folha do bom retiro | outubro 2013 . edição 17

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“Transformando a comunidade através do serviço” Edição 17 | Outubro 2013 “Minha casa é a rua” Benjamin, morador de rua em Almirante Tamandaré mostra como vive. Con- fira as fotos no ensaio fotográfico de Emanuel Queiroz. Pág. 8 PERFIL CURITIBANO Na edição de outubro o perfil traz história do Brasil, luta do povo e a postura de uma mulher diante a independência do país. Pág. 4 EMPREENDEDORISMO ONG’s e instituições sem fins lucrativos devem compreender a importância da gestão e planejamento financeiro . Pág. 7 LÍNGUA PORTUGUESA Saiba de onde surgiu a Academia Brasileira de Letras, quem participa e outras curiosi- dades sobre a ABL. Pág. 2

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Este jornal tem como objetivo informar a comunidade através de notícias, novidades e curiosidades sobre o bairro e sobre a cidade. Nasceu da intenção de membros da nossa comunidade em servir os moradores, comerciantes e visitantes do nosso bairro. A distribuição alcança os bairros Bom Retiro, Pilarzinho e Vista Alegre.

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Page 1: Folha do Bom Retiro | Outubro 2013 . Edição 17

“Transformando a comunidade através do serviço”

Edição 17 | Outubro 2013

“Minha casa é a rua”Benjamin, morador de rua em AlmiranteTamandaré mostra como vive. Con-fira as fotos no ensaio fotográfico deEmanuel Queiroz. Pág. 8

PERFIL CURITIBANO

Na edição de outubro o perfil traz história do Brasil, luta do povo e a postura de uma mulher diante a independência do país. Pág. 4

EMPREENDEDORISMO

ONG’s e instituições sem fins lucrativos devem compreender a importância da gestão e planejamento financeiro . Pág. 7

LÍNGUA PORTUGUESA

Saiba de onde surgiu a Academia Brasileira de Letras, quem participa e outras curiosi-dades sobre a ABL. Pág. 2

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O Direito das Crianças

Toda criança no mundoDeve ser bem protegidaContra os rigores do tempoContra os rigores da vida.Criança tem que ter nomeCriança tem que ter larTer saúde e não ter fomeTer segurança e estudar.

Não é questão de quererNem questão de concordarOs diretos das criançasTodos tem de respeitar.

Tem direito à atençãoDireito de não ter medosDireito a livros e a pão Direito de ter brinquedos.

Mas criança também tem O direito de sorrir.Correr na beira do mar,Ter lápis de colorir...Ver uma estrela cadente, Filme que tenha robô,Ganhar um lindo presente,Ouvir histórias do avô.

Por Ruth Rocha

FOLHA DO BOM RETIRO

Este jornal tem como objetivo informar a comunidade através de notícias, novida-des e curiosidades sobre o bairro e sobre a cidade. Nasceu da intenção de membros da nossa comunidade em servir os moradores, comerciantes e visitantes do nosso bairro. A distribuição alcança os bairros Bom Retiro, Pilarzinho e Vista Alegre.Sede | Av. Des. Hugo Simas, 1772 - Bom Retiro. Curitiba - Paraná.Tiragem | 2000 | Distribuição é realizada toda primeira semana do mês em três pontos, contemplando os bairros: Bom Retiro, Pilarzinho e Vista Alegre.Suelen Lorianny | Editora ChefeE-mail para contato | [email protected]@ibbrCuritiba | www.ibbr.org.br

Editorial

Expediente

Descer do escorregador,Fazer bolha de sabão,Sorvete, se faz calor,Brincar de adivinhação.Morango com chantilly,Ver mágico de cartola,O canto do bem-te-vi,Bola, bola,bola, bola!

Lamber fundo da panelaSer tratada com afeiçãoSer alegre e tagarelaPoder também dizer não!

Carrinho, jogos, bonecas,Montar um jogo de armar,Amarelinha, petecas,E uma corda de pular.

A Folha do Bom Retiro e toda sua equipe deseja um Feliz dia da Criança para todos!

12 de outubroFeliz dia

das crianças!

Declaração dos Direitos da Criança e do Adolescente

Não é somente a poesia que reconhece o direito da criança e do adolescente. A Organização das Nações Unidas (ONU) também es-tabeleceu uma Declaração dos Direitos da Criança e do Adolescente.

