no processo-

aprendizagem, não só disponibilizando os materiais, mas indicando leituras e

estimulando constantemente a busca por materiais extras que ajudam o processo.

Neste projeto, cada tutor tinha uma função específica; no meu caso, relacionava-

se ao conteúdo (dúvidas, indicações de bibliografias, atividades, etc.). No decorrer dos

encontros presenciais, meu relacionamento com os alunos foi aumentando, assim como

o vínculo, e sinto-me lisonjeada por ter tido esta oportunidade de trabalhar com

excelentes alunos ao lado de professoras incríveis.

A classe foi extremamente comprometida, apresentando ótimos trabalhos. Os

alunos foram participativos, questionadores e ávidos por aprender cada vez mais. O

engajamento individual fez com que o coletivo se tornasse agradável e os encontros

muito prazerosos. As contribuições e as possíveis soluções que trouxeram aos

problemas da área específica do curso de Administração e questões relacionadas à

educação foram sempre pertinentes, plausíveis e ricas de conteúdo teórico e técnico.

Das minhas observações no transcorrer dos encontros presenciais e da

participação como tutora, constatei o que já havia como premissa: a afetividade

permeou o processo de formação continuada que ocorreu. Um autor que me facilitou a

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discussão desse aspecto foi Henri Wallon, psicólogo e educador francês. Sua

psicogenética considera a pessoa resultante das dimensões afetividade, cognição e

motricidade, e qualquer atividade que interfira em um dos níveis interfere em todos.

3.3 Questionário

1. Por que você se interessou em participar deste curso?

2. Quais foram suas expectativas ao iniciá-lo?

3. Estas expectativas estão se agregando a sua prática?

4. Descreva as características de sua relação com: a) seus alunos b) os

colegas; c) com o conteúdo do curso.

5. O que mais o aproxima de seus colegas?

6. O que mais o distancia de seus colegas?

7. O que mais o aproxima de seus professores?

8. O que mais o distancia de seus professores?

9. Que sentimentos neste momento do curso você experimenta em relação:

a) ao grupo classe; b) aos professores; c) a colegas?

10. O que você mais gosta no curso?

11. O que você menos gosta no curso?

12. Descreva um momento particularmente significativo do curso.

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Para iniciar a análise, foram elaborados quadros e, a partir deles, escolhidos

eixos para discussão.

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Capítulo 4 – Análise e discussão dos dados

Para facilitar a discussão, iniciei a análise elaborando quadros.

4.1 Elaboração de Quadros: I à VII

Quadro 1 – Interesse pela participação do curso

Participantes Interesse

1 Módulo Ser Professor do Ensino Superior

2 Adquirir técnicas e conhecimento de curso EAD

3 Preparo para realizar o mestrado no futuro

4

Desejo de se especializar na área

5 Projeto de dar aulas

6 Adquirir conhecimento e ser docente

7 Conhecer novas metodologias

8 Buscava a parte pedagógica

9 Interesse na carreira acadêmica

10 Ter habilidade em docência

11 Conhecer novos métodos e abordagens

12 Possibilidade em fazer um curso na USP e grátis

13 Objetivo em cursar especialização em docência

14 Auxiliar o mestrado em curso

15 Expectativa de desenvolver uma carreira docente

16 Sonha em ser professor do ensino superior

17 Deseja seguir a carreira acadêmica

18 Adquirir conhecimentos e competências

19 Iniciar a carreira docente e é grátis, certificação USP

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Quadro 2 – Expectativas em relação ao curso

Participantes

Expectativas início do curso Expectativas agregadas

1 Conciliar sua formação em Ciências Sociais com a proposta do curso.

Certamente. Consegue entender a importância do que é ser professor e como deve enxergar a profissão de docente.

2 Conseguir suprir as deficiências de técnicas de didática e conhecimento do curso EAD.

Sim. Consegue ver melhoras nas suas aulas.

3 Não tinha grandes expectativas. Imaginava receber informações de didática e fazer muitos contatos.

Não. Viu outras que agregaram mais.

4

Absorver conteúdos e experiências relacionados a metodologias e práticas pedagógicas.

Em absoluto. Conseguiu durante todo o curso aplicar conhecimentos e técnicas nas suas aulas.

5 As mais altas possíveis. Sai das aulas, depois acaba um texto, finaliza um questionário, com vontade de começar, de planejar suas aulas, fazer a diferença para os alunos.

Ainda não, não leciona.

6 Adquirir conhecimento e realizar networking entre os colegas da sala.

Sim, conseguiu uma oportunidade em docência em administração e só foi possível devido o curso.

7 Ótimas, verificou a experiência do corpo docente e o plano de aulas, aprender a refletir sobre muitos conceitos que até então havia desenvolvido por erros e acertos.

O curso está superando as expectativas. A cada dia tem mais confiança em desenvolver a atividade docente. Pôde confirmar pelos estudos e atividades realizadas, o que antes praticava somente por imaginar que estava correto. Incorporou novas práticas e tem buscado excluir de seu modo de lecionar os comportamentos que não agregam valor para o seu desempenho.

8 Melhorar a didática em sala de aula, novos métodos de ensino

Sente que está mais próxima dos alunos, mais confiante em sala de

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e a compreensão sobre o perfil dos alunos de hoje.

aula e menos intimidada pelos alunos mais exaltados. Tem buscado maior interatividade em sala de aula.

9 Erradicar as inseguranças em sala de aula na época em que foi professor substituto.

Sim. Já elaborou mentalmente muitas possibilidades de prática.

10 Trocas de experiência, ensinamentos, conceitos e táticas para docência.

Estão agregando seus conceitos para quando tiver oportunidade colocá-los em prática.

11 Conhecer novos métodos e maneiras de viver a prática docente.

Sim, percebeu que dentro das competências de um professor ainda precisa aprimorar muitas.

12 As melhores possíveis e continuam assim, imagina que seja um curso que fará a diferença quando estiver em um processo de seleção, acredita que o nível dos professores, e os temas abordados o tornarão um professor melhor do que já é.

Sim, Já adotou ou tentou adotar algumas coisas discutidas em aula ou exemplificadas pelos professores. Esperava que fosse útil no dia a dia como docente e está sendo.

13 Entrar em contato com outras realidades, outras pessoas com experiências diversas, fazer um curso na USP com professores da USP, era e é uma grande expectativa

Em parte, pois ainda não leciona, mas em seu trabalho em atender alunos, consegue visualizar através da experiência dos seus colegas a dinâmica de sala de aula e o processo de ensino-aprendizagem.

14 Ficou na expectativa e curiosa, é bem diferente do que já assistiu em curso de capacitação docência – PCD que fez na Uninove.

Alguns temas são interessantes e pretende aplicar na prática.

15 Discutir os eventos ligados à carreira de professor, de forma prática e objetiva, trocando bastante informação com os colegas professores.

Sim, porém de forma diferente do que havia previsto. Muita informação relevante, porém menos prática e mais conceitual sobre o exercício da profissão e das formas de desenvolvimento dela.

16 Curso mais participativo: apresentações individuais, aula a aula seminários realizados

Não está praticando.

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pelos alunos. Uma aula que desenvolvesse, também, a postura em sala de aula, oratória e didática ao longo do tempo, aprendendo com os erros.

17 Começaram a partir do primeiro contato com as professoras, durante a triagem do currículo, agendamento da entrevista e a entrevista. Ficou extremamente feliz em ser aprovada e imaginou que o curso seria muito mais voltado para quem já leciona. Isso trouxe uma apreensão, mas que diminuiu logo que notou que ela, mesmo sem lecionar ainda, conseguiria acompanhar o curso. Ter professores conceituados e experientes foi um diferencial.

Sim, pois está conseguindo começar a planejar a carreira acadêmica, sem pular alguma etapa e percebendo como é na prática, com a troca de experiências entre os alunos do curso e dos professores. Agregou principalmente no processo de decisão: só a fez ter mais certeza do que quer fazer. As aulas de Psicologia da Educação a cativaram.

18 Adquirir conhecimentos relacionados à pedagogia.

Está mais atento a sua identidade como professor, ao relacionamento com os alunos e a avaliação de aprendizagem.

19 Objetivo iniciar a carreira acadêmica, no entanto, se sentia insegura em relação à didática, domínio do grupo e postura em sala de aula. Além disso, o curso é gratuito, possui corpo docente de alta qualidade e certificação USP.

Sentiu que estava no grupo certo: uma turma heterogênea, uns com experiência docente, outros buscando formação para tal, um grupo com faixa etária bem diversificada e perfis com disposição para o “aprender”. Sua expectativa dobrou já nas primeiras aulas, havia um contexto favorável à aprendizagem.

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Quadro 3 – Características da sua relação com

Participantes Seus alunos Os colegas Com o conteúdo do curso

1 Companheirismo e acompanhamento contínuo do aprendizado.

Companheirismo e colaboração.

Comprometimento e responsabilidade.

2 Relação Honesta e profícua com os alunos.

Gama interessante de colegas, isso torna o debate mais rico, na maioria dos casos, mas muitas vezes também se centraliza em assuntos que não agregam conhecimento.

Dificuldade no cumprimento dos prazos, não por falha da dinâmica do curso, mas por minha falta de entendimento do curso EAD (mesmo semipresencial). Só agora conseguiu se encaixar nesta dinâmica.

3 Costuma estabelecer uma relação de amizade muito forte com os alunos. Tenta construir isso e sente que é recíproco.

Incipiente que é quase impossível atribuir características. O contato é sempre superficial e efêmero.

Interesse, curiosidade, formação.

4

Já foi mais distante, mas se deu conta da importância da afetividade. Hoje a relação é de limites (trabalha somente com adolescentes), porém de respeito e amizade.

Muito boa, porém acredita que em virtude dos encontros espaçados não tem tempo para maiores aproximações. Gostaria de manter contato com vários deles mesmo após o término do curso.

Relação de entusiasmo, pois fica aguardando alguns tópicos ansiosa, pois sabe que necessita do mesmo e pode colocar os mesmos em prática quase que imediatamente.

5 Ainda não leciona.

6 É aberto e o curso o orientou a mesclar a teoria com a prática e há regras claras em relação ao item professor\aluno.

É mútuo, realizam trocas de experiências e networking.

Totalmente motivado com o curso, aplicando na prática a teoria que foi exposta pelos docentes.

7 Avalia constantemente a relação com os

O convívio com os colegas do curso está

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alunos, percebe que tem dado ênfase também à afetividade, procura interagir com os alunos, sobre suas carreiras, suas angústias pessoais, sobre o futuro de cada um e passou a entender melhor por que cada aluno se comporta de determinadas formas.

muito rico, acredita que está aprendendo com cada um, apesar de boa parte da turma ainda não lecionar, possuem um perfil e reflexões muito ricas para a atividade docente.

8 Maior empatia com os alunos.

Maior empatia com os colegas.

Sente que está mais preparada em relação ao conteúdo do curso. Sabe de suas limitações e ainda sente alguma dificuldade em debater temas que não fazem parte do seu cotidiano.

9 Empenho e preocupação na passagem do conhecimento.

Aproveitar a troca de experiência.

Empenho na preparação da aula, na pesquisa.

10 Ainda não leciona. Ainda não leciona. Ainda não leciona.

11 Procura estar sempre antenado nas novas tecnologias e o que os jovens estão fazendo em seu cotidiano para poder prender a atenção deles.

Relação de aprendizado, já que muitos foram seus professores, tenta sempre que pode escutá-los para que possa se desenvolver ainda mais em sua carreira, mas sem deixar de expor suas ideias.

Sabe que sua matéria é muito importante para o iniciante, então a intenção é que cada aluno possa utilizá-la nos próximos anos, por isso, gosta sempre de ter um feedback deles.

12 Acredita que seja distando no tocante à vida pessoal deles. Não tem esta característica de querer saber nada

Relação distante, apenas nos dias de reunião presencial, e com os alunos que sentam perto.

Identifica-se e aprende muito, fica esperando cada texto, cada discussão.

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do que acontece fora da escola.

13 Não tem alunos. Troca, respeito, solidariedade e reciprocidade.

Curiosidade, expectativa, contribuição, às vezes um pouco de frustração.

14 Ter mais interação. Ainda existe a resistência.

Buscar novos conhecimentos.

15 Franca e direta. Tem uma forma de tratá-los, que os coloca em pé de igualdade, e acredita que isso seja bom.

Não tem muita interação na faculdade, pois não há integração.

Tem bastante familiaridade, pois revisa o plano de ensino todos os anos, e tem liberdade total para alterá-lo da forma que entende ser mais conveniente.

16 Não leciona em universidade.

Dinâmica, agregadora, troca de experiências, companheirismo.

Muito teórico falta um debate mais participativo com levantamento de questões que instiguem o debate e as perguntas construtivas, palestras dinâmicas e divertidas.

17 Ainda não leciona. Comunicação sempre presente, acolhimento, troca de experiências, aprendizado, afetividade e respeito.

Assuntos que chamam a atenção e faz com que tenha vontade de aprender, se sente capaz de ser professora, uma boa professora.

18 Reconhecimento e respeito.

Parceria e coleguismo. Interesse e participação.

19 Embora não possui vivência em sala de aula, hoje está mais motivada a procurar uma oportunidade na área docente, até mesmo, como professora voluntária.

Perfil observador e busca ouvir mais para aprender pela experiência que trazem da sala de aula que lecionam.

Afinidade com os textos e com os conteúdos das aulas. Leituras rápidas e produtivas, pois tem a sensação de poder utilizar aquele conhecimento no dia a dia como professora

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Quadro 4 – O que mais o aproxima de seus colegas e O que mais o distancia de

seus colegas

Participantes Mais o aproxima dos colegas Mais o distancia dos colegas

1 A necessidade de colaboração entre as partes. Seja em reuniões ou em sala dos professores.

A falta de tempo para dialogar com outros alunos extra prática de docência.

2 A experiência em sala de aula e suas expectativas na carreira.

A tratativa de assunto muito distantes do objetivo do curso, experiências pessoais que não agregam valor aos demais.

3 As relações de amizade que construiu e procura manter ao longo do tempo.

Não sabe. Talvez o nível de interesse que é diferente em cada um e acaba criando alguns nichos e “guetos”.

4

A troca de experiência e a empatia gerada entre eles desde o início.

A distância física é um fator importante e a falta de tempo para conversar sobre assuntos aleatórios e às vezes pessoais.

5 A mesma vontade de fazer a diferença na educação do Brasil.

O fato de ainda não ser docente.

6 Aulas presenciais e trabalhos em grupo.

Aulas presenciais sem atividades em grupo.

7 Os debates em sala de aula e a troca de informações nos intervalos.

O ambiente online.

8 Compartilhar conhecimento e técnicas que vem aperfeiçoando ao longo deste curso.

A falta de tempo para este tipo de discussão, pois tem muitas atividades de pré-aula que dificulta aquele papo de café.

