folha da vila edição 33 - novembro 2014

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1 Ícone histórico do bairro, Cinemateca definha em sua crise institucional CRISE CINEMATOGRÁFICA - Um dos maiores orgulhos da Vila e também um ícone de preservação da cultura cine- matográfica do país, a Cinemateca con- tinua imersa em uma grave crise institucional e administrativa que se ar- rasta desde o começo do ano passado e que afetou toda estrutura de funciona- mento da entidade. Após um período tumultuado com demissões em massa do quadro de funcionários, auditoria na prestação de contas, demissão de dire- tores e do conselho, congelamento no repasse de verbas, fechamento da bibli- oteca e de salas de exibição e questionamentos sobre seu modelo de gestão, a Cinemateca parecia que esta- va superando o trauma das turbulências sofridas no ano passado. Parecia. A crise administrativa ganhou novos capítulos neste mês com um inesperado pedido de demissão do diretor-geral, Lisandro Nogueira, que havia assumido o cargo há um ano com a intenção de co- locar a entidade novamente em pleno funcionamento. Nogueira alega “razões familiares” para seu pedido. Mas a mu- dança do modelo institucional de ges- tão da Cinemateca que está sendo implementada pelo Ministério da Cultu- ra pode ter colaborado para atritos no âmbito administrativo entre o órgão fe- deral e a direção da entidade. A saída da ministra da Cultura, Marta Suplicy (ou- tra que pediu demissão do governo Dilma no começo do mês), também contribuiu para o cenário de incertezas que paira sobre a entidade neste fim de ano. Um dos pontos centrais da crise diz respeito ao modelo de gestão e adminis- tração que está sendo rediscutido na LEI DE ZONEAMENTO EM DISCUSSÃO - No dia 29 deste mês a SubPrefeitura da Vila organiza debate público para discu- tir sobre a Lei de Zoneamento que está sendo proposta para o bairro. O objeti- vo agora é revisar e atualizar as regras de parcelamento, uso e ocupação do solo. E é com base nessas regras que a Prefeitura autoriza a construção de no- vos edifícios e a instalação de novas ati- vidades – inclusive econômicas e comer- ciais - nos bairros. O encontro será rea- lizado no colégio Arquidiocesano, a par- tir das 8 horas. Ainda em novembro, a Prefeitura tam- bém começou a notificar os proprietári- os de imóveis que não estão sendo usa- dos para que parcelem, construam ou deem uso. Os proprietários que não se adequarem estarão sujeitos à aplicação do IPTU progressivo e, eventualmente, a desapropriação. Matérias na página 10. GASTRONOMIA ORIENTAL - Localiza- da na Vila e fundada em 1982, a tradicio- nal casa Kahn El Khalili conta com 15 exóticos e surpreendentes ambientes, decorados com pinturas e tapeçaria ára- bes. A dança do ventre é a atração prin- cipal da casa, além da gastronomia. Ali são oferecidas aulas da dança, apresen- tações especiais com as melhores baila- rinas do país nos “haréns” da casa junto com o Ritual do Chá. Já o cardápio tem combinações deliciosas de pães, patês, salgados, doces árabes, bolos, chás ge- lados e quentes. Página 21. MUSEU DA IMIGRAÇÃO - Reaberto neste ano, depois de uma longa refor- ma que durou quatro anos, foi reinaugurado repaginado e com novo nome – Museu da Imigração do Estado de São Paulo. O prédio do museu, no bairro do Brás, limite com a Mooca, ser- viu como hospedaria para imigrantes de 1887 a 1978. Por ele passaram mais de 2,5 milhões de pessoas, de mais de 70 nacionalidades. Alguns atrativos do an- tigo Memorial do Imigrante permanece- ram nessa nova fase, como o passeio de Maria Fumaça. Página 19. DRAMA FILOSÓFICO - A celebrada fábula de ‘Fausto’, do renomado escri- tor alemão Goethe, está em cartaz no teatro João Caetano. Na história, o per- sonagem central que leva o nome da peça, insatisfeito com o rumo de sua vida, faz um pacto com Mefistófeles em troca de prestígio espiritual – em um ato que não poderia ser estabelecido sem consequências. Embora seja uma versão resumida, dada a extensão da obra, é uma adaptação fiel da versão original. Confira a Agenda Cultural de novem- bro nas páginas 25, 26 e 27. LINHA DA SAÚDE – Prosseguem os tra- balhos de escavação do trecho entre o Campo Belo e Vila Mariana, da linha 5- Lilás do metrô que passará pela região em vários pontos. A linha Lilás contará com mais quatro estações no bairro e terá seu ponto final na Chácara Klabin, com previsão para conclusão em 2016. A extensão que está sendo construída li- gará o Largo Treze, em Santo Amaro, à Chácara Klabin. O trecho terá 11,5 km de extensão e contará com mais 11 es- tações com capacidade de transportar quase 800 mil passageiros/dia. Página 3. entidade. Dentre todo esse imbróglio ainda sem solução aparente, o certo é que enquanto a situação não se desen- rola, a Cinemateca mingua e pode ter sua capacidade de funcionamento total- mente comprometida para os próximos meses. Ou até anos. Pelos menos é o que sugerem as previsões mais pessimistas para os próximos capítulos. Confira os detalhes da crise administrativa da entidade nas páginas 4 e 5.

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Page 1: Folha da Vila edição 33 - novembro 2014

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Ícone histórico do bairro, Cinematecadefinha em sua crise institucional

CRISE CINEMATOGRÁFICA - Um dosmaiores orgulhos da Vila e também umícone de preservação da cultura cine-matográfica do país, a Cinemateca con-tinua imersa em uma grave criseinstitucional e administrativa que se ar-rasta desde o começo do ano passado eque afetou toda estrutura de funciona-mento da entidade. Após um períodotumultuado com demissões em massa doquadro de funcionários, auditoria naprestação de contas, demissão de dire-tores e do conselho, congelamento norepasse de verbas, fechamento da bibli-oteca e de salas de exibição equestionamentos sobre seu modelo degestão, a Cinemateca parecia que esta-va superando o trauma das turbulênciassofridas no ano passado. Parecia.

A crise administrativa ganhou novoscapítulos neste mês com um inesperadopedido de demissão do diretor-geral,Lisandro Nogueira, que havia assumido ocargo há um ano com a intenção de co-locar a entidade novamente em plenofuncionamento. Nogueira alega “razõesfamiliares” para seu pedido. Mas a mu-dança do modelo institucional de ges-tão da Cinemateca que está sendoimplementada pelo Ministério da Cultu-

ra pode ter colaborado para atritos noâmbito administrativo entre o órgão fe-deral e a direção da entidade. A saídada ministra da Cultura, Marta Suplicy (ou-tra que pediu demissão do governo Dilmano começo do mês), também contribuiupara o cenário de incertezas que pairasobre a entidade neste fim de ano.

Um dos pontos centrais da crise dizrespeito ao modelo de gestão e adminis-tração que está sendo rediscutido na

LEI DE ZONEAMENTO EM DISCUSSÃO- No dia 29 deste mês a SubPrefeitura daVila organiza debate público para discu-tir sobre a Lei de Zoneamento que estásendo proposta para o bairro. O objeti-vo agora é revisar e atualizar as regrasde parcelamento, uso e ocupação dosolo. E é com base nessas regras que aPrefeitura autoriza a construção de no-vos edifícios e a instalação de novas ati-vidades – inclusive econômicas e comer-ciais - nos bairros. O encontro será rea-lizado no colégio Arquidiocesano, a par-tir das 8 horas.

Ainda em novembro, a Prefeitura tam-bém começou a notificar os proprietári-os de imóveis que não estão sendo usa-dos para que parcelem, construam oudeem uso. Os proprietários que não seadequarem estarão sujeitos à aplicaçãodo IPTU progressivo e, eventualmente, adesapropriação. Matérias na página 10.

GASTRONOMIA ORIENTAL - Localiza-da na Vila e fundada em 1982, a tradicio-nal casa Kahn El Khalili conta com 15exóticos e surpreendentes ambientes,decorados com pinturas e tapeçaria ára-bes. A dança do ventre é a atração prin-cipal da casa, além da gastronomia. Alisão oferecidas aulas da dança, apresen-tações especiais com as melhores baila-rinas do país nos “haréns” da casa juntocom o Ritual do Chá. Já o cardápio temcombinações deliciosas de pães, patês,salgados, doces árabes, bolos, chás ge-lados e quentes. Página 21.

