fontes ionização atmosfera profe leithold py5aal

Upload: angelo-antonio-leithold

Post on 14-Oct-2015

38 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

A ionização é um processo químico-físico mediante o qual se produzem íons, átomos ou moléculas eletricamente carregadas , devido excesso ou falta de cargas a partir de átomos ou moléculas neutras. Há várias maneiras pelas quais se podem formar íons. Em certas reações químicas a ionização ocorre por transferência de elétrons, por exemplo, os átomos de cloro reagem com átomos de sódio para formar cloreto de sódio, com transferência de elétrons do sódio para o cloro formando íons de sódio ( Na+ ) e íons de cloro (Cl - ).Um íon é um átomo ou molécula que perdeu ou ganhou elétrons. Quando carregado negativamente, chama-se ânion, a nomenclatura é devida atração para ânodos, enquanto íons com carga positiva são denominados como cátions, porque são atraídos por cátodos. Em física, núcleos atômicos provenientes de átomos completamente ionizados como os da radiação alfa, são habitualmente designados como partículas carregadas. A ionização é geralmente alcançada pela aplicação de elevadas energias aos átomos, seja através de uma alta tensão elétrica ou por via de radiação de alta energia. Um gás ionizado é chamado plasma. Os íons foram pela primeira vez teorizados por Michael Faraday por volta de 1830, para descrever as porções de moléculas que viajavam, quer na direção do ânodo, quer na direação do cátodo. No entanto, o mecanismo através do qual o fenômeno se processa só foi descrito em 1884 por Svante August Arrhenius na sua tese de doutoramento na Universidade de Uppsala.

TRANSCRIPT

  • Fontes de ionizao da Ionosfera da Terra

    Professor ngelo Antnio Leithold

    Curitiba dezembro de 2003

  • Agentes de ionizao

    A ionizao um processo qumico-fsico mediante o qual se produzem ons,

    tomos ou molculas eletricamente carregadas , devido excesso ou falta de cargas a

    partir de tomos ou molculas neutras. H vrias maneiras pelas quais se podem formar

    ons. Em certas reaes qumicas a ionizao ocorre por transferncia de eltrons, por

    exemplo, os tomos de cloro reagem com tomos de sdio para formar cloreto de sdio,

    com transferncia de eltrons do sdio para o cloro formando ons de sdio ( Na+ ) e ons

    de cloro (Cl - ).

    Um on um tomo ou molcula que perdeu ou ganhou eltrons. Quando

    carregado negativamente, chama-se nion, a nomenclatura devida atrao para

    nodos, enquanto ons com carga positiva so denominados como ctions, porque so

    atrados por ctodos. Em fsica, ncleos atmicos provenientes de tomos

    completamente ionizados como os da radiao alfa, so habitualmente designados como

    partculas carregadas. A ionizao geralmente alcanada pela aplicao de elevadas

    energias aos tomos, seja atravs de uma alta tenso eltrica ou por via de radiao de

    alta energia. Um gs ionizado chamado plasma.

    Os ons foram pela primeira vez teorizados por Michael Faraday por volta de 1830,

    para descrever as pores de molculas que viajavam, quer na direo do nodo, quer

    na direao do ctodo. No entanto, o mecanismo atravs do qual o fenmeno se

    processa s foi descrito em 1884 por Svante August Arrhenius na sua tese de

    doutoramento na Universidade de Uppsala.

    A teoria de Arrhenius a princpio no foi aceita, pois ele conseguiu o doutoramento

    com a nota mais baixa possvel, mas acabou por ganhar o Prmio Nobel de Qumica em

    1903 pela mesma dissertao. A energia necessria para remover eltrons de um tomo

  • chamada energia de ionizao, ou potencial de ionizao. Estes termos so tambm

    usados para descrever a ionizao de molculas e slidos, mas os valores no so

    constantes, porque o processo pode ser afetado pela qumica, geometria e temperatura

    locais.

