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Número 29 • Ano VII • Outubro/Dezembro 2004 F F F F F olha olha olha olha olha Viva Viva Viva Viva Viva Jornal dos Clubes da Floresta do Projecto Prosepe • Floresta conVida Vegetação Rípicola Comemoração do Dia da Floresta Autóctone Comemoração do Dia da Floresta Autóctone Comemoração do Dia da Floresta Autóctone Comemoração do Dia da Floresta Autóctone Comemoração do Dia da Floresta Autóctone (pag. 18) (pag. 18) (pag. 18) (pag. 18) (pag. 18)

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Número 29 • Ano VII • Outubro/Dezembro 2004

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Vegetação RípicolaComemoração do Dia da Floresta Autóctone Comemoração do Dia da Floresta Autóctone Comemoração do Dia da Floresta Autóctone Comemoração do Dia da Floresta Autóctone Comemoração do Dia da Floresta Autóctone (pag. 18)(pag. 18)(pag. 18)(pag. 18)(pag. 18)

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FolhaVivaJornal dos Clubes da Floresta do Projecto Prosepe • Floresta conVida

Número 29 • Ano VII • Outubro/Dezembro 2004

Propriedade: NICIF – Núcleo de Investigação Científica de Incêndios Florestais, Faculdade de Letras daUniversidade de Coimbra, Aeródromo da Lousã, Chã do Freixo – 3200 - 395 Lousã, Tel.: 239 992251 / 239 996126 – Fax:239 992302 • Director: Luciano Lourenço • Equipa de redacção: Graça Lourenço, Adriano Nave, Mafalda Silva •Fotografias: Membros dos Clubes da Floresta, Adriano Nave e Ana Carvalho • Design e Composição: Adriano Nave• Impressão: Ediliber, Lda. • Tiragem: 1000 exemplares • Periodicidade: Trimestral • Distribuição Gratuita •Depósito Legal: 117549/97.

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Eles fizeram... nós contamos...

Aconteceu...

A Vegetação Rípicola

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São Martinho

Sumário

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Dia da Floresta Autóctone

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Introdução

O meio ribeirinho constitui uma singularidade ambiental e paisagística determinantenos espaços em que se desenvolve. A existência de um leito, provoca uma série demudanças importantes nas condições ecológicas dos terrenos. A característica fundamentalé a maior disponibilidade hídrica nas áreas ribeirinhas, em consequência da maior proximidadeà superfície do nível freático. Por outro lado, em redor destas áreas, assiste-se a umahumidade mais elevada na atmosfera, traduzida por uma maior evapotranspiração e opróprio regime térmico é influenciado, de forma a que as temperaturas máximas sejamatenuadas, criando um microclima que se desenvolve ao longo dos cursos de água.

Com efeito, estamos perante um meio mais húmido tanto no que respeita ao solo eà atmosfera, diferenciando-se dos espaços não ribeirinhos mais próximos. Nas regiões declima mediterrâneo, os contrastes são mais visíveis, permitindo formas de vida muitopróprias desses locais. Os rios, oferecem condições de vida favoráveis a muitas espéciesvegetais e exercem influência, mesmo sobre aquelas que se encontram mais afastadas dalinha de água.

Podemos denominar estes meios de bosques. As salicáceas, as ulmáceas, asbetuleáceas e as oleáceas fornecem, dentro do conjunto das folhosas, os géneros e asespécies principais do estrato arbóreo. O estrato superior pode alcançar 20 a 30 m, sendoespécies de crescimento rápido e com uma longevidade média de 100 anos. Dentro dosarbustos, há a destacar a importância de rosáceas espinhosas. As plantas trepadeiras sãotambém muito frequentes, mais propriamente os cipós e as lianas, como são exemplos asrubiáceas, as caprifoleáceas e as liliáceas.

No conjunto, as comunidades vegetais das ribeiras e dos rios, retardam a velocidadeda água nas enchentes, protegendo da erosão os terrenos adjacentes, conferindo-lhesmaior estabilidade. Por outro lado, a vegetação rípicola , possibilita o depósito dos elementosfinos que a água transporta, contribuindo para o incremento da fertilidade dos solos. Nodesenvolvimento deste artigo são abordadas as espécies arbóreas ripícolas mais comunsem Portugal.

A VEGETAÇÃO RÍPICOLAA VEGETAÇÃO RÍPICOLAA VEGETAÇÃO RÍPICOLAA VEGETAÇÃO RÍPICOLAA VEGETAÇÃO RÍPICOLAPor Mafalda SilvaPor Mafalda SilvaPor Mafalda SilvaPor Mafalda SilvaPor Mafalda Silva

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Perspectiva Ambiental

A vegetação ribeirinha assume, desdelogo, uma grande importância na regularizaçãodo ciclo hidrológico. É fundamental para ahumidade atmosférica pela sua intensa evapo-transpiração e é responsável pela mobilizaçãode água de camadas mais profundas que nãosão atingidas pelas plantas da cultura arvense.Pela sua função de sebe, quebra a violênciadas cheias e constitui a melhor protecção àsvárzeas, conseguindo ao mesmo tempoassegurar todos os benefícios dacompartimentação.

