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Simétrico Pré-Universitário – Curso de Biologia – Prof. Landim – www.simetrico.com.br 134 Biologia Com base nessa figura e em seus conhecimentos sobre o tema, A) Cite o nome do órgão que é alvo primário da eritropoetina. Justifique sua resposta. B) Explique como o aporte elevado de O 2 aos tecidos pode melhorar o desempenho físico. C) O uso frequente da EPO artificial pode trazer diversos efeitos colaterais indesejáveis. Cite um desses efeitos. 2. Na figura abaixo estão representadas hemácias de mamíferos e de outros vertebrados. Com base nessa figura e em seus conhecimentos sobre o tema, A) Justifique a seguinte afirmativa: Hemácias de mamíferos possuem maior capacidade de transporte de O 2 quando comparadas às hemácias de outros vertebrados. B) Tendo em vista a estrutura das hemácias de mamíferos, explique a importância da EPO para a homeostase desse grupo de vertebrados. Aula 37 – Sistema Imune O sistema imunológico ou flogístico corresponde às estruturas do nosso organismo responsáveis pela proteção do organismo, a defesa contra agentes agressores. Esse sistema imunológico é composto por uma série de mecanismos de defesa inespecíficos, isto é, que não fazem diferença entre os agentes agressores, tratando todos eles da mesma maneira, e mecanismos de defesa específicos, que reconhecem o agente agressor e elabora uma resposta específica para cada tipo de agressor. O sistema imune se organiza em 3 linhas de defesa, descritas a seguir. 1ª linha de defesa: Barreiras Barreiras são estruturas que impedem a penetração dos agentes invasores. Como exemplos de barreiras químicas, pode-se citar a enzima lisozima, presente em saliva, suor e lágrimas e com ação destruidora sobre a parede celular bacteriana, e o ácido clorídrico (HCl) presente no suco gástrico, que elimina microorganismos provenientes de água e alimento. Como exemplo de barreiras mecânicas, pode-se citar o muco das vias aéreas, que retém microorganismos para que não atinjam os alvéolos pulmonares, e os epitélios de revestimento em pele e mucosas, que dificultam a entrada de microorganismos. 2ª linha de defesa: Defesa Inata A defesa inata é inespecífica, agindo com o objetivo de eliminar os agentes invasores que tenham ultrapassado as barreiras e atingido a circulação sangüínea. Como componentes da defesa inata, temos leucócitos como neutrófilos e eosinófilos, a reação inflamatória e a febre. Inflamação A inflamação é uma resposta da defesa inata acionada contra agentes físicos (como queimaduras por calor), mecânicos (como pancadas), químicos (como queimaduras por ácidos) ou biológicos (como infecções). A reação inflamatória é desencadeada por mediadores químicos, sendo os principais deles as prostaglandinas, produzidas a partir dos constituintes das células danificadas. Célula lesão celular Fosfolipídios de membrana Enzima Fosfolipase Ácido araquidônico Enzima Ciclooxigenase (Cox) Prostaglandinas Inflamação

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Simétrico Pré-Universitário – Curso de Biologia – Prof. Landim – www.simetrico.com.br

134 Biologia Com base nessa figura e em seus conhecimentos sobre o tema, A) Cite o nome do órgão que é alvo primário da eritropoetina. Justifique sua resposta. B) Explique como o aporte elevado de O2 aos tecidos pode melhorar o desempenho físico. C) O uso frequente da EPO artificial pode trazer diversos efeitos colaterais indesejáveis. Cite um desses efeitos. 2. Na figura abaixo estão representadas hemácias de mamíferos e de outros vertebrados.

Com base nessa figura e em seus conhecimentos sobre o tema, A) Justifique a seguinte afirmativa: Hemácias de mamíferos possuem maior capacidade de transporte

de O2 quando comparadas às hemácias de outros vertebrados. B) Tendo em vista a estrutura das hemácias de mamíferos, explique a importância da EPO para a homeostase desse grupo de vertebrados.

Aula 37 – Sistema Imune

O sistema imunológico ou flogístico corresponde às estruturas do nosso organismo responsáveis pela proteção do organismo, a defesa contra agentes agressores.

Esse sistema imunológico é composto por uma série de mecanismos de defesa inespecíficos, isto é, que não fazem diferença entre os agentes agressores, tratando todos eles da mesma maneira, e mecanismos de defesa específicos, que reconhecem o agente agressor e elabora uma resposta específica para cada tipo de agressor.

O sistema imune se organiza em 3 linhas de defesa, descritas a seguir.

1ª linha de defesa: Barreiras Barreiras são estruturas que impedem a penetração dos

agentes invasores. Como exemplos de barreiras químicas, pode-se citar a

enzima lisozima, presente em saliva, suor e lágrimas e com ação destruidora sobre a parede celular bacteriana, e o ácido clorídrico (HCl) presente no suco gástrico, que elimina microorganismos provenientes de água e alimento.

Como exemplo de barreiras mecânicas, pode-se citar o muco das vias aéreas, que retém microorganismos para que não atinjam os alvéolos pulmonares, e os epitélios de revestimento em pele e mucosas, que dificultam a entrada de microorganismos.

2ª linha de defesa: Defesa Inata A defesa inata é inespecífica, agindo com o objetivo de

eliminar os agentes invasores que tenham ultrapassado as barreiras e atingido a circulação sangüínea.

Como componentes da defesa inata, temos leucócitos como neutrófilos e eosinófilos, a reação inflamatória e a febre.

Inflamação

A inflamação é uma resposta da defesa inata acionada

contra agentes físicos (como queimaduras por calor), mecânicos (como pancadas), químicos (como queimaduras por ácidos) ou biológicos (como infecções).

A reação inflamatória é desencadeada por mediadores químicos, sendo os principais deles as prostaglandinas, produzidas a partir dos constituintes das células danificadas.

Célula 

lesão celular

Fosfolipídios de membrana

Enzima Fosfolipase

Ácido araquidônico

Enzima Ciclooxigenase (Cox)

Prostaglandinas

Inflamação

 

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135Biologia As prostaglandinas são responsáveis pela maior parte dos

efeitos da reação inflamatória, como: - vasodilatação, o que leva uma maior quantidade de sangue e, consequentemente, mais leucócitos para a defesa e mais nutrientes e oxigênio para o reparo; - aumento na permeabilidade vascular, o que permite ao plasma abandonar os vasos, levando consigo mais leucócitos para a defesa facilitando a diapedese) e mais nutrientes e oxigênio para o reparo; - dor, para impedir que o indivíduo force a área afetada, agravando a lesão.

Como resultado desses efeitos, pode-se descrever 5 sinais

clássicos do processo inflamatório: - edema, inchaço promovido pela vasodilatação e pelo extravasamento de plasma; - rubor ou vermelhidão, promovido pelo aumento do fluxo sangüíneo relacionado à vasodilatação; - calor local, devido ao atrito produzido pelo excesso de sangue na área; - dor; - perda de função, devido à dor. Febre

Em inflamações generalizadas no organismo, pode ocorrer febre. As prostaglandinas agem sobre o hipotálamo, região do encéfalo relacionada à regulação da temperatura corporal, levando ao aumento da temperatura corporal por: - aumentar a atividade metabólica corporal, intensificando a queima de nutrientes nas mitocôndrias, com consequente produção de calor; - levar a uma vasoconstricção periférica (na pele), aumentando a retenção de calor corporal.

O aumento da temperatura proporcionado pela febre

aumenta a velocidade das reações enzimáticas, potencializando a multiplicação dos leucócitos e as demais reações de defesa. Entretanto, a excessiva produção de prostaglandinas e a ação de toxinas bacterianas de efeito pirógeno (gerador de febre) podem levar a maiores elevações de temperatura, podendo desnaturar enzimas e promover a morte celular.

Medicamentos antiinflamatórios não esteroidais

A maioria dos medicamentos antiinflamatórios tem efeito basicamente analgésico (contra a dor) e antitérmico, sendo substâncias que agem pela inibição da enzima ciclooxigenase ou Cox, que leva à produção das prostaglandinas; sem prostaglandinas, o processo inflamatório é então suprimido.

Essas drogas, conhecidas como antiinflamatórios não esteroidais são exemplificados por princípios ativos como o ácido acetilsalicílico ou AAS (da Aspirina), o paracetamol (do Tylenol), a dipirona (do Dorflex e da Novalgina) e outros.

Medicamentos antiinflamatórios esteroidais

Esteróides são lipídios derivados do colesterol, substância encontrada na membrana celular de células animais com função de conferir fluidez e resistência à mesma. As drogas antiinflamatórias esteroidais são derivadas do colesterol e agem aumentando a resistência das membranas celulares e das membranas dos lisossomos, evitando a sua ruptura e,

consequente, evitando a liberação de fosfolipídios de membrana e ácido araquidônico que levariam à produção de prostaglandinas. Como agem no início do processo inflamatório, essas drogas apresentam forte efeito antiinflamatório.

Hormônios corticoides, como o cortisol, são antiinflamatórios esteroidais liberados naturalmente junto com as substâncias inflamatórias, modulando sua atividade para que não ocorra de modo excessivamente intenso. Os antiinflamatórios esteroidais usados como medicamentos são quimicamente derivados do cortisol.

Os corticoides usados como medicamentos bloqueiam completamente a atividade inflamatória, sendo usados apenas em inflamações intensas, como em queimaduras extensas, para evitar a perda de líquido pelo extravasamento e evaporação do plasma, ou em aplicações tópicas, sobre pele e mucosas, onde sua absorção para o sangue será mínima, evitando efeitos colaterais mais violentos.

Como efeitos colaterais, os corticoides promovem retenção de líquido e consequentes inchaços, retardo na cicatrização e queda na atividade do sistema imune. Devido a esse último efeito, essas drogas podem ser utilizadas em condições relacionadas à hiperatividade do sistema imune, como no tratamento de alergias e doenças autoimunes, e à atividade indesejada do sistema imune, como para evitar a rejeição de transplantes. Ainda por essa supressão do sistema imune, corticoides são freqüentemente usados em associação com antibióticos, com o objetivo de evitar infecções bacterianas.

Por terem ação hormonal, os corticoides sintéticos promovem a inibição da produção de corticoides naturais por mecanismos de feedback negativo. Assim, pacientes que fazem tratamentos prolongados à base de corticoides não podem interromper seu uso abruptamente, mas sim deve reduzir gradualmente o uso dos corticoides sintéticos para que cesse o efeito de feedback negativo e retorne a produção dos corticoides naturais.

3ª linha de defesa: Defesa Adaptativa A defesa adaptativa apresenta duas importantes

propriedades, a especificidade de ação e a memória. A especificidade se refere ao fato do sistema imune reconhecer o antígeno para poder combatê-lo da maneira mais eficiente possível. A memória se refere ao fato de que, uma vez que se entra em contato com um antígeno uma vez, todas as informações sobre ele são armazenadas, de tal maneira que num segundo contato a resposta ocorre de maneira muito mais rápida.

Como componentes da defesa adaptativa, temos os anticorpos ou imunoglobulinas, que são proteínas produzidas por células chamadas plasmócitos e que agem especificamente contra determinadas substâncias, chamadas antígenos, e os linfócitos T8 ou células assassinas, que agem especificamente contra células infectadas por vírus ou contra células cancerosas.

Antígenos

O sistema imune do indivíduo, antes do nascimento,

promove um reconhecimento das moléculas encontradas no corpo, montando uma espécie de listagem de substância próprias do organismo. Com o término desse reconhecimento, qualquer substância que agora penetre no organismo será considerada estranho a ele e por isso tratada como um invasor que merece ser

 

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136 Biologia eliminado do corpo, mesmo que seja inofensiva. Essa substância estranha é agora chamada de antígeno.

Um antígeno é uma substância orgânica (proteína, lipídio ou carboidrato) estranha a um determinado organismo. Um vírus, bactéria ou qualquer outro organismo não pode ser considerado um antígeno, uma vez que antígenos são moléculas. O que se pode dizer é que vírus, bactérias ou outros organismos possuem antígenos, que nesse caso são moléculas que os formam ou que são produzidos por eles. O termo patógeno pode ser utilizado para descrever vírus, bactérias ou outros organismos capazes de causar doenças.

Uma vez reconhecida pelo sistema imune, uma série de reações é ativada para eliminar a substância estranha, envolvendo particularmente dois processos: a imunidade humoral, que envolve a produção de anticorpos próprios para combater antígenos em geral, e a imunidade celular, que envolve a produção de linfócitos T8 próprios para combater invasores como vírus ou células cancerosas.

Mecanismos de produção de imunidade

Todos os tipos de linfócitos possuem na sua membrana

moléculas chamadas de receptores de membrana, que são específicos para um certo determinante antigênico, ou seja, são capaz de reconhecer um determinado determinante antigênico em particular. Determinantes antigênicos são fragmentos de antígenos que podem estimular uma resposta imunológica. Os receptores combinam-se aos determinantes antigênicos de maneira específica, de acordo com o modelo chave-fechadura. Cada linfócito tem um tipo particular de receptor, sendo, portanto, capaz de reconhecer apenas um tipo de determinante antigênico e de se ligar só a ele. Estima-se que durante nossa vida, possamos entrar em contato com cerca de um milhão de moléculas de antígenos deferentes. Assim, necessitamos de um mesmo número de tipos de linfócitos para fazer face a essa diversidade toda de antígenos. De que maneira o organismo gera esse imenso número de tipos de linfócitos, cada qual com um único receptor? De que maneira o organismo aprende a reconhecer as próprias proteínas, cancelando a produção de linfócitos que possuem receptor de membrana para elas?

1. Fagocitose

Os dois mecanismos de imunidade se iniciam de maneira

idêntica, com a fagocitose do antígeno e/ou do patógeno onde ele se encontra por macrófagos especiais denominados células dendríticas ou células apresentadoras de antígenos ou APC (do inglês Antigen Presenting Cells).

O antígeno fagocitado é então fragmentado em determinantes antigênicos, que são expostos na membrana da célula apresentadora para que haja contato com os linfócitos.

2. Seleção Clonal

As células apresentadoras com os determinantes

antigênicos expostos na superfície de suas membranas entram em contato com os linfócitos, que então tentam reconhecer os fragmentos de antígenos a partir de seus receptores. Como existem muitos tipos de linfócitos que variam quanto aos seus receptores de membrana, a identificação daquele capaz de se ligar ao determinante antigênico em questão é feita pelo método de tentativa e erro. Quando há identificação do linfócito com

receptor adequado, diz-se que houve a sensibilização do linfócito. Esse processo é denominado de seleção clonal.

A seleção clonal é a etapa mais demorada do processo de imunização, uma vez que há muitos linfócitos a serem testados e apenas uma pequena quantidade de cada um deles. Assim, a seleção clonal pode demorar várias semanas até que se identifique o linfócito com receptor adequado.

3. Expansão Clonal

Como existem apenas poucos linfócitos com receptores

específicos para o determinante antigênico em questão, uma vez que o linfócito com receptor adequado é identificado, promove-se a multiplicação do mesmo, num processo denominado expansão clonal. Assim, ocorre a produção de grande número de cópias do linfócito com receptor adequado (linfócito sensibilizado).

4. Diferenciação e Ativação

A maior parte dos linfócitos sensibilizados vai ser

diferenciada em células ativas, sejam eles linfócitos B ativados em plasmócitos e linfócitos T8 ativados em células assassinas. Uma pequena parte dos linfócitos sensibilizados, no entanto, vai ficar inativa na forma de células de memória.