    Elemento Primeira Segunda Terceira Quarta Quinta Sexta Stima

    Na 496 4560Mg 738 1450 7730Al 577 1816 2744 11,600Si 786 1577 3228 4354 16,100P 1060 1890 2905 4950 6270 21,200S 999 2260 3375 4565 6950 8490 11,000Cl 1256 2295 3850 5160 6560 9360 11,000Ar 1520 2665 3945 5770 7230 8780 12,000

    Energias de ionizao sucessivas em kJ/mol

    Acima: Raios csmicos, instrumentao de sensoriamento (Fonte: NASA)

  • As energias de ionizao decrescem ao longo de um grupo da Tabela Peridica, e

    aumentam da esquerda para a direita ao longo de um perodo. Estas tendncias so o

    exato oposto das tendncias para o raio atmico. Eltrons em tomos menores so

    atrados mais fortemente para o ncleo, e portanto a energia de ionizao mais elevada.

    Em tomos maiores, os eltrons no esto presos com tanta fora, e portanto a energia

    de ionizao mais baixa. A energia requerida para liberar um eltron maior ou igual

    diferena potencial entre o orbital atmico ou molecular atual e o orbital possvel ao salto.

    Se a energia absorvida exceder este potencial, o eltron ser emitido como um eltron

    livre. Se no, o eltron incorpora momentaneamente um estado excitado at que a

    energia absorvida seja re-irradiada e ele volte o estado mais baixo. Logo, um eltron livre

    deve ter uma energia maior ou semelhante quela da barreira potencial para continuar

    "livre".

    A ionizao seqencial basicamente uma descrio da ionizao de um tomo

    ou de uma molcula. Mais especificamente significa que um on com uma carga +2 pode

    somente ser criado de um on com uma carga +1 ou uma carga +3. Isto , a carga

    numrica de um tomo ou de uma molcula deve mudar seqencialmente, sempre

    movendo-se de um nmero a um nmero adjacente, ou seqencial. Ao contrrio da

    ionizao clssica, na quntica o eltron simplesmente atravessa a barreira potencial em

    vez de salt-la, por causa de sua natureza ondulatria, pois, a probabilidade de um

    eltron passar atravs da barreira, exponencial em relao sua largura.

    Conseqentemente, um eltron com uma energia mais elevada, aparentemente

    "atravessa" a barreira como se fosse atravs de um tnel. Quando o campo eltrico

    combinado com a ionizao "tnel", o fenmeno no seqencial emerge. Por exemplo,

    um eltron sai para fora de um tomo ou de uma molcula emitido como onda, pode

    recombinar com o tomo ou molcula contgua e liberar toda a energia adicional, ou tem

    tambm a possibilidade ionizar mais de um tomo ou molcula com as colises da

  • energia elevada. Esta ionizao adicional considerada ionizao no seqencial por

    duas razes:

    1 - No h nenhuma ordem de como um segundo eltron removido de um tomo ou de uma molcula com uma carga 2 - Podem ser criados em linha reta de um tomo ou de uma molcula, uma carga neutra,assim que as cargas no so seqenciais.

    A ionizao no seqencial estudada freqentemente em intensidades baixas do campo

    laser, desde que a maioria de eventos da ionizao so seqenciais quando a taxa do

    ionizao elevada.

    Ionizao na regio ionosfrica

    Acima: Decaimento de partculas, formao de partculas secundrias (Fonte NASA)

    O maior agente de ionizao da ionosfera, o Sol, cujas radiaes nas bandas de

    raios X, e luz ultravioleta, inserem grande quantidade de eltrons livres em seu meio. Os

    meteoritos e raios csmicos (Figura acima) tambm so responsveis pela presena

  • secundria de ons na regio. A energia provinda do Sol inclui todos os tipos de radiao,

    no apenas a luz visvel. medida no espao por satlites cuja orientao dos

    instrumentos posicionada de forma a apanhar todos os comprimentos de onda

    possveis. A a potncia recebida pelos instrumentos em torno de 1.366 watts por metro

    quadrado.