A vegetação marginal funciona como umsistema inconstante na protecção mecânicadas margens dos rios, no sentido da protecçãocontra o desgaste normal das águas, e daondulação provocada pela passagem dosbarcos, retendo os sedimentos resultantes daerosão hídrica em zonas adjacentes.

Este efeito de filtragem é o que maisretira nutrientes ao longo do curso de um rio,constituíndo uma das mais relevantes funçõesdestas estruturas, a manutenção da qualidadeda água dos sistemas de água doce.

A vegetação parcialmente imersapermite à fauna que habita os cursos de águaassegurar as suas condições de vida maisessenciais. Os peixes, encontram na relativaquietude dessas águas, as condições detemperatura ideais para a desova. Aídesenvolvem-se uma série de larvas deinsectos necessários aos peixes recémnascidos, mas também aos pássaros. Porúltimo, pode referir-se a manutenção da criaçãode um plâncton capaz de realizar o saneamentobiológico normal das águas fluviais.

Ao pensarmos na vegetação marginalpodemos relacioná-la com alguns dos seusaspectos mais fundamentais e que contribuempara o equilíbrio fluvial: manter seguras asmargens dos cursos de água dominando o seuleito; favorecer a sua riqueza piscícola e mantero equilíbrio ecológico das suas águas.

FOLHA VIVA4 Foto: Adriano Nave

Foto: Adriano Nave

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Quando a protecção das margens é feitacom sistemas rígidos e impermeáveis asconsequências são nefastas. Além do elevadocusto e da estabilidade sempre ameaçada nospontos de contacto com a margem natural,existe também um impedimento entre acomunicação natural da água que corre no leitoaberto do rio e a que se desloca em toda alargura do vale. As alterações no lençol freáticosão notáveis e os benefícios biológicos davegetação comprometidos.

A vegetação marginal pode, ainda,fornecer informação essencial nas questõesrelativas à poluição, falta de velocidade deescoamento ou excesso, entre outras. Alémda segurança, riqueza e beleza que avegetação ripícola traz aos cursos de água, étambém alvo de interesse económico no queconcerne à produção lenhosa.

Freixo-Europeu, Fraxinus excelsior

Foto: Adriano NaveFOLHA VIVA 5

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Perspectiva Económica e Social

O amieiro (Alnus glutinosa) encontra-se dotado de grande interesse, pelas inúmerasaplicações da sua madeira: homogénea,macia, fácil de trabalhar e dá um bompolimento. Contudo, se não for tratada é poucodurável. Antigamente esta madeira erautilizada para fazer tamancos. Actualmente,é utilizada na fabricação de utensíliosdomésticos (colheres, vasos, garfos, etc.),assim como objectos de adorno. Tem umexcelente lugar na indústria dos móveis,especialmente no fabrico de armários,cozinhas, portas e caixilharias. É uma espéciede rápido crescimento com madeira vermelhaalaranjada, com inúmeras utilizações emmarcenaria, caixas para embalagens,esculturas, contraplacados, etc.

Por sua vez, a madeira do choupo(Populus L.), além de ser de muito boaqualidade, é leve e fácil de trabalhar,permitindo também uma fácil penetração aosprodutos químicos de preservação. Estamadeira assume, ainda, outras utilizações quesão descritas no quadro que se segue:

Choupo, Populus nigra

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Foto: Adriano Nave

Amieiro, Alnus glutinosa

Foto: Adriano Nave

Classes de madeira Utilizações

Ma d e i ra p a ra c ha p a sdesenroladas e planas

Embalagens ligeiras, caixotaria, chapasdesenroladas, chapas planas, fósforos.

Madeira para serração Tábuas e tabuinhas para embalagens,tanoaria, construção em marcenaria.

Madeira para rolaria Para pasta de papel, química e mecânicae aglomerados de madeira.

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Freixo-Europeu, Fraxinus excelsior

Em Portugal, a madeira do choupo é pouco utilizada. Está presente na indústria depalitos de fósforos e caixas, de madeira desenrolada e serração para alguns fins como omobiliário barato, portas e janelas. A sua escassa utilização deve-se à fraca qualidade damadeira dos choupos e também à sua fraca durabilidade, pouca rigidez e baixa resistênciaao impacto. A madeira que se corta agora, encontra-se muito desvalorizada pois estáafectada por ataques de insectos “brocadores”.

Choupo-branco, Populus alba

Foto: Adriano Nave

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O interesse económico do freixoencontra-se em espécies exóticas como aFraxinus excelsior, espécie com ampla difusãona Europa e os freixos americanos. Estasproduzem boa madeira para marcenaria, pelasua grande elasticidade. O Fraxinus angustifoliaé uma espécie de grande interesse por produziruma madeira de excepcional qualidade, muitoapreciada e com inúmeras aplicações,principalmente em construção e mobiliário. NoVerão, as folhas podem ser usadas comorecurso, na alimentação do gado.

