forma jurídica e formalidades legais na constituição das empresas final
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FORMAS JURÍDICAS
Formalidades Legais na constituição das empresas
André Marques – Fernanda Martins – João Paulo
Técnico/a de Secretariado
Legislação Comercial
Técnico/a de Secretariado – Legislação Comercial
André Marques – Fernanda Martins – João Paulo 1
No âmbito do módulo de Legislação Comercial, foi-nos proposto um trabalho de
grupo subordinado ao tema “Formas jurídicas e formalidades legais na
constituição das empresas”. Este trabalho vai permitir-nos escolher a forma
jurídica mais adequada à realidade das empresas idealizadas por nós
formandos.
Formas jurídicas e formalidades legais na constituição das empresas
Para determinarmos o modelo de funcionamento da nossa empresa temos
primeiramente de escolher a sua forma jurídica. Esta opção deve ser tomada
considerando os pontos fortes da empresa, salvaguardando o interesse do
empresário e tendo em conta as características que melhor se adaptam às
expectativas de desenvolvimento.
A primeira decisão que o empresário deverá tomar prende-se com a opção
entre desenvolver a sua empresa sozinho ou em conjunto, devendo assim
conhecer as formalidades legais associadas à criação da empresa.
As formas jurídicas mais comuns são:
- Sociedades por Quotas;
- Sociedade Unipessoal por Quotas;
- Sociedade Anónima;
- Empresa em Nome Individual.
Outras formas jurídicas menos frequentes.
- Estabelecimento Individual de Responsabilidade Limitada, EIRL;
- Sociedade em Comandita;
- Sociedade em Nome Coletivo;
- Cooperativas.
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Sociedade por Quotas
A empresa criada com o estatuto jurídico de Sociedade por Quotas tem as
seguintes caraterísticas:
Tem mais do que um sócio;
As sociedades por quotas até 2011 eram obrigadas a apresentar um
capital social superior a 5.000€. De acordo com o art.º 219/3 do Código
das Sociedades Comerciais (CSC), deixou de haver um limite mínimo
para o capital social, podendo os sócios fixarem o valor do capital social
a seu “gosto”. O capital social é representado por quotas, que poderão
ter ou não um valor idêntico (mas nunca inferior a € 1 cada);
A denominação destas empresas pode ser composta pelo nome
completo ou abreviado de todos, alguns ou um dos sócios, por uma
expressão alusiva ao ramo de atividade ou pela junção de ambos os
elementos anteriores, seguida do aditamento obrigatório “Limitada” por
extenso ou abreviado “Lda.”;
A responsabilidade dos sócios é limitada ao capital social. Apenas o
património da sociedade responde perante os credores pelas dívidas da
sociedade;
O contrato de sociedade pode estabelecer que um ou mais sócios, além
de responder para com a sociedade, respondam também perante os
credores sociais até determinado montante.
Sociedade Unipessoal por Quotas
Uma sociedade Unipessoal por Quotas tem as seguintes caraterísticas:
Tem um único sócio que detém a totalidade do capital, pessoa singular
ou coletiva;
De acordo com o art.º 219/3 do CSC, o capital social é representado por
quotas, os valores nominais podem ser diversos mas nunca inferior a 1
euro;
O nome da firma destas sociedades deve ser formado pela expressão
“Sociedade Unipessoal” ou pela palavra “Unipessoal” antes da palavra
“Limitada” ou da abreviatura “Lda.”.
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Sociedade Anónima
A forma jurídica Sociedade Anónima tem as seguintes caraterísticas:
Exige no mínimo cinco sócios, salvo quando a lei o dispense,
vulgarmente designados por acionistas, sendo que é possível constituir
uma sociedade anónima com um sócio desde que este sócio seja uma
sociedade;
De acordo com o art.º 276/5 do CSC, o montante mínimo do capital
social é de 50 000 euros, está dividido em ações com valor nominal ou
ações sem valor nominal, que não poderão todavia serem inferiores a
um cêntimo.
