SEBASTIÃO

DA

GAMA

BIBLIOTECA ESCOLAR

Sebastião da Gama

Sebastião Artur Cardoso da

Gama, poeta português, nasceu em Vila

Nogueira de Azeitão, no dia 10 de Abril de

1924. Matriculou-se, em 1942, na Faculdade

de lisboa, em cuja seção de Filologia Români-

ca veio a licenciar-se, cinco anos depois, com

a classificação de 17 valores. Foi professor do Ensino Téc-

nico Profissional, primeiro, como provisório, na Escola

Técnica de Setúbal, atual Escola Secundária Sebastião

da Gama, a seguir estagiário, na Escola Veiga Beirão, de

Lisboa, e, concluído o estágio com 18 valores, foi colocado

em Estremoz, onde se conservou até à sua morte, ocorri-

da em Lisboa, no dia 7 de Fevereiro de 1952. Sebastião

da Gama ficou para a história pela sua dimensão humana,

nomeadamente no convívio com os alunos, registado nas

páginas do seu famoso Diário (iniciado em 1949). Literari-

amente, não esteve dependente de qualquer escola, afir-

mando-se pela sua temática (amor à natureza, ao ser hu-

mano) e pela candura muito pessoal que caracterizou os

seus textos. Atingido pela tuberculose, que causaria a sua

morte precoce, passou a residir no Portinho da Arrábida,

com a panorâmica serra da Arrábida a alimentar o culto

pela paisagem presente na sua obra. Foi, entretanto, insti-

tuído, com o seu nome, um Prémio Nacional de Poesia

Colaborou, entre outras, nas revistas Aqui e Além, Atlânti-

co, Turismo, Mundo Literário, Arvore e Távora Redonda.

Realizou algumas palestras e conferências, uma delas,

Lugar de Bocage na Nossa Poesia de Amor, publicada em

separata, pela Revista da Faculdade de Letras de Lisboa,

que deste modo prestou homenagem ao seu antigo discí-

pulo.

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SEBASTIÃO DA GAMA

Referências Bibliográficas do autor:

Pelo sonho é que vamos,

comovidos e mudos.

Chegamos? Não chegamos?

Haja ou não haja frutos,

pelo sonho é que vamos.

Basta a fé no que temos,

basta a esperança naquilo

que talvez não teremos.

Basta que a alma demos,

com a mesma alegria

ao que desconhecemos

e ao que é do dia-a-dia.

Chegamos? Não chegamos?

Partimos. Vamos. Somos.

Sebastião da Gama

Em vida :

Poesia

Da Gama, S. (1945), Serra - Mãe.

Da Gama, s. (1946). Loas a Nossa Se-

nhora da Arrábida, em colaboração

com Miguel Caleiro

Da Gama, S. (1947), Cabo da Boa Es-

perança.

Da Gama, S. (1951), Campo Aberto.

Prosa

Da Gama, S. (1949). Região dos Três

Castelos.

Edições Póstumas:

Da Gama, S. (1953), Pelo Sonho é que

vamos.

Da Gama, S. (1958), Diário.

Da Gama, S. (1967), Itinerário paralelo.

Da Gama, S. (1969), O segredo é amar.

Da Gama, S. (1994), Cartas I.

Da Gama, S. (2003), Não morri porque can-

tei.

Da Gama, S. (2004), Estevas.

Da Gama, S. (2006), A minha arca de Noé.

Associação Cultural Sebastião da Gama.

Da Gama, S. (2011), Meu caminho é por mim

fora. Vila Nogueira de Azeitão: Associação Cultural

Sebastião da Gama.

Da Gama, S Diário ( Coordenação de João de Deus

Ribeiro)

Sobre o autor:

Belchior, M. (1961), Sebastião da Gama: po-

esia e vida.

Viana, A. Et al (2011), Sebastião da Gama – O

poeta e o Professor. Vila Nogueira de Azeitão:

Associação Cultural Sebastião da Gama.