As células de memória podem ser rapidamente ativadas quando houver necessidade, sem quer se precise repetir o processo de seleção clonal. Elas permanecem inativas na circulação, e caso haja nova penetração do antígeno específico, as células de memória podem passar imediatamente à forma ativa.

No primeiro contato com um determinado antígeno, o desenvolvimento de imunidade demora várias semanas, sendo a maior parte do tempo consumindo no processo de seleção clonal, que demora a identificar algum dos poucos linfócitos com receptor para o determinante antigênico em questão. Essa primeira resposta é denominada resposta imunológica primária, sendo bastante demorada e fraca.

A partir do segundo contato com o mesmo antígeno, a seleção clonal é bem mais rápida, uma vez que há agora grande quantidade de células de memória com receptor para o determinante antigênico em questão, sendo facilmente identificados. Essa resposta é denominada resposta imunológica secundária, sendo bem mais rápida e forte.

Resumo

antígeno no organismo → fagocitose pelas células apresentadoras → apresentação aos linfócitos → seleção clonal → expansão clonal → diferenciação e ativação → formação de plasmócitos, células assassinas e células de

memória

Imunidade celular e Imunidade humoral A imunidade celular é aquela mediada pelos linfócitos

T8 ativados em células assassinas. A imunidade humoral é aquela mediada pelos linfócitos

B ativados em plasmócitos e está relacionada à produção de anticorpos contra determinado antígeno.

 

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137Biologia Anticorpos ou Imunoglobulinas

Os anticorpos ou imunoglobulinas são proteínas

formadas por quatro cadeias peptídicas (duas cadeias pesadas e duas cadeias leves), em uma estrutura molecular em forma de Y. A extremidade da base do Y, denominada porção Fc é a mesma para todos os anticorpos de uma mesma classe, sendo inespecífica. Essa região inespecífica pode se ligar às células de defesa do organismo, como os macrófagos, que por isso reconhecem facilmente o anticorpo. As duas extremidades superiores do Y, chamadas porções Fab, são idênticas aos receptores de membrana que eles possuem, sendo, pois específicas para determinante antigênico em questão. São essas regiões que se ligam aos antígenos pelos determinantes antigênicos.

O interessante em relação aos anticorpos é que eles são específicos não apenas para os anticorpos, mas para os determinantes antigênicos em si. Como para cada antígeno, existem vários determinantes antigênicos, vários anticorpos diferentes podem ser produzidos contra um mesmo antígeno, um para cada diferente determinante antigênico, aumentando a eficiência da resposta imune.

Representação de uma molécula de anticorpo.

Deve-se notar que cada anticorpo se liga simultaneamente

à célula de defesa e ao antígeno, possibilitando o reconhecimento desse último pelo sistema imunológico. Assim, anticorpos não destoem antígenos, mas levam à destruição do antígeno por facilitar a ação das células de defesa de três maneiras possíveis: - opsoninas marcam os antígenos; ao se ligar à porção inespecífica exposta, as células de defesa, como os macrófagos, fagocitam o anticorpo e o antígeno ligado a ele; - aglutininas aglomeram os antígenos, evitando que se dispersem pelo organismo, permitindo que os leucócitos eliminem todos os antígenos aglutinados de uma vez; - antitoxinas neutralizam antígenos tóxicos, como venenos evitando que eles exerçam sua ação; nesse caso, a porção específica do anticorpo se liga à região do antígeno que desempenha a ação tóxica.

Existem cinco classes de imunoglobulinas, estando as

mesmas descritas no quadro a seguir. Classe Principais funções

Imunoglobulinas A ou IgA

Atuam sobre antígenos presentes na superfície na superfície de mucosas do corpo, controlando as populações das microbiotas como a intestinal. Estão presentes também no colostro (o primeiro leite formado no início da amamentação), sendo fundamentais para evitar infecções

gastrointestinais nos bebês. Imunoglobulinas D

ou IgD Participam da estimulação do sistema imunitário relacionado aos linfócitos B.

Imunoglobulinas E ou IgE

Importantes nos processos alérgicos e contra parasitas como os pertencentes aos grupos dos protistas e vermes.

Imunoglobulinas G ou igG

Única classe de anticorpos que atravessa a placenta e passa para o feto, protegendo-o. Quando a criança nasce, ela já tem parte dos anticorpos G produzidos pela mãe. Esses anticorpos facilitam a fagocitose. Substituem as imunoglobulinas M na medida em que a infecção vai se tornando crônica.

Imunoglobulinas M ou igM

Uma das primeiras a serem produzidas na resposta imunitária, agindo nas infecções agudas.

Imunização ativa e Imunização passiva

A ciência que estuda as reações do sistema imune é a

Imunologia. Essa ciência nasceu como um ramo da medicina experimental, associada a estudos de doenças causadas por bactérias e vírus. As primeiras noções sobre imunologia surgiram por volta de 1798, com o médico inglês Edward Jenner. Nesse período, a varíola era um verdadeiro flagelo para a humanidade. Havia dois tipos de infecção variólica: um tipo brando, não maligno, que provocava poucas pústulas no corpo e que era causado por um agente infeccioso que normalmente atacava o gado bovino – era a varíola bovina; e um tipo maligno, que provocava muitas pústulas no corpo e podia levar o indivíduo à morte. Era crença popular, na época, que os indivíduos que adquiriam a varíola bovina ficavam imunes à varíola maligna. A fim de testar essa observação, Jenner coletou material de pústulas de vaca atacada pela varíola bovina e injetou-o em uma pessoa sadia. Essa pessoa adquiria a varíola bovina (também chamada de vacínia), curou-se e após algum tempo Jenner inoculou-a com material colhido de pústulas de pessoas com varíola maligna. A observação popular se confirmou: essa pessoa não adquiriu a varíola maligna, tendo-se tornado imune à doença. A partir dessa constatação, difundiu-se esse processo de imunização, recebendo o nome de vacinação (do latim vaccina, ‘de vaca’). Posteriormente, através de técnicas mais apuradas, conseguiu-se a erradicação da varíola.

Com o desenvolvimento da Imunologia, surgiram várias vacinas para a prevenção de muitas doenças, como o tétano, a difteria, a poliomielite, a tuberculose, o sarampo e a rubéola. Além das vacinas, surgiram também os soros, como os utilizados nos casos de mordidas de animais peçonhentos – que possuem uma estrutura denominada peçonha, empregada na inoculação do veneno que produzem. Existem animais venenosos que não possuem peçonha, como é o caso dos sapos. Esses animais produzem veneno em uma glândula localizada atrás dos olhos (glândula paratoide) e esse veneno só é eliminado quando a glândula é pressionada.

O princípio de atuação das vacinas difere daquele dos soros.

 

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138 Biologia Imunização ativa

A imunização ativa consiste na produção de anticorpos

próprios pelo organismos, podendo ocorrer de modo natural ou artificial.

A imunização ativa natural ocorre através de infecções, em que a própria doença desencadeia os fenômenos imunológicos que culminam com a imunidade.

A imunização ativa artificial ocorre através da administração de vacinas. Nesse processo, é introduzido no corpo de um indivíduo sadio o antígeno que causa a doença, havendo então a produção de anticorpos específicos para esse antígeno. Os antígenos empregados nas vacinações correspondem a formas atenuadas de toxinas, como a toxina que causa o tétano, ou aos próprios microorganismos causadores das doenças, mas mortos ou atenuados. Os anticorpos são produzidos como se a toxina ou os microrganismos estivessem na forma ativa. Desse modo, através de vacinações adquirimos imunidade contra doenças sem que as tenhamos contraído.

O princípio que norteia a imunização ativa é o seguinte: quando se inocula pela primeira vez um indivíduo sadio com uma pequena quantidade de antígeno, ele passa a produzir anticorpos que só estarão disponíveis no sangue para atuar contra os antígenos após alguns dias. Se esse indivíduo receber uma segunda inoculação do mesmo antígeno, a resposta imunológica será muito mais rápida e a produção de anticorpos, muito maior.

Na resposta imunitária primária, que ocorre quando o

indivíduo entra em contato com o antígeno pela primeira vez, o tempo para a produção de anticorpos é maior, e a quantidade de anticorpos produzidos é menor, comparando-se com o que ocorre na resposta secundária.

Na resposta imunitária secundária, que ocorre quando o indivíduo recebe o mesmo antígeno pela segunda vez, o tempo para a produção de anticorpos é menor, e a quantidade de anticorpos produzidos é maior, comparando-se com o que ocorre na resposta primária. A resposta secundária está relacionada á presença de células de memória, que são prontamente ativadas quando o organismo volta a entrar em contato com um certo antígeno.

As vacinas atuariam como uma primeira inoculação de antígeno, ficando assim o organismo já “programado” para produzir rapidamente mais anticorpos caso o indivíduo entre em contato com as formas ativas dos antígenos causadores de doenças.

Pelo grande tempo que demora para que os anticorpos e células de memória sejam produzidos e pelo grande duração das células de memória, vacina são úteis na prevenção de doenças. Produção de vacinas

Nas vacinas, o antígeno a ser aplicado pode estar em

várias possíveis formas. Em alguns casos, a vacina é constituída de um patógeno morto (contendo antígenos), tendo a vantagem de ser bastante segura, pelo fato de não haver risco de infecção, mas tendo a desvantagem de não estimular o sistema imunológico muito intensamente. Em outros casos, a vacina é constituída de um patógeno vivo atenuado (contendo antígenos), tendo a vantagem de estimular o sistema imunológico mais intensamente, mas tendo a desvantagem de poder causar uma infecção no individuo vacinado.

Num exemplo importante, existem duas vacinas contra a poliomielite (paralisia infantil). A vacina Salk é produzida a partir do vírus da pólio morto, sendo bastante segura, mas só estimulando o sistema imune de modo significativo se aplicada de modo injetável. A vacina Sabin é produzida a partir do vírus da pólio vivo atenuado, estimulando o sistema imune de modo significativo mesmo se aplicada por via oral, mas trazendo a possibilidade de desenvolvimento da doença. Para a vacinação em massa, o sistema público de saúde brasileiro utiliza a vacina Sabin pela sua praticidade de administração. No entanto, como a vacina Salk é mais segura, vários países a utilizam mesmo para a vacinação em larga escala, postura que o sistema público de saúde brasileiro estará adotando nos próximos anos.

Num outro exemplo importante, a vacina contra a rubéola é produzida a partir do vírus vivo atenuado, de modo que há um pequeno risco de se adquirir a doença com a vacinação. Daí, mulheres grávidas não podem receber a vacina, devido ao risco de que desenvolva doença e transmita o vírus para a criança, levando à má formação do sistema nervoso do feto, com consequências como surdez e retardo mental.

Imunização passiva

A imunização passiva consiste no recebimento de

anticorpos prontos, podendo ocorrer de modo natural ou artificial. A imunização passiva natural ocorre através da

transferência de anticorpos de mãe para filho através da placenta e do aleitamento.

A imunização passiva artificial ocorre através da administração de soros. Nesse caso, são introduzidos no organismo os anticorpos já prontos para o combate a um antígeno. É um tipo de imunização utilizada quando se deseja uma resposta rápida do organismo. Em caso de mordida de cobra peçonhenta, por exemplo, cujas toxinas podem matar em pouco tempo, não é possível esperar que o próprio organismo reaja produzindo anticorpos. Injeta-se, então, um soro antiofídico que já contém os anticorpos prontos para atuar. Outro exemplo de utilização de soros é no caso de pessoas que se ferem e são contaminadas pela bactéria causadora do tétano: deve-se aplicar o mais breve possível o soro antitetânico, caso a pessoa não tenha recebido a vacina antitetânica.

A duração da imunização passiva, no exemplo, é passageira, ao contrário da imunização ativa. Isso porque a pessoa recebe os anticorpos prontos que combaterão os antígenos antes mesmo de eles terem ativado o próprio sistema

 

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139Biologia imunológico da pessoa. A informação, nesse caso, não fica registrada na “memória” do organismo.

Produção de soros

Os anticorpos contidos nos soros são produzidos do

seguinte modo: após atenuar o efeito de um certo antígeno, ele é inoculado em um mamífero, geralmente um cavalo. Esse animal passa a produzir anticorpos contra esse antígeno. Após algum tempo, a dose é reforçada; de anticorpos no sangue. Após certo tempo, coleta-se um pouco do sangue do cavalo inoculado e separa-se dele o soro, que contém os anticorpos. Esse soro é preparado e utilizado nas pessoas.

Para cada tipo de antígeno há um tipo específico de soro. Por exemplo, se a pessoa for mordida por uma cascavel, deverá tomar o soro anticrotálico; se for mordida por uma jararaca, deverá tomar o soro antibotrópico; se for mordida por uma cobra coral, deverá tomar o soro antielapídico. Caso a pessoa não saiba por qual cobra foi mordida, recomenda-se o uso do soro polivalente, que é uma mistura de soro anticrotálico e antibotrópico. Se a cobra for vermelha, tomar o soro antielapídico. Resumo

Imunização ativa Imunização passiva Tempo de resposta Longo Curto Desenvolvimento

de memória Sim Não

Ação Prevenção Tratamento Anticorpos monoclonais

Quando se injeta veneno de cobra num cavalo, pretende-

se estimular no animal a fabricação de anticorpos específicos conta os antígenos existentes no veneno, para em seguida utilizar esses anticorpos no tratamento de pessoas mordidas. Há um problema sério: no soro do cavalo, além dos anticorpos contra o veneno, existem centenas de outros anticorpos para antígenos com os quais o cavalo tenha ficado em contato durante sua vida. Esses anticorpos acabam sendo introduzidos também na circulação da pessoa que sofreu a mordida, com a ocorrência, às vezes, de reações indesejáveis.

Fica bastante óbvio que seria vantajoso produzir somente o anticorpo que interessa e injetá-lo puro, sem mistura com outros tipos de anticorpos, num indivíduo que necessite de um soro. Existem hoje métodos bastante sofisticados, em biotecnologia, que permitem isso.

A técnica consiste abreviadamente no seguinte: são retirados linfócitos da circulação humana e expostos, "in vitro", a um certo antígeno. Isso permitirá a seleção e a ativação dos linfócitos que possuam receptores de membrana para o antígeno em questão. Há, porém, um problema a ser resolvido: linfócitos não sobrevivem muito tempo "in vitro". Assim, eles são fundidos a células cancerosas, que têm uma capacidade de multiplicação muito maior de que células normais. Ao resultado da fusão das células, chamamos hibridoma.

O hibridoma passa agora a ter as características da célula cancerosa, o que permite sua sobrevivência e multiplicação "in vitro", como também conserva a capacidade de produzir o anticorpo que o linfócito possuía. Os anticorpos produzidos por hibridomas são chamados anticorpos monoclonais pelo fato de serem do mesmo tipo e de terem sido produzidos por células derivadas do mesmo ancestral (clone).

Há muitas utilizações possíveis para anticorpos monoclonais, que são produzidos por várias firmas especializadas. Trata-se de um mercado estimado em várias centenas de milhões de dólares anuais. Uma das utilizações mais frequentes se relaciona com certos testes, como de gravidez, por exemplo, em que interessa pesquisar a gonadotrofina coriônica, hormônio existente no sangue de mulheres grávidas. O uso de anticorpos específicos para esse hormônio permite detectá-lo com facilidade, mesmo em estágios muito precoces, em que a concentração do hormônio no sangue é extremamente baixa. Os exames para HIV, ELISA (teste indireto, que detecta anticorpos anti-HIV) e Western-Blot (teste direto, que detecta proteínas do HIV) detectam seus alvos através de anticorpos monoclonais específicos.