    Constante solar de 1978 a 2002

    Acima: Irradincia solar. (Fonte: NASA)

    O planeta Terra inteiro, com aproximadamente 127.400.000 quilmetros

    quadrados, recebe em torno de 1.7401017 W de energia com uma variao dependente

    da atividade solar. Esta afeta principalmente os climas. Ao receber a irradiao, a Terra,

    enquanto gira, a tem distribuda atravs da rea de toda a sua superfcie. A mdia

    (chamada "insolao") distribuda por todo o planeta de aproximadamente 342 W/m .

  • A constante solar inclui todos os tipos de radiao eletromagntica, no apenas a

    luz visvel, esta ligada ao valor aparente do Sol, -26,8. A dose da radiao csmica,

    presume-se, em sua maior parte de mons, nutrons, e eltrons, sua taxa varia em

    locais diferentes do planeta direcionada em sua maior parte pelo campo geomagntico,

    altitude, e ciclo solar. As partculas solares variam na sua intensidade e espectro,

    aumentando em quantidade aps eventos solares.

    interessante salientar que o aumento na intensidade de raios csmicos solares

    seguido freqentemente por uma diminuio dos raios csmicos extra solares. A este

    efeito se d o nome de reduo de Forbush ( Scott Forbush), que ocorre devido vento

    solar que carrega o campo magntico do Sol mais para fora e protege assim mais a terra

    da radiao csmica. Num condutor eltrico, ao desloc-lo prximo a um campo

    magntico, induzida em si uma corrente eltrica.

    Acima: Espectro de distribuio de irradincia Solar (Fonte: NASA)

  • Na alta atmosfera, existe a ionosfera que se comporta muitas vezes como um

    condutor eltrico. Isto , podem, em certas ocasies, ser geradas correntes

    eletromagnticas de grande magnitude em funo de campos magnticos muito intensos.

    Assim, durante as as chamadas tempestades geomagnticas ocorrem correntes

    induzidas no s em grandes altitudes, mas tambm no solo, em especial em elementos

    metlicos de grande extenso. Estes podem ser linhas de transmisso eltrica ou

    telefnica, estradas de ferro, etc. Portanto os efeitos ocasionados pelas pelas

    tempestades geomagnticas so nocivos e perigosos aos sistemas de transmisso e aos

    equipamentos eletro-eletrnicos susceptveis a grandes flutuaes dos campos eltrico e

    magntico.

    No Canad, nos Estados Unidos e na Sucia, no dia 13 de maro de 1989,

    ocorreu um grande colapso energtico que literalmente ''derrubou'' as

    distribuidoras/geradoras de energia eltrica. Somente na Hydro Quebec, do Canad,

    o ''apago'' ou ''black-out'' simplesmente deixou sem energia eltrica cerca de 6

    milhes de consumidores. No Hemisfrio Norte, estes eventos so bastante

    conhecidos e estudados. As grandes tempestades magnticas so causadas por efeitos

    gerados pelas manchas, erupes, protuberncias e os jatos coronais ocorridos no

    Sol. Conforme descrito anteriormente, as influncias so provenientes radiaes

    corpusculares, das altas freqncias e energias da ondas de curto comprimento, que

    em virtude do baixo poder de penetrao, influem no somente na composio inica

    da alta atmosfera, mas tambm, e principalmente na gerao de correntes parasitas

    que so espelhadas na superfcie da Terra.

    A alta atmosfera, na altitude de 30 km, um litro de ar tem massa de

    aproximadamente 100 vezes menor que a nvel do mar, uma vez que a relao de

  • densidade atmica logartmica, a 100 km a massa cerca de um milho de vezes

    menor. Apesar da baixa densidade, a regio muito rica em ons e eltrons livres. Por

    este motivo, na altitude de 200 km, a densidade atmosfrica varia conforme a estao

    do ano, a hora e atividade solar, entre outros efeitos. J medida em que subimos

    desde o nvel do mar at altas altitudes, a temperatura tem variaes bastante

    importantes, pois decresce intensamente da troposfera estratosfera, onde atinge o

    valor de -55C, e acima de 80 km de altitude, cresce regularmente medida em que

    subimos. A causa do aquecimento a transferncia da radiao solar em calor.

