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Força-tarefa para viabilizar a Resiliência Ecológica e Social Ortega, E.; Bacic, M.; Corazza, R., Fracalanza, P.S., Barreto, G., Sabatier, M.A., Gusman Ferraz, J.M.; Oncken, M.P., Azevedo, L. Laboratório de Engenharia Ecológica, Universidade Estadual de Campinas, Rua Josué de Castro, 40, 13.083-862 Campinas, SP, Brasil E-mail: [email protected] 1

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Page 1: Força-tarefa para viabilizar a Resiliência Ecológica e ão adequada sobre como reduzir a economia de energia fóssil e, ao mesmo tempo, recuperarem os ecossistemas, adotarem a agroecologia

Força-tarefa para viabilizar a Resiliência Ecológica e Social

Ortega, E.; Bacic, M.; Corazza, R., Fracalanza, P.S., Barreto, G., Sabatier, M.A., Gusman Ferraz, J.M.; Oncken, M.P., Azevedo, L.

Laboratório de Engenharia Ecológica, Universidade Estadual de Campinas, Rua Josué de Castro, 40, 13.083-862

Campinas, SP, Brasil E-mail: [email protected]

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Page 2: Força-tarefa para viabilizar a Resiliência Ecológica e ão adequada sobre como reduzir a economia de energia fóssil e, ao mesmo tempo, recuperarem os ecossistemas, adotarem a agroecologia

• Hoje percebe-se que a expansão parou e que o mundo mostra sinais de colapso (social, ecológico, monetário e climático). É tempo de reunir forças e promover um novo modelo ecológico-economico! 2

INTRODUÇÃO• 500 anos atrás, Portugal e Espanha

idealizaram um projeto para recuperar as áreas ocupadas pelos árabes e judeus e depois se expandir. A expansão gerou milhoes de mortes e a destruição da natureza, mas transferiu riqueza da América para a Europa e isso promoveu o nascimento do capitalismo.

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Grupos de trabalho para a recuperar a resiliência social e ecológica

• Howard e Elizabeth Odum autores do livro “O Declínio Próspero: Princípios e Política”, sugerem a organização de "grupos de trabalho" para ajudar as pessoas a colaborar para enfrentar a transição para uma economia ecológica.

• A organização de tais grupos envolve a identificação, integração e organização de pessoas com diferentes experiências de vida e conhecimento profissional diferente, todas elas conscientes da importância das alterações climáticas sobre o futuro da humanidade e da necessidade de enfrentar elas mudando os paradigmas culturais.

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OBJETIVOSO grupo de trabalho ou “força-tarefa” deve concentrar esforços no estudo dos seguintes tópicos:

O Grupo de Trabalho deve integrar estes conhecimentos para poder mobilizar a sociedade.

1. Ecologia de Sistemas;2. Estuda da resiliência ecológica e social;3. Modelagem e simulação de sistemas4. Novas técnicas de Planejamento Regional;5. Novos tipos de serviços de extensão.6. Reconhecer o saber transdisciplinar.

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TEORIA / PRATICA • Assumimos que a percepção de um problema ecológico-econômico pode gerar o surgimento de uma força-tarefa. O grupo de trabalho deve desenvolver um feedback contínuo e atuar com mente aberta para rever seus objetivos e melhorar sua organização e seus métodos.

• Esta abordagem está sendo utilizada na Universidade Estadual de Campinas, visando ajudar o comitê da bacia hidrográfica, porque há um problema serio e crescente de escassez de água, uma situação que resulta de muitos anos de ocupação predatória do espaço geográfico para benefício da metrópole colonial e os seus apoiadores locais.

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TEORIA / PRATICA • Realização de um seminário em 2015 para discutir os capítulos do livro “O Declínio Próspero: Princípios e Políticas”. As apresentações e os vídeos preparados foram disponibilizados na internet.

• Preparação de um projeto temático para FAPESP sobre “Análise da Resiliência de Bacias Hidrográficas frente às Mudanças Climáticas: Modelos Conceituais e Construção de Ferramentas de Diagnóstico”.

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• Organização de reuniões mensais para discutir as principais questões do momento. A primeira reunião será com o autor do livro “Capitalismo e Colapso Ambiental”

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A figura mostra os recursos da biosfera de acordo com sua intensidade energética (transformidade) e o papel das instituções sociais.

Para gerar todos estes estoques a biosfera usa três entradas de exergia: radiação solar, força da gravidade, força do calor interno da Terra.

