formaÇÃo continuada para professores e … bonfim... · moura, a força desta ... primeiramente...
TRANSCRIPT
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA
PUC-SP
LILIANE BONFIM DE MOURA
FORMAÇÃO CONTINUADA PARA PROFESSORES E ASPIRANTES
À DOCÊNCIA NO CURSO SUPERIOR DE ADMINISTRAÇÃO:
EM FOCO A AFETIVIDADE
Mestrado em Educação: Psicologia da Educação
São Paulo
2014
LILIANE BONFIM DE MOURA
FORMAÇÃO CONTINUADA PARA PROFESSORES E ASPIRANTES
À DOCÊNCIA NO CURSO SUPERIOR DE ADMINISTRAÇÃO
EM FOCO A AFETIVIDADE
MESTRADO EM EDUCAÇÃO: PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO
Dissertação apresentada à Banca
Examinadora da Pontifícia Universidade
Católica – PUC-SP, como exigência parcial
para obtenção do título de Mestre em
Educação: Psicologia da Educação, sob a
orientação da Prof. Dra. Laurinda Ramalho
de Almeida.
Mestrado em Educação: Psicologia da Educação
São Paulo
2014
Banca Examinadora
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
Autorizo, exclusivamente para fins acadêmicos e
científicos, a reprodução total ou parcial desta
dissertação por processos de fotocopiadoras ou
eletrônicos.
Agradecimento Especial
Para os meus amados pais, Fernando Moura e Sândia
Moura, a força desta palavra abrange todo o amor do
mundo. Obrigada por corrigirem meus erros, serem
meu porto seguro e me darem uma verdadeira família.
AGRADECIMENTOS
Neste pequeno espaço, exteriorizo meus agradecimentos sinceros aqueles que
contribuíram na minha trajetória, para que conseguisse concluir esta relevante etapa
em minha vida acadêmica.
Primeiramente devo agradecer à Professora Doutora Laurinda Ramalho de
Almeida, minha querida orientadora, pelo norte que me deu, por compartilhar comigo
seus conhecimentos, potencializando meu aprendizado e sempre dando suporte às
minhas dificuldades em momentos significativos para conclusão deste trabalho.
Certamente sentirei saudades.
Agradeço aos meus queridos e amados pais, por sempre estarem ao meu lado,
apoiando todas as minhas decisões e permitindo que elas sejam concretizadas. Sem o
carinho, respeito e apoio de vocês, minhas metas e objetivos não se realizariam. Sou
infinitamente grata e feliz por ter vocês na minha vida, sempre me orientando e guiando
meus passos.
Ao meu irmão por sempre estar presente alegrando a minha vida.
Aos meus sogros, que admiro e que em todos os momentos demonstraram
compreensão nas minhas ausências familiares para conclusão deste trabalho.
Aos meus cunhados, Marco Aurélio Cais, por ser um anjo nas nossas vidas e
iluminar nossos corações e Luciana Cais, por ser mais que uma cunhada e sim, uma
amiga.
Aos meus primos queridíssimos, Maria Eugênia Cais, Fernando Cais, Gabriela
Brandileone e Lauro Maciel pela excelente companhia, risadas e apoio. Vocês são luz
na minha vida.
As minhas amigas desde sempre e para sempre, Carla Ribeiro, Elisa Romano e
Renata Buarque, por acompanharem minha jornada desde a época do colégio e me
ensinarem o verdadeiro significado da palavra amizade. Amo vocês!
A minha amada amiga, Luciana Campelo, que admiro como psicóloga, pela sua
dedicação aos estudos e a família. Minha gratidão por sempre estar presente, me
ouvindo, mesmo estando tão distante fisicamente.
Às Professoras Doutoras Vera Maria Nigro de Souza Placco, pelo carinho e
preocupação constante que tem com os alunos, por ser um grande exemplo para mim,
Adriana Backx Noronha por toda ajuda e acessibilidade que sempre demonstrou, por
ter feito parte da banca de qualificação e ter sinalizado importantes caminhos para o
meu trabalho, e Camila Igari pelos conselhos, ensinamentos, orientações e por aceitar
fazer parte da banca examinadora.
Aos professores do Programa de Psicologia da Educação, por seus
ensinamentos e pelo amor em lecionar.
Aos colegas da turma de mestrado por todas as contribuições, auxílios e
aprendizados.
As amigas, Alessandra de Souza, Paula Paques e Priscila Lambach, por serem
grandes presentes ao longo destes dois anos de Mestrado, pela troca de experiências,
por sempre trazerem novos conhecimentos, pelo auxílio constante e por fazerem parte
da minha formação e de uma etapa extremamente importante na minha vida.
A CAPES- Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, por
subsidiar e permitir que este trabalho fosse realizado.
Ao Edson Aguiar, secretário do PED, por sempre me amparar diante das minhas
dúvidas burocráticas, sempre esbanjando alegria e profissionalismo.
Por fim, ao meu amado companheiro de vida, André Luiz Cais, que ao meu lado,
me ajuda a concretizar minhas metas, a sonhar e estabelecer novos objetivos, e me
apoia diuturnamente. Agradeço todos os dias por ter você no meu coração. A você, fica
registrado, meu eterno carinho e gratidão.
Resumo
Neste estudo, tem-se como objetivo analisar o processo de formação continuada
para professores e aspirantes à docência no curso Superior de Administração
priorizando a afetividade. Considera-se que a carreira do professor em curso superior
de Administração remete a características específicas da área e, que, via de regra, o
professor traz na sua bagagem apenas experiência profissional, sem ter na sua
constituição como professor um curso direcionado a práticas pedagógicas, justifica-se,
assim, analisar o processo desencadeado pelo referido curso. A fundamentação teórica
deste trabalho foi a teoria de Henri Wallon e baseou-se nos estudos sobre afetividade
de Almeida (2002, 2010,2011), Mahoney (2005,2011), Tardif (2008), entre outros. A
metodologia escolhida foi à abordagem qualitativa e foram utilizados para produção das
informações: Descrição dos módulos 1 (Ser Professor no Ensino Superior) e 2 (Didática
e Conhecimento Pedagógico); Descrição das atividades da tutora dos módulos
referidos (que foi a pesquisadora); Questionário aplicado aos alunos do curso de
especialização proporcionado pelo Projeto Pró-Administração. Os resultados indicam
ainda que como a afetividade é uma das dimensões constitutivas da pessoa, tudo o que
aconteceu no curso os afetou; porém, cada um, em sua singularidade, foi afetado de
forma diferente; mesmo tendo a tecnologia como grande aliada no processo de ensino-
aprendizagem, os encontros presenciais ainda são de grande importância no
processo.de ensinar e aprender.
Palavras-chave: afetividade; professores de administração; Henri Wallon;
formação continuada.
ABSTRACT
In this study, we aimed to analyze the process of continuing education for
teachers and aspiring to teaching in Higher Administration course prioritizing affectivity It
is considered that the career teacher in the upper reaches of Directors refers to specific
characteristics of the area and that, as a rule, the teacher brings in her luggage only
professional experience, without having in its constitution as a teacher a course aimed
at teaching practices justifies analyze the process triggered by the said course. The
theoretical foundation of this work was the theory of Henri Wallon and was based on
studies of affectivity of Almeida (2002 , 2010,2011 ), Mahoney (2005.2011 ), Tardif
(2008 ), among others. The methodology chosen was qualitative approach was used for
the production of information : Description of modules 1 (Be Teacher in Higher
Education ) and 2 (Curriculum and Pedagogical Knowledge ); description of the activities
of the modules referred tutor (who was the researcher ); questionnaire administered to
students of expertise provided by the Pro - Administration Project. The results also
indicate that as the affectivity is one of the constitutive dimensions of the person,
everything that happened in the course affected, but each, in its uniqueness, was
affected differently, even though the technology as a major ally in the process teaching
and learning, the face meetings are still of great importance in process of teaching and
learning.
Keywords: affectivity; administration professors; Henri Wallon; continuing
education.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO............................................................................................................... 13
O projeto Pró-Administração.......................................................................................... 13
O projeto de Mestrado.................................................................................................... 21
CAPÍTULO 1 – Entrelaçando Informações: Trajetória dos cursos de administração
no Brasil e formação continuada................................................................................ 24
1.1 História da Administração e o surgimento do curso no Brasil ................................. 24
CAPÍTULO 2 – Referencial Teórico: Henri Wallon .................................................... 32
2.1 Afetividade na perspectiva teórica de Henri Wallon................................................. 32
CAPÍTULO 3 – Procedimento Metodológico.............................................................. 36
3.1 Descrição dos módulos 1 e 2................................................................................... 37
3.2 Descrição das atividades da tutora nos módulos referidos (que foi a
pesquisadora)................................................................................................................. 40
3.3 Questionário............................................................................................................. 42
CAPÍTULO 4 – Análise e Discussão dos Dados........................................................ 44
4.1 Elaboração de Quadros: I à VII................................................................................ 44
4.2 Categorias de Análise.............................................................................................. 60
4.3 Temas em destaque................................................................................................. 66
CAPÍTULO 5 – Considerações Finais......................................................................... 75
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................. 78
ANEXOS ....................................................................................................................... 81
13
INTRODUÇÃO
No ano de 2012, em fevereiro, ingressei no Programa de Estudos Pós-
Graduados em Educação: Psicologia da Educação, da Pontifícia Universidade Católica
de São Paulo – PUC-SP, como mestranda sendo orientada pela Prof. Dra. Laurinda R.
de Almeida, que me incluiu no projeto Pró-Administração, uma vez que meu desejo era
estudar formação de professores. Nesta ocasião, a CAPES – Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior me concedeu uma bolsa.
O projeto Pró-Administração
O projeto investiga a Formação de professores na pós-graduação e estratégia de
educação continuada, subsidiado pela CAPES e denomina-se: "Método Integrado de
Formação e Capacitação de Docentes nas áreas de Administração Pública, Empresas
e Setores Específicos e de Gestão em suas diversas especialidades". Está vinculado ao
programa de Pós-Graduação em Administração de Organizações da Faculdade de
Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo de Ribeirão
Preto, FEA-RP-USP, e à Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Nível Superior – Capes em parceria com a Pontifícia Universidade Católica De São
Paulo (PUC-SP).
A equipe é formada por cinco professores – Prof. Dra. Adriana Backx Noronha
Viana (coordenadora do projeto e professora ministrante – USP), Prof. Dr. José Dutra
de Oliveira Neto (vice-coordenador e professor ministrante – USP), Prof. Dra. Maria
Lúcia do Carmo Cruz Robazzi (professora ministrante – USP), Prof. Dra. Vera Maria
Nigro de Souza Placco (professora ministrante – PUC-SP), Prof. Dra. Laurinda
Ramalho de Almeida (professora ministrante – PUC-SP) e alguns monitores, incluindo a
14
pesquisadora.
Com a realização do projeto, elaborado desde o ano de 2010, alguns resultados
já foram concretizados, como duas dissertações de mestrado já defendidas, e esta, em
fase de conclusão, na PUC-SP, publicações nacionais e internacionais, bem como
participações em importantes congressos da área como o II° Encontro Luso-Brasileiro
sobre o Trabalho Docente e Formação (Porto-Portugal), com apresentações e
participações de professores e monitores. Há também a organização de um livro,
desenvolvido pelos professores doutores que participam do projeto e em fase final de
elaboração, que poderá ser utilizado em disciplinas de Didática do Ensino Superior.
O Edital Pró-Administração n. 09/2008 afirma que o objetivo do projeto
consiste em:
[...] estimular no País a realização de projetos conjuntos de pesquisa e apoio
à capacitação docente utilizando-se de recursos humanos e de infraestrutura
disponíveis em diferentes IES e/ou demais instituições enquadráveis nos
termos deste Edital, possibilitando a produção de pesquisas científicas e
tecnológicas e a formação de recursos humanos pós-graduados na área de
Administração. Contribuirá, assim, para ampliar e consolidar o
desenvolvimento de áreas de formação consideradas estratégicas, através
da análise das prioridades e das competências existentes visando à melhoria
de ensino de pós-graduação e graduação em Administração e Gestão.
(BRASIL, 2008, p. 1)
Desde o início do projeto, a equipe mantém encontros e reuniões frequentes
para planejamento e acompanhamento de um curso voltado para a formação
pedagógica, pois o projeto Pró-Administração prevê essa etapa, que teve seu início em
15
maio de 2013 e término previsto para março de 2015.
O curso “Método Integrado de Formação Continuada de Docentes na Área de
Administração” foi planejado e está sendo realizado de forma semipresencial, através
de uma plataforma acadêmica online elaborada para o mesmo, tendo como público
docentes e futuros docentes da área de Administração, com o objetivo de propiciar
melhoria na formação e capacitação do processo ensino-aprendizagem do docente,
envolvendo a área da Educação e Administração. Os alunos matriculados não pagam
as mensalidades se forem assíduos e entregarem a monografia no término do curso.
O curso foi estruturado baseando-se na direção da articulação entre o virtual e o
presencial, com a preocupação de promover o diálogo com as diferentes áreas do
conhecimento. Os encontros presenciais complementam a relação aluno/professor,
tornando-a mais próxima, embora os recursos tecnológicos do curso sejam já
planejados para integrar a tecnologia em uma plataforma educacional que propicia a
concretização do aprendizado, proporcionando a aproximação professor/aluno,
aluno/aluno, professor/professor e aluno/tutor.
Os módulos fazem a ponte entre a formação técnica, experiencial e específica
dos participantes do curso com a formação pedagógica. Esta, com o objetivo de estudo
e valorização da profissão professor, engloba questões voltadas, para: saúde, bem-
estar, reconhecimento social e financeiro. Os alunos terão 110 horas de atividades a
distância supervisionadas, 176 horas de atividades presenciais e 74 horas de
orientação da monografia, totalizando 360 horas.
Viana et al. (s/d) afirmam que, para a escolha das ferramentas instrucionais do
curso, os propositores do projeto reportaram-se ao trabalho de Horton (2010), que
sugere, para o ambiente virtual, que o instrutor/tutor implemente as tecnologias,
utilizando os três tipos de atividades: Absord, To Do e Connect. No nosso caso,
utilizamos os três tipos mencionados.
“As atividades tipo ‘Absord’ ou assimilação consistem habitualmente de
16
informações e atividades de ensino que permitem ao aluno recuperar a essência do
assunto e adquirir o conhecimento.” (VIANA et al., s/d)
“As atividades tipo ‘To Do’, ou fazer, conduzem a ação e transformam a
informação em conhecimento e habilidades. Através deste tipo de atividade, elaboram e
aplicam os conhecimentos. Os tipos de atividades ‘to do’ são atividades práticas
(trabalho em grupo, exercício na prática, entre outros); atividades de descoberta
(estudos de caso, laboratórios virtuais); jogos e simulações (quizz, puzzles).” (VIANA et
al., s/d)
“As atividades tipo ‘Connect’ ou conexão preparam os alunos para sua atividade
profissional, possibilitando que a lacuna entre aprendizagem e realidade seja superada.
Esse tipo de atividade prepara os alunos para aplicarem os conhecimentos em
situações do cotidiano, do trabalho e da vida pessoal, integrando o que foi aprendido
com o que realmente se sabe.” (VIANA et al., s/d). As atividades do tipo Connect têm o
objetivo de fazer um fechamento da matéria dada e despertar o interesse do aluno para
o próximo módulo. Geralmente são atividades de reflexão ou pesquisa.
O curso é composto pelos seguintes módulos:
- Módulo I: Ser professor no ensino superior
- Módulo II: Didática e conhecimento pedagógico
- Módulo III: Tecnologia educacional
- Módulo IV: Técnicas de comunicação
- Módulo V: Saúde ocupacional do professor
- Módulo VI: Metodologia de pesquisa I
- Módulo VII: Metodologia de pesquisa II
Nesta dissertação, propõe-se analisar os dois módulos voltados especificamente
17
para questões pedagógicas: Ser Professor no Ensino Superior e Didática e
Conhecimento Pedagógico.
Os sete módulos foram planejados de forma a proporcionar integração entre
eles; mesmo versando sobre temas diferentes há um elo que os aproxima e que se
refere ao objetivo do curso: desenvolvimento da capacitação docente de professores de
curso superior de administração.
Dentro dos módulos, existem os ciclos, e esses guiam o processo do curso, pois
é a partir deles que as atividades são desenvolvidas.
Para visualizar os exemplos dos módulos e ciclos de que participei e que serão
analisados, ver Anexo 1, conforme o que foi veiculado para os alunos. Percebe-se pelo
anexo que o eixo que permeou as discussões foi a profissionalidade docente,
priorizando conceitos de saberes docentes, identidade, afetividade e apontando a
escola, o lugar onde não apenas os professores aprendem, mas como aprendem, aliás,
aquilo que é verdadeiramente essencial: aprendem a sua profissão (Canário, 1998). Ao
professor compete o ato de ensinar, mas considerando duas partes: o saber
conteudinal, para fazer o aluno aprender, e o aluno que aprende. Utilizando as
expressões de Perrenoud (2000,2003): o trabalho de ensinar de modo a possibilitar o
trabalho de aprender.
Baseado no trabalho de Horton (2010), conforme mencionado anteriormente e
adaptado ao nosso curso, os alunos têm atividades todas as semanas: preparando-se
para a aula presencial, lendo os textos, realizando tarefas individuais e coletivas. Essas
atividades valem nota e contam como frequência, uma vez que o curso é presencial e
online.
Nas aulas presenciais, as atividades realizadas durante a semana são
discutidas, a partir dos resultados que os professores recebem dos tutores e que
compreendem de acertos e erros das questões realizadas Com esse material, o
professor analisa as questões que geraram maiores dificuldades e prepara a aula de
18
acordo com os dados obtidos.
Os gráficos auxiliam o professor a entender as dúvidas dos alunos e, a partir
deles, modificar a estrutura da aula. Esse feedback dado tanto aos professores
ministrantes como aos alunos tem se mostrado um recurso importante para os mesmos
balizarem suas aulas e os alunos balizarem seus estudos.
Gráfico 1 – Notas dos alunos referentes ao questionário M2E (Módulo 1, atividade E,
ciclo 2)
19
Esse gráfico decorreu do questionário: Saberes Profissionais dos professores e
conhecimentos universitário: elementos para uma epistemologia da prática profissional
dos professores e suas consequências em relação à formação para o magistério.
(TARDIF, 2000) referente ao ciclo: Ser Professor no ensino superior hoje: desafios e
superação, do módulo 1.
Questões: Julgue os itens: Verdadeiro ou Falso.
1) O movimento de profissionalização é uma tentativa de manter os fundamentos
epistemológicos do ofício de professor.
2) Os conhecimentos profissionais são sempre rígidos e não adaptáveis a
situações novas e únicas que exigem do profissional reflexão e discernimento.
3) A carreira é um processo de socialização, isto é, um processo de identificação
e de incorporação dos indivíduos às práticas e rotinas institucionalizadas dos grupos de
trabalho.
4) Na prática, os profissionais devem-se apoiar em conhecimentos gerais e
formalizados, por intermédio das disciplinas científicas em sentido amplo, incluindo
apenas as ciências naturais e aplicadas.
5) Somente os profissionais são capazes de avaliar o trabalho de seus pares,
incluindo a competência ou a incompetência deles.
6) A finalidade de uma epistemologia da prática profissional é revelar os saberes,
compreender como são integrados concretamente nas tarefas dos profissionais e como
esses os incorporam, produzem, utilizam, aplicam e transformam em função dos limites
e dos recursos inerentes às suas atividades de trabalho.
7) O conhecimento profissional possui dimensões éticas, valores, sendo comuns:
saberes cotidianos, julgamento prático, interesses sociais, inerentes à prática
profissional, especialmente quando essa se aplica a seres humanos.
20
8) A epistemologia da prática profissional é o estudo do conjunto dos saberes
utilizados realmente pelos profissionais em seu espaço de trabalho cotidiano para
desempenhar todas as suas tarefas.
9) Os saberes profissionais são atemporais, ou seja, são adquiridos através do
tempo.
O gráfico evidencia que, das nove questões do questionário, a média
geral foi de 8.0. Dessa forma, ao visualizar essas informações na plataforma online, o
professor tem acesso à média da sala e sabe qual questão gerou mais dificuldade entre
os alunos e pode retomá-la na aula presencial, antes da discussão do novo conteúdo,
já estudado na semana anterior através dos textos enviados.
No final da aula presencial, é realizada uma atividade de conexão (fechamento)
para encerrar o ciclo e iniciar o próximo.
21
O projeto de Mestrado
Ao ingressar na faculdade de Psicologia, da Universidade Presbiteriana
Mackenzie, nunca tive vontade de atuar na área clínica e sempre vislumbrei um futuro
em alguma organização trabalhando com recursos humanos, gestão de pessoas,
treinamento e desenvolvimento. No decorrer do curso, cheguei a cursar
concomitantemente a faculdade de Administração por dois anos e tive que interrompê-
la para fazer os estágios de Psicologia e acabei não retornando.
Após finalizar a faculdade, tive o privilégio de ser contratada para trabalhar na
área que desejava, porém, após alguns anos, recebi uma proposta e fui trabalhar em
uma faculdade na área de orientação profissional. Tinha contato direto com o aluno,
preparando-o para o mercado de trabalho, realizava muitos programas de treinamento
e desenvolvimento e, para compreender a demanda dos alunos, era necessário um
contato direto e próximo com os professores de diversos cursos, que me auxiliavam nas
dificuldades encontradas pelos alunos. O curso em que havia mais estudantes era o de
Administração. Logo, meu contato com a parte acadêmica era prioridade, devido ao
número grande de demanda e cobranças pela Instituição para inclusão desses alunos
no mercado. Assisti várias aulas, convivi com docentes de Administração, realizei
eventos e workshops em parceria com eles, o que me possibilitou compreender melhor
esse universo.