A Assembléia Geral das Nações Unidas adotou a Convenção sobre os Direi-

tos da Criança – Carta Mag-na para as crianças de todo o mundo – em 20 de novembro de 1989, e, no ano seguinte, o documento foi oficializado como lei internacional.

A Convenção sobre os Di-reitos da Criança é o instru-mento de direitos humanos mais aceito na história uni-versal. Foi ratificado por 193

países.Confira os direitos da crian-

ça e do adolescente segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF):

1. Todas as crianças são iguais e têm os mesmo direi-tos, não importa sua cor, raça, sexo, religião, origem social ou nacionalidade.

2. Todas as crianças deve ser protegida pela família, pela sociedade e pelo Estado, para que possa se desenvolver física e intelectualmente.

3. Todas as crianças têm di-reito a um nome e a uma na-cionalidade.

4. Todas as crianças têm di-reito a alimentação e ao aten-dimento médico, antes e de-pois do seu nascimento. Esse direito também se aplica à sua mãe.

5. As crianças portadoras de dificuldades especiais, físicas ou mentais, têm o di-reito a educação e cuidados especiais.

6. Todas as crianças têm direito ao amor e à compre-ensão dos pais e da socieda-de.

7. Todas as crianças têm direito à educação gratuita e ao lazer.

8. Todas as crianças têm direito de ser socorrida em primeiro lugar em caso de acidentes ou catástrofes.

9. Todas as crianças de-vem ser protegidas contra o abandono e a exploração no trabalho.

10. Todas as crianças têm o direito de crescer em am-biente de solidariedade, compreensão, amizade e jus-tiça entre os povos.

Além de brincar e se divertir, a criança possui outros direitos segundo a ONU e a UNICEF

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Língua Portuguesa

O que um cirurgião plás-tico, um sociólogo, um ex--vice-presidente da Repúbli-ca, dois ex-presidentes, uma pintora, um gramático e um jornalista, além de outras trinta e duas pessoas, pode-riam discutir em um chá da tarde?

Bom, eu não sei, porque não pertenço a este seleto grupo. Todos esses são os membros da Academia Bra-sileira de Letras (ABL), que, como se pode perceber, não reúne apenas escritores.

A ABL foi fundada em 1897, por vários escritores, como Machado de Assis – o primeiro presidente, Olavo Bilac – autor do Hino à Ban-deira, Joaquim Nabuco – po-eta abolicionista e Rui Barbo-

sa – O Águia de Haia.Embora fundada por escri-

tores, seu intuito nunca foi o de reunir somente as pessoas dedi-cadas às Letras. O molde fran-cês adotado foi o de reunião dos 40 pensadores mais importan-tes de todas as áreas. Por isso a multiplicidade de profi ssões e formações.

Evidentemente, há a presen-ça grande de escritores, mas os demais pensadores também integram os seus átrios. Isso porque a função da Academia Brasileira de Letras tem como função ser um referencial de cultura da língua e da literatu-ra nacional. Contudo, para ser membro é preciso ter publicado um livro de qualquer gênero li-terário ou um livro com valor literário.

O termo “imortal” vem do lema “Ad immortalitem”, visto que, uma vez eleito, o acadêmi-

co tem seu cargo de modo vita-lício. Somente com a sua morte, é eleito um sucessor, sempre considerado eleito por unani-midade, visto que, ainda que eleito por maioria, os votos são posteriormente queimados e to-dos os membros não revelam o resultado.

Na cerimônia de posse, o eleito fi ca no Salão Francês, iso-lado, em refl exão e, em seguida, adentra ao Salão Nobre, onde pronuncia um discurso de exal-tação ao imortal que ocupava a cadeira anteriormente. Recebe, então de outros imortais, um colar e um diploma. A espada é entregue pelo imortal mais ve-lho, o decano.

O fardão é verde, com lou-ros bordados com fi os de ouro, acompanhado de chapéu em veludo preto, com plumas brancas e, tradicionalmente, é pago pelo município natal do imortal.

A Sede da ABL fi ca em um edifício que é a réplica do Petit Trianon de Versalhes e que foi doado pelo Governo Francês em 1923. Há, ainda, um moder-

no prédio anexo, o Palácio Austregésilo de Athayde, que é um grande centro cultural onde a ABL pro-move suas ações.

A ABL é uma instituição muito importante de refe-rencial à progressão do uso da língua e da sua aplica-ção nos meios mais reno-mados no Brasil.

Quando for ao Rio de Janeiro, reserve uma quin-ta-feira para visitar a ABL, é neste dia que acontece o tradicional chá, e as chan-ces de você encontrar al-gum dos imortais é muito maior.