A madeira do salgueiro (Salix L.) é leve ede cor clara, utilizável na confecção de peçaspequenas, em caixotaria e para celulose; nasespécie de ramos mais longos e flexíveis, estessão usados no fabrico dos chamados cestos devime. Os principais problemas da madeira dosalgueiro são, por um lado, a sua fracadurabilidade, e por outro, a sensibilidade aoataque pelos insectos roedores da madeira.

Salgueiro, Salix L. Salgueiro, Salix L.

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Foto: Adriano Nave

Foto: Adriano Nave Foto: Adriano Nave

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Estas espécies de salgueiro são utilizadas na produção de madeiras para aconstrução, celulose, aglomerados, indústria de palitos e fósforos, vime para a indústriade vergas, caixotaria e esculturas, conforme a espécie.

O vimeiro-francês (Salix viminalis) possui grande qualidade para a construção demateriais de vime, e a sua casca é utilizada para cortume de couros. A maior parte destasespécies são utilizadas preferencialmente, na fabricação de móveis, molduras, painéis,portas, artigos de desporto, utensílios de cozinha e brinquedos.

A madeira do ulmeiro (Ulmus L.) é igualmente muito apreciada para construção eaplicações exigentes de marcenaria. É uma madeira moderadamente pesada, dura erígida, com uma boa resistência à flexão e ao impacto. Contudo, não é durável e impregnávelcom tratamentos de protecção. As suas principais aplicações são móveis, armários,pavimentos, madeiras interiores, painéis e ataúdes, e tal como as outras espécies, asfolhas do ulmeiro constituem uma boa forragem para o gado.

Freixo-Europeu, Fraxinus excelsior

Foto: Adriano NaveFoto: Adriano NaveFOLHA VIVA 9

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A madeira do vidoeiro (Betula alba) ébranca, lustrosa, dura e elástica, sendo fácilde trabalhar. As suas aplicações são várias:contraplacados, celuloses, aglomerados,construção, mobiliário, objectos de torno eestatuária. Nos Países Escandinávios é afolhosa mais utilizada para obtenção de pastade papel, de fibra curta, de muito boaqualidade.

Perspectiva Cultural

Actualmente, são os choupos indígenasou introduzidos, aqueles que se cultivam numasilvicultura moderna, de modo a obterem-seas máximas produções lenhosas e a garantirboa qualidade da madeira, capaz de permitiruma ampla utilização industrial. Deste modo,foram introduzidos no país vários clones oucultivares de choupo, provenientes dehibridações de choupos europeus eamericanos, resultantes de intensas eprolongadas investigações nos Institutos deInvestigação Florestal em vários países,principalmente em Itália, França, Alemanha,Bélgica, Espanha, etc.

Choupo, Populus trichocarpa Foto

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ChoupoGénero Populus

Características

Árvores de floração dióica e folha caduca. Têm vida curta, mas apresentam grande porte e alturaaté 20m. A sua copa é aberta, estreita ou cónica quando jovem, tornando-se depois mais larga eirregular. O tronco apresenta-se frequentemente inclinado e encontra-se abastado de rebentos aoredor da base, na sua fase matura, com uma casca frequentemente lisa e cinzenta na partesuperior.

Floração Entre Março e Abril.

Distribuição No total, existem cerca de 40 espécies de choupos, largamente distribuídos pelo hemisfério norte.No sul da Europa restringe-se a áreas montanhosas.

Observações

O género Populus está dividido em cinco secções: Aigeiros, Leuce, Tacamahaca, Leucoides eTuranga. Os choupos existentes em Portugal (indígenas e introduzidos) pertencem, na suatotalidade, às secções Aigeiros e Leuce. As primeiras correspondem aos choupos negros(Populus nigra) e a segunda secção refere-se ao choupo branco (Populus alba).De entre estas espécies, o choupo branco é o mais resistente à secura. São espécies intolerantesao ensombramento, com raízes superficiais longas e emitindo facilmente rebentões de raiz

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Os híbridos mais importantes que sãocultivados no nosso país, provêm de Populusnigra e Populus deltoides já introduzidos nosséculos XVIII e XIX. Por outro lado, os híbridosintroduzidos em Portugal há cerca de 40anos,nomeadamente, hibrídos provenientesde Italia, França, Holanda, Espanha eAlemanha, tiveram como objectivo principal,o aumento dos quantitativos de produção.

Considerando a vertente medicinal,podemos referir que esta espécie tempropriedades febrífugas e anti-inflamatórias.A sua infusão (rebentos secos) está indicadacontra a bronquite e reumatismo. Já oconhecido “freixo do maná” (Fraxinus ornus),produz uma substância medicinal conhecidapor maná, que se obtém através de incisõesfeitas na casca.

AmieiroAlnus Glutinosa

Características

Árvores ou arbustos com flores semelhantes às das bétulas. A infrutescência é ovóide e cónica comescamas pentalobadas lenhosas e persistentes . Tem fruto seco indeiscente, isto é, não se abreespontaneamente quando maduro. Árvore de folha caduca que pode atingir a altura de 20-25 m., formandofrequentemente vários troncos principais. A coloração da casca vai de negro a castanho escuro. As folhassão alternas, de 4-10 cm de comprimento, de forma oval e cor verde escura.

