folha do bom retiro | março 2014. edição 20

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Edição 20 | Março 2014 Nova coluna traz novidades para seu paladar e oferece dicas para elaborar roteiro gastronômico no Paraná. Pág. 5 EMPREENDEDORISMO GASTRONOMIA Editorial A mulher sofre nas culturas através da história. O editorial deste mês aborda o Dia Internacional da Mulher através de uma nova perspectiva. Pág. 2 Página Literária Nesta edição a página literária con- ta com o texto da jornalista Patricia Cretti. Pág. 3 Esportes Novo colunista e seu gosto por esportes traz para a Folha do Bom Retiro um espaço para informar e opinar sobre temas recorrentes ao esporte paranaense. Pág. 5 Filme de animação infantil mostra relações de empreendedorismo e criatividade. Confira na coluna deste mês. Pág. 6 ENSAIO FOTOGRÁFICO As praias de Guaratuba - Paraná e Santos - São Paulo foram registradas através das lentes de Lucas de França. Pág. 8

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Este jornal tem como objetivo informar a comunidade através de notícias, novidades e curiosidades sobre o bairro e sobre a cidade. Nasceu da intenção de membros da nossa comunidade em servir os moradores, comerciantes e visitantes do nosso bairro. A distribuição alcança os bairros Bom Retiro, Pilarzinho e Vista Alegre.

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Page 1: Folha do Bom Retiro | Março 2014. Edição 20

Edição 20 | Março 2014

Nova coluna traz novidades para seu paladar e oferece dicas para elaborar roteiro gastronômico no Paraná. Pág. 5

EMPREENDEDORISMO

GASTRONOMIA

Editorial

A mulher sofre nas culturas através da história. O editorial deste mês aborda o Dia Internacional da Mulher através de uma nova perspectiva.

Pág. 2

Página Literária

Nesta edição a página literária con-ta com o texto da jornalista Patricia Cretti.

Pág. 3

Esportes

Novo colunista e seu gosto por esportes traz para a Folha do Bom Retiro um espaço para informar e opinar sobre temas recorrentes ao esporte paranaense.

Pág. 5

Filme de animação infantil mostra relações de empreendedorismo e criatividade. Confira nacoluna deste mês. Pág. 6

ENSAIO FOTOGRÁFICO

As praias de Guaratuba - Paraná e Santos - São Paulo foram registradas através das lentes deLucas de França. Pág. 8

Page 2: Folha do Bom Retiro | Março 2014. Edição 20

A mulher como protagonista da história

Da semente da

mulher virá o

salvador

Não é novidade para nós

que a mulher sofre nas culturas

através da história. A regra é a

mulher sendo oprimida e so-

frendo sanções por razões sim-

plesmente culturais ou mesmo

religiosas.

O direito ao voto por incrível

que pareça pode ser conside-

rado uma conquista muitíssi-

mo recente se considerarmos a

história como um todo. Não me

sinto em condições de analisar

o porque e as consequências

deste fato em nível sociológico,

apenas faço esta constatação

bastante óbvia até mesmo para

um leigo como eu.

A Bíblia Sagrada também é

acusada de fortalecer conceitos

machistas e preconceituosos

quanto ao gênero. De fato a Bí-

blia é também um livro históri-

co que não esconde os aspectos

culturais que estão ao redor da

revelação de Deus e sua vonta-

de.

Deus está acima da cultura,

mas interage com esta de ma-

neira a redimi-la e transfor-

ma-la a cada geração de acor-

do com os seus propósitos. O

que estou tentando dizer é que

Deus não ignora as tradições

humanas, antes dela se utiliza

para apresentar-se como cria-

dor de todas as coisas, afinal,

onde mais Deus se mostraria se

não no lugar onde estamos, isto

é , nossa cultura?