Talvez as possibilidades mais interessantes dos anticorpos monoclonais estejam ligadas ao diagnóstico e tratamento do câncer. Laboratórios americanos desenvolveram um teste que avalia a presença de uma enzima que se encontra em grande quantidade no sangue de homens atacados por tumores na próstata. A injeção de anticorpos específicos para receptores de células cancerosas poderá permitir, no futuro, que se localizem exatamente essas células e que se saiba se houve ou não metástase (disseminação das células cancerosas por outras partes do organismo), permitindo ao cirurgião a retirada das partes realmente afetada. Está claro que seria necessário, para o reconhecimento, marcar os anticorpos, por exemplo, ligando sua molécula a uma substância radioativa que pudesse ser detectada com facilidade. É fácil imaginar que, se anticorpos podem se ligar de forma precisa a células cancerosas, eles podem vir a constituir no futuro uma arma importante; bastaria, por exemplo, combinar a molécula de anticorpo a determinada substância tóxica que agiria somente nas células cancerosas, destruindo-as.

Desordens do sistema imune Doenças autoimunes

Algumas vezes, por razões ainda pouco conhecidas, o

nosso sistema imune ataca o nosso próprio corpo, levando a vários tipos de doenças autoimunes.

Algumas dessas doenças são:

- Lúpus eritematoso, na qual as pessoas desenvolvem reações autoimunes contra componentes de suas próprias células, especialmente contra o ácido nucleico eliminado no processo natural de reposição das células da pele e de outros tecidos. Na pele, formam-se pequenas manchas avermelhadas. - Febre reumática, na qual anticorpos produzidos pela infecção por bactérias do grupo dos estreptococos, que causam infecção da garganta, também podem reagir em alguns casos com as proteínas da musculatura cardíaca, danificando-a. Infecções constantes por estreptococos aumentam ainda mais a produção desses anticorpos, prejudicando bastante a musculatura do coração.

Alergia ou Anafilaxia

A alergia ou anafilaxia é uma hipersensibilidade do nosso

sistema de defesa a certos antígenos fracos do meio ambiente, denominados alergênicos. Dependendo da sensibilidade de cada um, podem ser alergênicos os grãos de pólen, a poeira, os esporos de fungos, substâncias químicas presentes em certos

 

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140 Biologia alimentos ou produzidas por certos organismos e mesmo remédios, dentre muitas outras substâncias.

Os tipos mais comuns de alergia estão relacionados aos anticorpos do grupo das imunoglobulinas E (ou IgE). A febre do feno, por exemplo, e outras alergias provocadas por pólen ocorrem quando o IgE reconhece esses alergênicos. Os IgEs ficam aderidos à membrana plasmática dos mastócitos, que não circulam no nosso corpo, mas ficam no tecido conjuntivo. Ocorrendo a união do antígeno com o IgE dos mastócitos, essas células respondem imediatamente e liberam histamina e outros agentes inflamatórios, armazenados em vesículas no citoplasma. Essas substâncias, conforme já comentado, provocam a dilatação dos casos sangüíneos e alteram sua permeabilidade, fazendo com que fiquemos com o nariz, os olhos ou outra região do corpo afetados, vermelhos e inchados. No caso das alergias respiratórias, é comum ocorrerem espirros, coriza e contração da musculatura lisa, o que freqüentemente provoca dificuldades respiratórias. Drogas anti-histamínicas servem para conter a atuação da histamina nos processos alérgicos.

O choque anafilático é uma reação alérgica mais violenta, devido a uma hipersensibilidade, por exemplo, a picadas de vespas e de abelhas ou a anestésicos usados em cirurgias. Nesses casos, ocorre uma rápida eliminação de histamina pelos mastócitos, havendo dilatação dos vasos sangüíneos periféricos e consequente queda da pressão sangüínea, com possível morte. Outra possível causa de morte nos casos de choque anafilático é o edema de glote, em que o inchaço dessa região pode levar à asfixia.

A aplicação de adrenalina em pacientes que estão apresentando choque anafilático permite a elevação da pressão arterial pelo efeito vasoconstritor da mesma, havendo ação antagônica ao efeito vasodilatador promovido pela histamina. Imunodeficiência

Certos indivíduos são geneticamente incapazes de

desenvolver mecanismos imunológicos. Para pessoas que têm esse problema, a solução é o transplante de medula óssea, para que possa haver a formação de linfócitos. Em outros casos, nem isso é possível, e os indivíduos devem ser mantidos em ambiente hermeticamente fechado, dentro de uma bolha, isolados do contato com o meio ambiente. Essa doença é a síndrome da imunodeficiência combinada severa ou doença da bolha, que se dá devido à falta de uma enzima denominada adenosina-desaminase (ADA). Qualquer microrganismo que consiga penetrar em seu corpo leva-os à morte em pouco tempo. Hoje essa doença pode ser curadas por técnicas de terapia gênica.

Quando vemos casos extremos como da foto acima é que compreendemos a grande importância do nosso sistema imune, que nos possibilita ter uma vida normal, enfrentando todos os micróbios que ocorrem naturalmente nos ecossistemas e que atacam o nosso corpo a todo instante.

A imunodeficiência não é necessariamente uma doença genética, que a pessoa já nasce com ela. Ela pode ser adquirida durante a vida de um indivíduo. Certos tipos de câncer, por exemplo, deprimem o sistema imunológico. É o caso da doença linfoma de Hodgkin, que danifica o sistema linfático e torna o indivíduo suscetível a várias infecções. A AIDS é outro exemplo de imunodeficiência, que no caso é adquirida em função do ataque de vírus aos linfócitos T.

Existem muitas evidências de que o estresse físico ou emocional pode comprometer o sistema imune, desencadeando várias doenças, inclusive o câncer.

Exercícios Questões estilo múltipla escolha 1. (ENEM) O vírus do papiloma humano (HPV, na sigla em inglês) causa o aparecimento de verrugas e infecção persistente, sendo o principal fator ambiental do câncer de colo de útero nas mulheres. O vírus pode entrar pela pele ou por mucosas do corpo, o qual desenvolve anticorpos contra a ameaça, embora em alguns casos a defesa natural do organismo não seja suficiente. Foi desenvolvida uma vacina contra o HPV, que reduz em até 90% as verrugas e 85,6% dos casos de infecção persistente em comparação com pessoas não vacinadas.

Disponível em: http://g1.globo.com. Acesso em: 12 jun. 2011.

O benefício da utilização dessa vacina é que pessoas vacinadas, em comparação com as não vacinadas, apresentam diferentes respostas ao vírus HPV em decorrência da A) alta concentração de macrófagos. B) elevada taxa de anticorpos específicos anti-HPV circulantes. C) aumento na produção de hemácias após a infecção por vírus HPV. D) rapidez na produção de altas concentrações de linfócitos matadores. E) presença de células de memória que atuam na resposta secundária. 2. (ENEM) Segundo Jeffrey M. Smith, pesquisador de um laboratório que faz análises de organismos geneticamente modificados, após a introdução da soja transgênica no Reino Unido, aumentaram em 50% os casos de alergias. “O gene que é colocado na soja cria uma proteína nova que até então não existia na alimentação humana, a qual poderia ser potencialmente alergênica, explica o pesquisador.”

Correio do Estado/MS. 19 abr. 2004 (adaptado).

Considerando-se as informações do texto, os grãos transgênicos que podem causar alergias aos indivíduos que irão consumi-los são aqueles que apresentam, em sua composição, proteínas A) que podem ser reconhecidas como antigênicas pelo sistema imunológico desses consumidores. B) que não são reconhecidas pelos anticorpos produzidos pelo sistema imunológico desses consumidores. C) com estrutura primária idêntica às já encontradas no sistema sanguíneo desses consumidores. D) com sequência de aminoácidos idêntica às produzidas pelas células brancas do sistema sanguíneo desses consumidores. E) com estrutura quaternária idêntica à dos anticorpos produzidos pelo sistema imunológico desses consumidores. 3. (ENEM) A vacina, o soro e os antibióticos submetem os organismos a processos biológicos diferentes. Pessoas que viajam para regiões em que ocorrem altas incidências de febre amarela, de picadas de cobras peçonhentas e de leptospirose e querem evitar ou tratar problemas de saúde relacionados a essas ocorrências devem seguir determinadas orientações. Ao procurar um posto de saúde, um viajante deveria ser orientado por um médico a tomar preventivamente ou como medida de tratamento

 

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141Biologia A) antibiótico contra o vírus da febre amarela, soro antiofídico caso seja picado por uma cobra e vacina contra a leptospirose. B) vacina contra o vírus da febre amarela, soro antiofídico caso seja picado por uma cobra e antibiótico caso entre em contato com a Leptospira sp. C) soro contra o vírus da febre amarela, antibiótico caso seja picado por uma cobra e soro contra toxinas bacterianas. D) antibiótico ou soro, tanto contra o vírus da febre amarela como para veneno de cobras, e vacina contra a leptospirose. E) soro antiofídico e antibiótico contra a Leptospira sp e vacina contra a febre amarela caso entre em contato com o vírus causador da doença. 4. (ENEM) A variação da quantidade de anticorpos específicos foi medida por meio de uma experiência controlada, em duas crianças durante um certo período de tempo. Para a imunização de cada uma das crianças foram utilizados dois procedimentos diferentes:

Criança I: aplicação de soro imune. Criança II: vacinação.

O gráfico que melhor representa as taxas de variação da quantidade de anticorpos nas crianças I e II é:

5. (UNIFOR) Apesar de não haver cura, as alergias podem ser tratadas e, quando o tratamento é bem feito, todos os sintomas podem desaparecer. O tratamento consiste em usar medicamentos para cortar os efeitos da alergia juntamente com o controle do ambiente e a eliminação de alimentos e substâncias que causam a alergia. Outra possibilidade terapêutica são as vacinas. De acordo com o alergista Dr. Marcello Bossois, coordenador do projeto Brasil Sem Alergias, a vacina funciona como um regulador do equilíbrio corporal do paciente.

MENEZES, Samira. Como se defender do próprio organismo. In: Revista dos Vegetarianos, ano 3, n. 42, abril 2009 (com adaptações)

A terapia de dessensibilização – nome apropriado para o tratamento com “vacinas” na alergia, deve considerar o princípio básico de uma reação alérgica. Assim, é correto afirmar que tal terapia deve: A) possuir a mesma substância causadora da alergia, porém numa concentração maior e administrada por uma via diferente causadora da alergia; B) possuir a mesma substância causadora da alergia, porém numa concentração muito menor e administrada pela mesma via causadora da alergia; C) possuir a mesma substância causadora da alergia, porém numa concentração muito menor e administrada por uma via diferente causadora da alergia;

D) possuir uma substância análoga à causadora da alergia, porém numa mesma concentração e pela mesma via causadora da alergia; E) possuir uma substância análoga à causadora da alergia, porém numa concentração muito menor e administrada por uma via diferente causadora da alergia. 6. (FMJ) Nosso corpo constitui um ambiente ideal para a proliferação de organismos invasivos, como vírus e bactérias. Durante o processo evolutivo, desenvolvemos um mecanismo onde os invasores são reconhecidos e, contra eles, são produzidos elementos que os neutralizam. Células são responsáveis por todo esse processo. A identificação do invasor e a produção de anticorpos são efetuadas, respectivamente, por: A) fibroblastos e linfócitos B. B) linfócitos B e eritrócitos. C) eritrócitos e macrófagos. D) macrófagos e linfócitos B. E) eritrócitos e linfócitos B. 7. (FMJ) BANCO DE LEITE BUSCA DOADORAS Instituto Fernandes Filgueiras faz campanha para abastecer estoque. O leite materno e Importante porque o leite é utilizado como uma das medicações para bebês recém-nascidos internados em UTIs neonatais.

Jornal O Globo, 02 julho de 2002

O texto refere-se ao fato do leite ser considerado um medicamento por causa de sua capacidade de: A) hidratar os bebês. B) conferir imunidade passiva. C) estimular a produção de anticorpos. D) estimular o crescimento. E) fornecer energia aos bebês. 8. (FMJ) Em um programa de auditório, Jorge, um participante que já assegurou a quantia de 500 mil reais, foi desafiado pelo apresentar a dobrar seu prêmio. Deveria, para isso, responder corretamente à seguinte pergunta: “Qual dos fenômenos citados que não pode ser considerado uma defesa do organismo contra a invasão de germes patogênicos?” Apesar de ter vastos conhecimentos gerais, biologia não é o forte de Jorge, e ele resolveu pedir ajuda a você. Ajude-o a ganhar um milhão de reais, assinalando a alternativa que corresponde corretamente à pergunta feita pelo apresentador: A) espirro. B) produção de ácido no estômago. C) produção de muco nas vias respiratórias. D) produção de hemácias na medula óssea. E) febre. 9. (UNICHRISTUS) VENUS WILLIAMS JUSTIFICA ABANDONO E REVELA QUE SOFRE DE DOENÇA AUTOIMUNE

10/9/2011 10h44min.

Americana iniciará tratamento e não tem data para voltar às quadras

Por SporTV.com Nova York, EUA

 

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142 Biologia

Venus na estréia no US Open (Foto: Getty

Images)

Venus Williams não apareceu para disputar a segunda rodada e acabou eliminada do US Open. Após a desistência, na noite desta quarta-feira, a americana divulgou uma nota oficial em que diz sofrer da Síndrome de Sjörgren, uma doença autoimune que atinge principalmente mulheres na faixa dos 40 anos. Com o diagnóstico, a tenista iniciará o tratamento específico e não tem data para voltar às quadras. – Recentemente, fui diagnosticada com Síndrome de Sjögren, uma doença autoimune que afeta meu nível de energia e causa fadiga e dores nas articulações. Gostei de ter jogado a primeira partida e queria ter continuado; mas, no momento, sou incapaz de fazê-lo. Estou grata por finalmente ter um diagnóstico e agora estou concentrada em melhorar e voltar logo às quadras – disse. Bicampeã do US Open, Venus perderá a condição de top 100 com a desistência nesta edição do torneio. Enquanto isso, a caçula da família Williams segue subindo no ranking. Nesta quinta-feira, Serena, atual número 28 da WTA, encara a holandesa Michaella Krajicek pela segunda rodada.

http://sportv.globo.com/site/eventos/US-Open/noticia/2011/09/venus-williams-justifica-abandono-ao-revelar-que-tem-doenca-autoimune.html

A atleta acima sofre de uma doença autoimune grave. Sobre esse tema podemos afirmar que: A) As doenças autoimunes são um tipo de desordem imunológica caracterizada pela diminuição da tolerância aos componentes do próprio organismo, de modo que ocorre uma falha no mecanismo de distinção entre antígenos constituintes do organismo e aqueles externos, como vírus e bactérias. B) As doenças autoimunes ocorrem devido à formação de anticorpos contra constituintes de outro organismo. Nesse caso, tais constituintes passam a significar, erroneamente, agressores (anticorpos) ao sistema imunológico. C) As doenças autoimunes são um grupo de mais de 100 doenças relacionadas entre si, que envolvem sempre apenas um órgão do organismo. Inclui doenças que atingem simultaneamente ou sequencialmente esse órgão. D) A Síndrome relatada no texto é uma doença autoimune crônica, em que o sistema imune, que normalmente protege o nosso organismo de doenças e o defende de infecções, fica regulado e ataca tecidos necrosados do próprio corpo. E) Doença autoimune é a situação médica na qual se desenvolve uma enfermidade a partir de uma agressão do organismo contra elementos constitutivos anormais, através dos antígenos. 10. (UNICHRISTUS) QUADROS ALÉRGICOS X MUDANÇAS CLIMÁTICAS Os cuidados devem ser redobrados nesta época do ano, quando o clima alterna períodos de chuva e de sol. As mudanças climáticas favorecem o aumento dos quadros alérgicos e daqueles causados por vírus. A pessoa alérgica, segundo a Dra. Judith Arruda, deve ficar atenta e evitar as viroses, que geralmente acabam agravando os sintomas. Esse paciente é mais vulnerável, uma vez que acaba ocorrendo um estado inflamatório crônico que atinge as mucosas respiratórias.