Floração entre Março e Abril

Distribuição desde o Mediterrâneo até à Sibéria, com grande dispersão pela Europa. Em Portugal está largamentedifundido nas encostas húmidas das serras.

Amieiro, Alnus glutinosa

Choupo, Populus nigra

Foto: Adriano NaveFoto: Adriano Nave

Amieiro, Alnus glutinosa

Foto: Adriano Nave

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Existe um conjunto de freixos na Vila de Trancoso, constituído por árvores multi-secularese de grande porte, algumas com cerca de 2 m de diâmetro. São contemporâneas de umcélebre freixo, o Freixo do Trancoso, considerado o maior da Europa, mas que infelizmente foiderrubado pelo ciclone de 1941.

Já no tempo daantiga Grécia se obtinhados salgueiros (da Salixalba) um medicamentopara as dores. Noentanto, somente noséculo XIX, essecomponente activo (asalicina) foi isolado,dando origem à actual“aspirina”, medicamentouniversalmente conhecidoe utilizado. A culturadesta espécie iniciou-sena Grã-Bretanha no séculopassado. Contudo, naEuropa somente há cercade 35 anos se incrementoua sua cultura intensiva.

Na Grã-Bretanhaconta-se uma espécie,que é possivelmente umhíbrido da salix alba esalix gracilis, conhecidopor “cricket bat willow”,sendo desde longa datacultivado para obtençãode batedouros decriquete.

FreixoGénero Fraxinus

CaracterísticasÁrvore de folha caduca, de médio porte até 25 m., com copa abobadada ou algo achatada, tronco liso arugoso com cor cinzenta ou preta, com fendilhamento grosseiramente losangular. Os ramos são cinzentosou amarelados, com folhas pinuladas até 30 cm e o fruto é uma sâmara de forma elíptica.

Floração Habitualmente em Maio.

Distribuição Espécie comum em bosques, matas e regiões rochosas da Europa central e mediterrânica. O freixo maiscomum em Portugal é o fraxinus angustifolia

Observações A angustifolia é exigente quanto à pluviosidade média anual e humidade atmosférica encontrando no nortedo país, em terrenos frescos ou ao longo de cursos de água, as melhores condições ecológicas.

Freixo-Europeu, Fraxinus excelsior

Foto: Adriano NaveFOLHA VIVA12

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Vidoeiro, Betula L.

Vidoeiro, Betula L.

Na Holanda, também desde há muito que a madeira de tal espécie é utilizada parafazer os tamancos que fazem parte dos trajes típicos do país.

A bétula (vidoeiro) conta com algumas propriedades químicas que lhe permitem ser útila nível medicinal e estético. Actua como diurético, sudorífero e adstringente. A infusão dassuas folhas estimula os rins, alivia o reumatismo e a artrite. A cozedura da casca utiliza-secomo loção para limpar as feridas. A seiva da Primavera fortalece os cabelos.

VidoeiroGénero Betula

Características

Árvore de médio porte até 30m, com copa estreita e aguda quando jovem alargando com a idade.Tronco liso, branco em cima e escuro na base, apresentando fissuras. Ramos erectos nas árvoresjovens, tornando-se pendentes com a idade. Folhas de forma triangular e duplamente serradas.Em novas são glabras ou muito pouco pubescentes e em adultas glabras. Os seus frutos têm asaslargas e transparentes, prolongadas até ao cimo dos estiletes e mais longas do que eles.

Floração Entre Abril e Maio.

DistribuiçãoExistem cerca de 40 espécies de bétulas, que ocupam vastas áreas da Europa, Ásia, Japão eAmérica do norte. Em Portugal a sua distribuição acontece nas zonas montanhosas no norte dopaís. Habitualmente é encontrada nas encostas, descendo até às linhas de água e vales.

Foto: Adriano Nave

Foto: Adriano Nave

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SalgueiroGénero Salix

CaracterísticasSão árvores ou arbustos geralmente de folha caduca. Caule descascado, raminhos longos e flexíveis,castanhos a avermelhados. As folhas ovais são alongadas e verde-avermelhadas. As flores dispõem-seem amentilhos.

Floração Entre Maio e Junho

DistribuiçãoNo total existem cerca de 300 espécies com larga difusão pelas regiões frias e temperadas do HemisférioNorte, assim como na América do Sul e África Meridional, em regiões temperadas quentes. No nossopaís existem mais de 15 espécies. As mais difundidas são o salgueiro frágil, salgueiro branco e vimeiroamarelo.

Observações

A forma pura pode ser difícil de encontrar já que se hibridiza facilmente com outros géneros em locaisonde se encontrem juntas, resultando daí inúmeras espécies de salgueiros.Assim como os choupos, os salgueiros subdividem-se em secções, sendo as Fragilis e Albae as queenglobam os "salgueiros-vimeiros", de folhas estreitas e alongadas e ramos flexíveis, que se poderãodenominar "verdadeiros salgueiros".

Salgueiro, Salix L. Salgueiro, Salix L.