Se tivermos uma visão um

pouco mais ampla de alguns

textos percebermos que a mu-

Por Osmar V. Gomes

FOLHA DO BOM RETIRO

Este jornal tem como objetivo informar a comunidade através de notícias, no-vidades e curiosidades sobre o bairro e sobre a cidade. Nasceu da intenção de membros da nossa comunidade em servir os moradores, comerciantes e visitan-tes do nosso bairro. A distribuição alcança os bairros Bom Retiro, Pilarzinho e Vista Alegre.Sede | Av. Des. Hugo Simas, 1772 - Bom Retiro. Curitiba - Paraná.Tiragem | 2000 | Distribuição é realizada toda primeira semana do mês em três pontos, contemplando os bairros: Bom Retiro, Pilarzinho e Vista Alegre.Suelen Lorianny | Editora ChefeE-mail para contato | [email protected]@ibbrCuritiba | www.ibbr.org.br

EDITORIAL

EXPEDIENTE

lher possui papel central em

todos os relatos bíblicos, sejam

eles nas histórias dos povos (a

rainha Ester que salvou Israel

de ser dizimado), Débora que

julgou o povo de Deus fazendo

a função de uma rainha e Ra-

abe, uma prosituta de um povo

inimigo que foi determinante

na tomada da terra prometida.

Mas nenhuma delas se com-

para a Maria, que recebeu de

Deus a missão de emprestar

seu ventre ao Messias. Isto é,

da mulher veio o Salvador. Que

maravilhosa verdade!

A dignidade da mulher e sua

responsabilidade como prota-

gonista na história revela não

apenas que a mulher tem seu

papel como ela faz parte da es-

sência do plano de Deus para

que esta terra seja o lugar que

Ele quer que seja. Se a mulher

se omitir, o propósito de Deus

está comprometido.

ANUNCIE AQUIEntre em contato [email protected]

41. 3077-7749

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8 de marçoDia Internacionalda Mulher

Como surgiu?

A ideia de celebrar um dia

da mulher surgiu desde os pri-

meiros anos do século XX, nos

Estados Unidos e na Europa, no

contexto das lutas de mulhe-

res por melhores condições de

vida e trabalho, bem como pelo

direito de voto.

Por que até hoje?

O 8 de março deve ser visto

como momento de mobilização

para a conquista de direitos e

para discutir as discriminações e

violências morais, físicas e sexu-

ais ainda sofridas pelas mulheres,

impedindo que retrocessos ame-

acem o que já foi alcançado em

diversos países.

Feliz dia da mulher!

Page 3: Folha do Bom Retiro | Março 2014. Edição 20

3PÁGINA LITERÁRIA

Desatenta como sempre, ca-

minhava pra casa. O mesmo tra-

jeto, os mesmos rostos estranhos,

a mesma praça, banco, placa, cal-

çada, céu, sujeira, ônibus, a mes-

ma cidade. Nada que chamasse a

atenção dos olhos, nada que des-

se a vista um pouco de raridade.

Ao meu redor as pessoas partici-

pavam daquele cenário como em

absolutamente todos os dias, até

as pombas eram os mesmos figu-

rantes da segunda, terça, quarta,

quinta e sexta e todos sem exce-

ção carregavam sob as costas o

fardo dos dias iguais.

Coloquei meus fones de ou-

vido, chicletes na boca, o relógio

ainda marcava a hora de agora

pouco, braços cruzados, e um

som de rock’n roll me despertava

daquele tédio. Fechei meus olhos

por alguns instantes pra acompa-

nhar o refrãozinho sem

vergonha que eu sabia

de cor, e foi quando

abri que percebi que as

coisas ao meu redor ti-

nham mudado. Não sei

explicar exatamente o

que tinha mudado, mas

as pessoas agora cami-

nhavam na rua como

em uma coreografia,

sincronizadas com os

carros em perfeita har-

monia. Era digno de

um registro. Quase in-

crível a possibilidade

de uma coisa dessas

acontecer bem diante

de meus olhos. A luz

do dia caía na medida

exata em que as luzes

Por Patricia Cretti

Doce enganodos automóveis iam surgindo. E

os carros passavam apressados,

exatamente no mesmo ritmo que

os passos dos pedestres. E eu sei

que pode parecer loucura, mas

juro que ouvi algumas buzinas ao

fundo lançadas precisamente no

intervalo da respiração dos mo-

toristas.

