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  • 7/23/2019 FOLHA JUL 4

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    FOLHA 24-08-2015

    RUY CASTRO

    Os 100 maiores

    RIO DE JANEIRO- A revista "Rolling Stone" soltou sua lista dos "100maiores compositores de todos os tempos". No sei que critrios usaram para aseleo nem quem votou. Deu o! Dlan na ca!ea# com $aul %c&artne em '(lugar e )o*n +ennon em ,(. Seguem-se roqueiros americanos e ingleses#incluindo um su/eito c*amado a!ace# a dupla im!aland e %iss 2lliott e umtipo em andra/os# 3ane 4est.

    5e/amos. A revista di6 que eles so "os 100 maiores compositores de todos ostempos". $opulares# claro. No os 100 maiores compositores de roc7# ol7 oupop 8o que daria margem a que outros g9neros de m:sica tivessem direito ae;istir8# mas de todas as categorias. Signiica que compositores de /a66# comoDu7e 2llington# de sam!a# como Ar arroso# ou de !olero# como 2rnesto+ecuona# oram at considerados# mas no tiveram votos para icar entre os 100# isso0 para c?. Dos cem eleitos# apenas tr9s ou

    quatro tra!al*aram antes disso# e so os suspeitos de sempre@ &*uc7 err# atsDomino# Ro!ert )o*nson. Devo ento dedu6ir que )o*ann Strauss# ran6 +e*ar#Alredo +e $era# &ole $orter e Noel Rosa nunca e;istiram.

    $ela proposta# cursos nos quais >0 do grupo de proessores t9m# no mJnimo#cinco anos de e;peri9ncia de tra!al*o no SCS gan*am nota m?;ima nestequesito.

    )? aqueles em que menos de '0 dos docentes t9m essa e;peri9ncia levariam anota mais !ai;a# 1. &aso *ouver menos de ,0# a nota '# e assimsucessivamente.

    2la!orado pelo nep Minstituto do %2&P# as mudanas no "instrumento deavaliao de cursos de graduao" passaro por consulta p:!lica.

    A ideia rece!er sugestIes at o inJcio do pr=;imo m9s e veriicar os novoscritrios de qualidade /? em '01V# ano em que todos os cursos da ?rea de sa:de8como odontologia# arm?cia e nutrio8 passaro pelo pente ino do governo

    ederal.

    To/e a visita in loco ocorre apenas em cursos com nota insuiciente M1 e 'P.Somente de medicina# so '1 graduaIes avaliadas# segundo dados maisrecentes# de '01,.

    A ?rea# no entanto# vive uma e;panso acelerada de vagas desde o lanamentodo programa %ais %dicos 8o que tem gerado pol9mica so!re a qualidade dasuturas escolas mdicas.

    NOOS INDICADORES

    Ao todo# oram incluJdos 1> novos indicadores em um total de V0 que serousados para se veriicar a qualidade do curso em instituiIes p:!licas eprivadas.

    2ntre eles# alm da e;peri9ncia docente# esto a quantidade de atividadespr?ticas ao longo da ormao e o ormato do est?gio.

    A nota pode ser maior se at metade da carga *or?ria do est?gio ocorrer emmedicina da amJlia e urg9ncias 8onde o mdico atua principalmente em

    unidades !?sicas de sa:de e pronto-socorro.

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    Butro indicador que# quanto mel*or a insero do estudante e a condio darede de sa:de 8se/a pela organi6ao do tra!al*o# se/a pela inraestrutura8#mel*or o desempen*o do curso.

    Alunos de medicina tam!m devem ter no currJculo aulas de "segurana do

    paciente"# que visa evitar erros mdicos e de prescrio.

    Algumas alteraIes# no entanto# so propostas para todas as graduaIes da ?reade sa:de. 2ntre elas est? a "responsa!ilidade social".

    2sse item pretende analisar a relevGncia do ensino# de orma que os alunosten*am ateno especial# por e;emplo# para as doenas mais prevalentes nacomunidade ou regio e seu impacto so!re os indicadores de sa:de.

    MUDAN=AS

    Segundo o %inistrio da Sa:de# as "adequaIes" oram necess?rias ap=smudanas nas diretri6es curriculares de medicina em '01.

    B currJculo oi alterado na esteira da lei do %ais %dicos# que previa# entreoutras coisas# a reali6ao de uma avaliao dos estudantes a cada dois anos.

    B presidente da A!em MAssociao rasileira de 2ducao %dicaP# Sigisredorenelli# v9 com ressalvas alguns dos novos itens.

    "B ato de tra!al*ar por cinco anos no SCS no qualiica algum para ser um!om proessor"# airma.

    $ara renelli# a incluso do indicador no pode diminuir a importGncia deoutros atores /? avaliados# como a e;ig9ncia de docentes com tJtulos demestrado e doutorado# por e;emplo.

    PM diz que 'bandidos' so responsveis por chacina

    &orregedoria investiga 1O policiais militares como autores das mortes em S$

    S!$*ei)$ $) 11 $)l'#')$. ')i$ (#&)$ e (i,() $#"e,)$> 18 *e$$)#$?)"#m m)"#$ em @#"!e"i e O$#$()

    ROGRIO PAGNANDE SO PAULO

    A suspeita de que policiais militares lideraram os assassinatos em srie do:ltimo dia 1, na Lrande So $aulo levou a uma reao do comando dacorporao. 2m maniestao p:!lica incomum numa rede social# a $% paulistase reeriu aos criminosos como "!andidos" que integram temporariamente ainstituio.

    A reao oicial da polJcia oi uma resposta a uma c*arge que circulou nainternet segundo a qual os $%s utili6am o uniorme durante o dia e# H noite#

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    promovem c*acinas# numa reer9ncia H morte de 1O pessoas nas cidades deBsasco e arueri num intervalo de apenas tr9s *oras. Bs crimes ocorreramdentro de um raio de 10 7m.

    2m nota# a $% condena qualquer generali6ao "de toda uma classe de

    tra!al*adores por conta de atos supostamente praticados por !andidos queintegram temporariamente a instituio".

    2ssa maniestao da corporao ocorre no momento em que a &orregedoria da$olJcia %ilitar investiga 1 pessoas por suspeita de envolvimento no crime doinal da semana passada# sendo 1O deles policiais militares# segundo reveloureportagem da 5 Llo!o neste s?!ado M''P.

    2stariam sendo investigados 11 soldados# dois ca!os e cinco sargentos da $%. B:ltimo suspeito seria o marido de uma policial.

    Desde o inJcio das investigaIes# o governo Leraldo Alc7min M$SDP e aSecretaria da Segurana $:!lica suspeitam da participao de policiais nocrime# que teria sido motivado por vingana.

    Cma semana antes das mortes em srie# um policial militar oi assassinadodurante um assalto a um posto de com!ustJveis de Bsasco. Bs dois !andidos#que seguem oragidos# teriam recon*ecido o $%# que estava de olga e a!asteciaseu carro.

    Na semana passada# ,' $%s oram convocados para prestar depoimento. So*omens e mul*eres do '( !atal*o# de Bsasco# e do '0( !atal*o# em arueri.

    &?psulas de tr9s dierentes cali!res de armas oram encontradas pr=;imas aoscorpos das vJtimas@ mm Mde uso das oras ArmadasP e ,O e ,O0# de uso deguardas civis metropolitanos.

    As aIes oram semel*antes@ *omens encapu6ados estacionaram um carro#desem!arcaram e dispararam v?rios tiros contra as vJtimas. 2m alguns locais#testemun*as disseram que os assassinos perguntaram por antecedentescriminais# o que deinia vida ou morte das pessoas.

    Segundo a Secretaria da Segurana $:!lica# ao menos dois grupos participaramdos assassinatos@ *omens numa moto e num $eugeot prata em Bsasco# e outrosnum Renault Sandero prata em arueri.

    Alm dos 1O mortos e dos seis eridos# a repres?lia H morte do $% de Bsascopode ter dei;ado um saldo de ' vJtimas e comeado uma semana antes do queoicialmente vem sendo investigado.

    A suspeita de uma "pr-c*acina" oi apresentada pela Buvidoria das $olJcias. Bcaso oi revelado pelo programa "$roisso Rep=rter"# da 5 Llo!o. B ouvidor)ulio &esar ernandes Neves protocolou pedido para ampliao da lista de

    crimes investigados pela ora-tarea criada pelo governo paulista.

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    2le tam!m apresentou lista com nomes de seis *omens assassinados a tiros emum intervalo de poucos minutos# em circunstGncias semel*antes e na mesmaregio de Bsasco que oi palco da c*acina da semana passada.

    Justia americana indefere processo iniciado por cientista da Unicamp

    Ap=s ser acusado por raudes# %ario Saad moveu ao conta a AssociaoAmericana de Dia!etes

    I,6e$i#7e$ '# U,i(#m* i,)(e,#"#m S##'. B!e #m&%m *"e$)!e$(l#"e(ime,)$ # )!"#$ '!#$ e'i)"#$

    GIULIANA MIRANDADE SO PAULO

    A )ustia de %assac*usetts# nos 2CA# indeeriu o processo de diamaomovido pelo proessor da Cnicamp %ario Saad contra a Associao Americanade Dia!etes. oi o mais recente capJtulo na disputa# que comeou no inJcio de'01# entre a associao e um dos mais produtivos cientistas !rasileiros.

    A revista "Dia!etes"# pu!licada pela associao# di6 que *? indJcios deduplicao de resultados e manipulao de imagens em quatro tra!al*os comSaad. A entidade pu!licou uma "nota de preocupao" 8um alerta para pontospro!lem?ticos de um artigo8 mencionando as acusaIes.

    nocentado em duas investigaIes independentes eitas por pesquisadores da

    Cnicamp e de outras universidades# Saad decidiu ir H /ustia para tentar tirar doar esse material.

    Na deciso# na semana passada# o tri!unal entendeu que a revista tem o direitode maniestar sua opinio so!re o assunto# e por isso o processo por diamaoera improcedente. B mdico ainda pode recorrer.

    Ap=s ser notiicada pela revista de que "leitores *aviam indicado pro!lemas"nos artigos# a Cnicamp condu6iu uma investigao interna para avaliar o caso#que concluiu que *ouve de ato alguns erros Mrepetio no intencional deimagensP# mas que esses no alteravam as conclusIes dos papers.

    $ouco ap=s ser comunicada do resultado# em evereiro de '01># a revista noaceitou o parecer e e6 um novo pedido de investigao. $aralelamente# impFsuma "morat=ria" H universidade# que icou impedida de pu!licar na revista.

    A Cnicamp e6 uma segunda investigao# agora com cientistas e;ternos#incluindo um estrangeiro. Novamente Saad oi inocentado.

    Notiicada em maio so!re o novo relat=rio# a "Dia!etes" no se maniestou emanteve o alerta contra Saad.

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    2;-diretor da aculdade de &i9ncias %dicas e candidato derrotado a reitor em'01,# %ario Saad um dos cientistas !rasileiros mais produtivos. Segundo oran7ing da plataorma Loogle Acad9mico# o ,( pesquisador mais citado dopaJs# com cerca de 11 mil menIes.

    "A orientao da NT Xag9ncia americanaY de guardar o material por cincoanos. Cm dos artigos de 1. 2u no era o!rigado# mas guardei as coisas.$ude provar que no teve raude."

    Saad recon*ece# porm# erros na montagem do material. "2u assumo que arepetio de imagem passou por mim# assim como passou pelos tr9s revisores epelo editor da revista# alm dos outros autores. &ada artigo tem entre 1>0 e ,00imagens como aquelas. neli6mente# passou"# di6.

    Bs pro!lemas aconteceram no processo con*ecido como "splicing"# de cortar eunir pedaos de um mesmo gel usado nos e;perimentos para compor uma

    imagem.

    OUTROS CASOS

    Alm da "Dia!etes"# Saad tam!m precisou prestar esclarecimentos so!re umartigo pu!licado na revista "$+oS Bne"# que tam!m tin*a pro!lema com asimagens. B peri=dico no invalidou o artigo# mas divulgou uma correo dasimagens duplicadas.

    Cm outro tra!al*o nos "Arquivos rasileiros de 2ndocrinologia e %eta!ologia"c*egou a ser retratado por c=pia de trec*os. %as# meses depois# a revista

    repu!licou o artigo# com alteraIes no te;to.