    Basicamente, a atmosfera compe-se de oxignio e de nitrognio em estado

    molecular nas menores altitudes e em estado atmico nas altas altitudes. Suas

    componentes absorvem os raios ultravioletas e os raios X de origem solar. No

    processo, os eltrons so retirados das molculas ou dos tomos pelo chamado ''efeito

    fotoeltrico'', ocorrendo assim o processo da ionizao, que , um processo fsico de

    converso dum tomo ou duma molcula num on, quando ocorre uma alterao da

    quantidade de carga eltrica de um tomo cujas cargas estariam neutras. A ocorrncia

    do processo difere se um on est sendo produzido com uma carga eltrica positiva ou

    negativa. Uma carga eltrica positiva produzida quando o limite de carga do eltron

    num tomo, ou molcula, absorve energia suficiente de uma fonte externa para

    escapar da barreira de potencial. A quantidade de energia requerida deve ser igual ao

    potencial de ionizao. Uma carga eltrica negativa produzida quando um eltron

    livre colide com um tomo e capturado subseqentemente dentro da barreira

    potencial eltrica, liberando toda a energia adicional.

  • Ionizao sequencial e Ionizao no seqencial (Visto anteriormente). Na

    fsica clssica, somente a ionizao seqencial pode ocorrer. A Ionizao no

    seqencial viola diversas leis da fsica clssica sendo assim considerada ionizao

    quntica. Os processos de ionizao ocorrem, nas regies delgadas da atmosfera,

    acima de 60 km em que se formam ''camadas'' inicas, por isso regio dado o

    nome de ionosfera, que na parte inferior chama-se neutrosfera.

    Os diversos elementos que compe a atmosfera, absorvem comprimentos de

    onda diferentes em altitudes diferentes, este o principal motivo da existncia de

    camadas ionizadas segundo a altitude. Este conjunto de camadas constitui a

    ionosfera que constitui um estado particular do chamado ''envelope gasoso'' que

    recobre o nosso planeta. Nas camadas ionosfricas a distribuio mdia de eltrons

    por metro cbico varia muito conforme a hora do dia, estaes do ano e condies

    solares e so denominadas regies inicas. As mais estudadas, para efeito da fsica da

    atmosfera, so a camada D; a camada E; a camada F1; e a camada F2. Por causa de

    algumas particularidades, a ionosfera exerce um papel fundamental na propagao

    das ondas de rdio. Numa descrio mais simples, pode-se afirmar que as ondas de

    rdio emitidas, ao se propagar, se decompem em duas partes, cujos comportamentos

    diferem entre si: a primeira a propagao de solo ou propagao terrestre, e a

    segunda a propagao espacial.

  • Acima: Mxima frequncia utilizvel (Fonte:PY5AAL Angelo Leithold)

  • Sem a ionosfera a propagao em altas altitudes teria um comportamento

    diferente do conhecido, pois a onda deixaria a Terra sem jamais retornar ao solo, ao

    invs de refletir nas camadas ionosfricas. Portanto, uma vez que existem camadas

    ''refletoras'', estas so elemento importante no fornecimento de dados sobre as

    condies solares e as suas influncias em alta altitude. Para ocorrer o processo da

    reflexo, certas condies devem ser obedecidas. Em primeiro lugar necessrio que

    a densidade eletrnica tenha um determinado valor, que aumenta da camada D

    camada F. Ao mandar um pulso para cima, o eco fornece a altura do ponto de

    reflexo.