Salgueiro, Salix L.

Salgueiro, Salix L.

Foto: Adriano Nave

Foto: Adriano Nave

Foto: Adriano Nave

Foto: Adriano Nave

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Ulmeiro, Ulmus L.

Ulmeiro, Ulmus L

Foto: Mafalda Silva

UlmeiroGénero Ulmus

Características

Árvores de folha caduca, raramente arbustos, frequentemente formando rebentos. Ritidomafissurado e gretado. Folhas simples e alternas, com base assimétrica e peninérvea. As flores queaparecem na Primavera são hermafroditas e surgem precocemente antes das folhas. O fruto éuma pequena sâmara. Pode atingir os 20-30m de altura e um tronco de diâmetro na ordem de0,8 a 1,5m.

Floração Entre Fevereiro e Março.

Distribuição

Em Portugal é uma árvore que cresce por todo o país, excepto nas áreas alpinas. Encontra-senas várzeas, nas bases das encostas, nos taludes dos terraços e em sebes. As duas espéciesnaturais que podemos encontrar no nosso país são a Ulmus minor Miller e a Ulmus procera Salisb.A área geográfica da primeira é muito extensa, abrangendo toda a Europa (exceptuando o Norte),Ásia Menor e Norte de África. A segunda é expontânea mais no sul e oeste da Europa.

ObservaçõesO ulmeiro produz uma madeira de muito boa qualidade com um cerne castanho-arroxeado, muitoapreciada para construção e para aplicações exigentes de mercenaria. As suas principaisaplicações são móveis, armários, pavimentos, madeiras interiores, painéis e ataúdes. As folhasconstituem uma boa forragem para o gado.

Foto: Mafalda Silva

BIBLIOGRAFIA

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- FABIÃO, António Manuel D. (1996), Árvores e Florestas,2ª edição, “Colecção Euroagro”, Publicações Europa-América, Lisboa.

- FAO (1979), Poplars and willows in wood productionand land use, Roma.

- FOREY, Pamela, Árvores, Colecção “Pequenos Guias daNatureza”, Plátano, Lisboa.

- FOREY, P.; LINDSAY, R.(1997), Plantas Medicinais,Colecção “Pequenos Guias da Natureza”, Plátano, Lisboa.

- GOES, Ernesto (1991), A Floresta Portuguesa, suaimportância e descrição das espécies de maior interesse,Portucel.

- GRENON, Bernard, “Populicultura” in Floresta e Ambiente,Revista de Divulgação Técnica, Ano 13, Nº 52, Janeiro/Março 2001, pp.41-44.

- HUMPHRIES, C. J.; PRESS, J. R.; SUTTON, D. A. (1996),Árvores de Portugal e Europa, Guias “Fapas”, ClássicaArtes Gráficas, Porto.

- MANZANEQUE, Fernando Gómez, et al (1998), Losbosques ibéricos, una interpretacion geobotánica,Editorial Planeta, Barcelona.

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Outras referências:

www.azeitao.net/arrabida/pna/fauna

www.biopiscinas.pt/arquitectura

web.reed.edu/trees

www.naturlink.pt

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O Clube da Floresta “Hederahelix” da E.B. 2/3 Domingos Capelacomemorou o Dia de S. Martinho comvárias actividades, de entre as quaisse destaca o concurso de Quadrasde São Martinho, que contou com acoordenação do Clube da FlorestaHedera helix e com o Departamentode Línguas.

Este dia, contou ainda com aconfecção, na Cantina da escola, deum doce de castanha que serviu deacompanhamento ao pão caseiro.Por último, o Clube da Florestaorganizou uma exposição temáticasubordinada ao tema: Outono naFloresta - castanheiro e fungos. Estaexposição pôde ser vista no hall deentrada da escola e na biblioteca.

Fora do recinto escolar, osmembros do Clube realizaram umavisita de estudo ao pinhal de Maceda,intitulada “Na Rota dos Cogumelos”.

2º Ciclo:1º Prémio

Castanhas quentes e boas,Assadinhas com o sal.Come lá, que bem te saibam,Mas que não te façam mal.

Bruna Silva, nº4/ 5ºC

Menção honrosa

O vento a soprar na rua,O vendedor a passar…- Quem compra castanhas quentes,Acabadinhas de assar?

Fábio Maganinho,nº8/ 5ºA

Fazem-se grandes magustos,Com castanhas a saltar,Com caras enfarruscadasE meninos a cantar.

António Silva,nº3/ 5ºE

DIA DE SÃO MARTINHODIA DE SÃO MARTINHO

3º ciclo1º Prémio

Ó meu querido S. Martinho,Recordo com emoção;A bondade que fizeste,Fica a arder no coração.

Susana Santos, nº18/9ºA

Menção honrosa

Na festa de S. MartinhoTambém há dia de Verão;Dou castanhas ao vizinhoE cantamos uma canção.

Pedro Miguel, nº20/ 8ºA

Ó meu rico S. MartinhoNeste dia especial,Assamos as castanhinhasPara todo o pessoal.