Era tudo tão furioso, tão bru-

to e... e... meu pensamento é in-

terrompido pelo início de uma

nova balada e eu não lembro bem

por que é que coloquei Los Her-

manos na playlist mas, percebe

como são lindas as mudanças de

cores entre verde, amarelo e ver-

melho? Eu ali diante daquela ma-

ravilha parecia pela primeira vez

ter entendido o sentido de tudo.

Ruas se encontravam e ao mesmo

tempo se cortavam, fazendo uma

linda metáfora da vida. Grandes

edifícios nos rodeavam, forman-

do naquela pequena praça, um

vale rodeado por montanhas

cinzas, brancas, beges, todas

elas com escritos em preto. Era a

nossa própria natureza constru-

ída com tijolos e cimento, era a

roda-viva de Chico Buarque bem

ali diante de meus olhos, eram as

esquinas escuras e misteriosas

de Dalton Trevisan, a boemia de

Paulo Leminski, tudo tão lindo,

tão sincronizado e eu demorara

tanto tempo pra perceber.

Aquele pipoqueiro sempre

esteve ali? E a barraquinha de ca-

chorro-quente? Pastel? Pombas?

A floricultura?

Um ônibus passa, lotado.

Embalada ainda pelos hermanos

penso na poesia de tanta vida ex-

primida no mesmo lugar, no ar

misturado por cheiros de rotina,

de trabalho, por olhares que con-

tavam dias. Ah, como aquilo era

lindo, aquela praça Tiradentes,

desde quando ficara tão bonita,

tão iluminada, tão silenciosa?

Rapidamente tiro os fones de

ouvido para ouvir o pedido de

uma senhora que perguntava as

horas. Tudo ao redor é silêncio

por alguns segundos, e o relógio

incrivelmente não avançou qua-

se nada. Uma estrondosa buzina

acerta em cheio meus ouvidos,

ah ali estavam eles, os motores

de carros, conversas e ruídos de

restos de assuntos, barulho de fi-

nal de dia. Nada mudara, o caos,

que eu tanto conhecia, continua-

va rondando aquela mesma pra-

ça, continuava açoitando aquele

mesmo ponto de ônibus de to-

dos os dias, ônibus, aliás, que era

sujo, e vinha extremamente lota-

do, sem possibilidade nenhuma

de assento ou sequer de movi-

mentos e ainda por cima atrasa-

do! Droga de dia, droga de atraso,

droga de trânsito.

Foi quando dei por mim,

que naquela fila de espera de

ônibus que se formava atrás

de mim, vários ouvidos es-

tavam tapados com

fones, com músicas,

com trilhas sonoras

que desenhavam para

eles um outro mundo.

Cada um ali habitava

seu próprio univer-

so, escolhia como a

orquestra era regida,

inventava uma fuga

guiada pela música de

sua preferência.

O jeito era voltar

para o espetáculo par-

ticular, dirigido dessa

vez por Tom Jobim,

pra ver se Curitiba

não ganhava um ar de

samba e mar, e quem

sabe até um ritmo de

vida meio bossa-nova. Foto Renata Santoniero

Page 4: Folha do Bom Retiro | Março 2014. Edição 20

PERFIL

A paixão pela pesca e a vida sossegada do Xerife de Alto Paraíso são história na regiãoPor Aline Reis

Porto Figueira, Alto Paraíso – Wilson Menegasso tem pou-co mais de um 1,70 de altura, corpo magro e cabelos grisa-lhos. Riso fácil e carinhoso com a companheira Maria Apare-cia Enéas, Menegasso, tam-bém é conhecido – e admirado – como “Xerife” pelos amigos.

Xerife há 17 anos deixou Umuarama, no noroeste do Es-tado, e foi morar no balneário de Porto Figueira, na cidade de Alto Paraíso. Antes disso traba-lhou em farmácia e, em segui-da, abriu um negócio próprio, uma loja especializada em caça e pesca. Mas hoje, sob chu-va fina, temperatura quente e com a vista de frente para o Rio Paraná, Xerife vive a tranquili-dade de dias no Porto Figueira.