    $rocurada# a Cnicamp airmou que "a comisso recon*eceu a Unodesonestidade dos pesquisadoresU# Uno alterao do resultado undamental daspesquisasU e a Uno inteno de !urlar o resultado ou enganar os potenciaisleitores dos artigosU."

    Professor v carter poltico nas acusaes

    DE SO PAULO

    B proessor da Cnicamp %ario Saad atri!ui as acusaIes de raude a questIespolJticas# como um certo ci:me proissional e mesmo um cen?rio para aspr=;imas eleiIes para reitor da Cnicamp. Segundo ele# esses grupos tentariamdestruir sua imagem a6endo den:ncias a peri=dicos em que ele pu!licou.

    Saad tam!m di6 que# por ser da Amrica do Sul# tem tratamento mais rigorosodo que os americanos.

    "5?rios americanos# inclusive editores da revista# tiveram erros semel*antes.

    No enrentaram qualquer tipo de sano."

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    A Associao Americana de Dia!etes no quis comentar as declaraIes.

    Crise de integridade tica na cincia global, dizem estudos

    rasil 1( em ran7ing mundial de artigos retratados em revistas

    (GM)DE SO PAULO

    2studos reali6ados so!re integridade cientJica mostram que o pro!lema daintegridade cientJica glo!al# aetando naIes ricas e po!res.

    Cm artigo pu!licado em a!ril de '01 no ")ournal o t*e %edical +i!rarAssociation" analisou pu!licaIes datadas entre '00O e '01' e indicou que opaJs com a maior quantidade de artigos retratados M"despu!licados"P oram os

    2stados Cnidos# com '#' do total.

    B rasil est? na 1Z posio entre os >, que tiveram tra!al*os cancelados.

    2ntre os retratados por pl?gio# os lJderes so t?lia# urquia# r e unJsia. 2ntreas pu!licaIes duplicadas#lideram inlGndia# &*ina e mais uma ve6 a unJsia.

    $ara especialista# porm# os paJses emergentes ainda enrentam especialdesconiana em alguns peri=dicos.

    "2m!ora no se/a dito e;plicitamente# algumas editoras internacionais t9m mais

    ressalvas quando aos artigos v9m de paJses emergentes."

    A opinio do diretor do programa Scielo Mplataorma !rasileira que congregaperi=dicos cientJicosP# A!el $ac7er.

    "[# uma questo# vamos c*amar# etnocentrista"# airma $ac7er# que garante queno *? indicadores que /ustiiquem essa preocupao por parte das revistas.

    2le airma que o paJs mais aetado costuma ser a &*ina# que passou por umae;panso da produo cientJica que# inicialmente# teve muitos pro!lemas deintegridade dos dados. $ara $ac7er# o rasil menos aetado.

    "A pesquisa !rasileira recon*ecida pela qualidade em v?rias ?reas. Nossospesquisadores pu!licam onde quiserem"# avalia.

    ;RE;ORIO DUIIER

    Aquele mamo mofado

    Re$)l6i B!e # ("+,i(# 'e )e $e"i# #,#("+,i(# 'e$e,##'#.'e$*")*)$i#'#. im*e"e(/6el

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    ui reunir as crFnicas para ver se lano um livro novo e gan*o um cascal*oe;tra neste im de ano. Da tela# vin*a um estran*o c*eiro de ruta podre. AscrFnicas que escrevi ao longo do ano agora apodreciam no monitor como aquelemamo que comprei ac*ando que seria uma !oa ideia passar a comer mamo eagora o mamo parece um quadro de Romero ritto# amarelo# laran/a# a6ul e

    ro;o.

    Resolvi que a crFnica de *o/e seria anacrFnica@ desenga/ada# despropositada#imperecJvel. Cma crFnica que no osse um mamo# mas uma margarina 8/?perce!eram que aquilo no estraga nuncaa noite de s%bado @@4) seispessoas bebiam no bar. "Kim de semana aqui era lotado. ,e pessoas paramais") di+ =orge Pai*o) @B) que frequenta o local h% cinco anos.

    =u0enal tem fechado o bar antes das 1Ch) por medo. Antes) ele conta) eracomum encontrar o estabelecimento aberto at$ as @h) pelo menos.

    A dona de um com$rcio pr*imo) que no quis se identificar) tem feito o mesmo.

    la fecha0a a lo5a /s @@h) agora no passa das 1Dh. "U noite no tem uma alma0i0a aqui. 7odos t#m medo."

    >a tarde desta segunda @B4) os amigos Josme de Iima) BC) e =air ,ias) TT)bebiam por ali. "7odo mundo aqui est% com o p$ atr%s") afirma ,ias. "2 nopode ficar at$ muito tarde") di+ Iima.

    MARCA

    =u0enal est% reformando o bar. Gai aumentar os fundos e trocar parte dosa+ule5os e*ternos. m um deles) est% a marca de duas balas) lembrana da

    chacina.

    dono de uma padaria pr*ima afirma que um cliente idoso no saiu de casapor uma semana. "Mas) aos poucos) as coisas esto 0oltando ao normal.Precisam 0oltar."

    s pais) piauienses) esto inconformados) conta. Apesar do crime) =u0enal nopensa em 0oltar para o >ordeste. "Gim para c% com 1 anos) minha 0ida $ todaaqui. >o tenho o que fa+er l%."

    Corao de leo

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    Vei Vamara sobre0i0eu / guerra ci0il e ao ebola em 2erra Ieoa para se tornarartilheiro da liga de futebol dos stados Onidos

    ALEX SABINOCOLABORAO PARA A FOLHA, DE EDIMBURGO(ESCCIA)

    Artilheiro da Ma5or Ieague 2occer) a principal de liga de futebol dos stadosOnidos) Vei Vamara se acostumou a ou0ir e*plos(es e tiros quando era crianaem 2erra Ieoa.

    A me ha0ia ido para os stados Onidos) fugindo da guerra ci0il que matou mil pessoas e destruiu a infra-estrutura do pa&s africano.

    Qo5e com 3 anos) o atacante do Jolumbus JreW continua querendo o mesmodos tempos em que mora0a no pa&s natal8 respeito.

    "u ainda posso ou0ir na minha cabea os sons da guerra. >o perceberam ade0astao que esta0am causando em 2erra Ieoa. >o respeitaram as pessoasdo pa&s. A mesma coisa quando estourou o $bola. u esta0a l%. As autoridadesno le0aram a s$rio") afirma o atacante) autor de 1D gols na temporada. "2eteenfermeiras do hospital onde nasci morreram por causa do 0&rus."

    Vamara cresceu acreditando sempre ter algo a pro0ar. Ao receber asilo pol&ticonos stados Onidos) aos 1T anos) p;s na cabea que tinha de apro0eitar umachance que milh(es de compatriotas no receberam.

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    ">s somos bons no futebol. Podemos nos classificar. Kutebol $ mais forte queuma religio e pode mudar como as pessoas de 2erra Ieoa 0eem a si mesmas."

    Vamara criou a >' "scolas para 2alone" ao lado do tamb$m 5ogador da MI2MiSe Iahoud Philadelphia Onion4. les constroem escolas em 0ilas da nao

    africana. "As crianas merecem a chance de aprender e) pelos resultados quetemos) elas querem isso. >s s colocamos a mo na massa para lhes dar essaoportunidade."

    le reconhece 0i0er o melhor momento da carreira. s ad0ers%rios montamesquema t%tico para anul%-lo em campo. o principal destaque ofensi0o da ligano momento em que esta 0i0e o auge da popularidade internacional) com achegada de 5ogadores como VaS%) 2te0en 'errard) KranS Iampard) Andrea Pirloe ,a0id Gilla.

    As partidas so transmitidas ao 0i0o na uropa e no Nrasil) o que tem tornado

    Vamara uma figura conhecida internacionalmente. le te0e passagens por doistimes ingleses >orWich e Middlesbrough4) sem grande sucesso. "Acredito queat$ o final desta d$cada a MI2 ser% reconhecida como um dos cinco melhorescampeonatos do mundo. stamos em um momento de grande e*posio e isso $muito bom para todos."

    >o passado) Vamara reclamou que a chegada de 0eteranos famosos atrapalha0ao reconhecimento dos atletas formados localmente e que esta0am na liga h%mais tempo. Pedindo mais respeito sempre respeito4) disse que os torcedores

    0ota0am apenas nos mais conhecidos para a composio da partida das estrelas.Pelo 0isto) a bronca ficou para tr%s.

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    Jonsiderado um dos nomes mais importantes do cinema brasileiro atual) opernambucano despertou a ateno da cr&tica em @1@ com o premiado " 2omao 6edor") seu primeiro longa de fico) no qual mostrou a herana de umasociedade patriarcal no cotidiano de personagens de classe m$dia da +ona sul do6ecife.

    Agora) o diretor e roteirista fa+ um mergulho mais intimista no mundo de umapersonagem) Jlara) 0i0ida por um rosto bem conhecido nas telas brasileiras82onia Nraga) de sucessos como ",ona Klor e 2eus ,ois Maridos" 1CET4 e "Nei5o da Mulher Aranha" 1CD4. a primeira 0e+ que a atri+ gra0a no 6ecife.

    "Om filme sobre uma pessoa e o mundo dela") nas pala0ras do diretor. " mais oestudo de um personagem do que um panorama social") disse) sem quererre0elar muitos detalhes da trama.

    As gra0a(es) em bairros como Noa Giagem e Jasa Korte) comearam no ltimo

    dia B e seguem por sete semanas Hainda no h% pre0iso de lanamento dofilme.

    Gi0a) curada de um c:ncer e me de tr#s filhos adultos) 2onia Nraga $ Jlara)uma cr&tica de msica de T anos que "0ia5a no tempo" e 0i0e cercada por li0rose discos em um apartamento no edif&cio Aquarius) de frente para o mar) onde sepassa a maior parte da histria.

    "Muito disso 0em de uma ideia de arqui0o pessoal. Juriosamente) estamos ho5enuma sequ#ncia Zfilmada[ em arqui0os. >o fim) Zo filme[ $ sobre uma guarda dememrias") contou o diretor durante 0isita da reportagem ao set de filmagem

    montado no arqui0o pblico de =aboato dos 'uararapes P4) na ltima tera-feira 1D4.

    Antes de gra0ar uma cena) ele tira o celular do bolso e testa o enquadramentocom a c:mera do telefone. ,% uma ltima orientao /s atri+es e 0olta. Apreocupao de dar significado aos cen%rios) capturados de prefer#ncia emplanos abertos) $ frequente em seus filmes.

    "sta locao aqui ho5e $ muito isso) $ um labirinto. Gieram pesquisar unspap$is em meio a muitos corredores) entradas e sa&das. A locao 5% $ umpersonagem) ela engole as pessoas."

    no0o filme acabou passando na frente de outro que 5% esta0a na fila docineasta8 "Nacurau") que ele prepara em parceria em parceria com =uliano,ornelles.

    PERSONALI/A/E

    Vleber Mendona reconhece a e*pectati0a em torno de "Aquarius". " 2om ao6edor" foi premiado na Mostra ?nternacional de Jinema de 2o Paulo e nosfesti0ais de >o0a \orS e de 6oterd) entre outros. Koi apontado pelo 5ornal "7he>eW \orS 7imes" como um dos de+ melhores filmes de @1@ e listado paradisputar) pelo pa&s) uma indicao ao scar @1B de melhor filme estrangeiro.

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    Mas o diretor tenta e0itar compara(es entre os dois trabalhos. "Jada filme temque ter o seu 5eito) a sua personalidade. Y 2om ao 6edorY te0e aquela) e achoque YAquariusY 0ai ter a dele."

    pode-se di+er que essa diferena de personalidade comea ainda na criao do

    roteiro8 o diretor le0ou um ano e meio para escre0er "Aquarius") enquanto aprimeira 0erso de " 2om ao 6edor" ficou pronta em oito dias. =% o bai*ooramento) de 6L @) milh(es Hfinanciado com um fundo estadual de cultura epatroc&nio do N>,2H no se distancia tanto do longa anterior) de 6L 1)Cmilho.