Ingressei no mestrado em 2012, após encerrar minhas atividades na faculdade e
desejar passar um tempo maior dedicada aos estudos. Escolhi o mestrado de
Psicologia da Educação na PUC-SP, e conheci a orientadora Laurinda R. de Almeida
que, além de me aceitar prontamente, ofereceu-me a possibilidade de trabalhar no
Projeto Pró-Administração. Ao ouvi-la contar detalhes do que eles estavam elaborando
e o que seria feito, meu coração disparou e senti que havia me encontrado, pois
pesquisar essa área era a concretização de um desejo que sempre tive e talvez nem
soubesse, e naquele momento tive a certeza que esse seria o meu caminho. Depois de
22
aceitar pesquisar sobre o curso superior de Administração, fui contemplada com a bolsa
da Capes, o que me ajudou e muito a poder frequentar os congressos e me dedicar
exclusivamente aos estudos, como havia planejado.
Entrar em um projeto grandioso e ambicioso como este causou uma imensa
felicidade e ao mesmo tempo uma angústia em tentar definir um tema que fosse
relevante dentro desse imenso universo, e então, após pesquisar e constatar que nessa
área a afetividade no ensino-aprendizagem não fora priorizada em teses e dissertações
tomei minha decisão: analisar o curso (Pró-Administração) que se enquadra como
curso de formação continuada. Dadas as características do curso já explicadas, defini o
tema: Formação continuada para professores e aspirantes à docência em curso
superior de Administração: em foco a afetividade.
Mais uma vez, fui surpreendida ao ser convidada para ser uma das tutoras do
projeto e, ao aceitá-lo, na nova função adquiri novas obrigações e passei a ter uma
colaboração efetiva, participando de todas as aulas presenciais (dos módulos 1 e 2),
auxiliando as professoras na preparação das aulas, elaborando questionários, provas e
atividades para os alunos, o que me possibilitou ter um contato direto e próximo com os
mesmos.
A vivência no curso da forma descrita levantou-me alguns questionamentos: O
que está significando para os alunos do curso sua participação no mesmo? Está o
curso atendendo suas expectativas? Como está se dando a relação professor/aluno,
aluno/aluno em um curso misto: presencial e online? Considerando-se que a dimensão
afetiva é constitutiva do indivíduo, que, portanto, tem a capacidade de ser afetado pelas
circunstâncias que o cercam, como se manifesta a afetividade nesse formato de curso?
Essas questões me mobilizaram a propor uma investigação para, na voz dos
alunos do curso, ter indícios para compreender o processo desencadeado no curso.
O objetivo então ficou assim delimitado: Analisar o processo de formação
continuada de professores e aspirantes à docência no curso superior de Administração,
23
priorizando a dimensão afetiva.
Acredito que o estudo ao qual me proponho poderá oferecer subsídios para
formação pedagógica do docente do curso superior de Administração, que, via de
regra, traz na sua bagagem somente a experiência profissional, sem ter na sua
constituição como professor um curso direcionado a práticas pedagógicas. A partir
dessa constatação, surge o desejo de compreender e adensar essa formação,
investigando a mediação da afetividade no processo de formação continuada no curso
superior de Administração. Cumpre observar que cada curso tem sua especificidade e
que sugestões precisam ser refletidas pelos profissionais que nele atuarão.
24
Capítulo 1 – Entrelaçando Informações: Trajetória dos cursos de administração
no Brasil e formação continuada
Inicialmente faz-se necessário questionar: Qual a relevância e por que estudar
Administração? Acredito que estudar a ciência da Administração deve-se ao fato de
melhorar o modo de gerenciamento e administração das organizações e instituições;
afinal administrar está presente no nosso cotidiano e em diversas situações. Logo, a
área docente do curso de Administração, que é o foco do presente trabalho, deve ser
compreendida para que possamos obter profissionais capazes de refletir as
organizações e ter um corpo docente qualificado e capacitado para transmitir e
compartilhar conhecimentos aos alunos, que são o futuro dessas organizações. A este
fator deve-se a relevância do projeto, uma vez que a formação continuada destes
profissionais é extremamente necessária, pois os futuros profissionais (alunos que
formamos hoje) amanhã estarão inseridos no mercado de trabalho. Tanto a
administração pública como a privada exigem profissionais preparados e dispostos a
contribuir com o sucesso das instituições e organizações. Neste mundo corporativo, no
qual a competição está cada vez mais acirrada, a formação acadêmica passa a ser um
diferencial.
1.1 História da Administração e o surgimento do curso no Brasil
Ao estudar a história do curso de Administração no Brasil, senti a necessidade
de realizar concomitantemente um resgate da história da Administração como ciência e
assim poder compreender o surgimento do curso em nosso país, contextualizado no
âmbito geral de seu início. Dessa forma, passa-se a entender um pouco de como os
docentes pensam a administração e qual é o contexto histórico dela.
25
Da Silva (2001) apresenta algumas questões pertinentes que retomo aqui. A
administração passou por vários questionamentos e dúvidas sobre ser ou não
considerada como ciência levando-se em consideração que uma certa concepção de
ciência é sistemática, eventos são observados, fatos estabelecidos e, então, a precisão
dos fatos deve ser verificada assim como o conhecimento. A partir disso, a história da
Administração pode auxiliar a compreender tal questionamento.
A escola clássica é a mais antiga no contexto da administração, sendo
inicializada por Frederick W. Taylor, nascido nos Estados Unidos da América, entre
1856-1915. Nesse período, as pessoas eram vistas como instrumentos\meios de
produção, sendo utilizadas apenas para atingir a máxima eficiência na organização.
Taylor foi um grande revolucionador dos métodos de trabalho, redefinindo como deveria
ser realizado e criando um sistema educativo em busca da eficiência organizacional.
Ele sugeriu que, quanto mais peças o trabalhador produzisse, maior seria sua
remuneração, isto é, pagamento por resultados, fato que podemos encontrar em
algumas organizações e trabalhos atuais, devido à especialização do
trabalhador\operário (essa situação pode ser elucidada no filme de Charles Chaplin,
Tempos Modernos). Nessa época, a grande maioria dos trabalhadores executava as
funções e a minoria planejava.
Karl Marx, 1818-1883, intelectual e revolucionário, influenciou diversas áreas e
entre elas, teve importante contribuição para sociologia do trabalho que, devido à
grande especialização e divisão do trabalho, gerou o conceito de “alienação do
trabalho”, que seria o combate da autonomia dos trabalhadores, que exerciam apenas
funções repetidas, e esses não eram pagos para pensar e, sim, para executar. Essa
crítica feita por Marx era cabível ao modelo introduzido por Taylor, que não se
preocupava com a formação do operário, que exercia atividade extremamente
monótona.
Henry Ford, 1863-1947, também nascido nos Estados Unidos da América, assim
como Taylor, acreditava na divisão da empresa em: planejamento e execução. Porém,
26
para Ford, o operário devia adaptar seus movimentos à velocidade da esteira rolante,
de acordo com o nível de produção. Sua preocupação era com a economia do material
e do tempo e assim estabeleceu um processo de trabalho contínuo. Adaptou seus
conhecimentos à indústria automobilística.
A crise do modelo fordista e taylorista ocorreu aproximadamente em 1950\1960,
consagrando uma luta entre os trabalhadores, que se uniram na tentativa de se
fortaleceram adquirindo direitos e garantias sociais.
Após contextualizar a Administração nesse período, podemos perceber que, ao
analisar a história do curso no Brasil com a dos Estados Unidos da América, que foram
os pioneiros em definir a Administração como Ciência e tiveram seus primeiros cursos
com a criação da Wharton School, que pertence à Universidade da Pensilvânia, em
1881, fica clara a diferença na questão do tempo.
Em 1908, a fundação de Harvard Business School obteve grande destaque no
ensino de administração, e no Brasil, a história é muito curta, tendo seu início
aproximadamente em 1952. Nesse período, os EUA já possuíam por volta de 50 mil
bacharéis em Administração. Logo, podemos concluir que o início tardio do curso no
Brasil ocorreu praticamente após as descobertas das escolas clássicas que
influenciaram a formação de administradores.
No Brasil, a criação do curso ocorreu devido ao desenvolvimento modernizante
da formação social brasileira, que incentivou as condições para evolução desses. Este
cenário é aliado à necessidade de mão-de-obra qualificada, que ganha destaque nas
organizações no Brasil e no mundo, já que nossa sociedade saía de um estágio agrário
para o início da industrialização. Para Karl Marx, essa etapa de olhar para o trabalhador
seria o “resgate do saber operário”, no qual a formação de pessoal especializado e
qualificado daria suporte às questões administrativas que surgiram nessa época. A
partir desse conceito, emergia a necessidade de um sistema escolar adequado a essas
demandas no âmbito profissional do Administrador, que tivesse condições de atender
27
às mudanças do processo de industrialização, que envolveram três etapas: artesanato
(artesão domina todas as fases de produção, não possuindo divisão do trabalho, sendo
uma produção familiar), manufatura (que possuía em sua essência um trabalho manual,
mas introduzindo a utilização de máquinas simples e alguma divisão do trabalho) e,
então, a indústria (intensa utilização de máquinas e divisão nítida do trabalho). Nessa
etapa, era necessário ter profissionais preparados para dar suporte à crescente ação do
processo de industrialização.
Informações obtidas no Conselho Federal de Administração (CFA, 2013) relatam
que a primeira regulamentação brasileira com relação à profissão ocorreu na metade
dos anos de 1960, através da Lei n. 4769, de 09 de setembro de 1965. Com isso o
acesso ao mercado profissional seria privativo dos portadores de títulos expedidos pelo
sistema universitário. A título de exemplo, segue o artigo:
Art. 3º O exercício da profissão de Administrador é privativo: (1)
a) dos bacharéis em Administração Pública ou de Empresas, diplomados no
Brasil, em cursos regulares de ensino superior, oficial, oficializado ou
reconhecido, cujo currículo seja fixado pelo Conselho Federal de Educação,
nos termos da Lei n.º 4.024, de 20 de dezembro de 1961;
b) dos diplomados no exterior, em cursos regulares de Administração, após a
revalidação do diploma no Ministério da Educação, bem como dos
diplomados, até a fixação do referido currículo, por cursos de bacharelado
em Administração, devidamente reconhecidos;
c) dos que, embora não diplomados nos termos das alíneas anteriores, ou
diplomados em outros cursos superiores e de ensino médio, contêm, na data
da vigência desta Lei, cinco anos, ou mais, de atividades próprias no campo
profissional de Administrador definido no art. 2º. (1) (2)
28
Parágrafo único. A aplicação deste artigo não prejudicará a situação dos que,
até a data da publicação desta Lei, ocupem o cargo de Administrador, os
quais gozarão de todos os direitos e prerrogativas estabelecidos neste
diploma legal.
O ensino de Administração no Brasil foi criado em 1941, com a implementação
da Escola Superior de Administração de Negócios – ESAN\SP. A criação do curso
exerce um papel relevante, pois amplia as opções de estudos universitários, uma vez
que, até esse momento, o número maior de cursos se voltava para formação de
médicos, advogados e engenheiros. É bem verdade que antes desta data, em 1934,
com a fundação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, havia um projeto para
formação de elites intelectuais concebendo a educação como uma ferramenta para a
organização social.
Na data de 1946, o curso de Administração do Brasil ganha mais espaço no
cenário da educação brasileira com o surgimento da Faculdade de Economia,
Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo – FEA/USP que surgiu a
partir de interesses públicos e privados. Em 1952, surge a Escola Brasileira de
Administração Pública e de Empresas da Fundação Getúlio Vargas – FGV/RJ. Ambas
as instituições trouxeram grandes contribuições para o país, qualificando profissionais
nesta área. A partir de 1960, a FGV deu início a mais uma importante etapa no
desenvolvimento da área, disponibilizando cursos de pós-graduação para Economia,
Administração Pública e de Empresas e após alguns anos criou cursos de mestrado,
formando professores para outras Instituições de Ensino.
Após a regulamentação da profissão, por meio do Parecer nº 307/66, aprovado
em 8 de julho de 1966, o Conselho Federal de Educação fixou o primeiro currículo
mínimo do curso de Administração no Brasil, assim a profissão e a Formação de
Técnico em Administração foram institucionalizadas.
Atualmente, segundo dados da agência Brasil, Dados do Censo da Educação
29
Superior de 2010, divulgados pelo Ministério da Educação (MEC), o curso de
administração é o que tem maior número de estudantes no país: 705.690. Essa
realidade enfatiza a necessidade de estudar o curso superior de Administração, pois,
com essa alta procura em relação ao curso, vem à tona a questão: Como podemos
melhorar a qualidade de ensino na graduação e a formação continuada para atender às
expectativas profissionais que o mercado exige?
E partindo dessa preocupação que podemos tentar compreender as escolhas
docentes dos professores de Administração.
O ato de escolher é diário, desde pequenas atitudes, como, por exemplo, qual
roupa utilizar, o que fazer no almoço, enfim elas ocorrem a todo o momento, sendo
nossa vida feita de escolhas. Surge então a dificuldade: em um mundo repleto de
opções, nas quais as verdades passam a ser relativas, transitórias e individuais
dependendo do ponto de vista do observador, como escolher aquela que modificará a
nossa vida? Como fazer uma opção em detrimento de tantas outras? Como se imaginar
no mercado de trabalho atuando daqui alguns anos?
A escolha é possível em um sentido, mas o que não é possível é não
escolher. Posso sempre escolher, mas devo saber que, se não escolho,
escolho ainda. (SARTRE apud FERREIRA, 1961, p. 280)
Na docência, assim como em outras profissões, o mercado exige habilidades e
conhecimentos distintos do passado. Segundo Tardif (p.20, 2012), “ensinar pressupõe
aprender a ensinar, ou seja, aprender a dominar progressivamente os saberes
necessários à realização do trabalho docente. Ensinar é mobilizar uma ampla variedade
de saberes, reutilizando-os no trabalho para adaptá-los e transformá-los pelo e para o
trabalho”. Os saberes dos professores não são adquiridos apenas em uma única fonte,
mas são compostos de variadas formas e fontes, junto com as histórias de vida que
cada indivíduo possui, de maneira singular e única.
Esses saberes, construídos ao longo do tempo e que diferenciam um docente do
30
outro, fazem com que seja percebida a efetiva necessidade de investimento na
formação de professores, na sociedade em que estamos inseridos. Cada vez mais, o
professor deve se comportar como mediador nos processos de constituição dos alunos
e não como mero reprodutor de conhecimentos. Repensar a prática docente no sentido
de sua formação contínua é essencial para que as práticas pedagógicas sejam
afetadas, e, com isso, ocorram mudanças.
Da natureza do trabalho docente, almeja-se que os alunos consigam desenvolver
conhecimentos, atitudes, habilidades e valores que os auxiliem na construção de suas
práticas docentes. Essas características geralmente são muito cobradas e exigidas no
mundo corporativo e são adquiridas na interação do indivíduo com o ambiente.
No passado, a sociedade era construída tendo como base o trabalho formal; a
estabilidade no emprego proporcionava segurança, o indivíduo iniciava sua experiência
profissional em determinada instituição, fazia carreira e ali se aposentava,
diferentemente do que ocorre hoje. A pessoa faz sua própria gestão de carreira,
explora, avalia e analisa seu progresso no trabalho, tentando aliar com seus objetivos
de ordem pessoal. Na atividade docente, o próprio professor faz o gerenciamento de
sua carreira e não a instituição que ele trabalha. Ele deve avaliar seu papel como
professor e tentar analisar os pontos que precisa desenvolver. A partir dos anos 1990,
as instituições privadas começaram a ganhar força e espaço na educação brasileira e
diferentemente do que ocorre hoje, mesmo para quem tem alto nível de escolaridade, a
decisão da escolha de carreira remete mais às características do sujeito do que às
estruturas institucionais que o empregam. Logo, ser docente na nossa sociedade exige
uma prática flexível e mutável, pois a profissão tem caráter dinâmico como prática
social, emerge de momentos históricos, sendo um processo constante de construção e
constituição do sujeito.
Estudos relatam que essas características referem-se à Geração Y;
pesquisadores adotam esse termo para caracterizar grupos em determinadas faixas
etárias. As pessoas entre 20 e 35 anos estão inseridas no grupo da Geração Y (e no
31
grupo de alunos do Pró-Administração, representam a maioria nesta faixa etária) e
trazem diferenças significativas da sua geração passada (Geração X), que valorizava a
hierarquia, estrutura ordenada, estabilidade e segurança no trabalho. Na Geração Y,
não existe esses valores, que foram substituídos por trabalho sustentável, prazeroso,
significativo para sua vida e seus objetivos, e que seja compatível com seus anseios e
objetivos de ordem pessoal (Revista Galileu, Rita Loiola, 10\2009).
Essa geração já foi caracterizada com comportamentos de indivíduos distraídos,
superficiais e egoístas, porém é a geração que mais se preocupa com o meio ambiente,
tem fortes valores morais e está apta para provocar de forma silenciosa mudanças
radicais no mundo.
Na Geração Y, as pessoas possuem uma boa formação profissional, almejam
ingressar na universidade e buscam constantes atualizações. Ao procurar um emprego,
já deixam claras suas expectativas, projetos, interesses particulares e profissionais.
Ressaltam a importância de dispor de tempo para família e amigos, e acreditam que o
emprego também deve promover o desenvolvimento pessoal e o equilíbrio entre o
trabalho e o lazer. Portanto, para essa geração conciliar o emprego com a vida pessoal
é prioridade, pois ganhar dinheiro e fazer algo que tenha sentido é o objetivo dessa
geração.
32
Capítulo 2 – Referencial Teórico: Henri Wallon
2.1 Afetividade na perspectiva teórica de Henri Wallon
A teoria psicogenética de Henri Wallon (1879-1962) postula a integração em dois
sentidos: unidade organismo-meio e integração dos conjuntos funcionais motor, afetivo,
cognitivo e pessoa (WALLON, 2007).
O meio é um conceito muito importante nessa psicogenética, pois os seres
humanos estão em constante transformação, em função das trocas entre os fatores
genéticos e as condições sociais. Tanto os fatores genéticos como as condições sociais
são de igual importância, porém Wallon enfatiza que a direção do desenvolvimento vai
ser determinada pelo meio social, que pode facilitar ou atravancar o desenvolvimento. É
o meio social que regula a existência individual em todos seus aspectos: estrutura
familiar, relações com outros indivíduos e grupos, em função de idade, sexo, interesses.
A linguagem, que também é decorrente dos diferentes meios pelos quais passa o
indivíduo, modula seu pensamento, e os determinantes culturais formatam seus
movimentos (ALMEIDA e MAHONEY, 2011).
Quanto aos conjuntos funcionais, estão intimamente entrelaçados; qualquer
atividade dirigida para um deles interfere nos demais. (MAHONEY 2012, p. 15)
esclarece bem esse ponto.
O motor, o afetivo, o cognitivo, a pessoa, embora cada um desses
aspectos tenha identidade estrutural e funcional diferenciada, estão
tão integrados que cada um é parte constitutiva dos outros. Sua
separação se faz necessária apenas para a descrição do processo.
Uma das consequências dessa interpretação é de que qualquer
atividade humana sempre interfere em todos eles. Qualquer atividade
motora tem ressonâncias afetivas e cognitivas; toda operação mental
tem ressonâncias afetivas e motoras. E todas elas têm um impacto
33
no quarto conjunto: a pessoa, que, ao mesmo tempo em que garante
esta integração, é resultado dela.
Portanto, o primeiro ponto a se considerar na teoria walloniana é a ideia de não
fragmentação: o indivíduo é um todo. Se em determinado estudo priorizamos um ou
outro conjunto funcional é para efeito de focalização maior deste conjunto.
Vamos situar sucintamente os vários conjuntos e aprofundar o conjunto
afetividade, que é aquele que embasa este estudo.
O conjunto motor (ou movimento corporal) possibilita três formas de
deslocamento: deslocamento do corpo no espaço, em decorrência da lei da gravidade
(movimento exógeno ou passivo), deslocamento do corpo ou parte dele decorrentes da
interação do indivíduo (movimentos antógenos ou ativo); o terceiro tipo de movimento é
o das reações posturais: mímicas, expressões corporais e faciais. “O ato motor
possibilita a expressão da emoção e é um recurso privilegiado para o desenvolvimento
cognitivo” (ALMEIDA e MAHONEY, 2001, p. 112).
O conjunto cognitivo possibilita a aquisição, manifestação e transformação do
conhecimento.
A pessoa, que é considerada por Wallon o quarto conjunto funcional, expressa a
integração entre os conjuntos cognitivos, afetivo e motor.
Quanto ao conjunto afetividade, a teoria apresenta três momentos que
caracterizam a afetividade: a emoção, o sentimento e a paixão. Devemos nos despir de
conceitos pré-estabelecidos para compreender o que a teoria nos revela.
A emoção é o momento contagioso no qual o indivíduo exterioriza a afetividade,
de forma corporal, expressiva e contagiosa, estabelecendo o primeiro contato com o
mundo humano e com o físico. É pela emoção que o bebê humano estabelece os
primeiros laços com o meio humano, e, por intermédio desses, com o meio físico. É
presente desde o início da vida. Há um antagonismo entre emoção e capacidade
34
intelectual: quando predomina a emoção, as funções cognitivas ficam obnubiladas.
O sentimento não se relaciona a relações instantâneas e diretas (o que
diferencia da emoção). É a expressão representacional da emoção. No sentimento,
pela sua representação, a emoção é limitada em sua potência.
Extremamente oposto do que é sabido sobre paixão, para Wallon essa etapa
revela o autocontrole para dominar situações e acontecimentos, cala a emoção e o
sentimento, para atingir um objetivo.
Mas o que é afetividade, então?
Afetividade refere-se à capacidade, à disposição do ser humano de
ser afetado pelo mundo externo\interno por sensações ligadas a
tonalidades agradáveis ou desagradáveis. Ser afetado é reagir a
atividades internas\externas que a situação desperta. (ALMEIDA e
MAHONEY, 2005, p.19)
No meio escolar, professor e aluno são afetados um pelo outro e pelo meio que
os circunda, em um movimento constante em função do contexto em que estão
inseridos. Vale ressaltar que a teoria serve como um recurso para o professor utilizar
nas suas aulas, testar, aprender, e pode ajudar no planejamento de ensino. Ao
observar seus alunos, pode perceber a postura, as expressões faciais e gestuais,
perceber situações de agrado\desagrado no seu aluno e balizar sua atuação.