Extraído de http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=777220, em 02 de outubro de 2010.

Um aluno do Ensino Médio, ao ler a reportagem, buscou estudar o Sistema Imunológico e entender como ocorre o processo das alergias. De acordo com o tema abordado e seus conhecimentos, responda as duas questões seguintes: O aluno, ao estudar, verificou que a alergia é uma hipersensibilidade do sistema imunológico desencadeada pela ação de células que sofrem desgranulação e liberação de substâncias. Marque a opção que indica, corretamente, a célula do tecido conjuntivo, que sofre a desgranulação, a principal substância liberada e seu efeito fisiológico no organismo. A) Eosinófilos; heparina; induz vasoconstrição. B) Linfócitos; interleucinas; ativa os linfócitos T CD-8. C) Mastócitos; histamina; induz vasodilatação. D) Basófilos; anticorpos; aglutina o alérgeno. E) Neutrófilos; prostaglandinas; induz vasoconstricção. 11. (UNICHRISTUS) Podemos afirmar que um dos motivos pelo qual os quadros de viroses e alergias aumentam nas mudanças climáticas é porque: A) a maioria dos microorganismos se desenvolve em condições específicas de temperatura e de umidade, e esta favorece a proliferação de fungos, ácaros, bactérias e vetores de muitas doenças. B) a maioria dos microorganismos se desenvolve em quaisquer condições de temperatura e de umidade. Entretanto, o período chuvoso favorece a reprodução dos vírus e de muitas bactérias. C) a maioria dos microorganismos se desenvolve em condições específicas de temperatura e de umidade, e a água das chuvas transporta, para a região, muitos vetores de doenças. D) apenas alguns microorganismos se desenvolvem em condições específicas de temperatura e de umidade, e a água das chuvas favorece o crescimento dos hospedeiros. E) apenas alguns microorganismos se desenvolvem em condições específicas de temperatura e de umidade, e a esta favorece a proliferação de fungos, ácaros e baratas, organismos vetores de doenças. 12. (UNICHRISTUS) Macrófagos são células que desempenham papel importante no mecanismo de defesa do nosso organismo. Marque a afirmativa que não se relaciona aos macrófagos. A) São células do sistema mononuclear fagocitário. B) Originam-se de monócitos do sangue. C) Apresentam antígenos. D) Secretam anticorpos. E) Secretam citocinas (interleucinas). 13. (UECE) As alergias são respostas do sistema imunológico a substâncias estranhas ao nosso organismo e os sintomas mais comuns das alergias são causados pela ação do exército de defesa do nosso corpo. Em casos mais graves pode ocorrer um processo denominado choque anafilático, que é uma reação alérgica intensa. Dentre os tipos celulares principalmente relacionados a esse tipo de reação estão A) macrófagos e neutrófilos. B) linfócitos e macrófagos. C) mastócitos e basófilos. D) leucócitos e mastócitos. 14. (UECE) Uma pesquisa realizada pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP constatou que crianças que sofrem dores de cabeça com frequência apresentam mais problemas de comportamento, como retraimento, reação emocional e agressividade, quando comparadas a um grupo de crianças sem

 

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143Biologia essas queixas. De acordo com a pesquisa, estas crianças também apresentam reação de desconforto em relação à intensidade de som, luz e movimento, que podem aparecer nos primeiros meses de vida, sendo um importante potencial indicador de dor de cabeça em fases posteriores do desenvolvimento.

Disponível em: http://www.diariodopara.com.br/N-87478-

DOR+DE+CABECA+PODE+AFETAR+COMPORTAMENTO+DA+CRIANCA.html.

A dor de cabeça, queixa frequente nos dias atuais, ocorre quando A) crianças em fase de desenvolvimento apresentam dificuldade de respiração, seguida de diminuição da pressão arterial. B) há o depósito de gordura nas artérias, como resultado de uma alimentação inadequada. C) um desequilíbrio metabólico produz substâncias tóxicas que se depositam na corrente sanguínea e provocam o aumento da pressão arterial. D) os vasos sanguíneos cerebrais ficam dilatados e pressionam os nervos. 15. (UECE) A denominação vacina foi uma homenagem de Pasteur a Jenner, descobridor da vacina como a varíola; para os processos de imunização contra doenças passou-se a usar o termo vacinação. A figura apresenta o esquema utilizado por Pasteur para a produção de vacina contra a cólera aviária. Nela, Vacina (1) e a obtenção de imunização pela Vacinação (2) são representados, respectivamente, por:

A) cultura jovem (1); inoculadas em galinhas não inoculadas previamente (2) B) cultura jovem (1); inoculadas em galinhas inoculadas previamente com cultura atenuada (2) C) cultura atenuada (1); inoculadas em galinhas que passam várias semanas para obter imunização, quando poderão ser inoculadas com culturas jovens sem sofrer danos fatais (2) D) cultura atenuada (1); inoculadas em galinhas que instantaneamente obtêm imunização, podendo ser imediatamente submetidas à inoculação com cultura jovem sem sofrer danos fatais (2)

16. (FACID) As proteínas podem ser consideradas como uma das classes de compostos químicos com maior diversidade de formas e funções em um organismo. Normalmente se configuram como a expressão final da informação gênica. Um grupo particular desses polímeros de aminoácidos são as imunoglobulinas, popularmente denominadas anticorpos. A respeito destes é incorreto afirmar que A) são responsáveis por mediar a imunidade humoral ou adquirida quando circulantes nos fluidos corporais. B) reagem especificamente com moléculas estranhas que causam resposta imunitária no hospedeiro: os imunógenos. C) são secretados pelos plasmócitos a partir da proliferação e diferenciação de linfócitos B. D) podem se relacionar com as reações alérgicas como o choque anafilático. E) sua síntese se dá por ligações peptídicas de um único tipo de aminoácido. 17. (NOVAFAPI) Assinale a alternativa que contenha as associações corretas entre as colunas. I. Infecção por rubéola. II. Passagem de anticorpos maternos pela placenta. III. Administração de soro antiofídico. IV. Vacinação Sabin.

a. Imunização ativa artificial. b. Imunização passiva artificial. c. Imunização passiva natural. d. Imunização ativa natural.

A) Ia, IIb, IIIc, IVd. B) Id, IIb, IIIc, IVa. C) Ib, IIc, IIIa, IVd. D) Ic, IIa, IIIb, IVd. E) Id, IIc, IIIb, IVa. 18. (UFPE) Quando uma proteína estranha (antígeno) penetra em um organismo animal, ocorre a produção de anticorpos para neutralizar a ação desse antígeno. Quando os antígenos agem rapidamente após a sua penetração, como os venenos de cobra, é necessário usar anticorpos. Para obtenção desses anticorpos injetam-se pequenas doses de veneno em um animal, como, por exemplo, em um cavalo, e em seguida observa-se que: 1. no sangue do animal deve começar a aumentar a concentração de anticorpos específicos. 2. na parte líquida do sangue do animal (soro), ficam os anticorpos produzidos. 3. o soro produzido terá a propriedade de curar uma pessoa que tenha sido mordida por cobra cujo veneno foi injetado no animal. 4. as preparações obtidas, denominadas de soros terapêuticos, contêm anticorpos específicos. Está(ão) correta(s): A) 1, 2, 3 e 4. B) 1, 3 e 4 apenas. C) 2 e 3 apenas. D) 4 apenas. E) 1 apenas. 19. (UPE) O sistema imune é aparelhado para enfrentar a ação de diferentes agentes infecciosos, prevenindo doenças. Dentre as estratégias de combate aos patógenos, existem no nosso organismo proteínas, cujo mecanismo de defesa inespecífico vai atuar nos diferentes micro-organismos, como acontece com a ação apresentada pelo interferon (interferão – IFN), na figura abaixo.

 

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144 Biologia

Disponível em: http://biologia12eportefolio.blogspot.com.br/p/imunidade-e-controlo-de-

doencas.html.

Sobre seu mecanismo de ação, é correto afirmar que A) corresponde a um grupo de proteínas fibrosas, conhecidas como citocinas produzidas pelos vírus que aumentam a capacidade das células hospedeiras infectadas para resistir a uma nova infecção pelo vírus. Certos sintomas, tais como febre e dores musculares, estão relacionados com a produção de IFN durante a infecção. B) se trata de um grupo de glicoproteínas naturalmente sintetizadas em nosso corpo, pelos linfócitos T, macrófagos, fibroblastos e outros tipos de células, que atuam na primeira linha de defesa contra as infecções e fazem parte do sistema imunitário não específico. C) ativa as células do sistema imunológico, tais como as células assassinas naturais e os plasmócitos, resultando em memória imunológica, o que aumenta o reconhecimento da infecção pelos anticorpos de linfócitos T. D) o IFN do tipo alfa e aquele produzido por fibroblastos infectados; o do tipo beta é aquele produzido por leucócitos infectados, e o do tipo gama aquele produzido pelas células T ativas e células NK determinadas. E) se constitui em um grupo de proteínas imunorreguladoras, que aumentam a capacidade dos leucócitos para destruir células tumorais, vírus e bactérias; além disso, os interferons alfa e gama podem ativar os macrófagos, que podem, por sua vez, matar as células infectadas pelos vírus. 20. (UPE) Considere o gráfico abaixo sobre a variação da concentração de anticorpos presentes no plasma, ao longo de 60 dias, em resposta à introdução de antígenos no organismo de um mesmo indivíduo.

Biologia – Sônia Lopes vol.1, Ed. Saraiva

Em relação às respostas imunológicas, analise as afirmativas a seguir. I. Na resposta imunológica primária, o tempo para produção de anticorpos é maior que na resposta secundária. A primeira

corresponde à imunização passiva, e a segunda, à imunização ativa. II. Na primeira inoculação, os antígenos são fagocitados pelos linfócitos T auxiliadores. Estes passam a “informação” para os linfócitos T citotóxicos, produtores de anticorpos. III. A resposta secundária está relacionada com memória imunológica, por isso é mais rápido o aumento da concentração de anticorpos. IV. Os anticorpos produzidos são específicos para cada tipo de antígeno e são denominados genericamente imunoglobulinas (Ig). As IgG são imunoglobulinas que passam para o feto, via placentária. V. A primeira inoculação corresponde à administração de vacina, com resposta lenta, mas de duradoura eficiência, e a segunda inoculação corresponde à administração de soro, com resposta imediata, porém de pouca duração. Assinale a alternativa correta. A) Apenas I, II e III estão corretas. B) Apenas I, II e V estão corretas. C) Apenas III e IV estão corretas. D) Apenas IV e V estão corretas. E) Apenas a V está correta. 21. (UPE) SUS vacina contra o rotavírus: crianças de dois meses poderão, a partir de amanhã, ser vacinadas no serviço público contra doença responsável por maior parte das mortes por diarreia.

Jornal do Commercio; Recife, março de 2006.

Em relação às imunizações, é correto afirmar. I. BCG: contra o tétano, cujo agente causador é a bactéria do gênero Clostridium. II. Antipólio: contra a poliomielite, doença com duas fases: intestinal e neurológica. III. Tríplice (coqueluche, difteria e tétano): doenças causadas por bactérias. IV. Tríplice (sarampo, rubéola e caxumba): previne contra doenças tanto de origem viral, como sarampo e rubéola, quanto bacteriana, como a caxumba. Assinale a alternativa correta. A) Apenas I e IV. B) Apenas II, III e IV. C) Apenas I, III e IV. D) Apenas I e III. E) Apenas II e III. 22. (FUVEST) Um camundongo recebeu uma injeção de proteína A e, quatro semanas depois, outra injeção de igual dose da proteína A, juntamente com uma dose da proteína B. No gráfico abaixo, as curvas X, Y e Z mostram as concentrações de anticorpos contra essas proteínas, medidas no plasma sanguíneo, durante oito semanas.

 

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145Biologia W. K. Purves, D. Sadava, G. H. Orians, H. C. Heller. Life, The Science of Biology. Sinauer

Associates, Inc. W. H. Freeman & Comp., 6a ed., 2001. Adaptado.

As curvas A) X e Z representam as concentrações de anticorpos contra a proteína A, produzidos pelos linfócitos, respectivamente, nas respostas imunológicas primária e secundária. B) X e Y representam as concentrações de anticorpos contra a proteína A, produzidos pelos linfócitos, respectivamente, nas respostas imunológicas primária e secundária. C) X e Z representam as concentrações de anticorpos contra a proteína A, produzidos pelos macrófagos, respectivamente, nas respostas imunológicas primária e secundária. D) Y e Z representam as concentrações de anticorpos contra a proteína B, produzidos pelos linfócitos, respectivamente, nas respostas imunológicas primária e secundária. E) Y e Z representam as concentrações de anticorpos contra a proteína B, produzidos pelos macrófagos, respectivamente, nas respostas imunológicas primária e secundária. 23. (FUVEST) A alergia é uma hipersensibilidade desenvolvida em relação a determinadas substâncias, os alergênicos, que são reconhecidas por um tipo especial de anticorpo. A reação alérgica ocorre quando as moléculas do alergênico A) ligam-se a moléculas do anticorpo presas à membrana dos mastócitos, que reagem liberando histaminas. B) desencadeiam, nos gânglios linfáticos, uma grande proliferação de linfócitos específicos. C) são reconhecidas pelas células de memória, que se reproduzem e fabricam grande quantidade de histaminas. D) ligam-se aos anticorpos e migram para os órgãos imunitários primários onde são destruídas. E) são fagocitadas pelos mastócitos e estimulam a fabricação das interleucinas. 24. (UNESP) No filme Eu sou a lenda, um vírus criado pelo homem espalhou-se por toda a população de Nova Iorque. As vítimas do vírus, verdadeiros zumbis, vagam à noite pela cidade, à procura de novas vítimas. No filme, Robert Neville (Will Smith) é um cientista que, sem saber como, tornou-se imune ao vírus. A obsessão de Neville é encontrar outros que, como ele, não estão infectados, e possibilitar um mecanismo para a cura. A cura vem através do sangue: amostras de sangue de pessoas doentes que melhoraram depois de infectadas pelo vírus, quando administradas a outros doentes, podem promover a melhora.

I Am Legend, Francis Lawrence, Warner Bros. Pictures, 2007.

Considerando-se o contido na sinopse do filme, pode-se inferir que, mais provavelmente, o princípio biológico utilizado por Neville para debelar a doença é a administração de A) soro, composto de anticorpos presentes no sangue de pacientes contaminados.