    >omes da equipe de " 2om..." foram mantidos8 a produtora milie Iesclau*)casada com o diretor ?randhir 2antos) Mae0e =inSings e Iula 7erra no elencoPedro 2otero e Kabr&cio 7adeu na fotografia e =uliano ,ornelles e 7hales=unqueira na direo de arte. Al$m de milie) outros acompanham Vleberdesde curtas mais antigos) como o consultor art&stico ,aniel Nandeira) que

    participou de "letrodom$stica" @4.

    ) como de costume) o cineasta tamb$m escolheu atores no profissionais.

    Mas foi uma longa busca por um "rosto de cinema" para segurar o papel daprotagonista. At$ que) numa noite com amigos) algu$m soltou o palpite8 2oniaNraga. "2onia Nraga) uau9 Jomo a gente entra em contato com ela! ) em cincodias) t&nhamos feito o contato) en0iado o roteiro e ela 5% tinha respondido quesim") conta o cineasta. A atri+ no quis dar entre0ista.

    ANLISE

    Cineasta integra escola que se aproxima do espectador e foge do academicismo

    INCIO ARAUJOCRTICO DA FOLHA

    ,e Vleber Mendona Kilho 5% se espera0a uma estreia slida no longa de fico.le 0inha de uma ati0idade rele0ante como cr&tico e cineclubista) seu curta de@C) "6ecife Krio") era tido como uma pequena obra-prima) o document%rio"Jr&tico" @D4) punha em questo a ati0idade cr&tica de maneira pertinente.

    Ainda assim) " 2om ao 6edor" foi uma surpresa. 2e a gerao de I&rio Kerreira)Paulo Jaldas e Jlaudio Assis ha0ia recolocado Pernambuco no mapacinematogr%fico no fim do s$culo passado) esse filme de @1@ marca0a osurgimento de uma no0a gerao) com olhar e ambio prprios.

    A ambio) diga-se) no era pequena8 obser0ar num mesmo quadrotransformao e perman#ncia em Pernambuco. que era engenho ecoronelismo Huma sociedade 0oltada para o interiorH transformou-se em umcon5unto de propriedades / beira-mar.

    2eu patriarca $ um tem&0el coronel R.=. 2olha4) to 0alente que mergulha napraia / noite) so+inho) indiferente aos tubar(es. 2ua linha de sucesso 0ai dar no

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    passi0o 0endedor dos apartamentos da fam&lia tendo estudado na Alemanha94.A meritocracia pode ter caminhos tortuosos.

    la contempla) entre outros) o 5o0em primo semi-marginal) que nenhum pobreda rua se atre0e a delatar como a pessoa que roubou o r%dio de um carro

    estacionado. Aquele com quem os seguranas no podem se meter.

    retorno do reprimido se dar%) no entanto) a partir de nota(es to sutisquanto marcantes8 os subalternos que fa+em amor na casa 0a+ia os fantasmasde negrinhos que in0adem a rua como que sa&dos de uma sen+ala de pesadeloos seguranas liderados por ?randhir 2antos4. Al$m do som) claro.

    At$ a surpresa do final) 0emos um mundo que se dobra sobre si) ou que mudapara melhor permanecer o mesmo.

    2e o Nrasil produ+iu) ainda que esparsamente) filmes bem interessante neste

    comeo de s$culo) " 2om ao 6edor" te0e a particularidade de aliar umanarrati0a moderna / capacidade de despertar a empatia de um nmerosignificati0o de espectadores e ganhar muitos pr#mios) para no falar decoment%rios fa0or%0eis nos "Jahiers du Jin$ma".

    7udo isso coloca ao cinema de Mendona um desafio8 dar sequ#ncia) 5unto a umpblico nada fiel a seus reali+adores 0ide Ralter 2alles ou Kernando Meirelles4)a uma escola a recifense4 e a uma tend#ncia que busca a comunicao fluentecom o espectador ao mesmo tempo em que foge do academismo como o diaboda cru+.

    Livro 'Perecveis' captura absurdos da vida cotidiana

    Atri+ e encenadora lisa Nand lana nesta tera reunio de contos) seu primeiroli0ro

    DE SO PAULO

    7udo $ inst%0el nos contos do li0ro "Perec&0eis". Q% sempre um estranhamento)um fato absurdo que desestabili+a e tira da ordem usual mesmo as a(es maisrotineiras.

    >uma das histrias) o narrador congela bifes) moelas) peito de frango e "umfilho ou dois") "quase to lindos como um cachorro filhote" tamb$m 5%congelado.

    "7odos os contos lidam com o que transborda) o que no cabe) com o que entraem colapso") di+ lisa Nand) B1) sobre sua estreia na literatura.

    Performer) atri+ e encenadora) ela reuniu no li0ro que lana nesta tera-feira

    @4 contos curtos que dialogam com a poesia e o teatro.

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    lisa Nand 5% trabalhou em mais de @ espet%culos) $ professora con0idada da2P scola de 7eatro e ministra curso de performance no MAM.

    7amb$m fa+ parte do coleti0o liter%rio ,5alma) grupo de de+ escritores que te0epapel preponderante na criao de "Perec&0eis". "Koi muito importante ou0ir o

    que as pessoas acha0am das histrias."

    la pretende utili+ar algum dos contos no espet%culo "Jomp#ndio de 'a0etas)Nact$rias) Orsos e Jora(es") que estreia em 2o Paulo em @1T.

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    FOLHA 26-08-2015

    HLIO SCHWARTSMAN

    Fofocas, ministrios e mitos

    SO PAULO- Na entrevista que concedeu a veculos de comunicao, apresidente Dilma Rousseff fez algumas reflexes sobre o carter da fofoca comoagente promotor da sociabilidade, que atribuiu ao livro !"apiens - #ma $reve%ist&ria da %umanidade!, do 'istoriador israelense (uval Noa' %arari)

    De fato, %arari expe a teoria de que a linguagem 'umana, que parece tersurgido *+ mil anos atrs, evoluiu no s& para que as pessoas dividissemcon'ecimento sobre o mundo a manada de bises est na clareira perto dorio, mas principalmente para que trocassem informaes sociais, isto , paraque fofocassem, cimentando a coeso do grupo)

    "& que o autor vai alm e apresenta sua tese de que notcias sobre bises evizin'os so apenas parte da 'ist&ria) .ara ele, o que possibilitou a cooperaosocial em escalas antes inimaginveis foi ao poder da linguagem de transmitirinformaes sobre coisas que no existem, como deuses, direitos etc) "egundo%arari, o que verdadeiramente permitiu que o 'omem deixasse de ser umprimata sem nada de especial para tornar-se a espcie dominante do planeta foi

    sua capacidade de for/ar realidades ficcionais, que resultaram em instituiesfortemente motivadoras como religio, nao, din'eiro)

    0ssa noo de que fices podem produzir consensos sociais talvez explique os1ltimos passos do governo Dilma) Na segunda-feira, o .lanalto anunciou o cortede dez ministrios, gesto que a presidente classificava como de !cegueiratecnocrtica! durante a campan'a eleitoral, e, pela primeira vez, a mandatriaensaiou um mea-culpa econ2mico, atitude que vin'a at aqui evitando) Nodiscurso oficial, o culpado pela crise era o baixo crescimento mundial) 3gora ela

    / admite que pode ter errado)

    No d para recriminar Dilma por buscar uma sada, mas min'a impresso que ela / abusou tanto dos mitos e fices que eles agora perderam sua foraagregadora)

    RUY CASTRO

    Porque j no do

    RIO DE JANEIRO- 4 "56 est /ulgando a liberao do porte de macon'a

    para uso pr&prio) 3 favor da medida esto, como sempre, cantores, /ornalistas,soci&logos, advogados, surfistas e ex-presidentes que, durante seus governos,

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    nunca tiveram uma poltica sobre drogas em termos de esclarecimento,preveno e cura entre os quais, 6%7) 8as o que pensam a respeito osprofissionais da sa1de, como os mdicos e os psiquiatras9

    3 entrevista da dra) 3na 7ecilia 8arques, presidente da 3bead :3ssociao

    $rasileira de 0studos do ;lcool e 4utras Drogas

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    problemas magnificando os vel'os) 4 governo no demorou para perceber agravidade da crise econ2mica que alimentou, tentou neg-la e deu no que deu)

    3 crise poltica tem duas peculiaridades) #ma vem do .5, a outra de Dilma) 4.5 no faz alianas, recruta s1ditos ou s&cios) Dilma, por sua vez, c'egou =

    .residCncia da Rep1blica sem /amais ter vivido o cotidiano de um .arlamento)

    3 experiCncia parlamentar parece uma trivialidade, at um desdouro) No bem assim) 5ome-se o exemplo de dois 'ierarcas do 0xecutivoI Delfim Netto eRoberto 7ampos) 7omo czares da economia, mandaram como ningum) 6orampara o 7ongresso e viraram outro tipo de pessoa, mais tolerantes, livres dealgumas certezas que o poder l'es dera) No 0xecutivo, o su/eito ac'a uma coisa,manda fazer e ponto final) 4 5rem-$ala, por exemplo) No 7ongresso, o mesmosu/eito vai para uma reunio, expe seu ponto de vista e contraditado poroutro parlamentar, um idiota, talvez ladro) Dever ouvi-lo respeitosamente e'abituar-se a perder calado, caso seu adversrio consiga mais votos que ele) No

    palcio, manda quem pode e obedece quem tem /uzo) No 7ongresso, mandaquem tem maioria)

    3 falta de experiCncia parlamentar :o caso de Dilma< ou a incapacidade depreservar alianas :o caso do .5< influi no metabolismo dos palcios,transformando-os em bunJersI !N&s estamos certos e todos os outros estoerrados!) 0m seguida, dentro do bunJer, estabelece-se uma competio de egos)!0u estou certo e meu rival dentro do governo a causa de todos os males)!

    Desgraadamente, uma vez criada a mentalidade do bunJer, o mundo em voltadeixa de ter importKncia) $riga-se pela briga) 4 exemplo extremo dessa

    patologia pode ser encontrado no bunJer mais famoso de todos os tempos, o da7'ancelaria do LM Reic', em ?OP) 3quilo que era bunJer, a oito metros deprofundidade) %itler e seu !n1cleo duro! enfurnaram-se nele em /aneiro e de lo 6Q'rer comandava sua guerra, tendo 8artin $ormann como seu brao direito)

    el'o rival do espal'afatoso marec'al %erman Soering, $ormann teve o seumomento de esplendor no dia >P de abril e conseguiu demiti-lo de todos oscargos, expulsando-o do partido)

    4s russos estavam a poucos quarteires de distKncia) No dia L+ de abril, o6Q'rer matou-se e, uma semana depois, o poderoso $ormann deixou o bunJer)0nfim, vencera e fora designado testamenteiro de %itler e c'efe do partido

    nazista) 8orreu na rua, a pouca distKncia do bunJer)

    PM suspeita que plano de chacina comeou em velrio

    7orregedoria investiga policiais que foram a enterro de cabo assassinado

    R%.#!#3) 4 ")*.% % PM %" O$#$) (*/(#! (.%$% (#*# $*%% #.#7%$ 7% *%$!.) %" 18 ")*.%$

    DE SO PAULODO "AGORA"

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    3 7orregedoria da .olcia 8ilitar investiga se a srie de ataques que deixou ?Amortos na Srande ". comeou a ser plane/ada ainda no vel&rio do .8 mortodurante roubo a posto de combustvel de 4sasco no incio do mCs)

    3 suspeita consta de um documento apresentado pela pr&pria .8 = Fustia

    8ilitar em pedido para mandados de busca e apreenso realizadas no final desemana nas casas de ? suspeitos da c'acina)

    uatro desses suspeitos, trCs deles policiais militares, estavam no vel&rio docabo 3demilson .ereira de 4liveira, O>, e foram citados por testemun'aprotegida aos 'omens da corregedoria)

    3 verso refora a principal lin'a de investigao da polciaI de que a srie demortes ten'a sido uma represlia = morte do .8, que era integrante do

    batal'o responsvel pela regio onde ocorreu a maioria dos 'omicdios)

    3 polcia tambm no descarta que guardas-civis de $arueri ten'am participadodas mortes na cidade essas em represlia ao assassinato de outro agente diaantes)

    4s nomes apresentados pela testemun'a, que tambm estava no vel&rio do cabo4liveira, levaram = identificao de quatro pessoas trCs policiais militares e um'omem casado com uma policial)