Por Alan de Macedo Simões

Academia Brasileira de Letras e suas curiosidades

Convites Especiais

PicNic da Família IBBR

Se prepare!

Vem aí mais um famoso PicNic IBBR.Faça sua inscrição na secretaria da IBBR pelo tele-fone 3077.7749 ou pelo e-mail [email protected]

Dia | 2 de novembroLocal | Chácara da FIEP - Quatro BarrasMais informações nos contatos acima.

Culto Especial dos Surdos

Em setembro foi comemorado o dia do surdo, e agora a Igreja Batista de Bom Retiro irá rea-lizar um culto especial.

Dia | 6 de outubroHorário | 10hLocal | Igreja Batista de Bom RetiroRua Des. Hugo Simas, 1772 - Bom RetiroMnesagem com preletor surdo

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Perfil Curitibano

Procuramos independência

Por Aline ReisColaboração Suelen Lorianny

O Brasil democrático nasceu de um acordo político e ainda vive sob à sombra da ditadura: seja militar, seja econômica

Em sete de setembro as ruas de todo Brasil fi caram decoradas com símbolos na-cionalistas. Os militares des-fi lam com suas fardas impe-cáveis. É feriado. Cantamos o Hino Nacional e usamos broches verde-e-amarelo na lapela dos paletós. Em sete de setembro comemoramos a Independência do Brasil.

De acordo com o dicio-nário a independência é a “condição de uma pessoa, de uma coletividade, que não se submete a outra au-toridade e se governa por suas próprias leis”. Do grito “Independência ou morte”, de Dom Pedro II, nascia o feriado e o credo da inde-pendência.

Os livros de história nos trazem a imagem forte de um Dom Pedro II como um líder, mas de acordo com historiador Caio Prado Jr. o que acon-teceu durante o período foi um acordo de cavalheiros. Muitas camadas e grupos queriam o poder e para que todos se sentissem ‘repre-sentados’ houve um arranjo entre eles.

Caio Prado Jr. foi ainda mais contundente quanto aos fatos que levaram à in-dependência: para ele hou-ve um “arranjo político” no qual a aristocracia rural escravista acabou se dando

bem. Outros fatores também foram primordiais para a que-da do sistema colonial como a Inconfi dência Mineira e a Con-juração Baiana. Acontecimentos globais como a independência dos Estados Unidos e a Revolu-ção burguesa na França também fortaleciam os argumentos dos liberais e republicanos.

Depois da Independência,a República

Em quinze de novembro, Ma-rechal Deodoro da Fonseca, lide-rou a Proclamação da República. Este processo se deveu à crise sofrida pela Monarquia desde a Independência e então o sistema político foi substituído e o Bra-sil passou a ser comandado pelo Exército. Éramos, então, um país democrático.

Mas democracia não tem nada a ver com liberdade, tam-pouco com inde-pendência. Para que essas duas palavras fi zes-sem sentido, foi

preciso luta, articulação e resis-tência de pessoas como a jorna-lista Elisabeth Fortes, que lutou contra a ditadura militar instau-rada no Brasil em 1964 até 1985. “Quando você vai fi cando velha, aprende a respeitar inclusive a independência dos outros, não só a tua, mas principalmente a dos outros”, diz.

Ter a liberdade de pensar e ter próprios caminhos não era um direito de quem viveu durante o período ditatorial no Brasil. “Todo mundo tem direitos e o primeiro é você viver num país

onde você tenha direito a ter seus direitos”, ensina a jornalista. O período de dita-dura, nos livros de história, foi tachado como “di tabranda” , mas só quem so-freu as violações sabe o que acon-teceu de fato na-quela época.

Os militares que desfi lam hoje em sete de setembro empu-nhando armas e medalhas talvez não sejam os mes-mos que tortura-ram a mataram pessoas, mas, por outro lado, o sete de setem-bro é uma maneira de enalte-cer o poder militar, sobretudo pelo medo. “Eles nos mostram que estão aqui e nos intimidam. Mostram que nunca saíram da-qui, com as armas, os carros, o contingente de soldados...”, lembra Elisabeth.

Depois da República,a nova dependência

A economia globalizada faz com que todos os países depen-dam economicamente uns dos outros. Há liberdade de merca-do. Mas não há liberdade de es-colha. O mesmo acontece quan-do tratamos da individualidade. A mulher hoje é mais indepen-dente do que era antes da minis-saia, mas isso não faz com que ela tenha condições igualitárias ao homem.