9 A toca de experiências. Tem muitos colegas com as mais diversas experiências no qual procura absorver um pouco de cada um.

O não compartilhamento, a troca de experiências.

10 Cumplicidade. Falta de coleguismo e falta de cumplicidade.

11 A possibilidade de ter exemplos vivenciais de cada um.

A diferença de métodos, e por que prefere estar mais próximo dos alunos.

12 Assuntos pertinentes ao curso. Pessoas que falam apenas na primeira pessoa, como se o curso fosse feito apenas para ele, e querem brilhar mais que os

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professores.

13 Os objetivos comuns, amor ao ensino e o desejo de aprender.

Somente a distância física e a experiência deles.

14 Procura fazer amizade com todos, sem distinção, e procura conversar, e às vezes até trocar ideias dos conteúdos das disciplinas.

Tem alguns colegas que não gostam de trocar ideias, de dividir o conhecimento.

15 - O fato de serem professores.

16 A troca de conhecimento, a discussão dos textos não compreendidos muito bem, a semelhança nos objetivos.

Ser fechado, pouco afável, não compartilha experiências.

17 A troca de conhecimento e as discussões sempre positivas sobre os mais variados pontos de vista. São pessoas culturalmente interessantes.

Sente que a distância maior acontece por ainda não lecionar.

18 Interesses comuns, nível cultural, profissão, etc.

Ponto de vista diferentes.

19 As atividades do Moodle, principalmente a ferramenta WIKI. Acha que esta ferramenta poderia ser mais explorada pela equipe docente. Foi um grande desafio utilizá-la, crê que exerceu um papel de liderança buscando equalizar as ideias de cada membro do grupo. Os momentos de café também serviram para uma aproximação e identificação com os membros da turma.

A falta de proposta de discussões, debates e encontros no Moodle. Crê que o corpo docente poderia ter incitado mais desafios para a resolução da turma.

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Quadro 5 – O que mais aproxima de seus professores e o que mais o distancia de

seus professores

Participantes Mais aproxima de seus professores

Mais o distancia de seus professores

1 Desafios impostos por estes em sala de aula e didática voltada para os alunos.

Falta de tempo para aplicar os conhecimentos abordados em sala de aula.

2 Seriam muitos itens a relacionar, entretanto a experiência acadêmica; a oferta aberta das técnicas didáticas e possibilidade de um contato mais próximo fora do curso.

A sua falta de tempo e adequação à dinâmica do curso semipresencial, mas também, como relatou, parece que as barreiras estão sendo ultrapassadas como menos dificuldades agora.

3 A habilidade que eles possuem em prender sua curiosidade.

A sensação que eles estão perdidos ou que são indiferentes a mim e aos colegas.

4

Perceber que são pessoas admiráveis e acessíveis.

Intimidação. Falta de afinidade. Vale ressaltar que não enfrenta problemas dessa natureza no momento.

5 A vontade de extrair mais e mais conteúdo, a curiosidade de estar sempre disposta a aprender novos conceitos, novos modos de lecionar.

Acredita que o fato de ainda não lecionar, pois ouve muitos depoimentos, exemplos dos alunos e professores com relação a experiência deles com alunos.

6 Dinâmicas e debates em sala de aula.

Falta de dinâmicas e debates em sala de aula.

7 Os debates em sala de aula e a troca de experiência e informações nos intervalos das aulas presenciais.

O ambiente online, falta um fórum de discussão online em tempo real nas semanas em que não tem aulas presenciais.

8 Fascinação. Eles são fantásticos e quer ser assim quando crescer.

Falta de tempo, pois os intervalos são curtos e não tem oportunidade pós-aula.

9 A disponibilidade de todos eles, o vasto conhecimento e experiência e o carinho real e preocupação com o nosso Ser Professor.

A não disponibilidade.

10 A relação afetiva. A falta de relação afetiva, vínculo.

11 Vê que ainda não teve muita Acha que o pouco tempo de

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proximidade com os professores. contato acaba distanciando um pouco.

12 A capacidade deles em passar a matéria, e minha necessidade de aprender, de querer saber.

O intervalo de tempo entre duas aulas presenciais, afinal é o único momento em que mantemos algum contato.

13 A forma respeitosa e de carinho com que tratam os alunos.

Somente a distância física.

14 É muito dedicada no que está em seu alcance, e reconhecem seu esforço.

-

15 O fato de sermos professores. Os professores do NPT não são professores de administração, de forma que o comportamento e as preocupações são muito diferentes. A própria forma de abordar os problemas é diferente. Isso é muito enriquecedor.

16 A experiência, a doçura, o conhecimento, a didática, o saber conduzir uma aula.

O rótulo, pois não vou falar para o professor que não compreendi o texto ou que achei muito longo, muito teórico.

17 Sem dúvida a curiosidade sobre tudo o que eles podem ensinar. Todos os professores, até agora, deixaram uma aproximação saudável. Fascinada pelas aulas das professoras Laurinda e Vera.

A única distância que tem com os professores é apenas a distância física.

18 Interesse pelo assunto, identificação.

Falta de compreensão do assunto, identidade do professor.

19 A abertura para participação em sala de aula e o feedback das atividades realizadas.

Discussões não orientadas em sala de aula (quando abrem muito o assunto da discussão e perdem o foco). Outra possibilidade que causa a distância, é a insegurança em relação aos docentes, às vezes sente dificuldade em estabelecer um diálogo não relacionado com o conteúdo. Acha que poderiam realizar algumas dinâmicas e quebrar essa barreira, que neste ponto de vista, acredita que seja comum a outros colegas.

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Quadro 6 – Que sentimentos neste momento do curso você experimenta em

relação

Participantes

Grupo Classe Professores Colegas

1 Excelente Turma. Comprometida e responsável.

Receptivas, atenciosas, carinhosas e conhecedoras profundas dos assuntos abordados.

Companheirismo e com ótimo senso de humor.

2 - - -

3 Amizade, alegria. Admiração, interesse, afinidade.

Amizade, alegria.

4

Amizade, companheirismo.

Admiração e respeito. Vontade de estreitar os laços.

5 Coleguismo, união. Onde todos buscam juntos o mesmo objetivo.

Carinho, de mestre, de pessoas que estão 100% engajadas para lecionar e dispostas a ajudar no que for preciso.

Carinho, amizade, de pessoas que estão juntas para aprender, ensinar e aperfeiçoar.

6 Grupo unido e participativo.

Docentes qualificados e que auxiliam no desenvolvimento e assimilação dos assuntos tratados para com os alunos.

Participativos, pró-ativos e democráticos.

7 Sente-se a vontade com a turma.

Seriedade e afetividade docentes são contagiantes.

-

8 Classe bem interativa busca relacionar-se fora do ambiente escolar.

Sábios com vasto conteúdo têm aprendido muito com eles.

Networking sempre é importante.

9

Grupo bastante coeso quanto aos objetivos.

Que Aproveitou muito pouco, e que pode aproveitar melhor e muito mais de toda bagagem deles.

Possui colegas onde pode trocar experiências e networking para oportunidades.

10 Dispersos. Coesos. Falta de interesse, porém há união no grupo.

11 São vivências em diversas áreas

São pessoas que estimulam a consciência

Sente ainda um pouco distantes, mas por conta

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diferentes o que traz, muita bagagem e novas maneiras de enxergar uma certa situação.

comportamental e abrem os olhos dos alunos para a percepção do eu acontece dentro da educação a nossa volta.

do pouco tempo de contato, são pessoas que buscam o desenvolvimento na área docente, uns mais aplicados outros menos.

12 Não tem problema de convivência.

Não tem problema de convivência.

Alguns alunos querem mais atenção que o necessário.

13 Carinho, respeito, liberdade, acolhimento e ainda expectativa.

Carinho, respeito, liberdade, acolhimento e ainda expectativa.

Carinho, respeito, liberdade, acolhimento e ainda expectativa.

14 Sentimento de amizade, gosta da turma.

A maioria sentiu afinidade, são abertos para ouvir.

Sentimento de amizade.

15 A classe é ótima. Muita admiração. Tem verificado que os professores são muito bons- tanto tecnicamente quanto na condução das discussões em sala de aula.

Interação com diversos colegas individualmente e todos tem se mostrado muito abertos e receptivos.

16 Excelente grupo, pessoas amáveis, sempre dispostas a ajudar. Quando tem problema e dúvidas acadêmicas, lança a dúvida no café da manhã e a ideia sai fresquinha.

Relação de afeto, positiva e feliz.

Feliz, satisfeita e às vezes desesperada (quando alguém diz que leu o texto errado).

17 Alegria, comprometimento e atenção.

Conhecimento, afetividade, integração.

Alegria.

18 Motivação. Dedicação. Parceria.

19 Neutralidade em função de um grupo misto, embora haja indícios da formação de dois blocos, pretende explorar o melhor desses dois grupos.

Respeito e admiração ao corpo docente qualificado, dedicado e que trata com especialidade o projeto do curso.

Os colegas têm experiências profissionais diversas, as conversas atingem as atividades em sala de aula e o cotidiano pessoal de cada um. Possui confiança

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nessas pessoas e alegria ao encontrá-las aos sábados.

Quadro 7 – O que você mais gosta no curso e o que menos gosta

Participantes Mais gosta no curso Menos gosta no curso

1 Dos temas abordados pelas professoras L. e V. Levem a reflexão e a discussão construtiva. Certamente sentirá falta no segundo módulo.

Algumas vezes (poucas veze, claro) as discussões sobre os temas abordados em sala de aula não condizem com a proposta inicial Acabam perdendo o foco.

2 Não houve nada que causou sensação negativa no curso. Acha que ainda vai melhorar muito suas aptidões como docente pesquisador.

Alguns “debates” levaram a dispersão, acredita que a fineza e amabilidade das professoras não foi compreendida por alguns colegas. De todo modo, isso também ocorre, pois trata-se de um grupo heterogêneo.

3 Os encontros presenciais e a cumplicidade “intimidade” que foi construída.

O caráter experimental. Por conta da característica vanguardista do curso, percebem que os professores muitas vezes estão perdidos\desorientados o que gera atividades repetidas.

4

Das aulas presenciais, pois são transmitidos ótimos conceitos e experiências muito ricas.

Dos textos muito extensos e dos questionários que não permitem muita interpretação. Muitas das respostas são dadas na íntegra.

5 Gosta muito dos textos, dos debates, das experiências vividas.

Não gosta só de uma coisa, mas que já está trabalhando para melhorar. Devido a vergonha que sente em expor suas ideias, de falar na frente de todos, de um dia falar algo errado.

6 É o conhecimento que está adquirindo, bem como o networking e a troca de experiência entre os docentes e

Deveria haver uma maneira no Moodle informar aos alunos a relação de pessoas de cada grupo a cada módulo. Este item é

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colegas da sala. confuso, uma vez que quando há uma atividade em grupo, no Moodle não sabem ao certo quais são os integrantes que compõe o grupo, pois na aula inicial havia um grupo pré-estabelecido.

7 Os debates sem sala de aula e a troca de experiências e informações nos intervalos das aulas presenciais.

O ambiente online, falta de um fórum de discussão online em tempo real nas semanas em que não tem aulas presenciais.

8 A dinâmica em sala de aula. A distribuição das tarefas na semana, pois com a mudança do módulo tem, geralmente 2 textos para leitura e exercícios numa única semana, sobrecarregando a semana da abertura do módulo.

9 Os debates presenciais. As atividades online que às vezes parecem desencontradas ou por faltar algo a mais que aglutine o grupo e promova o debate.

10 Dos encontros e as trocas de experiências.

Não sei o que menos me agrada, sei o que gostaria que fosse diferente.

11 A possibilidade de aprender com os exemplos dos outros colegas e dos professores, acho que mais que a teoria isso enriquece muito.

Acho que às vezes, o feedback dos questionários, deveria ser mais rápido, sente que às vezes é muito denso, na questão de ler os textos e passar muito tempo discutindo sobre eles, penso que poderia haver alguns trabalhos em grupos para poder desenvolver este conteúdo.

12 Sem dúvida nenhuma, das aulas presenciais, onde discutimos temas interessantes.

Da disponibilidade do material aos domingos, seria mais proveitoso que eles fossem disponibilizados aos sábados.

13 Aulas presenciais. A distribuição das atividades.

14 Das palestras, são interessantes. Às vezes na parte da tarde, quando se tem discussão dos textos, acho que fica um pouco repetitivo.

15 Gosto da mescla do virtual e do presencial. Acha que dá para explorar muita coisa com a junção

As discussões presenciais, em alguns momentos, acabam desviando de foco. O fato de os

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dos dois mundos e as duas formas de interação.

temas serem muito amplos dá espaço para este tipo de coisa, que em alguns momentos gera a falta de conexão dos alunos com a dinâmica da aula.

16 Das relações interpessoais, dos debates construtivos, das discussões informais no café sobre temas levantados na aula.

Às vezes sente o curso um pouco cansativo.

17 Aprender sobre assuntos que não conhecia, como Psicologia da Educação e estar tão próxima de colegas que já lecionaram. A troca de experiência é tudo.

Dos prazos curtos para entregar as tarefas, que deveriam ser maiores para poderem ser mais criativos.

18 Encontros presenciais. Ambiente virtual.

19 As aulas de apresentação do conteúdo, momento em que se tem o contato com o professor. As referencias e citações das professoras Vera e Laurinda inspiram a ler, o carinho que demonstra pelo grupo e pelo projeto da professora Adriana faz com que se sinta especial e, claro, a praticidade do professor Dutra com a inserção da tecnologia torna o curso atual. Admiro a dedicação da Liliane em acompanhar as aulas e atividades online, está no aguardo de uma visita do prof. Euro. Além disso, a Camila apresentou o conteúdo que esclareceu dúvidas que tinha sobre a carreira profissional. Admira o melhor de todos!

O prazo de realização das atividades Moodle, poderia ter um tempo maior para concluir as tarefas. A falta de desafios nas atividades, crê que ler e responder questionários tornou uma rotina neste ciclo. A falta de uma avaliação comentada dos tutores online sobre as atividades de texto.

Após realizar o levantamento das informações, nos quadros já apresentados, passei a

reagrupar as informações em categorias de análise. Assim é que, das informações

contidas no quadro 1, elaborei o quadro 8, e das informações dos quadros 1 e 2,

elaborei o quadro 9.