    3 .olcia 7ivil de 4sasco / investigou, sem conseguir provas contundentes, aparticipao desse 'omem em um grupo de extermnio na cidade em >+?L) Nacasa dele foi apreendida uma arma uma pistola)O+, cu/o calibre no est entre

    as cpsulas apreendidas pela percia)

    3 suspeita que esse 'omem, um segurana de um posto de combustvel, se/a apessoa que aparece empun'ando uma arma com a mo esquerda em um dosataques registrados por cKmeras)

    4utro integrante desse mesmo grupo de extermnio investigado em >+?L seria6abrcio 0mmanuel 0leutrio, L+, soldado da Rota preso administrativamentepela .8 desde sbado por suposta participao nos ataques em srie e que tevesua priso temporria pedida pela polcia nesta tera-feira :>P

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    AR

    3 .olcia 7ivil de Utapevi, vizin'a a 4sasco, investiga a possibilidade doassassinato de trCs pessoas na madrugada do dia A, logo ap&s a morte do cabo4liveira, tambm fazer parte da vingana)

    4s trCs rapazes conversavam em uma calada quando um carro parou em frentee os matou com tiros na cabea)

    4utra frente da investigao da 7orregedoria apura a ida de sete .8s a um barna zona norte da capital 'oras depois da c'acina) 5odos eles so integrantes doO>M $atal'o e colegas do cabo morto)

    "egundo uma testemun'a que trabal'a no bar, um tenente da reserva, elesc'egaram ao local por volta das >L') 4s nomes dos sete foram registrados naentrada, conforme regra do local)

    3 testemun'a disse que os policiais foram ao bar para uma confraternizao, oque l'e c'amou a ateno inclusive pelo fato de os .8s serem do O>M $atal'ode 4sasco, rea que estava envolvida com os recentes crimes)

    4 fato de os policiais terem sado do servio logo depois das mortes na c'acinatambm c'amou a ateno) Naquele momento, o policiamento foi reforado emruas da cidade devido ao temor de alguma possvel reao dos moradores)

    MINHA HIST9RIA - PAULA SORIA

    Cigana PhD

    .esquisadora que fugiu da famlia VromaniV aos ?P anos para conseguir estudarconclui doutorado

    RODOLFO LUCENADE SO PAULO

    RESUMO.aula "oria fugiu de seu grupo aos ?P anos, quando os pais queriam

    obrig-la a se casar) "obreviveu com apoio de amigos e com as artes ciganas)3ssim que p2de, retomou a educao formal) 6ez /ornalismo e artes cCnicas) "uatese sobre literatura e identidade romani :cigana< foi aprovada em /ul'o na #n$:#niversidade de $raslia

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    Naquela poca, estvamos na $olvia, trabal'vamos com ouro, ento se iamuito a .otos) "a com a bagagem que tin'a, algum ouro) 5ambm sabia lermos, colocava cartas, era a min'a ferramenta de sobreviver)

    uando a gente rom= a denominao que os ativistas usam, a gente no usa

    o termo !cigano!, trabal'a desde criana) 6ui pal'acin'a de circo, vendiacoisas na rua) Nossa formao para saber se virar na vida)

    4 grupo sempre re/eitou a escrita, o letramento, a escolarizao dos fil'os) 3opo por isso era para no se aculturar, para que o grupo sobrevivesse, apesarde todas as perseguies e tentativas de genocdio cultural e tnico)

    No se sente a escola como obrigat&ria) 3lguns at tin'am noo de que seriabom ter algum que soubesse ler ou escrever no grupo) 8as no ficarestudando)

    0u pude ir) 3o frequentar a escola, comecei a tomar gosto) 6altava muito =saulas, mudava muito de escola, porque tin'a uma vida n2made)

    .or estar sempre via/ando, nem sei bem onde nasci)

    uando criana, alguns vel'os me diziam que 'avia sido em uma estrada na3rgentina, outros diziam que essa estrada era na $olvia, outros que 'avia sidono $rasil) 4 que importava que tin'a sido em uma estrada)

    3os dez anos, estando no $rasil :de onde sa e para onde voltei diversas vezes

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    0studo mostrou que %olocausto levou a mudana gentica em descendentes

    , #. ):%, ) $/#! "#$ !#*) % 7% %;(%*

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    3 equipe estava especificamente interessada em uma regio de um geneassociado = regulao dos 'orm2nios de estresse, sabidamente afetado portraumas) !"e existe um efeito de trauma transmitido, ele teria de envolver umgene relacionado ao estresse, que d forma = maneira pela qual lidamos com onosso ambiente!, disse (e'uda)

    0les encontraram marcadores epigenticos na mesma parte desse gene tantonos sobreviventes do %olocausto quanto em seus fil'os) 3 mesma correlaono foi identificada nos membros do grupo de controle e seus fil'os)

    .or meio de uma anlise gentica posterior, a equipe descartou a possibilidadede que as mudanas epigenticas resultassem de traumas sofridos pelos fil'os)

    !3t onde sabemos, isso oferece a primeira demonstrao, em seres 'umanos,da transmisso de efeitos de estresse anteriores = concepo que resultam emmudanas epigenticas tanto nos pais expostos quanto em seus descendentes!,

    disse (e'uda)

    TOSTO

    Gol do Brasil - 7 a 2

    E$(#!)-$% %/.*% ./)$, :)>#)*%$ % "(*%/$# ) )/%.) % 7%=)!#/.% ()% "#*#* % :)>#* &.%+)!

    4 rodzio de /ogadores uma boa conduta, uma necessidade, uma 'ist&ria devida, como disse o 'umanista 7arlos 4sorio, por valorizar todos os atletas,desde que no se/a exagerado, no mude radicalmente o sistema ttico e que oelenco ten'a dois /ogadores do mesmo nvel em quase todas as posies) Fescalar /ogadores em funes que no se/am as que sabem executar no moderno, no depende da cultura esportiva de um pas e est errado, no $rasil eem todo o mundo)

    Usso diferente de treinar com alguns /ogadores fora de posio como fazemalguns tcnicos, como Suardiola, para que eles, durante a partida, quando

    estiverem fora de suas funes, executem bem o que necessrio, como umvolante, quando entra na rea, para fazer um gol) Usso importante, poisacontece com frequCncia)

    Gucas Gima tem /ogado muito) 3 d1vida se ele, na seleo ou em um grandetime do futebol mundial, bril'aria tanto) 3 maioria dos atletas que saem de umaequipe mdia :o "antos um time mdio em relao aos grandes da 0uropa++W

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    3nna 8uHlaert elogia o !museu de gestos e posturas! exibido por 7as ao darvida = personagem) !0la reproduzia tudo como num bal!, conta a diretorapaulistana, tambm ela uma patroa, que teve uma bab na infKncia)

    !Gembro da min'a agonia um dia, criana, quando me pediram para desen'ar a

    famlia e eu no sabia se inclua a bab ou no no desen'o)!

    3 vontade de retratar a !invisibilidade! culminou num longa que comparado aoutro drama social, !7asa Srande! :>+?O

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    4 que era uma situao com relaes inconscientes :ou quase< de dominao esubmisso evolui para um inc2modo drama de 'er&is e viles, ao qual nofaltam as 'abituais paixes entre ricos e pobres, aes perversas da patroa etc)

    4 que se esboa ali a tentativa de um cinema de compromisso, em que a

    autora no abdica da sutileza minimalista de seu estilo, mas introduz um poucodo, digamos, !novelismo! da Slobo 6ilmes)

    Desse compromisso pode resultar uma educao do gosto de um p1blicolimitado 'abitualmente a consumir formas muito desgastadas da convenonarrativa, ou a re/eio por esse p1blico da ambiguidade que ele preserva)

    3 resposta vir, em boa parte, da relao que Regina 7as e seu personagemconseguirem estabelecer com o espectador neste que certamente o filme maisarriscado de 3nna 8uHlaert, pela ambio, mas tambm, talvez, o menos s&lido)

    FOCO

    Domsticas se emocionam em pr-estreia do longa em SP

    GABRIELA S PESSOADE SO PAULO

    !E real, muito real!, murmurava baixin'o uma mul'er, ol'os mare/ados,sentada duas poltronas atrs da reportagem no 7ine $elas 3rtes no 1ltimodomingo :>O

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    Longa sobre desfile da grife criado em dois meses parece operao publicitria

    ELEONORA DE LUCENADE SO PAULO

    !Dior e 0u!, documentrio sobre o primeiro desfile do estilista Raf "imons paraa grife, uma operao de marJeting) 6las'es de determinao, ousadia ecriatividade so embalados para tentar vender a imagem de uma marca que serenova sem perder as razes con'ecido adgio da publicidade)

    0m >+??, a empresa do lendrio 7'ristian Dior foi abalada pelo escKndaloprovocado pelas declaraes racistas e antissemitas de seu ento estilista, Fo'nSalliano, demitido com estardal'ao)

    4 belga Raf "imons entrou em seu lugar com a tarefa de, em dois meses, colocaruma nova coleo na passarela) 4 filme, de 6rdric 5c'eng, mostra imagensfiltradas dos bastidores desse desafio)

    4 novo estilista aparece confraternizando com funcionrios, fazendo exigCncias,cobrando prazos e buscando inspirao em museus) 6az o gCnero do executivoperfeccionista e sensvel)

    3pesar de ser a estrela oficial do documentrio, "imons no a personagemmais interessante) Duas sen'oras que c'efiam a turma de costureiras gan'am acena) 6lorence 7'e'et e 8onique $aillH surgem sem glamour, mas com umadose maior de realidade)

    5rabal'am ali ' dcadas) .arecem con'ecer todos os escanin'os do lugarXdemonstram paciCncia para c'iliques e extravagKncias) .ena que o diretor noten'a se detido nessas duas e em outros trabal'adores da oficina)

    Na rotina da Dior, os funcionrios se dividem entre o cronograma do estilista eos interesses dos clientes bilionrios, que gastam ] LP+ mil por coleo) 3 fitainveste em certo conflito interno mas nada que arran'e os neg&cios)

    3 labuta do corta-corta, costura-costura tanta que se fica pensando porque agrife no contrata mais costureiras para atender a demanda) uesto de

    economia9

    0sse um dos pontos pouco explorados do filme, que cita superficialmente umapreocupao com custos) 3o mesmo tempo, din'eiro parece no ser problemapara a montagem do desfile, que cobriu com flores frescas as paredes de umcasaro) 4b/etivo maiorI ter foto publicada em revista, criar uma imagemoriginal a qualquer preo)

    4 documentrio vai rodando sem mostrar o con/unto da coleo s& fiapos)5enta criar certa tenso com mudanas de 1ltima 'ora, trabal'o pelamadrugada at um casaco pintado com spraH para no estourar prazos)

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    8as sabe-se desde sempre que tudo vai acabar bem) 3final, se tivesse sidodiferente o documentrio simplesmente no existiria)

    MARCELO COELHO

    Dentes em pandarecos

    D%()"%/.)$ ")$.*#" 7%, /# =%!%, S#*.*% (*)*# /)*##!$") $%>*%) # :=%/.%

    .erto dos W+ anos, / aposentado, o professor universitrio sente que caiu afic'a, depois de tomar alguns copin'os de vodca) 0le mal estava seacostumando com a vida adulta e se vC, de repente, como um ancio)

    "e o dentista no recuperar direito aquele dente do fundo, que balanava, logoc'egaria a 'ora drummondiana das !dentaduras duplas!) Nosso personagemno con'ecia, por certo, os versos do poeta mineiroI !Dentaduras duplas[@))) @"erei casto, s&brio,@ No vos aplicando@ Na deleitao convulsa@ De uma carnetriste@ 0m que tantas vezes me perdi!)

    "&brio, o professor universitrio 3ndr est longe de ser) E um dosprotagonistas do curto romance !8al-0ntendido em 8oscou!, de "imone de$eauvoir) 4 livro, escrito em ?WW@W*, permaneceu muito tempo indito na6rana e sai agora no $rasil pela editora Record)

    4 professor que se descobre repentinamente vel'o, e exagera no lcool e nocigarro, foi claramente inspirado em Fean-.aul "artre :?+P-?A+

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    "em muita mediao, o recurso = !violCncia revolucionria! entra na conversa)3ndr Sorz pergunta a "artre se no era complicada uma revoluo como a de7uba, feita a partir !do alto! por um grupo armado)

    "artre mais ou menos d de ombros) ue se apoie a revoluo, sugere, at a

    'ora em que comear a no dar certo) 0logia em seguida o pro/eto c'inCs :a6rana de ?*+ l'e parece uma sociedade !abominvel!