Antes, aos fins de semana, Xe-rife, junto com um grupo de ami-gos, iam ao Porto para pescar. A

ideia era disputar quem tirava da água os melhores peixes, den-tro das medidas e peso pertidos. “A gente fazia uma brincadei-ra. Havia de 13 a 15 barcos em Umuarama e a gente se reunia em amigos”, lembra saudoso. O que começou numa brincadeira, alguns anos depois se transfor-maria no segundo evento mais importante da região, perdendo apenas para Expo-Umuarama.

“Na quinta edição trouxemos o navio Epitácio Pessoa, que ti-nha capacidade para 250 pes-soas, salas de recepção, pista de dança e fizemos um tour de duas horas e meia entre o Por-to Figueira e o Porto Camargo”, conta. No cardápio, peixe assado – nada mais adequado para a re-gião. “Era uma delícia”, diz Xerife.

No ápice da festa o públi-co médio ficava entre 3 e 5 mil pessoas e a competição reunia pescadores de toda região e até de Estados vizinhos. Quatro ou

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cinco fiscais fa-ziam a medição dos peixes, pesa-gem e outros pa-râmetros. “Hoje é uma rifa, não tem mais competição e é pouco divul-gado também. A gente fazia divul-gação na mídia, anunciava mesmo, hoje falta entu-siasmo”, reclama.

Xerife tam-bém é pioneiro em outro negócio que movimenta a economia de Porto Camargo: as garagens de barcos. A dele não é a maior, tampouco a mais mo-derna, mas é a mais antiga – e querida – pelos pescadores que, desde de os primeiros números da Pesca à Piapara, precisavam de um local para deixar as em-barcações. “Eu tenho 32 anos de

garagem aqui”, diz orgulhoso.Hoje Xerife não participa mais

da Pesca à Piapara, mas, da saca-da da casa vê o Rio Paraná seguir seu curso ora lento, ora agita-do. O café doce sobre a mesa e a companhia da esposa Maria Apa-recida são retratos da tranquili-dade da vida em Porto Figueira.

Foto Roberto dos Santos

ESPORTES

A partir de hoje, em todas as edições da Folha do Bom Retiro, você terá a minha companhia. Minha missão é falar de esportes e assim farei, na maior parte das linhas es-critas. Prometo. Meu nome é Jeferson Nunes, tenho 23 anos e já nasci amando os esportes. Alguns me atraem mais, como o futebol, outros menos, como

o Hipismo. Mas, de uma ma-neira geral, tentarei falar de todos um pouco. Sou formado em jornalismo e trabalho como correspondente ao vivo de rá-dios do interior do Paraná.

De todas as lembranças que tenho, os esportes fizeram parte de minha rotina. Quando menino, lá pelos 10, 11 anos, meu objetivo era jogar futebol

o máximo que pudesse. Já co-nheci vários esportes na práti-ca e outros somente na teoria, ou na observação, ou só de ouvir falar. Assim como os es-portes, sempre apreciei muito as palavras, pelas quais trans-mito a você o que penso neste momento. Espero que nossa caminhada juntos seja o mais prazerosa e didática possível.

Pra começar, quero abordar um tema que ocorreu nesses últimos dias. Um tema ruim. O racismo. Infelizmente ele ainda continua nos acompa-nhando na vida, e também

nos esportes. No dia 12 de fe-vereiro, em uma partida de fu-tebol realizada no Peru, pela Taça Libertadores da América, o jogador Tinga, do Cruzei-ro, passou por momentos de humilhação. A cada vez que ele pegava na bola, a torcida do time peruano Real Garci-laso emitia o som de maca-co. Pois é, em pleno século 21 ainda passamos por isso. Será que um dia vamos des-cobrir que somos iguais? Sen-do esportistas ou não? Sin-ceramente, espero que sim.