Humanos livres todos somos no Brasil, mas isso não faz com que homens e mulheres negras tenham as mesmas oportunidades que homens e mulheres bran-cas. Tampouco a população mais pobre tem a condição de obter bens como a popu-lação mais rica. Depois da independência, a república, depois da república, a de-pendência econômica.

Mas nem todos os de-salinhos ocorridos na his-tória do Brasil e os sofri-mentos enfrentados em períodos tirânicos des-montam sorrisos e apa-gam o brilho no olhar de gente como Elisabeth, que segue procurando sua in-dependência e respeitan-do a independência dos outros.

[Nos desfiles militares] “Eles mostram que

nunca saíram daqui”, Elisabeth Fortes.

Elisabeth Fortes durante julgamento militar. Foi condenada a um ano e meio de prisão durante a ditadura.

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Página Literária

O telefone tocou.– Vem pra rua?– Me dá carona?Deixamos o carro no meio do caminho e continuamos a pé.– Protestar é o novo happy hour.Risos. Chegamos e nos surpreendemos.- É, tem bastante gente.- Mas não lotaria um estádio.Tirei a câmera da mochila. Gritos, cantos, bandeiras e cartazes. Valia tudo.- Abaixa! Abaixa!Quase tudo. Encontrei amigos pela direita e pela esquerda.- E agora, pra onde vamos?- Acho que pra lá.Seguimos para o outro lado. Depois paramos e cantamos o Hino.- Bonito!- Não gosto disso. Não é pela pátria, é pelo povo.E de� nitivamente não era por 20 centavos.- É por muito mais!Mas ninguém me explicou em poucas palavras. Seguimos até o

Palácio.- Sem vandalismo!Picha. Limpa. Cartazes. Meio Mastro.- E agora?- Parecemos um cachorro que alcançou o carro.Encontrei amigos de formação. Maioria um tanto emociona-da com a coisa toda.- E você? Não tá feliz?- Ah, mas alguém podia pelo menos tropeçar.Alguns não paci� stas tentaram invadir. A polícia tentou evi-tar. Eu tentei tirar uma boa foto.- Eu estou sangrando?- Está!Bomba no pé, estilhaço na cara e pimenta nos olhos.- Acho que quero um Band-Aid.- Eu quero uma Coca-cola!O telefone tocou outra vez.- Você está bem?- Sim. Eu me machuco mais no futebol.Esperamos até o momento em que não aconteceria mais nada. Fui pra casa sozinho.

Fui pra ruaPor Fernando Favero

Já pude estar em muitos lugares, alguns bem per-tinho de você, outros nem tanto. Quando estive longe não foi porque não te amei, talvez, apenas porque te es-queci. Nessa hora de pedir perdão, de contornar um erro ou um andar meio tor-to que seja, tudo se parece com justifi cativa. Não, eu não quero fazer isso, odeio justifi cativas.

Quero tentar te dizer que mesmo que eu estivesse do outro lado da rua, mi-nha cabeça não saia daqui, desse lado de cá. Lado que é confortável, que faz sol. Chove algumas vezes, mas você me protege das tem-pestades, ou pelo menos

me tira o medo. Às vezes penso na nossa distância e novamente me apaixono pela sua presença. A música tocou sem minha voz ou sem entender a sua grandeza, grandeza que não diminui, nem ontem ou hoje. Quero todo dia voltar para ti e escutar a música de novo.

Acordo. Acordo todos os dias pelo simples fato de você, incan-savelmente, me querer em um caminho. Quero lembrar esse caminho. De manhã, logo quan-do amanhece, quero encontrar o trilho. Quero lembrar do seu plano. Eu sei que ele é infalível. Não me deixe estar em um lugar que fi que longe. Quero também saber voltar para esse trilho se eu me perder. Gosto de admirar as distâncias que insistem em exis-

tir na terra, distâncias feitas de tantas diferenças, tantos cami-nhos, alguns até que se cruzam. Só preciso lembrar qual é o meu, o seu para mim. Incansavelmen-te, me ama. Incansavelmente, me procura, me cura. Incansa-velmente, me satisfaz, me refaz.