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4.2 Categorias de análise

Quadro 8 – Interesse em participar do curso

Adquirir conhecimentos sobre aspectos pedagógicos e EAD

Preparar-se para o mestrado

Iniciar carreira docente no futuro

Certificação USP

TOTAL 9 3 2 4

Diversos foram os interesses dos alunos em iniciar o curso. O desejo que mais aparece

é o de adquirir conhecimentos sobre aspectos pedagógicos e EAD. O fato de o curso

ser presencial e online despertou a curiosidade dos alunos para o mesmo, uma vez que

engloba conhecimentos de didática, inovações tecnológicas e conteúdos sobre ser

professor hoje, os desafios de conduzir as salas de aulas, as dificuldades da era

tecnológica e como obter bons resultados aliado à tecnologia que faz parte do cotidiano

de todos aqueles que já são ou buscam ser professores. A certificação USP também foi

um grande diferencial pela busca e matrícula no curso, pois traz reconhecimento e

valorização ao curso. Alguns têm o desejo de iniciar a carreira acadêmica, e outros de

preparar-se para o mercado de trabalho e, para isso, o curso pode auxiliar na realização

de artigos e pesquisa.

[...] “Interessei-me pela possibilidade de fazer um curso de formação pela

USP e principalmente de graça, não pensei duas vezes. Já dava aulas e veio

bem a calhar.” (A12)

“Faltavam-me técnicas de didática e conhecimento EAD”. (A2)

“O interesse em participar do curso foi em conhecer novas metodologias” [...]

(A7)

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Quadro 9 – Expectativas e interesses

Expectativas Iniciais Total Interesses Total

Suprir lacunas de conhecimento 5 Adquirir conhecimentos sobre aspectos pedagógicos e EAD

8

Informações de didática e métodos 6 Conhecimento na parte pedagógica

1

Network 2 Iniciar carreira docente no futuro 2

Curso USP 2 Certificação USP 4

O quadro acima demonstra que suprir lacunas de conhecimento e adquirir

conhecimentos sobre aspectos pedagógicos e EAD era o desejo da maioria; em

seguida, adquirir informações de didática e métodos também gerou grande expectativa

nos alunos. Mais uma vez percebi que a certificação USP estava fazendo a diferença

pelo interesse e expectativa em relação ao curso. A vontade de iniciar a carreira fez

com que alguns alunos tivessem a expectativa inicial de fazer network, pois, dessa

forma, conheceriam pessoas que já atuavam na área e que poderiam auxiliar no

ingresso da mesma.

“Conseguir suprir as deficiências de técnicas de didática e conhecimento do

curso EAD”. (A2)

“Adquirir conhecimento e realizar network entre os colegas da sala”. (A6)

“Melhora da didática em sala de aula, novos métodos de ensino” [...] (A8)

Categoria 2: Relação com colegas – dentro e fora do curso

A questão número 4 levou-nos a elaborar dois quadros, pois alguns responderam

levando em conta os alunos dos cursos em que lecionam em diferentes faculdades, e

outros considerando os alunos do curso de especialização que estão frequentando o

curso (Pró-Administração).

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Quadro 10

10.1 Características de sua relação com: os colegas – fora do curso (no trabalho)

e no curso (Pró-Administração)

Relação com os alunos

Fora do curso

No curso

Companheirismo 1 2

Colaboração 1

Troca de experiência 1 5

Resistência 1

Não há integração 1

Superficial 1 1

Distante – Encontros espaçados

2

O curso é visto pelos alunos como um espaço para principalmente de troca de

experiências, o que não ocorre no trabalho; apenas um participante relaciona troca de

experiência no trabalho.

No curso também é relacionado o companheirismo, porém alguns alunos sentem que

os encontros espaçados deixam a relação mais distante.

“Dinâmica, agregadora, troca de experiências, companheirismo”. (A16)

“Companheirismo e colaboração”. (A1)

[...] “Realizamos troca de experiência” [...] (A6)

Um ponto que me chamou a atenção foi que os encontros espaçados (a cada quinze

dias), no olhar do aluno traz um distanciamento entre eles e isto, pode prejudicar as

relações, pois elas ficam mais “quebradas”. Já nas relações fora do curso à resistência

e falta de integração são fatores que prejudicam a atuação deles como docentes, pois

se a troca de experiência, a vivência e o contato fossem constantes, facilitaria a

atuação em sala de aula.

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10.2. Relação com os colegas (no trabalho e no curso): o que aproxima e o que

distancia

Aproxima dos colegas Distancia dos colegas

Características No trabalho No curso Características No curso

Colaboração 2 Falta de tempo 2

Relações De

Amizade

1 Assuntos

distantes do

objetivo do

curso

1

Fazer Diferença

na educação

1 Distância Física 3

Experiência em

sala de aula

2 Não ser

docente

2

Aulas

presenciais

1 Não ter

atividade em

grupo

1

Compartilhar

conhecimento

3 Diferentes

métodos e

ponto de vista

2

Objetivos

Comuns

2 Falta de

cumplicidade

coleguismo

1

(Obs.: A coluna do que distancia dos colegas no trabalho não foi incluída porque todos

consideraram apenas a distancia dentro do curso.)

No trabalho, acreditam que quando há colaboração entre os colegas e relações de

amizade, ter o mesmo ideal (fazer diferença na educação), aproximam-se de seus

colegas de trabalho. No curso o que aproxima é mais a parte voltada ao conhecimento

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de conteúdo e de prática em sala de aula. Também consideram que ter os mesmo

objetivos os aproxima.

Com relação à distância, percebe-se que, mesmo com os contatos online, eles sentem

distância física. Apenas um dos participantes considera que os assuntos que fogem do

objetivo do curso os distanciam.

[...] “A tratativa de assunto muito distantes do objetivo do curso”. (A2)

“A distância física é um fator importante” [...] (A4)

Categoria 3: Momento Significativo

Quadro 11 – Momento significativo do curso

Momento Total

Primeira aula 8

Conversas com as professoras 4

Palestras 10

Textos 2

Afetividade 7

Ferramenta EAD 1

Os momentos particularmente significativos dos alunos trazem à tona a

confirmação de Henri Wallon sobre a dimensão afetiva o quanto independente da nossa

vontade, ela está inserida nas nossas vidas, pois é constitutiva de uma pessoa. No

curso, muitas vezes sem mencionar a palavra afetividade, eles mostraram a importância

dela ao longo dos encontros presenciais, valorizando as relações humanas. As

manifestações afetivas professor-aluno, aluno-aluno, exemplificam o que durante todo o

curso tive como suspeita. A afetividade estava sendo enfatizada no curso, em alguns

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momentos até priorizada, sendo valorizada como um lado importante, para alguns

alunos, até fundamental.

O vínculo construído na primeira aula foi marcante e crucial para a relação que

foi desenvolvida ao longo do curso.

“Na primeira aula: todos puderam se apresentar e expor um pouco de si. De

forma discreta falamos e rimos sobre alguns vícios e práticas de alguns

alunos. Isso nos aproximou”. (A1)

“São vários. Desde o momento das apresentações. Fiquei encantada, todos

os professores foram extremamente receptivos e simples, embora tivessem

motivos para não o ser se quisessem”. [...] (A4)

O que os alunos expressam é que o acolhimento no primeiro dia de aula é muito

importante, seja para crianças ou adultos. O primeiro dia de aula de um curso reveste-

se como um momento para criar vínculos e compartilhar objetivos.

Conversas com as professoras decorrentes do primeiro dia de aula fizeram com

que os alunos se sentissem seguros, confiantes e acolhidos, ficaram à vontade para

procurar as professoras nos intervalos para sanar dúvidas e discutir situações

enfrentadas em suas práticas.

“Vários são os momentos, mas creio que o principal foi no primeiro dia de

aula. No primeiro dia tivemos a apresentação de todos, do curso, como

surgiu, onde se pretende chegar. Meus olhos brilharam e percebi que estava

no lugar certo. Tenho um carinho muito particular com as professoras V. e L.

Pessoas muito queridas e que transmitem um grande conhecimento e

segurança”. [...] (A9)

As palestras também marcaram os alunos de forma positiva. A dinâmica dos

palestrantes e a interação com os mesmos propiciaram momentos de conhecimento,

alegria e prazer em conhecer novas ideias e pensamentos.

“O show-aula do Prof. João Arantes! Conteúdo importante, aula dinâmica,

todos interagindo. Um exemplo – fora do nosso contexto – que vou levar

para minhas aulas”. (A5)

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“Pra mim, todos os momentos foram significativos, mas o que mais me

marcou foi a aula com o Prof. Domingos Fernandes”. (A6)

Importante observar que o uso de tecnologias e ferramentas EAD foi o que

menos teve importância para os alunos, diante da convivência e vínculo que

construíram e fortaleceram, mesmo com os encontros quinzenais. Acredito que essa

baixa atribuição ocorre porque no curso foram inseridas grandes inovações

tecnológicas que muitas vezes não fazem parte do dia a dia do professor. Nem todas as

instituições possuem essas tecnologias, logo aprender algo que está aquém da sua

realidade pode não trazer benefício imediato, o que faz com as pessoas tenham o

interesse em conhecer a ferramenta, mas depois de perceber que pouco será utilizada

em sua realidade o interesse diminui.

4.3 Temas em destaque

As respostas dos alunos levaram-me a compreender que alguns fatores foram de

extrema importância para a percepção deles sobre o curso. Em todos eles, a dimensão

afetiva apareceu com destaque.

1) Hora do Café (Intervalo)

2) A importância dos textos teóricos

3) Aprender pela experiência do outro

4) Expectativas diferentes, relações diferentes com o curso

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Tema 1: Hora do café

Muitos mencionaram que a colaboração e companheirismo são aspectos

marcantes do grupo, porém a falta de tempo para dialogarem sobre diversos assuntos

acaba os distanciando.

Percebi que a hora do café (intervalo) era um momento não só de “relaxamento

da aula”, mas de descontração no qual eles tinham livre acesso para conversar com as

professoras sobre assuntos particulares, de diversos interesses, tirar dúvidas de

conteúdo, fazer perguntas sobre os textos para tutora e, como muitas vezes ocorreu,

questionar sobre o mestrado, como funciona, como é o processo seletivo e se é

possível conciliar mestrado e trabalho. Além disso, era um momento de fazer network

com os colegas, tirar dúvidas da carreira de docente, descobrir objetivos comuns,

afinidades, compartilhar angústias vividas na prática, dividir os anseios e as

expectativas de iniciar a carreira, enfim era o momento deles e é visto como agradável

e desejado. Os questionários retratam a importância da hora do café e seu significado e

o quanto esse momento foi prazeroso e produtivo.

[...] “E da hora do café: momento de descontração e de colocar o papo em

dia. (A1)

Os debates em sala de aula e a troca de experiências e informações nos

intervalos das aulas presenciais”. (A7)

[...] “Dos debates construtivos, das discussões informais no café sobre temas

levantados na aula”. (A16)

Tema 2:Importância dos textos teóricos

Os textos teóricos lidos e discutidos pelos alunos referiam-se a temáticas

desconhecidas por eles, e com um formato bem diferente dos textos de Administração.

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No entanto, os alunos manifestaram seu interesse pela leitura e discussão dos

mesmos.

“Aprender sobre assuntos que não conhecia, como Psicologia da Educação”

[...] (A17)

“Gosto muito dos textos, dos debates, das experiências vividas”. (A5)

Causou-me surpresa que, em uma sala de profissionais formados em curso

superior de Administração, textos relacionados à afetividade pudessem afetá-los e levá-

los a sentir diferenças em suas práticas como docentes. A sensibilidade que

demonstraram ter pela temática e de como discuti-la levou-os a refletir sobre suas

posturas como profissionais.

[...] “Especialmente os momentos que debatemos sobre os textos. Um dos

momentos significativos no curso foi a reflexão que realizamos na aula 31\08

sobre afetividade. Foi um momento em que puder reavaliar diversas

reflexões sobre minha atuação como docente e identificar práticas e

comportamentos que posso adotar para melhorar minha liderança e

influência sobre os alunos, melhorando assim meu desempenho como

docente”. (A7)

Tema 3: Aprender pela experiência do outro

No curso, esta característica apareceu diversas vezes; os alunos entendiam o

quão necessário é ouvir e aprendiam com a troca e com a experiência dos colegas.

Durante o curso, as contribuições dos alunos foram ricas e engrandeciam as

discussões na sala de aula. Sempre participativos, eles faziam questão de se

posicionar, de emitir suas opiniões e ouvir os demais colegas. Não tenho dúvidas que

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isso contribuiu para grandes debates e discussões em sala de aula, e é devido a esse

comportamento dos alunos, junto com a postura das professoras, em também saber

ouvir, que o grupo pôde se entrosar e aos poucos perder a vergonha e criar coragem

para cada vez mais participar, fazendo comentários e agregando valor a cada aula que

passava. Com respeito e admiração pela forma como foram conduzidos os debates

pelas professoras, o grupo conseguiu se fortalecer e criar um ambiente agradável e

propício para o aprendizado, para troca de experiências, o que serviu para se sentirem

mais próximos e unidos.

“A troca de experiência e a empatia gerada entre nós desde o início”. (A4)

“Sentimento de coleguismo, de união. Onde todos juntos buscam o mesmo

objetivo”. (A5)

[...] “Realizamos trocas de experiências e networking”. (A6)

“A troca de experiências. Temos muitos colegas com as mais diversas

experiências no qual procuro absorver um pouco de cada um”. (A9)

Outro fator que julgo importante analisar é o que os alunos mais gostam e menos

gostam no curso.

Ao analisar as respostas dos alunos, percebi que eles mais gostaram dos temas

abordados, das aulas presenciais, troca de experiência entre docentes e colegas, corpo

docente qualificado, networking e debates em sala de aula. Esses pontos foram

essenciais no decorrer do curso. Ressalto que os encontros presenciais sempre

estiveram presentes em suas falas e que deles surgiram relações de amizade,

admiração, reconhecimento, união e companheirismo. O corpo docente qualificado, a

experiência das professoras, a amabilidade e a forma como transmitem o conhecimento

deixaram os alunos confiantes e seguros para aprender e se desenvolver. Muitas vezes

alguns temas abordados durante os encontros presenciais eram completamente

desconhecidos para os alunos, e por ser de um universo tão distante, eles puderem se

aprofundar e se encantar com o que estava sendo apresentado.

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“Dos temas abordados pelas professoras: L. e V. nos levam à reflexão e à

discussão construtiva. Certamente sentirei falta no segundo módulo”. (A1)

“Das aulas presenciais, pois são transmitidos ótimos conceitos e

experiências ricas”. (A4)

“Dos assuntos que estamos estudando e discutindo, do corpo docente muito

qualificado, empenhado e interessado em transmitir conhecimento e nos

transformar”. [...] (A7)

Em contrapartida, aos encontros presenciais que apareceram com destaque na

fala dos alunos, o que eles menos gostaram foi o curto prazo para realização das

atividades, disponibilidade do material aos domingos (gostariam que fosse no sábado),

ambiente virtual, caráter experimental do curso, em alguns momentos perda do foco

nos debates dos textos, textos muito extensos e questionários que não exigiam muita

interpretação. Acredito que pelo fato de o curso ser pioneiro e esta ser a primeira turma,

os professores e coordenadores também estão aprendendo. Para muitos, essas

ferramentas tecnológicas não fazem parte de sua realidade, e eles tiveram que se

adaptar a utilizá-las. Justamente por ser a primeira turma, erros são inevitáveis, mesmo

quando se tem um processo de gestão de qualidade e uma equipe preparada para

atender eventuais problemas. O importante foi que, ao se deparar com um erro dos

professores ou das ferramentas tecnológicas, eles foram solucionados rapidamente

para que os alunos não fossem prejudicados, e, assim, toda a equipe estava

trabalhando coletivamente com o objetivo de oferecer um curso com excelente

qualidade aos alunos. E é claro que os alunos perceberam e exteriorizaram em gestos

e falas todo esse cuidado e carinho que todos tiveram na elaboração e execução do

curso.