É inaceitável que demons-

Sobre a vida e o esportePor Jeferson Nunes

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GASTRONOMIA

Fiquei feliz em poder, final-mente, escrever sobre minha pai-xão (quase platônica) pela gas-tronomia. Sempre gostei muito de cozinhar. Lembro que desde criança eu ficava rodando meus pais na cozinha querendo par-ticipar e perguntava tudo o que eles estavam fazendo – e como estavam fazendo. Também lem-bro que eu brincava muito sozi-nha. Imagina a cena: eu, sentava em frente à penteadeira apresen-tando programas de culinária. Em voz alta eu ensinava recei-tas imaginárias com os cremes, perfumes e escovas de cabelo da minha mãe. Nessa época eu nem fazia ideia que meu coração já batia forte pelo jornalismo (eu também brincava de rádio gra-vando a minha voz em cima das músicas da Xuxa) e pela gastro-nomia.

Gosto de sentir o cheiro, a textura e o sabor de cada ingre-diente. Fico maravilhada (e não é exagero) com a transformação

que cada ingrediente proporcio-na à receita. Acho lindo olhar na panela e ver o que quer que es-teja preparando se modificando, ganhando mais sabor e transfor-mando-se numa receita maravi-lhosa, com sabor e aroma inigua-láveis.

Eu cresci e para minha vida profissional optei pelo jornalis-mo, mas a paixão pela gastrono-mia cresceu junto comigo. Agora, tenho a oportunidade de escrever um pouco sobre tudo isso, sobre ingredientes, temperos, receitas e dicas de restaurantes e bares.

Para inaugurar a coluna esco-lhi um ingrediente universal: o ovo. Ele oscila entre vilão e moci-nho, há quem ame, quem odeie e aqueles que acham “normal”. Eu, em particular, amo ovo de todas as formas, cozido, frito, mexi-do... Atire a primeira pedra quem nunca mandou ver naquele pão com ovo frito!

Acontece que existem inúme-ras maneiras de preparo e mui-tas receitas, algumas são simples e outras que fazem parte de um menu especial dos melhores res-taurantes ao redor do mundo. Estive procurando receitas que

Paixão de infância e platônicapela gastronomiaPor Silvia Serpe

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trações de ignorância como essas sejam aceitas nas are-nas esportivas, seja no fute-bol, vôlei, hóquei ou em qual-quer avenida movimentada de Curitiba. Discriminação é crime, mas nem precisava ser. Se fôssemos realmente civilizados, não passaríamos por situações como essas. O pior é que não é a primeira e nem será a última vez que isso acontece. Já houve diversos casos de racismo em diversos esportes. Todos lamentáveis.

Enfim, espero trazer coi-sas boas e assuntos polêmicos

também. Espero que gostem e que leiam todas as edições.

CURTAS

- O Atlético Paranaen-se sofreu, mas conseguiu se classificar nos pênaltis e heroicamente para a fase de grupo da Libertadores.

- O campeonato parana-ense continua sem emoção.

- Michael Schumacher está em coma desde que bateu a ca-

beça em uma pedra enquanto esquiava em 29 de dezembro, na França. Os médicos res-ponsáveis pelos cuidados do campeão mundial de Fórmula 1 desistiram de tirá-lo do coma no momento, segundo a revis-ta alemã Focus. A revista diz que algumas “complicações”, não detalhadas, fizeram com que o processo fosse inter-rompido pela equipe médica.

- Novo pagamento trans-forma Neymar na contrata-ção mais cara da história. Ao pagar R$ 43,4 milhões à receita espanhola, em cor-

reção preventiva, Barcelona eleva preço do brasileiro a R$ 276,6 milhões e o faz ul-trapassar CR7 no ranking.

- Chuteira preta entra em extinção em meio a moda, pa-trocínios e brincadeiras. O mo-delo tradicional perde espaço para o colorido, usado por atle-tas como vitrine das empresas para novidades do mercado.

- A Liga Nacional de Futebol Americano, dos USA, teve o Se-attle Seahawks como campeão.

Até a próxima!

levam o ovo como ingrediente principal e encontrei uma sele-ção de dar água na boca no Ca-derno Bom Gourmet, da Gazeta do Povo.