    O comprimento de onda do pulso utilizado permite saber a densidade

    eletrnica no ponto. Repetindo-se o experimento e se utilizando freqncias

    diferentes, possvel deduzir a variao de densidade eletrnica com a altitude,

    formando assim um ''ionograma''. Quanto maior a freqncia, maior deve ser a

    densidade eletrnica para que o sinal seja refletido, mas existe um limite de

    reflexo onde comprimentos de ondas menores acabam atravessando a ionosfera,

    partindo em direo ao espao. Pela freqncia limite que nos fornece a densidade

    eletrnica mxima podemos calcular a intensidade da radiao ionizante que

    dependente da posio do Sol, estao do ano e hora.

    Na alta atmosfera ocorre um fenmeno chamado recombinao, que a

    resultante do efeito da atrao eletrosttica mtua dos eltrons e ons positivos e

    negativos, que se ope ionizao produzida pela radiao incidente. Assim, o grau

    de ionizao no cresce indefinidamente, h um ponto de equilbrio, mesmo que a

  • alta atmosfera receba incessantemente radiaes provindas do Sol . O equilbrio

    ocorre quando o nmero de ons que recombinam, se iguala ao nmero de ons

    gerados no mesmo mesmo tempo.

    Assim, as camadas ionosfricas oscilam em intensidade e quantidade durante o

    dia e a noite, alm de se manifestarem com maior ou menor intensidade conforme a

    poca do ano e dos diversos ciclos da natureza.. Nas freqncias de 30,0 Mhz at 3,0

    Mhz, a reflexo pode ocorrer, nas camadas superiores (F1, F2) com densidade

    eletrnica elevada. Abaixo de 3,0 Mhz h a reflexo camada D, mais inferior.

    Freqncias acima de 30 Mhz no refletem porque a densidade eletrnica pouca,

    ocorrendo muito raramente as chamadas ''aberturas'' de propagao acima desta

    freqncia. As freqncias muito baixas, em torno de 1,0 Mhz, so absorvidas pela

    ionosfera, tambm no retornam ao solo, salvo condies de propagao que

    favoream a reflexo e reduza a absoro. Existe, portanto um limite para a reflexo

    ionosfrica tima, este varia com a atividade solar, a posio do Sol, a distncia entre

    outros fatores.

    Uma vez que a Ionosfera uma regio eletrizada da atmosfera da Terra a partir de

    50 Km de altitude, conforme j descrito anteriormente ela consiste de ons e de eltrons

    livres produzidos pelas influncias ionizantes da radiao solar e de partculas csmicas e

    solares energticas incidentes. Est sujeita a acentuadas variaes geogrficas e

    temporais e exerce um profundo efeito sobre as caractersticas das ondas de rdio

    propagadas dentro, ou atravs dela. Os ons, plasma ionosfrico, propiciam diversos

    fenmenos, dentre estes o da reflexo nas ondas de rdio at aproximadamente 30 MHz

    em condies normais. A reflexo ionosfrica, espalhamento e canalizao tem ocorrido

  • at freqncias acima de 50 Mhz, mas estatisticamente o tempo de ''propagao aberta''

    nas bandas altas se torna muito susceptvel variaes ambientais. Na prtica, sua

    utilizao se d no mximo at 30 MHz. Pode-se considerar irradiao solar a energia

    emitida pelo sol, em especial a eletromagntica. Aproximadamente metade do espectro

    est na alta e a outra metade est em grande parte prximo radiao luminosa do

    infravermelho at o ultravioleta. Assim, o Sol o maior causador de variaes do clima

    espacial em torno da Terra, ele, e suas interaes com a magnetosfera, a ionosfera e a

    atmosfera que fazem ocorrer os fenmenos de eletrificao, ionizao etc. portanto, seu

    estudo de importncia vital para um pas de propores continentais como o Brasil. Este

    deve ser efetuado pela maior quantidade possvel de instituies de ensino. Pois das

    descobertas oriundas das pesquisas solares surgiro ferramentas que propiciaro uma