“Curto tempo para realizar as atividade”. [...] (A7)

“A distribuição das tarefas na semana”. [...] (A8)

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“Da disponibilidade do material aos domingos, seria mais proveitoso que eles

fossem disponibilizados aos sábados”. (A12)

“A distribuição das atividades”. (A13)

Tema 4: Expectativas diferentes, diferentes relações com o curso

Pensei em cruzar interesses\expectativas dos alunos com as respostas dadas às

demais questões, considerando que expectativas diferentes podem levar a diferentes

relações com o curso. Escolhi três alunos, um representando o interesse em ser

professor do ensino superior, o segundo com o interesse em preparar-se para o

mestrado e o terceiro em ganhar a certificação USP. Com isso, passei a analisar suas

diferentes trajetórias no curso.

O primeiro aluno analisado tinha como interesse o módulo Ser Professor no

Ensino Superior. Sua expectativa inicial era conseguir conciliar sua formação

acadêmica (Ciências Sociais) com a proposta do curso. Considera que essa

expectativa está sendo correspondida, pois consegue entender a importância do que é

ser professor e como deve enxergar a profissão de docente. O fato de já lecionar

permite expressar sua relação com os alunos para quem leciona e afirma que o

companheirismo e o acompanhamento contínuo do aprendizado fazem a relação entre

eles ser frutífera, assim como a relação com seus colegas de trabalho. Acredita ser uma

pessoa comprometida e responsável no curso do Pró-Administração. A necessidade de

colaboração entre os colegas de trabalho faz com que fiquem mais próximos, já a falta

de tempo com outros alunos do curso Pró-Administração faz com que aumente a

distância. No papel de aluno, vê os desafios impostos pelos professores sem sala de

aula como um fator de aproximação na relação aluno\professor. No curso Pró-

Administração, acha a classe comprometida e responsável e as professoras receptivas,

atenciosas, carinhosas e conhecedoras profundas dos assuntos abordados, quanto aos

colegas percebe que o companheirismo e o senso de humor presentes no curso. Gosta

dos temas abordados pelas professoras, pois levam à reflexão e à discussão

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construtiva; porém, em certos momentos acha que essas discussões perdem o foco e

não condizem com a proposta inicial. Possivelmente, as discussões feitas em sala de

aula pelas professoras sobre questões não pertinentes ao tema afetam-no porque

diminui o tempo que poderia ser gasto para a discussão e o aprofundamento do tema

proposto.

O segundo participante analisado tem como interesse a preparação para o

mestrado, estava incomodado com sua formação e interessado em voltar a estudar. Ao

tentar fazer o mestrado anteriormente, conseguiu a pontuação na prova, mas não foi

aceito por seu projeto e não ter nenhuma publicação na área. Tomando conhecimento

do Pró-Administração, percebeu que esse viria ao encontro do que ele procurava. Não

possuía grandes expectativas no início do curso e imaginava adquirir informações sobre

didática e fazer contatos com professores. Essas expectativas não estão sendo

atendidas, porém vê outras nas quais não pensara antes, agregando valor ao seu

currículo. Tenta construir uma relação de amizade com seus alunos e sente que é

recíproco. Com relação aos colegas do curso, sente que é pouco o tempo de

convivência, que leva a um contato sempre superficial e efêmero. O curso Pró-

Administração desperta seu interesse e curiosidade. Considera a habilidade dos

professores em prender sua curiosidade, mas revela que tem a sensação de que as

professoras são indiferentes a ele e isso faz com que se distancie das mesmas.

Contraditoriamente, com relação ao grupo classe experimenta sentimento de amizade e

de admiração pelas professoras. Gosta dos encontros presenciais e a cumplicidade e

“intimidade” que construíram. Acredita que o caráter experimental do curso leva a uma

certa desorientação dos alunos quanto às atividades solicitadas.

O terceiro e último participante interessou-se em cursar a especialização porque

tem como objetivo iniciar sua carreira docente, porém sentia-se inseguro em relação à

didática, domínio do grupo e postura em sala de aula. Ressalta que, além disso, o curso

é gratuito, possui corpo docente qualificado e certificação USP. O contexto favorável à

aprendizagem fez com que sua expectativa inicial dobrasse, e a aproximação aluno-

professor durante encontros informais, como o café, o deixou mais à vontade para

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participação em sala de aula. Percebe que sua postura profissional mudou. Ainda não

possui vivência em sala de aula, mas encontra-se mais motivado para buscar uma

oportunidade na área docente. É muito observador e busca ouvir mais os colegas para

aprender pela experiência que trazem da sala de aula em que lecionam. Gosta e acha

um grande desafio utilizar as ferramentas tecnológicas do curso. Em sua opinião, a falta

de propostas de discussões faz com que os alunos se distanciem. Já o feedback das

atividades realizadas aproxima professores e alunos. As discussões não orientadas em

sala de aula perdem o foco e o distanciam dos professores. Algumas vezes sente

dificuldade em estabelecer diálogos que não estejam relacionados ao conteúdo. Tem

respeito e admiração pelos coordenadores, professores e tutores. Gostaria de ter um

tempo maior para realizar as tarefas e não vê desafios nas mesmas.

Após descrever a trajetória desses três alunos, percebo diferenças significativas

entre eles. Cada um iniciou o curso por interesses e objetivos distintos, portanto o

decorrer do curso foi sentido de maneiras singulares. O primeiro participante ao longo

do curso já tem a percepção do que é ser professor, exatamente o que foi buscar.

Consegue colocar na prática o que está aprendendo e se relaciona de maneira afetiva

com seus alunos e professores.

O segundo participante mostra-se contraditório em suas afirmações, ao mesmo

tempo em que diz ter contato superficial e efêmero com seus colegas do curso;

posteriormente afirma que o que mais gosta no curso são os encontros presenciais, a

cumplicidade e a “intimidade” que foi construída. Fica claro que o grande interesse dele

não é a docência em sua essência, o ser professor, mas, sim, fatores externos como

seu próprio objetivo inicial que é se preparar para o mestrado.

O terceiro participante trouxe um fator importante: a certificação USP. O

reconhecimento, a valorização, a tradição ainda imperam nas decisões de alunos na

escolha da realização em um curso, e, muito embora esse tenha sido um grande

objetivo inicial do aluno, no decorrer do curso, percebeu sua evolução e afirmou que

mudou a sua postura profissional.

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Como a afetividade é uma das dimensões constitutivas da pessoa, tudo o que

aconteceu no curso os afetou; porém, cada um, em sua singularidade, foi afetado de

forma diferente. Mas, a expectativa no início do curso foi um fator importante para o

envolvimento no mesmo.

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Capítulo 5 –Considerações finais

Ao retomar os questionamentos que me geraram interesse em realizar esta

pesquisa, penso que foram respondidos a partir da descrição e discussão com os

dados. A hipótese da qual parti, fundamentada na abordagem Walloniana de que os

alunos seriam afetados de forma positiva ou negativa pelas circunstâncias do curso, foi

comprovada.

Ressalto que, ao priorizar a dimensão afetiva, não me esqueci do postulado da

teoria Walloniana: que essa dimensão está imbricada na dimensão cognitiva e motora.

O que ficou evidenciado é que os alunos foram afetados, de forma positiva ou negativa,

pelas situações ocorridas no curso, mas o foram em função de uma relação com o

conhecimento, conhecimento que era prioridade da maioria, relação essa que se fez de

modo particular, pois cada aluno traz em sua bagagem os conhecimentos,

experiências, sentimentos que foram acumulando.

Na trajetória singular de cada um dos alunos, trazidos ao curso por diferentes

motivações, percebi que a base que os uniu foram os interesses em relação aos

objetivos do curso bem como o vínculo afetivo que construíram com seus colegas e

professores, que o curso possibilitou.

Estudos recentes não só na área da Psicologia como na área da linguística

indicam a estreita relação entre afetividade e cognição. Esses estudos evidenciam que,

no cotidiano da escola, “a afetividade é a base sobre a qual se constrói o conhecimento

racional...”. (ROSSINI, p.9, 2001). Afirma ainda o autor que mesmo um aluno

normalmente envolvido nas atividades em sala de aula não terá rendimento nas

atividades propostas se o seu sentir estiver comprometido. Retornando a Wallon,

relembro a afirmação de Mahoney (P.15, 2011): “O motor, o afetivo, o cognitivo, a

pessoa, embora cada um desses aspectos tenha identidade estrutural e funcional

diferenciada, estão tão integrados que cada um é parte constitutiva dos outros... Uma

das consequências desta interpretação é que toda atividade humana sempre interfere

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em todos eles".

Acredito que atualmente é inevitável não considerar a tecnologia no processo de

ensino-aprendizagem como grande aliada, como uma ferramenta que está à disposição

dos alunos e professores e que deve ser utilizada como facilitadora desse processo.

Porém, depois de ter tido essa experiência como tutora, ratifico minha intuição de que

somente o uso da tecnologia não é garantia de um curso eficaz e eficiente. A presença

física do professor e dos colegas, os encontros presenciais ainda são de suma

importância nesse processo. Portanto, para continuidade do curso Pró-Administração

seria importante considerar os apontamentos decorrentes desta investigação para que

se mantenha este formato semipresencial, no qual o aluno tem acesso e conhece as

inovações tecnológicas que estão disponíveis no mercado, mas sem deixar de trocar

experiência e conhecimento de forma pessoal, tendo a oportunidade de um contato

face a face com os professores.

A investigação que desenvolvi aliada à minha fundação de tutora e pesquisadora

no curso Pró-Administração, trouxe-me muitas aprendizagens:

- No processo ensino-aprendizagem, as relações interpessoais são de

extrema importância: relações agradáveis, prazerosas, respeitosas aumentam o

comprometimento com o curso.

- Quando isso acontece, tanto professores como alunos sentem-se

gratificados e se envolvem mais fortemente com as atividades.

- Especificamente no processo tutorial, a relação tutor aluno e professor

envolve também habilidades de relacionamento interpessoal como habilidades para

aproximar o aluno do conteúdo e dando feedback a alunos e professores.

- O feedback é instrumento para mostrar ao aluno o interesse dos

integrantes do curso na realização das atividades bem como balizar o trabalho do

professor.

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- O trato com a diversidade de alunos de uma turma não é fácil, porém é

uma habilidade que pode ser aprendida, habilidade essencial para promover o

desenvolvimento de todos e não deixar nenhuma aluna sentir-se invisível para o

professor.

Essas aprendizagens foram muito significativas e me mobilizam para novos

estudos que ofereçam subsídios para formação de professores de curso superiores de

Administração, de forma que esses sejam produtivos para si e para sociedade.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ANEXOS

Anexo 1

Exemplo: Módulo 1 – Ciclo 1

Objetivo

Profissão professor: exigências atuais.

Ser professor na contemporaneidade.

Apresentar aos alunos o campo da docência no Ensino Superior.

Conteúdo Web

Atividades

[12/05] Domingo: Disponibilização do material de leitura semanal e do estudo

de caso (12/05 a 17/05).

M1A – Ser Professor no Ensino Superior – L. e V.

Versão formato 2

M1B – Questionário (F) – Questionário sobre o texto.

M1C – Vídeo sobre o tema – Professor em sala de aula: e o aluno, como

fica?

M1D – Jadwiga Mielzynska – A construção e a aplicação de questionários na

pesquisa em Ciências Sociais

Versão formato 2

M1E – Questionário (F) – Jadwiga – Questionário sobre o texto de Jadwiga

Mielzynska.

[18/05] Presencial. Materiais das atividades abaixo.

Manhã:

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M1F – Vídeo – Discussão sobre o vídeo.

Apresentação de temas relacionados ao texto.

Apresentação de ppt referente a Ser Humano hoje: contribuições da

Formação e da Pesquisa – Professora V. P.

Dúvidas sobre os textos estudados previamente.

Tarde:

M1G – Montar roteiro de caracterização de professor/professor de

Administração – Atividade em grupo – Roteiro inicial de pesquisa.

[24/05] Até Sexta: levantar questões para a pesquisa, se organizar para a

coleta. Escrever questões relacionadas a características, atuação e relacionamento de

um bom professor de Administração.

Roteiro de pesquisa: Arquivo que foi trabalhado durante a aula

Wiki – espaço para discussão do roteiro de pesquisa

M1H – Upload de arquivo (F) – Escrever no Word e fazer upload.

Exemplo: Módulo 1 – Ciclo 2:

Objetivo

Evidenciar que a profissionalidade e, portanto, a formação identitária se

constituem, em grande parte, nas situações de trabalho.

Conteúdo Web

Atividades

[26/05] Domingo: Disponibilização do material de leitura semanal e do estudo

de caso (26/05 a 08/06).

M2A – Ser Professor no Ensino Superior – Laurinda Ramalho de Almeida e

Vera Maria Nigro de Souza Placco – A construção da profissionalidade docente. (Texto

base do curso. Reler parte indicada – A construção da profissionalidade docente)

M2B – Profissionalidade Docente em Análise – Especificidades dos Ensinos

Superior e Não Superior – Maria do Céu Roldão

M2C – Questionário sobre o texto de Maria do Céu Roldão

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M2D – Saberes Profissionais dos Professores e Conhecimentos

Universitários – Maurice Tardif

M2E – Questionário sobre o texto de Tardif.

M2F – Upload de arquivo – escrever o Memorial no Word e fazer upload.

[08/06] Sábado Presencial. Material das atividades abaixo.

Manhã:

Discussão e dúvidas sobre os textos lidos.

Apresentação de ppt sobre os textos lidos (T. e M. do C.) (L.)

Discussão sobre os memoriais

Tarde:

Na construção da Profissionalidade Docente, pontos importantes a discutir se

referem às dificuldades como professor, situações que estimulam ou desestimulam.

M2G – A atividade da tarde composta de três partes:

Parte A) (1) Cada um individualmente indica 3 situações nas quais sentiu (ou

pensa que poderá sentir) dificuldades como professor de curso superior de

administração; (2) Quais as situações que estimulam/poderiam estimular como

professor de administração ou disciplinas para o curso de administração; (3) Quais

situações que desestimulam/ou poderiam desestimular como professor de

administração ou disciplinas para o curso de administração

Parte B) Discussões das resposta em grupo e agregação das mesmas;

Parte C) Discussão em sala (apresentação das respostas dos grupos) e

associação entre as respostas.