De todas as receitas eu esco-lhi o Ovo Mollet, criada pelo chef Gustavo Alves, do bistrô francês LÉpicerie. Ela consiste, basica-mente, em um ovo cozido (que deve ficar com a gema mole) sob um saboroso ratatouille.

Para o cozimento perfeito co-loque no fogo uma panela com água e espere ferver, acrescente 50 ml de vinagre e uma colher de chá de sal. Com auxílio de um

cronômetro deixe o ovo cozinhar por 5 minutos e meio. Retire da panela e deixe 1 minuto e meio em água fria e gelo. Para o ovo não rachar o ideal é furar com um alfinete a base mais larga do ovo antes do cozimento. Descasque morno com cuidado.

Para o preparo do ratatouil-le pique em pedaços pequenos cebola, tomate, abobrinha ita-liana, berinjela, pimentão verde e pimentão vermelho. Coloque em um pirex, tempere com sal, pimenta e orégano a gosto e azei-te de oliva. Leve ao forno por 20 minutos.

A receita é simples e cheia de sabor. Para a montagem do prato basta colocar no prato uma por-ção de ratatouille e por cima o ovo. Agora é só esperar os elogios e deliciar-se.

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EMPREENDEDORISMO

Criatividade: da idade das pedras até os dias de hoje

Por Gustavo Panacioni

Uma das coisas que eu mais gosto de fazer é assistir filmes e perceber as ligações que, por exemplo, os roteiros têm com nossa vida real de todo dia. Às vezes as associações são mais di-retas e fáceis de fazer, outras são mais subjetivas e dependem da ótica e da bagagem cultural da pessoa que assistiu. Hoje gosta-ria, então, de falar sobre um fil-

me. Mais especificamente uma animação que me trouxe várias reflexões enquanto assistia. “Os Croods”, da Dreamworks (mes-ma produtora da série Shrek) conta a história de uma família na idade das pedras e, por isso mesmo, a relação com empre-

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Filme de animação mostra crise na era pré-histórica com a chegada de um gênio com novas invenções. Confira relações da animação com empreendedorismo e criatividade

endedorismo é muito mais legal de refletir.

Nos últimos dois anos fiquei um tanto obcecado por livros que tratam sobre criatividade e empreendedorismo. As expe-riências profissionais que tive a oportunidade de vivenciar contribuíram para crescer essa vontade de conhecer mais sobre o assunto, mas a verdade é que esses são temas que sempre me provocaram a curiosidade. ”Os Croods” é uma dessas maneiras de conversar sobre criatividade e empreendedorismo e, durante

o filme, temos a oportunidade de ver três elementos que, jun-tos, fazem a gente pensar sobre a arte de empreender e criar.

O primeiro grande argumen-to dessa animação é o que gran-de parte de nós conhece por “Mito da Caverna”, de Platão.

Fazendo uma citação direta da Wikipedia, o Mito da Caverna “trata-se da exemplificação de como podemos nos libertar da condição de escuridão que nos aprisiona através da luz da ver-dade, onde Platão discute sobre teoria do conhecimento, lingua-gem e educação na formação do Estado ideal”. A história da ca-verna representa algumas pes-soas presas, incapazes de sair da caverna, e que apenas têm aces-so a uma realidade que acredi-tam ser verdadeira (a sombra dos objetos e animais que pas-sam lá fora). Quando uma des-sas pessoas consegue se libertar e tem acesso à “realidade real”, ela, voltando à caverna, pode ser ignorada pelos companhei-ros ou sofrer represálias por es-tar “falando bobagem”.

”Os Croods” começa exata-mente assim e a força filosófica por trás do pai que impede que todos saiam da caverna é, na mi-nha opinião, uma (para poupar seus olhos vou substituir o ter-mo que iria usar aqui por “pul-ga”) pulga moral da história. Mas é uma moral não apenas para crianças. Essa moral pode ser levada a sério por muitos adultos que, no caso de Grug, o patriarca de ”Os Croods”, ainda têm atitude de proteção exa-cerbada com seus filhos. Explo-rar o que está fora da caverna é sempre muito valioso e agrega muito ao nosso repertório, nem que a gente volte para a caverna algum tempo depois. Entretan-to, para Grug, essa atitude não é aceitável.