O interesse de Wallon pela educação levou-o a participar intensamente de
movimentos ligados a essa área e fazer parte da elaboração do projeto Langevin-
Wallon, que até hoje é referência em discussões sobre reformas educacionais.
O projeto Langevin-Wallon foi a chance de Wallon expor seus ideais de Homem
e de Sociedade, foi resultado do trabalho de três anos (1945-1947). O objetivo do
projeto era construir uma educação mais justa para uma sociedade mais justa que a
35
existente na França. O que norteava o projeto eram quatro princípios:
Justiça – Todos deveriam possuir iguais direitos ao completo desenvolvimento, e
a única limitação aceita por ele é a de suas próprias aptidões.
Dignidade igual de todas as ocupações – Todas as profissões devem ser dignas
de serem realizadas.
Orientação – O desenvolvimento das aptidões deve basear-se na orientação
escolar e posteriormente na profissional.
Cultura geral – Necessária para livrar o homem dos limites da técnica,
aproximando os homens, diferentemente da cultura específica que os afasta.
36
Capítulo 3 – Procedimento Metodológico
Retomando, o presente trabalho tem como objetivo analisar o processo de
formação continuada para professores e aspirantes à docência no curso Superior de
Administração priorizando a afetividade. Para atingi-lo, foram tomadas as seguintes
decisões, dentro de uma abordagem qualitativa de pesquisa.
3.) Para produção das informações
3.1) Descrição dos módulos 1 (Ser Professor no Ensino Superior) e 2 (Didática e
Conhecimento Pedagógico);
3.2) Descrição das atividades da tutora dos módulos referidos (que foi a
pesquisadora);
3.3) Questionário aplicado aos alunos do curso de especialização proporcionado
pelo Projeto Pró-Administração;
O Questionário utilizado como técnica para coleta de dados, com questões
abertas, foi enviado via e-mail e respondido da mesma forma. O termo de
consentimento livre e esclarecido foi assinado pelos participantes em encontro
presencial (vide anexo 3 termo de consentimento e anexo 2 – questionário enviado).
As respostas dos questionários foram tabuladas, os quadros I a VII, elaborados,
e os alunos, identificados em A1, A2... A19 para garantir o sigilo dos participantes. (No
anexo 2 estão registradas as respostas na íntegra.)
37
3.1) Descrição dos Módulos 1 e 2
O módulo 1 comtempla a disciplina: Ser professor no Ensino Superior e tem como
objetivo auxiliar os profissionais na atuação do processo de docência na
contemporaneidade.
Esse módulo foi dividido em seis ciclos:
1) Ser professor na contemporaneidade;
2) Construção da profissionalidade docente;
3) Construção das formas identitárias em situação de trabalho;
4) Ser professor no curso de graduação em administração;
5) Escola – Lugar onde os professores aprendem;
6) Afetividade.
Módulo 1: Ser professor no ensino superior na contemporaneidade: desafios e
superação
O ciclo 1 teve como objetivo verificar as exigências atuais da profissão professor,
compreender o que é ser professor na contemporaneidade e apresentar aos alunos o
campo da docência no Ensino Superior. Foram disponibilizados os textos: “Ser
professor no Ensino Superior hoje: desafios e superação” (ALMEIDA e PLACCO, no
prelo), “Construção e a aplicação de questionários na pesquisa em Ciências Sociais”
(MIELZYNSKA, 1998) e solicitada aos alunos, após as leituras, a realização de
questionários referentes aos textos, para favorecer a fixação dos conceitos.
No ciclo 2, o objetivo foi discutir a profissionalidade docente e a formação identitária nas
situações de trabalho. Os textos utilizados para leitura foram: o texto base: “Ser
38
professor no Ensino Superior hoje: desafios e superação” (ALMEIDA e PLACCO, no
prelo), “Profissionalidade docente em análise – Especificidades do Ensino Superior e
não Superior” (ROLDÃO, 2005) e “Saberes Profissionais dos professores e
Conhecimentos universitário: elementos para uma epistemologia da prática dos
professores e suas consequências em relação à formação para o magistério
(TARDIF,2000). Posteriormente foram aplicados questionários relativos aos dois últimos
textos mencionados.
O objetivo do ciclo 3 foi compreender a constituição identitária do professor e suas
implicações no trabalho docente, para entender a constituição da docência. Nesse ciclo
foram estudados os textos: “El concepto de identidad como aporte a la comprensión de
la constitución da la docencia” (PLACCO e TREVISAN, 2008) e “Those who
understand: Knowledge growth in teaching” (SHULMAN, 1986). Depois das leituras,
foram realizados questionários.
O ciclo 4 não será objeto de discussão na presente dissertação, pois refere-se a Ser
professor no curso de graduação em Administração.
Módulo 2: Didática e conhecimento pedagógico
Este módulo foi composto por três ciclos:
1) Conceitos e metodologias de ensino-aprendizagem;
2) Formação pedagógica e conhecimento da realidade educacional;
3) Gestão docente e visão geral das técnicas didáticas em sala de aula.
O objetivo desse módulo era capacitar o professor no seu desenvolvimento para
realização do planejamento e preparação dos cursos e aulas, utilizando
39
ferramentas didáticas. Igualmente era auxiliar o professor a realizar avaliações
sobre o desempenho dos alunos e seu próprio desempenho como docente
O ciclo 1 teve como objetivo resgatar os estudos de caso, como recurso didático,
a partir da elaboração realizada pelos participantes do curso no módulo 1. Discutir a
didática como área do conhecimento e esclarecer o conceito de metodologia. Para a
discussão desses conceitos foram utilizados os textos: “Those who understand:
knowledge growth in teaching” (SHULMAN, 1986), “A didática e o conhecimento
pedagógico” (ALMEIDA e PLACCO, s\d) e “Maneira doida de lecionar” (JR. BIGGLE,
1973). Após a leitura deste, foi realizado um questionário para verificar a compreensão
dos alunos dos conceitos abordados.
No ciclo 2, o objetivo foi discutir a relação entre as diversas dimensões da
formação e a necessidade de adequação das metodologias na prática docente, além de
refletir sobre a realidade institucional e suas implicações na docência. Os textos
utilizados para auxiliar o conteúdo do ciclo foram: “Perspectivas e dimensões da
formação e do trabalho do professor (PLACCO, 2006) depois da leitura do texto, o
questionário foi aplicado para assimilação dos conceitos.
No ciclo 3, retomaram-se as questões didáticos-metodológicas identificadas
pelos alunos e refletiu-se sobre o significado da gestão de aula. Foram utilizados os
textos: “Competência pedagógica do professor universitário” (MASETTO, 2003) e “O
coordenador pedagógico e a questão do cuidar” (ALMEIDA, 2012), ambos os textos
tiveram questionários, e os alunos puderam respondê-los a fim de fixar o conteúdo.
Ressalto que, na data do ciclo 1, foi aplicada prova nos alunos, e, por ter sido
muito extensa, o conteúdo da aula foi prejudicado. Para solucionar o problema e os
alunos não serem lesados, essa aula será reposta em maio de 2014 pelas professoras:
Vera Placco e Laurinda Almeida.
40
3.2 Descrição das atividades da tutora dos módulos referidos (que foi a
pesquisadora)
Ao receber o convite para ser tutora deste projeto, fiquei com receio de não
conseguir atender às expectativas que depositaram no meu trabalho. Primeiramente,
tive que compreender o que era ser tutora e qual minha real e verdadeira função
naquele contexto que estava sendo apresentado. Afinal, em um ambiente no qual as
tecnologias da informação impulsionam a educação a distância, como espalhar o
conhecimento em uma área virtual?
Naturalmente, fui buscar informações que poderiam dar respaldo a minha nova
atividade: O que é ser e o que faz um tutor? Em curso misto, ou seja, presencial e
online? Encontrei uma autora Machado (2004) O papel da tutoria em ambientes de
EAD.
Os conhecimentos necessários ao tutor não são diferentes dos que precisa
ter um bom docente. Esse necessita entender a estrutura do assunto que
ensina os princípios da sua organização conceitual e os princípios das novas
ideias produtoras de conhecimento na área. Sua formação teórica sobre o
âmbito pedagógico-didático deverá ser atualizada com a formação na prática
dos espaços tutoriais.
A partir da leitura dessa dissertação e de outros trabalhos, concluí que minha
função como tutora deveria ser um elo entre as professoras e os alunos, estimulando e
auxiliando os alunos e, em contrapartida, sendo apoio e suporte para as professoras. A
ação tutorial é auxiliar os alunos nas estratégias de aprendizagem possibilitando
maiores avanços. Dessa forma, sempre um dia antes da aula presencial, encontrava as
professoras para passar as informações e resultados que os alunos obtiveram naquele
ciclo e, assim, com base nesses dados, pudessem alterar a programação da aula para
sanar as dificuldades que ocorreram nas atividades virtuais. No decorrer dos ciclos, os
alunos apresentaram dúvidas com relação à matéria, às entregas das atividades, e fui
41
respondendo à crescente demanda deles. Outro fator que tentei realizar,
principalmente nos encontros presenciais, era fundamentar e fazer com que
compreendessem a necessidade da realização das tarefas e sua entrega no devido
prazo, pois nosso sistema, após o encerramento, não havia como modificar o prazo (e
cada tarefa feita conta como frequência). O processo de avaliação é realizado de
maneira contínua, a cada atividade atribui-se nota e são feitos comentários
relacionados a elas nos encontros presenciais. Sinto que os alunos apreciam essa
forma de trabalho, pois o constante feedback traz a sensação de tarefa lida, corrigida e
avaliada pelas professoras e por mim, o que motiva a realização das próximas tarefas a
serem realizadas.
Percebi que o tutor tem a responsabilidade de ser um facilitador no processo-
aprendizagem, não só disponibilizando os materiais, mas indicando leituras e
estimulando constantemente a busca por materiais extras que ajudam o processo.
Neste projeto, cada tutor tinha uma função específica; no meu caso, relacionava-
se ao conteúdo (dúvidas, indicações de bibliografias, atividades, etc.). No decorrer dos
encontros presenciais, meu relacionamento com os alunos foi aumentando, assim como
o vínculo, e sinto-me lisonjeada por ter tido esta oportunidade de trabalhar com
excelentes alunos ao lado de professoras incríveis.
A classe foi extremamente comprometida, apresentando ótimos trabalhos. Os
alunos foram participativos, questionadores e ávidos por aprender cada vez mais. O
engajamento individual fez com que o coletivo se tornasse agradável e os encontros
muito prazerosos. As contribuições e as possíveis soluções que trouxeram aos
problemas da área específica do curso de Administração e questões relacionadas à
educação foram sempre pertinentes, plausíveis e ricas de conteúdo teórico e técnico.
Das minhas observações no transcorrer dos encontros presenciais e da
participação como tutora, constatei o que já havia como premissa: a afetividade
permeou o processo de formação continuada que ocorreu. Um autor que me facilitou a
42
discussão desse aspecto foi Henri Wallon, psicólogo e educador francês. Sua
psicogenética considera a pessoa resultante das dimensões afetividade, cognição e
motricidade, e qualquer atividade que interfira em um dos níveis interfere em todos.
3.3 Questionário
1. Por que você se interessou em participar deste curso?
2. Quais foram suas expectativas ao iniciá-lo?
3. Estas expectativas estão se agregando a sua prática?
4. Descreva as características de sua relação com: a) seus alunos b) os
colegas; c) com o conteúdo do curso.
5. O que mais o aproxima de seus colegas?
6. O que mais o distancia de seus colegas?
7. O que mais o aproxima de seus professores?
8. O que mais o distancia de seus professores?
9. Que sentimentos neste momento do curso você experimenta em relação:
a) ao grupo classe; b) aos professores; c) a colegas?
10. O que você mais gosta no curso?
11. O que você menos gosta no curso?
12. Descreva um momento particularmente significativo do curso.
43
Para iniciar a análise, foram elaborados quadros e, a partir deles, escolhidos
eixos para discussão.
44
Capítulo 4 – Análise e discussão dos dados
Para facilitar a discussão, iniciei a análise elaborando quadros.
4.1 Elaboração de Quadros: I à VII
Quadro 1 – Interesse pela participação do curso
Participantes Interesse
1 Módulo Ser Professor do Ensino Superior
2 Adquirir técnicas e conhecimento de curso EAD
3 Preparo para realizar o mestrado no futuro
4
Desejo de se especializar na área
5 Projeto de dar aulas
6 Adquirir conhecimento e ser docente
7 Conhecer novas metodologias
8 Buscava a parte pedagógica
9 Interesse na carreira acadêmica
10 Ter habilidade em docência
11 Conhecer novos métodos e abordagens
12 Possibilidade em fazer um curso na USP e grátis
13 Objetivo em cursar especialização em docência
14 Auxiliar o mestrado em curso
15 Expectativa de desenvolver uma carreira docente
16 Sonha em ser professor do ensino superior
17 Deseja seguir a carreira acadêmica
18 Adquirir conhecimentos e competências
19 Iniciar a carreira docente e é grátis, certificação USP
45
Quadro 2 – Expectativas em relação ao curso
Participantes
Expectativas início do curso Expectativas agregadas
1 Conciliar sua formação em Ciências Sociais com a proposta do curso.
Certamente. Consegue entender a importância do que é ser professor e como deve enxergar a profissão de docente.
2 Conseguir suprir as deficiências de técnicas de didática e conhecimento do curso EAD.
Sim. Consegue ver melhoras nas suas aulas.
3 Não tinha grandes expectativas. Imaginava receber informações de didática e fazer muitos contatos.
Não. Viu outras que agregaram mais.
4
Absorver conteúdos e experiências relacionados a metodologias e práticas pedagógicas.
Em absoluto. Conseguiu durante todo o curso aplicar conhecimentos e técnicas nas suas aulas.
5 As mais altas possíveis. Sai das aulas, depois acaba um texto, finaliza um questionário, com vontade de começar, de planejar suas aulas, fazer a diferença para os alunos.
Ainda não, não leciona.
6 Adquirir conhecimento e realizar networking entre os colegas da sala.
Sim, conseguiu uma oportunidade em docência em administração e só foi possível devido o curso.
7 Ótimas, verificou a experiência do corpo docente e o plano de aulas, aprender a refletir sobre muitos conceitos que até então havia desenvolvido por erros e acertos.
O curso está superando as expectativas. A cada dia tem mais confiança em desenvolver a atividade docente. Pôde confirmar pelos estudos e atividades realizadas, o que antes praticava somente por imaginar que estava correto. Incorporou novas práticas e tem buscado excluir de seu modo de lecionar os comportamentos que não agregam valor para o seu desempenho.
8 Melhorar a didática em sala de aula, novos métodos de ensino
Sente que está mais próxima dos alunos, mais confiante em sala de
46
e a compreensão sobre o perfil dos alunos de hoje.
aula e menos intimidada pelos alunos mais exaltados. Tem buscado maior interatividade em sala de aula.
9 Erradicar as inseguranças em sala de aula na época em que foi professor substituto.
Sim. Já elaborou mentalmente muitas possibilidades de prática.
10 Trocas de experiência, ensinamentos, conceitos e táticas para docência.
Estão agregando seus conceitos para quando tiver oportunidade colocá-los em prática.
11 Conhecer novos métodos e maneiras de viver a prática docente.
Sim, percebeu que dentro das competências de um professor ainda precisa aprimorar muitas.
12 As melhores possíveis e continuam assim, imagina que seja um curso que fará a diferença quando estiver em um processo de seleção, acredita que o nível dos professores, e os temas abordados o tornarão um professor melhor do que já é.
Sim, Já adotou ou tentou adotar algumas coisas discutidas em aula ou exemplificadas pelos professores. Esperava que fosse útil no dia a dia como docente e está sendo.
13 Entrar em contato com outras realidades, outras pessoas com experiências diversas, fazer um curso na USP com professores da USP, era e é uma grande expectativa
Em parte, pois ainda não leciona, mas em seu trabalho em atender alunos, consegue visualizar através da experiência dos seus colegas a dinâmica de sala de aula e o processo de ensino-aprendizagem.
14 Ficou na expectativa e curiosa, é bem diferente do que já assistiu em curso de capacitação docência – PCD que fez na Uninove.
Alguns temas são interessantes e pretende aplicar na prática.
15 Discutir os eventos ligados à carreira de professor, de forma prática e objetiva, trocando bastante informação com os colegas professores.
Sim, porém de forma diferente do que havia previsto. Muita informação relevante, porém menos prática e mais conceitual sobre o exercício da profissão e das formas de desenvolvimento dela.
16 Curso mais participativo: apresentações individuais, aula a aula seminários realizados
Não está praticando.
47
pelos alunos. Uma aula que desenvolvesse, também, a postura em sala de aula, oratória e didática ao longo do tempo, aprendendo com os erros.
17 Começaram a partir do primeiro contato com as professoras, durante a triagem do currículo, agendamento da entrevista e a entrevista. Ficou extremamente feliz em ser aprovada e imaginou que o curso seria muito mais voltado para quem já leciona. Isso trouxe uma apreensão, mas que diminuiu logo que notou que ela, mesmo sem lecionar ainda, conseguiria acompanhar o curso. Ter professores conceituados e experientes foi um diferencial.
Sim, pois está conseguindo começar a planejar a carreira acadêmica, sem pular alguma etapa e percebendo como é na prática, com a troca de experiências entre os alunos do curso e dos professores. Agregou principalmente no processo de decisão: só a fez ter mais certeza do que quer fazer. As aulas de Psicologia da Educação a cativaram.
18 Adquirir conhecimentos relacionados à pedagogia.
Está mais atento a sua identidade como professor, ao relacionamento com os alunos e a avaliação de aprendizagem.
19 Objetivo iniciar a carreira acadêmica, no entanto, se sentia insegura em relação à didática, domínio do grupo e postura em sala de aula. Além disso, o curso é gratuito, possui corpo docente de alta qualidade e certificação USP.
Sentiu que estava no grupo certo: uma turma heterogênea, uns com experiência docente, outros buscando formação para tal, um grupo com faixa etária bem diversificada e perfis com disposição para o “aprender”. Sua expectativa dobrou já nas primeiras aulas, havia um contexto favorável à aprendizagem.
48
Quadro 3 – Características da sua relação com
Participantes Seus alunos Os colegas Com o conteúdo do curso
1 Companheirismo e acompanhamento contínuo do aprendizado.
Companheirismo e colaboração.
Comprometimento e responsabilidade.
2 Relação Honesta e profícua com os alunos.
Gama interessante de colegas, isso torna o debate mais rico, na maioria dos casos, mas muitas vezes também se centraliza em assuntos que não agregam conhecimento.
Dificuldade no cumprimento dos prazos, não por falha da dinâmica do curso, mas por minha falta de entendimento do curso EAD (mesmo semipresencial). Só agora conseguiu se encaixar nesta dinâmica.
3 Costuma estabelecer uma relação de amizade muito forte com os alunos. Tenta construir isso e sente que é recíproco.
Incipiente que é quase impossível atribuir características. O contato é sempre superficial e efêmero.
Interesse, curiosidade, formação.
4
Já foi mais distante, mas se deu conta da importância da afetividade. Hoje a relação é de limites (trabalha somente com adolescentes), porém de respeito e amizade.
Muito boa, porém acredita que em virtude dos encontros espaçados não tem tempo para maiores aproximações. Gostaria de manter contato com vários deles mesmo após o término do curso.
Relação de entusiasmo, pois fica aguardando alguns tópicos ansiosa, pois sabe que necessita do mesmo e pode colocar os mesmos em prática quase que imediatamente.
5 Ainda não leciona.
6 É aberto e o curso o orientou a mesclar a teoria com a prática e há regras claras em relação ao item professor\aluno.
É mútuo, realizam trocas de experiências e networking.
Totalmente motivado com o curso, aplicando na prática a teoria que foi exposta pelos docentes.
7 Avalia constantemente a relação com os
O convívio com os colegas do curso está
49
alunos, percebe que tem dado ênfase também à afetividade, procura interagir com os alunos, sobre suas carreiras, suas angústias pessoais, sobre o futuro de cada um e passou a entender melhor por que cada aluno se comporta de determinadas formas.
muito rico, acredita que está aprendendo com cada um, apesar de boa parte da turma ainda não lecionar, possuem um perfil e reflexões muito ricas para a atividade docente.
8 Maior empatia com os alunos.
Maior empatia com os colegas.
Sente que está mais preparada em relação ao conteúdo do curso. Sabe de suas limitações e ainda sente alguma dificuldade em debater temas que não fazem parte do seu cotidiano.
9 Empenho e preocupação na passagem do conhecimento.
Aproveitar a troca de experiência.
Empenho na preparação da aula, na pesquisa.
10 Ainda não leciona. Ainda não leciona. Ainda não leciona.
11 Procura estar sempre antenado nas novas tecnologias e o que os jovens estão fazendo em seu cotidiano para poder prender a atenção deles.
Relação de aprendizado, já que muitos foram seus professores, tenta sempre que pode escutá-los para que possa se desenvolver ainda mais em sua carreira, mas sem deixar de expor suas ideias.
Sabe que sua matéria é muito importante para o iniciante, então a intenção é que cada aluno possa utilizá-la nos próximos anos, por isso, gosta sempre de ter um feedback deles.
12 Acredita que seja distando no tocante à vida pessoal deles. Não tem esta característica de querer saber nada
Relação distante, apenas nos dias de reunião presencial, e com os alunos que sentam perto.
Identifica-se e aprende muito, fica esperando cada texto, cada discussão.
50
do que acontece fora da escola.
13 Não tem alunos. Troca, respeito, solidariedade e reciprocidade.
Curiosidade, expectativa, contribuição, às vezes um pouco de frustração.
14 Ter mais interação. Ainda existe a resistência.
Buscar novos conhecimentos.
15 Franca e direta. Tem uma forma de tratá-los, que os coloca em pé de igualdade, e acredita que isso seja bom.
Não tem muita interação na faculdade, pois não há integração.
Tem bastante familiaridade, pois revisa o plano de ensino todos os anos, e tem liberdade total para alterá-lo da forma que entende ser mais conveniente.