Já pude voltar para vários lu-gares, alguns bem longe de você, outros nem tanto. Agora não quero mais voltar. Quero fi car aqui, andar de mãos dadas faz bem. Não vou soltar sua mão, não vou te esquecer. Perdão por te deixar com saudades. Ainda sinto sua falta, mas acho que esse vazio só vai sumir quando a gente se encontrar. Perdoa. Sou pequena demais para en-tender tudo que você é. Pequena o sufi ciente para entender a mi-

nha insufi ciência sozinha. Queria estar tão cheia de ti ao ponto de não reco-nhecer mais a mim. Acho que tenho conseguido um pouquinho disso a cada anoitecer.

Durmo. Descanso, in-cansavelmente, no seu abraço. E esse é só mais um texto para deitar. Um texto que veio com o tra-vesseiro, sono bom e paz. Encontrei o que sempre quis, o que sempre esteve nas minhas orações antes de dormir. A música toca sem minha voz ou, ain-da, sem entender a sua grandeza. Quero todo dia voltar para ti e cantar de novo.

Do outro ladoPor Suelen Lorianny

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Entretenimento

Pudim de Sorvete

Ingredientes

1 lata de leite condensado2 vezes a mesma medida de leite4 ovos1 lata de creme-de-leite5 colheres (sopa) de açúcar

MODO DE PREPARO

1. Em uma panela coloque o leite condensado, o leite e as ge-mas2. Levar ao fogo sem levantar fervura3. Quando esfriar acrescente o creme de leite sem o soro, re-serve4. Bater as claras com o açúcar na batedeira em ponto de sus-piro5. Acrescente esse suspiro no creme reservado6. Coloque em forma para pudim untada com uma calda dechocolate de sua preferência leve ao freezer por 6 horas ou mais dependendo do seu freezer, retire e espere uns minutinhos paradesenformar7. Se quiser jogue mais calda, sirva a seguir

Caça-palavras!

Encontre as seguintes palavras no quadro abaixo:CORTINA, CORUJA, CRONOMETRO, CUPIDO,CORACAO, DADOS, DEDO, DINOSSAURO,

DOMINO, ELEFANTE

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Empreendedorismo

Investir na gestão e administração de ONG’s não é errado!

Muitas organizações não-governamentais consideram a administração uma área secundária dentro de suas instituições, porém, hoje é cada vez mais aconselhável que possuam planejamento e invistam em funcionários, comunicação gestao

Por Gustavo Panacione

É pensamento comum. Ao falarmos em ONGs sempre fazemos a comparação lógica com o voluntariado. São or-ganizações que contam com pessoas de boa vontade, que dedicam parte do seu tempo a lutar por uma causa nobre sem receber qualquer retorno fi nanceiro por isso. Contrata-ção de profi ssionais? Gestão fi nanceira? Planejamento? Marketing e comunicação? Nada disso é necessário, pois numa ONG, todos são volun-tários e participam quando querem, ajudando os necessi-tados.

Hoje, entretanto, as inicia-tivas sociais são vistas como negócios que precisam fun-cionar como uma empresa qualquer. Devem arrecadar recursos, pagar funcionários e investir o lucro adquirido de

volta na organização, para que cada vez mais possa ampliar seu impacto de mudança na comuni-dade ou sociedade em que este-ja inserido. O negócio social não prevê lucros para os sócios, ape-nas o reinvestimento do recurso que “sobra”. É cada vez mais comum, então, vermos cursos e capacitações para ONGs e inicia-tivas do terceiro setor. São pro-postas que dedicam-se a dialogar com os empreendedores sociais e fazê-los entender que não só de voluntariado faz-se uma ONG.

O primeiro exemplo que trago nesse sentido é o trabalho de uma organização chamada ASID - Ação Social para a Igualdade das Diferenças. O foco desta ONG é bem específi co, pois trabalha apenas com um trabalho de pla-nejamento e gestão de escolas de educação especial, para adultos e crianças com algum tipo de dis-túrbio ou necessidades especiais. O trabalho dos profi ssionais da

ASID consiste em auxiliar e en-sinar a escola especial a gerir os recursos de forma consciente e organizada. Muitas escolas es-peciais no Brasil são gratuitas e enfrentam sérios problemas de falta de recursos, fazendo com que o ensino seja de baixa quali-dade e a estrutura seja precária. A ASID diagnosticou, pelo con-tato com diversas escolas, que a causa principal desse quadro é a falta de estrutura administrativa e fi nanceira para a gestão dos re-cursos.

A ASID já chegou em situa-ções muito delicadas, como uma das escolas que tinha uma dívida de setenta mil reais e hoje, depois de receber a assessoria da ASID, já está conseguindo executar o planejamento de ampliação da sede. São técnicas aparentemente claras e conhecidas de qualquer profi ssional de administração ou marketing, mas que na maioria das ONGs não são aplicadas por

falta de conhecimento ou de profi ssionais capacitados para implementar.