B) soro, composto de antígenos presentes no sangue de pacientes contaminados. C) vacina, composta de anticorpos presentes no sangue de pacientes contaminados. D) vacina, composta de antígenos presentes no sangue de pacientes contaminados. E) vírus atenuados, presentes no sangue de pacientes que melhoraram ou no sangue de pessoas imunes. 25. (UNIFESP) A revista “Veja” (28.07.2004) noticiou que a quantidade de imunoglobulina extraída do sangue dos europeus é, em média, de 3 gramas por litro, enquanto a extraída do sangue dos brasileiros é de 5,2 gramas por litro. Assinale a hipótese que pode explicar corretamente a causa de tal diferença. A) Os europeus tomam maior quantidade de vacinas ao longo de sua vida. B) Os brasileiros estão expostos a uma maior variedade de doenças. C) Os antígenos presentes no sangue do europeu são mais resistentes. D) Os anticorpos presentes no sangue do brasileiro são menos eficientes. E) Os europeus são mais resistentes às doenças que os brasileiros. 26. (UFV) Os principais produtos da resposta imune humoral são os anticorpos ou imunoglobulinas. Cada imunoglobulina é constituída de cadeias de polipeptídios ligadas por pontes dissulfeto (S), conforme a representação abaixo. Os números I, II, III, IV e V indicam componentes ou regiões básicas dessa molécula.

Assinale a alternativa correta: A) As cadeias pesadas estão indicadas por III. B) Uma das cadeias leves está indicada por V. C) O sítio de ligação dos antígenos está indicado por II. D) A região constante está indicada por I. E) A região variável está indicada por IV. 27. (UEG) O termo inflamação pode ser definido como A) o processo de instalação, multiplicação e dano tecidual pela ação de um determinado patógeno. B) a resposta do organismo contra diversos tipos de agentes lesivos, na tentativa de combatê-los e regenerar o tecido. C) a produção de anticorpos específicos contra microrganismos invasores no organismo hospedeiro. D) o estabelecimento de células tumorais em determinados tecidos, que originam o câncer. E) a reação da memória imunitária a uma exposição antigênica subsequente.

 

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146 Biologia 28. (UFT) O esquema a seguir representa o mecanismo de ação de componentes do sistema imunitário.

As células representadas pelas letras A, B, C e D e os tipos de imunidade representados por I e II são, respectivamente: A) Linfócitos B, linfócitos T auxiliares, linfócitos T citotóxicos, macrófagos, imunidade humoral, imunidade celular. B) Macrófagos, linfócitos B, linfócitos T auxiliares, linfócitos T citotóxicos, imunidade celular, imunidade humoral. C) Linfócitos T citotóxicos, macrófagos, linfócitos T auxiliares, linfócitos B, imunidade celular, imunidade humoral. D) Macrófagos, linfócitos T citotóxicos, linfócitos B, linfócitos T auxiliares, imunidade humoral, imunidade celular. E) Macrófagos, linfócitos T auxiliares, linfócitos B, linfócitos citotóxicos, imunidade humoral, imunidade celular. 29. (UFPI) O organismo dos mamíferos é suscetível à infecção por muitos agentes patogênicos, os quais devem, em primeiro lugar, fazer contato com o hospedeiro, para então estabelecer um foco de infecção, causando a doença. Tais microrganismos diferem muito em seus estilos de vida, nas estruturas de suas superfícies e nos métodos patogênicos, exigindo repostas diferentes do sistema imunológico. Sobre a imunidade, é correto afirmar: A) A imunidade inata funciona como primeira linha de defesa pela habilidade de reconhecer certos patógenos e de permitir uma imunidade protetora específica. B) A imunidade adaptativa está baseada na seleção clonal de um repertório de linfócitos portadores de diferentes receptores antígeno-específicos, que permitam ao sistema imune reconhecer qualquer antígeno estranho. C) A imunidade adquirida não é específica e não muda de intensidade com a exposição ao agente invasor, depende da produção de substâncias e da ação de células fagocitárias. D) Os linfócitos B, que sofrem maturação no timo, diferenciam-se em células de memória, que reconhecem os antígenos na resposta imune primária. E) Os linfócitos T, que sofrem maturação na própria medula óssea, diferenciam-se em plasmócitos, que possam produzir anticorpos, liberando-os no plasma sanguíneo para a imunidade humoral. 30. (UFRN) Nosso sistema imunológico funciona como um exército em uma guerra realmente necessária. Há células-soldado, sempre prontas para uma defesa imediata ao encontrar um inimigo, e células-estrategistas, que, primeiro, reconhecem o inimigo e, depois, preparam as melhores armas para destruí-lo. Essas células são, respectivamente, A) neutrófilos e linfócitos. B) linfócitos e basófilos. C) monócitos e neutrófilos. D) basófilos e monócitos.

31. (UFRN) A vacinação é muito eficaz na prevenção de doenças virais, como a poliomielite e o sarampo. No entanto, a eficácia das vacinas diminui quando são aplicadas em indivíduos que não se alimentam adequadamente. Uma explicação para esse fato é que, nesses indivíduos, ocorre A) contato mais frequente com os agentes causadores das doenças. B) produção menor de anticorpos contra o componente da vacina. C) carência de vitaminas, como a C e a E, sujeitando-os a infecções. D) queda na multiplicação de hemácias e leucócitos na medula óssea. 32. (UFF) A Organização Mundial de Saúde (OMS) está fazendo uma campanha de vacinação contra a poliomielite, na Somália, visto que essa doença está se espalhando pela Etiópia e pelo Yemen, podendo alcançar as crianças somalianas, deixando-as paralíticas pelo resto da vida (adaptado do site da OMS, junho de 2005). Supondo-se que uma vacina deve ser aplicada no mínimo duas vezes para garantir a imunização de um individuo, assinale a opção que melhor represente a concentração sangüínea dos anticorpos IgM e IgG, produzidos em resposta à presença do antígeno, após a aplicação de cada uma das doses da vacina.

A)

B)

C)

D)

 

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147Biologia

E)

33. (UFF) Escolha a opção que apresenta o agente imunizante ativo contra-indicado em pacientes com imunidade alterada (imunossupressão ou imunodeficiência) e em mulheres grávidas, pelo risco de desenvolvimento da doença disseminada: A) Vacina a base de vírus vivo. B) Vacina a base de polissacarídeo bacteriano. C) Vacina a base de toxoide bacteriano. D) Gamaglobulina hiperimune. E) Soro extraído de equinos. 34. (UFMG) Uma pancada na cabeça leva frequentemente à formação de um “galo” que pode ser explicado por A) extravasamento de plasma. B) formação de tecido cicatricial. C) formação de um calo ósseo. D) proliferação de células do tecido epitelial. Questões estilo V ou F 35. (UFPE) As vacinas representam algumas das principais ferramentas humanas para o combate às infecções. Sobre este assunto, leia a tabela abaixo, onde consta o calendário básico de vacinação adotado no Brasil, para crianças, e considere as afirmações feitas a seguir. IDADE VACINAS DOSE Ao nascer BCG-ID

Hepatite B única 1ª dose

1 mês Hepatite B 2ª dose 2 meses Tetravalente (DTP + Hib)

VOP (vacina oral contra pólio, Sabin) VORH (vacina oral contra rotavírus humano)

1ª dose 1ª dose 1ª dose

4 meses Tetravalente (DTP + Hib) VOP (vacina oral contra pólio, Sabin)

2ª dose 2ª dose

6 meses VORH (vacina oral contra rotavírus humano) Tetravalente (DTP + Hib) VOP (vacina oral contra pólio, Sabin) Hepatite B

2ª dose 3ª dose 3ª dose 3ª dose

9 meses Febre amarela única 12 meses SRC (tríplice viral, MMR) única 15 meses DTP (tríplice bacteriana)

VOP (vacina oral contra pólio, Sabin)

1º reforço reforço

4-6 anos DTP (tríplice bacteriana) SRC (tríplice viral, MMR)

2º reforço reforço

10 anos Febre amarela reforço Fonte: Ministério da Saúde do Brasil

(_) Vacinas como a BCG, aplicadas para prevenção da tuberculose, são realizadas em dose única, pois são muito

eficientes em estimular linfócitos B de memória, responsáveis pela produção de anticorpos. (_) O título de anticorpos no sangue não se altera após a aplicação da primeira dose de vacinas, como a Tetravalente e a Hepatite B; daí a necessidade da administração de novas doses da vacina. (_) A VORH, aplicada contra rotavírus humanos em três doses, não induz uma boa imunidade na maioria das pessoas, diferente da vacina contra febre amarela, que somente precisa de um reforço. (_) A vacina VOP, contra a poliomielite, é uma das vacinas mais modernas do mundo, pois a simples administração de uma gotinha contendo antígenos do vírus é suficiente para induzir imunidade. (_) Vacinas de DNA, diferentemente das vacinas mostradas na tabela acima, induzem imunidade após a introdução de sequências genéticas microbianas, que se fundem ao cromossomo humano na célula do hospedeiro. Questões discursivas 36. (FMJ) O esquema abaixo está representando uma área de infecção no corpo humano.

Com relação ao esquema, pergunta-se: A) A que correspondem os eventos 1, 2, 3 e 4? B) O que indica tratar-se de uma infecção e não inflamação exclusivamente? C) Que mecanismos são inibidos pelos antimicrobianos no tratamento das infecções? 37. (FMJ) O processo de vacinação constitui atualmente a melhor forma de prevenção de determinadas doenças que não possuem outra forma de controle. Sobre este procedimento, responda: A) Como funciona, no organismo, o processo de vacinação? B) Quais os órgãos envolvidos no processo de resposta imunológica? 38. (FMJ) As doenças contraídas por portadores da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA ou AIDS) são semelhantes àquelas que podem atingir pacientes recém-transplantados. Explique por quê. 39. (UNICAMP) Os médicos verificam se os gânglios linfáticos estão inchados e doloridos para avaliar se o paciente apresenta algum processo infeccioso. O sistema imunitário, que atua no combate a infecções, é constituído por diferentes tipos de glóbulos brancos e pelos órgãos responsáveis pela produção e maturação desses glóbulos. A) Explique como macrófagos, linfócitos T e linfócitos B atuam no sistema imunitário. B) Explique que mecanismos induzem a proliferação de linfócitos nos gânglios linfáticos.

 

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148 Biologia 40. (UNICAMP) Notícias recentes veiculadas pela imprensa informam que o surto de sarampo no Estado de São Paulo foi devido à diminuição do número de pessoas vacinadas nos últimos anos. As autoridades sanitárias também atribuíram o alto número de casos em crianças abaixo de um ano ao fato de muitas mães nunca terem recebido a vacina contra o sarampo. A) Se a mãe já foi vacinada ou já teve sarampo, o bebê fica temporariamente protegido contra essa doença. Por quê? B) Por que uma pessoa que teve sarampo ou foi vacinada fica permanentemente imune à doença? De que forma a vacina atua no organismo? 41. (UNESP) Em 2012, assim como em anos anteriores, o Ministério da Saúde promoveu a campanha para vacinação contra a gripe.

No cartaz, lemos que devem ser vacinadas “Pessoas com 60 anos ou mais”. Essa recomendação aplica-se a todos os que têm mais de 60 anos, independentemente de terem sido vacinados antes, ou somente àqueles que têm mais de 60 anos e que não tinham sido vacinados em anos anteriores? Justifique sua resposta, tendo por base as características antigênicas do vírus da gripe, e explicando como a vacina protege o indivíduo contra a doença. 42. (UNESP) Leia os seguintes fragmentos de textos: 1. Edward Jenner, um médico inglês, observou no final do século XVIII que um número expressivo de pessoas mostrava-se imune à varíola. Todas eram ordenhadoras e tinham se contaminado com “cowpox”, uma doença do gado semelhante à varíola pela formação de pústulas, mas que não causava a morte dos animais. Após uma série de experiências, constatou que estes indivíduos mantinham-se refratários à varíola, mesmo quando inoculados com o vírus.

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2. A 6 de julho de 1885, chegava ao laboratório de Louis Pasteur um menino alsaciano de nove anos, Joseph Meister, que havia sido mordido por um cão raivoso. Pasteur, que vinha desenvolvendo pesquisas na atenuação do vírus da raiva, injetou na criança material proveniente de medula de um coelho infectado. Ao todo, foram 13 inoculações, cada uma com material mais virulento. Meister não chegou a contrair a doença.

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A) Qual dos fragmentos, 1 ou 2, refere-se a processos de imunização passiva? Justifique sua resposta. B) Que tipos de produtos (medicamentos) puderam ser produzidos a partir das experiências relatadas, respectivamente, nos fragmentos de textos 1 e 2? Que relação existe entre o fenômeno observado no relato 1 e as chamadas células de memória? 43. (UERJ) Finalmente, uma vacina combateu em humanos a infecção pelo HIV, o vírus causador da AIDS. Na verdade, uma vacina não. Duas. A combinação de dois imunizantes que já haviam fracassado quando testados isoladamente, em estudos anteriores, reduziu em 31,2% o risco de contaminação.

Adaptado de Isto É, 30/09/2009

As vacinas são um meio eficiente de prevenção contra doenças infecciosas, causadas tanto por vírus como por bactérias. Indique três princípios ativos encontrados nas vacinas e explique como atuam no organismo. 44. (UERJ) O hormônio cortisol, devido a sua acentuada ação anti-inflamatória, é muito usado como medicamento. Observe o seguinte procedimento de terapia hormonal prescrito para um paciente: - administração de doses altas de cortisol diariamente, durante trinta dias; - diminuição progressiva das doses, após esse prazo, até o final do tratamento. No gráfico a seguir, são mostradas a taxa de produção de cortisol pelo organismo do paciente e a concentração desse hormônio no sangue, nos primeiros trinta dias de tratamento.

A) Descreva a alteração da taxa de produção de cortisol durante os primeiros trinta dias. B) Explique o motivo pelo qual, ao final do tratamento, as doses de cortisol devem ser diminuídas progressivamente. 45. (UFC) Leia o texto a seguir. Um exame, ainda que em linhas gerais, do panorama da saúde dos brasileiros ao longo dos últimos 500 anos revela uma história de descaso e sofrimento (...). A varíola teve papel destacado na rápida redução da população indígena, extinguindo tribos inteiras. Os colonizadores logo perceberam essa vulnerabilidade dos nativos e, segundo registros históricos, intencionalmente disseminaram certas doenças entre eles, para diminuir sua resistência aos europeus. No final do século 18, uma violenta epidemia nas áreas colonizadas do Brasil levou Portugal a ordenar uma “variolização”. Essa medida começava com a infecção de jovens escravos que, se não morriam, ficavam com bolhas de pus pelo corpo. Um pouco desse pus era posto em contato com um arranhão na pele de pessoas sadias, para imunizá-las.

Ciência Hoje, vol. 28, no.165, pág.34,36, outubro 2000.

A) Que categoria de organismos é causadora da varíola? B) Cite uma característica que identifique essa categoria de organismo. C) Qual a explicação para a imunização das pessoas com o pus? Que tipo de imunização ocorreu? D) Qual a explicação biológica para a vulnerabilidade das populações indígenas à varíola? 46. (UFRJ) As curvas abaixo mostram a produção de anticorpos específicos de dois indivíduos inoculados com antígenos proteicos do vírus X no dia 0. Com base nas respostas de cada um deles ao antígeno, suspeitou-se de que um dos indivíduos fosse originário de uma região onde a infecção pelo vírus X atinge grande número de indivíduos.