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    FOLHA 27-08-2015

    JOS TADEU JORGE

    O comeo do fim

    Professor em un!ers"#"e fe"er#$ %o"e n'#r (er(# "e R) 12 m$ #m#s "o *ue um "o(en+e "e mesmo n,!e$ em un!ers"#"e es+#"u#$%#u$s+#

    No por acaso que USP e Unicamp so as melhores universidades da AmricaLatina e se situam, juntamente com a Unesp (Universidade Estadual Paulista

    "!lio de esquita #ilho"$, entre as melhores do mundo% Um &ator decisivo paraconquistar suas posi'es destacadas &oi o processo de autonomia comvincula'o or'ament)ria iniciado no ano de *++%

    -esde ento, responsa.ilidade, compromisso social e planejamento tornaram/se princ0pios &undamentais dos projetos dessas universidades, propiciandoindicadores de qualidade e produtividade muito acima da mdia nacional%

    A carreira de um pro&essor universit)rio em institui'es p!.licas .aseada nomrito% Nas universidades estaduais paulistas s1 poss0vel in2ressar porconcurso p!.lico e depois da o.ten'o do t0tulo de doutor% Um pro2rama dedoutorado e3i2e, no m0nimo, de quatro a cinco anos de intensa dedica'o% 4car2o &inal da carreira o de pro&essor titular, alcan'ado por cerca de 567 dospro&essores ap1s 86 a 89 anos, em mdia%

    Ao lon2o desses 8: anos de autonomia plena, as universidades p!.licaspaulistas esta.eleceram uma carreira atrativa, condi'o indispens)vel paraconquistar a lideran'a qualitativa que hoje ostentam% Sem contar com osmelhores pro&essores e pesquisadores jamais teriam conse2uido che2ar aosn0veis de qualidade que hoje ocupam%

    ;odo esse cen)rio, constru0do com muito es&or'o e dedica'o, come'a a ruir%Uma sequ vala comum dos servi'os p!.licos .urocr)ticos e pouco quali&icados%

    A rai= dos acontecimentos pode ser identi&icada em uma mudan'aconstitucional aprovada em 866?, desrespeitando o conceito .)sico da pr1pria@onstitui'o, que permitiu tetos salariais distintos para atividades,&undamentalmente, i2uais%

    ;anto a @onstitui'o #ederal, com a Lei de -iretri=es e ases da Educa'oconsa2ram o car)ter nacional da educa'o% No h) distin'o entre

    universidades &ederais e estaduais% Pelo contr)rio, os te3tos le2ais destacam anecess)ria articula'o e inte2ra'o entre os di&erentes sistemas e n0veis%

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    ;rata/se de conceito id

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    Esse notici)rio incessante esti2mati=a o rasil de pa0s essencialmente corrupto,com institui'es displicentes, despreparadas, incompetentes e, talve=,coniventes% Para manter a aten'o da popula'o, parte da imprensa .rasileiraeleva o tom, o que lhe &a= correr o risco de resvalar para a intolerJncia, atrucul pocanin2um co2itava os &atos apurados pela 4pera'o Lava ato% as no importaque nin2um sou.esse que a o&erta poderia ter rela'o com al2um crime%

    A pr1pria in&orma'o, ali)s, inveross0milG por que al2um tentaria "lavar"dinheiro por meio de uma i2reja que no contrata consultorias, palestras eservi'os a&insK @omo se daria essa trian2ula'oK

    As doa'es &oram &eitas em ?* de a2osto de 86*8% ;eriam sido usadas para a

    compra de votos em &avor de um deputado% Naquele ano, porm, o deputadono disputou elei'o al2uma% A i2reja no sa.ia que o doador poderia estarenvolvido em ne21cios escusos nem rece.eu recursos em troca de apoioeleitoral%

    4 !ltimo @enso do ME, de 86*6, mostrou que Assem.leia de -eus tinhanaquele ano *8 milhes de mem.ros espalhados pelo territ1rio .rasileiro% Sode=enas de milhares de templos e centenas de milhares de pastores, di)conos eo.reiros% No justo atin2i/los, na &i2ura de seus l0deres% Nenhum deles sa.ianada so.re o pre'o de navios/sonda coreanos super&aturados encomendadospela Petro.ras%

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    Acusa'es apressadas e desca.idas se tornam avalanche de in&Jmia e cal!nia,detratando a honra de inocentes e estra'alhando o mais sa2rado dos direitos, orespeito > di2nidade da pessoa humana%

    AR.ELO .R/ELLA, 9D, .ispo licenciado da i2reja Universal do Beino de

    -eus, senador pelo PB/B% #oi ministro da Pesca e Aquicultura (2overno-ilma$

    ERARDO ELLO FRA.O

    O duelo que no houve

    RAS9L/A/ I) tempos uma sesso no era to a2uardada no Senado% Antesdas de= da manh, um .atalho de jornalistas e assessores j) se acotovelava na

    sala da @omisso de @onstitui'o e usti'a% Nin2um queria perder o em.ate de#ernando @ollor com o procurador Bodri2o anot%

    4 investi2ado estimulou a e3pectativa por um duelo com o investi2ador% @he2oucedo e se instalou na primeira &ila, de &rente para a cadeira reservada aoprocurador% @omo um ator concentrado em seu papel, esperou calado, com ae3presso &echada e os olhos injetados e &i3os em anot%

    4s se2uran'as o.servavam seus poucos movimentos com tenso% @ollorrepetiria o pai, tam.m senador, que atirou e matou um cole2a no plen)rioK Apol0tica .rasileira no se civili=ou tanto desde *+:?% 4 e3/presidente ocon&irmou nas !ltimas semanas, ao chamar o procurador de "&ilho da puta" natri.una%

    4 suspense durou quase tr

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    AR.ELO .OELHO- (oe$'ofs%J#n?>@ n#s##+n#3 Es+#!#-se %er+o "e #+#*ues %esso#s

    4 senador #ernando @ollor (P-/AL$ sem d!vida um "ponto &ora da curva"na pol0tica .rasileira% -o PS4L ao -E, passando por tucanos e petistas, em2eral &oi tranquila a sesso que analisou, na @omisso de @onstitui'o e usti'a(@@$ do Senado, a recondu'o de Bodri2o anot > Procuradoria/eral daBep!.lica%

    S1 que, depois do aud0vel "&ilho da puta" com que 3in2ou anot na tri.una,

    @ollor era sem d!vida o interro2ador mais esperado da tarde% -enunciado na4pera'o Lava ato, o e3/presidente no diri2iu diretamente a palavra aoinimi2oQ a seu modo arrevesado, s1 se re&eria a Bodri2o anot ("an1",pronunciava ele$ na terceira pessoa%

    No errou quem esperava o pior% Estava/se perto de ataques pessoais% anotnomeou uma assessora para o cerimonial do inistrio P!.lico que no tinhadiploma superior% Oue interesse haveria com essa nomea'oK "Mnteresse p!.lico que no", insinuou o senador de Ala2oas%

    ais uma% Na dcada de *++6, anot "homi=iou" ("escondeu"$ um parente que

    era procurado pela Mnterpol% @ollor deu o endere'o do condom0nio em que o talparente &icou a.ri2ado% @omo al2um do P pode dar apoio a um procurado dapol0ciaK

    A resposta de anot teve impacto% "Era meu irmo%" No &alarei, acrescentou oprocurador, de al2um que no pode se de&ender% Sim, pois o irmo de anot j)&aleceu% #ace a tal resposta, as emo'es do espectador tenderiam naturalmente ase inclinar em &avor de anot% @omo @ollor poderia voltar > car2a depois derevela'o to &orteK E3atamente por sa.er que era seu irmo, disse o senador,no quis citar o 2rau de parentesco%%% Ouem puder que acredite nesse escr!pulode delicade=a%

    4utras d!vidas, como o alu2uel de uma manso pelo P, que depois teve de serdes&eito, e a contrata'o de um assessor que teria prestado servi'os ">campanha" de anot > Procuradoria, &oram levantadas no apenas por @ollor%;ratados esses pontos, a sa.atina percorreu caminhos mais doutrin)rios%

    A presidente pode ser investi2ada por atos cometidos no primeiro mandatoK Aper2unta &oi de Bonaldo @aiado (-E/4$% anot citou deciso do Supremo;ri.unal #ederal% Se decidiram que ela no pode ser responsa.ili=adacriminalmente, a investi2a'o no &a= sentido%

    @om .oa dose de calor ret1rico, ader ar.alho (P-/PA$ &ormulou umaquesto v)rias ve=es levantada por advo2ados da Lava ato% R justo soltar um

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    acusado quando este se dispe > dela'o premiada e dei3ar os outros "mo&andona cadeia"K @omo 2arantir a espontaneidade da dela'o, quando o jui= podepressionar um acusado ao mant

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    empres)rios com o vice e estaria .uscando evitar que ele ocupe espa'os que elaconsidera seus na interlocu'o com o empresariado%

    A rela'o entre -ilma e ;emer &icou estremecida desde que ele a&irmou que"al2um" precisava uni&icar o pa0s% A &ala &oi interpretada por petistas como uma

    tentativa dele de se credenciar para a va2a de -ilma em caso de impedimento deseu mandato%

    No jantar com empres)rios, -ilma reconheceu aos presentes a di&iculdade doatual momento da economia% -estacou ainda como preocupantes as recentestur.ul

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    No v0deo de 9: se2undos, ele aparece er2uendo uma pistola e a2uardandoal2uns momentos at come'ar a disparar > queima/roupa contra os jornalistas%

    A rep1rter Alison ParTer, 85, e o cine2ra&ista Adam ard, 8D, morreram nolocal% A mulher que era entrevistada no momento do crime, icT ardner, :*,&icou &erida mas so.reviveu e estava em situa'o est)vel at a concluso desta

    edi'o%

    4 autor, identi&icado como ester #lana2an, 5*, atirou em si pr1prio ap1s serperse2uido por policiais em uma estrada da ir20nia e morreu horas depois numhospital

    #lana2an, que usava o nome de rce illiams quando atuou como rep1rter de;, dei3ou uma espcie de mani&esto que es.o'a al2uns dos motivos de suaa'o% Em &a3 > rede de ; A@ duas horas ap1s o crime, ele se quei3a dediscrimina'o e assdio por ser ne2ro e 2a no tempo em que tra.alhou no canal

    -, de onde &oi demitido em 86*?%

    Nas redes sociais, ele j) havia ale2ado que a rep1rter Alison havia &eitocoment)rios racistas contra ele e que o cine2ra&ista ard se quei3ara dele aoBI da empresa%

    Um dos &atos que o motivaram a praticar o crime, se2undo o &a3, &oi o massacreque dei3ou nove ne2ros mortos em uma i2reja de @harleston, na @arolina doNorte, em junho, cometido por um supremacista .ranco% Ele conta que comproua arma dois dias depois do epis1dio%

    "inha raiva estava crescendo%%% Eu &ui um .arril de p1lvora por um tempo%%% s1

    esperando para 44"

    A emissora -, um pequeno canal na ir20nia, descreveu #lana2an como"di&0cil" e que &oi demitido pelos acessos de raiva% Na poca de sua demisso, j)temendo rea'es e3tremas contra os cole2as, a empresa ordenou que a reda'o&osse esva=iada quando #la2anan &oi l) para limpar suas 2avetas%

    4 crime reacendeu o de.ate so.re porte de armas nos EUA% "4 que sa.emos que o n!mero de pessoas mortas em incidentes com armas de &o2o neste pa0storna pequenos os n!meros de mortes por terrorismo", disse o presidentearacT 4.ama%

    .L/S ROSS/

    O drago ferido e o Brasil

    A o%#("#"e "e "+#"ur#s (omo # ('nes# f# (om *ue %ro$ferem!erses *ue !o "o en #o %es#"e$o

    A melhor avalia'o da tur.ul

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    "Nin2um tem a menor ideia do que est) acontecendo"%

    R naturalG toda ditadura se move em um am.iente de opacidade que di&icultauma avalia'o correta da realidade%