16 Não leciona em universidade.
Dinâmica, agregadora, troca de experiências, companheirismo.
Muito teórico falta um debate mais participativo com levantamento de questões que instiguem o debate e as perguntas construtivas, palestras dinâmicas e divertidas.
17 Ainda não leciona. Comunicação sempre presente, acolhimento, troca de experiências, aprendizado, afetividade e respeito.
Assuntos que chamam a atenção e faz com que tenha vontade de aprender, se sente capaz de ser professora, uma boa professora.
18 Reconhecimento e respeito.
Parceria e coleguismo. Interesse e participação.
19 Embora não possui vivência em sala de aula, hoje está mais motivada a procurar uma oportunidade na área docente, até mesmo, como professora voluntária.
Perfil observador e busca ouvir mais para aprender pela experiência que trazem da sala de aula que lecionam.
Afinidade com os textos e com os conteúdos das aulas. Leituras rápidas e produtivas, pois tem a sensação de poder utilizar aquele conhecimento no dia a dia como professora
51
Quadro 4 – O que mais o aproxima de seus colegas e O que mais o distancia de
seus colegas
Participantes Mais o aproxima dos colegas Mais o distancia dos colegas
1 A necessidade de colaboração entre as partes. Seja em reuniões ou em sala dos professores.
A falta de tempo para dialogar com outros alunos extra prática de docência.
2 A experiência em sala de aula e suas expectativas na carreira.
A tratativa de assunto muito distantes do objetivo do curso, experiências pessoais que não agregam valor aos demais.
3 As relações de amizade que construiu e procura manter ao longo do tempo.
Não sabe. Talvez o nível de interesse que é diferente em cada um e acaba criando alguns nichos e “guetos”.
4
A troca de experiência e a empatia gerada entre eles desde o início.
A distância física é um fator importante e a falta de tempo para conversar sobre assuntos aleatórios e às vezes pessoais.
5 A mesma vontade de fazer a diferença na educação do Brasil.
O fato de ainda não ser docente.
6 Aulas presenciais e trabalhos em grupo.
Aulas presenciais sem atividades em grupo.
7 Os debates em sala de aula e a troca de informações nos intervalos.
O ambiente online.
8 Compartilhar conhecimento e técnicas que vem aperfeiçoando ao longo deste curso.
A falta de tempo para este tipo de discussão, pois tem muitas atividades de pré-aula que dificulta aquele papo de café.
9 A toca de experiências. Tem muitos colegas com as mais diversas experiências no qual procura absorver um pouco de cada um.
O não compartilhamento, a troca de experiências.
10 Cumplicidade. Falta de coleguismo e falta de cumplicidade.
11 A possibilidade de ter exemplos vivenciais de cada um.
A diferença de métodos, e por que prefere estar mais próximo dos alunos.
12 Assuntos pertinentes ao curso. Pessoas que falam apenas na primeira pessoa, como se o curso fosse feito apenas para ele, e querem brilhar mais que os
52
professores.
13 Os objetivos comuns, amor ao ensino e o desejo de aprender.
Somente a distância física e a experiência deles.
14 Procura fazer amizade com todos, sem distinção, e procura conversar, e às vezes até trocar ideias dos conteúdos das disciplinas.
Tem alguns colegas que não gostam de trocar ideias, de dividir o conhecimento.
15 - O fato de serem professores.
16 A troca de conhecimento, a discussão dos textos não compreendidos muito bem, a semelhança nos objetivos.
Ser fechado, pouco afável, não compartilha experiências.
17 A troca de conhecimento e as discussões sempre positivas sobre os mais variados pontos de vista. São pessoas culturalmente interessantes.
Sente que a distância maior acontece por ainda não lecionar.
18 Interesses comuns, nível cultural, profissão, etc.
Ponto de vista diferentes.
19 As atividades do Moodle, principalmente a ferramenta WIKI. Acha que esta ferramenta poderia ser mais explorada pela equipe docente. Foi um grande desafio utilizá-la, crê que exerceu um papel de liderança buscando equalizar as ideias de cada membro do grupo. Os momentos de café também serviram para uma aproximação e identificação com os membros da turma.
A falta de proposta de discussões, debates e encontros no Moodle. Crê que o corpo docente poderia ter incitado mais desafios para a resolução da turma.
53
Quadro 5 – O que mais aproxima de seus professores e o que mais o distancia de
seus professores
Participantes Mais aproxima de seus professores
Mais o distancia de seus professores
1 Desafios impostos por estes em sala de aula e didática voltada para os alunos.
Falta de tempo para aplicar os conhecimentos abordados em sala de aula.
2 Seriam muitos itens a relacionar, entretanto a experiência acadêmica; a oferta aberta das técnicas didáticas e possibilidade de um contato mais próximo fora do curso.
A sua falta de tempo e adequação à dinâmica do curso semipresencial, mas também, como relatou, parece que as barreiras estão sendo ultrapassadas como menos dificuldades agora.
3 A habilidade que eles possuem em prender sua curiosidade.
A sensação que eles estão perdidos ou que são indiferentes a mim e aos colegas.
4
Perceber que são pessoas admiráveis e acessíveis.
Intimidação. Falta de afinidade. Vale ressaltar que não enfrenta problemas dessa natureza no momento.
5 A vontade de extrair mais e mais conteúdo, a curiosidade de estar sempre disposta a aprender novos conceitos, novos modos de lecionar.
Acredita que o fato de ainda não lecionar, pois ouve muitos depoimentos, exemplos dos alunos e professores com relação a experiência deles com alunos.
6 Dinâmicas e debates em sala de aula.
Falta de dinâmicas e debates em sala de aula.
7 Os debates em sala de aula e a troca de experiência e informações nos intervalos das aulas presenciais.
O ambiente online, falta um fórum de discussão online em tempo real nas semanas em que não tem aulas presenciais.
8 Fascinação. Eles são fantásticos e quer ser assim quando crescer.
Falta de tempo, pois os intervalos são curtos e não tem oportunidade pós-aula.
9 A disponibilidade de todos eles, o vasto conhecimento e experiência e o carinho real e preocupação com o nosso Ser Professor.
A não disponibilidade.
10 A relação afetiva. A falta de relação afetiva, vínculo.
11 Vê que ainda não teve muita Acha que o pouco tempo de
54
proximidade com os professores. contato acaba distanciando um pouco.
12 A capacidade deles em passar a matéria, e minha necessidade de aprender, de querer saber.
O intervalo de tempo entre duas aulas presenciais, afinal é o único momento em que mantemos algum contato.
13 A forma respeitosa e de carinho com que tratam os alunos.
Somente a distância física.
14 É muito dedicada no que está em seu alcance, e reconhecem seu esforço.
-
15 O fato de sermos professores. Os professores do NPT não são professores de administração, de forma que o comportamento e as preocupações são muito diferentes. A própria forma de abordar os problemas é diferente. Isso é muito enriquecedor.
16 A experiência, a doçura, o conhecimento, a didática, o saber conduzir uma aula.
O rótulo, pois não vou falar para o professor que não compreendi o texto ou que achei muito longo, muito teórico.
17 Sem dúvida a curiosidade sobre tudo o que eles podem ensinar. Todos os professores, até agora, deixaram uma aproximação saudável. Fascinada pelas aulas das professoras Laurinda e Vera.
A única distância que tem com os professores é apenas a distância física.
18 Interesse pelo assunto, identificação.
Falta de compreensão do assunto, identidade do professor.
19 A abertura para participação em sala de aula e o feedback das atividades realizadas.
Discussões não orientadas em sala de aula (quando abrem muito o assunto da discussão e perdem o foco). Outra possibilidade que causa a distância, é a insegurança em relação aos docentes, às vezes sente dificuldade em estabelecer um diálogo não relacionado com o conteúdo. Acha que poderiam realizar algumas dinâmicas e quebrar essa barreira, que neste ponto de vista, acredita que seja comum a outros colegas.
55
Quadro 6 – Que sentimentos neste momento do curso você experimenta em
relação
Participantes
Grupo Classe Professores Colegas
1 Excelente Turma. Comprometida e responsável.
Receptivas, atenciosas, carinhosas e conhecedoras profundas dos assuntos abordados.
Companheirismo e com ótimo senso de humor.
2 - - -
3 Amizade, alegria. Admiração, interesse, afinidade.
Amizade, alegria.
4
Amizade, companheirismo.
Admiração e respeito. Vontade de estreitar os laços.
5 Coleguismo, união. Onde todos buscam juntos o mesmo objetivo.
Carinho, de mestre, de pessoas que estão 100% engajadas para lecionar e dispostas a ajudar no que for preciso.
Carinho, amizade, de pessoas que estão juntas para aprender, ensinar e aperfeiçoar.
6 Grupo unido e participativo.
Docentes qualificados e que auxiliam no desenvolvimento e assimilação dos assuntos tratados para com os alunos.
Participativos, pró-ativos e democráticos.
7 Sente-se a vontade com a turma.
Seriedade e afetividade docentes são contagiantes.
-
8 Classe bem interativa busca relacionar-se fora do ambiente escolar.
Sábios com vasto conteúdo têm aprendido muito com eles.
Networking sempre é importante.
9
Grupo bastante coeso quanto aos objetivos.
Que Aproveitou muito pouco, e que pode aproveitar melhor e muito mais de toda bagagem deles.
Possui colegas onde pode trocar experiências e networking para oportunidades.
10 Dispersos. Coesos. Falta de interesse, porém há união no grupo.
11 São vivências em diversas áreas
São pessoas que estimulam a consciência
Sente ainda um pouco distantes, mas por conta
56
diferentes o que traz, muita bagagem e novas maneiras de enxergar uma certa situação.
comportamental e abrem os olhos dos alunos para a percepção do eu acontece dentro da educação a nossa volta.
do pouco tempo de contato, são pessoas que buscam o desenvolvimento na área docente, uns mais aplicados outros menos.
12 Não tem problema de convivência.
Não tem problema de convivência.
Alguns alunos querem mais atenção que o necessário.
13 Carinho, respeito, liberdade, acolhimento e ainda expectativa.
Carinho, respeito, liberdade, acolhimento e ainda expectativa.
Carinho, respeito, liberdade, acolhimento e ainda expectativa.
14 Sentimento de amizade, gosta da turma.
A maioria sentiu afinidade, são abertos para ouvir.
Sentimento de amizade.
15 A classe é ótima. Muita admiração. Tem verificado que os professores são muito bons- tanto tecnicamente quanto na condução das discussões em sala de aula.
Interação com diversos colegas individualmente e todos tem se mostrado muito abertos e receptivos.
16 Excelente grupo, pessoas amáveis, sempre dispostas a ajudar. Quando tem problema e dúvidas acadêmicas, lança a dúvida no café da manhã e a ideia sai fresquinha.
Relação de afeto, positiva e feliz.
Feliz, satisfeita e às vezes desesperada (quando alguém diz que leu o texto errado).
17 Alegria, comprometimento e atenção.
Conhecimento, afetividade, integração.
Alegria.
18 Motivação. Dedicação. Parceria.
19 Neutralidade em função de um grupo misto, embora haja indícios da formação de dois blocos, pretende explorar o melhor desses dois grupos.
Respeito e admiração ao corpo docente qualificado, dedicado e que trata com especialidade o projeto do curso.
Os colegas têm experiências profissionais diversas, as conversas atingem as atividades em sala de aula e o cotidiano pessoal de cada um. Possui confiança
57
nessas pessoas e alegria ao encontrá-las aos sábados.
Quadro 7 – O que você mais gosta no curso e o que menos gosta
Participantes Mais gosta no curso Menos gosta no curso
1 Dos temas abordados pelas professoras L. e V. Levem a reflexão e a discussão construtiva. Certamente sentirá falta no segundo módulo.
Algumas vezes (poucas veze, claro) as discussões sobre os temas abordados em sala de aula não condizem com a proposta inicial Acabam perdendo o foco.
2 Não houve nada que causou sensação negativa no curso. Acha que ainda vai melhorar muito suas aptidões como docente pesquisador.
Alguns “debates” levaram a dispersão, acredita que a fineza e amabilidade das professoras não foi compreendida por alguns colegas. De todo modo, isso também ocorre, pois trata-se de um grupo heterogêneo.
3 Os encontros presenciais e a cumplicidade “intimidade” que foi construída.
O caráter experimental. Por conta da característica vanguardista do curso, percebem que os professores muitas vezes estão perdidos\desorientados o que gera atividades repetidas.
4
Das aulas presenciais, pois são transmitidos ótimos conceitos e experiências muito ricas.
Dos textos muito extensos e dos questionários que não permitem muita interpretação. Muitas das respostas são dadas na íntegra.
5 Gosta muito dos textos, dos debates, das experiências vividas.
Não gosta só de uma coisa, mas que já está trabalhando para melhorar. Devido a vergonha que sente em expor suas ideias, de falar na frente de todos, de um dia falar algo errado.
6 É o conhecimento que está adquirindo, bem como o networking e a troca de experiência entre os docentes e
Deveria haver uma maneira no Moodle informar aos alunos a relação de pessoas de cada grupo a cada módulo. Este item é
58
colegas da sala. confuso, uma vez que quando há uma atividade em grupo, no Moodle não sabem ao certo quais são os integrantes que compõe o grupo, pois na aula inicial havia um grupo pré-estabelecido.
7 Os debates sem sala de aula e a troca de experiências e informações nos intervalos das aulas presenciais.
O ambiente online, falta de um fórum de discussão online em tempo real nas semanas em que não tem aulas presenciais.
8 A dinâmica em sala de aula. A distribuição das tarefas na semana, pois com a mudança do módulo tem, geralmente 2 textos para leitura e exercícios numa única semana, sobrecarregando a semana da abertura do módulo.
9 Os debates presenciais. As atividades online que às vezes parecem desencontradas ou por faltar algo a mais que aglutine o grupo e promova o debate.
10 Dos encontros e as trocas de experiências.
Não sei o que menos me agrada, sei o que gostaria que fosse diferente.
11 A possibilidade de aprender com os exemplos dos outros colegas e dos professores, acho que mais que a teoria isso enriquece muito.
Acho que às vezes, o feedback dos questionários, deveria ser mais rápido, sente que às vezes é muito denso, na questão de ler os textos e passar muito tempo discutindo sobre eles, penso que poderia haver alguns trabalhos em grupos para poder desenvolver este conteúdo.
12 Sem dúvida nenhuma, das aulas presenciais, onde discutimos temas interessantes.
Da disponibilidade do material aos domingos, seria mais proveitoso que eles fossem disponibilizados aos sábados.
13 Aulas presenciais. A distribuição das atividades.
14 Das palestras, são interessantes. Às vezes na parte da tarde, quando se tem discussão dos textos, acho que fica um pouco repetitivo.
15 Gosto da mescla do virtual e do presencial. Acha que dá para explorar muita coisa com a junção
As discussões presenciais, em alguns momentos, acabam desviando de foco. O fato de os
59
dos dois mundos e as duas formas de interação.
temas serem muito amplos dá espaço para este tipo de coisa, que em alguns momentos gera a falta de conexão dos alunos com a dinâmica da aula.
16 Das relações interpessoais, dos debates construtivos, das discussões informais no café sobre temas levantados na aula.
Às vezes sente o curso um pouco cansativo.
17 Aprender sobre assuntos que não conhecia, como Psicologia da Educação e estar tão próxima de colegas que já lecionaram. A troca de experiência é tudo.
Dos prazos curtos para entregar as tarefas, que deveriam ser maiores para poderem ser mais criativos.
18 Encontros presenciais. Ambiente virtual.
19 As aulas de apresentação do conteúdo, momento em que se tem o contato com o professor. As referencias e citações das professoras Vera e Laurinda inspiram a ler, o carinho que demonstra pelo grupo e pelo projeto da professora Adriana faz com que se sinta especial e, claro, a praticidade do professor Dutra com a inserção da tecnologia torna o curso atual. Admiro a dedicação da Liliane em acompanhar as aulas e atividades online, está no aguardo de uma visita do prof. Euro. Além disso, a Camila apresentou o conteúdo que esclareceu dúvidas que tinha sobre a carreira profissional. Admira o melhor de todos!
O prazo de realização das atividades Moodle, poderia ter um tempo maior para concluir as tarefas. A falta de desafios nas atividades, crê que ler e responder questionários tornou uma rotina neste ciclo. A falta de uma avaliação comentada dos tutores online sobre as atividades de texto.
Após realizar o levantamento das informações, nos quadros já apresentados, passei a
reagrupar as informações em categorias de análise. Assim é que, das informações
contidas no quadro 1, elaborei o quadro 8, e das informações dos quadros 1 e 2,
elaborei o quadro 9.
60
4.2 Categorias de análise
Quadro 8 – Interesse em participar do curso
Adquirir conhecimentos sobre aspectos pedagógicos e EAD
Preparar-se para o mestrado
Iniciar carreira docente no futuro
Certificação USP
TOTAL 9 3 2 4
Diversos foram os interesses dos alunos em iniciar o curso. O desejo que mais aparece
é o de adquirir conhecimentos sobre aspectos pedagógicos e EAD. O fato de o curso
ser presencial e online despertou a curiosidade dos alunos para o mesmo, uma vez que
engloba conhecimentos de didática, inovações tecnológicas e conteúdos sobre ser
professor hoje, os desafios de conduzir as salas de aulas, as dificuldades da era
tecnológica e como obter bons resultados aliado à tecnologia que faz parte do cotidiano
de todos aqueles que já são ou buscam ser professores. A certificação USP também foi
um grande diferencial pela busca e matrícula no curso, pois traz reconhecimento e
valorização ao curso. Alguns têm o desejo de iniciar a carreira acadêmica, e outros de
preparar-se para o mercado de trabalho e, para isso, o curso pode auxiliar na realização
de artigos e pesquisa.
[...] “Interessei-me pela possibilidade de fazer um curso de formação pela
USP e principalmente de graça, não pensei duas vezes. Já dava aulas e veio
bem a calhar.” (A12)
“Faltavam-me técnicas de didática e conhecimento EAD”. (A2)
“O interesse em participar do curso foi em conhecer novas metodologias” [...]
(A7)
61
Quadro 9 – Expectativas e interesses
Expectativas Iniciais Total Interesses Total
Suprir lacunas de conhecimento 5 Adquirir conhecimentos sobre aspectos pedagógicos e EAD
8
Informações de didática e métodos 6 Conhecimento na parte pedagógica
1
Network 2 Iniciar carreira docente no futuro 2
Curso USP 2 Certificação USP 4
O quadro acima demonstra que suprir lacunas de conhecimento e adquirir
conhecimentos sobre aspectos pedagógicos e EAD era o desejo da maioria; em
seguida, adquirir informações de didática e métodos também gerou grande expectativa
nos alunos. Mais uma vez percebi que a certificação USP estava fazendo a diferença
pelo interesse e expectativa em relação ao curso. A vontade de iniciar a carreira fez
com que alguns alunos tivessem a expectativa inicial de fazer network, pois, dessa
forma, conheceriam pessoas que já atuavam na área e que poderiam auxiliar no
ingresso da mesma.
“Conseguir suprir as deficiências de técnicas de didática e conhecimento do
curso EAD”. (A2)
“Adquirir conhecimento e realizar network entre os colegas da sala”. (A6)
“Melhora da didática em sala de aula, novos métodos de ensino” [...] (A8)
Categoria 2: Relação com colegas – dentro e fora do curso
A questão número 4 levou-nos a elaborar dois quadros, pois alguns responderam
levando em conta os alunos dos cursos em que lecionam em diferentes faculdades, e
outros considerando os alunos do curso de especialização que estão frequentando o
curso (Pró-Administração).
62
Quadro 10
10.1 Características de sua relação com: os colegas – fora do curso (no trabalho)
e no curso (Pró-Administração)
Relação com os alunos
Fora do curso
No curso
Companheirismo 1 2
Colaboração 1
Troca de experiência 1 5
Resistência 1
Não há integração 1
Superficial 1 1
Distante – Encontros espaçados
2
O curso é visto pelos alunos como um espaço para principalmente de troca de
experiências, o que não ocorre no trabalho; apenas um participante relaciona troca de
experiência no trabalho.
No curso também é relacionado o companheirismo, porém alguns alunos sentem que
os encontros espaçados deixam a relação mais distante.
“Dinâmica, agregadora, troca de experiências, companheirismo”. (A16)
“Companheirismo e colaboração”. (A1)
[...] “Realizamos troca de experiência” [...] (A6)
Um ponto que me chamou a atenção foi que os encontros espaçados (a cada quinze
dias), no olhar do aluno traz um distanciamento entre eles e isto, pode prejudicar as
relações, pois elas ficam mais “quebradas”. Já nas relações fora do curso à resistência
e falta de integração são fatores que prejudicam a atuação deles como docentes, pois
se a troca de experiência, a vivência e o contato fossem constantes, facilitaria a
atuação em sala de aula.
63
10.2. Relação com os colegas (no trabalho e no curso): o que aproxima e o que
distancia
Aproxima dos colegas Distancia dos colegas
Características No trabalho No curso Características No curso
Colaboração 2 Falta de tempo 2
Relações De
Amizade
1 Assuntos
distantes do
objetivo do
curso
1
Fazer Diferença
na educação
1 Distância Física 3
Experiência em
sala de aula
2 Não ser
docente
2
Aulas
presenciais
1 Não ter
atividade em
grupo
1
Compartilhar
conhecimento
3 Diferentes
métodos e
ponto de vista
2
Objetivos
Comuns
2 Falta de
cumplicidade
coleguismo
1
(Obs.: A coluna do que distancia dos colegas no trabalho não foi incluída porque todos
consideraram apenas a distancia dentro do curso.)
No trabalho, acreditam que quando há colaboração entre os colegas e relações de
amizade, ter o mesmo ideal (fazer diferença na educação), aproximam-se de seus
colegas de trabalho. No curso o que aproxima é mais a parte voltada ao conhecimento
64
de conteúdo e de prática em sala de aula. Também consideram que ter os mesmo
objetivos os aproxima.