Função social da universidade e das instituições públicas

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8http://www.ecodebate.com.br/foto/120518jeda.png

Homeostase

Uso predatório dos recursos renováveis

Uso de energias fósseis e minerais não renováveis

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Estudo do MIT para o Clube de Roma (1970-230)

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Mark T. Brown shows native forests recovery data in Florida, US, with and without human help. Ecological Engineering 24 (2005) 309–329 14

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PROBLEMA • Quando as instituições públicas, as empresas e alguns setores da população ficam sabendo dos riscos gerados pelas mudanças climáticas, geralmente, levam uma surpresa e não aceitam essa situação, tentam continuar atuando com o mesmo modo de pensar e estilo de vida.

• É difícil vencer a força da inercia!

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Gráfico do luto

Adapted from ProgramaExE, Barcelona, Spain, 2013. http://programaexe.org/si -yo-soy-un-agente-del-cambio/?lang=ca

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PROPOSTA • A negação da crise global pode ser superada? • Sim, se as instituições sociais receberem

informação adequada sobre como reduzir a economia de energia fóssil e, ao mesmo tempo, recuperarem os ecossistemas, adotarem a agroecologia e políticas que gerem trabalho de boa qualidade (opções ecológico-econômicas híbridas).

• Este é o papel de uma força-tarefa sobre declínio próspero ou grupo de trabalho sobre resiliência!

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Grandes mudanças na Terra: Metano!

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Novas informações: dióxido de carbono e temperatura

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O passado mais remoto do planeta.M

udan

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)

Milhares de Anos antes do Presente

2

0

-2

-4

18 16 14 12 10 8 6 4 0(*)2

Pequena Idade do Gelo

Máximo doHoloceno

Variação da Temperatura nos últimos 18000 anos.

Compilado por R.S. Bradley e J.A. Eddy baseado em J.T. Houghton et al., Climate Change: The IPCC Report, Cambridge University Press, Cambridge, 1990 Publicado em EarthQuest, vo. 1, 1991.

260

270

280

290

300

310CO

2 (pp

m)

Variação da concentração de CO2, no Holoceno (até 1900).

Dados dos núcleos de gelo da Antártica: (Flückiger et al., 2002; Monnin et al., 2004), linha cheia, e Law Dome (MacFarling-Meure et al., 2006), linha tracejada. In IPCC, 2013.

08(*) 0 é o ano de 1990

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400000 300000 200000 100000 Presente

700

650

600

550

500

450

400

350

300

250

200

Concentrações de dióxido de carbono na atmosfera.

Part

es p

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ilhão

de

dióx

ido

de c

arbo

noProjetado(2100)

Presente(2010)

Anos antes do Presente

Fonte: Cooperative Research Centre for Greenhouse Accounting, 2001;Valores para 2010 e 2100: IPCC, 2013,2014 09

Temos o maior nível dos últimos 400 000 anos e se prevê um maior aumento.

Nota: A civilização começou há 7000 – 10000 anos

Valores máximos anteriores(desde 40000 anos atrás)

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22Relação com a natureza

Época Período histórico Desejos básicos Abrangência Episteme

Convívio com a natureza

Pré-história

Paleolítico, Neolítico, Início da Metalurgia

Sobreviver e ocupar espaços geográficos

Interação forte dentro das tribos. Visão magica da natureza

Preservar a vida agindo como grupo

Distanciamento gradual do convívio com a natureza

História

Idade antigaPara uns conquistar territórios e para outros se defender

Criação da agricultura e da pecuária. Preservação da memória. Criação de vilas e cidades.

Interpretar o cosmos para organizar a vida rural e urbana. Produzir mais e acumular.

Idade MédiaPreservar territórios e fazer guerras

Vida em ciclos anuais com poucas mudanças

Sociedades fechadas abertas pelo comercio, saber restrito aplicado.

Idade ModernaDescobrir, inovar, conquistar e manter novos territórios

Vencer outros impérios. Novas rotas comerciais, novas ideias para expansão

Descoberta do método científico. A ciência é visa a permanência

Idade Contemporânea

Ciência, comunicação, tecnologia

Extração das riquezas das colônias. O capitalismo gera uma crise global

Analise crítica da economia humana e da economia da biosfera

Recuperação da natureza para conviver com ela novamente

AtualidadeFilosofia ecológica, trocar o uso de não renováveis por renováveis

Novos hábitos individuais e coletivos. Visão holística e política global.

Novos modelos de produção, consumo e reciclagem sustentáveis

Justificativa para mudança do paradigma?