Hugo Rocha – nº13/ 9ºA

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DIA DE SÃO MARTINHODIA DE SÃO MARTINHO

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No passado dia 11 de Novembro o Clubeda Floresta “Amigos do Verde” da EscolaSecundária da Lousada, decorou a cantina daescola com arranjos alusivos ao S. Martinho.Estes arranjos foram elaborados com folhasde castanheiro.

Ainda no âmbito do S. Martinho, no dia17 de Novembro, o Clube visitou o Lar deIdosos da Santa Casa da Misericórdia deLousada. O convívio consistiu essencialmenteem reviver algumas cantigas populares eadivinhas. Como a mensagem da lenda deS.Martinho é de solidariedade, achámosimportante sensibilizar os nossos alunos paraeste tema. Após o regresso à escola,realizámos o tradicional magusto.

No Clube “O Pinhão”Todos entoam e com razão

Que a floresta é nossa amigaVamos lutar por ela!

Aqui está um exemplo das muitas quadras que oClube da Floresta “O Pinhão” Escola B 2,3/ S SacaduraCabral, Celorico da Beira compôs, para animar o almoçodo Dia de S. Martinho na nossa escola. Neste dia, todasas mesas da cantina estiveram mais giras, com quadrasde S. Martinho a enfeitá-las.

Para além disso, os elementos do Clube, elaboraramguardanapos especiais para este dia e participaram naelaboração da ementa.

Por último, os elementos do Clube da Florestadivertiram-se bastante a elaborar o “Exército de Formigasde S. Martinho”. Cada um de nós fez a sua formiga de S.Martinho, com castanhas, feijões e arame. No final, só seviam formigas por todo lado, senão, vejam...

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Dia da Floresta AutóctoneDia da Floresta AutóctoneDia da Floresta AutóctoneDia da Floresta AutóctoneDia da Floresta Autóctone23 de Novembro de 200423 de Novembro de 200423 de Novembro de 200423 de Novembro de 200423 de Novembro de 2004

O Clube da Floresta, “ O Corvo “, daE.B. 2 António José de Almeida, emPenacova, não podia esquecer a importânciadeste dia e decidiu comemorá-lo na Escolacom algumas actividades.

Assim, foi realizado um passeiopedestre no Mini - Parque, espaço este, que,pela sua riqueza ecológica, para além deconstituir um valioso património da nossacomunidade escolar, serve de cenário parauma aula de campo. Por outro lado, um grupode alunos do Clube responsável pela pesquisacientífica das espécies vegetais, aproveitoueste dia para divulgar aos colegas quais asespécies vegetais mais importantes ealgumas das suas aplicações.

Estas actividades foram fotografadase registadas em vídeo, sendo posteriormenteutilizadas nas aulas do Clube, para os alunosse consciencializarem da importância depreservar a Floresta.

Para comemorar o Dia daFloresta Autóctone, o Clube daFloresta "Vamos dar a mão àNatureza" do Centro Social eCultural de S. Pedro do Bairro,associou-se ao CEAB – Centrode Estudos e ActividadesAmbientais.

Juntos, fizeram trabalhossobre o ”sobreiro e a cortiça”que posteriormente estiveramexpostos na escola Dr. NunoSimões, onde puderam servistos pelos Clubes da Florestade Vila Nova de Famalicão e pelacomunidade escolar em geral.

A culminar os festejos, foirepresentada pelo Clube daFloresta “Os Verdinhos”, umapeça de teatro denominada “Embusca da cortiça perdida”.

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Para comemorar o Dia da Floresta Autóctone,os membros do Clube da Floresta "Os Milhafrões",da Escola Secundária da Póvoa de Lanhoso, subiramaté ao magnífico Monte do Pilar (lugar do Horto),para aí contactarem com a natureza edesenvolverem mais uma acção de sensibilizaçãopara a preservação do ambiente. Foram realizadasvárias actividades, entre as quais, a limpeza deespécies infestantes e a recolha de bolotas decarvalho Alvarinho, espécie autóctone da região.As bolotas agora recolhidas, serão semeadas noviveiro municipal,durante uma acção semelhantea esta e, em Março, os pequenos carvalhosnascidos, serão plantados no Centro Interpretativoda Carvalha Grossa de Calvos.

Para comemorar o Dia da FlorestaAutóctone, o Clube da Floresta “A Bolota”, daE.B. 2/3 de Cabreiros, realizou o primeiropercurso interpretativo do património e daFloresta Autóctone. Este percurso, previamentepreparado, contemplava uma zona dehabitação, uma zona agrícola e uma manchaflorestal.

Foram realizados alguns jogos deobservação e sensitivos. Participaram nestaactividade 24 alunos e 3 professores.

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EB 1 de Penelas

- Guilhofrei

Clube da Floresta “

Os Micófilos”

Na Escola E.B. 2/3 da Pedrulha, o Clube daFloresta “Sentinelas da Floresta“ elaborou umaÁrvore de Natal com materiais recuperados daFloresta, nomeadamente, pinhas e heras, com oobjectivo de sensibilizar a população escolar paraa importância da Floresta.