As dificuldades definidas como prioritárias em sala de aula foram:

Ambiente não-colaborativo (falta de colaboração entre os pares)

Dificuldade do professor transmitir o conhecimento – “fazer aprender”

Intolerância entre os alunos

Ministrar disciplina em que não domina o assunto

Falta de alinhamento curricular (integração horizontal e vertical)

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Falta de interesse dos alunos

Falta de homogeneidade de conhecimento por parte dos alunos

(nivelamento)

Dificuldade em fazer a relação entre teoria e prática

Cumprir com o cronograma

Insegurança do professor iniciante

Falta de apoio pedagógico/infraestrutura

Falta de respeito dos alunos com o professor

Como atividade, ficou definido que os alunos individualmente deverão

escolher uma dificuldade entre as apresentadas acima, pensar qual é a origem da

dificuldade escolhida (a origem pode ser determinada através de pesquisas em material

bibliográfico ou conversa entre pares) e então propor a solução. O aluno deverá postar

um arquivo, podendo se utilizar de texto, slides, filme ou qualquer outra forma para

apresentar a sua discussão, que deverá conter:

I) Dificuldade escolhida

II) Origem da dificuldade

III) Sugestão de solução para a dificuldade

[15/06] Até Sábado: Fazer a atividade mencionada em sala de aula (e

descrita acima) e depois postar o arquivo. O desenvolvimento da atividade é individual.

M2H – Upload de Arquivo

Exemplo – Módulo 1 – Ciclo 3:

Objetivo

Compreender a constituição identitária do professor e suas implicações no trabalho

docente.

Descrição/Ementa

Trabalhar o conceito de identidade, como contribuição para a

compreensão da constituição da docência.

Conteúdo Web:

Atividades

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[16/06] Domingo: Disponibilização do material de leitura semanal.

Ser Professor no Ensino Superior – Professoras L. R. de A. e V. P.

M3A – El concepto de identidad como aporte a la compresión de la

constitución de La docência – Professoras V. P. e V. S.

M3B – Questionário sobre o texto das professoras V. P. e V. S.

M3C – Those Who Understand: Knowledge Growth in Teaching – Lee S.

Shulman.

[22/06] Sábado – Presencial.

o Manhã:

Apresentação de temas relacionados ao ciclo anterior.

Apresentação de ppt. referente a L. Shulman (apresentação de L.

A.).

Discussão e dúvidas sobre o texto lido. Apresentação de tema

relacionado ao texto.

Apresentação de ppt. referente ao texto: P. e S. (apresentação de

V. P.).

o Tarde:

Discutir a aplicação dos Roteiros.

Discutir os dados já coletados.

Discussão sobre Casos de ensino.

[29/06] Até Sábado:

Elaborar casos de ensino e enviar em upload.

M3D – Upload de Arquivo

Para Julho – sugere-se a releitura dos textos, buscando relações com os

dados coletados.

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Exemplo – Módulo 1 – Ciclo 4:

Objetivo

Entender o desenvolvimento do curso de graduação em administração, os

diferenciais em relação a outras formações;

Visualizar as competências necessárias aos professores para o

desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem em Administração.

Tópicos

Visão geral do curso de Administração

o Histórico do Curso de Administração

o Estrutura do curso

o Perfil do egresso

o Perfil do professor

Gestão da Carreira Docente

O que é Currículo Lattes, Linkedin, Research Gate e outras redes sociais

Atividades

[28/07] Domingo: Disponibilização do material de pesquisa coletado.

M4A – Ensino de Administração

M4B – Questionário sobre o texto Ensino de Administração

M4C – Formação de Professores de Administração de Empresas –

Bresser Pereira

M4D – Fórum com questões sobre o texto Formação de Professores de

Administração de Empresas

M4E – Formação em Administração: o gap de competências entre alunos

e professores – Arnaldo Nogueira

M4F – Professores universitários: competências necessárias e exercidas

por docentes de cursos de administração de Minas Gerais – Yana Torres de Magalhães

M4G – Atividade sobre os textos de Arnaldo Nogueira e

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Yana Torres de Magalhães

[03/08] Presencial.

o Manhã

Discussão dos textos M4A e M4C e das atividades M4B e M4D,

focando os pontos de acordo com as respostas apresentadas por eles.

Apresentação das figuras desenvolvidas (M4G) e construção de

Mapa Conceitual (em grupo) das competências identificadas pelos alunos com

especificidades da área de Administração e apresentação dos mesmos.

Texto sobre Mapa Conceitual

Mapa Conceitual – Exemplo 1

Mapa Conceitual – Exemplo 2

o Tarde

Planejamento e Gestão da Carreira Docente (Discussão e

Construção de Agenda Docente).

Apresentação de ambientes virtuais relacionados: Curriculum

Lattes, Linkedin e Research Gate.

Início do planejamento da Carreira Docente (preenchimento de

estrutura).

[10/08] Até Sábado – Primeiras redações de análise.

o Desenvolvimento de planejamento da carreira, incluindo as competências

que gostaria de desenvolver, como pretende fazer isso e como o curso poderia ajudar o

aluno nesse processo.

M4H – Upload de Arquivo

o M4C – Formação de Professores de Administração de Empresas –

Bresser Pereira

M4I – Wiki – Atividade sobre o texto de Bresser Pereira

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o Preenchimento ou atualização do currículo Lattes; inserção nas redes

Linkedin e Research gate.

M4J – Envio dos links

Tabela com os links do Lattes e das redes.

Anexo 2

Respostas dos Questionários

1) Questionário

1. Por que você se interessou em participar deste curso?

Resposta: Principalmente por este módulo inicial. Pela proposta de discutir o que é ser

professor no ensino Superior e “preparar os profissionais para atuarem com o processo

de docência na contemporaneidade”.

2. Quais foram suas expectativas ao iniciá-lo?

Sendo formada na área de Ciências Sociais aplicadas, a maior expectativa era como

conciliar a proposta do curso com a minha formação.

3. Estas expectativas estão agregando a sua prática?

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Certamente. Hoje consigo ter claramente em minha mente a importância de se

entender o que é ser professor e como devo enxergar a profissão de docente.

4. Descreva as características de sua relação com:

a) seus alunos: companheirismo e acompanhamento contínuo do aprendizado.

b) os colegas: companheirismo e colaboração.

c) com o conteúdo do curso: comprometimento e responsabilidade.

5. O que mais o aproxima de seus colegas?

A necessidade de colaboração entre as partes. Seja em reuniões ou em sala dos

professores.

6. O que mais o distancia de seus colegas?

A falta de tempo em dialogarmos outros alunos extra prática de docência.

7. O que mais o aproxima de seus professores?

Desafios impostos por estes em sala de aula e didática voltada para os alunos.

8. O que mais o distancia de seus professores?

Falta de tempo para aplicarmos os conhecimentos abordados em sala de aula.

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9. Que sentimentos neste momento do curso você experimenta em relação:

a) ao grupo classe: excelente turma. Comprometida e responsável.

b) aos professores: receptivas, atenciosas, carinhosas e conhecedoras profundas dos

assuntos abordados.

c) a colegas: companheirismo e com ótimo senso de humor.

10. O que você mais gosta no curso?

Dos temas abordados pelas professoras L. e V. Nos leva a reflexão e a discussão

construtiva. Certamente sentirei falta no segundo módulo!

E da hora do café: momento de descontração e de colocar o papo em dia!

11. O que você menos gosta no curso?

Algumas vezes (poucas vezes, claro) as discussões sobre os temas abordados em sala

de aula, não condizem com a proposta inicial. Acabamos perdendo o foco.

12. Descreva um momento particularmente significativo do curso.

Na primeira aula: todos puderam se apresentar e expor um pouco de si. De forma

discreta falamos e rimos sobre alguns vícios e práticas de alguns alunos. Isso nos

aproximou!

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2) Questionário

1. Por que você se interessou em participar deste curso?

Faltavam-me técnicas de didática e conhecimento de curso EAD.

2. Quais foram suas expectativas ao iniciá-lo?

Conseguir suprir as deficiências da questão anterior.

3. Estas expectativas estão agregando a sua prática?

Sim, já consigo ver melhoras nas minhas aulas.

4. Descreva as características de sua relação com:

a) seus alunos [fora do curso]: procure fazer uma relação honesta e profícua com os

alunos.

b) os colegas [do curso]: temos uma gama interessante de colegas, isso torna o debate

mais rico, na maioria dos casos, mas muitas vezes também se centraliza em assuntos

que não agregar conhecimento; e

c) com o conteúdo do curso: ainda tenho alguma dificuldade no cumprimento dos

prazos, não por falha da dinâmica do curso, mas por minha falta de entendimento do

curso EAD (mesmo sendo semipresencial). Acho que só agora consegui me encaixar

nessa dinâmica.

5. O que mais o aproxima de seus colegas?

A experiência em sala de aula e suas expectativas na carreira.

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6. O que mais o distancia de seus colegas?

Como relatei, a tratativa de assunto muito distantes do objetivo do curso, experiências

pessoais que não agregam valor aos demais.

7. O que mais o aproxima de seus professores?

Seriam muitos itens a relacionar, entretanto a experiência acadêmica; a oferta aberta

das técnicas didáticas e possibilidade de um contato mais próximo fora do curso,

certamente pesou muito.

8. O que mais o distancia de seus professores?

A minha falta de tempo e adequação à dinâmica do curso semipresencial, mas também

como relatei, parece-me que as barreiras estão sendo transpassadas com menos

dificuldade agora.

9. Que sentimentos neste momento do curso você experimenta em relação:

a) ao grupo classe;

b) aos professores; e

c) a colegas

10. O que você mais gosta no curso?

Não houve nada que causou sensação negativa no curso. Acho que ainda vai melhorar

muito minhas aptidões como docente e pesquisador.

11. O que você menos gosta no curso?

Alguns 'debates' levaram a dispersão, tenho comigo que a amabilidade e fineza das

professoras não foram compreendidas por alguns colegas. De todo modo, isso também

me ocorre, logo faz parte de tratar com um grupo tão heterogêneo como nosso.

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12. Descreva um momento particularmente significativo do curso.

Algumas conversas com as professoras, me 'clareou' a pesquisa do tema da

monografia do final do curso. Com a fala da professora decide que meu trabalho

orbitará sobre: curso de administração por EAD: autorregulação do aluno; qualificação

especial do docente e as novas tecnologias de mediação.

3) Questionário

1. Por que você se interessou em participar deste curso?

Desde que comecei a lecionar, em 2010, estou incomodado com minha formação.

Estava muito interessado em voltar a estudar. Decidi “investir” um pouco mais na vida

acadêmica e me inscrevi para o PPGA-USP. Passei na prova da ANPAD e consegui

índice para fazer o doutorado, no entanto meu projeto não foi aceito. O coordenador no

PPGA me informou que como não tinha nenhuma publicação e nenhum histórico

acadêmico, seria muito difícil conseguir ser aceito no mestrado.

Algum tempo depois, fiquei sabendo deste curso através de outra fonte

(administradores.com) achei que viria bem ao encontro do que eu procurava e decidi

fazê-lo já com os olhos no mestrado.

2. Quais foram suas expectativas ao iniciá-lo?

Por mais estranho que possa parecer, não tinha grandes expectativas no início do

curso. Imaginava que iria receber algumas informações relacionadas à didática que eu

ainda não possuía e que certamente iria fazer muitos contatos com outros professores

o que iria enriquecer meus conhecimentos através da troca de experiências.

3. Estas expectativas estão agregando a sua prática?

Essas do início não. Vi outras coisas que agregaram muito mais.

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4. Descreva as características de sua relação com: a) seus alunos; b) os colegas;

c) com o conteúdo do curso.

a) costumo estabelecer uma relação de amizade muito forte com os alunos. Tento

construir isso e sinto que é recíproco.

b) minha relação com meus colegas professores é tão incipiente que é quase

impossível de atribuir características. O contato é sempre superficial e efêmero.

c) não sei se entendi bem, mas se sim entendo que esta questão C trata muito mais do

curso (Docência em ADM). Assim as características da minha relação com o curso são:

interesse, curiosidade, formação.

5. O que mais o aproxima de seus colegas?

(Ainda no curso Docência em ADM) O que mais me aproxima são as relações de

amizade que construí e procuro manter ao longo do tempo.

6. O que mais o distancia de seus colegas?

Não sei. Talvez o nível de interesse que é diferente em cada um e acaba criando

alguns nichos e “guetos”.

7. O que mais o aproxima de seus professores?

A Habilidade que eles possuem em prender minha curiosidade.

8. O que mais o distancia de seus professores?

A sensação que eles estão perdidos ou que são indiferentes a mim e aos colegas.

9. Que sentimentos neste momento do curso você experimenta em relação: a) ao

grupo classe; b) aos professores; c) a colegas

a) amizade, alegria

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b) admiração, interesse, afinidade.

c) amizade, alegria

10. O que você mais gosta no curso?

Os encontros presenciais e a cumplicidade e “intimidade” que construímos.

11. O que você menos gosta no curso?

O caráter experimental. Por conta da característica vanguardista do curso, percebemos

os professores muitas vezes perdidos/desorientados o que gera atividades repetidas.

12. Descreva um momento particularmente significativo do curso.

A aula em que estudamos o texto do Prof. Bresser foi particularmente significativa para

mim, pois percebi que minhas angústias estão presentes no curso de ADM há mais de

40 anos.

Outro momento foi uma conversa com a prof. V. que me deixou em dúvida se farei o

mestrado na USP ou na FGV.

Outro, ainda capaz de suprimir o anterior, o último encontro com o Prof. Arantes onde

pude pensar a possibilidade de fazer o mestrado no exterior.

4) Questionário

1. Por que você se interessou em participar deste curso?

Como já atuava como docente buscava por um curso em que pudesse me especializar

na área. Não havia encontrado nada tão específico, então quando encontrei foi uma

satisfação muito grande.

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2. Quais foram suas expectativas ao iniciá-lo?

Como minha formação é em Administração minha maior expectativa era absorver

conteúdos e experiências no que dizia respeito a metodologias e práticas pedagógicas,

já que até então atuava de forma instintiva.

3. Estas expectativas estão agregando a sua prática?

Em absoluto, cada aula é de suma importância na prática. Consegui durante todo o

curso aplicar conhecimentos e técnicas em minhas aulas.

4. Descreva as características de sua relação com:

a) seus alunos: Já foi mais distante, mas me dei conta da importância da afetividade.