MUSEU DA IMIGRAÇÃO - Reabertoneste ano, depois de uma longa refor-ma que durou quatro anos, foireinaugurado repaginado e com novonome – Museu da Imigração do Estadode São Paulo. O prédio do museu, nobairro do Brás, limite com a Mooca, ser-viu como hospedaria para imigrantes de1887 a 1978. Por ele passaram mais de2,5 milhões de pessoas, de mais de 70nacionalidades. Alguns atrativos do an-tigo Memorial do Imigrante permanece-ram nessa nova fase, como o passeio deMaria Fumaça. Página 19.

DRAMA FILOSÓFICO - A celebradafábula de ‘Fausto’, do renomado escri-tor alemão Goethe, está em cartaz noteatro João Caetano. Na história, o per-sonagem central que leva o nome dapeça, insatisfeito com o rumo de suavida, faz um pacto com Mefistófeles emtroca de prestígio espiritual – em um atoque não poderia ser estabelecido semconsequências. Embora seja uma versãoresumida, dada a extensão da obra, éuma adaptação fiel da versão original.Confira a Agenda Cultural de novem-bro nas páginas 25, 26 e 27.

LINHA DA SAÚDE – Prosseguem os tra-balhos de escavação do trecho entre oCampo Belo e Vila Mariana, da linha 5-Lilás do metrô que passará pela regiãoem vários pontos. A linha Lilás contarácom mais quatro estações no bairro eterá seu ponto final na Chácara Klabin,com previsão para conclusão em 2016. Aextensão que está sendo construída li-gará o Largo Treze, em Santo Amaro, àChácara Klabin. O trecho terá 11,5 kmde extensão e contará com mais 11 es-tações com capacidade de transportarquase 800 mil passageiros/dia. Página 3.

entidade. Dentre todo esse imbróglioainda sem solução aparente, o certo éque enquanto a situação não se desen-rola, a Cinemateca mingua e pode tersua capacidade de funcionamento total-mente comprometida para os próximosmeses. Ou até anos. Pelos menos é o quesugerem as previsões mais pessimistaspara os próximos capítulos. Confira osdetalhes da crise administrativa daentidade nas páginas 4 e 5.

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Vitor Hugo Baqueta

CARRO ABANDONADO EM VIAPrezado editor da nossa querida Fo-

lha da Vila,Gostei muito da reportagem na edição

de outubro que diz respeito aos carros aban-donados em vias públicas no bairro e sobrecomo proceder nesses casos. A foto que ilus-tra a matéria é de um carro próximo a minhacasa, na rua Estado de Israel. Eu mesma jáprotocolei o pedido para remoção da car-caça do veículo e enviei email à CET solici-tando urgência no pedido. Espero que to-mem providências. Obrigado mais uma vez!

Yolanda Barros - vizinha

INSCRIÇÕES ABERTAS – CEN-TRO DE MÚSICA

O Centro Suzuki de Educação Musicalé um coletivo de estúdios que iniciou suasatividades na Vila para reunir trabalhos deformação musical em um único espaço. Essenúcleo é composto por professores capa-citados ao trabalho com o Método Suzuki.Assim como outros professores Suzuki emtodos os cantos do mundo, o CSEM acredi-ta na formação de crianças, jovens e adul-tos, e no ensino de música como instru-mento para a formação do caráter e dapersonalidade. Através de um ambiente po-sitivo, rico em estímulos musicais, o CSEMcontribui para uma formação consistente,

Rua Irmã Efigênia, 16 - Vila Mariana / Clementino - SPCep.: 04017 060 - Tel.: (11) 2936 3324 / 97127 4555

E-mail: [email protected]: www.folhadavila.com.br

Diretor - Executivo: Vitor Hugo BaquetaJornalista Pós-Graduado em Comunicação pela Faculdade Cásper Líbero

Jornalista Responsável: Vitor Hugo Baqueta - MTB 45.357

Departamento Comercial (contato): (11) 2936 3324 / 97127 4555

Relações Comerciais e Institucionais: Bruno Sarni - [email protected]

Responsável pelo Projeto Gráfico (criação): Thiago Perini

Projeto Gráfico (finalização) e Diagramação: Carlos Henrique Gemelgo

Distribuição: Vilas Mariana e Clementino

Impressão: S.A. O Estado de S. Paulo.

Tiragem: 17 mil exemplares comprovados

Atenção: todos os anúncios aqui publicadossão de inteira responsabilidade do anunciante.

“Os artigos publicados com a assinatura,necessariamente, não traduzem a opinião do jornal”.

EDITORIAL

Para anunciar, ligue:(11) 2936 3324

Email: [email protected]

Novos sopros de vida cultural para a VilaUm bairro aconchegante, de fácil

acesso, estratégico em termos de lo-calização, com indicadores diferenci-ais nas áreas de saúde e de educação,e farto em serviços, lazer, cultura ecomércio. Essas são apenas algumas dascaracterísticas que cercam a nossaquerida Vila e que a configuram comoum bairro de excelência em qualidadede vida na capital, ainda que tenhamosmuitos problemas estruturais, assimcomo em toda cidade,diga-se de passagem.

Mas um aspectoque deve ser esmiuça-do e estudado de ma-neira aprofundada é acapacidade cultural que o bairro ad-quiriu nos últimos anos, com a chega-da de vários pólos multifacetados nasmais diversas variáveis de artes e cul-tura. Temos hoje um circuito altamen-te qualificado e exponencial dentro docontexto da capital. É que deve serlevado em conta.

Há por toda Vila e em seu entorno,uma série de instrumentos reconheci-dos por sua excelência no caráter cul-tural. Destaco apenas alguns deles, den-tre os quais o museu Lasar Segall (quepassa por reformas e ficará pronto em

janeiro), o Sesc da rua Pelotas, teatroJoão Caetano, a Casa Modernista, o Insti-tuto Biológico com seu viés de estudoagrícola, a Cinemateca e seu importantís-simo papel de preservação da memóriaaudiovisual brasileira (ainda que estejapassando por uma grave crise institucionalque, por sinal, é destaque desta edição),o parque do Ibirapuera e todas as cente-nas de exposições, eventos e mostras queo local sedia e agora, o MAC USP em sua

nova sede. Para ficar apenas em algunsnomes ou nos mais conhecidos. É algo aser repensado. E também, claro, melhorexplorado e valorizado.

Outra notícia que chama atenção eque trouxe ainda mais vida ativa à Vila foia abertura do Parque Ibirapuera por 24horas nos finais de semana. Diante dereclamações recentes sobre a seguran-ça, a Guarda Municipal garante que temse atentado ao problema e que ampliaráa fiscalização. Algo, que por sinal, devaser questionado e discutido. A Folha fi-cará atenta aos desdobramentos da me-

musical e criativa. Estamos com inscriçõesabertas para novas turmas em 2015.

Centro Suzuki de Educação MusicalRua Ambrosina de Macedo, 142 - Vila

[email protected]

RETIRO ESPIRITUAL NA VILAO Movimento de Emaús convida você,

jovem católico, solteiro, com idade entre18 a 26 anos, para fazer um programa dife-rente! Em um Curso de Valores Humanos eCristãos, em formato de Retiro com dura-ção de três dias, você será desafiado a en-contrar respostas sobre você mesmo, so-bre o mundo e sobre Deus.

O próximo Curso de Emaús aconte-cerá no período de 13 a 16 de novembroe será exclusivo para rapazes. Entre emcontato conosco e participe dessa ex-periência que pode mudar a sua vida!Endereço na Vila - Rua Áurea, 324 - VilaMariana (Missa todos os sábados às 18:30)

Movimento de Emaús São Paulo –ww.emaus.org.br/saopaulo/

COMO PARTICIPAR?Sugestões, pautas e/ou críticas? En-

viem email para folhadavila@ hotmail.comou entrem em contato através do (11)2936 3324 / (11) 97127 4555.

dida e levantará os questionamentos nomomento certo.