    -essa impossi.ilidade, sur2em avalia'es que vo de um e3tremo, apocal0ptico,ao oposto, uma rea'o =en% E3emplo desta !ltima est) no .lo2ue"-esmisti&icando a &inan'a", inserido no "onde"G

    "4 mundo no est) na imin

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    \inli acrescenta um se2undo &ator ne2ativo, a de&la'oG "Nosso 0ndice de pre'osao consumidor tem decrescido nos !ltimos *5 meses% Msso jo2a )2ua &ria noentusiasmo do investidor e leva a massacrantes previses econHmicas"%

    R uma 1.via m) not0cia para o mundo, j) que a @hina representa hoje *97 da

    economia mundial% Para o rasil, que j) cam.aleia, pior ainda, uma ve= quequase 867 de suas e3porta'es vo para uma economia em desacelera'o e, porisso, menos compradora%

    FO.O

    Morre de cncer aos 42 mulher que se tornou smbolo do 11 de Setembro

    DAS AGNCIAS DE NOTCIAS

    arc orders, a mulher que aparece co.erta de p1 em uma &oto que marcou odesespero das v0timas dos ataques de ** de setem.ro de 866* em Nova VorT,morreu de cJncer no estHma2o, anunciou sua &am0lia nesta quarta (8:$%

    orders morreu na se2unda, dia 85, aos 58 anos% Ela tinha 8 no momento dosataques e tra.alhava havia apenas um m

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    "Ainda vivo com medo% No consi2o pensar que estava l), naqueles prdios/alvo", disse ela > a2

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    PM ignora fora-tarefa e cria mal-estar em apurao sobre chacina

    Policiais civis escalados pelo secret)rio da Se2uran'a t revelia dos inte2rantes da &or'a/tare&a criada pelo 2overno eraldo AlcTmin (PS-$ justamente para investi2aros assassinatos%

    Entre se3ta (8*$ e s).ado (88$, a P apresentou dois pedidos de .usca eapreenso contra * policiais e um se2uran'a particular suspeitos deenvolvimento nos assassinatos em 4sasco e arueri, na noite do !ltimo dia *?%

    4s pedidos &oram atendidos pela ;ri.unal de usti'a ilitar e, assim, a@orre2edoria apreendeu o.jetos que podem ajudar no esclarecimento doscrimes% ;udo isso, porm, sem o conhecimento dos inte2rantes da &or'a/tare&a,todos eles de di&erentes departamentos da Pol0cia @ivil%

    Essa iniciativa isolada da P irritou mem.ros desse 2rupo% Na viso deles,

    alertou eventuais suspeitos e pode ter atrapalhado a apura'o%

    ^ Fo$'#policiais dessa &or'a/tare&a disseram ter &icado sa.endo das .uscasreali=adas pela P apenas quando a imprensa j) divul2ava seus resultados eque at a2ora desconhecem os o.jetos apreendidos na a'o%

    Ainda se2undo esses policiais, alm de a&oita, a @orre2edoria da P no poderiater tomado a &rente dessas apura'es at por compet

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    No dia *5 deste m

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    E h) outra solu'o para este pa0s seno come'ar tudo de novo, o que si2ni&icatentar reconstruir o sistema p!.lico de ensino, desmontado pela ditaduramilitar e lamentavelmente no reconstru0do pelos incompetent0ssimos 2overnoscivisK E por onde que se come'a essa reconstru'oK Pelo come'o, 1.vio E ocome'o a educa'o .)sica, em que talve= se consi2a ensinar aos nossos &uturos

    adultos um pouco do que necess)rio para ser minimamente esclarecido,l!cido, educado, civili=ado `sens0vel e racional, ao mesmo tempo%

    No &oi s1 na educa'o que no &omos capa=es de avan'ar e_ou de re&a=er o quea ditadura arruinou% Na se2uran'a p!.lica a situa'o a mesma% Esto a0 asintermin)veis chacinas comandadas por policiais para provar que a cultura da

    viol

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    # dos ;its e dos En2enheiros do Ia]aii, um jui= 2a!cho decidiu montar uma.anda tendo como parceiros jovens que ele mesmo condenou por crimes comotr)&ico, rou.o e at homic0dio%

    A .anda, chamada Li.erdade, se apresenta no p)tio do @ase (@entro de

    Atendimento Socioeducativo$ de Passo #undo, onde os adolescentes estointernados, e em outros locais, so. escolta%

    A &orma'o no &i3a, porque os m!sicos so li.erados ap1s cumprir a medidasocioeducativa%

    Boqueiro, o jui= -almir #ranTlin de 4liveira !nior, que h) oito anos atua naara da Mn&Jncia e da uventude, di= que por ve=es tam.m cede aos pedidosdos internos e arrisca no sertanejo, o ritmo pre&erido dos meninos%

    4 jui= a&irma que nunca en&rentou pro.lemas com os 2arotos na .anda, mesmo

    os que, em um primeiro momento, se sentiram injusti'ados com a penaimputada%

    Msso porque, para conse2uir uma va2a na percusso ou na 2uitarra, preciso ter.om comportamento% -os D6 a 6 internos do @ase, cerca de 89 participam dasaulas de m!sica do projeto e conse2uem um lu2ar na .anda%

    ";em um respeito rec0proco 2rande", conta o jui=, para quem a .anda ensinaresponsa.ilidade, j) que nela "cada um tem sua &un'o"%

    -almir, ?+, come'ou a tocar teclado num 2rupo quando tinha *: anos% No

    repert1rio, m!sicas do Le2io Ur.ana e, claro, dos En2enheiros%

    "A m!sica tem ampla aceita'o social e d) outra etiqueta a esses jovens, permiteque eles sejam vistos por outro vis que no o da delinqu

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    E3/inte2rante da .anda, onde tocava repenique (tipo de percusso$ e violo,4svandr on'alves de Assis, *+, entrou no @ase aos *: anos por crimes comotr)&ico%

    "Sempre quis aprender% A2ora sei tocar o .)sico", conta ele, que est) em

    li.erdade h) poucas semanas e dei3ou o projeto%

    "Perce.emos uma 2rande mudan'a nele", di= o jui=, que sonha com umae3tenso do projeto &ora do @ase, para acolher e2ressos como Assis%

    Ouando rece.eu a senten'a, o rapa= tinha estudado s1 at a quarta srie do&undamental% No @ase, concluiu o ensino mdio% "Ouero &a=er direito e seradvo2ado", di= ele, que tra.alha em um supermercado e &a= planos de continuartocando%

    /LUSTRADA E ./A DA HORA

    MC Pedrinho volta enquadrado aps acordo no Ministrio Pblico

    Mnstitui'o li.era sho]s do &unTeiro mirim, mas s1 em matin

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    4 2aroto tam.m no poder) estar desacompanhado dos pais ou respons)veisem suas apresenta'es, e cada uma delas precisar) ser autori=ada pela usti'ado ;ra.alho%

    A deciso atendeu um pedido da Promotoria de usti'a de Santana, re2io onde

    os aia ;empester residem% R a ela que, nos pr13imos seis meses, Pedrinho ter)de provar que mudou para valer%

    Suas m!sicas, a partir de a2ora, s1 podem apresentar "conte!dos art0sticospr1prios >s &ai3as et)rias de crian'as e adolescentes", sem "qualquer conte!doo.sceno ou porno2r)&ico"%

    4u seja, &icam de &ora sucessos do @, como "-om dom dom" (que e3alta odom da "novinha" de &a=er "um .oquete .om"$, "Planeta da Putaria" e"Se3olo2ia"%

    Em caso de descumprimento, ca.er) multa de BC 96 mil a cada sho] oureprodu'o inapropriada e de BC 9 mil por dia de atraso na retirada doconte!do indevido, inclusive das redes sociais%

    uninho Love, empres)rio do 2aroto, conta > Fo$'#que a produtora B:, quecuida da carreira de Pedrinho, vai "a2ir de acordo com o que &oi com.inado"com o inistrio P!.lico% "Sim, mudou tudo, tudo", di= ele%

    4 retorno do @ aconteceu o&icialmente na noite de quarta (8:$, >s *+h?6,quando o clipe de sua nova m!sica, "enino Sonhador", &oi ao ar no Vou;u.e%"R a hist1ria real da vida dele", di= uninho%

    So.re um menino que desejava ser @, os versos do retorno de Pedrinho &alamG"Era uma ve= um menino sonhador_ orava toda noite pedindo para o Senhor_queria dar para a &am0lia o melhor de mim"%

    -esde ter'a (89$, o &unTeiro tenta conter a ansiedade das "pedrin)ticas", comoso chamadas suas &s, nas redes sociais, das quais andava a&astado% "@alma queeu vim para &icar", pu.licou anteontem no #ace.ooT, com v0deo que anunciavaseu retorno%

    A deciso &inal &ica a car2o do inistrio P!.lico, que reali=ar) nova audi

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    4s tra.alhadores ro'avam a ve2eta'o ao redor do arroio (rio$ -il!vio, quandoo ve0culo invadiu a )rea de se2uran'a demarcada por cones%

    4 carro atin2iu Luis Eduardo unho=, ?9, e ;ia2o Santos, ?6% Eles se2uravamas redes que impedem que pedras e 2rama atinjam os ve0culos% unho= est)

    internado em estado 2rave% Santos &oi levado ao hospital, mas morreu%

    4 motorista, AmJncio Antunes #ilho, ::, no estava em.ria2ado, se2undo ari2ada ilitar (a P 2a!cha$, que reali=ou o teste do .a&Hmetro% A di= que poss0vel que o homem tenha tido um mal/estar ao volante%

    4s 2aris, revoltados, empurraram o carro para o canal de )2ua% 4 motorista saiudo ve0culo antes%

    Se2undo Sidnei arques, coordenador de Se2uran'a do ;ra.alho da@ootravipa, empresa que presta servi'o para a pre&eitura, unho= &oi arrastado

    por 96 metros% arques di= que todos usavam equipamentos de se2uran'a eque a )rea estava sinali=ada%

    4 departamento municipal de limpe=a ur.ana disse que "lamenta o ocorrido ea2uardar) a per0cia para a tomada ou no de provid

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    que, alm das .rincadeiras, pais e estudantes no dei3em de ler o materialcient0&ico que e3plica os &enHmenos% "4u ento ele vai &icar apenas se divertindo%4 que j) muito .om", .rinca%

    ais in&orma'es so.re a e3posi'o em @ampinas podem ser encontradas

    em3(or"#$u3m(3un(#m%3r%

    TV pirata

    #uncion)rios da Bede lo.o vendem cap0tulos de novela para outros ve0culospor at BC ?%666 mensaisQ canal se mo.ili=a para manter secreto &inal deYa.ilHniaY, amanh

    CHICO FELITTIENVIADO ESPECIAL AO RIO

    I) uma novela se desenrolando h) anos no Projac, metr1pole ceno2r)&ica dalo.o, no Bio, e que no tem pra=o para terminar% Se essa trama tivesse umnome &antasia, seria al2o na linhaG "A #u2a dos #inais" ou "Pa2a que te @onto"%#uncion)rios do canal tra&icam roteiros das novelas da emissora e os vendempara revistas e sites, que pa2am de BC *%666 a BC ?%666 mensais e ostrans&ormam em not0cia%

    A reporta2em conversou com dois empre2ados 2lo.ais que se dispuseram a &alarso.re a rotina de va=amento das in&orma'es, contanto que seus nomes &ossemomitidos%

    Um tcnico com mais de uma dcada de empresa relata que repassa os roteirosh) cinco anos% Se2undo ele, no di&0cil, mas deu muito medo na primeira ve=que &e=%

    4 &uncion)rio conta que na poca no tinha celular com cJmera para &oto2ra&aro roteiro, como &a= hoje, ento precisava &otocopiar centenas de p)2inas porsemana%

    4 "pirata" repassa o material para um ami2o promoter que, por sua ve=, ne2ocia

    com os ve0culos% @ada parte &ica com 967 do valor mensal% Esse intermedi)rioencaminha os calhama'os (impressos ou em arquivo de P-#, de acordo com o2osto do cliente$ para os ve0culos de comunica'o%

    @ada revendedor tem ao menos tr totalidade do mercado% Um dospiratas a&irma que apenas um ve0culo compra "M Love Parais1polis", a novela