Com relação à distância, percebe-se que, mesmo com os contatos online, eles sentem
distância física. Apenas um dos participantes considera que os assuntos que fogem do
objetivo do curso os distanciam.
[...] “A tratativa de assunto muito distantes do objetivo do curso”. (A2)
“A distância física é um fator importante” [...] (A4)
Categoria 3: Momento Significativo
Quadro 11 – Momento significativo do curso
Momento Total
Primeira aula 8
Conversas com as professoras 4
Palestras 10
Textos 2
Afetividade 7
Ferramenta EAD 1
Os momentos particularmente significativos dos alunos trazem à tona a
confirmação de Henri Wallon sobre a dimensão afetiva o quanto independente da nossa
vontade, ela está inserida nas nossas vidas, pois é constitutiva de uma pessoa. No
curso, muitas vezes sem mencionar a palavra afetividade, eles mostraram a importância
dela ao longo dos encontros presenciais, valorizando as relações humanas. As
manifestações afetivas professor-aluno, aluno-aluno, exemplificam o que durante todo o
curso tive como suspeita. A afetividade estava sendo enfatizada no curso, em alguns
65
momentos até priorizada, sendo valorizada como um lado importante, para alguns
alunos, até fundamental.
O vínculo construído na primeira aula foi marcante e crucial para a relação que
foi desenvolvida ao longo do curso.
“Na primeira aula: todos puderam se apresentar e expor um pouco de si. De
forma discreta falamos e rimos sobre alguns vícios e práticas de alguns
alunos. Isso nos aproximou”. (A1)
“São vários. Desde o momento das apresentações. Fiquei encantada, todos
os professores foram extremamente receptivos e simples, embora tivessem
motivos para não o ser se quisessem”. [...] (A4)
O que os alunos expressam é que o acolhimento no primeiro dia de aula é muito
importante, seja para crianças ou adultos. O primeiro dia de aula de um curso reveste-
se como um momento para criar vínculos e compartilhar objetivos.
Conversas com as professoras decorrentes do primeiro dia de aula fizeram com
que os alunos se sentissem seguros, confiantes e acolhidos, ficaram à vontade para
procurar as professoras nos intervalos para sanar dúvidas e discutir situações
enfrentadas em suas práticas.
“Vários são os momentos, mas creio que o principal foi no primeiro dia de
aula. No primeiro dia tivemos a apresentação de todos, do curso, como
surgiu, onde se pretende chegar. Meus olhos brilharam e percebi que estava
no lugar certo. Tenho um carinho muito particular com as professoras V. e L.
Pessoas muito queridas e que transmitem um grande conhecimento e
segurança”. [...] (A9)
As palestras também marcaram os alunos de forma positiva. A dinâmica dos
palestrantes e a interação com os mesmos propiciaram momentos de conhecimento,
alegria e prazer em conhecer novas ideias e pensamentos.
“O show-aula do Prof. João Arantes! Conteúdo importante, aula dinâmica,
todos interagindo. Um exemplo – fora do nosso contexto – que vou levar
para minhas aulas”. (A5)
66
“Pra mim, todos os momentos foram significativos, mas o que mais me
marcou foi a aula com o Prof. Domingos Fernandes”. (A6)
Importante observar que o uso de tecnologias e ferramentas EAD foi o que
menos teve importância para os alunos, diante da convivência e vínculo que
construíram e fortaleceram, mesmo com os encontros quinzenais. Acredito que essa
baixa atribuição ocorre porque no curso foram inseridas grandes inovações
tecnológicas que muitas vezes não fazem parte do dia a dia do professor. Nem todas as
instituições possuem essas tecnologias, logo aprender algo que está aquém da sua
realidade pode não trazer benefício imediato, o que faz com as pessoas tenham o
interesse em conhecer a ferramenta, mas depois de perceber que pouco será utilizada
em sua realidade o interesse diminui.
4.3 Temas em destaque
As respostas dos alunos levaram-me a compreender que alguns fatores foram de
extrema importância para a percepção deles sobre o curso. Em todos eles, a dimensão
afetiva apareceu com destaque.
1) Hora do Café (Intervalo)
2) A importância dos textos teóricos
3) Aprender pela experiência do outro
4) Expectativas diferentes, relações diferentes com o curso
67
Tema 1: Hora do café
Muitos mencionaram que a colaboração e companheirismo são aspectos
marcantes do grupo, porém a falta de tempo para dialogarem sobre diversos assuntos
acaba os distanciando.
Percebi que a hora do café (intervalo) era um momento não só de “relaxamento
da aula”, mas de descontração no qual eles tinham livre acesso para conversar com as
professoras sobre assuntos particulares, de diversos interesses, tirar dúvidas de
conteúdo, fazer perguntas sobre os textos para tutora e, como muitas vezes ocorreu,
questionar sobre o mestrado, como funciona, como é o processo seletivo e se é
possível conciliar mestrado e trabalho. Além disso, era um momento de fazer network
com os colegas, tirar dúvidas da carreira de docente, descobrir objetivos comuns,
afinidades, compartilhar angústias vividas na prática, dividir os anseios e as
expectativas de iniciar a carreira, enfim era o momento deles e é visto como agradável
e desejado. Os questionários retratam a importância da hora do café e seu significado e
o quanto esse momento foi prazeroso e produtivo.
[...] “E da hora do café: momento de descontração e de colocar o papo em
dia. (A1)
Os debates em sala de aula e a troca de experiências e informações nos
intervalos das aulas presenciais”. (A7)
[...] “Dos debates construtivos, das discussões informais no café sobre temas
levantados na aula”. (A16)
Tema 2:Importância dos textos teóricos
Os textos teóricos lidos e discutidos pelos alunos referiam-se a temáticas
desconhecidas por eles, e com um formato bem diferente dos textos de Administração.
68
No entanto, os alunos manifestaram seu interesse pela leitura e discussão dos
mesmos.
“Aprender sobre assuntos que não conhecia, como Psicologia da Educação”
[...] (A17)
“Gosto muito dos textos, dos debates, das experiências vividas”. (A5)
Causou-me surpresa que, em uma sala de profissionais formados em curso
superior de Administração, textos relacionados à afetividade pudessem afetá-los e levá-
los a sentir diferenças em suas práticas como docentes. A sensibilidade que
demonstraram ter pela temática e de como discuti-la levou-os a refletir sobre suas
posturas como profissionais.
[...] “Especialmente os momentos que debatemos sobre os textos. Um dos
momentos significativos no curso foi a reflexão que realizamos na aula 31\08
sobre afetividade. Foi um momento em que puder reavaliar diversas
reflexões sobre minha atuação como docente e identificar práticas e
comportamentos que posso adotar para melhorar minha liderança e
influência sobre os alunos, melhorando assim meu desempenho como
docente”. (A7)
Tema 3: Aprender pela experiência do outro
No curso, esta característica apareceu diversas vezes; os alunos entendiam o
quão necessário é ouvir e aprendiam com a troca e com a experiência dos colegas.
Durante o curso, as contribuições dos alunos foram ricas e engrandeciam as
discussões na sala de aula. Sempre participativos, eles faziam questão de se
posicionar, de emitir suas opiniões e ouvir os demais colegas. Não tenho dúvidas que
69
isso contribuiu para grandes debates e discussões em sala de aula, e é devido a esse
comportamento dos alunos, junto com a postura das professoras, em também saber
ouvir, que o grupo pôde se entrosar e aos poucos perder a vergonha e criar coragem
para cada vez mais participar, fazendo comentários e agregando valor a cada aula que
passava. Com respeito e admiração pela forma como foram conduzidos os debates
pelas professoras, o grupo conseguiu se fortalecer e criar um ambiente agradável e
propício para o aprendizado, para troca de experiências, o que serviu para se sentirem
mais próximos e unidos.
“A troca de experiência e a empatia gerada entre nós desde o início”. (A4)
“Sentimento de coleguismo, de união. Onde todos juntos buscam o mesmo
objetivo”. (A5)
[...] “Realizamos trocas de experiências e networking”. (A6)
“A troca de experiências. Temos muitos colegas com as mais diversas
experiências no qual procuro absorver um pouco de cada um”. (A9)
Outro fator que julgo importante analisar é o que os alunos mais gostam e menos
gostam no curso.
Ao analisar as respostas dos alunos, percebi que eles mais gostaram dos temas
abordados, das aulas presenciais, troca de experiência entre docentes e colegas, corpo
docente qualificado, networking e debates em sala de aula. Esses pontos foram
essenciais no decorrer do curso. Ressalto que os encontros presenciais sempre
estiveram presentes em suas falas e que deles surgiram relações de amizade,
admiração, reconhecimento, união e companheirismo. O corpo docente qualificado, a
experiência das professoras, a amabilidade e a forma como transmitem o conhecimento
deixaram os alunos confiantes e seguros para aprender e se desenvolver. Muitas vezes
alguns temas abordados durante os encontros presenciais eram completamente
desconhecidos para os alunos, e por ser de um universo tão distante, eles puderem se
aprofundar e se encantar com o que estava sendo apresentado.
70
“Dos temas abordados pelas professoras: L. e V. nos levam à reflexão e à
discussão construtiva. Certamente sentirei falta no segundo módulo”. (A1)
“Das aulas presenciais, pois são transmitidos ótimos conceitos e
experiências ricas”. (A4)
“Dos assuntos que estamos estudando e discutindo, do corpo docente muito
qualificado, empenhado e interessado em transmitir conhecimento e nos
transformar”. [...] (A7)
Em contrapartida, aos encontros presenciais que apareceram com destaque na
fala dos alunos, o que eles menos gostaram foi o curto prazo para realização das
atividades, disponibilidade do material aos domingos (gostariam que fosse no sábado),
ambiente virtual, caráter experimental do curso, em alguns momentos perda do foco
nos debates dos textos, textos muito extensos e questionários que não exigiam muita
interpretação. Acredito que pelo fato de o curso ser pioneiro e esta ser a primeira turma,
os professores e coordenadores também estão aprendendo. Para muitos, essas
ferramentas tecnológicas não fazem parte de sua realidade, e eles tiveram que se
adaptar a utilizá-las. Justamente por ser a primeira turma, erros são inevitáveis, mesmo
quando se tem um processo de gestão de qualidade e uma equipe preparada para
atender eventuais problemas. O importante foi que, ao se deparar com um erro dos
professores ou das ferramentas tecnológicas, eles foram solucionados rapidamente
para que os alunos não fossem prejudicados, e, assim, toda a equipe estava
trabalhando coletivamente com o objetivo de oferecer um curso com excelente
qualidade aos alunos. E é claro que os alunos perceberam e exteriorizaram em gestos
e falas todo esse cuidado e carinho que todos tiveram na elaboração e execução do
curso.
“Curto tempo para realizar as atividade”. [...] (A7)
“A distribuição das tarefas na semana”. [...] (A8)
71
“Da disponibilidade do material aos domingos, seria mais proveitoso que eles
fossem disponibilizados aos sábados”. (A12)
“A distribuição das atividades”. (A13)
Tema 4: Expectativas diferentes, diferentes relações com o curso
Pensei em cruzar interesses\expectativas dos alunos com as respostas dadas às
demais questões, considerando que expectativas diferentes podem levar a diferentes
relações com o curso. Escolhi três alunos, um representando o interesse em ser
professor do ensino superior, o segundo com o interesse em preparar-se para o
mestrado e o terceiro em ganhar a certificação USP. Com isso, passei a analisar suas
diferentes trajetórias no curso.
O primeiro aluno analisado tinha como interesse o módulo Ser Professor no
Ensino Superior. Sua expectativa inicial era conseguir conciliar sua formação
acadêmica (Ciências Sociais) com a proposta do curso. Considera que essa
expectativa está sendo correspondida, pois consegue entender a importância do que é
ser professor e como deve enxergar a profissão de docente. O fato de já lecionar
permite expressar sua relação com os alunos para quem leciona e afirma que o
companheirismo e o acompanhamento contínuo do aprendizado fazem a relação entre
eles ser frutífera, assim como a relação com seus colegas de trabalho. Acredita ser uma
pessoa comprometida e responsável no curso do Pró-Administração. A necessidade de
colaboração entre os colegas de trabalho faz com que fiquem mais próximos, já a falta
de tempo com outros alunos do curso Pró-Administração faz com que aumente a
distância. No papel de aluno, vê os desafios impostos pelos professores sem sala de
aula como um fator de aproximação na relação aluno\professor. No curso Pró-
Administração, acha a classe comprometida e responsável e as professoras receptivas,
atenciosas, carinhosas e conhecedoras profundas dos assuntos abordados, quanto aos
colegas percebe que o companheirismo e o senso de humor presentes no curso. Gosta
dos temas abordados pelas professoras, pois levam à reflexão e à discussão
72
construtiva; porém, em certos momentos acha que essas discussões perdem o foco e
não condizem com a proposta inicial. Possivelmente, as discussões feitas em sala de
aula pelas professoras sobre questões não pertinentes ao tema afetam-no porque
diminui o tempo que poderia ser gasto para a discussão e o aprofundamento do tema
proposto.
O segundo participante analisado tem como interesse a preparação para o
mestrado, estava incomodado com sua formação e interessado em voltar a estudar. Ao
tentar fazer o mestrado anteriormente, conseguiu a pontuação na prova, mas não foi
aceito por seu projeto e não ter nenhuma publicação na área. Tomando conhecimento
do Pró-Administração, percebeu que esse viria ao encontro do que ele procurava. Não
possuía grandes expectativas no início do curso e imaginava adquirir informações sobre
didática e fazer contatos com professores. Essas expectativas não estão sendo
atendidas, porém vê outras nas quais não pensara antes, agregando valor ao seu
currículo. Tenta construir uma relação de amizade com seus alunos e sente que é
recíproco. Com relação aos colegas do curso, sente que é pouco o tempo de
convivência, que leva a um contato sempre superficial e efêmero. O curso Pró-
Administração desperta seu interesse e curiosidade. Considera a habilidade dos
professores em prender sua curiosidade, mas revela que tem a sensação de que as
professoras são indiferentes a ele e isso faz com que se distancie das mesmas.
Contraditoriamente, com relação ao grupo classe experimenta sentimento de amizade e
de admiração pelas professoras. Gosta dos encontros presenciais e a cumplicidade e
“intimidade” que construíram. Acredita que o caráter experimental do curso leva a uma
certa desorientação dos alunos quanto às atividades solicitadas.
O terceiro e último participante interessou-se em cursar a especialização porque
tem como objetivo iniciar sua carreira docente, porém sentia-se inseguro em relação à
didática, domínio do grupo e postura em sala de aula. Ressalta que, além disso, o curso
é gratuito, possui corpo docente qualificado e certificação USP. O contexto favorável à
aprendizagem fez com que sua expectativa inicial dobrasse, e a aproximação aluno-
professor durante encontros informais, como o café, o deixou mais à vontade para
73
participação em sala de aula. Percebe que sua postura profissional mudou. Ainda não
possui vivência em sala de aula, mas encontra-se mais motivado para buscar uma
oportunidade na área docente. É muito observador e busca ouvir mais os colegas para
aprender pela experiência que trazem da sala de aula em que lecionam. Gosta e acha
um grande desafio utilizar as ferramentas tecnológicas do curso. Em sua opinião, a falta
de propostas de discussões faz com que os alunos se distanciem. Já o feedback das
atividades realizadas aproxima professores e alunos. As discussões não orientadas em
sala de aula perdem o foco e o distanciam dos professores. Algumas vezes sente
dificuldade em estabelecer diálogos que não estejam relacionados ao conteúdo. Tem
respeito e admiração pelos coordenadores, professores e tutores. Gostaria de ter um
tempo maior para realizar as tarefas e não vê desafios nas mesmas.
Após descrever a trajetória desses três alunos, percebo diferenças significativas
entre eles. Cada um iniciou o curso por interesses e objetivos distintos, portanto o
decorrer do curso foi sentido de maneiras singulares. O primeiro participante ao longo
do curso já tem a percepção do que é ser professor, exatamente o que foi buscar.
Consegue colocar na prática o que está aprendendo e se relaciona de maneira afetiva
com seus alunos e professores.
O segundo participante mostra-se contraditório em suas afirmações, ao mesmo
tempo em que diz ter contato superficial e efêmero com seus colegas do curso;
posteriormente afirma que o que mais gosta no curso são os encontros presenciais, a
cumplicidade e a “intimidade” que foi construída. Fica claro que o grande interesse dele
não é a docência em sua essência, o ser professor, mas, sim, fatores externos como
seu próprio objetivo inicial que é se preparar para o mestrado.
O terceiro participante trouxe um fator importante: a certificação USP. O
reconhecimento, a valorização, a tradição ainda imperam nas decisões de alunos na
escolha da realização em um curso, e, muito embora esse tenha sido um grande
objetivo inicial do aluno, no decorrer do curso, percebeu sua evolução e afirmou que
mudou a sua postura profissional.
74
Como a afetividade é uma das dimensões constitutivas da pessoa, tudo o que
aconteceu no curso os afetou; porém, cada um, em sua singularidade, foi afetado de
forma diferente. Mas, a expectativa no início do curso foi um fator importante para o
envolvimento no mesmo.
75
Capítulo 5 –Considerações finais
Ao retomar os questionamentos que me geraram interesse em realizar esta
pesquisa, penso que foram respondidos a partir da descrição e discussão com os
dados. A hipótese da qual parti, fundamentada na abordagem Walloniana de que os
alunos seriam afetados de forma positiva ou negativa pelas circunstâncias do curso, foi
comprovada.
Ressalto que, ao priorizar a dimensão afetiva, não me esqueci do postulado da
teoria Walloniana: que essa dimensão está imbricada na dimensão cognitiva e motora.
O que ficou evidenciado é que os alunos foram afetados, de forma positiva ou negativa,
pelas situações ocorridas no curso, mas o foram em função de uma relação com o
conhecimento, conhecimento que era prioridade da maioria, relação essa que se fez de
modo particular, pois cada aluno traz em sua bagagem os conhecimentos,
experiências, sentimentos que foram acumulando.
Na trajetória singular de cada um dos alunos, trazidos ao curso por diferentes
motivações, percebi que a base que os uniu foram os interesses em relação aos
objetivos do curso bem como o vínculo afetivo que construíram com seus colegas e
professores, que o curso possibilitou.
Estudos recentes não só na área da Psicologia como na área da linguística
indicam a estreita relação entre afetividade e cognição. Esses estudos evidenciam que,
no cotidiano da escola, “a afetividade é a base sobre a qual se constrói o conhecimento
racional...”. (ROSSINI, p.9, 2001). Afirma ainda o autor que mesmo um aluno
normalmente envolvido nas atividades em sala de aula não terá rendimento nas
atividades propostas se o seu sentir estiver comprometido. Retornando a Wallon,
relembro a afirmação de Mahoney (P.15, 2011): “O motor, o afetivo, o cognitivo, a
pessoa, embora cada um desses aspectos tenha identidade estrutural e funcional
diferenciada, estão tão integrados que cada um é parte constitutiva dos outros... Uma
das consequências desta interpretação é que toda atividade humana sempre interfere
76
em todos eles".
Acredito que atualmente é inevitável não considerar a tecnologia no processo de
ensino-aprendizagem como grande aliada, como uma ferramenta que está à disposição
dos alunos e professores e que deve ser utilizada como facilitadora desse processo.
Porém, depois de ter tido essa experiência como tutora, ratifico minha intuição de que
somente o uso da tecnologia não é garantia de um curso eficaz e eficiente. A presença
física do professor e dos colegas, os encontros presenciais ainda são de suma
importância nesse processo. Portanto, para continuidade do curso Pró-Administração
seria importante considerar os apontamentos decorrentes desta investigação para que
se mantenha este formato semipresencial, no qual o aluno tem acesso e conhece as
inovações tecnológicas que estão disponíveis no mercado, mas sem deixar de trocar
experiência e conhecimento de forma pessoal, tendo a oportunidade de um contato
face a face com os professores.
A investigação que desenvolvi aliada à minha fundação de tutora e pesquisadora
no curso Pró-Administração, trouxe-me muitas aprendizagens:
- No processo ensino-aprendizagem, as relações interpessoais são de
extrema importância: relações agradáveis, prazerosas, respeitosas aumentam o
comprometimento com o curso.
- Quando isso acontece, tanto professores como alunos sentem-se
gratificados e se envolvem mais fortemente com as atividades.
- Especificamente no processo tutorial, a relação tutor aluno e professor
envolve também habilidades de relacionamento interpessoal como habilidades para
aproximar o aluno do conteúdo e dando feedback a alunos e professores.
- O feedback é instrumento para mostrar ao aluno o interesse dos
integrantes do curso na realização das atividades bem como balizar o trabalho do
professor.
77
- O trato com a diversidade de alunos de uma turma não é fácil, porém é
uma habilidade que pode ser aprendida, habilidade essencial para promover o
desenvolvimento de todos e não deixar nenhuma aluna sentir-se invisível para o
professor.
Essas aprendizagens foram muito significativas e me mobilizam para novos
estudos que ofereçam subsídios para formação de professores de curso superiores de
Administração, de forma que esses sejam produtivos para si e para sociedade.
78
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, Laurinda R. De. Diretrizes para a formação de professores: uma abordagem
possível. In: PLACCO, V. M. N. S; ALMEIDA, L. R. (Orgs.). O coordenador
pedagógico e os desafios da educação. 2. ed. São Paulo: Edições Loyola,
2010, p. 9-23.
ALMEIDA, Laurinda R De; MAHONEY, Abigail (org). Afetividade e processo ensino-
aprendizagem: um estudo com professores do ensino superior. In:
ALMEIDA & MAHONEY. Afetividade e aprendizagem: contribuições de Henri
Wallon. 3º Ed. São Paulo: Loyola, 2011.
________________________________________.. A psicogenética walloniana e sua
contribuição para a educação. In: AZZI, Roberta e GIAN, Monica (Orgs.).
Psicologia e Educação: São Paulo: Casa do Psicólogo, 2011.
ALMEIDA, Laurinda R. De; PLACCO, Vera Maria Nigro Sousa. IN: VIANA et all.