Refrão:A árvore da Floresta nós queremos proteger (bis)

Essa árvore tem um troncoAi, ai, que lindo tronco

O tronco, da árvore da floresta

Esse tronco tem cogumelosAi, ai, os cogumelos

Os cogumelos, do tronco, da árvore da floresta

Essa árvore tem ramosAi, ai, que lindos ramos

Os ramos, os cogumelos, do tronco, da árvore da floresta

Essa árvore tem floresAi, ai que lindas flores

Os ramos, as flores, os cogumelos, do tronco, da árvore da floresta

Essa árvore tem um ninhoAi, ai, que lindo ninho

O ninho, os ramos, as flores, os cogumelos, do tronco, da árvore dafloresta

Nós somos DefensoresAi, ai, os Defensores

Do pinheiro, do azevinho, das árvores da floresta

A ÁRVORE DA FLORESTA

A ÁRVORE DA FLORESTA

A ÁRVORE DA FLORESTA

A ÁRVORE DA FLORESTA

A ÁRVORE DA FLORESTA

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N A T A L P R O S E P EN A T A L P R O S E P E

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Árvore de Natal 2004, uma árvore deFloresta…

Este ano, e como vem sendo tradicional, o Clube

da Floresta ”Hedera helix” , da E.B. 2/3 Domingos

Capela, convidou a Professora Adriana Domingues

para criar a Árvore de Natal e o Presépio 2004. No

dia 3 de Dezembro, logo pela manhã, no hall de

entrada, houve uma grande azáfama para suaexecução.

Primeiro foi a vez de completar a estrutura de

madeira, oferecida pela Câmara Municipal, com ripasde madeira de comprimento decrescente, da base

para o topo, formando uma estrutura cónica.

Esta actividade, contou com a colaboração devários professores e alunos, e foi com grande

entusiasmo que decoraram a estrutura da Árvore, com fiadas das

infrutescências globosas dos Plátanos da Escola, previamente montadas,bem como com diversos materiais da Floresta, colhidos algumas semanas

antes, numa visita às imediações da Escola, por elementos do Clube “Hedera

helix”. Desde o ritidoma de Eucalipto, a pinhas, galhas, musgo, troncos dePinheiro e de Sobreiro, tudo foi artisticamente disposto e ordenado,

conseguindo-se um efeito realmente fantástico no final da execução.

Os elementos do Clube “Hedera helix” foram incansáveis, deslocando-se duas vezes ao pinhal , próximo da Escola para trazerem ritidoma de

Eucalipto bem como musgo. No final a alegria era bem expressa por todos:

“ ..havíamos conseguido uma Árvore de Nataloriginal e linda, homenageando a Floresta, a

nossa floresta, pois todos os materiais usados

foram recolhidos do nosso ambiente”.

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Elaboração de postais de

Natal Ecológicos

Tendo em vista acomemoração de mais uma

Quadra Natalícia, o Clube da

Floresta “O Pinhão”, Escola E.B.2,3/S. Sacadura Cabral, Celorico

da Beira passou o mês de

Dezembro a fazer postais deNatal. Para o efeito, utilizaram

tudo o que a Natureza oferece

nesta altura do ano, como, folhassecas, pinhas, bolotas, paus de

giestas, caruma, ramos de várias

árvores, bagas coloridas, etc.Todos se divertiram imenso.

Vejam só como ficaram bonitos!

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eles fizeram. . . nós contamos eles fizeram. . . nós contamos

Cuidar da limpeza na EB2 de Mirandado Douro

O Clube da Floresta “Os Amigos doAmbiente” da E.B.1 de Miranda do Douro, lutasobretudo, pela protecção e preservação dafloresta contra os incêndios. Mas, há outrosaspectos que também os preocupam e que estãoligados, igualmente, com o seu bem-estar: porexemplo, a limpeza. Por essa razão, durante o1.º período, realizámos várias acções de recolhade lixo no recinto da nossa escola.

Neste espaço temos uma grandequantidade de árvores e sabemos o quanto elasgostam de asseio. Além disso, depois de limpo,o recreio fica muito mais agradável para abrincadeira. Temos ainda muito trabalho a fazerno que diz respeito a esta matéria. É que os nossoscolegas não têm uma boa cultura ambiental edeixam o lixo onde calha. Vai ser difícil, mas podeser que consigamos alguns resultados.

O problema do desmate indiscriminadoabordado no Clube da Floresta

Nos dias 24 e 26 de Novembro estiveram noclube da floresta, do qual eu faço parte, uns senhoresdo Centro de Formação Agrícola de Malhadas.Vieram fazer-nos uma sensibilização sobre o desmateque ocorre na nossa região e que é feito de umaforma pouco organizada. É um problema que aspessoas ainda não notam muito, mas que poderávir a acabar com algumas das nossas espéciesflorestais, como é o exemplo do freixo.

Agora cabe-nos a tarefa de transmitir aosoutros, pais e a todos os que nos rodeiam, aquiloque aprendemos.