 

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Qual dos dois indivíduos é originário da região com alta incidência do vírus X? Justifique. 47. (UFRJ) Uma pessoa só contrai o cólera se ingerir água contendo, no mínimo, 108 vibriões, o microorganismo causador dessa doença. No entanto, se uma pessoa beber água contendo bicarbonato de sódio – um antiácido – são necessários apenas 104 vibriões para iniciar a doença. Por que ocorre essa diferença? 48. (UFF)

O termo amamentação designa o ato de amamentar, de aceitar uma criança no próprio peito. Mais do que um simples ato de amor, representa a maneira mais eficiente e prática de alimentar e nutrir o filho sem os riscos que a alimentação artificial pode oferecer. Escreva sobre a importância da amamentação para a mãe e para o filho. 49. (UFRRJ) Explique a relação funcional entre as células do esquema abaixo.

Adaptado de JUNQUEIRA, L. C. U. & CARNEIRO, J. Histologia Básica. Rio de Janeiro,

Guanabara Koogan, 1995. p. 83.

50. (UFOP) No ambiente há uma grande variedade de agentes infecciosos microbianos – vírus, bactérias, fungos e parasitos. Estes podem causar danos patológicos e, se eventualmente puderem se multiplicar, são capazes de levar à morte do hospedeiro. Em um primeiro momento, as defesas externas do organismo se apresentam como uma barreira eficiente contra a maioria dos organismos agressores e são poucos os agentes que conseguem penetrar através da pele intacta. Em relação e este contexto, responda: A) Que tipos de defesas inespecíficas os mamíferos possuem? B) Quais são as células do sistema imune e que substâncias produzem? C) Cite dois exemplos de doenças auto-imunes, em que o corpo passa a destruir suas próprias células através de auto-anticorpos.

Aula 38 – Tecidos Cartilaginoso e Ósseo

Tecido cartilaginoso O tecido conjuntivo cartilaginoso é uma forma

especializada de tecido conjuntivo de consistência rígida, embora razoavelmente flexível. Desempenha funções como o suporte de tecidos moles, reveste superfícies articulares, onde absorve choques, facilita os deslizamentos e é essencial para a formação e crescimento dos ossos longos.

As células características do tecido cartilaginoso são os condrócitos. Elas se originam a partir de células de origem embrionária chamadas condroblastos. Os condroblastos secretam a matriz extracelular da cartilagem. Essa matriz é formada basicamente por fibras protéicas e por um material com consistência cartilaginosa, a condrina, além de ácido hialurônico e ácido condroitinossulfúrico.

À medida que a matriz da cartilagem vai sendo formada, os condroblastos vão ficando aprisionados na matriz. Como essa matriz é semi-rígida, não fornece espaços para vasos sangüíneos ou nervos. Cartilagens são, consequentemente, não irrigadas e não inervadas. Assim, os condroblastos não têm nutrição adequada, passando a uma forma de metabolismo bastante reduzido, os condrócitos. Esses são células menores, que se nutrem por difusão e têm função de manter a matriz cartilaginosa na área. A obtenção de energia nessas células se dá por mecanismos de fermentação láctica.

Os condrócitos são observados em grupos de duas, três ou quatro células em cavidades na matriz cartilaginosa chamadas lacunas.

Histogênese da cartilagem hialina, a partir do mesênquima (primeiro desenho, à esquerda). A multiplicação das células mesenquimatosas forma um tecido muito celular. Em seguida, pela produção da matriz, os condroblastos se afastam. Finalmente, a multiplicação mitótica destas células dá origem aos grupos condrócitos (grupos isógenos).

Envolvendo a cartilagem, há um tecido conjuntivo denso,

denominado pericôndrio. Este possui vasos sangüíneos que nutrem e oxigenam a cartilagem por difusão. Além disso, ele forma novos condroblastos por diferenciação de suas células adventícias. Observe então que o crescimento da cartilagem se dá da periferia para o centro: novos condroblastos são formados no pericôndrio que envolve a cartilagem, e quando esses condroblastos formam mais matriz, são aprisionados nela originando condrócitos.

Aula 37 - Sistema Imune 1. Resposta: E Comentário: A imunização ativa consiste na produção de anticorpos (imunoglobulinas) contra um certo antígeno pelo próprio organismo, envolvendo também a produção de células de memória, de modo a conferir memória imunológica. As vacinas desencadeiam um mecanismo de imunização ativa. Nesse processo, é introduzido no corpo de um indivíduo sadio um antígeno, havendo então a produção de anticorpos específicos para esse antígeno. Os antígenos empregados nas vacinações correspondem a formas atenuadas de toxinas ou aos próprios microorganismos causadores das doenças, mas enfraquecidos ou mortos. Os anticorpos e as células de memória são então produzidos para combater o antígeno ou o microorganismo ao qual pertence. O inconveniente das vacinas está no longo tempo necessário para a produção de anticorpos, de modo que sua utilização está restrita à prevenção de doenças, mas não ao tratamento. A resposta imunitária primária ocorre quando o indivíduo recebe o antígeno pela primeira vez: o tempo para a produção de anticorpos é maior, e a quantidade de anticorpos produzidos é menor, comparando-se com o que ocorre na resposta secundária. A resposta imunitária secundária ocorre quando o indivíduo recebe o mesmo antígeno pela segunda vez: o tempo para a produção de anticorpos é menor, e a quantidade de anticorpos produzidos é maior, comparando-se com o que ocorre na resposta primária. Observe o gráfico abaixo:

Pessoas vacinadas apresentam melhores condições de defesa em relação às pessoas não vacinadas porque possuem, além de anticorpos, células de memória que atuam na resposta secundária contra o agressor. 2. Resposta: A Comentário: Antígenos são substâncias orgânicas estranhas ao organismo e que geram uma resposta do sistema imunológico. A alergia (ou anafilaxia) é uma hipersensibilidade do nosso sistema de defesa a certos antígenos fracos, conhecidos como alérgenos, contra os quais nem todos os indivíduos oferecem uma resposta. Os tipos mais comuns de alergia estão relacionados aos anticorpos do grupo das imunoglobulinas E (ou IgE), que ficam aderidos à membrana plasmática dos mastócitos; ocorrendo a união do antígeno com o IgE dos mastócitos, essas células liberam histamina e outros agentes inflamatórios, armazenados em vesículas no citoplasma, que provocam a dilatação dos vasos sangüíneos e alteram sua permeabilidade, gerando edema, vermelhidão e prurido (coceira). Uma vez que vegetais transgênicos contêm algumas proteínas diferentes daquelas encontradas nos vegetais não transgênicos, alguns indivíduos podem apresentar reações alérgicas ao consumir produtos transgênicos. 3. Resposta: B Comentário: Existem vários métodos utilizados na prevenção e no tratamento de doenças, como vacinas, soros e antibióticos. As vacinas desencadeiam um mecanismo de imunização ativa. Nesse processo, é introduzido no corpo de um indivíduo sadio um antígeno, havendo então a produção de anticorpos específicos para esse antígeno. Os antígenos empregados nas vacinações correspondem a formas atenuadas de toxinas ou aos próprios microorganismos causadores das doenças, mas enfraquecidos ou mortos. Os anticorpos e as células de memória são então produzidos para combater o antígeno ou o microorganismo ao qual pertence. O inconveniente das vacinas está no longo tempo necessário para a produção de anticorpos, de modo que sua utilização está restrita à prevenção de doenças, mas não ao tratamento. Nem todas as doenças podem ser prevenidas através de vacinação, como ocorre com algumas doenças onde ocorre grande variação antigênica do agente etiológico, impedindo a produção de uma vacina única contra todas as variantes. Assim, doenças virais como dengue e AIDS e doenças bacterianas como cólera e leptospirose não possuem vacinas disponíveis, enquanto que doenças virais como febre amarela e raiva e doenças bacterianas como tétano e tuberculose possuem

vacinas disponíveis. Os soros desencadeiam um mecanismo de imunização passiva. Como fornece anticorpos já formados, o soro tem efeito imediato, sendo indicado para o tratamento de doenças. Seu inconveniente está no efeito temporário, pois não leva à formação de células de memória e os anticorpos têm uma validade limitada, de modo a não ser útil na prevenção de doenças. Doenças virais como raiva e doenças bacterianas como tétano, quando apresentam o parasita já instalado, são tratadas com soros, que também são aplicados em casos de picadas por animais peçonhentos como cobras (soro antiofídico), escorpiões (soro antiescorpionídeo) e aranhas (soro antiaraneídeo). Soros não são úteis no tratamento de algumas doenças, como febre amarela e dengue causadas por vírus e cólera e leptospirose causadas por bactérias. Antibióticos são substâncias químicas capazes de interferir no metabolismo de bactérias, como pelo impedimento na produção da parede celular (como ocorre com penicilina e derivados) ou pelo impedimento da síntese protéica por inibição do ribossomo bacteriano 70S (como ocorre com tetraciclina e cloranfenicol). Assim, antibióticos são utilizados no tratamento de doenças bacterianas. Como vírus não apresentam metabolismo próprio, não são afetados por antibióticos. Assim, analisando cada item: Item A: falso. Antibióticos não agem contra vírus, bem como não há vacina contra a leptospirose. Item B: verdadeiro. Item C: falso. Soros não são úteis no tratamento de febre amarela, bem como antibióticos não são úteis no caso de picadas de cobras, que devem ser tratadas por soros. Item D: falso. Antibióticos não agem contra vírus ou veneno de cobras, bem como não há vacina contra a leptospirose. Item E: falso. Soros não são úteis no tratamento da leptospirose, sendo que o soro antiofídico é específico para o caso de picadas de cobras, bem como a vacina só funciona para prevenção, não sendo útil caso já tenha havido contato com o vírus da febre amarela. 4. Resposta: B Comentário: As vacinas desencadeiam um mecanismo de imunização ativa. Nesse processo, é introduzido no corpo de um indivíduo sadio o antígeno que causa a doença, havendo então a produção de anticorpos específicos para esse antígeno. Os antígenos empregados nas vacinações correspondem a formas atenuadas de toxinas ou aos próprios microorganismos causadores das doenças, mas enfraquecidos ou mortos. Os anticorpos e as células de memória são então produzidos para combater o antígeno ou o microorganismo ao qual pertence. O inconveniente das vacinas está no longo tempo necessário para a produção de anticorpos, de modo que sua utilização está restrita à prevenção de doenças, mas não ao tratamento. Os soros desencadeiam um mecanismo de imunização passiva. Como fornece anticorpos já formados, o soro tem efeito imediato, sendo indicado para o tratamento de doenças. Seu inconveniente está no efeito temporário, pois não leva à formação de células de memória e os anticorpos têm uma validade limitada, de modo a não ser útil na prevenção de doenças. Assim, - se a criança I recebe soro, o número de anticorpos recebidos inicialmente é alto, mas logo cai porque não há memória imunológica; - se a criança II recebe vacina, o número de anticorpos aumenta gradativamente ao longo de um certo período de tempo, uma vez que sua produção é lenta no processo de imunização ativa. 5. Resposta: C Comentário: A alergia (ou anafilaxia) é uma hipersensibilidade do nosso sistema de defesa a certos antígenos fracos, conhecidos como alérgenos, contra os quais nem todos os indivíduos oferecem uma resposta. Os tipos mais comuns de alergia estão relacionados aos anticorpos do grupo das imunoglobulinas E (ou IgE), que ficam aderidos à membrana plasmática dos mastócitos; ocorrendo a união do antígeno com o IgE dos mastócitos, essas células liberam histamina e outros agentes inflamatórios, armazenados em vesículas no citoplasma, que provocam a dilatação dos vasos sangüíneos e alteram sua permeabilidade, gerando edema, vermelhidão e prurido (coceira). Assim, a aplicação do alérgeno em concentrações baixíssimas e por uma via diferente da causadora da alergia leva à produção de outras categorias de anticorpos contra ele, levando à sua destruição sem que promovam a reação alérgica. 6. Resposta: D Comentário: A imunidade inata ou inespecífica envolve uma série de mecanismos de defesa que não reconhecem os agentes invasores, combatendo todos os tipos de patógenos da mesma maneira, como ocorre com a reação inflamatória e com a ação de leucócitos neutrófilos. A imunidade adquirida ou específica envolve o reconhecimento do agente invasor e a produção de células de defesa específicas contra eles. Nesse processo, o agente invasor é fagocitado por um tipo de macrófago denominado APC (célula apresentadora de antígeno), que expõe seus antígenos em suas membranas e os apresenta aos linfócitos. Dos vários tipos de linfócitos existentes no organismo, há o reconhecimento daquele tipo com receptores específicos para se ligar o antígeno em questão, que é então selecionado, num processo denominado seleção clonal. Os linfócitos sensibilizados (selecionados) se multiplicam, num processo denominado expansão clonal. Por fim, alguns linfócitos sensibilizados de diferenciam em células ativas e outros permanecem como células de memória. No caso dos linfócitos B, as células ativas são os plasmócitos, que produzem anticorpos, no processo de imunidade humoral, e no caso dos linfócitos T8 (ou Tc), as células ativas vão combater vírus e câncer, no processo de imunidade celular. Assim, a identificação do invasor e a produção de anticorpos são efetuadas, respectivamente, por macrófagos e linfócitos B. 7. Resposta: B

Comentário: A imunização passiva consiste no recebimento de anticorpos prontos, sem que haja produção de anticorpos próprios ou células de memória, de modo que o efeito é temporário, não conferindo memória imunológica. Esse processo pode ocorrer artificialmente, através de soros, ou naturalmente, através da transferência de anticorpos de mãe para filho via placenta ou via aleitamento. Assim, o leite materno pode ser considerado um medicamento por causa de sua capacidade de conferir imunidade passiva. 8. Resposta: D Comentário: 9. Resposta: A Comentário: Algumas vezes, por razões ainda pouco conhecidas, o nosso sistema imune ataca o nosso próprio corpo, levando a vários tipos de doenças auto-imunes. Doenças auto-imunes são condições em que o organismo é atacado pelo próprio sistema imunológico, podendo ocorrer por falhas no reconhecimento de antígenos por parte das células imunes ou pelo fato de os anticorpos produzidos contra um microorganismo patogênico acabarem por prejudicar o órgão onde o mesmo se encontra instalado. São exemplos o lúpus eritematoso sistêmico, a diabetes tipo I e a febre reumática. Assim, analisando cada item: Item A: verdadeiro. Item B: falso. As doenças autoimunes ocorrem devido à formação de anticorpos contra constituintes do próprio organismo, e não de outro organismo. Item C: falso. As doenças autoimunes podem afetar vários órgãos do corpo, não envolvendo apenas um órgão do organismo. Item D: falso. A síndrome relatada no texto é uma doença autoimune crônica, em que o sistema imune fica desregulado e ataca tecidos sadios do próprio corpo. Item E: falso. Doença autoimune é a situação médica na qual se desenvolve uma enfermidade a partir de uma agressão do organismo contra elementos constitutivos normais, e não de anormais. 10. Resposta: C Comentário: A alergia (ou anafilaxia) é uma hipersensibilidade do nosso sistema de defesa a certos antígenos fracos, conhecidos como alérgenos, contra os quais nem todos os indivíduos oferecem uma resposta. Os tipos mais comuns de alergia estão relacionados aos anticorpos do grupo das imunoglobulinas E (ou IgE), que ficam aderidos à membrana plasmática dos mastócitos; ocorrendo a união do antígeno com o IgE dos mastócitos, essas células liberam histamina e outros agentes inflamatórios, armazenados em vesículas no citoplasma, que provocam a dilatação dos vasos sangüíneos e alteram sua permeabilidade, gerando edema, vermelhidão e prurido (coceira). 11. Resposta: A Comentário: Uma vez que água é o componente mais abundante da matéria viva, seres vivos em geral dependem de água para poderem se proliferar. Assim, organismos microscópicos que se proliferam em gotículas de saliva e/ou poeira, como fungos, ácaros e bactérias acabam sendo favorecidos por uma maior umidade. 12. Resposta: D Comentário: Macrófagos são células do tecido conjuntivo com atividade fagocítica e produtora de citocinas (como as interleucinas), sendo derivadas de uma classe de leucócitos denominados monócitos, que abandonam os vasos sangüíneos por diapedese. Existem vários tipos de macrófagos no corpo humano, sendo reunidos num conjunto denominado sistema mononuclear fagocítico ou sistema retículo-endotelial. Como exemplo de macrófagos, tem-se as células apresentadoras de antígenos ou APC, que fagocitam microorganismos e os fragmentam em determinantes antigênicos que são apresentados aos linfócitos. No caso dos linfócitos B, há diferenciação em plasmócitos, que então produzem anticorpos. 13. Resposta: C Comentário: A alergia é uma hipersensibilidade do nosso sistema de defesa a certos antígenos do meio ambiente, denominados alergênicos. Dependendo da sensibilidade de cada um, podem ser alergênicos os grãos de pólen, a poeira, os esporos de fungos, substâncias químicas presentes em certos alimentos ou produzidas por certos organismos e mesmo remédios, dentre muitas outras substâncias. Em contato com o alérgeno, células como os mastócitos do tecido conjuntivo e os basófilos do sangue liberam histamina e outros agentes inflamatórios, armazenados em vesículas no citoplasma. Essas substâncias, conforme já comentado, provocam a dilatação dos casos sangüíneos e alteram sua permeabilidade, fazendo com que fiquemos com o nariz, os olhos ou outra região afetada, vermelhos e inchados. No caso das alergias respiratórias, é comum ocorrerem espirros, coriza e contração da musculatura lisa, o que freqüentemente provoca dificuldades respiratórias. A reação alérgica é desencadeada principalmente por mastócitos e basófilos.

