folha paroquial 179

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Folha Paroquial nº 179 De 11 a 19 de Fevereiro VI DOMINGO DO TEMPO COMUM “Não contes nada disso a ninguém! Vai, mostra-te ao sacerdote e oferece, pela tua purificação, o que Moisés ordenou, como prova para eles!” (Mc 1,40-45) O ANÚNCIO A liturgia deste Domingo convida-nos a contemplar um Deus de Amor que veio a anunciar, em Cristo, a libertação aos pobres e infelizes, como podemos ver no Evangelho. O Evangelho relata-nos que um dos primeiros milagres de Jesus foi a cura de um leproso. Esta cura, no contexto histórico e social do tempo de Jesus, integrou-o novamente na comunidade, pois a mentalidade dos judeus em relação aos leprosos, como podemos ver na primeira leitura, era de exclusão social. A segunda leitura relaciona-se também com este tema, pois, já num sentido cristão, ensina-nos a nós, cristãos, a não procurar o próprio interesse social, mas o bem do próximo que é o nosso irmão, aquele cujo sofrimento nos comoveu e nos tocou profundamente o coração. No tempo de Jesus, a lepra era equivalente a morte. Curar um leproso era tão difícil como ressuscitar mortos. Os sacerdotes, como vimos na primeira leitura, tinham a tarefa de declarar puro um leproso que fosse curado, mas não tinham o dom de limpar ou cura-los desse mal, porque a cura destes só poderia ser operada por Deus. A primeira parte do Evangelho conta-nos como é que se deu verdadeiramente este facto da cura realizada por Jesus a um leproso. Este leproso, indo contra as disposições da Lei, aproxima-se de Jesus e pede-lhe de joelhos para ser limpo. O mais extraordinário deste relato é que o leproso não pede para ser curado, mas para ser purificado, ou seja, para ficar em condições para voltar para a comunidade dos Homens. Este era motivo que mais o afligia. Porém, Jesus, perante este pedido, comove-Se, estende a mão, toca-o e cura-o. Todos estes pormenores têm um significado e uma mensagem particular para nós, pois faz-nos lembrar os sacramentos de cura: o sacramento da Unção dos doentes, onde Deus nos cura dos males físicos e espirituais, e o sacramento da Reconciliação, onde Deus nos reconcilia com Ele e nos reintegra na comunidade cristã. O Deus que Se revela em Jesus não é como o dos fariseus: longínquo, severo e separado de quem é impuro, mas sim é um Deus justo, misericordioso e rico em amor para com a humanidade, porque, mesmo naqueles que tenham caído no abismo mais profundo da culpa, o Senhor sabe descobrir uma obra-prima de beleza, um filho muito digno de amor. A segunda parte é menos simples de entender, porque apresenta algumas dificuldades que nos levam a questionarmo-nos o porquê de Jesus advertir severamente ao leproso de divulgar a notícia do milagre. Jesus não queria que se soubesse do seu milagre, antes dos acontecimentos da Pascoa, pois assim todos milagre, antes dos acontecimentos da Pascoa, pois assim todos descobririam que Ele era o Messias. À simples vista esta atitude de Jesus parece ser contraditória. O facto de Jesus não querer é porque a concepção de Messias que os judeus tinham não era a mesma daquela que Deus destinou para a história da salvação humanidade. A ideia que eles tinham do Messias prometido era diabólica, visto que as sua expectativas eram a de um rei glorioso, a maneira humana, como Salomão, eram a de um guerreiro hábil e fortunado como David, um homem de Deus capaz de realizar prodígios sensacionais e não a ideia de um Messias segundo a lógica divina, isto é, um Messias que salve através da própria derrota, através do dom da vida. Eis então a mensagem: só os que fizerem em si mesmos a experiência da libertação e tiverem saboreado a alegria duma vida nova na comunidade são capazes de explicar aos outros as maravilhas que a palavra de Cristo pode operar. Esta é a condição pela qual poderemos ser curados dos nossos males físicos e espirituais e de ser reconciliados com Deus e com cada um dos nossos irmãos. Santo Domingo! Diác. Ronald Alves Vieira

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Folha Paroquial 179

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Page 1: Folha Paroquial 179

Folha Paroquial nº 179 De 11 a 19 de Fevereiro

VI DOMINGO DO TEMPO COMUM

“Não contes nada disso a ninguém! Vai, mostra-te ao sacerdote e oferece, pela tua purificação, o que Moisés ordenou, como prova para eles!”

(Mc 1,40-45)

O ANÚNCIO

A liturgia deste Domingo convida-nos a contemplar um Deus de Amor que veio a anunciar, em Cristo, a libertação aos pobres e infelizes, como podemos ver no Evangelho. O Evangelho relata-nos que um dos primeiros milagres de Jesus foi a cura de um leproso. Esta cura, no contexto histórico e social do tempo de Jesus, integrou-o novamente na comunidade, pois a mentalidade dos judeus em relação aos leprosos, como podemos ver na primeira leitura, era de exclusão social. A segunda leitura relaciona-se também com este tema, pois, já num sentido cristão, ensina-nos a nós, cristãos, a não procurar o próprio interesse social, mas o bem do próximo que é o nosso irmão, aquele cujo sofrimento nos comoveu e nos tocou profundamente o coração. No tempo de Jesus, a lepra era equivalente a morte. Curar um leproso era tão difícil como ressuscitar mortos. Os sacerdotes, como vimos na primeira leitura, tinham a tarefa de declarar puro um leproso que fosse curado, mas não tinham o dom de limpar ou cura-los desse mal, porque a cura destes só poderia ser operada por Deus.