Formação Continuada de docentes em Administração: Das intenções a
proposta (s\d, no prelo)
BRASIL. CFA. LEI n° 4.769/1965. Disponível em:
http://www2.cfa.org.br/legislacao/leis/1965/Lei4769.pdf Acesso em: 07 ago. 2013.
BRASIL. MEC. CAPES. EDITAL PRÓ-ADMINISTRAÇÃO n°. 09/2008. Disponível em:
http://www.capes.gov.br/images/stories/download/bolsas/Edital_Pro_Admin
istracao.pdf Acesso em: 18 jun. 2013.
CANÁRIO, Rui. A Escola: lugar onde os professores aprendem. Psicologia da
Educação, São Paulo, n. 6, p. 9-27, 1998.
79
DUBAR, Claude. A socialização: construção das identidades sociais e
profissionais. Trad. Andréa S. M. da Silva. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
IGARI, Camila O. Contribuições do processo de mestrado para a formação do
docente em Administração. 2010. Tese (Doutorado em Educação: Psicologia
da Educação) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2010.
LOIOLA, Rita. Geração Y. Revista Galileu. Ed. Globo. Edição 219. Out 2009.
MACHADO, Liliana.D; MACHADO, E. C. O papel da tutoria em ambientes ead.
Formação de Profissionais para Educação a Distância. Ceará, 2004.
MAHONEY, Abigail e ALMEIDA, Laurinda, R. De. Afetividade e processo ensino-
aprendizagem: contribuições de Henri Wallon. Psicologia da Educação, São Paulo, n.
20, 1° sem., p. 11-30, 2005.
MAHONEY, Abigail; ALMEIDA, Laurinda, R. De (org) Henri Wallon. Psicologia e
Educação. São Paulo: Edições Loyola, p.15- 18. 2010
MEDRADO, Glaucia R. C. Tornar-se professor de Administração: um estudo sobre
o papel da afetividade na trajetória profissional. 2012. Dissertação (Mestrado em
Educação: Psicologia da Educação) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo,
São Paulo, 2012.
PLACCO, Vera Maria Nigro de Souza e SOUZA, Vera Lucia Trevisan de. O conceito
de identidade como aporte à compreensão da constituição da docência.
Buenos Aires: Universidade de Buenos Aires, p. 93-124. 2010.
PLACCO, Vera Maria Nigro de Souza e ALMEIDA, Laurinda Ramalho de. Ser
professor no ensino superior hoje: desafios e superação. (S/d, no prelo).
ROLDÃO, Maria do Céu. Função docente: natureza e construção do conhecimento
profissional Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 12, n. 34, p. 94-
103, jan./abr., 2007.
80
ROSSINI, M.A. Pedagogia afetiva. Petrópolis, Vozes. 2011
SHULMAN, L. S. Those who understand: knowledge growth in teaching.
Educational Researcher, v. 15, n. 21, p. 4-14, 1986.
SIGALLA, Luciana A. A. De profissional a profissional-professor: contribuições
para a formação de professores universitários da área de Administração.
2012. Dissertação (Mestrado em Educação: Psicologia da Educação) – Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2012.
SILVA, Reinaldo O. da. Teorias da Administração. São Paulo: Pioneira Thomson
Learning, 2001.
TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis: Vozes,
2008.
______________. Saberes profissionais dos professores e conhecimento universitário:
elementos para uma epistemologia da prática profissional dos professores e suas
consequências em relação à formação para o magistério. Revista Brasileira de
educação, abr 2000.
VIANA et al.,. Uma proposta multidisciplinar de aplicação de Tecnologias de
Informação e Comunicação na Formação continuada para docentes em
Administração. II Congresso Luso- Brasileiro, Porto- Portugal, nov.2013.
ZAZZO, R.: Psicologia e Marxismo. Lisboa: Ed. Vega, 1978.
WALLON, H. A evolução psicológica da criança. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
81
ANEXOS
Anexo 1
Exemplo: Módulo 1 – Ciclo 1
Objetivo
Profissão professor: exigências atuais.
Ser professor na contemporaneidade.
Apresentar aos alunos o campo da docência no Ensino Superior.
Conteúdo Web
Atividades
[12/05] Domingo: Disponibilização do material de leitura semanal e do estudo
de caso (12/05 a 17/05).
M1A – Ser Professor no Ensino Superior – L. e V.
Versão formato 2
M1B – Questionário (F) – Questionário sobre o texto.
M1C – Vídeo sobre o tema – Professor em sala de aula: e o aluno, como
fica?
M1D – Jadwiga Mielzynska – A construção e a aplicação de questionários na
pesquisa em Ciências Sociais
Versão formato 2
M1E – Questionário (F) – Jadwiga – Questionário sobre o texto de Jadwiga
Mielzynska.
[18/05] Presencial. Materiais das atividades abaixo.
Manhã:
82
M1F – Vídeo – Discussão sobre o vídeo.
Apresentação de temas relacionados ao texto.
Apresentação de ppt referente a Ser Humano hoje: contribuições da
Formação e da Pesquisa – Professora V. P.
Dúvidas sobre os textos estudados previamente.
Tarde:
M1G – Montar roteiro de caracterização de professor/professor de
Administração – Atividade em grupo – Roteiro inicial de pesquisa.
[24/05] Até Sexta: levantar questões para a pesquisa, se organizar para a
coleta. Escrever questões relacionadas a características, atuação e relacionamento de
um bom professor de Administração.
Roteiro de pesquisa: Arquivo que foi trabalhado durante a aula
Wiki – espaço para discussão do roteiro de pesquisa
M1H – Upload de arquivo (F) – Escrever no Word e fazer upload.
Exemplo: Módulo 1 – Ciclo 2:
Objetivo
Evidenciar que a profissionalidade e, portanto, a formação identitária se
constituem, em grande parte, nas situações de trabalho.
Conteúdo Web
Atividades
[26/05] Domingo: Disponibilização do material de leitura semanal e do estudo
de caso (26/05 a 08/06).
M2A – Ser Professor no Ensino Superior – Laurinda Ramalho de Almeida e
Vera Maria Nigro de Souza Placco – A construção da profissionalidade docente. (Texto
base do curso. Reler parte indicada – A construção da profissionalidade docente)
M2B – Profissionalidade Docente em Análise – Especificidades dos Ensinos
Superior e Não Superior – Maria do Céu Roldão
M2C – Questionário sobre o texto de Maria do Céu Roldão
83
M2D – Saberes Profissionais dos Professores e Conhecimentos
Universitários – Maurice Tardif
M2E – Questionário sobre o texto de Tardif.
M2F – Upload de arquivo – escrever o Memorial no Word e fazer upload.
[08/06] Sábado Presencial. Material das atividades abaixo.
Manhã:
Discussão e dúvidas sobre os textos lidos.
Apresentação de ppt sobre os textos lidos (T. e M. do C.) (L.)
Discussão sobre os memoriais
Tarde:
Na construção da Profissionalidade Docente, pontos importantes a discutir se
referem às dificuldades como professor, situações que estimulam ou desestimulam.
M2G – A atividade da tarde composta de três partes:
Parte A) (1) Cada um individualmente indica 3 situações nas quais sentiu (ou
pensa que poderá sentir) dificuldades como professor de curso superior de
administração; (2) Quais as situações que estimulam/poderiam estimular como
professor de administração ou disciplinas para o curso de administração; (3) Quais
situações que desestimulam/ou poderiam desestimular como professor de
administração ou disciplinas para o curso de administração
Parte B) Discussões das resposta em grupo e agregação das mesmas;
Parte C) Discussão em sala (apresentação das respostas dos grupos) e
associação entre as respostas.
As dificuldades definidas como prioritárias em sala de aula foram:
Ambiente não-colaborativo (falta de colaboração entre os pares)
Dificuldade do professor transmitir o conhecimento – “fazer aprender”
Intolerância entre os alunos
Ministrar disciplina em que não domina o assunto
Falta de alinhamento curricular (integração horizontal e vertical)
84
Falta de interesse dos alunos
Falta de homogeneidade de conhecimento por parte dos alunos
(nivelamento)
Dificuldade em fazer a relação entre teoria e prática
Cumprir com o cronograma
Insegurança do professor iniciante
Falta de apoio pedagógico/infraestrutura
Falta de respeito dos alunos com o professor
Como atividade, ficou definido que os alunos individualmente deverão
escolher uma dificuldade entre as apresentadas acima, pensar qual é a origem da
dificuldade escolhida (a origem pode ser determinada através de pesquisas em material
bibliográfico ou conversa entre pares) e então propor a solução. O aluno deverá postar
um arquivo, podendo se utilizar de texto, slides, filme ou qualquer outra forma para
apresentar a sua discussão, que deverá conter:
I) Dificuldade escolhida
II) Origem da dificuldade
III) Sugestão de solução para a dificuldade
[15/06] Até Sábado: Fazer a atividade mencionada em sala de aula (e
descrita acima) e depois postar o arquivo. O desenvolvimento da atividade é individual.
M2H – Upload de Arquivo
Exemplo – Módulo 1 – Ciclo 3:
Objetivo
Compreender a constituição identitária do professor e suas implicações no trabalho
docente.
Descrição/Ementa
Trabalhar o conceito de identidade, como contribuição para a
compreensão da constituição da docência.
Conteúdo Web:
Atividades
85
[16/06] Domingo: Disponibilização do material de leitura semanal.
Ser Professor no Ensino Superior – Professoras L. R. de A. e V. P.
M3A – El concepto de identidad como aporte a la compresión de la
constitución de La docência – Professoras V. P. e V. S.
M3B – Questionário sobre o texto das professoras V. P. e V. S.
M3C – Those Who Understand: Knowledge Growth in Teaching – Lee S.
Shulman.
[22/06] Sábado – Presencial.
o Manhã:
Apresentação de temas relacionados ao ciclo anterior.
Apresentação de ppt. referente a L. Shulman (apresentação de L.
A.).
Discussão e dúvidas sobre o texto lido. Apresentação de tema
relacionado ao texto.
Apresentação de ppt. referente ao texto: P. e S. (apresentação de
V. P.).
o Tarde:
Discutir a aplicação dos Roteiros.
Discutir os dados já coletados.
Discussão sobre Casos de ensino.
[29/06] Até Sábado:
Elaborar casos de ensino e enviar em upload.
M3D – Upload de Arquivo
Para Julho – sugere-se a releitura dos textos, buscando relações com os
dados coletados.
86
Exemplo – Módulo 1 – Ciclo 4:
Objetivo
Entender o desenvolvimento do curso de graduação em administração, os
diferenciais em relação a outras formações;
Visualizar as competências necessárias aos professores para o
desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem em Administração.
Tópicos
Visão geral do curso de Administração
o Histórico do Curso de Administração
o Estrutura do curso
o Perfil do egresso
o Perfil do professor
Gestão da Carreira Docente
O que é Currículo Lattes, Linkedin, Research Gate e outras redes sociais
Atividades
[28/07] Domingo: Disponibilização do material de pesquisa coletado.
M4A – Ensino de Administração
M4B – Questionário sobre o texto Ensino de Administração
M4C – Formação de Professores de Administração de Empresas –
Bresser Pereira
M4D – Fórum com questões sobre o texto Formação de Professores de
Administração de Empresas
M4E – Formação em Administração: o gap de competências entre alunos
e professores – Arnaldo Nogueira
M4F – Professores universitários: competências necessárias e exercidas
por docentes de cursos de administração de Minas Gerais – Yana Torres de Magalhães
M4G – Atividade sobre os textos de Arnaldo Nogueira e
87
Yana Torres de Magalhães
[03/08] Presencial.
o Manhã
Discussão dos textos M4A e M4C e das atividades M4B e M4D,
focando os pontos de acordo com as respostas apresentadas por eles.
Apresentação das figuras desenvolvidas (M4G) e construção de
Mapa Conceitual (em grupo) das competências identificadas pelos alunos com
especificidades da área de Administração e apresentação dos mesmos.
Texto sobre Mapa Conceitual
Mapa Conceitual – Exemplo 1
Mapa Conceitual – Exemplo 2
o Tarde
Planejamento e Gestão da Carreira Docente (Discussão e
Construção de Agenda Docente).
Apresentação de ambientes virtuais relacionados: Curriculum
Lattes, Linkedin e Research Gate.
Início do planejamento da Carreira Docente (preenchimento de
estrutura).
[10/08] Até Sábado – Primeiras redações de análise.
o Desenvolvimento de planejamento da carreira, incluindo as competências
que gostaria de desenvolver, como pretende fazer isso e como o curso poderia ajudar o
aluno nesse processo.
M4H – Upload de Arquivo
o M4C – Formação de Professores de Administração de Empresas –
Bresser Pereira
M4I – Wiki – Atividade sobre o texto de Bresser Pereira
88
o Preenchimento ou atualização do currículo Lattes; inserção nas redes
Linkedin e Research gate.
M4J – Envio dos links
Tabela com os links do Lattes e das redes.
Anexo 2
Respostas dos Questionários
1) Questionário
1. Por que você se interessou em participar deste curso?
Resposta: Principalmente por este módulo inicial. Pela proposta de discutir o que é ser
professor no ensino Superior e “preparar os profissionais para atuarem com o processo
de docência na contemporaneidade”.
2. Quais foram suas expectativas ao iniciá-lo?
Sendo formada na área de Ciências Sociais aplicadas, a maior expectativa era como
conciliar a proposta do curso com a minha formação.
3. Estas expectativas estão agregando a sua prática?
89
Certamente. Hoje consigo ter claramente em minha mente a importância de se
entender o que é ser professor e como devo enxergar a profissão de docente.
4. Descreva as características de sua relação com:
a) seus alunos: companheirismo e acompanhamento contínuo do aprendizado.
b) os colegas: companheirismo e colaboração.
c) com o conteúdo do curso: comprometimento e responsabilidade.
5. O que mais o aproxima de seus colegas?
A necessidade de colaboração entre as partes. Seja em reuniões ou em sala dos
professores.
6. O que mais o distancia de seus colegas?
A falta de tempo em dialogarmos outros alunos extra prática de docência.
7. O que mais o aproxima de seus professores?
Desafios impostos por estes em sala de aula e didática voltada para os alunos.
8. O que mais o distancia de seus professores?
Falta de tempo para aplicarmos os conhecimentos abordados em sala de aula.
90
9. Que sentimentos neste momento do curso você experimenta em relação:
a) ao grupo classe: excelente turma. Comprometida e responsável.
b) aos professores: receptivas, atenciosas, carinhosas e conhecedoras profundas dos
assuntos abordados.
c) a colegas: companheirismo e com ótimo senso de humor.
10. O que você mais gosta no curso?
Dos temas abordados pelas professoras L. e V. Nos leva a reflexão e a discussão
construtiva. Certamente sentirei falta no segundo módulo!
E da hora do café: momento de descontração e de colocar o papo em dia!
11. O que você menos gosta no curso?
Algumas vezes (poucas vezes, claro) as discussões sobre os temas abordados em sala
de aula, não condizem com a proposta inicial. Acabamos perdendo o foco.
12. Descreva um momento particularmente significativo do curso.
Na primeira aula: todos puderam se apresentar e expor um pouco de si. De forma
discreta falamos e rimos sobre alguns vícios e práticas de alguns alunos. Isso nos
aproximou!
91
2) Questionário
1. Por que você se interessou em participar deste curso?
Faltavam-me técnicas de didática e conhecimento de curso EAD.
2. Quais foram suas expectativas ao iniciá-lo?
Conseguir suprir as deficiências da questão anterior.
3. Estas expectativas estão agregando a sua prática?
Sim, já consigo ver melhoras nas minhas aulas.
4. Descreva as características de sua relação com:
a) seus alunos [fora do curso]: procure fazer uma relação honesta e profícua com os
alunos.
b) os colegas [do curso]: temos uma gama interessante de colegas, isso torna o debate
mais rico, na maioria dos casos, mas muitas vezes também se centraliza em assuntos
que não agregar conhecimento; e
c) com o conteúdo do curso: ainda tenho alguma dificuldade no cumprimento dos
prazos, não por falha da dinâmica do curso, mas por minha falta de entendimento do
curso EAD (mesmo sendo semipresencial). Acho que só agora consegui me encaixar
nessa dinâmica.
5. O que mais o aproxima de seus colegas?
A experiência em sala de aula e suas expectativas na carreira.
92
6. O que mais o distancia de seus colegas?
Como relatei, a tratativa de assunto muito distantes do objetivo do curso, experiências
pessoais que não agregam valor aos demais.
7. O que mais o aproxima de seus professores?
Seriam muitos itens a relacionar, entretanto a experiência acadêmica; a oferta aberta
das técnicas didáticas e possibilidade de um contato mais próximo fora do curso,
certamente pesou muito.
8. O que mais o distancia de seus professores?
A minha falta de tempo e adequação à dinâmica do curso semipresencial, mas também
como relatei, parece-me que as barreiras estão sendo transpassadas com menos
dificuldade agora.
9. Que sentimentos neste momento do curso você experimenta em relação:
a) ao grupo classe;
b) aos professores; e
c) a colegas
10. O que você mais gosta no curso?
Não houve nada que causou sensação negativa no curso. Acho que ainda vai melhorar
muito minhas aptidões como docente e pesquisador.
11. O que você menos gosta no curso?
Alguns 'debates' levaram a dispersão, tenho comigo que a amabilidade e fineza das
professoras não foram compreendidas por alguns colegas. De todo modo, isso também
me ocorre, logo faz parte de tratar com um grupo tão heterogêneo como nosso.
93
12. Descreva um momento particularmente significativo do curso.
Algumas conversas com as professoras, me 'clareou' a pesquisa do tema da
monografia do final do curso. Com a fala da professora decide que meu trabalho
orbitará sobre: curso de administração por EAD: autorregulação do aluno; qualificação
especial do docente e as novas tecnologias de mediação.
3) Questionário
1. Por que você se interessou em participar deste curso?
Desde que comecei a lecionar, em 2010, estou incomodado com minha formação.
Estava muito interessado em voltar a estudar. Decidi “investir” um pouco mais na vida
acadêmica e me inscrevi para o PPGA-USP. Passei na prova da ANPAD e consegui
índice para fazer o doutorado, no entanto meu projeto não foi aceito. O coordenador no
PPGA me informou que como não tinha nenhuma publicação e nenhum histórico
acadêmico, seria muito difícil conseguir ser aceito no mestrado.
Algum tempo depois, fiquei sabendo deste curso através de outra fonte
(administradores.com) achei que viria bem ao encontro do que eu procurava e decidi
fazê-lo já com os olhos no mestrado.
2. Quais foram suas expectativas ao iniciá-lo?
Por mais estranho que possa parecer, não tinha grandes expectativas no início do
curso. Imaginava que iria receber algumas informações relacionadas à didática que eu
ainda não possuía e que certamente iria fazer muitos contatos com outros professores
o que iria enriquecer meus conhecimentos através da troca de experiências.
3. Estas expectativas estão agregando a sua prática?
Essas do início não. Vi outras coisas que agregaram muito mais.
94
4. Descreva as características de sua relação com: a) seus alunos; b) os colegas;
c) com o conteúdo do curso.
a) costumo estabelecer uma relação de amizade muito forte com os alunos. Tento
construir isso e sinto que é recíproco.
b) minha relação com meus colegas professores é tão incipiente que é quase
impossível de atribuir características. O contato é sempre superficial e efêmero.
c) não sei se entendi bem, mas se sim entendo que esta questão C trata muito mais do
curso (Docência em ADM). Assim as características da minha relação com o curso são:
interesse, curiosidade, formação.
5. O que mais o aproxima de seus colegas?
(Ainda no curso Docência em ADM) O que mais me aproxima são as relações de
amizade que construí e procuro manter ao longo do tempo.
6. O que mais o distancia de seus colegas?
Não sei. Talvez o nível de interesse que é diferente em cada um e acaba criando
alguns nichos e “guetos”.
7. O que mais o aproxima de seus professores?
A Habilidade que eles possuem em prender minha curiosidade.
8. O que mais o distancia de seus professores?
A sensação que eles estão perdidos ou que são indiferentes a mim e aos colegas.
9. Que sentimentos neste momento do curso você experimenta em relação: a) ao
grupo classe; b) aos professores; c) a colegas
a) amizade, alegria
95
b) admiração, interesse, afinidade.
c) amizade, alegria
10. O que você mais gosta no curso?
Os encontros presenciais e a cumplicidade e “intimidade” que construímos.
11. O que você menos gosta no curso?
O caráter experimental. Por conta da característica vanguardista do curso, percebemos
os professores muitas vezes perdidos/desorientados o que gera atividades repetidas.
12. Descreva um momento particularmente significativo do curso.
A aula em que estudamos o texto do Prof. Bresser foi particularmente significativa para
mim, pois percebi que minhas angústias estão presentes no curso de ADM há mais de
40 anos.
Outro momento foi uma conversa com a prof. V. que me deixou em dúvida se farei o
mestrado na USP ou na FGV.
Outro, ainda capaz de suprimir o anterior, o último encontro com o Prof. Arantes onde
pude pensar a possibilidade de fazer o mestrado no exterior.
4) Questionário
1. Por que você se interessou em participar deste curso?
Como já atuava como docente buscava por um curso em que pudesse me especializar
na área. Não havia encontrado nada tão específico, então quando encontrei foi uma
satisfação muito grande.
96
2. Quais foram suas expectativas ao iniciá-lo?
Como minha formação é em Administração minha maior expectativa era absorver
conteúdos e experiências no que dizia respeito a metodologias e práticas pedagógicas,
já que até então atuava de forma instintiva.
3. Estas expectativas estão agregando a sua prática?
Em absoluto, cada aula é de suma importância na prática. Consegui durante todo o
curso aplicar conhecimentos e técnicas em minhas aulas.
4. Descreva as características de sua relação com:
a) seus alunos: Já foi mais distante, mas me dei conta da importância da afetividade.
Hoje a relação é de limites (trabalho somente com adolescentes), porém de respeito e
amizade. (Endurecer, porém sem perder a ternura!).
b) os colegas: Com os colegas de trabalho em sua maioria superficial exceto com
alguns colegas mais próximos. Quanto a relação com os colegas de sala é muito boa,
porém acredito que em virtude dos encontros espaçados não temos tempo para
maiores aproximações. Gostaria de manter contato próximo com vários deles mesmo
após o término do curso.
c) com o conteúdo do curso: Relação de entusiasmo pois fico aguardando alguns
tópicos ansiosa, pois sei que necessito do mesmo e vou poder colocar os mesmos em
prática quase que imediatamente.