    2lo.al das *+h% Ele aponta a revista ";ititi", da editora @aras, como sua maiorcliente% Procurada, a ";ititi" no quis se pronunciar%

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    4utro pirata disse que seu maior parceiro comercial o site "Not0cias da ;",hospedado no portal U4L, do rupo #olha, que edita a Fo$'#%

    "No verdade que o YNot0cias da ;Y compra cap0tulos de novelas da lo.o",a&irma o editor -aniel @astro, que no entanto con&irma rece.er a 0nte2ra dos

    epis1dios de &ontes secretas%

    Se2undo ele, os roteiros v

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    com identi&ica'o di2ital% 4s contratos de &uncion)rios preveem multas demilhes de d1lares em caso de pirataria%

    SEGREDOS

    alcr @arrasco conse2uiu manter o se2redo do .eijo 2a que encerrou "Amor >ida", em 86*5, at minutos antes de o cap0tulo ir ao ar, conta suas t)ticas paraevitar va=amentos% 4 autor di= que .om ter um relacionamento pr13imo comtodos os envolvidos nas &ilma2ens% "-epende muito do compromisso que vocs livrarias do pa0s com tira2em inicial de 96 mil e3emplares%

    "), @oloque um i2ia" teve tira2em inicial de 8 milhes, lo2o ampliada para ?,?milhes% Na primeira semana, vendeu *,* milho nos EUA e no @anad), se2undoa editora Iarper @ollins%

    .R9T/.A ./EAMANO

    'Hitman - Agente 47' verso piorada de 'Misso Impossvel'

    CSSIO STARLING CARLOSDO CRTICO DA FOLHA

    A estreia, com duas semanas de intervalo, de dois &ilmes de a'o em que aor2ani=a'o do mal tem o mesmo nome, Sindicato, no mera coincid

  • 7/23/2019 FOLHA JUL 4

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    No entanto, essa dinJmica peculiar dos jo2os no &unciona em um lon2a% 4&lu3o lo2o se torna repetitivo, pois o espectador no pode escolher nem tomardecises%

    4 pro.lema aqui o mesmo da maioria dos &ilmes adaptados de 2ames%

    Enquanto a vanta2em dos jo2os interatividade e imerso, no cinema o jo2ador&ica na posi'o idiota de quem olha, quer participar e nin2um dei3a%

    .OTARDO .ALL/GAR/S

    Fim de semana no Rio

    A %o$,(# "e!er# ser # %rmer# r#n+# "e noss# $er"#"e #(ome4#r %e$# "e (r(u$#r %e$# ru# sosse"os

    No &im de semana passado, um casal &oi nosso h1spede, em So @onrado, Bio deaneiro% A secretaria de Estado de Se2uran'a a&irma que "no Bio ainda h) )reascom 2uerra"Q no sei se So @onrado uma delas%

    Na se3ta, >s 8*h?6, o casal &oi assaltado na &rente da portaria do condom0nio%@en)rio tradicionalG dois caras de moto, um desce e aponta a arma%

    No caso, o ladro pediu a senha dos celularesG meia hora mais tarde, nossosami2os entraram on/line para apa2ar seus celulares pelo aplicativo de .usca (noi@loud$ e desco.riram que um dos tele&ones j) tinha sido retirado da lista dosaparelhos que eles podiam controlar%

    4s se2uran'as do prdio s1 intervieram para evitar que outros moradoressa0ssem na rua naquela hora e &ossem tam.m assaltados% No estranheiG elesno esto armados%

    as estranhei, sim, que os se2uran'as no chamassem a pol0cia nem na hora,enquanto assistiam a um assalto que durou minutos (pedindo a mochila,escrevendo as senhas dos celulares etc%$, nem depois, quando as v0timasentraram no prdio%

    4 estranhamento continuou ao constatar que nossos ami2os, uma ve= em casa,no se precipitaram para tele&onar para o *+6% Ali)s, desco.ri na ocasio quenin2um sa.ia qual era o n!mero certoG *+6K *+8K *+?K Por que memori=ar umn!mero de emer2

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    seja o tempo de resposta, mas nossa certe=a 2enerali=ada de que a resposta a umapelo ser) inadequada ou nula%

    4s ami2os no li2aram, a portaria do prdio no li2ou, eu no li2ueiG nin2umachou que valesse a pena%

    Se eles no precisassem de um .oletim de ocorrs 88h da noite do assalto, os mesmos .andidos estavam nomesmo lu2ar, assaltando de novo% Se al2um tivesse li2ado, isso noaconteceria%

    4s ami2os quiseram antecipar sua volta a So Paulo% Para remarcar a passa2em,

    a companhia area pediu BC 66 para cada um, apesar de o %4% atestar quetinham perdido dinheiro e cartes de crdito%

    Se eles &ossem estran2eiros, sem ami2os no Bio, esperariam sua em.ai3adaa.rir na se2undaK Ser) que as companhias areas no deveriam ter uma pol0ticaami2)vel com quem veio visitar a cidade e levou uma arma na caraK

    En&im, no s).ado > noite, nossos ami2os voltaram para a dele2acia (elesprecisavam de uma c1pia do %4%$% Eu os acompanhei, >s 8?h?6%

    A dele2acia (85h$ estava trancada, &i=emos 2estos pela porta de vidro, no meio

    da qual uma mo ensan2uentada dei3ara um rasto sinistroQ um policial civil deplanto veio a.rir, com a arma en&iada no .olso da cal'a, .em ao alcance damo 2entil, mas descon&iado, como al2um que no e3clui a possi.ilidade deum ataque%

    No Bio, no primeiro semestre de 86*9, o n!mero de mortos por policiaisaumentou 88,7% R muito% No mesmo per0odo, em So Paulo, o n!mero depoliciais mortos em servi'o aumentou de +7, em 86*5, para **7 (quase amesma percenta2em$% ;am.m muito%

    bltima hora% A ** dele2acia aca.a de contatar nossos ami2os, pedindo para elesreconhecerem um dos .andidos%

    A mil0cia, corrupta e violenta, uma or2ani=a'o criminosa de .andidos de&arda% 4s e3terminadores (como os da recente chacina de 4sasco$ tam.m so%Esses 2rupos eterni=am o sentimento de que nossa ordem ainda seriaadministrada pelos ja2un'os e capan2as dos coronis da colHnia%

    Seria mais &)cil a pol0cia preencher sua &un'o se con&i)ssemos nela seconse2u0ssemos transmitir a nossos jovens e adolescentes a ideia de que, numestado democr)tico, a pol0cia no a que te impede de &umar um .aseado ou de

    &a=er &esta depois da meia/noite, a pol0cia a primeira 2arantia de tua li.erdade,a come'ar pela li.erdade de circular pelas ruas sosse2ado, pensando na vida%

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    FOLHA 28-08-2015

    HLIO SCHWARTSMAN

    Solues e problemas

    SO PAULO- As cenas de imigrantes tentando entrar na Europa e sendorepelidos so de cortar o corao. E ficam ainda mais difceis de aceitar quandose considera que, do ponto de vista racional, uma das medidas econmicas maisbvias que beneficiaria bilhes de pessoas praticamente sem custos seria abriras fronteiras em escala mundial.

    !arece delrio, mas no ". #$ slida teoria por tr$s dessa tese, que " defendida,entre outros, pelo economista %r&an 'aplan e pelo filsofo (illiam )acAs*ill.!ara comear, a economia mundial ganharia enormemente com a mobilidadeda mo de obra. Algumas estimativas falam em aumento de at" + do !%mundial. '$lculos mais conservadores pem o benefcio na escala dos trilhesde dlares por ano.

    A principal ra/o de o mundo ser pobre " que a esmagadora maioria dapopulao global vive em ambientes que no lhe permitem ser produtiva.Estudo dos economistas )ichael 'lemens, 'laudio )ontenegro e 0ant !ritchettmostra que 1+ das diferenas salariais entre as pessoas se devem ao lugar

    onde elas trabalham. 2ransportar um trabalhador haitiano para os E3A, semme4er em mais nada, implicaria um incremento de 51 em sua renda. 6o casode um nigeriano, a ma7orao " de 8..

    9bviamente, nem todos trocariam de pas, mas os efeitos da mobilidade seespalhariam mesmo assim, pois imigrantes costumam mandar dinheiro para afamlia que fica.

    Apesar disso, o mundo rico no apenas no aceita facilitar a imigrao como seesfora para dificult$-la. #$ a percepo disseminada de que estrangeirosroubam empregos e e4ploram a seguridade social. Aqui as evid:ncias so mais

    ambguas, mas os melhores estudos disponveis no amparam essa impresso.Ao que tudo indica, o pas que recebe imigrantes ou ganha com isso ou perdemuito pouco. 'omo di/ 'aplan, a imigrao " uma soluo em busca de umproblema.

    RUY CASTRO

    Clculo em yottabytes

    RIO DE JANEIRO- 6os E3A, a ci:ncia est$ vasculhando o c"rebro humanoem termos de milion"simos de milmetro ;pense numa cabea de alfinete

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    dividida por mil. 9 problema " que ainda no h$ computadores que comportema quantidade de informao que o bicho " capa/ de gerar. F, =ltimo ano da cobrana do tributo, o governo federal tomava D 81,Ide cada D 8 da renda dos brasileiros. 6essa conta, o tributo respondia por

    D 8,J.

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    A arrecadao no sofreu tanto com a perda da '!)G. ?e incio, porque aeconomia a7udavaK depois, porque foram improvisadas outras fontes derecursos, dos lucros das estatais a sucessivos programas de parcelamento paracontribuintes em atraso.

    )esmo no ano passado, quando as finanas p=blicas entraram em colapso, areceita da 3nio foi equivalente a 81,+ do !% L!roduto nterno %rutoM, nomuito abai4o do patamar de >F.

    9 que mudou de forma muito mais dram$tica no perodo foi a despesa, de85,1 para 81,F do !% ;isso sem contar a disparada dos 7uros e dos encargosda dvida.

    E, a despeito dos cortes feitos pelo ministro da Ga/enda, Boaquim 0ev&, opercentual tende a crescer agora com o encolhimento da economia.

    6esse cen$rio, tornou-se impossvel at" elaborar um pro7eto de 9ramento para>85 sem uma nova fonte bilion$ria de receita ;ressuscitada, estima-se que anova verso da '!)G arrecadaria algo pr4imo de D F+ bilhes anuais.

    8C, a dvida p=blica foi de +J,J para +1,I do !%. 6oprimeiro semestre deste ano, fechou em 5J,>. 9 ritmo " e4plosivo e suscitad=vidas crescentes sobre a solv:ncia futura do 2esouro 6acional.

    A cartada da '!)G neste instante ao menos ilumina a gravidade do cen$rio.6os =ltimos meses, o 'ongresso nacional no s desfigurou as propostas dea7uste fiscal, mas tamb"m criou e ameaa criar novas despesas.

    Essa " uma cilada da qual nem o governo nem os oposicionistas ;se quiseremvoltar ao !lanalto; podero escapar. 9 desgaste poltico vir$ na forma dereduo de programas sociais ou aumento de tributos. 9u, ainda, na forma demais inflao.

    REINALDO AE6EDO

    E se Dilma sair? E se ficar?

    P"' #e/ +e$%#" $"+" " 7($#ee de 9ed" de D(&/": O 9e %;%!" % ()e+#% < " )%#((d"de d% !%*e+%

    Aqui e ali, as foras minorit$rias do governismo, ho7e ma7orit$rias na imprensa,especialmente nas 2Ns, pretendem silenciar as maiorias que pedem a sada da

    presidente ?ilma ousseff com uma pergunta que lhes parece definidoraH OAh,

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    "@

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    A imprensa no pode se furtar a redigir e a ler a narrativa histrica.

    Caminho com corpos achado na ustria

    Neculo da #ungria tinha pelo menos > cad$veres de imigrantesK crise " alvo dereunio entre lderes europeus

    =d"$e#e (#e+)e$#" >:2?1 )&"de#(%@ ".+,!(% de d%( 4"+)%" )%#" d" L'4(" /"#" "% /e% 200

    LEANDRO COLONDE LONDRES

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    A crise imigratria na Europa ganhou um captulo mais dram$tico nesta quintaL>FM aps a descoberta de um caminho-frigorfico com ao menos > corpos naestrada que liga a Xustria R #ungria.