14. Resposta: D Comentário: A inflamação consiste em um conjunto de reações que têm como objetivo otimizar os processos de reparo e defesa, sendo desencadeado por mediadores químicos (principalmente prostaglandinas) liberados por células lesadas por agentes físicos, mecânicos, químicos ou biológicos. Dentro do sistema imune, o processo inflamatório se enquadra na defesa inata (inespecífica). Os mediadores da inflamação, como a histamina e as prostaglandinas, desencadeiam: - vasodilatação, aumentando o fluxo de sangue, e, conseqüentemente, de nutrientes para o reparo e de leucócitos e anticorpos para defesa contra infecções. - aumento na permeabilidade vascular, facilitando a diapedese, e - dor, evitando a utilização da região inflamada para prevenir um agravamento da lesão. São descritos 5 sinais clássicos que caracterizam a inflamação: - rubor ou vermelhidão, devido à vasodilatação e ao aumento do aporte de sangue para a área; - calor local, devido ao atrito gerado entre o sangue e a parede dos vasos sangüíneos; - edema ou inchaço, promovido pelo extravasamento de plasma do sangue para os tecidos vizinhos devido ao aumento na permeabilidade desses vasos; - dor; - perda de função, devido à dor. Na cabeça, a vasodilatação que ocorre no processo inflamatório potencializa a dor, uma vez que a parede óssea do crânio é rígida e oferece resistência à expansão dos vasos. 15. Resposta: C Comentário: As vacinas desencadeiam um mecanismo de imunização ativa. Nesse processo, é introduzido no corpo de um indivíduo sadio o antígeno que causa a doença, havendo então a produção de anticorpos específicos para esse antígeno. Os antígenos empregados nas vacinações correspondem a formas atenuadas de toxinas ou aos próprios microorganismos causadores das doenças, mas enfraquecidos ou mortos. Os anticorpos e as células de memória são então produzidos para combater o antígeno ou o microorganismo ao qual pertence. No caso da galinha ter sido inoculado com a cultura atenuada de bactéria, ocorre imunização passiva, tanto é que ela permanece saudável e, ao ser inoculada com a cultura virulenta de bactéria, sobrevive (ao contrário da galinha não inoculada previamente, que morre quando inoculada com a cultura virulenta de bactéria). Assim, a cultura atenuada que desencadeia a imunização ativa faz o papel de vacina (1), e sua inoculação na galinha desempenha o papel de vacinação (2). 16. Resposta: E Comentário: 17. Resposta: E Comentário: 18. Resposta: A Comentário: Os soros desencadeiam um mecanismo de imunização passiva. Como fornece anticorpos já formados, o soro tem efeito imediato, sendo indicado para o tratamento de doenças. Seu inconveniente está no efeito temporário, pois não leva à formação de células de memória e os anticorpos têm uma validade limitada, de modo a não ser útil na prevenção de doenças. Assim, no caso de picadas de cobras peçonhentas, o efeito imediato do soro impede a morte do indivíduo picado pela ação do veneno. Os anticorpos contidos nos soros são produzidos com a atenuação do efeito de um certo antígeno, que é então inoculado em um mamífero, geralmente um cavalo. Esse animal passa a produzir anticorpos contra esse antígeno. Após algum tempo, a dose é reforçada; de anticorpos no sangue. Após certo tempo, coleta-se um pouco do sangue do cavalo inoculado e separa-se dele o soro, que contém os anticorpos. Esse soro é preparado e utilizado nas pessoas. Assim, 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras. 19. Resposta: B Comentário: 20. Resposta: C Comentário: A imunização ativa consiste na produção de anticorpos (imunoglobulinas) contra um certo antígeno pelo próprio organismo, envolvendo também a produção de células de memória, de modo a conferir memória imunológica. A resposta imunitária primária ocorre quando o indivíduo recebe o antígeno pela primeira vez: o tempo para a produção de anticorpos é maior, e a quantidade de anticorpos produzidos é menor, comparando-se com o que ocorre na resposta secundária. A resposta imunitária

secundária ocorre quando o indivíduo recebe o mesmo antígeno pela segunda vez: o tempo para a produção de anticorpos é menor, e a quantidade de anticorpos produzidos é maior, comparando-se com o que ocorre na resposta primária. Observe o gráfico abaixo:

A imunização passiva consiste no recebimento de anticorpos prontos, sem que haja produção de anticorpos próprios ou células de memória, de modo que o efeito é temporário, não conferindo memória imunológica. Assim: Item I: falso. Na resposta imunológica primária, o tempo para produção de anticorpos é maior que na resposta secundária, uma vez que ainda não há células de memória contra o antígeno em questão. Ambas são formas de imunização ativa. Item II: falso. Na resposta imune, os antígenos são fagocitados por macrófagos denominados APC (células apresentadoras de antígeno), que expõe seus antígenos em suas membranas e os apresenta aos linfócitos T. Estes passam a “informação” para os linfócitos B, que se concertem em plasmócitos produtores de anticorpos. Item III: verdadeiro. Na resposta imune secundária, o tempo para produção de anticorpos é menor por que já há células de memória contra o antígeno em questão, o que também leva a uma resposta mais intensa. Item IV: verdadeiro. Os anticorpos produzidos são específicos para cada tipo de antígeno e são denominados genericamente imunoglobulinas (Ig). Dos cinco tipos de imunoglobulina (IgA, IgD, IgE, IgG e IgM), as IgG são as únicas que passam para o feto, via placentária, promovendo imunização passiva. Item V: falso. As duas inoculações são de antígenos, podendo uma delas representar a primeira dose de uma vacina (com resposta imune 1ª) e a outra a segunda dose da mesma vacina (com resposta imune 2ª). 21. Resposta: E Comentário: As vacinas desencadeiam um mecanismo de imunização ativa. Nesse processo, é introduzido no corpo de um indivíduo sadio um antígeno, havendo então a produção de anticorpos específicos para esse antígeno. Os antígenos empregados nas vacinações correspondem a formas atenuadas de toxinas ou aos próprios microorganismos causadores das doenças, mas enfraquecidos ou mortos. Os anticorpos e as células de memória são então produzidos para combater o antígeno ou o microorganismo ao qual pertence. O inconveniente das vacinas está no longo tempo necessário para a produção de anticorpos, de modo que sua utilização está restrita à prevenção de doenças, mas não ao tratamento. Nem todas as doenças podem ser prevenidas através de vacinação, como ocorre com algumas doenças onde ocorre grande variação antigênica do agente etiológico, impedindo a produção de uma vacina única contra todas as variantes. Assim, doenças virais como dengue e AIDS e doenças bacterianas como cólera e leptospirose não possuem vacinas disponíveis, enquanto que doenças virais como febre amarela e raiva e doenças bacterianas como tétano e tuberculose possuem vacinas disponíveis. Algumas das vacinas obrigatórias na infância e disponibilizadas pelo sistema público de saúde brasileiro são: - BCG, contra a tuberculose, causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis (contraída pela inalação de aerossóis de saliva e que afeta pulmões, pele, ossos e fígado); - DPT ou Tríplice Bacteriana, contra coqueluche causada pela bactéria Haemophilus pertussis (contraída pela inalação de aerossóis de saliva e que afeta o sistema respiratório), difteria causada pela bactéria Corynebacterium diphteriae (contraída pela inalação de aerossóis de saliva e que afeta o sistema respiratório), e tétano causado pela bactéria Clostridium tetani (contraída pela penetração de esporos em ferimentos e que afeta o sistema nervoso); - Antipólio, sendo a Sabin por via oral e a Salk por via injetável, contra a poliomielite ou paralisia infantil causada pelo poliovírus (contraída pela ingestão de gotículas de saliva e que afeta os nervos motores do sistema nervoso); - MMR ou Tríplice viral, contra rubéola (contraída pela inalação de aerossóis de saliva e que afeta pele), sarampo (contraída pela inalação de aerossóis de saliva e que afeta pele), e caxumba (contraída pela inalação de aerossóis de saliva e que afeta as glândulas salivares parótidas). Analisando cada item: Item I: falso. A vacina BCG age contra a tuberculose causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis. Item II: verdadeiro. A vacina antipólio age contra a poliomielite, adquirida por via oral, penetrando pelo tubo digestivo (intestino) e afetando o sistema nervoso.

Item III: verdadeiro. A vacina DPT ou tríplice bacteriana age contra coqueluche, difteria e tétano, todas doenças causadas por bactérias. Item IV: falso. A vacina MMR ou tríplice viral age contra sarampo, rubéola e caxumba, todas doenças causadas por vírus. 22. Resposta: A Comentário: A imunização ativa consiste na produção de anticorpos (imunoglobulinas) contra um certo antígeno pelo próprio organismo, envolvendo também a produção de células de memória, de modo a conferir memória imunológica. A resposta imunitária primária ocorre quando o indivíduo recebe o antígeno pela primeira vez: o tempo para a produção de anticorpos é maior, e a quantidade de anticorpos produzidos é menor, comparando-se com o que ocorre na resposta secundária. A resposta imunitária secundária ocorre quando o indivíduo recebe o mesmo antígeno pela segunda vez: o tempo para a produção de anticorpos é menor, e a quantidade de anticorpos produzidos é maior, comparando-se com o que ocorre na resposta primária. Observe o gráfico abaixo:

A imunização passiva consiste no recebimento de anticorpos prontos, sem que haja produção de anticorpos próprios ou células de memória, de modo que o efeito é temporário, não conferindo memória imunológica. Assim, analisando cada situação: - Como o camundongo recebe inicialmente a proteína A, apresenta uma resposta imune primária (mais fraca) contra ela, o que está representado pela curva X; - Quando o camundongo recebe nova dose da proteína A juntamente com uma dose da proteína B, apresenta uma resposta imune secundária (mais forte) contra a proteína A, o que está representado pela curva Z, e uma resposta imune primária (mais fraca) contra a proteína B, o que está representado pela curva Y. Assim, X e Z representam as concentrações de anticorpos contra a proteína A, produzidos pelos linfócitos, respectivamente, nas respostas imunológicas primária e secundária. 23. Resposta: A Comentário: A alergia é uma hipersensibilidade do nosso sistema de defesa a certos antígenos fracos, conhecidos como alérgenos, contra os quais nem todos os indivíduos oferecem uma resposta. Os tipos mais comuns de alergia estão relacionados aos anticorpos do grupo das imunoglobulinas E (ou IgE), que ficam aderidos à membrana plasmática dos mastócitos; ocorrendo a união do antígeno com o IgE dos mastócitos, essas células liberam histamina e outros agentes inflamatórios, armazenados em vesículas no citoplasma, que provocam a dilatação dos vasos sangüíneos e alteram sua permeabilidade, gerando edema, vermelhidão e prurido (coceira). 24. Resposta: A Comentário: As vacinas desencadeiam um mecanismo de imunização ativa. Nesse processo, é introduzido no corpo de um indivíduo sadio o antígeno que causa a doença, havendo então a produção de anticorpos específicos para esse antígeno. Os antígenos empregados nas vacinações correspondem a formas atenuadas de toxinas ou aos próprios microorganismos causadores das doenças, mas enfraquecidos ou mortos. Os anticorpos e as células de memória são então produzidos para combater o antígeno ou o microorganismo ao qual pertence. O inconveniente das vacinas está no longo tempo necessário para a produção de anticorpos, de modo que sua utilização está restrita à prevenção de doenças, mas não ao tratamento. Os soros desencadeiam um mecanismo de imunização passiva. Como fornece anticorpos já formados, o soro tem efeito imediato, sendo indicado para o tratamento de doenças. Seu inconveniente está no efeito temporário, pois não leva à formação de células de memória e os anticorpos têm uma validade limitada, de modo a não ser útil na prevenção de doenças. Assim, mais provavelmente, o princípio biológico utilizado por Neville para debelar a doença é a administração de soro, composto de anticorpos presentes no sangue de pacientes contaminados.