O capital é dividido em ações e cada sócio limita a sua responsabilidade
ao valor das ações que subscreveu;
A firma pode ser composta pelo nome de algum ou de todos os sócios,
por uma denominação particular ou uma reunião de ambos elementos,
em qualquer caso concluirá pela expressão “Sociedade Anónima” ou
pela abreviatura “S.A.”.
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Formalidades legais para a constituição de empresas
A constituição de uma empresa requer da nossa parte um conjunto de
procedimentos.
De um modo geral, podemos dizer que os passos para a constituição legal da
empresa são os seguintes:
1 - Escolher o tipo de empresa a constituir (forma jurídica);
2 - Identificar a firma (escolher o nome da empresa);
3 - Pedir o Certificado de Admissibilidade de firma ou denominação de
pessoa colectiva e do Cartão Provisório de Identificação de Pessoa Colectiva,
feita por um dos futuros sócios.
4 - Marcação da escritura pública
No Cartório Notarial ou num Centro de Formalidades IAPMEI
5 - Celebração da Escritura Pública
No Cartório Notarial, ou via Centro de Formalidades do IAPMEI
6 - Declaração do Início de Actividade
Na Repartição de Finanças da área da sede da sociedade ou via Gabinete da
Direcção Geral dos Impostos no Centro de Formalidade Legais – IAPMEI.
7 - Requisição do Registo Comercial, Publicidade e Inscrição no RNPC
(cartão definitivo de pessoa colectiva). Tem efeitos constitutivos porque a
sociedade só passa a existir juridicamente a partir deste momento e deve ser
feito junto da entidade competente que é a Conservatória do Registo Comercial
da área da sociedade, ou através do gabinete de apoio ao registo comercial –
IAPMEI.
8 - Inscrição na Segurança Social
9 - Pedido de inscrição no Cadastro Comercial ou Industrial, na entidade
competente – a Direcção Geral da Empresa e Delegação Regional do
Ministério da Economia e do Emprego da área do Estabelecimento.
Junto de um Centro regional de segurança social da área da sede da
sociedade ou através do IAPMEI. Inscrição da empresa, dos trabalhadores,
administradores, directores ou gerentes, na segurança social.
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Formalidades legais para a constituição de Empresas em Nome Individual
1 - Pedido de Certificado de Admissibilidade de Firma ou Denominação
O Empresário em Nome Individual só será obrigado a requerer o certificado de
admissibilidade de firma se pretender inscrever-se no Registo Comercial com
firma diferente do seu nome civil completo ou abreviado.
2 - Pedido de cartão de identificação
Tem como finalidade a obtenção de cartão de identidade válido que permita ao
empresário identificar-se, como tal, em todos os actos e contratos em que
intervenha.
Este cartão deve conter a indicação do Número de Identificação de Pessoa
Colectiva (NIPC) e, ainda, o nome ou firma do empresário, o domicílio, a
caracterização jurídica, a actividade principal e o número do bilhete de
identidade, para além de mencionar o código da sua actividade económica.
3 - Declaração de Início de Actividade
Pretende-se a regularização da situação fiscal do empresário individual, a fim
de dar cumprimento às suas obrigações de natureza fiscal.
4 - Registo Comercial
Tem como finalidade dar publicidade à situação jurídica, entre outros, dos
empresários individuais.
5 - Comunicação obrigatória ao Instituto de Desenvolvimento e
Inspecção das Condições de Trabalho
O empresário em nome individual, como entidade sujeita à fiscalização do
Instituto de Desenvolvimento e Inspecção das Condições de Trabalho, deverá
comunicar, por ofício, à respectiva delegação da área onde se situa o seu
estabelecimento, o endereço deste, ou dos locais de trabalho, o ramo de
actividade, o seu domicílio e o número de trabalhadores. Esta comunicação é
obrigatória e deverá ser feita anteriormente ao início de actividade.