E se a Vila é o bairro da cultura, nadamelhor do que comemorar esse aspec-to com um grande festival temático. Foiisso o que fizeram moradores da regiãoe grupos de coletivos culturais que seuniram para organizar o eventoAMARiana, que será realizado no dia 15de novembro, na praça comunitária daLins de Vasconcelos. Os organizadores

ressaltam que o festival étotalmente independen-te, realizado por umarede de pessoas que bus-ca expandir a consciên-cia e exercitar a atitude

amorosa em relação aos espaços públi-cos e à convivência em sociedade pe-rante o bairro. Enfim, mais uma oportu-nidade única para se celebrar a vidacultural da Vila.

Aos nossos leitores, parceiros e cola-boradores, esperamos que gostem destaedição especial de novembro e sintam-seà vontade para sugerir, criticar e, porquênão, também elogiar. Este jornal é feitocarinhosamente para vocês e por vocês.Sintam-se partes deste projeto. E boa lei-tura. Afinal, e como diz nosso slogan, por-que conteúdo faz toda diferença!

“Há por toda Vila e em seu entorno, uma série de instrumentosreconhecidos por sua excelência de caráter cultural. É algo a ser

repensado. E também, claro, melhor explorado e valorizado”

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Vila ganhará mais quatro estações demetrô da linha Lilás dentro de dois anos

Após atrasos no início da obra, governomantém cronograma para inaugurar todas

as estações da linha até o fim de 2016

Foi dado início, no fim do ano pas-sado, aos trabalhos de escavação

do trecho entre o Campo Belo e a VilaMariana da linha 5-Lilás do metrô que pas-sará pela região em vários pontos ao longode seu percurso e que deve movimentarainda mais o bairro. A linha 5-lilás do metrôcontará com mais quatro estações na Vilae terá seu ponto final na Chácara Klabin,

com previsão para conclusão em 2016. Aprevisão inicial era de que até 2015 todo otraçado da linha estivesse concluído.

LINHA DA SAÚDEA operação plena da linha proporcio-

nará o acesso a complexos hospitalarescomo Santa Casa de Misericórdia de SantoAmaro, Hospital e Maternidade Santa Mar-ta, Hospital do Servidor Público Estadual,Hospital São Paulo, Hospital Sepaco, Hospi-tal Santa Cruz, Hospital Alvorada, HospitalEdmundo Vasconcelos, Hospital Evaldo Foze Maternidade do Amparo Maternal e cen-

tros especializados para trata-mentos como AACD, APAE e Lare Escola São Francisco que se-rão providos de transportecom acessibilidade e rapidez.

Atualmente, duas linhaspassam pelo distrito de VilaMariana: a linha 1-azul e a 2-verde. Para evitar a superlotação da es-tação Shopping Santa Cruz – que já é umadas mais movimentadas da linha azul – oterreno na esquina ao lado do shopping,entre as ruas Domingos de Morais e Pedrode Toledo, está sendo transformado emuma nova estação, com capacidade mai-or de fluxo de pessoas.

PREVISÃO DE ENTREGAAs obras da linha 5-Lilás começaram

em maio de 2011. A extensão que está sen-do construída ligará o Largo Treze, em San-to Amaro, à Chácara Klabin. O trecho terá11,5 km de extensão e contará com mais11 estações com capacidade de transpor-

SAIBA MAIS - OS NÚMEROS DA LINHA LILÁS

- A linha - 5 Lilás do metrô terá extensão total de 16 km;- Na Vila, a linha terá mais quatro estações e duas interligações;- O trecho Lilás fará integração com as linhas ouro, azul e verde;- Sua capacidade estimada é de 780 mil passageiros / dia;- As obras têm um custo estimado de R$ 6,9 bilhões;- A previsão é a de que toda a linha seja entregue até 2016.Linha Lilás terá quatro estações na região e mais duas interligações

tar quase 800 mil passageiros/dia. Atual-mente, a linha Lilás conta com outras qua-tro estações ( ver no mapa). A primeiraestação já inaugurada nesta nova fase deexecução do projeto — Adolfo Pinheiro —foi entregue no começo do ano. O tre-cho terá integração com as linhas 1-Azul— na estação Santa Cruz —, com a linha 2-Verde — na estação Campo Belo — e coma futura linha 17- Ouro — na estação ÁguaEspraiada / Campo Belo. A expectativa é ade que toda a linha esteja completa e inau-gurada em menos de 20 meses. De acordocom o Metrô, as obras têm um custo esti-mado de R$ 6,9 bilhões.

Trecho da linha 5 terá extensão total de 16 km

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Patrimônio da Vila, Cinemateca ganhanovo capítulo em sua crise institucional

Crise administrativa da instituição quese arrasta desde o ano passado volta à

pauta com pedido de demissão dodiretor-geral e com a saída da ministrada Cultura; Quase dois anos após inícioda crise, persiste indefinição sobre novo

modelo de gestão que será adotado

Um dos maiores orgulhos da Vila etambém um ícone de preserva-

ção da cultura cinematográfica do país,a Cinemateca continua imersa em umagrave crise institucional e administrativaque se arrasta desde o começo do anopassado e que afetou a estrutura de fun-cionamento da entidade. Após um perí-odo tumultuado com demissões em mas-sa do quadro de funcionários, auditoriana prestação de contas, demissão de di-retores e do conselho, congelamento norepasse de verbas, fechamento da bibli-oteca e de salas de exibição equestionamentos sobre seu modelo degestão, a Cinemateca parecia que esta-va superando o trauma das turbulênciassofridas no ano passado. Parecia.

A crise administrativa ganhou novocapítulo neste mês com um inesperadopedido de demissão do diretor-geral,Lisandro Nogueira, que havia assumido o

cargo há um ano com a intenção de colo-car a entidade novamente em pleno fun-cionamento. E, de certa forma, vinha con-seguindo cumprir com a árdua missão.Nogueira alega “razões familiares” para seupedido. Mas a mudança do modeloinstitucional de gestão da Cinemateca queestá sendo implementada pelo Ministérioda Cultura (secretaria que controla a ins-tituição) pode ter contribuído para atri-tos no âmbito administrativo entre o ór-gão federal e a direção da entidade. Asaída da ministra da Cultura, Marta Suplicy(outra que pediu demissão do governoDilma no começo do mês), também é apon-tada como uma das causas do pedidodemissionário de Nogueira. Para o lugarde Marta, o ex-ministro Juca Ferreira (atu-al secretário de Cultura da cidade) apa-rece como o mais cotado para assumir apasta.

MODELO DE GESTÃO EM DISCUSSÃOUm dos pontos centrais da crise na

instituição diz respeito ao modelo degestão que está sendo rediscutido. Nocomeço do ano, a ex-ministra sinalizavaque adotaria o modelo de OrganizaçãoSocial para implantar na gestão da insti-tuição. As chamadas ‘OS’s são entidadesprivadas que fazem contratos de gestão

SAIBA MAIS

A cronologia de uma crise cinematográfica

Responsável pelo resgate e pelapreservação da memória

audiovisual brasileira, a Cinemateca pos-sui também um papel histórico e afetivocom o bairro, no qual está instalada des-de o começo da década de 90. A institui-ção passa por essa crise administrativadesde janeiro do ano passado, quando oentão diretor Carlos Magalhães foi exo-nerado pela então ministra Marta Suplicy.Com a demissão, vieram também os des-dobramentos. Grande parte do corpo defuncionários que era ligado à SociedadeAmigos da Cinemateca – entidade civilque prestava apoio às ações e viabilizaçãode projetos - foi destituído fazendo comque o local funcionasse apenas commetade de sua capacidade operacional.Com a crise instalada e parte do repassede verbas temporariamente congeladopelo MinC, a biblioteca deixou de abrire uma das salas de exibição de mostras e

filmes ficou fechada durante um tempo.A exibição de novas mostras edocumentários também ficou tempora-riamente suspensa.

Segundo o MinC, os cortes aconte-ceram em razão de uma alegada “crisede crescimento” da instituição. Enten-da-se, os sinais de vigor da Cinematecanos últimos anos eram vistos como exem-plo de êxito e faziam da instituição umaespécie de menina dos olhos do MinC.No entanto, o ministério avaliou – à épo-ca - que falhou na obrigação de acom-panhar acuradamente o corpo funcio-nal da instituição e seus recursos. E fezpausa para sua revisão.