Hoje a relação é de limites (trabalho somente com adolescentes), porém de respeito e

amizade. (Endurecer, porém sem perder a ternura!).

b) os colegas: Com os colegas de trabalho em sua maioria superficial exceto com

alguns colegas mais próximos. Quanto a relação com os colegas de sala é muito boa,

porém acredito que em virtude dos encontros espaçados não temos tempo para

maiores aproximações. Gostaria de manter contato próximo com vários deles mesmo

após o término do curso.

c) com o conteúdo do curso: Relação de entusiasmo pois fico aguardando alguns

tópicos ansiosa, pois sei que necessito do mesmo e vou poder colocar os mesmos em

prática quase que imediatamente.

5. O que mais o aproxima de seus colegas?

A troca de experiências e a empatia gerada entre nós desde o início.

6. O que mais o distancia de seus colegas?

A distância física é um fator importante e a falta de tempo para conversarmos sobre

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assuntos aleatórios e às vezes pessoais.

7. O que mais o aproxima de seus professores?

Perceber que são pessoas admiráveis e acessíveis.

8. O que mais o distancia de seus professores?

Intimidação. Falta de afinidade. Vale ressaltar que não enfrento problemas dessa

natureza no momento.

9. Que sentimentos neste momento do curso você experimenta em relação:

a) ao grupo classe: Amizade. Companheirismo.

b) aos professores: Admiração. Respeito. Gratidão

c) a colegas: Vontade de estreitar os laços.

10. O que você mais gosta no curso?

Das aulas presenciais pois são transmitidos ótimos conceitos e experiências muito

ricas.

11. O que você menos gosta no curso?

Dos textos muito extensos e dos questionários que não permitem muita interpretação.

Muitas das respostas são dadas na íntegra.

12. Descreva um momento particularmente significativo do curso.

São vários. Desde o momento das apresentações. Fiquei encantada, todos os

professores foram extremamente receptivos e simples, embora tivessem motivos para

não o ser se quisessem.

Quando a professora V. contou a sua origem do interior e que não imaginava poder ter

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ido até onde chegou antes. Identifiquei-me muito com este ponto também, pois minha

história é parecida.

Quando ficou claro que temos de ter a certeza de quem somos e do que viemos fazer

bem claros em nossa mente, pois somente assim não nos abalamos. A segurança no

que somos e o que viemos fazer nos torna mais fortes e melhores profissionais.

O conceito abordado sobre os sistemas de avaliação utilizados e suas implicações

mudou o conceito de uma vida toda (interpretação como aluna e como docente).

A troca de experiências entre os colegas também promove grande satisfação.

5) Questionário

1. Por que você se interessou em participar deste curso?

R: Eu quis participar deste curso por um projeto (antes adiado e agora se fortalecendo)

que tenho: o de dar aulas. É um objetivo que sempre tive e que sempre me deu prazer

na escola, na faculdade.

2. Quais foram suas expectativas ao iniciá-lo?

R: As minhas expectativas foram as mais altas possíveis. Eu, desde o início, saio das

aulas, depois que acabo um texto, finalizo um questionário, com vontade de começar,

de planejar minhas aulas, de querer fazer a diferença para os alunos.

3. Estas expectativas estão agregando a sua prática?

R: Ainda não, pois ainda não leciono. Mas já estou em contato com duas universidades

para participar das aulas primeiramente como professor ouvinte.

4. Descreva as características de sua relação com: a) seus alunos; b) os colegas;

c) com o conteúdo do curso – ainda não leciono.

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5. O que mais o aproxima de seus colegas?

R: A mesma vontade de fazer a diferença na Educação do Brasil.

6. O que mais o distancia de seus colegas?

R: O fato de não ser docente ainda.

7. O que mais o aproxima de seus professores?

R: A vontade de extrair mais e mais conteúdo, a curiosidade de estar sempre disposta a

aprender novos conceitos, novos modos de lecionar.

8. O que mais o distancia de seus professores?

R: Acredito que o fato de ainda não lecionar, pois ouvimos muitos depoimentos,

exemplos dos alunos e professores com relação a experiência deles com alunos.

9. Que sentimentos neste momento do curso você experimenta em relação:

a) ao grupo classe – sentimentos de coleguismo, de união. Onde todos juntos

buscamos o mesmo objetivo.

b) aos professores – sentimentos de carinho, de mestre, de pessoas que estão 100%

engajadas para lecionar e dispostas a ajudar no que for preciso.

c) a colegas – sentimentos de carinho, de amizade, de pessoas que estão juntas para

aprender, ensinar e aperfeiçoar.

10. O que você mais gosta no curso?

R: Gosto muito dos textos, dos debates, das experiências vividas.

11. O que você menos gosta no curso?

R: Não gosto só de uma coisa, mas que já estou trabalhando para melhorar. Com a

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minha vergonha. Vergonha de expor minhas ideias, de falar na frente de todos, de um

dia falar algo errado.

12. Descreva um momento particularmente significativo do curso.

R: O show-aula do Prof. João Arantes! Conteúdo importante, aula dinâmica, todos

interagindo. Um exemplo – fora do nosso contexto – que vou levar para minhas aulas.

6) Questionário

1. Por que você se interessou em participar deste curso?

Porque possuo grande interesse em ser docente em administração de empresas e

adquirir conhecimentos para ser o melhor docente em administração.

2. Quais foram suas expectativas ao iniciá-lo?

Adquirir conhecimento e realizar networking entre os colegas da sala.

3. Estas expectativas estão agregando a sua prática?

Sim, recentemente consegui oportunidade em docência em administração e tal item só

foi possível devido o curso.

4. Descreva as características de sua relação com:

a) seus alunos – É aberto e o curso orientou-me a mesclar a teoria com a prática e há

regras claras em relação ao item professor/aluno.

b) os colegas – É mútuo, realizamos trocas de experiências e networking.

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c) com o conteúdo do curso – Estou totalmente motivado com o curso, aplicando na

prática a teoria que foi exposta pelos docentes.

5. O que mais o aproxima de seus colegas?

Aulas presenciais e trabalhos em grupo.

6. O que mais o distancia de seus colegas?

Aulas presenciais sem atividades em grupo.

7. O que mais o aproxima de seus professores?

Dinâmicas e debates em sala de aula.

8. O que mais o distancia de seus professores?

Falta de dinâmicas e debates em sala de aula.

9. Que sentimentos neste momento do curso você experimenta em relação:

a) ao grupo classe – Grupo unido e participativo.

b) aos professores – Docentes qualificados e que auxiliam no desenvolvimento e

assimilação dos assuntos tratados para com os alunos.

c) a colegas – Participativos, pró-ativos e democráticos.

10. O que você mais gosta no curso?

O que eu mais gosto é o conhecimento que estou adquirindo, bem como o networking e

a troca de experiências entre os docentes e colegas da sala.

11. O que você menos gosta no curso?

Deveria haver uma maneira do Moodle informar aos alunos a relação de pessoas de

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cada grupo a cada módulo. Este item é confuso, uma vez que quando há uma atividade

em grupo, no Moodle não sabemos ao certo quais são os integrantes que compõem o

grupo pois na aula inicial havia um grupo pré-estabelecido.

12. Descreva um momento particularmente significativo do curso.

Para mim, todos os momentos foram significativos, mas o que mais me marcou foi a

aula com o Professor Domingos Fernandes.

7) Questionário

1. Por que você se interessou em participar deste curso?

O interesse em participar do curso foi em conhecer novas metodologias, realizar

reflexões sobre a docência, trocar experiências, validar algumas convicções próprias,

realizar um diagnóstico de meu desempenho como docente.

2. Quais foram suas expectativas ao iniciá-lo?

Minhas expectativas foram ótimas, pois verificando a experiência do corpo docente e o

plano de aulas, verifiquei que agregaria muito para a atividade docente e para o

crescimento pessoa, tive a percepção no início que iria aprender e refletir sobre muitos

conceitos que até então havia desenvolvido por erros e acertos.

3. Estas expectativas estão agregando a sua prática?

O curso está superando minhas expectativas, a cada dia tenho mais confiança em

desenvolver a atividade docente. O que antes eu praticava somente por imaginar que

estava correto, agora pude confirmar pelos estudos e atividades que estamos

realizando, bem como incorporei novas práticas e tenho buscado excluir de meu modo

de lecionar os comportamentos que não agregam valor para meu desempenho.

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4. Descreva as características de sua relação com: a) seus alunos; b) os colegas;

c) com o conteúdo do curso.

Avalio constantemente a relação com os alunos, percebo que tenho dado ênfase

também a afetividade, procurar interagir com os alunos, sobre suas carreiras, suas

angústias pessoais, sobre o futuro de cada um e passei a entender melhor por que

cada aluno se comporta de determinadas formas. O convívio com os colegas do curso

está muito rico, acredito que estou aprendendo com cada um, apesar de boa parte da

turma ainda não lecionar, possuem um perfil e reflexões muito ricas para a atividade

docente.

5. O que mais o aproxima de seus colegas?

Os debates em sala de aula e a troca de informações nos intervalos

6. O que mais o distancia de seus colegas?

O ambiente on-line

7. O que mais o aproxima de seus professores?

Os debates em sala de aula e a troca de experiências e informações nos intervalos das

aulas presenciais.

8. O que mais o distancia de seus professores?

O ambiente on-line, falta de um fórum de discussão on-line em tempo real nas semanas

em que não temos aulas presenciais.

9. Que sentimentos neste momento do curso você experimenta em relação: a) ao

grupo classe; b) aos professores; c) a colegas?

Para mim está sendo um divisor de águas, me sinto muito à vontade com os

professores e com a turma toda, o ambiente de aula é muito motivador, mesmo depois

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de uma semana cheia de trabalho. A seriedade e afetividade dos docentes são

contagiantes, fazem com que você se cobre para dedicação ao curso.

10. O que você mais gosta no curso?

Dos assuntos que estamos estudando e discutindo, do corpo docente muito qualificado,

empenhado e interessado em transmitir conhecimento e nos transformar, da

flexibilidade das tarefas on-line e da alternância das aulas presenciais.

11. O que você menos gosta no curso?

Curto tempo para realizar as atividades (digo no meu caso que tenho a agenda bem

atribulada), gostaria de poder ler os textos de uma forma mais tranquila.

12. Descreva um momento particularmente significativo do curso.

Vários momentos me marcaram no curso, especialmente os momentos que debatemos

sobre os textos. Um dos momentos significativos no curso foi a reflexão que realizamos

na aula 31/08 sobre afetividade. Foi um momento em que pude realizar diversas

reflexões sobre minha atuação como docente e identificar práticas e comportamentos

que posso adotar para melhorar minha liderança e influência sobre os alunos,

melhorando assim meu desempenho como docente.

8) Questionário

1. Por que você se interessou em participar deste curso?

Porque buscava algo diferente das teorias administrativas apresentadas nos cursos de

pós- graduação regulares e no mestrado, buscava algo pedagógico que melhorasse

minha didática em sala de aula.

2. Quais foram suas expectativas ao iniciá-lo?

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Melhora da didática em sala de aula, novos métodos de ensino e a compreensão sobre

o perfil dos alunos de hoje.

3. Estas expectativas estão agregando a sua prática?

Sinto-me mais próxima dos alunos, sinto-me mais confiante em sala de aula e menos

intimidada pelos alunos mais exaltados (antes eu simplesmente cedia a pressão, agora

sinto-me mais confiante para agir com firmeza). Tenho buscado maior interatividade em

sala de aula, com auxílio de materiais diversos (recursos audio-visuais, textos, estudos

de casos, debates), indo além de matéria na lousa e explicação teórica.

4. Descreva as características de sua relação com: a) seus alunos; b) os colegas;

c) com o conteúdo do curso.

Maior empatia com os alunos e com os colegas. Sinto-me mais preparada em relação

ao conteúdo do curso. Antes, mesmo com cinco anos de carreira docente, me sentia

deslocada e imatura, frente aos demais colegas. Sei de minhas limitações e ainda sinto

alguma dificuldade em debater temas que não fazem parte do meu cotidiano (como

economia e política), mas não me sinto mais um peixe fora d’água.

5. O que mais o aproxima de seus colegas?

Compartilhar conhecimento e técnicas que venho aperfeiçoando ao longo deste curso.

6. O que mais o distancia de seus colegas?

A falta de tempo para este tipo de discussão, pois temos várias atividades de pré-aula

que dificulta aquele papo de café.

7. O que mais o aproxima de seus professores?

Fascinação. Eles são fantásticos e quero ser assim quando eu crescer.

8. O que mais o distancia de seus professores?

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Falta de tempo, pois os intervalos são curtos e não temos oportunidade pós-aula.

9. Que sentimentos neste momento do curso você experimenta em relação: a) ao

grupo classe: Classe bem interativa busca relacionar-se fora do ambiente escolar;

b) aos professores: sábios com vasto conteúdo tenho aprendido muito com eles;

c) a colegas: networking sempre é importante.

10. O que você mais gosta no curso?

A dinâmica em sala de aula.

11. O que você menos gosta no curso?

A distribuição das tarefas na semana, pois com a mudança do módulo, temos

geralmente dois textos para leitura e exercícios numa única semana, sobrecarregando

a semana de abertura do módulo.

12. Descreva um momento particularmente significativo do curso.

A inclusão de professores novos, a inserção de workshops.

9) Questionário

1. Por que você se interessou em participar deste curso?

Porque tenho interesse na carreira acadêmica. Como no passado recente tive uma

experiência como professor substituto na UFS, naquele momento percebi algumas

deficiências minhas que somente uma especialização focada em docência poderia

mitigar meus gaps e abrir meus horizontes.

2. Quais foram suas expectativas ao iniciá-lo?

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Estava e estou muito entusiasmado com as minhas possibilidades na carreira docente.

É a Meta e o Objetivo número 1 na minha vida. Minhas expectativas ao iniciá-lo eram

de erradicar minhas inseguranças em sala de aula na época em que tive a experiência

de professor substituto na UFS.

3. Estas expectativas estão agregando a sua prática?

Sim. Mentalmente já elaborei muitas possibilidades de prática.

4. Descreva as características de sua relação com: a) seus alunos; b) os colegas;

c) com o conteúdo do curso.

Em relação aos alunos: Empenho e preocupação na passagem do conhecimento.

Em relação aos colegas: Aproveitar a troca de experiência.

Em relação ao conteúdo: Empenho na preparação da aula, na pesquisa.

5. O que mais o aproxima de seus colegas?

A troca de experiências. Temos muitos colegas com as mais diversas experiências no

qual procuro absorver um pouco de cada um.

6. O que mais o distancia de seus colegas?

O não compartilhamento, a troca de experiências.

7. O que mais o aproxima de seus professores?

A disponibilidade de todos eles, o vasto conhecimento e experiência e o carinho, o real

interesse e preocupação com o nosso Ser Professor.

8. O que mais o distancia de seus professores?

A não disponibilidade.

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9. Que sentimentos neste momento do curso você experimenta em relação: a) ao

grupo classe; b) aos professores; c) a colegas.

Em relação ao grupo: É um grupo bastante coeso quanto aos objetivos.