O sair da caverna é apenas o primeiro ato na trama. O segun-do, também bastante presente no enredo, é quando a criativi-

dade entra em cena e provoca a maioria dos personagens com a capacidade de resolver proble-mas insolúveis e banais, como andar sobre plantas espinho-sas ou despistar predadores. A criatividade aqui é representa-da por um personagem novo (Guy), que leva tempo para con-quistar a confiança de todos da família Croods e é responsável por apresentar o novo mundo fora da caverna. Não bastasse isso, a criatividade (nesse caso, o personagem Guy) é responsá-vel por trazer o terceiro elemen-to necessário para a nossa aná-lise: o bicho-preguiça.

Não sei se tem algum objeti-vo claro dos produtores, direto-res e roteiristas com a inserção desse bicho-preguiça (eu acre-dito que sim), por isso quero deixar claro que a partir daqui as teorias são frutos exclusivos da minha imaginação. Então va-mos lá. O bicho-preguiça, tam-bém conhecido como “Braço”, é o cinto da calça de Guy (isso mesmo!) e também o fiel com-panheiro de jornada. Ironica-mente, a preguiça é um dos per-sonagens mais ativos de todo o filme, responsável por ajudar a família quando há alguma com-plicação ou na hora de tocar marimba.

Sei que essa teoria já é bas-tante batida, mas para falar de empreendedorismo e criativi-dade temos também que falar de preguiça. É clichê. Mas talvez a partir desse momento, não seja. Explico: criatividade e pre-guiça andam juntas. Together. Alter ego, tipo Batman e Corin-ga. Isso é bem simples de enten-der e, na minha opinião, uma das melhores dicas para se dar a

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LÍNGUA PORTUGUESA

Por Alan de Macedo Simões

E... ponto final!

Muitas vezes essa é a forma com que encerramos o assunto com alguém.

Usamos o nome de ponto final para firmar o encerramento total do assunto.

Mas a pontuação vai além de um ponto final.

Nossa coluna hoje começa com duas curiosidades, a origem dos pontos de interrogação e de exclamação.

Quando estamos falando, a entonação de pergunta nos é na-tural. Algumas perguntas nem precisariam de pontuação para percebermos que é uma pergun-ta, mas existem casos que a pon-tuação é a única diferenciação entre a afirmação e a pergunta. “Eu disse isso” é um exemplo que demonstra uma confissão ou uma surpresa, apenas pela pon-tuação.

O ponto de interrogação (?) surgiu ainda na língua-mãe, o la-

tim. Quando se queria fazer uma pergunta, era escrita a frase e, ao final, escreviam que era uma per-gunta, colocando ao final a pala-vra “questio”. Como a preguiça é a mãe das reduções, logo a pala-vra “questio” passou a ser escrita apenas como sendo “qo”. Com o passar do tempo, colocou-se o “q” sobre o ”o” e assim surge o ponto de interrogação.

O ponto de exclamação (!) tem uma origem semelhante, ao final era escrita uma expressão de ale-gria “io”, e, com o passar do tem-po, também foram sobrepostos, resultando na conhecida excla-mação.

Na nossa língua existem, ba-sicamente, dois sinais de pontu-ação, um que mantém o fluxo da frase e um que o interrompe. Es-tamos falando da vírgula (,) e do ponto (.).

Evidentemente, eles sofrem variações.

No campo das funções da vír-gula temos também os dois pon-tos (:) e o ponto e vírgula (;).

A vírgula é usada para sepa-rar termos idênticos na mesma oração e, sempre que necessário, para separar termos que não es-tão na ordem clássica da frase, que é “sujeito, verbo, comple-mentos”.

O ponto e vírgula tem seu uso, normalmente, para separar as orações em que, em seu interior já foram utilizadas vírgulas. Um uso interessante dessa pontua-ção é que ela pode separar, inclu-sive, item do mesmo artigo de lei e, mesmo assim, não será preciso usar letra maiúscula.