5. O que mais o aproxima de seus colegas?
A troca de experiências e a empatia gerada entre nós desde o início.
6. O que mais o distancia de seus colegas?
A distância física é um fator importante e a falta de tempo para conversarmos sobre
97
assuntos aleatórios e às vezes pessoais.
7. O que mais o aproxima de seus professores?
Perceber que são pessoas admiráveis e acessíveis.
8. O que mais o distancia de seus professores?
Intimidação. Falta de afinidade. Vale ressaltar que não enfrento problemas dessa
natureza no momento.
9. Que sentimentos neste momento do curso você experimenta em relação:
a) ao grupo classe: Amizade. Companheirismo.
b) aos professores: Admiração. Respeito. Gratidão
c) a colegas: Vontade de estreitar os laços.
10. O que você mais gosta no curso?
Das aulas presenciais pois são transmitidos ótimos conceitos e experiências muito
ricas.
11. O que você menos gosta no curso?
Dos textos muito extensos e dos questionários que não permitem muita interpretação.
Muitas das respostas são dadas na íntegra.
12. Descreva um momento particularmente significativo do curso.
São vários. Desde o momento das apresentações. Fiquei encantada, todos os
professores foram extremamente receptivos e simples, embora tivessem motivos para
não o ser se quisessem.
Quando a professora V. contou a sua origem do interior e que não imaginava poder ter
98
ido até onde chegou antes. Identifiquei-me muito com este ponto também, pois minha
história é parecida.
Quando ficou claro que temos de ter a certeza de quem somos e do que viemos fazer
bem claros em nossa mente, pois somente assim não nos abalamos. A segurança no
que somos e o que viemos fazer nos torna mais fortes e melhores profissionais.
O conceito abordado sobre os sistemas de avaliação utilizados e suas implicações
mudou o conceito de uma vida toda (interpretação como aluna e como docente).
A troca de experiências entre os colegas também promove grande satisfação.
5) Questionário
1. Por que você se interessou em participar deste curso?
R: Eu quis participar deste curso por um projeto (antes adiado e agora se fortalecendo)
que tenho: o de dar aulas. É um objetivo que sempre tive e que sempre me deu prazer
na escola, na faculdade.
2. Quais foram suas expectativas ao iniciá-lo?
R: As minhas expectativas foram as mais altas possíveis. Eu, desde o início, saio das
aulas, depois que acabo um texto, finalizo um questionário, com vontade de começar,
de planejar minhas aulas, de querer fazer a diferença para os alunos.
3. Estas expectativas estão agregando a sua prática?
R: Ainda não, pois ainda não leciono. Mas já estou em contato com duas universidades
para participar das aulas primeiramente como professor ouvinte.
4. Descreva as características de sua relação com: a) seus alunos; b) os colegas;
c) com o conteúdo do curso – ainda não leciono.
99
5. O que mais o aproxima de seus colegas?
R: A mesma vontade de fazer a diferença na Educação do Brasil.
6. O que mais o distancia de seus colegas?
R: O fato de não ser docente ainda.
7. O que mais o aproxima de seus professores?
R: A vontade de extrair mais e mais conteúdo, a curiosidade de estar sempre disposta a
aprender novos conceitos, novos modos de lecionar.
8. O que mais o distancia de seus professores?
R: Acredito que o fato de ainda não lecionar, pois ouvimos muitos depoimentos,
exemplos dos alunos e professores com relação a experiência deles com alunos.
9. Que sentimentos neste momento do curso você experimenta em relação:
a) ao grupo classe – sentimentos de coleguismo, de união. Onde todos juntos
buscamos o mesmo objetivo.
b) aos professores – sentimentos de carinho, de mestre, de pessoas que estão 100%
engajadas para lecionar e dispostas a ajudar no que for preciso.
c) a colegas – sentimentos de carinho, de amizade, de pessoas que estão juntas para
aprender, ensinar e aperfeiçoar.
10. O que você mais gosta no curso?
R: Gosto muito dos textos, dos debates, das experiências vividas.
11. O que você menos gosta no curso?
R: Não gosto só de uma coisa, mas que já estou trabalhando para melhorar. Com a
100
minha vergonha. Vergonha de expor minhas ideias, de falar na frente de todos, de um
dia falar algo errado.
12. Descreva um momento particularmente significativo do curso.
R: O show-aula do Prof. João Arantes! Conteúdo importante, aula dinâmica, todos
interagindo. Um exemplo – fora do nosso contexto – que vou levar para minhas aulas.
6) Questionário
1. Por que você se interessou em participar deste curso?
Porque possuo grande interesse em ser docente em administração de empresas e
adquirir conhecimentos para ser o melhor docente em administração.
2. Quais foram suas expectativas ao iniciá-lo?
Adquirir conhecimento e realizar networking entre os colegas da sala.
3. Estas expectativas estão agregando a sua prática?
Sim, recentemente consegui oportunidade em docência em administração e tal item só
foi possível devido o curso.
4. Descreva as características de sua relação com:
a) seus alunos – É aberto e o curso orientou-me a mesclar a teoria com a prática e há
regras claras em relação ao item professor/aluno.
b) os colegas – É mútuo, realizamos trocas de experiências e networking.
101
c) com o conteúdo do curso – Estou totalmente motivado com o curso, aplicando na
prática a teoria que foi exposta pelos docentes.
5. O que mais o aproxima de seus colegas?
Aulas presenciais e trabalhos em grupo.
6. O que mais o distancia de seus colegas?
Aulas presenciais sem atividades em grupo.
7. O que mais o aproxima de seus professores?
Dinâmicas e debates em sala de aula.
8. O que mais o distancia de seus professores?
Falta de dinâmicas e debates em sala de aula.
9. Que sentimentos neste momento do curso você experimenta em relação:
a) ao grupo classe – Grupo unido e participativo.
b) aos professores – Docentes qualificados e que auxiliam no desenvolvimento e
assimilação dos assuntos tratados para com os alunos.
c) a colegas – Participativos, pró-ativos e democráticos.
10. O que você mais gosta no curso?
O que eu mais gosto é o conhecimento que estou adquirindo, bem como o networking e
a troca de experiências entre os docentes e colegas da sala.
11. O que você menos gosta no curso?
Deveria haver uma maneira do Moodle informar aos alunos a relação de pessoas de
102
cada grupo a cada módulo. Este item é confuso, uma vez que quando há uma atividade
em grupo, no Moodle não sabemos ao certo quais são os integrantes que compõem o
grupo pois na aula inicial havia um grupo pré-estabelecido.
12. Descreva um momento particularmente significativo do curso.
Para mim, todos os momentos foram significativos, mas o que mais me marcou foi a
aula com o Professor Domingos Fernandes.
7) Questionário
1. Por que você se interessou em participar deste curso?
O interesse em participar do curso foi em conhecer novas metodologias, realizar
reflexões sobre a docência, trocar experiências, validar algumas convicções próprias,
realizar um diagnóstico de meu desempenho como docente.
2. Quais foram suas expectativas ao iniciá-lo?
Minhas expectativas foram ótimas, pois verificando a experiência do corpo docente e o
plano de aulas, verifiquei que agregaria muito para a atividade docente e para o
crescimento pessoa, tive a percepção no início que iria aprender e refletir sobre muitos
conceitos que até então havia desenvolvido por erros e acertos.
3. Estas expectativas estão agregando a sua prática?
O curso está superando minhas expectativas, a cada dia tenho mais confiança em
desenvolver a atividade docente. O que antes eu praticava somente por imaginar que
estava correto, agora pude confirmar pelos estudos e atividades que estamos
realizando, bem como incorporei novas práticas e tenho buscado excluir de meu modo
de lecionar os comportamentos que não agregam valor para meu desempenho.
103
4. Descreva as características de sua relação com: a) seus alunos; b) os colegas;
c) com o conteúdo do curso.
Avalio constantemente a relação com os alunos, percebo que tenho dado ênfase
também a afetividade, procurar interagir com os alunos, sobre suas carreiras, suas
angústias pessoais, sobre o futuro de cada um e passei a entender melhor por que
cada aluno se comporta de determinadas formas. O convívio com os colegas do curso
está muito rico, acredito que estou aprendendo com cada um, apesar de boa parte da
turma ainda não lecionar, possuem um perfil e reflexões muito ricas para a atividade
docente.
5. O que mais o aproxima de seus colegas?
Os debates em sala de aula e a troca de informações nos intervalos
6. O que mais o distancia de seus colegas?
O ambiente on-line
7. O que mais o aproxima de seus professores?
Os debates em sala de aula e a troca de experiências e informações nos intervalos das
aulas presenciais.
8. O que mais o distancia de seus professores?
O ambiente on-line, falta de um fórum de discussão on-line em tempo real nas semanas
em que não temos aulas presenciais.
9. Que sentimentos neste momento do curso você experimenta em relação: a) ao
grupo classe; b) aos professores; c) a colegas?
Para mim está sendo um divisor de águas, me sinto muito à vontade com os
professores e com a turma toda, o ambiente de aula é muito motivador, mesmo depois
104
de uma semana cheia de trabalho. A seriedade e afetividade dos docentes são
contagiantes, fazem com que você se cobre para dedicação ao curso.
10. O que você mais gosta no curso?
Dos assuntos que estamos estudando e discutindo, do corpo docente muito qualificado,
empenhado e interessado em transmitir conhecimento e nos transformar, da
flexibilidade das tarefas on-line e da alternância das aulas presenciais.
11. O que você menos gosta no curso?
Curto tempo para realizar as atividades (digo no meu caso que tenho a agenda bem
atribulada), gostaria de poder ler os textos de uma forma mais tranquila.
12. Descreva um momento particularmente significativo do curso.
Vários momentos me marcaram no curso, especialmente os momentos que debatemos
sobre os textos. Um dos momentos significativos no curso foi a reflexão que realizamos
na aula 31/08 sobre afetividade. Foi um momento em que pude realizar diversas
reflexões sobre minha atuação como docente e identificar práticas e comportamentos
que posso adotar para melhorar minha liderança e influência sobre os alunos,
melhorando assim meu desempenho como docente.
8) Questionário
1. Por que você se interessou em participar deste curso?
Porque buscava algo diferente das teorias administrativas apresentadas nos cursos de
pós- graduação regulares e no mestrado, buscava algo pedagógico que melhorasse
minha didática em sala de aula.
2. Quais foram suas expectativas ao iniciá-lo?
105
Melhora da didática em sala de aula, novos métodos de ensino e a compreensão sobre
o perfil dos alunos de hoje.
3. Estas expectativas estão agregando a sua prática?
Sinto-me mais próxima dos alunos, sinto-me mais confiante em sala de aula e menos
intimidada pelos alunos mais exaltados (antes eu simplesmente cedia a pressão, agora
sinto-me mais confiante para agir com firmeza). Tenho buscado maior interatividade em
sala de aula, com auxílio de materiais diversos (recursos audio-visuais, textos, estudos
de casos, debates), indo além de matéria na lousa e explicação teórica.
4. Descreva as características de sua relação com: a) seus alunos; b) os colegas;
c) com o conteúdo do curso.
Maior empatia com os alunos e com os colegas. Sinto-me mais preparada em relação
ao conteúdo do curso. Antes, mesmo com cinco anos de carreira docente, me sentia
deslocada e imatura, frente aos demais colegas. Sei de minhas limitações e ainda sinto
alguma dificuldade em debater temas que não fazem parte do meu cotidiano (como
economia e política), mas não me sinto mais um peixe fora d’água.
5. O que mais o aproxima de seus colegas?
Compartilhar conhecimento e técnicas que venho aperfeiçoando ao longo deste curso.
6. O que mais o distancia de seus colegas?
A falta de tempo para este tipo de discussão, pois temos várias atividades de pré-aula
que dificulta aquele papo de café.
7. O que mais o aproxima de seus professores?
Fascinação. Eles são fantásticos e quero ser assim quando eu crescer.
8. O que mais o distancia de seus professores?
106
Falta de tempo, pois os intervalos são curtos e não temos oportunidade pós-aula.
9. Que sentimentos neste momento do curso você experimenta em relação: a) ao
grupo classe: Classe bem interativa busca relacionar-se fora do ambiente escolar;
b) aos professores: sábios com vasto conteúdo tenho aprendido muito com eles;
c) a colegas: networking sempre é importante.
10. O que você mais gosta no curso?
A dinâmica em sala de aula.
11. O que você menos gosta no curso?
A distribuição das tarefas na semana, pois com a mudança do módulo, temos
geralmente dois textos para leitura e exercícios numa única semana, sobrecarregando
a semana de abertura do módulo.
12. Descreva um momento particularmente significativo do curso.
A inclusão de professores novos, a inserção de workshops.
9) Questionário
1. Por que você se interessou em participar deste curso?
Porque tenho interesse na carreira acadêmica. Como no passado recente tive uma
experiência como professor substituto na UFS, naquele momento percebi algumas
deficiências minhas que somente uma especialização focada em docência poderia
mitigar meus gaps e abrir meus horizontes.
2. Quais foram suas expectativas ao iniciá-lo?
107
Estava e estou muito entusiasmado com as minhas possibilidades na carreira docente.
É a Meta e o Objetivo número 1 na minha vida. Minhas expectativas ao iniciá-lo eram
de erradicar minhas inseguranças em sala de aula na época em que tive a experiência
de professor substituto na UFS.
3. Estas expectativas estão agregando a sua prática?
Sim. Mentalmente já elaborei muitas possibilidades de prática.
4. Descreva as características de sua relação com: a) seus alunos; b) os colegas;
c) com o conteúdo do curso.
Em relação aos alunos: Empenho e preocupação na passagem do conhecimento.
Em relação aos colegas: Aproveitar a troca de experiência.
Em relação ao conteúdo: Empenho na preparação da aula, na pesquisa.
5. O que mais o aproxima de seus colegas?
A troca de experiências. Temos muitos colegas com as mais diversas experiências no
qual procuro absorver um pouco de cada um.
6. O que mais o distancia de seus colegas?
O não compartilhamento, a troca de experiências.
7. O que mais o aproxima de seus professores?
A disponibilidade de todos eles, o vasto conhecimento e experiência e o carinho, o real
interesse e preocupação com o nosso Ser Professor.
8. O que mais o distancia de seus professores?
A não disponibilidade.
108
9. Que sentimentos neste momento do curso você experimenta em relação: a) ao
grupo classe; b) aos professores; c) a colegas.
Em relação ao grupo: É um grupo bastante coeso quanto aos objetivos.
Em relação aos professores: que aproveitei ainda muito pouco, que posso aproveitar
melhor e muito mais de toda a bagagem deles.
Em relação aos colegas: que possuo colegas onde posso trocar experiências e network
para oportunidades.
10. O que você mais gosta no curso?
Os debates presenciais.
11. O que você menos gosta no curso?
Creio que são as atividades Online que às vezes parecem desencontradas ou por faltar
algo a mais que aglutine o grupo e promova o debate.
12. Descreva um momento particularmente significativo do curso.
Vários são os momentos, mas creio que o principal foi no primeiro dia de aula. No
primeiro dia onde tivemos a apresentação de todos, do curso, como surgiu, onde se
pretende chegar. Meus olhos brilharam e percebi que estava no lugar certo. Tenho um
carinho muito particular com as professoras V. e L. Pessoas muito queridas e que
transmitem uma um grande conhecimento e segurança. As palestras com os
professores convidados também foram sensacionais. Sempre chego em casa com uma
novidade a contar para minha esposa.
109
10) Questionário
1. Por que você se interessou em participar deste curso?
Para criar habilidade em docência, pois não tenho experiência na área.
2. Quais foram suas expectativas ao iniciá-lo?
Expectativa de trocas de experiências, ensinamentos, conceitos e táticas para
docência.
3. Estas expectativas estão agregando a sua prática?
Estão agregando aos meus conceitos para quando tiver oportunidade colocá-los em
prática.
4. Descreva as características de sua relação com: a) seus alunos; b) os colegas;
c) com o conteúdo do curso.
a) seus alunos: ainda não leciono.
a) os colegas: ainda não leciono.
c) com o conteúdo do curso: ainda não leciono.
5. O que mais o aproxima de seus colegas?
O que mais me aproximaria dos meus colegas seria a cumplicidade.
6. O que mais o distancia de seus colegas?
Falta de coleguismo e falta de cumplicidade.
7. O que mais o aproxima de seus professores?
A relação afetiva.
110
8. O que mais o distancia de seus professores?
A falta de relação afetiva, vínculo.
9. Que sentimentos neste momento do curso você experimenta em relação: a) ao
grupo classe; b) aos professores; c) a colegas.
a) ao grupo: dispersos.
b) aos professores: coesos.
c) a colegas: falta de interesse, porém há união no grupo.
10. O que você mais gosta no curso?
Dos encontros aos sábados e as trocas de experiências.
11. O que você menos gosta no curso?
Não sei o que menos me agrada, sei o que gostaria que fosse diferente.
12. Descreva um momento particularmente significativo do curso.
Apresentação das professoras L. e V., todos os encontros são muito significativos para
mim.
11) Questionário
1. Por que você se interessou em participar deste curso?
Porque ele me dará oportunidade de conhecer, novos métodos e abordagens que
poderei utilizar em minha carreira como professor, já que sou iniciante, e também trocar
experiências com muitos outros professores, sem esquecer que tomo como base para
iniciar um projeto para inserção em um Mestrado.
111
2. Quais foram suas expectativas ao iniciá-lo?
Poder conhecer novos métodos e maneiras de viver a prática docente.
3. Estas expectativas estão agregando a sua prática?
Estão sim, pude perceber que dentro das competências de um professor ainda preciso
aprimorar muitas, sendo que algumas já executo bem, apesar de ser um docente de
pouco tempo de carreira.
4. Descreva as características de sua relação com:
a) seus alunos: Procuro sempre estar antenado nas novas tecnologias e o que os
jovens estão fazendo em seu cotidiano para poder dentro de minhas fazer uma
correlação do cotidiano com o conteúdo, para poder prender a atenção deles.
b) os colegas: Minha relação com meus colegas é uma relação de aprendizado, já que
muitos foram meus professores, tento sempre que posso escutá-los para que eu possa
me desenvolver ainda mais em minha carreira, mais sem deixar de expor minhas
ideias.
c) com o conteúdo do curso: Sei que minha matéria é muito importante para o iniciante,
então minha intenção é que cada aluno possa utilizá-la nos próximos anos, por isso,
gosto sempre de ter um feedback deles.
5. O que mais o aproxima de seus colegas?
A possibilidade de ter exemplos das vivências de cada um.
6. O que mais o distancia de seus colegas?
A diferença de métodos, e porque prefiro estar mais próximo dos alunos.
7. O que mais o aproxima de seus professores?
112
Vejo que não tive ainda muita proximidade com os professores.
8. O que mais o distancia de seus professores?
Acho que o pouco tempo de contato acaba distanciando um pouco.
9. Que sentimentos neste momento do curso você experimenta em relação:
a) ao grupo classe: São vivências em diversas áreas diferentes o que nos traz muita
bagagem e novas maneiras de enxergar uma certa situação.
b) aos professores: São pessoas que estimulam a consciência comportamental e nos
abrem os olhos para a percepção do que acontece dentro da educação a nossa volta.
c) a colegas: Sinto ainda um pouco distantes, mais por conta do pouco tempo de
contato, são pessoas que a meu ver buscam como eu o desenvolvimento na área
docente, uns mais aplicados, outros menos.
10. O que você mais gosta no curso?
A possibilidade de aprender com os exemplos dos outros colegas e dos professores,
acho que mais que a teoria isso enriquece muito.
11. O que você menos gosta no curso?
Acho que às vezes, o feedback dos questionários deveria ser mais rápido, sinto que às
vezes é muito denso, na questão de ler os textos e passar muito tempo discutindo
sobre eles, penso que poderia haver alguns trabalhos em grupos para poder
desenvolver este conteúdo.
12. Descreva um momento particularmente significativo do curso.
As palestras com os professores convidados foram sensacionais, quebra um pouco a
questão da aula e me parece render um pouco mais.
113
12) Questionário
1. Por que você se interessou em participar deste curso?
Na verdade não sabia da existência e não fui atrás, recebi um e-mail informando que
estavam abertas as inscrições, e como me interessei pela possibilidade de fazer um
curso de formação pela USP e principalmente de graça, não pensei duas vezes. Já
dava aulas e veio bem a calhar.
2. Quais foram suas expectativas ao iniciá-lo?
As melhores possíveis e continuam assim, imagino ser um curso que fará a diferença
quando estiver em processo de seleção, acredito que o nível dos professores e os
temas abordados me tornarão um professor melhor do que sou hoje.
3. Estas expectativas estão agregando a sua prática?
Sim. Algumas coisas discutidas em aula ou exemplificadas pelos professores, já adotei,
ou tentei adotar. Eu esperava que fosse útil ao meu dia a dia como docente e está
sendo.
4. Descreva as características de sua relação com: a) seus alunos; b) os colegas;
c) com o conteúdo do curso.
Minha relação com os alunos acredito, que seja distante no tocante à vida pessoal
deles. Não tenho esta característica de querer saber nada do que acontece fora da
escola.
Com os colegas do curso é uma relação bem distante, apenas nos dias de reunião
presencial, e com os alunos que sentam perto.
Com o conteúdo do curso, tenho me identificado e aprendido muito, fico esperando
cada texto, cada discussão.
114
4. O que mais o aproxima de seus colegas?
Assuntos pertinentes ao curso.
5. O que mais o distancia de seus colegas?
Pessoas que falam apenas na primeira pessoa, como se o curso fosse feito apenas
para ele e querem brilhar mais que os professores.
6. O que mais o aproxima de seus professores?
A capacidade deles em passar a matéria, e minha necessidade de aprender, de querer
saber.
7. O que mais o distancia de seus professores?
O intervalo de tempo entre as duas aulas presencias, afinal é o único momento em que
mantemos algum contato.