Em relação aos professores: que aproveitei ainda muito pouco, que posso aproveitar

melhor e muito mais de toda a bagagem deles.

Em relação aos colegas: que possuo colegas onde posso trocar experiências e network

para oportunidades.

10. O que você mais gosta no curso?

Os debates presenciais.

11. O que você menos gosta no curso?

Creio que são as atividades Online que às vezes parecem desencontradas ou por faltar

algo a mais que aglutine o grupo e promova o debate.

12. Descreva um momento particularmente significativo do curso.

Vários são os momentos, mas creio que o principal foi no primeiro dia de aula. No

primeiro dia onde tivemos a apresentação de todos, do curso, como surgiu, onde se

pretende chegar. Meus olhos brilharam e percebi que estava no lugar certo. Tenho um

carinho muito particular com as professoras V. e L. Pessoas muito queridas e que

transmitem uma um grande conhecimento e segurança. As palestras com os

professores convidados também foram sensacionais. Sempre chego em casa com uma

novidade a contar para minha esposa.

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10) Questionário

1. Por que você se interessou em participar deste curso?

Para criar habilidade em docência, pois não tenho experiência na área.

2. Quais foram suas expectativas ao iniciá-lo?

Expectativa de trocas de experiências, ensinamentos, conceitos e táticas para

docência.

3. Estas expectativas estão agregando a sua prática?

Estão agregando aos meus conceitos para quando tiver oportunidade colocá-los em

prática.

4. Descreva as características de sua relação com: a) seus alunos; b) os colegas;

c) com o conteúdo do curso.

a) seus alunos: ainda não leciono.

a) os colegas: ainda não leciono.

c) com o conteúdo do curso: ainda não leciono.

5. O que mais o aproxima de seus colegas?

O que mais me aproximaria dos meus colegas seria a cumplicidade.

6. O que mais o distancia de seus colegas?

Falta de coleguismo e falta de cumplicidade.

7. O que mais o aproxima de seus professores?

A relação afetiva.

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8. O que mais o distancia de seus professores?

A falta de relação afetiva, vínculo.

9. Que sentimentos neste momento do curso você experimenta em relação: a) ao

grupo classe; b) aos professores; c) a colegas.

a) ao grupo: dispersos.

b) aos professores: coesos.

c) a colegas: falta de interesse, porém há união no grupo.

10. O que você mais gosta no curso?

Dos encontros aos sábados e as trocas de experiências.

11. O que você menos gosta no curso?

Não sei o que menos me agrada, sei o que gostaria que fosse diferente.

12. Descreva um momento particularmente significativo do curso.

Apresentação das professoras L. e V., todos os encontros são muito significativos para

mim.

11) Questionário

1. Por que você se interessou em participar deste curso?

Porque ele me dará oportunidade de conhecer, novos métodos e abordagens que

poderei utilizar em minha carreira como professor, já que sou iniciante, e também trocar

experiências com muitos outros professores, sem esquecer que tomo como base para

iniciar um projeto para inserção em um Mestrado.

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2. Quais foram suas expectativas ao iniciá-lo?

Poder conhecer novos métodos e maneiras de viver a prática docente.

3. Estas expectativas estão agregando a sua prática?

Estão sim, pude perceber que dentro das competências de um professor ainda preciso

aprimorar muitas, sendo que algumas já executo bem, apesar de ser um docente de

pouco tempo de carreira.

4. Descreva as características de sua relação com:

a) seus alunos: Procuro sempre estar antenado nas novas tecnologias e o que os

jovens estão fazendo em seu cotidiano para poder dentro de minhas fazer uma

correlação do cotidiano com o conteúdo, para poder prender a atenção deles.

b) os colegas: Minha relação com meus colegas é uma relação de aprendizado, já que

muitos foram meus professores, tento sempre que posso escutá-los para que eu possa

me desenvolver ainda mais em minha carreira, mais sem deixar de expor minhas

ideias.

c) com o conteúdo do curso: Sei que minha matéria é muito importante para o iniciante,

então minha intenção é que cada aluno possa utilizá-la nos próximos anos, por isso,

gosto sempre de ter um feedback deles.

5. O que mais o aproxima de seus colegas?

A possibilidade de ter exemplos das vivências de cada um.

6. O que mais o distancia de seus colegas?

A diferença de métodos, e porque prefiro estar mais próximo dos alunos.

7. O que mais o aproxima de seus professores?

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Vejo que não tive ainda muita proximidade com os professores.

8. O que mais o distancia de seus professores?

Acho que o pouco tempo de contato acaba distanciando um pouco.

9. Que sentimentos neste momento do curso você experimenta em relação:

a) ao grupo classe: São vivências em diversas áreas diferentes o que nos traz muita

bagagem e novas maneiras de enxergar uma certa situação.

b) aos professores: São pessoas que estimulam a consciência comportamental e nos

abrem os olhos para a percepção do que acontece dentro da educação a nossa volta.

c) a colegas: Sinto ainda um pouco distantes, mais por conta do pouco tempo de

contato, são pessoas que a meu ver buscam como eu o desenvolvimento na área

docente, uns mais aplicados, outros menos.

10. O que você mais gosta no curso?

A possibilidade de aprender com os exemplos dos outros colegas e dos professores,

acho que mais que a teoria isso enriquece muito.

11. O que você menos gosta no curso?

Acho que às vezes, o feedback dos questionários deveria ser mais rápido, sinto que às

vezes é muito denso, na questão de ler os textos e passar muito tempo discutindo

sobre eles, penso que poderia haver alguns trabalhos em grupos para poder

desenvolver este conteúdo.

12. Descreva um momento particularmente significativo do curso.

As palestras com os professores convidados foram sensacionais, quebra um pouco a

questão da aula e me parece render um pouco mais.

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12) Questionário

1. Por que você se interessou em participar deste curso?

Na verdade não sabia da existência e não fui atrás, recebi um e-mail informando que

estavam abertas as inscrições, e como me interessei pela possibilidade de fazer um

curso de formação pela USP e principalmente de graça, não pensei duas vezes. Já

dava aulas e veio bem a calhar.

2. Quais foram suas expectativas ao iniciá-lo?

As melhores possíveis e continuam assim, imagino ser um curso que fará a diferença

quando estiver em processo de seleção, acredito que o nível dos professores e os

temas abordados me tornarão um professor melhor do que sou hoje.

3. Estas expectativas estão agregando a sua prática?

Sim. Algumas coisas discutidas em aula ou exemplificadas pelos professores, já adotei,

ou tentei adotar. Eu esperava que fosse útil ao meu dia a dia como docente e está

sendo.

4. Descreva as características de sua relação com: a) seus alunos; b) os colegas;

c) com o conteúdo do curso.

Minha relação com os alunos acredito, que seja distante no tocante à vida pessoal

deles. Não tenho esta característica de querer saber nada do que acontece fora da

escola.

Com os colegas do curso é uma relação bem distante, apenas nos dias de reunião

presencial, e com os alunos que sentam perto.

Com o conteúdo do curso, tenho me identificado e aprendido muito, fico esperando

cada texto, cada discussão.

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4. O que mais o aproxima de seus colegas?

Assuntos pertinentes ao curso.

5. O que mais o distancia de seus colegas?

Pessoas que falam apenas na primeira pessoa, como se o curso fosse feito apenas

para ele e querem brilhar mais que os professores.

6. O que mais o aproxima de seus professores?

A capacidade deles em passar a matéria, e minha necessidade de aprender, de querer

saber.

7. O que mais o distancia de seus professores?

O intervalo de tempo entre as duas aulas presencias, afinal é o único momento em que

mantemos algum contato.

8. Que sentimentos neste momento do curso você experimenta em relação: a) ao

grupo classe; b) aos professores; c) aos colegas.

Não tenho problemas de convivência com ninguém, muito menos com os professores,

apenas alguns alunos que querem mais atenção que o necessário.

9. O que você mais gosta no curso?

Sem dúvida nenhuma, das aulas presenciais, onde discutimos temas interessantes.

10. O que você menos gosta no curso?

Da disponibilidade do material aos domingos, seria mais proveitoso que eles fossem

disponibilizados aos sábados.

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11. Descreva um momento particularmente significativo do curso.

A aula com o professor da Universidade de Lisboa. Foi poético, ter a presença de um

professor do berço da língua portuguesa.

13) Questionário

1. Por que você se interessou em participar deste curso?

Um de meus objetivos de carreira já era cursar especialização em docência do Ensino

Superior e surgiu essa oportunidade ímpar.

2. Quais foram suas expectativas ao iniciá-lo?

Foram muitas: entrar em contato com outras realidades, outras pessoas com

experiências diversas, fazer um curso na USP com professores da USP, era e é uma

grande expectativa.

3. Estas expectativas estão agregando a sua prática?

Em parte, pois ainda não leciono, mas em meu trabalho em atender alunos, consigo

visualizar através das experiências de meus colegas a dinâmica de sala de aula e o

processo de ensino-aprendizagem.

4. Descreva as características de sua relação com: a) seus alunos; b) os colegas;

c) com o conteúdo do curso.

A – Não tenho alunos.

B – Com os colegas: troca, respeito solidariedade e reciprocidade.

C – Curiosidade, expectativa, contribuição, Às vezes um pouco de frustração.

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5. O que mais o aproxima de seus colegas?

Os objetivos comuns, amor ao ensino e o desejo de aprender.

6. O que mais o distancia de seus colegas?

Somente a distância física e a experiência deles.

7. O que mais o aproxima de seus professores?

A forma respeitosa e de carinho com que nos tratam.

8. O que mais o distancia de seus professores?

Somente a distância física.

9. Que sentimentos neste momento do curso você experimenta em relação: a) ao

grupo classe; b) aos professores; c) a colegas.

Posso resumir as três opções em uma resposta: carinho, respeito, liberdade,

acolhimento e ainda a expectativa.

10. O que você mais gosta no curso?

As aulas presenciais.

11. O que você menos gosta no curso?

A distribuição das atividades.

12. Descreva um momento particularmente significativo do curso.

Até agora a primeira aula foi o que houve de mais marcante. Toda a expectativa em

relação aos professores e aos colegas, a recepção que tivemos foi muito bom!

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14) Questionário

1. Por que você se interessou em participar deste curso?

Eu me interessei porque estava fazendo o mestrado em administração e a linha de

pesquisa que eu estava atuando é Ensino de Administração.

2. Quais foram suas expectativas ao iniciá-lo?

Fiquei na expectativa e curiosa, mas é bem diferente do que eu já assisti em curso de

capacitação Docência – PCD que fiz na Uninove.

3. Estas expectativas estão agregando a sua prática?

Alguns temas são interessantes, e pretendo aplicar na prática.

4. Descreva as características de sua relação com:

a) seus alunos – ter mais interação.

b) os colegas – ainda existe a resistência.

c) com o conteúdo do curso – buscar novos conhecimentos.

5. O que mais o aproxima de seus colegas?

Procuro ter amizade com todos, sem distinção, e procuro conversar, e às vezes até

trocamos ideias dos conteúdos das disciplinas.

6. O que mais o distancia de seus colegas?

Tem alguns colegas que não gostam de trocar ideias, de dividir o conhecimento.

7. O que mais o aproxima de seus professores?

Eu sou muito dedicada ao que está ao meu alcance, e reconhecem o meu esforço.

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8. O que mais o distancia de seus professores?

9. Que sentimentos neste momento do curso você experimenta em relação:

a) ao grupo classe

Sentimento de amizade, gosto da turma.

b) aos professores

A maioria senti afinidade, amizade, são abertos para ouvir.

c) a colegas

Sentimento de amizade.

10. O que você mais gosta no curso?

Das palestras, são interessantes.

11. O que você menos gosta no curso?

Às vezes na parte da tarde quando se tem discussão dos textos acho que fica um

pouco repetitivo.

12. Descreva um momento particularmente significativo do curso.

Eu gostei da aula da profa. Camila, e também quando conheci a aula EAD, nunca tinha

tido esta experiência e estou gostando muito, porque faz o aluno estudar, só acho que

poderiam explorar mais a ferramenta EAD com vídeos para assistir, palestras, etc.

Muito interessante.

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15) Questionário

1. Por que você se interessou em participar deste curso?

Sendo professor há poucos anos, porém tendo expectativa de desenvolver uma carreira

como docente, entendo que o curso tem muito a agregar. Eu nunca havia parado para

estudar sobre a carreira de professor, e tem sido rica para mim a discussão em torno do

assunto.

2. Quais foram suas expectativas ao iniciá-lo?

As minhas expectativas eram de discutir os eventos ligados à carreira de professor, de

forma prática e objetiva, trocando bastante informação com os meus colegas

professores.

3. Estas expectativas estão agregando a sua prática?

Sim, porém de forma diferente do que eu havia previsto. Tenho tido muita informação

relevante, porém menos prática e mais conceitual sobre o exercício da profissão e das

formas de desenvolvimento dela.

4. Descreva as características de sua relação com: a) seus alunos; b) os colegas;

c) com o conteúdo do curso.

A minha relação com os meus alunos é muito franca e direta. Tenho uma forma de

tratá-los, que os coloca em pé de igualdade comigo, e acredito que isso seja bom. Em

relação aos meus colegas professores, eu não tenho muita interação na faculdade, pois

não há integração. Com o conteúdo do curso eu tenho bastante familiaridade, pois

reviso o Plano de Ensino todos os anos, e tenho liberdade total para alterá-lo da forma

que entender ser mais conveniente.

4. O que mais o aproxima de seus colegas?

Alguns momentos de convivência me aproximam dos meus colegas, principalmente na

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sala dos professores.

5. O que mais o distancia de seus colegas?

A julgar pela pergunta 6, eu agora não entendo se são os meus colegas professores na

faculdade em que leciono ou os colegas do curso do NPT. A pergunta 4,

aparentemente, misturou os 2 canais, e não estou entendendo mais nada... “Alunos” e

“Colegas” seriam a mesma coisa, na pergunta 4?

6. O que mais o aproxima de seus professores?

[Entendendo que se trata do curso do NPT] O fato de sermos professores.

7. O que mais o distancia de seus professores?

Os professores do NPT não são professores de administração, de forma que o

comportamento e as preocupações são muito diferentes. A própria forma de abordar os

problemas é diferente. Isso é muito enriquecedor.

8. Que sentimentos neste momento do curso você experimenta em relação: a) ao

grupo classe; b) aos professores; c) a colegas

A classe é ótima. Acredito que todos os alunos tenham idades semelhantes, na maioria

dos casos, e a formação da maioria também é a mesma (administração). Tais fatores,

de qualquer forma, acabam aproximando. Quanto aos professores, tenho muita

admiração. Tenho verificado que os professores são todos muito bons – tanto

tecnicamente quanto na condução das discussões em sala de aula. Com relação aos

colegas, tenho tido interações com diversos deles individualmente e todos têm se

mostrado muito abertos e receptivos.