SAC ESCLARECEPor outro lado, a direção da Socie-

dade Amigos da Cinemateca ressaltavaque “era importante entender a formacomo a Cinemateca se organizou ao lon-go de sua história. Em sua criação, arti-culou-se como fundação e, quando pas-sou para o governo federal - nos mes-mos moldes do Museu Lasar Segall - lu-tou para ter algumas salvaguardas, como,por exemplo, seu acervo, característi-cas que seriam garantidas mesmo quan-do passasse a ser órgão ligado ao gover-no federal”, explicava a direção em car-ta aberta. Na visão de seus diretores,isso manteria o perfil que se havia con-quistado e o conselho funcionaria comouma destas garantias. Para eles, políticae administrativamente era muito impor-tante este desenho da instituição.

com o governo e têm autonomia admi-nistrativa. Por outro lado, críticos dessemodelo escolhido argumentam que aadoção da OS resultaria na privatizaçãodo espaço público. Até o final de 2012,antes da deflagração da crise, parte dosfuncionários da Cinemateca era contra-tada pela Sociedade Amigos daCinemateca (SAC), organização civil cria-da com a finalidade de gerir projetospara a entidade e que recebia repasses

do governo por um convênio que previagestão conjunta.

Dentre todo esse imbróglio ainda semsolução aparente, o certo é que en-quanto a situação não se desenrola, aCinemateca mingua e pode ter sua ca-pacidade de funcionamento totalmentecomprometida para os próximos meses.Pelos menos é o que sugerem as previ-sões mais pessimistas para os próximoscapítulos.

Novo modelo de gestão é um dos pontos centrais da crise na entidade

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Prédio centenário se transformou nomaior acervo cinematográfico do país

No final do século XIX, trens chegavam aos galpões do Matadouro

Municipal de São Paulo para buscar pe-ças de carne que abasteciam toda a ci-dade. O prédio de tijolos foi inauguradoem 1887 e até 1927 foi cenário de san-guinários abates de gado, daqueles comcarcaças penduradas em ganchos.

A CINEMATECA EM NÚMEROS E DATAS- São cerca de 40 mil títulos entre longas, curtas, documentários e cinejornais

- No total, são mais de 200 mil rolos de filmes- Os primeiros registros audiovisuais datam de 1895- O prédio que abriga a Cinemateca é centenário,

tendo sua fundação datada de 1887- Em 1988, a Prefeitura cedeu o terreno e o espaço à Cinemateca.- Até que, em 1992, a instituição transferiu-se de vez para o local.

O Matadouro Municipal, de ondesaíam toneladas de carne para seremvendidas por toda São Paulo no iníciodo século 20, é hoje o local ondemuitas histórias são contadas por meiodo cinema. O espaço, hoje conheci-do como Cinemateca Brasileira, adap-tou as instalações para abrigar salas

Prédio abrigou Matadouro no século 20 e foi tombado pelo patrimônio histórico

de projeção, conservação e restaurode filmes.

A Cinemateca Brasileira surgiu a par-tir da criação do Clube de Cinema deSão Paulo, em 1940. Em 1984, aCinemateca foi incorporada ao governofederal e hoje está ligada à Secretariado Audiovisual. A mudança da sede parao espaço do antigo Matadouro Munici-pal, cedido pela Prefeitura da cidade,ocorreu a partir de 1992.

A Cinemateca desenvolve atividadesem torno da difusão e da restauraçãode seu acervo, um dos maiores da Améri-ca Latina. São mais de 200 mil rolos defilmes, entre longas, curtas e cinejornais.No total, são cerca de 30 mil títulos.Possui também um amplo acervo de do-cumentos formado por livros, revistas,roteiros originais, fotografias e cartazes.Os mais antigos datam de 1895.

Serviço

CINEMATECA BRASILEIRA

Largo Senador Raul Cardoso, 207Telefone: (11) 3512-6111 /

http://www.cinemateca.gov.br/Email: [email protected]

Acervo conta com 40 mil títulos

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Moradores e comerciantes adotammétodos criativos para economizar água

Flora Paulita corta o tempo do ba-nho para evitar o desperdício, usa

a água da máquina de lavar para limpar oquintal e o jardim e fecha o chuveiro paradepilar a perna. “Pesquisei no site daSabesp que o sistema que abastece a mi-nha casa nem é o Cantareira. Mesmo as-sim não dá para desperdiçar”, diz a atrizde 21 anos. Antes da crise hídrica que atin-ge o país, Flora, que mora na rua Vergueiro,já poupava água. Ela diz que aprendeu apoupar água com a mãe, Silvia Paulita. “Játinha o hábito. Minha mãe costuma de-nunciar até mesmo os vizinhos. Ela ligoupara a Sabesp para falar de um restauran-te que estava usando a mangueira paralavar as paredes”, recorda-se.

Já a vizinha Hedeco Tanaka Vasconce-los, 64 anos, dá como dica a reutilização.“Temos que economizar e reutilizar o queder”, diz. A moradora da rua Humberto Ireutiliza a água da máquina de lavar da rou-pa clara para lavar as mais escuras. Comoela faz arranjos florais, aproveita parareutilizar a água das plantas para passar

pano no chão. Hedeco também afirma queprecisa comprar mais baldes, para armaze-nar a água de lavagem de roupa para nãoprecisar dar descarga. “Cada descarga dadaé muita água que se gasta”, sentencia.

Outra que está fazendo sua parte é avizinha Niolice Anna Malandrino, dona deuma famosa casa de massas na rua CapitãoMacedo, que usa copos de plásticodescartáveis para servir a freguesia. Elaconta que o estabelecimento também nãoestá lavando a calçada e a água que se usapara lavar a louça está sendo usada parapassar pano no chão. Outra dica impor-tante, segundo Niolice, é parar de lavar asverduras em água corrente. “O melhor écolocar a salada ou a verdura em um reci-piente com uma solução (para higienizar)”,afirma.

Todo o dia a plantinha tem que rece-ber água. Mas na floricultura de MárciaMori, localizada na Sena Madureira, nãoé mais banho de mangueira que as plan-tas recebem. Márcia borrifa água nas fo-lhas e nas flores do estabelecimento. Boadica para quem tem plantas em casa. “Nemque o reservatório esteja cheio, temosque economizar”, ensina. Já Meire Silva,funcionária de uma padaria na rua MadreCabrini, informa que o estabelecimentonão lava a calçada há três meses. “Lá nosfundos, que é piso de pedra, também nãolavamos. Ultimamente a lavagem tem sidofeita só no pano mesmo”, exemplifica.

CAMPANHAS DE CONSCIENTIZAÇÃOO Instituto Akatu de consumo consci-

ente lançou em outubro a campanha#águapedeágua, em conjunto com outrascinco organizações não-governamentais. O

site http://aguapedeagua.org.br/ dá dicasde como economizar água. Entre as infor-mações contidas no site, sugestões comobanho a cada 15 dias para o seu cão e a deque é melhor usar um copo apenas paratomar água durante o dia, para não preci-sar lavar, ou usar uma garrafa ou caneca.“As pessoas têm consciência (de como eco-nomizar água), mas precisam de mais infor-mação”, diz Tatiana Mendizabal, coorde-nadora de campanhas do Instituto Akatu.

CISTERNAS EM CASAJá o grupo Aliança pela Água busca

enfrentar a crise hídrica a curto e longoprazos. Uma de suas ideias diz respeitoao ‘Movimento Cisterna Já’. O objetivo éincentivar a população a ter cisternas emcasa – para que seja possível aproveitar aágua da chuva. Basicamente, a tecnologiaconsiste em captar a água que cai nos

Consumo consciente é fundamental

Comerciantes colaboram com soluções

telhados para passar por uma calha atéchegar a um equipamento que a filtra paraser utilizada. “A função dessa ação é tor-nar o conhecimento de que se pode mon-tar uma cisterna em casa”, diz Edison Ur-bano, membro do Movimento Cisterna Já.

*Carla Martin, especial para a Folha

da Vila

Veja algumas dicas de como economizar água

QUER SABER MAIS SOBRE COMO ECONOMIZAR ÁGUA?- Campanha #águapedeágua - http://aguapedeagua.org.br/

- Movimento Cisterna Já - http://sempresustentavel.com.br/- Instituto Akatu de Consumo Consciente - http://www.akatu.org.br/

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Região aparece entre os bairros

que menos economizaram águaMoradores dos bairros mais nobres

de São Paulo são os que menos econo-mizaram água no primeiro semestre des-te ano. Balanço divulgado pela Sabespem agosto demonstra que os consumi-dores dos Jardins, na Zona Oeste, re-duziram apenas 7,36% no período. Na lis-ta dos menos econômicos, a Vila apare-ce logo na sequência com 11% de eco-nomia. Por outro lado, os bairros da re-gião do Jaçanã, na Zona Norte, foramos que mais conseguiram reduzir a con-ta de água.