    previso melhor do clima espacial. E este afeta no somente o espao, mas

    principalmente a populao que est sob a sua influncia, principalmente num pas cuja

    extenso territorial vai do Norte do Equador ao Sul do Trpico de Capricrnio

    Apndice 1

    Em 1884, Samuel Pierpont Langley tentou estimar a constante solar de Mount

    Whitney na Califrnia, e, fazendo leituras em horas diferentes do dia tentou remover os

    efeitos atmosfricos da absoro. Apesar da tentativa apontar para o caminho correto

    obteve um valor incorreto, em torno de 2.903 W/m2. Entre 1902 e 1957, as medidas

    executadas pelo abade Charles Greeley Abbot e outros pesquisadores, em vrios locais

    do planeta, encontraram valores entre 1.322 e 1.465 W/m2. Abbott descobriu que Langley

    compilou seus dados de forma equivocada, e seus resultados entre 1,89 e 2,22 calorias,

    demonstravam uma variao solar, no terrestre.

  • Apndice 2

    Quando a radiao direta no obstruda por nuvens, se observa uma

    combinao da luz amarela brilhante (luz solar no sentido estrito) e de calor que

    produzido diretamente pela irradiao solar, que deve ser distinto do aumento da

    temperatura do ar. A quantidade de radiao interceptada por um corpo planetrio varia

    com o quadrado da distncia entre a estrela e o planeta. A rbita e a oblicuidade da Terra

    mudam com tempo, s vezes parece com um crculo quase perfeito, e em outras vezes se

    estica para fora a uma excentricidade de aproximadamente 5%. O insolao total

    remanesce quase constante, mas a distribuio e a intensidade sazonal e latitudinal da

    radiao recebidas na superfcie variam tambm com a poca do ano, ciclo solar, etc.

    Estima-se que em latitudes de 65 graus, a mudana da energia solar no vero e no

    inverno podem variar em torno de 25% em conseqncia da variao orbital da terra. As

    mudanas no inverno e no vero tendem a deslocar a mudana da insolao mdia

    anual, e a redistribuio da energia entre o vero e o inverno afeta fortemente a

    intensidade dos ciclos sazonais. Tais mudanas associadas com a redistribuio da

    energia solar so consideradas uma causa provvel para a vinda e ida das idades do gelo

    recentes (Ciclos de Milankovitch). A maioria da radiao solar composta por ondas

    eletromagnticas, porm, o Sol tambm produz partculas que variam com o ciclo solar.

    Estas so na maior parte prtonsde baixa energia (10-100 keV). As partculas so

    significativamente de menor energia do que raios csmicos do Espao Extrasolar.

    Apndice 3

    Em avies de alta altitude, a radiao mais elevada que no solo, (Relatrio das

  • Naes Unidas UNSCEAR 2000), portanto os trabalhadores aeronuticos recebem maior

    dose na mdia do que qualquer outro profissional, inclusive operadores de Usinas

    Nucleares.Conforme visto anteriormente, a Terra constantemente bombardeada pela

    radiao provinda do espao, esta consiste de ons positivamente carregados, prtons,

    etc. A energia provinda do espao exterior, pode exceder as energias criadas inclusive em

    aceleradores de partculas. A radiao csmica interage na atmosfera para criar uma

    radiao secundria, inclusive raios X, mons, prtons, partculas alfa, pons, eltrons, e

    nutrons, etc. A intensidade da energia em forma de raios X provinda do Sol e que ioniza

    a alta atmosfera, pode variar rapidamente, no caso de uma erupo solar por exemplo.

    Desta forma a ionizao da atmosfera aumenta rapidamente, provoca o que se chama de

    abertura de propagao das ondas curtas (HF) na sua faixa mdia e provocando um

    fechamento no extremo superior. Tambm as erupes solares, dependendo da energia

    provinda, causam no hemisfrio terrestre iluminado pelo Sol perturbaes e, s vezes, o

    fechamento simultneo de propagao de ondas em todas as freqncias.