Os empreendedores sociais são atores muito engajados com um problema específi -co que vivem ou viveram e, quando começam a se mo-bilizar pelas suas causas, ge-ralmente não param para or-ganizar a vida fi nanceira da instituição.

Os trabalhos concentram--se em cuidar das crianças atendidas pela instituição, lutar pela regulamentação de uma lei específi ca, criar ações de arrecadação de recurso ou pedir auxílio de voluntários. São exemplos, claro, mas que fazem parte do dia a dia de muitas instituições.

A gestão e planejamento de todos esses recursos e ativi-dades acaba fi cando de lado. É um trabalho tão humano e tão social que é quase que inadmissível pensar em lucro, pagamento de salários e ações de comunicação. Parece inad-missível mas, na verdade, é essencial para a sobrevivência das organizações sociais.

Política

Em tese, a democracia se sustenta pelo poder do povo na tomada de decisões políti-cas. Na prática, tal argumento habitualmente é enganoso. Se vivemos em uma República que tem como fundamento a demo-cracia e o Direito, toda ação do Governo deveria atingir direitos fundamentais aos cidadãos, tais como o direito à saúde, edu-cação, alimentação, moradia, segurança. Para tanto, se o go-verno existe como sujeito que orienta determinadas atividades a fi m de satisfazer as necessida-des do povo, é importante a par-

ticipação popular na concretização de políticas públicas a seu favor.

Para melhor entendimento, é preciso compreender que as po-líticas públicas em sua maioria se constroem em longo prazo, e por isso, deveriam ter um caráter imutável, até mesmo utópico. O problema da concretização das po-líticas públicas está na defi nição do interesse comum da nação, pois no atual regime presidencialista do Brasil, um grupo político sempre leva tudo e outro nada pode fazer senão tornar-se oposição e aguar-dar até a próxima eleição. Não existe consenso nacional, nem pro-

jetos de desenvolvimento harmô-nicos em uma mesma direção. A cada eleição surgem novos progra-mas, e com o passar dos mandatos muitas diretrizes governamentais que poderiam trazer resultados a longo prazo são alteradas, e as-sim, as políticas públicas vão se moldando conforme os interesses partidários e não de acordo com o interesse coletivo.

Ora, se nesse regime os políticos são eleitos (legitimamente) para exercer o poder do povo, o resul-tado das ações do Governo deve estar submetido ao controle po-pular. Em razão disso são criadas leis de transparência, instauradas audiências públicas, reuniões de planejamento orçamentário muni-cipal. Por mais que na maioria das vezes existam apenas pró-forma, esses mecanismos de participação

popular estão a disposição dos cidadãos, e é papel do povo bus-car por um Governo que repre-sente seus interesses.

Buscamos pela real represen-tação do nosso grupo social? No tempo de debates em que o país se encontra, qual é a sua contri-buição ao corpo da sociedade?

O debate deve começar na comunidade, ganhar conteúdo e força. Se queremos mudança no país devemos conversar sobre aborto, cotas raciais, “Programa + médicos”, religião no Congres-so, movimento gay, Royalties do petróleo. Devemos estar prepara-dos às mudanças sociais, fi rmes e cientes de que amar o próximo pode ir além do amor à distância, pode ser no servir o próximo e buscar o direito do próximo. Qual é o corpo social que queremos?

Por Guilherme Vianna

Qual é o corpo social que queremos?

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“Minha casa é a rua”

Ensaio

Música erudita e popular

Musicalização Infantil

Musicalização porinstrumento

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Recital Musical 2013Venha prestigiar os alunos e professores da Escola de Música Arte Musical

Dia | 27 de OutubroLocal | Espaço Torres (R. Pergentina Silva Soares, 159 - Jardim Botânico)Horário | 15h30 e 17h30

Participação especial:João Lopes e Mauro Barbosa.

Todos estão convidados!

Entrada | 2kg dealimento não perecível

Seu nome Benjamin, mas ele é mais conhecido por Ben. Mora em Almirante Tamandaré e vive na rua. Sua casa é um prédio abandonado. Recebe quem quiser chegar. Estudantes da JOCUM da região fi zeram uma visita para Ben e hoje ele visita a base da JOCUM com frequência. Confi ra as fotos de Emanuel Queiroz.