O levantamento foi feito no períodoem que a região metropolitana de SãoPaulo registrou a maior escassez de chu-va dos últimos anos. Outras regiões declasse média alta, como Butantã, Mooca,Campo Limpo e Ipiranga também reduzi-ram menos o consumo do que outras

SAIBA

MAIS

com populações de menor poder aqui-sitivo como São Mateus, Artur Alvin, VilaMaria e Itaim Paulista. Para a companhia,comércios e prédios em contraste comresidências, são as principais causas daredução econômica nos bairros consi-derados nobres.

Em resposta aos questionamentos daFolha da Vila sobre a economia realiza-da pelo bairro nos meses verificados, aassessoria da Sabesp também acrescen-ta em nota que “os locais maisverticalizados e onde moram pessoascom maior poder aquisitivo são os quetêm menor resultado na redução deconsumo de água, provavelmente pelarelevância que se dá ao conforto emrelação ao valor da conta”. No total, amédia de redução na capital paulista noperíodo foi de 16,23%.

Áreas mais altas da Vila estão maispropensas ao racionamento noturno

O Instituto de Defesa do Consumi- dor (Idec) divulgou no fim de ou-

tubro uma série de mapas que mostram asregiões da capital em que a Sabesp supos-tamente diminui a pressão da água. Se-gundo o Idec, o material mostra “a curvacrítica onde pode ocorrer falta d’água porcausa da redução de pressão da rede”. ASabesp, por sua vez, diz que foi mal inter-pretada e nega que as informações repas-sadas tenham relação com a crise hídrica.

Os mapas mostram que em praticamen-

te todas as regiões da cidade há pelo me-nos uma rua em que a pressão da água éreduzida. Em geral, isso ocorre no períodonoturno e em áreas mais altas - nos arredo-res da rua Vergueiro, por exemplo -, masnão somente nelas. O Idec considera quesaber onde a água chega com menor in-tensidade é fundamental para que o con-sumidor possa se programar e economizarainda mais. A Vila, apesar de abastecida pelosistema Guarapiranga e não pelo Cantareira(que está com níveis críticos em seu reser-

vatório), também pode sofrer com a redu-ção de pressão noturna.

Já a Sabesp afirma que as áreasmarcadas em vermelho nos mapas “es-tão sob influência das Válvulas Reduto-ras de Pressão(VRPs)”, “não são regiõesde risco e não estão sujeitas a

desabastecimento por conta do equipa-mento”. Essas válvulas, diz a companhia,foram “instaladas há mais de dezoito anosem diferentes regiões da capitalpaulista”. Confira onde estão os locaisconsiderados críticos pelo Idec (locali-zados em vermelho no mapa).

Locais delimitados pela linha vermelha são considerados pontos mais críticos

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Ruas movimentadas da regiãotambém ganham trechos de ciclovias

Prefeitura já inaugurou dois trechosde ciclovias na região com localização

nas ruas Vergueiro e Lins deVasconcelos; Outros novos trechos

estão sendo implantados nas últimassemanas em ruas do bairro

Em junho, a Prefeitura lançou um projeto de construção de 400

quilômetros de ciclovias até o fim de2015. Um dos primeiros locais a recebera estrutura para trânsito das bicicletassão algumas vias que já possuíam asciclofaixas de lazer, onde uma faixa derolamento é destinada aos ciclistas nosdomingos e feriados. Com a implantaçãodas ciclovias, o morador da capital po-derá usá-la em qualquer dia da semana.

Na região, as avenidas Domingos deMorais, Vergueiro e Liberdade são algu-mas das vias que tiveram ciclovias inau-guradas recentemente pela Prefeitura.Desde o fim de agosto já está funcionan-do o novo percurso na região, que liga oterminal Vila Mariana do metrô ao Cen-tro Histórico da cidade. No total, a

ciclovia possui pouco mais de quatroquilômetros de extensão.

NOVOS TRECHOS NA VILAOutros trechos que foram implan-

tados nas últimas semanas e já estãoem funcionamento passam pelas ruasMadre Cabrini, seguindo pela rua Co-ronel Lisboa – na Vila Clementino, Pri-meiro de Janeiro até chegar à avenidaJabaquara. Para completar o trecho nazona sul, a avenida Jabaquara tambémestá recebendo a implantação da es-trutura. Outra rua que já recebeu apintura na via foi a França Pinto queestrategicamente deverá fazer a liga-ção da ciclovia Domingos de Morais atéo Parque Ibirapuera.

Outro trecho inaugurado na regiãopassa pelas ruas Calixto da Mota, Dionísioda Costa e Rodrigo Vieira, fazendointegração com a Avenida Lins de Vas-concelos, nas proximidades do metrô VilaMariana. Futuramente, essa ciclovia seráinterligada com o eixo das estações VilaMariana e Ana Rosa do metrô, pela cicloviada Vergueiro. A área para ciclistas tem

sinalização bidirecional, junto ao meio-fio de um dos lados das ruas indicadas.No caso da Lins, a intenção é que elafaça ligação até a avenida Ricardo Jafet,mas a CET ainda não detalhou quandoesse trecho será integrado.

Implantação de trecho na Coronel Lisboa deve complicar trânsito na via

O traçado da nova ciclovia daVergueiro vai até a Praça João Mendes,no Centro, proporcionando acesso aoutras regiões da cidade como SantaCecília e Barra Funda bem como à SalaSão Paulo, Terminal Amaral Gurgel e Pra-ça da República.Na maior parte do per-curso, a ciclovia é unidirecional, ao ladodo canteiro central, em ambos os senti-dos do corredor Noé de Azevedo/Vergueiro/Liberdade e o trajeto atendeaos bairros de Vila Mariana, Paraíso, Acli-mação e Liberdade.

Desde que o projeto teve início, aPrefeitura está inaugurando semanal-mente novos trechos de ciclovias. Asfaixas são sinalizadas com pintura ver-melha no asfalto e devem ocupar asvagas que atualmente são estaciona-mento. Para evitar possíveis acidentese transtornos aos cicl istas, seráproibido parar ou estacionar nasciclovias sob pena de multa ou os veí-culos poderão ser guinchados.

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Andréa Sábbato - Designer - ABD: 10916Projeto e Reforma de InterioresSite: www.andreasabbato.com

Usando toda a criatividadena hora da decoração natalina

Nenhuma data é tão bacana quanto oNatal quando o assunto é decorar acasa. Temporada de juntar o povo eaproveitar o que a vida tem de bom.Para fazer bonito e deixar o seu lar

bem vestido para a festa nadamelhor do que gastar alguns

neurônios e umas calorias montandoa sua decoração de final de ano

Em primeiro lugar a árvore: O mais importante aqui é escolher o ta-

manho certo, uma árvore grande demaispode se transformar em um elefantebranco e se for pequena demais vocêperde o impacto visual, tire as medidasdo espaço antes de comprar.

A ESCOLHA DA ÁRVORECom a árvore em mãos é hora de pen-

sar na composição de cores. Para os clás-sicos, sugiro as cores verde, vermelho,prata e dourado. Os ousados podem sedeliciar com combinações extravagantescomo o pink, o preto, o azul e o roxo.Você pode ainda optar por uma árvoretemática, decorada com alguma coisa inu-

“Aproveite a onda do faça você mesmo como desculpa para reunir a família em

torno de uma função, a decoração fica personalizada e você aproveita para

atingir o objetivo maior do Natal, passar um tempo com quem você ama”

sitada como pirulitos, bonecos ou nozes.Por mais que você já tenha uma por-

ção de enfeites é quase irresistível colo-car uma peça nova neste cenário e a dicaaqui é usar a criatividade e transformarobjetos descartáveis em mimos de natal.Estas peças foram criadas pela artesã mi-neira Maria Auxiliadora Guimarães com tam-pinhas de refrigerante, discos e cd’s, umabelíssima forma de reciclar e de decorar.