    Apndice 4

    Quando ocorre a mxima atividade solar, num mesmo dia, acontece o fechamento

    e abertura de propagao das ondas curtas durante vrias vezes . Tais flutuaes podem

    durar um tempo indefinido, de minutos a horas. Em conseqncia de erupes, a

    ionizao aumenta inclusive nas camadas mais profundas da ionosfera. A radiofreqncia

    nesses casos pode no ser refletida, mas absorvida em virtude da forte densidade. Nos

    anos em que a atividade solar mnima, as interrupes por ''flares'' no ocorrem, mas

    durante os anos de mxima atividade solar, o fechamento de propagao e perturbaes

    nas condies ionosfricas causam flutuaes de propagao muito fortes. A propagao

    das ondas curtas alterada pelas erupes em extremos diferentes do espectro

  • eletromagntico, por exemplo, um fechamento em altas freqncias pode ser

    compensado por uma abertura em ondas. Neste caso, durante uma erupo, a ionosfera

    empurrada e o seu limite inferior ''empurrado para cima'', aumentando assim a

    densidade. Uma vez que as ondas longas no podem penetrar na camada inferior, elas

    acabam refletindo como se a ionosfera fosse uma "superfcie" metlica.

    Apndice 5

    A propagao de ondas eletromagnticas no plasma ionosfrico, se comporta

    analogamente como ondas snicas dentro de fludos de diferentes densidades.

    Ora refletindo, ora refratando, ora sem oferecer resistncia alguma, e ora refletindo

    e refratando.

    Num plasma com N colises eltron - partculas (ons, tomos, molculas, eltrons,

    neutrinos, etc), levando-se em conta o movimento trmico dos eltrons, pode-se dizer que

    tem ora caractersticas fluidas, ora caractersticas slidas, o plasma ionosfrico, no ponto

    de vista da ''sintonia'' no lquido, nem slido, tampouco gasoso, portanto, comporta-se

    de maneira anmala.

    A densidade da ionosfera se mede por ''n'' eltrons por metro cbico, portanto,

    temos volume, e densidade. A ionosfera, dependendo da hora do dia ou da insolao, isto

    da quantidade de energia eletromagntica provinda do sol, principalmente nas bandas

    de raios x e raios ultra-violeta separa-se em camadas, isso ocorre devido absoro de

    energia, que vai fazer separem as camadas de acordo com o nvel energtico que o

    plasma ionosfrico absorveu. No plasma ionosfrico encontramos condutividade e

    permissividade eltrica , isto , em alguns momentos se comporta como um condutor

    eltrico, por exemplo, como se fosse uma placa metlica, porm sintonizada em

  • determinadas freqncias, onde uma vez se comportando como tal, pode perfeitamente

    refletir determinados comprimentos de onda sem problema algum, e praticamente sem

    perdas, absorver outros comprimentos de onda inutilizando totalmente a propagao.

    Sugestes de pesquisa

    Gehred, Paul, and Norm Cohen, SEC's Radio User's Page.

    KN4LF Solar Space Weather & Geomagnetic Data Archive

    KN4LF 160 Meter Radio Propagation Theory Notes Layman Level Explanations Of

    "Seemingly" Mysterious 160 Meter (MF/HF) Propagation Occurrences

    USGS Geomagnetism Program

    Current Space Weather Conditions

    Current Solar X-Ray Flux

    Super Dual Auroral Radar Network

    European Inchorent Scatter radar system

    Millstone Hill incoherent scatter radar

    Equatorial Ionosonde Station

  • Referncias

    Kerr, F. J.; Lynden-Bell D. (1986). "Review of galactic constants". Monthly Notices of

    the Royal Astronomical Society 221

    Sackmann, I.-Juliana; Arnold I. Boothroyd; Kathleen E. Kraemer (11 1993). "Our

    Sun. III. Present and Future". Astrophysical Journal 418: 457