Marta Gomes, 6.º BMembro do Clube da Floresta

“Os Amigos do Ambiente”

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eles fizeram. . . nós contamos eles fizeram. . . nós contamos

Na Rota dosCogumelos

O Clube da FlorestaHedera Helix, da E.B. 2/3Domingos Capela, realizouno dia 11 de Novembo umpercurso pedestre nafloresta de Maceda noconcelho de Ovar, a fim deobservarem e recolheremalguns cogumelos.

Visita ao Parque Nacional da Peneda - GerêsClube da Floresta “Os Laranjinhas de Amares”

No dia 15 de Dezembro, os membros do Clube da Floresta “Os Laranjinhas de Amares”da E.B. 2/3 de Amares, visitaram o Parque Nacional da Peneda-Gerês. Depois da viagem emautocarro, o grupo foi recebido numa grande sala, pelos técnicos do Parque Nacional.

Aí, foi explicado que o logotipo do Parque é um corso, servindo de mote para as explicaçõesacerca da fauna e flora do Gerês. “Os animais que lá podemos encontrar são: o corso, o lobo, ogato selvagem , cavalos selvagens, águias, víboras, pica-paus...

As árvores são: o carvalho, o medronheiro, o azevinho, a carrasca... Depois do almoçoplantámos carvalhos, azinheiras e áceres que o Clube tinha semeado o ano passado. Enquantoplantávamos as árvores, foram avistados póneis selvagens. São muito giros! No final do diaregressámos à escola. Adorei este dia!”Rui Brandão, 5º B

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CONCURSO DE RECOLHA DE LATASENTREGA DE PRÉMIOS

Realizou-se dia 10 de Novembro de2004, a entrega dos prémios do“Concurso de Recolha de Latas”,promovido pelo Hipermercado Carrefour,entre os dias 4 e 23 de Junho/2004, emque participaram cinco Clubes da Florestado concelho de Braga, das seguintesescolas: E.B. 2/3 de Real, de Palmeira,de Cabreiros, de Celeiros e de Tadim.Nesta entrega de prémios o Carrefourempenhou-se ao mais alto nível e aindacontou com a sua equipa, “Amigos doAmbiente”.

Para a cerimónia montou um vistoso pódio, tendo como pano de fundo dois grandes painéiselucidativos de como decorreu o concurso, desde a recolha das latas até à classificação, de que foivencedora a EB 2/3 de Real, tendo recolhido em menos de vinte dias, cerca de 25.000 latas. Númeroque fala por si e demonstra bem o empenho de Alunos e Professores nesta tarefa. Esta Escola recebeuum moderno computador e as restantes tiveram como prémios jogos didáticos e material digital.

Este é o segundo ano em que há uma interessante colaboração entre a Coordenação Distrital doPROSEPE e o Carrefour, que muito tem contribuído para levar a mensagem de um melhor Ambiente eFloresta mais protegida, dentro da formação para a cidadania.

Jorge Lage,Coordenador Distrital de Braga.

eles fizeram. . . nós contamos eles fizeram. . . nós contamos

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No dia 22 de Novembro, realizaram-se as IV Jornadas Nacionais do Prosepe, dirigidas a

todos os professores coordenadores, aderentes e colaboradores do Projecto Prosepe. Durante a

manhã, foram realizadas palestras de cariz técnico-científico, enquanto que a tarde foi dedicada a

reuniões paralelas entre os vários professores aderentes e respectivos Coordenadores Distritais do

Projecto, a fim de planificarem o presente ano lectivo.

As Jornadas contaram com a participação de cerca de 400 professores, dinamizadores de

170 Clubes da Floresta de todo o país, totalizando uma adesão de 86% dos 198 Clubes da Floresta

em funcionamento no ano lectivo de 2004/05.

IV JORNADAS NACIONAIS DO PROSEPE

Aconteceu... Aconteceu... Aconteceu...

Programa

9h30 - Registo dos participantes e entrega de documentação10h00 - Sessão de Abertura

Conferência de Abertura: “Criação e Organização de ParquesFlorestais” Eng.º Luís Corte Real – Chefe do Núcleo Florestaldo Tâmega

11h15 - Coffe Break

11h30 - “Organização do Sistema Nacional da Defesa da Floresta Contra Incêndios”,Eng.º Paulo Mateus – Chefe de Divisão da Defesada Floresta Contra Incêndios

12h00 - “Apoio do Fundo Florestal Permanente às Campanhas deSensibilização e aos Programas de Voluntariado Florestal orientadospara acções de protecção e defesa da floresta e conservação da natureza”Engº. Carlos Morais – Presidente do Fundo Florestal Permanente.

12h30 - Debate

13h00 - Interrupção dos trabalhos para almoço

14h30 - Reuniões paralelas de Coordenadores dos Clubes da Floresta comCoordenadores Distritais

15h30 - Coffee Break

16h00 - Mesa Redonda/Debate Aberto

17h00 - Encerramento dos trabalhos

Auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra22 de Novembro de 2004

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Foto: Adriano Nave

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Aconteceu... Aconteceu... Aconteceu...

Floresta conVidaFlo resta conVida

Foto: Adriano Nave

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Foto: Adriano Nave

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