8. Que sentimentos neste momento do curso você experimenta em relação: a) ao
grupo classe; b) aos professores; c) aos colegas.
Não tenho problemas de convivência com ninguém, muito menos com os professores,
apenas alguns alunos que querem mais atenção que o necessário.
9. O que você mais gosta no curso?
Sem dúvida nenhuma, das aulas presenciais, onde discutimos temas interessantes.
10. O que você menos gosta no curso?
Da disponibilidade do material aos domingos, seria mais proveitoso que eles fossem
disponibilizados aos sábados.
115
11. Descreva um momento particularmente significativo do curso.
A aula com o professor da Universidade de Lisboa. Foi poético, ter a presença de um
professor do berço da língua portuguesa.
13) Questionário
1. Por que você se interessou em participar deste curso?
Um de meus objetivos de carreira já era cursar especialização em docência do Ensino
Superior e surgiu essa oportunidade ímpar.
2. Quais foram suas expectativas ao iniciá-lo?
Foram muitas: entrar em contato com outras realidades, outras pessoas com
experiências diversas, fazer um curso na USP com professores da USP, era e é uma
grande expectativa.
3. Estas expectativas estão agregando a sua prática?
Em parte, pois ainda não leciono, mas em meu trabalho em atender alunos, consigo
visualizar através das experiências de meus colegas a dinâmica de sala de aula e o
processo de ensino-aprendizagem.
4. Descreva as características de sua relação com: a) seus alunos; b) os colegas;
c) com o conteúdo do curso.
A – Não tenho alunos.
B – Com os colegas: troca, respeito solidariedade e reciprocidade.
C – Curiosidade, expectativa, contribuição, Às vezes um pouco de frustração.
116
5. O que mais o aproxima de seus colegas?
Os objetivos comuns, amor ao ensino e o desejo de aprender.
6. O que mais o distancia de seus colegas?
Somente a distância física e a experiência deles.
7. O que mais o aproxima de seus professores?
A forma respeitosa e de carinho com que nos tratam.
8. O que mais o distancia de seus professores?
Somente a distância física.
9. Que sentimentos neste momento do curso você experimenta em relação: a) ao
grupo classe; b) aos professores; c) a colegas.
Posso resumir as três opções em uma resposta: carinho, respeito, liberdade,
acolhimento e ainda a expectativa.
10. O que você mais gosta no curso?
As aulas presenciais.
11. O que você menos gosta no curso?
A distribuição das atividades.
12. Descreva um momento particularmente significativo do curso.
Até agora a primeira aula foi o que houve de mais marcante. Toda a expectativa em
relação aos professores e aos colegas, a recepção que tivemos foi muito bom!
117
14) Questionário
1. Por que você se interessou em participar deste curso?
Eu me interessei porque estava fazendo o mestrado em administração e a linha de
pesquisa que eu estava atuando é Ensino de Administração.
2. Quais foram suas expectativas ao iniciá-lo?
Fiquei na expectativa e curiosa, mas é bem diferente do que eu já assisti em curso de
capacitação Docência – PCD que fiz na Uninove.
3. Estas expectativas estão agregando a sua prática?
Alguns temas são interessantes, e pretendo aplicar na prática.
4. Descreva as características de sua relação com:
a) seus alunos – ter mais interação.
b) os colegas – ainda existe a resistência.
c) com o conteúdo do curso – buscar novos conhecimentos.
5. O que mais o aproxima de seus colegas?
Procuro ter amizade com todos, sem distinção, e procuro conversar, e às vezes até
trocamos ideias dos conteúdos das disciplinas.
6. O que mais o distancia de seus colegas?
Tem alguns colegas que não gostam de trocar ideias, de dividir o conhecimento.
7. O que mais o aproxima de seus professores?
Eu sou muito dedicada ao que está ao meu alcance, e reconhecem o meu esforço.
118
8. O que mais o distancia de seus professores?
9. Que sentimentos neste momento do curso você experimenta em relação:
a) ao grupo classe
Sentimento de amizade, gosto da turma.
b) aos professores
A maioria senti afinidade, amizade, são abertos para ouvir.
c) a colegas
Sentimento de amizade.
10. O que você mais gosta no curso?
Das palestras, são interessantes.
11. O que você menos gosta no curso?
Às vezes na parte da tarde quando se tem discussão dos textos acho que fica um
pouco repetitivo.
12. Descreva um momento particularmente significativo do curso.
Eu gostei da aula da profa. Camila, e também quando conheci a aula EAD, nunca tinha
tido esta experiência e estou gostando muito, porque faz o aluno estudar, só acho que
poderiam explorar mais a ferramenta EAD com vídeos para assistir, palestras, etc.
Muito interessante.
119
15) Questionário
1. Por que você se interessou em participar deste curso?
Sendo professor há poucos anos, porém tendo expectativa de desenvolver uma carreira
como docente, entendo que o curso tem muito a agregar. Eu nunca havia parado para
estudar sobre a carreira de professor, e tem sido rica para mim a discussão em torno do
assunto.
2. Quais foram suas expectativas ao iniciá-lo?
As minhas expectativas eram de discutir os eventos ligados à carreira de professor, de
forma prática e objetiva, trocando bastante informação com os meus colegas
professores.
3. Estas expectativas estão agregando a sua prática?
Sim, porém de forma diferente do que eu havia previsto. Tenho tido muita informação
relevante, porém menos prática e mais conceitual sobre o exercício da profissão e das
formas de desenvolvimento dela.
4. Descreva as características de sua relação com: a) seus alunos; b) os colegas;
c) com o conteúdo do curso.
A minha relação com os meus alunos é muito franca e direta. Tenho uma forma de
tratá-los, que os coloca em pé de igualdade comigo, e acredito que isso seja bom. Em
relação aos meus colegas professores, eu não tenho muita interação na faculdade, pois
não há integração. Com o conteúdo do curso eu tenho bastante familiaridade, pois
reviso o Plano de Ensino todos os anos, e tenho liberdade total para alterá-lo da forma
que entender ser mais conveniente.
4. O que mais o aproxima de seus colegas?
Alguns momentos de convivência me aproximam dos meus colegas, principalmente na
120
sala dos professores.
5. O que mais o distancia de seus colegas?
A julgar pela pergunta 6, eu agora não entendo se são os meus colegas professores na
faculdade em que leciono ou os colegas do curso do NPT. A pergunta 4,
aparentemente, misturou os 2 canais, e não estou entendendo mais nada... “Alunos” e
“Colegas” seriam a mesma coisa, na pergunta 4?
6. O que mais o aproxima de seus professores?
[Entendendo que se trata do curso do NPT] O fato de sermos professores.
7. O que mais o distancia de seus professores?
Os professores do NPT não são professores de administração, de forma que o
comportamento e as preocupações são muito diferentes. A própria forma de abordar os
problemas é diferente. Isso é muito enriquecedor.
8. Que sentimentos neste momento do curso você experimenta em relação: a) ao
grupo classe; b) aos professores; c) a colegas
A classe é ótima. Acredito que todos os alunos tenham idades semelhantes, na maioria
dos casos, e a formação da maioria também é a mesma (administração). Tais fatores,
de qualquer forma, acabam aproximando. Quanto aos professores, tenho muita
admiração. Tenho verificado que os professores são todos muito bons – tanto
tecnicamente quanto na condução das discussões em sala de aula. Com relação aos
colegas, tenho tido interações com diversos deles individualmente e todos têm se
mostrado muito abertos e receptivos.
9. O que você mais gosta no curso?
Gosto da mescla entre o virtual e o presencial. Acho que dá para explorar muita coisa
entre com a junção dos dois mundos e as duas formas de interação.
121
10. O que você menos gosta no curso?
Acho que as discussões presenciais, em alguns momentos, acabam desviando de foco.
O fato de os temas serem muito amplos dá espaço para este tipo de coisa, que em
alguns momentos gera a falta de conexão dos alunos com a dinâmica da aula.
11. Descreva um momento particularmente significativo do curso.
R: Gostei da discussão do vídeo que fizemos no primeiro dia de aula. Acho que o
processo foi interessante e todos participaram muito. Naquele momento a discussão foi
longa, porém foi focada e houve muita troca de experiências.
16) Questionário
1. Por que você se interessou em participar deste curso?
Tenho um sonho, ser professor de ensino superior. Quando li sobre o curso meus olhos
brilharam, pois vi nele a oportunidade de me tornar uma profissional diferenciada.
2. Quais foram suas expectativas ao iniciá-lo?
Imaginei um curso mais participativo: apresentações individuais, aula a aula, seminários
realizados pelos alunos. Uma aula que desenvolvesse, também, a postura em sala de
aula, oratória e didática ao longo do tempo, aprendendo com os erros.
3. Estas expectativas estão agregando a sua prática?
Não estou praticando.
4. Descreva as características de sua relação com:
a) seus alunos
122
Não leciono em universidade.
b) os colegas
Dinâmica, agregadora, troca de experiências, companheirismo.
c) com o conteúdo do curso.
Muito teórico, falta um debate mais participativo com levantamento de questões que
instiguem o debate e as perguntas construtivas, palestras dinâmicas e divertidas.
5. O que mais o aproxima de seus colegas?
A troca de conhecimento, a discussão dos textos não compreendidos muito bem, a
semelhança nos objetivos.
6. O que mais o distancia de seus colegas?
Ser fechado, pouco afável, não compartilha experiências.
7. O que mais o aproxima de seus professores?
A experiência, a doçura, o conhecimento, a didática, o saber conduzir uma aula.
8. O que mais o distancia de seus professores?
O rótulo, pois não vou falar para o professor que eu não compreendi o texto ou que
achei muito longo, muito teórico.
9. Que sentimentos neste momento do curso você experimenta em relação:
a) ao grupo classe
Excelente grupo, pessoas amáveis, sempre dispostas a ajudar. Quando tenho
problemas e dúvidas acadêmicas, lanço a dúvida no café da manhã e a ideia sai
fresquinha.
123
b) aos professores
Uma relação de afeto, positiva, feliz.
c) a colegas
Feliz, satisfeita e às vezes desesperada (quando alguém diz que leu o texto errado)
10. O que você mais gosta no curso?
Das relações interpessoais, dos debates construtivos, das discussões informais no
café sobre temas levantados na aula.
11. O que você menos gosta no curso?
Às vezes sinto o curso um pouco cansativo.
12. Descreva um momento particularmente significativo do curso.
A palestra da última aula, 31.08, para mim foi a mais significativa. O modelo proposto
foi dinâmico. Todos participaram, as atenções se prenderam e aprendemos muitas
coisas novas e interessantes.
17) Questionário
1. Por que você se interessou em participar deste curso?
Interessei-me, pois quero seguir a carreira acadêmica. Surgiu a oportunidade ao
procurar um curso de Docência em Administração.
2. Quais foram suas expectativas ao iniciá-lo? Minhas expectativas começaram a
partir do primeiro contato com as professoras, durante a triagem do currículo,
agendamento da entrevista e a entrevista. Fiquei extremamente feliz em ser aprovada e
124
imaginei que o curso seria muito mais voltado para quem já leciona. Isso me trouxe
uma apreensão, mas que diminuiu logo que notei que eu, mesmo sem lecionar ainda,
conseguiria acompanhar o curso. Ter professores conceituados e experientes foi um
diferencial.
3. Estas expectativas estão agregando a sua prática?
Sim, pois estou conseguindo começar a planejar a minha carreira acadêmica, sem pular
alguma etapa e percebendo como é na prática, com a troca de experiências entre os
alunos do curso e dos professores. Agregou principalmente no processo de decisão: só
me fez ter mais certeza do que quero fazer. As aulas voltadas à Psicologia da
Educação me cativaram.
4. Descreva as características de sua relação com:
a) seus alunos – ainda não leciono.
b) os colegas – com os colegas de curso: comunicação sempre presente, acolhimento,
troca de experiências, aprendizado, afetividade, respeito.
c) com o conteúdo do curso – assuntos que chamam a atenção e fazem com que tenha
vontade de aprender, me faz sentir capaz de ser professora, uma boa professora.
5. O que mais o aproxima de seus colegas?
A troca de conhecimento e as discussões sempre positivas sobre os mais variados
pontos de vista. São pessoas culturalmente interessantes.
6. O que mais o distancia de seus colegas?
Sinto que a distância maior acontece por eu não lecionar ainda.
7. O que mais o aproxima de seus professores?
Sem dúvida a curiosidade sobre tudo que eles podem me ensinar. Todos os
125
professores, até agora, deixaram uma aproximação saudável. Fascinada pelas aulas
das professoras L. e V.
8. O que mais o distancia de seus professores?
Percebo que a única distancia que tenho com os professores acaba sendo apenas a
distância física.
9. Que sentimentos neste momento do curso você experimenta em relação:
a) ao grupo classe – alegria, comprometimento, atenção.
b) aos professores – conhecimento, afetividade, integração.
c) a colegas – alegria.
10. O que você mais gosta no curso?
Aprender sobre assuntos que não conhecia, como Psicologia da Educação e estar tão
próxima de colegas que já lecionam. A troca de experiências é tudo!
11. O que você menos gosta no curso?
Dos prazos curtos para entregar as tarefas, que deveriam ser maiores para podermos
ser mais criativos.
12. Descreva um momento particularmente significativo do curso.
O primeiro dia de aula, onde conseguimos uma sinergia muito boa. E também as aulas
das professoras V. e L., que em todas foi agregado assuntos muito bons e que farão a
diferença quando eu for professora.
126
18) Questionário
1. Por que você se interessou em participar deste curso?
Procuro me aperfeiçoar na docência adquirindo conhecimentos e competências, que
não fizeram parte da minha formação acadêmica e profissional.
2. Quais foram suas expectativas ao iniciá-lo?
Adquirir conhecimentos relacionados a pedagogia.
3. Estas expectativas estão agregando a sua prática?
Estou mais atento a minha identidade como professor, ao relacionamento com os
alunos e a avaliação da aprendizagem.
4. Descreva as características de sua relação com: a) seus alunos; b) os colegas;
c) com o conteúdo do curso.
a. Reconhecimento, respeito.
b. Parceria, coleguismo.
c. Interesse, participação.
5. O que mais o aproxima de seus colegas?
Interesses comuns, nível cultural, profissão, etc.
6. O que mais o distancia de seus colegas?
Pontos de vista diferentes.
7. O que mais o aproxima de seus professores?
Interesse pelo assunto, identificação.
127
8. O que mais o distancia de seus professores?
Falta de compreensão do assunto, identidade do professor.
9. Que sentimentos neste momento do curso você experimenta em relação: a) ao
grupo classe; b) aos professores; c) a colegas.
a. Motivação.
b. Dedicação.
c. Parceria.
10. O que você mais gosta no curso?
Encontros presenciais.
11. O que você menos gosta no curso?
Ambiente virtual.
12. Descreva um momento particularmente significativo do curso.
Houve vários, mais a palestra sobre avaliação, para mim, foi muito importante.
19) Questionário
1. Por que você se interessou em participar deste curso?
Tenho por objetivo iniciar minha carreira docente, no entanto, me sentia insegura em
relação à didática, domínio do grupo e postura em sala de aula. O curso de
especialização em Formação de Docentes para Administração atende ao meu objetivo
de carreira. Além disso, é gratuito, possui corpo docente de alta qualidade e certificação
USP.
128
2. Quais foram suas expectativas ao iniciá-lo?
Senti que estava no grupo certo: uma turma heterogênea, uns com experiência
docente, outros buscando formação para tal, um grupo com faixa etária bem
diversificada e perfis com disposição para o “aprender”. Desde o primeiro dia, os
professores demonstraram muita dedicação e carinho pelo projeto do curso. Creio que
a aproximação aluno-professor no café deixou todos mais à vontade para participação
em sala de aula. As dinâmicas iniciais foram muito importantes, pois conhecemos os
professores de outros módulos. Minha expectativa dobrou já nas primeiras aulas, havia
um contexto favorável à aprendizagem.
3. Estas expectativas estão agregando a sua prática?
Sim, creio que minha postura profissional mudou. Hoje escuto mais a equipe e busco
atingir as metas por meio da exploração das habilidades de meus pares. Dou atenção
aos questionamentos e demonstro que acredito no potencial de trabalho do grupo.
Mudei meu método de orientação, sempre que possível evito a troca de e-mails e
oriento verbalmente. Busco trocar mais informações com o corpo docente da instituição,
com o objetivo de relacionar a aprendizagem do curso com o cotidiano de um professor.
4. Descreva as características de sua relação com:
a) seus alunos: embora não possua a vivência em sala de aula, hoje estou mais
motivada a procurar uma oportunidade na área docente, até mesmo, como professora
voluntária.
b) os colegas: tenho um perfil muito observador e com meus colegas busco ouvir mais
para aprender pela experiência que trazem da sala de aula que lecionam.
c) com o conteúdo do curso: até o momento tive afinidade com os textos e com os
conteúdos das aulas. São leituras rápidas e produtivas, pois tenho a sensação de poder
utilizar aquele conhecimento no meu dia a dia como professora.
129
5. O que mais o aproxima de seus colegas?
As atividades e propostas do Moodle, principalmente a ferramenta Wiki. Acho que a
ferramenta Wiki poderia ser mais explorada pela equipe docente. Foi um grande desafio
utilizá-la, creio que exerci um papel de liderança buscando equalizar as ideias de cada
membro do grupo. Os momentos de café também serviram para uma aproximação e
identificação com os membros da turma.
6. O que mais o distancia de seus colegas?
A falta de propostas de discussões, debates e encontros no Moodle. Creio que o corpo
docente poderia ter incitado mais desafios para a resolução da turma.
7. O que mais o aproxima de seus professores?
A abertura para participação em sala de aula e o feedback das atividades realizadas.
8. O que mais o distancia de seus professores?
Discussões não orientadas em sala de aula (quando abrimos muito o assunto da
discussão e perdemos o foco). Outra possibilidade que causa a distância é a minha
insegurança em relação aos docentes, às vezes sinto dificuldade de estabelecer um
diálogo não relacionado com o conteúdo. Acho que poderíamos realizar algumas
dinâmicas e quebrar essa barreira, que, no meu ponto de vista, também é comum a
outros colegas.
9. Que sentimentos neste momento do curso você experimenta em relação:
a) ao grupo classe: neutralidade em função de um grupo misto, embora haja indícios da
formação de dois blocos, pretendo explorar o melhor desses dois grupos.
b) aos professores: respeito e admiração ao corpo docente qualificado, dedicado e que
trata com especialidade o projeto do curso.
130
c) a colegas: meus colegas têm experiências profissionais diversas, nossas conversas
atingem as atividades em sala de aula e o cotidiano pessoal de cada um. Possuo
confiança nessas pessoas e alegria ao encontrá-las aos sábados.
10. O que você mais gosta no curso?
As aulas presenciais de apresentação do conteúdo, momento em que temos o contato
com o professor. As referências e citações das professoras V. e L. me inspiram a ler, o
carinho que demonstra pelo grupo e pelo projeto da professora Adriana me faz sentir
especial e, claro, a praticidade do professor Dutra com a inserção da tecnologia torna o
curso atual. Admiro a dedicação da Liliane em acompanhar as aulas e atividades
online, estou no aguardo de uma visita do professor Euro. Além disso, a Camila
apresentou um conteúdo que esclareceu dúvidas que tinha sobre minha carreira
profissional. Admiro o melhor de todos!
11. O que você menos gosta no curso?
O prazo de realização das atividades do Moodle, poderíamos ter um tempo maior para
concluir as tarefas. A falta de desafios nas atividades, creio que ler e responder
questionários tornaram -se uma rotina neste ciclo. A falta de uma avaliação comentada
dos tutores online sobre as atividades de texto.
12. Descreva um momento particularmente significativo do curso.
O primeiro dia de aula foi muito significativo. Saí da sala de aula feliz por ter sido
contemplada como aluna do projeto. Conhecer os professores, a turma, as práticas
realizadas, o projeto do curso, etc., superou minhas expectativas. Percebi que houve
uma preocupação em organizar o primeiro dia de aula e me senti pertencente ao
projeto. Fui para casa com a sensação de que o sucesso de todo o projeto também
depende da minha dedicação.
131
Anexo 3:
Pró- Administração
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Referente a pesquisa com o título: " FORMAÇÃO CONTINUADA PARA
PROFESSORES E ASPIRANTES À DOCÊNCIA NO CURSO SUPERIOR DE
ADMINISTRAÇÃO EM FOCO A AFETIVIDADE
O objetivo da pesquisa, que tem como pesquisadora, Liliane Bonfim de Mouras, é
investigar a formação continuada dos professores e aspirantes à docência de cursos
superiores de Administração. Como parte desse estudo, serão aplicados questionários
com voluntários que tenham relação direta com o tema. Por isso, você está sendo
convidado(a) a participar da pesquisa, como depoente.
Sua participação é voluntária, e você tem a liberdade de responder apenas às questões
que quiser, podendo interromper sua participação a qualquer momento da entrevista
sem qualquer prejuízo pessoal. O questionário será preenchido por você, e os arquivos
ficarão armazenados por um período de cinco anos.
A participação na pesquisa não acarretará em qualquer risco ou prejuízo ao
participante, e seu anonimato será preservado integralmente. Os dados obtidos serão
utilizados para fins científicos, para a construção de um relatório de pesquisa, em
produção de artigos científicos para periódicos, participação em eventos e congressos,
sempre com o anonimato dos participantes garantido.
132
Você poderá solicitar esclarecimentos ao pesquisador e à pesquisadora, quando
sentir necessidade, por telefone ou e-mail, a qualquer momento que tiver dúvidas.
Pesquisador : Liliane Bonfim de Moura- (11) 992692294 – email-
Orientador: Profª Drª Laurinda Ramalho de Almeida (11) 3670 8527
Declaro que li, compreendi e concordei com o que está apresentado no Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido.
São Paulo, _______ de _____________________ de 2014.
_________________________________ _________________________
Nome do depoente Assinatura do depoente
_________________________________ _________________________
RG do depoente CPF do depoente
_________________________________ _________________________
Nome do pesquisador Assinatura do pesquisador