Outro item que não pode faltar é a ilu-minação, os fios de luz devem ser os primei-ros a serem colocados na árvore e a melhormaneira é começar de baixo para cima, as-

sim a parte do fio que fica aparecendo podeser coberta por uma saia ou embalagens depresente. Outra alternativa é revestir os fiosde luz com tecidos, você pode colocá-lo naárvore ou ao redor de objetos.

Aproveite a onda do faça você mes-mo como desculpa para reunir a famíliaem torno de uma função, a decoraçãofica personalizada e você aproveita paraatingir o objetivo maior do Natal, passarum tempo com quem você ama.

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Prefeitura começa a rastrear imóveisociosos para notificar sobre IPTU

Após aprovação do Plano Diretor,terrenos sem função social terãocinco anos para concluir obras de

edificação; Prédios abandonados terãoum ano para destinarem utilização ou

terão cobrança maior do imposto

A Prefeitura de São Paulo começou a notificar neste mês os pro-

prietários de imóveis que não estãosendo usados para que parcelem, cons-truam ou deem uso. O objetivo da me-dida é orientar o uso racional e ade-quado do espaço urbano, evitando aespeculação e a degradação de regi-ões que têm infraestrutura. Os propri-etários que não se adequarem estarãosujeitos à aplicação do IPTU progressi-vo e, eventualmente, a desapropriação.

Serão considerados ociosos terrenoscom mais de 500 metros quadrados semnenhuma construção ou com prédiosmuito pequenos e também edifícios commais de 60% de sua área desocupada hámais de um ano. Os proprietários serãointimados a dividir ou construir no ter-reno, ou ainda ocupar o edifício, casoexista. Se em 15 dias não responderemà intimação, terão o IPTU dobrado pro-gressivamente, a partir de 2015.

A notificação é feita pessoalmenteaos proprietários, que terão prazo paracomprovar que o imóvel cumpre sua fun-ção ou explicar motivos legais que im-peçam o cumprimento. Para realizar anotificação será feita a aplicação detrês instrumentos urbanísticos: o PEUC(Parcelamento, Edificação e UtilizaçãoCompulsórios), o IPTU progressivo notempo e a desapropriação mediante pa-gamento em títulos da dívida pública.

Para justificar o projeto, a Prefei-tura alega que a ociosidade de terre-nos ou prédios, quando localizados emregiões com infraestrutura adequada,pode causar efeitos prejudiciais ao seuentorno (como a degradação e o aban-dono), porque diminui a oferta de áre-as aptas à urbanização ou utilização,com consequente encarecimento dosimóveis e afastamento da populaçãopara regiões mais afastadas.

IPTU PROGRESSIVOPara dar transparência ao proces-

so, a lista dos imóveis que serão notifi-cados pode ser consultada no site deSecretaria Municipal de Desenvolvimen-to Urbano. Os proprietários notifica-dos deverão protocolar em um ano

Prédios desocupados e terrenos ociosos serão alvos do IPTU progressivo

pedido de parcelamento ou edificaçãoe depois terão até dois anos para apre-sentar iniciar a obra. Se a construçãoexiste, mas não é utilizada, o prazo éaplicado para a comprovação de usodo imóvel. Se os prazos forem

descumpridos, serão aplicadas asalíquotas progressivas de IPTU: aumen-to anual até atingir 15% do valor venaldo imóvel. Após cinco anos a Prefeitu-ra poderá desapropriar com pagamen-to em títulos da dívida pública.

PLANO

DIRETOR

Lei de Zoneamento proposta para a

região será debatida na VilaA Oficina da Subprefeitura Vila

Mariana será no dia 29 de novembro,das 8 às 13:30, no Colégio

Arquidiocesano que fica na ruaDomingos de Morais, 2565, próximoda Estação Santa Cruz. Participe!

No dia 29 deste mês a SubPrefeituraVM convida a população para mais umaetapa de revisão dos instrumentos deplanejamento urbano da cidade. O ob-jetivo agora é revisar e atualizar as re-gras de parcelamento, uso e ocupaçãodo solo (Lei de Zoneamento). A recen-te revisão do PDE (Lei 16.050/14) trou-xe novas estratégias de desenvolvimen-to urbano que requerem a adequaçãodas regras de parcelamento uso e ocu-

pação do solo.Além disso, a revisão do

zoneamento é uma oportunidade desuperar alguns problemas enfrentadosna aplicação da lei vigente, de formaa facilitar a compreensão da legisla-ção e trazer mais segurança aos pro-prietários, investidores, moradores eao próprio Poder Público na sua apli-cação. A lei de zoneamento divide oterritório em porções denominadaszonas e cada zona reúne um conjuntode regras para um determinado local.E é com base nessas regras que a Pre-feitura autoriza a construção de no-vos edifícios e a instalação de novasatividades nos bairros (por meio dealvarás e licenças de funcionamento).

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Associação cria abaixo-assinado pelamanutenção de distrito policial no bairro

Considerado um dos maiores centrosde tortura do regime militar, o

prédio de segurança localizado narua Tutoia foi tombado pelo patrimôniohistórico em janeiro e pode dar lugar

a um centro de memória

O Conselho de Defesa doPatrimônio Histórico (Condephaat)

aprovou em janeiro deste ano o tomba-mento das antigas instalações do DOI-Codi,centro do Exército que funcionou na ruaTutoia, 921, localizado na divisa entre osbairros de Paraíso e Vila Mariana. O local,usado pelos militares para prender e tor-turar opositores da ditadura, hoje abrigaa delegacia da Polícia Civil, responsável pelasegurança da Vila. A pauta do tombamen-

SAIBA

MAIS

Representantes do Conseg da Viladiscutem problemas de segurança

SEGURANÇA PARTICIPATIVA - Princi-pal elo de diálogo entre poder público,instituições, moradores e segurança pú-blica, o Conselho Comunitário de Segu-rança – Conseg - da Vila Mariana/Paraísoé o principal órgão em busca de solu-ções para os problemas que afligem osmoradores da Vila.

As reuniões do órgão são realizadassempre nas últimas terças-feiras domês, às 20 horas (excetoem dezembro e janeiro,quando não há encontro),na sede da faculdadeEspm, na rua Doutor Álva-ro Alvim. As sessões con-tam com a presença de au-toridades das polícias mili-tar e civil, guarda metro-politana, CET e de asses-sores da Sub-Prefeitura. Aotérmino de cada reunião,tudo o que foi discutido

fica registrado em atas oficiais e sãoremetidas ao gabinete do Secretário deSegurança Pública e Justiça.

Na pauta dos encontros, diversostemas abrangentes sobre o bairro e apreocupação constante em melhorá-lo.Moradores e lideranças presentes po-dem encaminhar suas principais reivin-dicações em questões referentes à se-gurança pública do bairro.

to do prédio esteve em discussão na reu-nião de outubro do Conseg da Vila.

Mas com o tombamento, surgiramtambém outras implicações. E tambémtemores de que o distrito tenha que sairdo local para dar lugar a um centro dememória da ditadura, como pedem algunsmembros da Comissão Nacional da Ver-dade e grupos de direitos humanos. Des-de o tombamento do prédio nenhumamodificação pode ser feita nos edifíciossem a aprovação do Condephaat.

Com base nesse contexto e adiantan-do-se ao temor de uma eventual saídado DP do bairro, a Associação Viva Para-íso (bairro limítrofe com a Vila no qualencontra-se localizado o prédio), formu-lou um abaixo assinado – virtual e

presencial – para encaminharao secretário de SegurançaPública do Estado, FernandoGrella. O documento alegaque os “os cidadãos enten-dem que a remoção da Dele-gacia ou mesmo sua inacei-tável extinção, ainda que pormotivos também considera-dos de grande importância,possa fragilizar ainda mais asegurança do bairro, esten-dendo-se o efeito a todo odistrito de Vila Mariana, onde

Reuniões são realizadas na sede da Espm

furtos, assaltos e latrocínios têm cresci-do assustadoramente”, diz parte do tex-to. O link para assinatura virtual e o mapa

dos locais físicos de recolhimento de as-sinaturas pode ser acessado através dowww.vivaparaiso.org.br.