6 - Inscrição do empresário na Segurança Social
Tem como finalidade a identificação do empresário como beneficiário dos
serviços e prestações a realizar por aquele organismo de forma a estar
abrangido pelos regimes da protecção social.
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7- Inscrição da empresa individual na Segurança Social
Destina-se a identificar a empresa como contribuinte daquele organismo,
sempre que o empresário tenha contratado trabalhadores ao seu serviço,
ficando responsável pelo pagamento das respectivas contribuições.
Formalidades legais para a constituição de Sociedades
1 - Elaboração dos Estatutos
Depois de escolhido o tipo de sociedade deverá ter lugar a elaboração dos
estatutos ou pacto social.
2 - Escritura Pública de Constituição
Mediante a apresentação da minuta dos estatutos, do certificado de
admissibilidade da firma, do certificado do depósito efectuado em qualquer
banco e dos bilhetes de identidade dos futuros sócios (além de outros
documentos que sejam eventualmente necessários para casos especiais)
poderá outorgar, em cartório notarial à sua escolha, a escritura pública de
constituição da sociedade.
3 - Certificado de Admissibilidade de Firma
Quando iniciar a elaboração dos estatutos deve, simultaneamente, requerer ao
Registo Nacional de Pessoas Colectivas o certificado de admissibilidade da
firma ou denominação.
4 - Registo Comercial
O registo comercial destina-se a dar publicidade à situação jurídica das
sociedades comerciais, das sociedades civis sob forma comercial tendo em
vista a segurança do comércio jurídico.
5 - Inscrição no Ficheiro Central de Pessoas Colectivas
Uma vez efectuada a inscrição no ficheiro central de pessoas colectivas do
RNPC é por este emitido o Cartão de Identificação que deverá conter a
indicação do NIPC (número de identificação de pessoa colectiva), do nome,
firma ou denominação, do domicílio ou sede, da caracterização jurídica, da
actividade principal e, no caso de pessoas colectivas, a data da constituição.
6 - Número Fiscal do Contribuinte
Para efeito de atribuição de número fiscal, todas as pessoas coletivas e
equiparadas, devem se inscrever em qualquer Repartição de Finanças.
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7 - Comunicação obrigatória ao Instituto de Desenvolvimento e
Inspecção das Condições de Trabalho
Esta comunicação é obrigatória e deverá ser feita anteriormente ao início de
actividade.
8 - Inscrição da empresa na Segurança Social
Destina-se a identificar a empresa como contribuinte daquele organismo,
sempre que o empresário tenha contratado trabalhadores ao seu serviço,
ficando responsável pelo pagamento das respectivas contribuições.
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Conclusão:
Após uma análise a este tema concluímos que a escolha da forma jurídica para
as nossas empresas foi feita através da necessidade ou não de apoios, através
de sócios, da entrada de capital social e das responsabilidades sociais aos
credores, assim sendo, esta é a nossa opção para a criação das nossas
empresas:
Formando: André Marques
Sociedade: CREATIVE ZONE, Unipessoal Lda.
Motivo: Inexistência de sócios; não divisão de lucros; não haver um limite
mínimo para o capital social e permitir ter menos responsabilidades sociais
perante os credores.
Formando: Fernanda Martins
Sociedade: EVENTA T, Lda.
Formando: João Paulo
Sociedade: CAI – Centro de Artes Independentes, Lda.
Motivo: Apesar de ambas as empresas serem diferentes nos seus
contextos organizacionais, estratégias e estruturas, temos presente na
constituição da empresa a integração de sócios e consequente aumento de
capital social para a nossa atividade económica, tornando-as mais
enriquecedoras. Assim concluímos que a forma jurídica mais apropriada é a
sociedade por quotas.
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Bibliografia:
Legislação Empresarial – Código das Sociedades Comerciais – Maria João Mimoso –
QUIDJURIS Sociedade Editora
Webgrafia:
http://www.iapmei.pt/