A primeira parte do Evangelho conta-nos como é que se deu verdadeiramente este facto da cura realizada por Jesus a um leproso. Este leproso, indo contra as disposições da Lei, aproxima-se de Jesus e pede-lhe de joelhos para ser limpo. O mais extraordinário deste relato é que o leproso não pede para ser curado, mas para ser purificado, ou seja, para ficar em condições para voltar para a comunidade dos Homens. Este era motivo que mais o afligia. Porém, Jesus, perante este pedido, comove-Se, estende a mão, toca-o e cura-o. Todos estes pormenores têm um significado e uma mensagem particular para nós, pois faz-nos lembrar os sacramentos de cura: o sacramento da Unção dos doentes, onde Deus nos cura dos males físicos e espirituais, e o sacramento da Reconciliação, onde Deus nos reconcilia com Ele e nos reintegra na comunidade cristã. O Deus que Se revela em Jesus não é como o dos fariseus: longínquo, severo e separado de quem é impuro, mas sim é um Deus justo, misericordioso e rico em amor para com a humanidade, porque, mesmo naqueles que tenham caído no abismo mais profundo da culpa, o Senhor sabe descobrir uma obra-prima de beleza, um filho muito digno de amor.

A segunda parte é menos simples de entender, porque apresenta algumas dificuldades que nos levam a questionarmo-nos o porquê de Jesus advertir severamente ao leproso de divulgar a notícia do milagre. Jesus não queria que se soubesse do seu milagre, antes dos acontecimentos da Pascoa, pois assim todos

milagre, antes dos acontecimentos da Pascoa, pois assim todos descobririam que Ele era o Messias. À simples vista esta atitude de Jesus parece ser contraditória. O facto de Jesus não querer é porque a concepção de Messias que os judeus tinham não era a mesma daquela que Deus destinou para a história da salvação humanidade. A ideia que eles tinham do Messias prometido era diabólica, visto que as sua expectativas eram a de um rei glorioso, a maneira humana, como Salomão, eram a de um guerreiro hábil e fortunado como David, um homem de Deus capaz de realizar prodígios sensacionais e não a ideia de um Messias segundo a lógica divina, isto é, um Messias que salve através da própria derrota, através do dom da vida. Eis então a mensagem: só os que fizerem em si mesmos a experiência da libertação e tiverem saboreado a alegria duma vida nova na comunidade são capazes de explicar aos outros as maravilhas que a palavra de Cristo pode operar. Esta é a condição pela qual poderemos ser curados dos nossos males físicos e espirituais e de ser reconciliados com Deus e com cada um dos nossos irmãos. Santo Domingo! Diác. Ronald Alves Vieira

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Missas

Igreja da Nazaré2ª feira (não há missa)De 3ª a Sábado às 19HDomingos às 09H301º Domingo do mês às 09H30 e às 11H

Cartório | 4ª das 17H às 18H45 6ª das 17H30 às 18H45

Capela do PilarDe 2ª a Sábado às 08H15Domingos às 12H

Fundação Cecília Zino3ª,5ª,6ª às 08H30Sábados às 18HDomingos às 11H

Confissões | 5ª feira às 18HAdoração ao S.S.S. | 5ª Feira - 19H30 - 22H

4ª feira | Grupo Biblíco às 20H

Primeira 5ª feira de cada mês |Preparação para o Baptismo às 20H

Segunda 5ª feira de cada mês | Grupo dos recasados às 21H

Recitação do Terço (Semanal) às 18H306ª feira | Recitação dos Terços às 19H30

Informações da Paróquiawww.igrejadanazare.com

Paróquia da NazaréAvenida Colégio Militar Apartado 2909,9001-601 FunchalTelf: 291 775 109 Fax: 291 764 005Email: [email protected] [email protected]: http://facebook.com/igrejanazare.funchal

11 de Fevereiro | Preparação para o Crisma de Adultos (Grupo 1) às 17H

12 de Fevereiro | Reunião de Catequistas às 15H (Preparação para a Quaresma)

12 de Fevereiro | Preparação para o Crisma de Adultos (Grupo 2) às 16H

18 de Fevereiro | Preparação para o Crisma às 16H (grupo A) Preparação para o Crisma às 17H (grupo B)

20 e 21 de Fevereiro | Férias de Carnaval

22 de Fevereiro | 4ª feira de Cinzas Missa da Catequese às 19H

25 de Fevereiro | Vésperas e catequese quaresmal às 18H

26 de Fevereiro | 1º Domingo da Quaresma

ORAÇÃO A S. ANTÓNIO, PEDINDO A GRAÇA DE UM(A) NAMORADO(A)

Meu grande amigo Santo António,tu que és o protector dos namorados,olha para mim, para a minha vida,para os meus anseios.Defende-me dos perigos,afasta de mim os fracassos,as desilusões, os desencantos. Faz que eu seja realista,confiante, digna(a) e alegre.Que eu encontre um(a) namorado(a)que me agrade, seja trabalhador,virtuoso e responsável.

Que eu saiba caminhar para o futuroe para a vida a doiscom as disposições de quem recebeu de Deusuma vocação sagrada e um dever social.Que meu namoro seja felize meu amor sem medidas.Que todos os namoradosbusquem a mútua compreensão,a comunhão de vidae o crescimento na fé.Assim seja.