Prédio do 36º DP pode virar centro de memória

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Paróquia Santo Inácio realiza seutradicional bazar de Natal na Vila

ARTESANATO - São maisde duas dezenas de sim-páticas voluntárias que sereúnem todas as quartas-feiras nas dependênciasda Paróquia Santo Ináciode Loiola, na rua FrançaPinto. Em comum entreelas, o gosto pelo artesa-nato e um encontro entreamigas que já virou agra-dável rotina para as parti-cipantes.

O resultado dessa união pode serconferido ao menos duas vezes porano. Os trabalhos da Oficina SantoInácio de Loiola são expostos em doisbazares anuais, o de Dias das Mães eo de Natal, e serve como comemora-ção das datas festivas. E a finalidadeé nobre, parte da arrecadação é do-ada para a paróquia e a outra parte érevertida para manutenção da ofici-na.

BAZAR DE NATALE como parte da tradição iniciada

há mais de 10 anos, o grupo apresen-tará os trabalhos para revenda ao pú-blico no começo de dezembro, entreos dias 4 e 7. Entre os produtos queserão expostos, encontram-se tricôs,crochês, bordados e itens de deco-

Vila terá festival promovidopor artistas e moradores

AGENDA CULTURAL - Dia 15 de no-vembro, a partir das 10 horas, acon-tecerá o Festival AMARiana na PraçaComunitária Vila Mariana, esquina daAv. Lins de Vasconcelos com a RuaVergueiro. Por uma Vila Mariana maisativa, disponível e atrativa, coletivosde artistas e moradores do bairro seuniram para realizar o festival cultu-ral.

Os organizadores ressaltam que oFestival AMARiana é totalmente inde-pendente, realizado por uma rede depessoas que busca expandir a cons-ciência e exercitar a atitude amoro-sa em relação aos espaços públicose à convivência em sociedade.

PROGRAMAÇÃO VARIADAA arte será o guia do evento. Mú-

sica, performances, atividades, expo-sições e apresentações audiovisuaistomarão a praça durante todo o dia.O evento conta com a organizaçãode diversos coletivos culturais. Ha-verá show ao vivo com diversas ban-

Bazar começa no dia 4 de dezembro na paróquia

das e discotecagem. O grupo “Nô-made Animação” fará exposição demini-terrários, além de exposição deobras e esculturas de diversos artis-tas.

ração para casa. Alguns deles com de-coração temática para a data natali-na que se aproxima. Interessados emmais informações ou em participar dogrupo podem entrar em contato pelotelefone da própria paróquia atravésdo (11) 5571 1744.

Serviço

BAZAR DE NATAL DAPARÓQUIA SANTO INÁCIO

Quando: de 4 a 7 de dezembroHorário: das 8h30 às 18h00

(domingo até as 13h00)Local: Paróquia Santo Inácio de Loiola

Endereço: Rua França Pinto, 115– Vila Mariana

Contato: (11) 5571 1744 Festival terá diversas atrações culturais

+ MAIS

AGENDA

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Entidades do bairro oferecem boasopções em seus bazares de fim de ano

Artesanato, objetos de decoração,produtos de cama, mesa e banho,

artigos para casa e presentes diversoscom preços acessíveis. É isto que os

visitantes dos bazares natalinospoderão encontrar em algumas institui-

ções filantrópicas que desenvolvemações no bairro; Confira

BAZAR DO GRAACC - O Grupo deApoio à Criança e ao Adolescentecom Câncer - Graacc também promo-ve nos dias 3 e 4 de dezembro, o seutradicional bazar de Natal, organiza-

do pelo voluntariado da Instituição.Com preços que variam entre R$ 2 aR$ 50, serão vendidas centenas de ar-tigos natalinos, artesanatos, brinque-dos e roupas infantis.

A ação será realizada na Associa-ção At lét ica Acadêmica PereiraBarreto (Rua Pedro de Toledo, 844),com objetivo de arrecadar recursospara a manutenção dos tratamentosoferecidos pelo Hospital do GRAACC,referência no tratamento e pesquisado câncer infanto-juvenil na América

Latina. Haverá, ainda, es-paços exclusivos para osvoluntários e parceirosmostrarem seus talentos eoferecerem produtos con-feccionados por e les,como peças de artesana-tos, patchwork, bijuteriase mosaicos. Os convidadostambém poderão saboreardoces, salgados e bebidasno quiosque de alimenta-ção organizado pelo grupode voluntariado.

FUNDAÇÃO DORINA - OGrupo da Costura é res-ponsável pela produção

dos itens que compõe o Bazar da Cos-tura da Fundação Dorina Nowill. A ideiaé executada com itens produzidosartesanalmente por um grupo de vo-luntárias que há 39 anos atuam na en-tidade inclusiva doando seu tempo aocosturar, customizar e organizar umBazar de Natal para que a renda sejarevertida para iniciativas e ações emprol de pessoas cegas ou com baixavisão. O tradicional evento em prolda Fundação Dorina acontece em 3de dezembro, quarta-feira, de 9h às16h, no Salão da Igreja São Gabriel(Avenida São Gabriel, 108 - JardimPaulista).

Toda semana, as voluntárias se re-únem para confeccionar os itens des-tinados ao tradicional evento e ofe-recer produtos de qualidade e bomgosto. Dedicação e habilidade manu-al fazem com que os itens do Bazarda Costura componham listas de de-sejo de muitas pessoas. Além de se-rem bem produzidos, os produtos temo valor de venda revertido para a osprojetos da Fundação Dorina. A insti-tuição existe há 68 anos e trabalhapara facilitar a inclusão das pessoascom deficiência visual em diferentescenários sociais.

FUNDAÇÃO DORINA NOWILLData: 3 de novembro

Horário: das 9h às 16hLocal: Salão da Igreja São Gabriel

Endereço: Avenida São Gabriel, 108,Jardim Paulista

Mais informações: 11 5087-0970

BAZAR DE NATAL DO GRAACCData: 3 e 4 de dezembro

Horário: Qua. (9h às 18h), Qui. (9h às 16h)Local: Associação Atlética da UNIFESPEndereço: Rua Pedro de Toledo, 844

Mais informações: 11 5080 8429Bazares são boa opção para decoração natalina

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A intrigante e suntuosa arquiteturado Palacete Mourisco na Vila

do quando o assunto é arquitetura. Di-ferente de outras grandes cidades domundo, como Boston ou Londres porexemplo, São Paulo não tem uma ar-quitetura padronizada. Nestas outrascidades é comum ver bairros ou ruasinteiras com residências em um únicoestilo arquitetônico, contudo esta ten-dência não se reflete no cotidianopaulistano, onde uma mesma rua podeapresentar em seus imóveis uma varie-dade enorme de estilos, como mostraa foto abaixo.

Por muitos anos o Palacete Mouriscoesteve ocupado por uma filial do Institu-to Embelleze, escola que forma cabelei-reiros, maquiadores e diversos outrosprofissionais. Entretanto, desde o mêsde maio o imóvel está vazio, uma vez queo instituto mudou-se para outro ende-reço.

Entretanto, apesar de ainda não sertombado, o imóvel aparentemente nãocorre risco de ser demolido ou desfi-gurado. Entramos em contato com aImobiliária Center Imóveis, que é res-ponsável pela administração do casa-rão, e fomos informados que ele jáestá disponível para locação novamen-te. Quem se habilita a alugar? Espera-mos que um candidato apareça logo eque esta preciosidade de Vila Marianalogo volte a estar servindo a popula-ção.

Para saber sobre valores e condiçõesde locação do Palacete Mourisco, entreem contato direto com a Imobiliária pelotelefone (11) 5071-5000 ou pelosite www.centerimoveis.com.br.

*Matéria escrita pelo jornalistaDouglas Nascimento e originalmentepublicada no site São Paulo Antiga –www.saopauloantiga.com.br

São Paulo é conhecida por ser uma cidade que recebeu um gran-

de número de imigrantes de todos oscantos do mundo. Italianos, espa-nhóis, japoneses, portugueses, russose muitos outros povos deixaram suasregiões para tentarem uma vida me-lhor por aqui e isso também acaboupor sugestionar bastante a nossa ar-quitetura. E na Vila Mariana temos umimóvel que reflete em seus traços ainfluência dos povos do Oriente Mé-dio. Trata-se do Palacete Mourisco.