Os dois pontos são usados para manter o fluxo do pensa-mento, trazendo-se uma expo-sição ou explicação. Nestes ca-sos, após a utilização dos dois pontos, não é adequado usar-se letra maiúscula. Ele também pode introduzir uma fala, que será exposta em um texto com foco narrativo e, nestes casos, deve-se usar uma nova linha, com travessão e, aí sim, letra maiúscula.

No campo do ponto final te-mos também a reticência (…),

a exclamação (!) e a interroga-ção (?).

Quanto aos pontos do campo do ponto final, seu uso não gera tantas dúvidas, mesmo assim, al-guns pontos precisam ser consi-derados.

O primeiro é quanto à exclama-ção. Um costume atual que fere o bom uso da língua é o uso de vários pontos de exclamação, como se os pontos de exclamação expres-sassem uma escala de indignação ou euforia. Embora isso possa ser aceitável em mídias sociais, essa variação não é um uso padrão da língua.

Uma outra distinção que surge é sobre o uso de reticências, elas tem a função de demonstrar uma continuidade do pensamento, sem que se termine a explicação, seu uso é uma prova de interação com o leitor, quando a comple-mentação é dada por aquele que lê.

Esse é um posicionamento in-formal e básico quando à pontu-ação, mas você pode escrever sua sugestão, tirar suas dúvidas e su-gerir assuntos.

Espero que a sua relação com o estudo da gramática da língua portuguesa não tenha um ponto final, mas uma vírgula.

quem não acredita ser criativo.Depois de ler mais de 12 li-

vros sobre criatividade nos úl-timos meses, a conclusão que cheguei, muito bem representa-da no filme ”Os Croods”, é que não dá para passar 24 horas por dia trabalhando em algo e, ao mesmo tempo, querer ser cria-tivo. A mente precisa do ócio, da preguiça, para poder aces-sar o inconsciente e encontrar respostas fora daquela linha de raciocínio em que você está de-bruçado. É o que o autor Amit Goswami (excelente autor e físi-co quântico) chama de “Dobe-dobedo” (só para lembrar que estamos falando de ”Os Croods”,

e não de Scooby-doo, ok? Caso você tenha se perdido no meio do caminho).

O método “dobedobedo” nada mais é que intercalar o fa-zer (Do) com o ser (Be) e, a par-tir daí, encontrar um equilíbrio que leve a gente a uma criati-vidade progressiva. Progressiva porque não é de uma hora para outra que, praticando o “dobe-dobedo”, a gente consegue ser um pulga (censura novamente aqui) criativo. Mas, aos poucos, praticando, quem sabe? Aquelas ideias geniais que gostaríamos de ter no banho, fazendo a bar-ba ou correndo no parque são super possíveis.

O conceito que quero passar é que sim, vamos trabalhar, va-mos nos esforçar e vamos trans-pirar. Mas também precisamos dar um tempo ao cérebro para que ele processe as informações e encontre respostas um pouco diferentes daquelas que esta-mos acostumados a pensar, em nossa mente analítica e racio-nal. Como diz aquela frase de Eistein, “sucesso e inspiração são resultados de 10% de ins-piração e 90% de transpiração”. A proporção do “Dobedobedo” talvez seja algo próximo disso, mas lembre-se que a preguiça está sempre por perto.

Óbvio que não deu tempo

(espaço) pra entrar no assunto empreendedorismo. Fica para uma próxima oportunidade. Mas a intenção é mostrar que sem o trabalho, a criatividade, a preguiça, a vontade e o gosto de fazer, o empreendedorismo não acontece. Só adicionaria outro elemento bem importan-te no meio de tudo isso; o pla-nejamento. Para poder correr no parque, tomar banho, fazer a barba ou tirar a preguiça sem a preocupação da calça cair (e ter boas ideias), precisamos nos planejar. Se deixar tudo para a última hora, nunca sere-mos criativos.

Page 8: Folha do Bom Retiro | Março 2014. Edição 20

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Fotos: Lucas de França

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