25. Resposta: B Comentário: A imunização ativa consiste na produção de anticorpos pelo próprio organismo, envolvendo também a produção de células de memória, de modo a conferir memória imunológica. Nesse processo, há introdução no corpo de um indivíduo de um antígeno, havendo então a produção de anticorpos e células de memória específicos para combater o antígeno ou o microorganismo ao qual pertence. Assim, uma maior diversidade e quantidade de anticorpos está relacionada a uma maior exposição a antígenos, o que poderia se dar por um maior recebimento de vacinas ou uma maior exposição a diferentes organismos patogênicos. Como no Brasil há aplicação das mesmas vacinas que se aplica na Europa, a explicação mais plausível para a maior quantidade de anticorpos nos brasileiros está na exposição a uma maior quantidade de doenças. Isso se explica pela baixa cobertura de saneamento básico e água tratada no Brasil, procedimentos que evitam a maior parte das doenças infecciosas (que têm transmissão oral-fecal, ou seja, por água ou alimentos contaminados por fezes de indivíduos doentes). 26. Resposta: B Comentário: Os anticorpos, também chamados de imunoglobulinas, são proteínas que têm uma estrutura molecular em forma de Y. A extremidade da base do Y, denominada porção Fc é a mesma para todos os anticorpos de uma mesma classe, sendo inespecífica. Essa região inespecífica pode se ligar às células de defesa do organismo, como os macrófagos, que por isso reconhecem facilmente o anticorpo. As duas extremidades superiores do Y, chamadas porções Fab, são idênticas aos receptores de membrana que eles possuem, sendo, pois específicas para determinante antigênico em questão. São essas regiões que se ligam aos antígenos pelos determinantes antigênicos. Observe o esquema abaixo:

Assim, - I representa o sítio de ligação com o antígeno; - II representa as cadeias pesadas; - III representa a porção específica (Fab), que varia de anticorpo para anticorpo; - IV representa a porção inespecífica (Fc), constante para uma determinada classe de anticorpos e que se liga às células de defesa. - V representa uma cadeia leve. 27. Resposta: B Comentário: A inflamação consiste em um conjunto de reações que têm como objetivo otimizar os processos de reparo e defesa, sendo desencadeado por mediadores químicos (principalmente prostaglandinas) liberados por células lesadas por agentes físicos, mecânicos, químicos ou biológicos. Dentro do sistema imune, o processo inflamatório se enquadra na defesa inata (inespecífica). Os mediadores da inflamação desencadeiam vasodilatação (aumentando o fluxo de sangue, e conseqüentemente de nutrientes para o reparo e leucócitos e anticorpos para defesa contra infecções), aumento na permeabilidade vascular (facilitando a diapedese) e dor (evitando a utilização da região inflamada para prevenir um agravamento da lesão). São descritos 5 sinais clássicos que caracterizam a inflamação:

- rubor ou vermelhidão, devido à vasodilatação e ao aumento do aporte de sangue para a área; - calor local, devido ao atrito gerado entre o sangue e a parede dos vasos sangüíneos; - edema ou inchaço, promovido pelo extravasamento de plasma do sangue para os tecidos vizinhos devido ao aumento na permeabilidade desses vasos; - dor; - perda de função, devido à dor. 28. Resposta: E Comentário: 29. Resposta: B Comentário: A imunidade inata ou inespecífica envolve uma série de mecanismos de defesa que não reconhecem os agentes invasores, combatendo todos os tipos de patógenos da mesma maneira, como ocorre com a reação inflamatória e com a ação de leucócitos neutrófilos. A imunidade adquirida ou específica envolve o reconhecimento do agente invasor e a produção de células de defesa específicas contra eles. Nesse processo, o agente invasor é fagocitado por um tipo de macrófago denominado APC (célula apresentadora de antígeno), que expõe seus antígenos em suas membranas e os apresenta aos linfócitos. Dos vários tipos de linfócitos existentes no organismo, há o reconhecimento daquele tipo com receptores específicos para se ligar o antígeno em questão, que é então selecionado, num processo denominado seleção clonal. Os linfócitos sensibilizados (selecionados) se multiplicam, num processo denominado expansão clonal. Por fim, alguns linfócitos sensibilizados de diferenciam em células ativas e outros permanecem como células de memória. No caso dos linfócitos B, as células ativas são os plasmócitos, que produzem anticorpos, no processo de imunidade humoral, e no caso dos linfócitos T8 (ou Tc), as células ativas vão combater vírus e câncer, no processo de imunidade celular. Assim: Item A: falso. A imunidade inata funciona como primeira linha de defesa, mas não tem a habilidade de reconhecer patógenos, sendo inespecífica. Item B: verdadeiro. Item C: falso. A imunidade adquirida é específica e se torna mais intensa com a repetição da exposição ao agente invasor, graças ao estímulo às células de memória. Item D: falso. Os linfócitos B que originam os plasmócitos sofrem maturação no tecido linfóide difuso espalhado em várias regiões do corpo, principalmente no intestino. Item E: falso. Os linfócitos T sofrem maturação no timo. 30. Resposta: A Comentário: Neutrófilos são leucócitos de ação fagocítica relacionados à defesa inespecífica, uma vez que agem indistintamente contra quaisquer invasores; já os linfócitos estão envolvidos na defesa específica, pois, uma vez que os linfócitos B são apresentados aos antígenos dos invasores, passam a plasmócitos que produzirão anticorpos específicos contra o antígeno em questão. 31. Resposta: B Comentário: As vacinas desencadeiam um mecanismo de imunização ativa. Nesse processo, é introduzido no corpo de um indivíduo sadio o antígeno que causa a doença, havendo então a produção de anticorpos específicos para esse antígeno. Os antígenos empregados nas vacinações correspondem a formas atenuadas de toxinas ou aos próprios microorganismos causadores das doenças, mas enfraquecidos ou mortos. Os anticorpos e as células de memória são então produzidos para combater o antígeno ou o microorganismo ao qual pertence. Como os anticorpos são proteínas, a carência nutricional das mesmas impede a formação adequada dos anticorpos, mesmo em indivíduos vacinados, pela falta de aminoácidos como matéria-prima para sua produção. 32. Resposta: A Comentário: A resposta imunitária primária ocorre quando o indivíduo recebe o antígeno pela primeira vez: o tempo para a produção de anticorpos é maior, e a quantidade de anticorpos produzidos é menor, comparando-se com o que ocorre na resposta secundária. Isso se dá pela inexistência de células de memória específicas para combater o antígeno em questão. A resposta imunitária secundária ocorre quando o indivíduo recebe o mesmo antígeno pela segunda vez: o tempo para a produção de anticorpos é menor, e a quantidade de anticorpos produzidos é maior, comparando-se com o que ocorre na resposta primária. Isso se dá pela existência de células de memória específicas para combater o antígeno em questão, que foram formadas na resposta imune 1ª. Observe o gráfico abaixo:

Assim, a resposta imune 1ª sempre é bem menos intensa que a resposta imune 2ª, não importando o tipo de anticorpo analisado, o que se pode notar nos dois gráficos do item A. 33. Resposta: A Comentário: Os soros desencadeiam um mecanismo de imunização passiva, que consiste no recebimento de anticorpos prontos, sem que haja produção de anticorpos próprios ou células de memória. As vacinas desencadeiam um mecanismo de imunização ativa. Nesse processo, é introduzido no corpo de um indivíduo sadio o antígeno que causa a doença, havendo então a produção de anticorpos específicos para esse antígeno. Os antígenos empregados nas vacinações correspondem a formas atenuadas de toxinas ou aos próprios microorganismos causadores das doenças, mas enfraquecidos ou mortos. Os anticorpos e as células de memória são então produzidos para combater o antígeno ou o microorganismo ao qual pertence. Em indivíduos com imunidade adequada, os microorganismos atenuados são facilmente eliminados pelo sistema imune, não oferecendo risco algum. No caso de indivíduos com baixa imunidade e no caso de mulheres grávidas, entretanto, as vacinas à base de microorganismos atenuados oferecem o risco de contração da doença, uma vez que o microorganismo está vivo Nesses casos, é mais seguro a administração de vacinas à base de microorganismos mortos, que não oferecem risco algum. Essas vacinas podem ser constituídas de partes do microorganismo que não seja tóxicas, como, por exemplo, seus polissacarídeos. 34. Resposta: A Comentário: A inflamação consiste em um conjunto de reações que têm como objetivo otimizar os processos de reparo e defesa, sendo desencadeado por mediadores químicos (principalmente prostaglandinas) liberados por células lesadas por agentes físicos, mecânicos, químicos ou biológicos. Dentro do sistema imune, o processo inflamatório se enquadra na defesa inata (inespecífica). Os mediadores da inflamação desencadeiam vasodilatação (aumentando o fluxo de sangue, e conseqüentemente de nutrientes para o reparo e leucócitos e anticorpos para defesa contra infecções), aumento na permeabilidade vascular (facilitando a diapedese) e dor (evitando a utilização da região inflamada para prevenir um agravamento da lesão). São descritos 5 sinais clássicos que caracterizam a inflamação: - rubor ou vermelhidão, devido à vasodilatação e ao aumento do aporte de sangue para a área; - calor local, devido ao atrito gerado entre o sangue e a parede dos vasos sangüíneos; - edema ou inchaço, promovido pelo extravasamento de plasma do sangue para os tecidos vizinhos devido ao aumento na permeabilidade desses vasos; - dor; - perda de função, devido à dor. Assim, o “galo” equivale ao edema da inflamação, sendo desencadeado basicamente pelo extravasamento de plasma. 35. Resposta: FFFVF Comentário: 1º item: falso. A vacina BCG (Bacilo Calmette-Guérin) é utilizada para a prevenção da tuberculose, sendo obtida a partir da cultura de um bacilo de tuberculose bovina atenuado. O Ministério da Saúde no Brasil recomenda que a primeira vacinação da BCG aconteça a partir do primeiro mês de vida ou durante o primeiro ano de vida. A dose de reforço acontece após os 10 anos de idade. As reações previsíveis são as erupções avermelhadas na pele, as chamadas exantemas. A vacina, em alguns casos, pode deixar uma pequena cicatriz. Ela é muito eficiente em estimular linfócitos B a formarem plasmócitos, responsáveis pela produção de anticorpos, e células

de memória, que podem facilmente passar a plasmócitos, o que justifica um intervalo tão grande (cerca de 10 anos) entre a primeira dose e o reforço. 2º item: falso. Após a aplicação da primeira dose de vacinas, há produção de anticorpos, aumentando sua concentração no sangue, mas com a administração de novas doses da vacina, a resposta imunitária 2ª mais intensa aumenta ainda mais essa concentração. 3º item: falso. A VORH, aplicada contra rotavírus humanos em três doses, induz uma boa imunidade na maioria das pessoas, apesar dos reforços serem necessários para otimizar essa imunidade. 4º item: verdadeiro. A vacina VOP, contra a poliomielite (paralisia infantil) é administrada por via oral. 5º item: falso. Vacinas de DNA consistem na introdução, por técnicas de engenharia genética, de seqüencias genéticas microbianas nas células humanas, levando à produção de antígenos, que estimulam a produção permanente de anticorpos no indivíduo vacinado; no entanto, os genes microbianos são aplicados através de vetores, não se fusionando necessariamente ao cromossomo humano na célula do hospedeiro. 36. Resposta: A) diapedese (1), fagocitose (2), digestão intracelular (3) e formação de pus (4). B) A presença de bactérias. C) Inibindo a síntese da parede celular de bactérias, inibindo mecanismos de produção de ATP das bactérias. 37. Resposta: A) A vacinação consiste na aplicação de antígenos para estimular a produção de anticorpos pelo corpo. B) Gânglios ou nódulos linfáticos, timo, baço, medula óssea vermelha, etc. 38. Resposta: Para evitar a rejeição do transplante, deve-se fazer uso de drogas imunossupressoras. Tanto pacientes com AIDS (imunodeficientes) como pacientes transplantados (imunossuprimidos) não têm sistema imune em funcionamento adequado, o que aumenta a chance da ocorrência de infecções oportunistas. 39. Resposta: A) Macrófagos fazem fagocitose específica. Linfócitos T4 controlam o sistema imune através da produção de citocinas; os linfócitos T8 combatem vírus e câncer; linfócitos B originam plasmócitos produtores de anticorpos específicos. B) A passagem e contato dos agentes infecciosos com os linfócitos presentes nos gânglios linfáticos induz a proliferação destes glóbulos brancos. 40. Resposta: A) Os anticorpos maternos passam para o organismo do bebê através do aleitamento ou na fase fetal, pela placenta. B) A vacina contém o próprio agente viral causador do sarampo e induz o organismo vacinado à produzir ativamente anticorpos específicos. A imunização por vacinação pode ser considerada quase permanente, pois existe uma memória imunológica que é prontamente ativada cada vez que o corpo humano entra em contato com o antígeno causador da doença. 41.  Resposta: A vacinação contra a gripe deve ser feita anualmente em indivíduos com mais de 60 anos, independentemente de já terem tomado a vacina anteriormente ou não. Essa recomendação é feita com base na alta capacidade mutagênica do vírus da gripe e, desta forma, vacinas dos anos anteriores não combateriam os novos antígenos que, por ventura, teriam se formado. Assim sendo, a vacinação anual introduziria novos antígenos virais na população, os quais provocam a produção de anticorpos específicos para esses novos vírus. 42. Resposta: A) 2. Ao injetar na criança material proveniente de medula do coelho infectado, Pasteur forneceu-lhe anticorpos aí produzidos. B) Vacinas e soros. As pessoas que se infectavam com a varíola bovina eram expostas a antígenos que estimulavam nelas a produção de células de memória, que se diferenciam em plasmócitos para produzir anticorpos caso o antígeno reapareça. 43. Resposta: Microrganismos mortos, atenuados (inativados) ou antígenos específicos extraídos desses patógenos. Estimulam as defesas do organismo a produzir anticorpos específicos. 44.

Resposta: A) O nível aumentado de cortisol na circulação, após sua administração, inibe a produção do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) pelo lobo anterior da hipófise (adenoipófise), o que promove uma diminuição do estímulo da produção do cortisol pelas glândulas supra-renais. B) A retirada progressiva do cortisol permite um aumento também progressivo do ACTH circulante, evitando um quadro de hipofunção do córtex supra-renal após o término do tratamento. 45. Resposta: Os vírus constituem a categoria de organismos causadores da varíola, cujas características são: não possuem organização celular, sendo constituídos basicamente por uma cápsula protéica em cujo interior existe apensa um tipo de ácido nucléico, DNA ou RNA; não apresentam metabolismo próprio, permanecendo inativos quando fora das células vivas e reproduzindo-se no interior de células vivas, utilizando os recursos da célula hospedeira. A imunização das pessoas com pus deveu-se ao fato deste conter os vírus atenuados, que, quando em contato com um arranhão na pele de pessoas sadias, tinham a capacidade de imunizá-las. Esse tipo de imunização denomina-se ativa e artificial, pois o organismo é estimulado a produzir anticorpos. No caso, o pus contém vírus atenuados, que são incapazes de causar a doença, mas potentes para estimular a produção de anticorpos e induzir a proliferação de células de memória. No outro tipo de imunização, chamada passiva, o indivíduo recebe os anticorpos prontos contra a doença, já que seu organismo não os produziu. É o caso da imunização através da placenta e do leite materno. No entanto a ação desses anticorpos é imediata, iniciando-se logo que entram no organismo receptor, mas desaparecem após algumas semanas ou meses. No caso da vulnerabilidade das populações indígenas à doença, por estarem confinados no continente americano por milhares de anos, os índios não desenvolveram resistências imunológicas contra várias doenças disseminadas pelos europeus, sendo dizimados ao contrair gripe, sarampo, sífilis e varíola. 46. Resposta: Indivíduo A, uma vez que sua resposta imunológica é mais rápida intensa, demonstrando que ele já estava sensibilizado para o referido vírus. 47. Resposta: O ácido clorídrico (HCl) elimina bactérias. Com o antiácido, o teor de acidez não é suficiente para eliminar as bactérias, o que aumenta a possibilidade do desenvolvimento de cólera mesmo com poucas bactérias (que têm então mais chances de sobreviver). 48.

Resposta: O leite materno é isento de contaminação e oferece as condições ótimas de assimilação pela criança, não sofre manipulação nem está sujeito à armazenagem que pode modificá-lo; possui anticorpos que passam da mãe para a criança, imunizando-a temporariamente contra diversas doenças; evita distúrbios digestivos no lactente, como costuma acontecer com a alimentação artificial; apresenta temperatura adequada e não tem custo. A amamentação provoca um maior estreitamento psicológico no relacionamento mãe-filho. 49. Resposta: A bactéria no organismo sofre fagocitose pelos macrófagos, que então fazem a apresentação dos antígenos aos linfócitos B, que sofrem diferenciação em plasmócitos para produzir anticorpos. 50. Resposta: A) Tecido epitelial que recobre a superfície externa do corpo, do trato respiratório e gastrintestinal, com suas secreções. Macrófagos também podem fagocitar de forma inespecífica. B) Linfócitos – produzem anticorpos Macrófagos – produzem linfocinas C) Lupus eritematoso Esclerose múltipla Distrofias musculares Diabetes tipo I.