    A revelao foi feita no momento em que uma reunio e4traordin$ria ocorria

    em Niena para discutir solues R situao que se agravou nos %alcs nos=ltimos dias.

    9 caminho tinha placa h=ngara e teria sido abandonado na estrada na quartaL>5M, a C *m de Niena.

    )ais detalhes, como n=mero e4ato de mortos e quem pode ter sido orespons$vel pela conduo do veculo de um pas para outro, devem serdivulgados nesta se4ta L>1M pelas autoridades.

    A chanceler alem, Angela )er*el, presente R reunio em Niena, declarou estar

    Oprofundamente chocadaO. Osso nos fa/ lembrar que precisamos enfrentarrapidamente a questo imigratria, dentro de um esprito europeu, desolidariedade.O

    A deciso da lder alem de comparecer ao debate na Xustria ocorre em meio auma crise interna em seu pas envolvendo grupos de e4trema-direita hostis arefugiados.

    )er*el tem reagido com o discurso de que no vai tolerar 4enofobia diante dofato de que a Alemanha espera receber 1 mil pedidos de asilo neste ano, maisdo que qualquer outro pas europeu.

    9 chanceler austraco, (erner Ga&mann, afirmou que os corpos no caminhoreforam a necessidade de uma sada urgente para conter o flu4o di$rio deimigrantes para a 3nio Europeia, e a ministra do interior, Bohana )i*l-0eitner, prometeu intensificar o combate a traficantes de pessoas na regio.

    Omil pessoas chegaram R Europa pelo mar )editerrPneo em >8+. A Sr"cia " opas que mais recebeu, com 818 mil, seguida da t$lia, 81 mil.

    A maioria parte em barcos e botes prec$rios do territrio da 0bia Lnorte daXfricaM, procedente de pases como

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    6a Europa, o cen$rio se agravou nos =ltimos dias com o flu4o intenso saindoSr"cia em direo R )acednia e, de l$, para a I mil L5J5 mil menos JF milM " um recorde.

    9s n=meros aumentam a presso dentro do governo conservador do premi:?avid 'ameron para intensificar o rigor da poltica migratria local.

    Katrina, 10 anos depois

    Em visita a 6ova 9rleans, devastada pelo furaco Yatrina h$ de/ anos, 9bamaadmite que a reconstruo da regio foi surpreendente, mas desigual

    THAIS BILENKYDE NOVA YORK

    OEu tive que fa/er respirao boca a boca, mas ela simplesmente me falouHZ?esistoZO. Assim uma mulher descreveu a morte da me, aos I+ anos, afogadadurante a passagem do furaco Yatrina por 6ova 9rleans, em >+.

    9 relato foi publicado pelo O2he 6eU [or* 2imesO no dia J8 de agosto daqueleano para ilustrar o desespero que tomou conta da populao na cidade maisafetada.

    ?e/ anos depois, o presidente %arac* 9bama voltou R cidade, que fica no Estadoda 0ouisiana, e reconheceu que a recuperao de 6ova 9rleans se deu de formasurpreendente, por"m desigual.

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    Em discurso numa arena reconstruda no bairro mais devastado pelo desastre, o0oUer Ith (ard, nesta quinta-feira L>FM, o democrata afirmou que ainda Ono sepode descansarO.

    O9 nosso trabalho no estar$ terminado enquanto C das crianas ainda

    viverem na pobre/a. 6o estar$ terminado enquanto uma famlia negra ganharmetade do que ganha uma branca. 6o estar$ terminado enquanto alguns aindano tiverem a sua moradia nem emprego, especialmente os negrosO, discursou.

    Ao menos 8.1 pessoas morreram com a passagem de ventos de at" 8IJ *mVh.Em 6ova 9rleans, locali/ada abai4o do nvel do mar, os diques quesupostamente a protegiam romperam, e 1 da cidade ficou debai4o dZ$gua.

    ?e l$ para c$, a recuperao foi desproporcional.

    egies mais prsperas se restabeleceram e a cidade se tornou mais cara.

    Enquanto a populao branca se e4pandiu, $reas com maior densidade denegros viram moradores irem embora para nunca mais voltar.

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    ALEX CASTROESPECIAL PARA A FOLHA

    3m dia, em >J, encontrei um cachorro nas ruas de uma favela carioca,correndo por entre as rodas dos carros. 6o consegui achar seus donos e fuificando com ele. 9liver. 6o Ano-6ovo, assustado com os fogos, fugiu de casa e

    se perdeu na mesma favela.

    'omecei >C debai4o de chuva, distribuindo mais de + panfletos por ruasenlameadas. 3m padeiro disse que 9liver tinha passado a tarde toda na suapadaria, fa/endo cambalhotas em troca de comidaH O

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    ]uando deu uma da manh, no meio de mais um Yaputt 6ova 9rleans\, oaeroporto de ?etroit misericordiosamente desligou todas as telas e eu pudedormir.

    'heguei na casa de uma amiga, em 6ova orque, e a trag"dia estava sendo

    transmitida ao vivo, o fim de uma grande cidade, diverso para toda a famlia.

    6o consegui assistir. !assei os pr4imos dias na internet, pedindo a7uda,elaborando, descartando, refa/endo planos mirabolantes.

    3m delesH voar para alguma cidade pr4ima, alugar um C^C, entrar em 6ova9rleans, salvar o 9liver, sair. L)as os aeroportos estavam parados, os carrosinundados, a cidade fechada.M

    9utro, voar at" )iami e convencer uma amiga, que ento coordenava a sucursalde uma 2N brasileira, a mandar uma equipe comigo resgatar o 9liverH OBuro que

    choro ao vivo na edio da tarde e da noite\O L)as no havia verba.M

    TELEFONEMA

    Enquanto isso, uma amiga contou minha histria para a filha colombiana deuma conhecida de sua sogra, que mencionou conhecer um fotgrafo sino-americano, que estava indo pra 6ova 9rleans tirar fotos da trag"dia e talve/pudesse a7udar.

    A cone4o era to t:nue que no me permiti esperanas, mas, dia + de setembro,recebi o telefonemaH 9liver 7$ tinha sido resgatado pelo fotgrafo e por seu

    amigo indiano Lque aparece na fotoM e estava com eles em (ashington ?', acapital do pas.

    )inha casa no sofrera nada. 9liver, malandro favelado, soube racionar seusmantimentos e, mesmo depois de de/ dias, ainda tinha bastante $gua e comida.

    3ma empresa a"rea estava reunindo gratuitamente donos e animais separadospelo Yatrina e, dois dias depois, transportaram o 9liver de (ashington para%er*ele&, na 'alifrnia, onde eu tinha sido aceito na universidade.

    eencontr$-lo foi um novo milagre. 6ova 9rleans permaneceu fechada porcinco semanas e quase todos os animais que tinham sido dei4ados em casamorreram de fome, de sede, de calor.

    9liver e eu no nos separamos mais. ?epois de passar por

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    'Favela do trfico' volta cracolndia de SP

    %arracos usados como esconderi7o de traficantes ressurgem quatro meses aps

    ao con7unta de prefeitura e Estado

    PM ."e/ +%d" e$%+,d()" " +e!(%3 e9"#% " $+e.e(#+"% )%e!( ")"4"+ )%/ % .&% de *()("d%

    GIBA BERGAMIM JR.ZANONE FRAISSATDE SO PAULO

  • 7/23/2019 FOLHA JUL 4

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    9utra estrat"gia, aps a derrubada dos barracos, foi asfi4iar o flu4o. !ara isso,guardas-civis e !)s cercaram acessos de usu$rios para impedir que pessoasentrassem no local com as barracas.

    ?ois dias aps a ao, a aglomerao de dependentes migrou para a quadra ao

    lado, por"m, sem a favela.

    W "poca, a administrao municipal comemorou os resultados. ?isse que o flu4ohavia sido redu/ido, 7$ que dependentes dei4aram a regio ou aderiram aoprograma que oferece moradia em hot"is na cracolPndia e D 8+ por dia detrabalho para tentar livrar o usu$rio do vcio.

    A troca de endereo mudou a rotina dos moradores de um pr"dio da regio. Avista do vaiv"m de usu$rios foi para o outro lado do edifcio. O

  • 7/23/2019 FOLHA JUL 4

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    Ela gosta de oferecer cinco bons restaurantes pra que ele escolha. Sosta que elese troque em sil:ncio, bonito, sem lhe dar trabalho nenhum. Sosta que suamassa magra e roupas ocupem pouco espao. 2oda roupa cai bem no escravoga=cho e o escravo ga=cho cai bem em todos os cmodos da casa. Ele volta parao escritrio e mostraH est$ prontinho. Ele no incomoda e ainda enfeita a casa.

    ?istrado, ele tem a nuca castigada ao tentar escolher uma m=sica. Ela gosta deescolher o som que vai entrar pela orelha bem desenhada do escravo ga=cho.Sosta de dirigir pelas ruas esburacadas tomando todo o cuidado pra que suaobra de arte, retinha e imvel no banco do passageiro, no corra riscos. Sosta deesban7ar nos pedidos e, com a palma da mo direita, aquietar a penugem cor deouro do antebrao esquerdo do escravo ga=choH O!ede o que quiserO. E ele pedemuito ;com medo que ela perceba que ele, na verdade, quer pouco.

    6as festas, ela o e4ibe como um colar caro de um designer 7ovem e maluco. 7 "9e&e /e/% d("

    LUCAS FERRAZROGRIO PAGNANDE SO PAULO

    !elo menos sete dos 81 policiais militares suspeitos de participao nas mortesem s"rie de duas semanas atr$s na Srande

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    9s assassinatos numa s noite em 9sasco e %arueri totali/aram 8I nesta quinta-feira L>FM, aps a morte de uma garota de 8+ anos que estava internada desde anoite do crime Lleia te4to ao ladoM.

    9s sete policiais ;um sargento, um cabo e cinco soldados; integram o

    policiamento de moto do C>Q %atalho de 9sasco, a ocam, respons$vel pelasegurana da regio dos ataques.

    Eles esto entre os 81 !)s que foram alvos de mandados de busca e apreenso,no fim de semana, cumpridos por ordem da Bustia )ilitar aps pedido dacorregedoria.

    As mortes na noite do dia 8J em 9sasco ocorreram, segundo os registrosoficiais, num intervalo inferior a duas horas, a partir das >h+. B$ os policiais,segundo documentos da corregedoria, Oforam liberados normalmenteO dotrabalho Rs >Jh.

    Em despacho, o 7ui/ )arcos Gernando !inheiro di/ estranhar a liberao dosmilitares e4atamente quando a !) precisava de reforos por causa dos ataquesque ocorreram naquela regio.

    O_Eles` Jh e, mesmo com a demandaoperacional dessa nature/a, saram reunidos para _...` confraterni/aremO, di/trecho do documento do 7ui/.

    9 magistrado se refere R ida dos sete !)s a uma casa de shoUs na /ona norte.0$, segundo documentos da corregedoria, fi/eram questo de registrar a

    presena como forma de conseguir um $libi.

    A investigao da !) tamb"m suspeita que eles saram para Ocomemorar asaes que acobertaram ou que tenham participaoO.

    2estemunhas da chacina afirmaram que alguns dos atiradores usavam coturnos.9utra testemunha ouvida pela corregedoria disse que um dos carros ocupadospor criminosos chegou a ser escoltado por um veculo da !).

    !ara o ouvidor das polcias, Bulio 'esar 6eves, se confirmada a participao de!)s em servio, ser$ um Ocompleto absurdoO.

    !rocurada, a

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    3ma testemunha da chacina disse ter reconhecido Eleut"rio por fotosmostradas a ela pela !). A defesa do policial di/ que poder$ provar a inoc:nciado soldado, inclusive por meio de telefonemas que ele fe/ naquela noite.

    Com garota de 15 anos, ataque faz 19 vtima

    DE SO PAULODO "AGORA"

    A estudante 0etcia Nieira #illebrand da FM e se tornou a 8I vtima da s"rie de ataques em 9sasco e%arueri LSrande

    Ela era uma das seis pessoas que tinham ficado feridas na noite do crime. Estavainternada no #ospital egional de 9sasco aps levar um tiro no abdmen, masno resistiu e morreu com infeco abdominal.

    0etcia " a =nica mulher dentre os 8I mortos. A adolescente foi baleada comuma amiga, uma motorista de >F anos que 7$ rece