9. O que você mais gosta no curso?

Gosto da mescla entre o virtual e o presencial. Acho que dá para explorar muita coisa

entre com a junção dos dois mundos e as duas formas de interação.

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10. O que você menos gosta no curso?

Acho que as discussões presenciais, em alguns momentos, acabam desviando de foco.

O fato de os temas serem muito amplos dá espaço para este tipo de coisa, que em

alguns momentos gera a falta de conexão dos alunos com a dinâmica da aula.

11. Descreva um momento particularmente significativo do curso.

R: Gostei da discussão do vídeo que fizemos no primeiro dia de aula. Acho que o

processo foi interessante e todos participaram muito. Naquele momento a discussão foi

longa, porém foi focada e houve muita troca de experiências.

16) Questionário

1. Por que você se interessou em participar deste curso?

Tenho um sonho, ser professor de ensino superior. Quando li sobre o curso meus olhos

brilharam, pois vi nele a oportunidade de me tornar uma profissional diferenciada.

2. Quais foram suas expectativas ao iniciá-lo?

Imaginei um curso mais participativo: apresentações individuais, aula a aula, seminários

realizados pelos alunos. Uma aula que desenvolvesse, também, a postura em sala de

aula, oratória e didática ao longo do tempo, aprendendo com os erros.

3. Estas expectativas estão agregando a sua prática?

Não estou praticando.

4. Descreva as características de sua relação com:

a) seus alunos

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Não leciono em universidade.

b) os colegas

Dinâmica, agregadora, troca de experiências, companheirismo.

c) com o conteúdo do curso.

Muito teórico, falta um debate mais participativo com levantamento de questões que

instiguem o debate e as perguntas construtivas, palestras dinâmicas e divertidas.

5. O que mais o aproxima de seus colegas?

A troca de conhecimento, a discussão dos textos não compreendidos muito bem, a

semelhança nos objetivos.

6. O que mais o distancia de seus colegas?

Ser fechado, pouco afável, não compartilha experiências.

7. O que mais o aproxima de seus professores?

A experiência, a doçura, o conhecimento, a didática, o saber conduzir uma aula.

8. O que mais o distancia de seus professores?

O rótulo, pois não vou falar para o professor que eu não compreendi o texto ou que

achei muito longo, muito teórico.

9. Que sentimentos neste momento do curso você experimenta em relação:

a) ao grupo classe

Excelente grupo, pessoas amáveis, sempre dispostas a ajudar. Quando tenho

problemas e dúvidas acadêmicas, lanço a dúvida no café da manhã e a ideia sai

fresquinha.

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b) aos professores

Uma relação de afeto, positiva, feliz.

c) a colegas

Feliz, satisfeita e às vezes desesperada (quando alguém diz que leu o texto errado)

10. O que você mais gosta no curso?

Das relações interpessoais, dos debates construtivos, das discussões informais no

café sobre temas levantados na aula.

11. O que você menos gosta no curso?

Às vezes sinto o curso um pouco cansativo.

12. Descreva um momento particularmente significativo do curso.

A palestra da última aula, 31.08, para mim foi a mais significativa. O modelo proposto

foi dinâmico. Todos participaram, as atenções se prenderam e aprendemos muitas

coisas novas e interessantes.

17) Questionário

1. Por que você se interessou em participar deste curso?

Interessei-me, pois quero seguir a carreira acadêmica. Surgiu a oportunidade ao

procurar um curso de Docência em Administração.

2. Quais foram suas expectativas ao iniciá-lo? Minhas expectativas começaram a

partir do primeiro contato com as professoras, durante a triagem do currículo,

agendamento da entrevista e a entrevista. Fiquei extremamente feliz em ser aprovada e

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imaginei que o curso seria muito mais voltado para quem já leciona. Isso me trouxe

uma apreensão, mas que diminuiu logo que notei que eu, mesmo sem lecionar ainda,

conseguiria acompanhar o curso. Ter professores conceituados e experientes foi um

diferencial.

3. Estas expectativas estão agregando a sua prática?

Sim, pois estou conseguindo começar a planejar a minha carreira acadêmica, sem pular

alguma etapa e percebendo como é na prática, com a troca de experiências entre os

alunos do curso e dos professores. Agregou principalmente no processo de decisão: só

me fez ter mais certeza do que quero fazer. As aulas voltadas à Psicologia da

Educação me cativaram.

4. Descreva as características de sua relação com:

a) seus alunos – ainda não leciono.

b) os colegas – com os colegas de curso: comunicação sempre presente, acolhimento,

troca de experiências, aprendizado, afetividade, respeito.

c) com o conteúdo do curso – assuntos que chamam a atenção e fazem com que tenha

vontade de aprender, me faz sentir capaz de ser professora, uma boa professora.

5. O que mais o aproxima de seus colegas?

A troca de conhecimento e as discussões sempre positivas sobre os mais variados

pontos de vista. São pessoas culturalmente interessantes.

6. O que mais o distancia de seus colegas?

Sinto que a distância maior acontece por eu não lecionar ainda.

7. O que mais o aproxima de seus professores?

Sem dúvida a curiosidade sobre tudo que eles podem me ensinar. Todos os

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professores, até agora, deixaram uma aproximação saudável. Fascinada pelas aulas

das professoras L. e V.

8. O que mais o distancia de seus professores?

Percebo que a única distancia que tenho com os professores acaba sendo apenas a

distância física.

9. Que sentimentos neste momento do curso você experimenta em relação:

a) ao grupo classe – alegria, comprometimento, atenção.

b) aos professores – conhecimento, afetividade, integração.

c) a colegas – alegria.

10. O que você mais gosta no curso?

Aprender sobre assuntos que não conhecia, como Psicologia da Educação e estar tão

próxima de colegas que já lecionam. A troca de experiências é tudo!

11. O que você menos gosta no curso?

Dos prazos curtos para entregar as tarefas, que deveriam ser maiores para podermos

ser mais criativos.

12. Descreva um momento particularmente significativo do curso.

O primeiro dia de aula, onde conseguimos uma sinergia muito boa. E também as aulas

das professoras V. e L., que em todas foi agregado assuntos muito bons e que farão a

diferença quando eu for professora.

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18) Questionário

1. Por que você se interessou em participar deste curso?

Procuro me aperfeiçoar na docência adquirindo conhecimentos e competências, que

não fizeram parte da minha formação acadêmica e profissional.

2. Quais foram suas expectativas ao iniciá-lo?

Adquirir conhecimentos relacionados a pedagogia.

3. Estas expectativas estão agregando a sua prática?

Estou mais atento a minha identidade como professor, ao relacionamento com os

alunos e a avaliação da aprendizagem.

4. Descreva as características de sua relação com: a) seus alunos; b) os colegas;

c) com o conteúdo do curso.

a. Reconhecimento, respeito.

b. Parceria, coleguismo.

c. Interesse, participação.

5. O que mais o aproxima de seus colegas?

Interesses comuns, nível cultural, profissão, etc.

6. O que mais o distancia de seus colegas?

Pontos de vista diferentes.

7. O que mais o aproxima de seus professores?

Interesse pelo assunto, identificação.

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8. O que mais o distancia de seus professores?

Falta de compreensão do assunto, identidade do professor.

9. Que sentimentos neste momento do curso você experimenta em relação: a) ao

grupo classe; b) aos professores; c) a colegas.

a. Motivação.

b. Dedicação.

c. Parceria.

10. O que você mais gosta no curso?

Encontros presenciais.

11. O que você menos gosta no curso?

Ambiente virtual.

12. Descreva um momento particularmente significativo do curso.

Houve vários, mais a palestra sobre avaliação, para mim, foi muito importante.

19) Questionário

1. Por que você se interessou em participar deste curso?

Tenho por objetivo iniciar minha carreira docente, no entanto, me sentia insegura em

relação à didática, domínio do grupo e postura em sala de aula. O curso de

especialização em Formação de Docentes para Administração atende ao meu objetivo

de carreira. Além disso, é gratuito, possui corpo docente de alta qualidade e certificação

USP.

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2. Quais foram suas expectativas ao iniciá-lo?

Senti que estava no grupo certo: uma turma heterogênea, uns com experiência

docente, outros buscando formação para tal, um grupo com faixa etária bem

diversificada e perfis com disposição para o “aprender”. Desde o primeiro dia, os

professores demonstraram muita dedicação e carinho pelo projeto do curso. Creio que

a aproximação aluno-professor no café deixou todos mais à vontade para participação

em sala de aula. As dinâmicas iniciais foram muito importantes, pois conhecemos os

professores de outros módulos. Minha expectativa dobrou já nas primeiras aulas, havia

um contexto favorável à aprendizagem.

3. Estas expectativas estão agregando a sua prática?

Sim, creio que minha postura profissional mudou. Hoje escuto mais a equipe e busco

atingir as metas por meio da exploração das habilidades de meus pares. Dou atenção

aos questionamentos e demonstro que acredito no potencial de trabalho do grupo.

Mudei meu método de orientação, sempre que possível evito a troca de e-mails e

oriento verbalmente. Busco trocar mais informações com o corpo docente da instituição,

com o objetivo de relacionar a aprendizagem do curso com o cotidiano de um professor.

4. Descreva as características de sua relação com:

a) seus alunos: embora não possua a vivência em sala de aula, hoje estou mais

motivada a procurar uma oportunidade na área docente, até mesmo, como professora

voluntária.

b) os colegas: tenho um perfil muito observador e com meus colegas busco ouvir mais

para aprender pela experiência que trazem da sala de aula que lecionam.

c) com o conteúdo do curso: até o momento tive afinidade com os textos e com os

conteúdos das aulas. São leituras rápidas e produtivas, pois tenho a sensação de poder

utilizar aquele conhecimento no meu dia a dia como professora.

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5. O que mais o aproxima de seus colegas?

As atividades e propostas do Moodle, principalmente a ferramenta Wiki. Acho que a

ferramenta Wiki poderia ser mais explorada pela equipe docente. Foi um grande desafio

utilizá-la, creio que exerci um papel de liderança buscando equalizar as ideias de cada

membro do grupo. Os momentos de café também serviram para uma aproximação e

identificação com os membros da turma.

6. O que mais o distancia de seus colegas?

A falta de propostas de discussões, debates e encontros no Moodle. Creio que o corpo

docente poderia ter incitado mais desafios para a resolução da turma.

7. O que mais o aproxima de seus professores?

A abertura para participação em sala de aula e o feedback das atividades realizadas.

8. O que mais o distancia de seus professores?

Discussões não orientadas em sala de aula (quando abrimos muito o assunto da

discussão e perdemos o foco). Outra possibilidade que causa a distância é a minha

insegurança em relação aos docentes, às vezes sinto dificuldade de estabelecer um

diálogo não relacionado com o conteúdo. Acho que poderíamos realizar algumas

dinâmicas e quebrar essa barreira, que, no meu ponto de vista, também é comum a

outros colegas.

9. Que sentimentos neste momento do curso você experimenta em relação:

a) ao grupo classe: neutralidade em função de um grupo misto, embora haja indícios da

formação de dois blocos, pretendo explorar o melhor desses dois grupos.

b) aos professores: respeito e admiração ao corpo docente qualificado, dedicado e que

trata com especialidade o projeto do curso.

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c) a colegas: meus colegas têm experiências profissionais diversas, nossas conversas

atingem as atividades em sala de aula e o cotidiano pessoal de cada um. Possuo

confiança nessas pessoas e alegria ao encontrá-las aos sábados.

10. O que você mais gosta no curso?

As aulas presenciais de apresentação do conteúdo, momento em que temos o contato

com o professor. As referências e citações das professoras V. e L. me inspiram a ler, o

carinho que demonstra pelo grupo e pelo projeto da professora Adriana me faz sentir

especial e, claro, a praticidade do professor Dutra com a inserção da tecnologia torna o

curso atual. Admiro a dedicação da Liliane em acompanhar as aulas e atividades

online, estou no aguardo de uma visita do professor Euro. Além disso, a Camila

apresentou um conteúdo que esclareceu dúvidas que tinha sobre minha carreira

profissional. Admiro o melhor de todos!

11. O que você menos gosta no curso?

O prazo de realização das atividades do Moodle, poderíamos ter um tempo maior para

concluir as tarefas. A falta de desafios nas atividades, creio que ler e responder

questionários tornaram -se uma rotina neste ciclo. A falta de uma avaliação comentada

dos tutores online sobre as atividades de texto.

12. Descreva um momento particularmente significativo do curso.

O primeiro dia de aula foi muito significativo. Saí da sala de aula feliz por ter sido

contemplada como aluna do projeto. Conhecer os professores, a turma, as práticas

realizadas, o projeto do curso, etc., superou minhas expectativas. Percebi que houve

uma preocupação em organizar o primeiro dia de aula e me senti pertencente ao

projeto. Fui para casa com a sensação de que o sucesso de todo o projeto também

depende da minha dedicação.

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Anexo 3:

Pró- Administração

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Referente a pesquisa com o título: " FORMAÇÃO CONTINUADA PARA

PROFESSORES E ASPIRANTES À DOCÊNCIA NO CURSO SUPERIOR DE

ADMINISTRAÇÃO EM FOCO A AFETIVIDADE

O objetivo da pesquisa, que tem como pesquisadora, Liliane Bonfim de Mouras, é

investigar a formação continuada dos professores e aspirantes à docência de cursos

superiores de Administração. Como parte desse estudo, serão aplicados questionários

com voluntários que tenham relação direta com o tema. Por isso, você está sendo

convidado(a) a participar da pesquisa, como depoente.

Sua participação é voluntária, e você tem a liberdade de responder apenas às questões

que quiser, podendo interromper sua participação a qualquer momento da entrevista

sem qualquer prejuízo pessoal. O questionário será preenchido por você, e os arquivos

ficarão armazenados por um período de cinco anos.

A participação na pesquisa não acarretará em qualquer risco ou prejuízo ao

participante, e seu anonimato será preservado integralmente. Os dados obtidos serão

utilizados para fins científicos, para a construção de um relatório de pesquisa, em

produção de artigos científicos para periódicos, participação em eventos e congressos,

sempre com o anonimato dos participantes garantido.

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Você poderá solicitar esclarecimentos ao pesquisador e à pesquisadora, quando

sentir necessidade, por telefone ou e-mail, a qualquer momento que tiver dúvidas.

Pesquisador : Liliane Bonfim de Moura- (11) 992692294 – email-

[email protected].

Orientador: Profª Drª Laurinda Ramalho de Almeida (11) 3670 8527

[email protected]

Declaro que li, compreendi e concordei com o que está apresentado no Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido.

São Paulo, _______ de _____________________ de 2014.

_________________________________ _________________________

Nome do depoente Assinatura do depoente

_________________________________ _________________________

RG do depoente CPF do depoente

_________________________________ _________________________

Nome do pesquisador Assinatura do pesquisador