Construído na primeira metade doséculo 20, o Palacete Mourisco é umdos últimos remanescentes dos inúme-ros casarões e mansões que existiamnesta região da Vila Mariana. Era nestemesmo trecho que existiam a VilaKyrial, a Chácara Conceição e a Cháca-ra Madre Cabrini, todas propriedadesde pessoas abastadas e influentes docotidiano paulistano.

Localizado no número 775 da ruaDomingos de Morais, o PalaceteMourisco é um dos imóveis mais belose peculiares de nossa cidade, e suaarquitetura possui traços únicos, quefaz deste imóvel um dos mais raros nãosó da capital paulista, mas de todo oBrasil.

ORIGEM ÁRABEErguido por um imigrante de origem

árabe o palacete reflete em sua arqui-tetura os traços mouriscos. Era muito na-tural quando imigrantes construíam suasresidências, que solicitassem aos arqui-tetos um padrão que remetesse aos es-tilos comuns em seus países de origem,ou que trouxesse lembrança das terrasdistantes de onde vieram.

E é esta influência que faz de nossacidade uma das mais peculiares do mun- Intrigante Palacete Mourisco foi construído na primeira metade do século 20

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A Vila de séculos passadosNeste mês, a Folha da Vila traz novasfotos desta saudosa coluna. O Baú daFolha tem a missão de conservar o

passado de nosso bairro e relembrar odesenvolvimento da Vila no decorrer dasdécadas. A cada mês, novas fotos serão

retratadas em nossas páginas. Envietambém sua contribuição fotográfica

com a descrição e os créditos através doemail [email protected]

O IBIRA NA DÉCADA DE 50- Desde quefoi construído para as comemorações doIV Centenário de São Paulo em 1954, oIbirapuera tornou-se – ainda que de modo

zada pela inexistência de pré-dios. A imagem em preto ebranco é creditada ao acer-vo da Vasclo Agência Fotográ-fica, enquanto a colorida foiextraída da extinta revistaManchete – edição especialdo IV Centenário.

HISTÓRICO E CURIOSIDA-DES

A região alagadiça doIbirapuera - significa “pau po-dre ou árvore apodrecida” nalíngua tupi -, havia sido partede uma aldeia indígena naépoca da colonização e eraaté então uma área de chá-caras e pastagens. A história de sua cria-ção remonta à década de 1920, com o entãoprefeito da cidade - José Pires do Rio –que começava a idealizar a transformaçãodaquela área em um parque semelhanteaos existentes na Europa e Estados Uni-dos, como o Bois de Boulogne em Paris, oHyde Park em Londres ou o Central Parkem Nova Iorque. O obstáculo representa-do pelo terreno alagadiço frustrou a ideia,até que um modesto funcionário da pre-feitura, Manuel Lopes de Oliveira, conhe-cido como Manequinho Lopes resolveulevar o projeto adiante. Apaixonado porplantas, Manequinho iniciou em 1927 oplantio de centenas de eucaliptos austra-lianos buscando drenar o solo e eliminar a

bastante paradoxal – o ‘parque modelo’ dacidade que naquele momento conquistavao seu lugar como metrópole industrial,moderna, cosmopolita e internacional. Oparque, que completou 60 anos em agostoem meio a uma grande festa, foi escolhidopor internautas de todo o planeta um dos10 melhores parques do mundo para seconhecer e o melhor da América do Sul,em votação realizada neste ano.

Nestas duas imagens aéreas, ambas da-tadas de 1954, podemos notar todos ospavilhões do parque conectados pela gran-de marquise e uma vizinhança urbanistica-mente bem diferente da atual, caracteri-

Região em destaque na década de 50 mostra uma Vila bem diferente da atual

umidade excessiva do local.Finalmente, em 1951, o então governa-

dor Lucas Nogueira Garcez prosseguiu como projeto para que o Parque do Ibirapuerase tornasse o marco das comemoraçõesdo IV Centenário da cidade. Coube ao ar-quiteto Oscar Niemeyer a responsabilida-de pelo projeto arquitetônico do suntuo-so parque paulistano.

Três anos depois, no entanto, o aniver-sário da cidade, em 25 de janeiro, não podecontar com a inauguração do Parque, quesó ficaria concluído sete meses depois, emagosto daquele ano com uma grande festaque parou a cidade. Em 2014, o parquecompleta 60 anos de vida e uma série deatividades festivas devem marcar a data.

Parque foi inaugurado no 4º centenário

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BADEJO AO MOLHO

DE ALCAPARRAS

Rendimento: 4 porções

INGREDIENTES

• 500 gr de badejo em filés• quanto baste de sal• quanto baste de pimenta-do-reino

branca• 1 unidade(s) de laranja espremida(s)• 2 colher(es) (sopa) de alho-poró

picado(s)

MOLHO

• 3 colher(es) (sopa) de manteiga• 1 colher(es) (sopa) de farinha de trigo

• 1 1/2 xícara(s) (chá) de leite• 50 gr de alcaparra

MODO DE PREPARO

PEIXE

Tempere os filés com sal, pimenta,suco de laranja e o alho-poró. Deixerepousar na geladeira por 30 minutos.Coloque os filés em um refratário, tam-pe e leve ao microondas por 8 a 10 mi-nutos na potência alta. Retire e deixetampado 10 minutos em tempo de es-pera.

MOLHO

Misture 2 colheres de manteiga coma farinha em um refratário e leve ao mi-croondas por 1 a 2 minutos na potênciaalta. Adicione o leite e bata com umacolher. Volte ao microondas por 4 a 5minutos na potência alta, mexendo 2 ou3 vezes durante o cozimento. Retire doforno e acrescente a manteiga restan-te e as alcaparras, batendo bem até fi-car cremoso. Sirva com as postas depeixe.

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Gosto muito da época que vem chegando,o final de ano e suas festas. Mas sei queos que passaram o ano batalhando paramanter as contas em dia, como eu fiz,precisam ser fortes neste período. Há

apelos para comprar e consumir por todosos lados, formando o cenário perfeito paramandar ralo abaixo todo o esforço feito no

ano para colocar as finanças no azul

Não acho que temos que ser uma ilha neste mundo do consumo e

passar o Natal embaixo de uma árvore, ven-do as festas de longe. Mas também não dápara deixar o décimo terceiro salário, úni-co no ano, se esvair em um mês apenas.Minha sugestão, e o que eu tenho feito naminha própria vida, é pegar as rédeas dotrenó de Natal.

Pegar as rédeas significa você mandarnos seus gastos. Se novembro já chegou,então é mais que hora de colocar no papelo planejamento do período natalino. Definiro quanto exatamente se vai gastar com aocasião, quanto dinheiro será usado para ojantar, para a viagem até a praia, o presentedo filho, a lembrança da afilhada, etc e tal.

Minha experiência diz que se você nãodominar as suas contas, elas mandam emvocê. Experimente ir gastando ao vento,conforme a vontade e o entusiasmo.Quando faço isso, a soma costuma seapresentar assustadora no final. Trenósem alguém no comando não chega a lu-

Pegue as rédeas do trenógar nenhum – ou chega a lugar errado.Planejamento é um amigo, sempre.

Para que, mesmo com planejamento,a conta do Natal não seja tão grande, háalgumas artimanhas. Lá em casa há anosfazemos o amigo secreto entre os famili-ares. Assim, em vez de comprar dezenasde presentes para pai, mãe, sobrinho,filho, cunhada, genro, cada um compraapenas um. Afinal, quem precisa de tan-tas ‘coisas’ assim para viver?

Outra sugestão é focar nos ritos emvez do consumo. Quando eu era crian-ça, minha mãe sempre fazia em casa bo-lachas pintadas de Natal e era uma delí-cia participar da confecção (há receitasna internet!), passar o merengue, depoiso chocolate granulado e o açúcar colo-rido. Em saquinhos plásticos, elas podemvirar até presentinhos para a família.

A Vila Mariana e arredores costumamter uma série de atrações culturais e delazer voltadas para a época, baratas ougratuitas. Vale a pena ficar de olho. Seestá querendo economizar e começar oano com uma reserva financeira, pense emcomo fazer do seu Natal um tempo agra-dável e gostoso, mas sem sacrifícios finan-ceiros. Não largue a rédea deste trenó!

Isaura Daniel – As Poupadoraswww.poupadoras.com

Novas técnicas de rejuvenescimentoCom o avanço da idade, vimos surgir

também a recuperação da longevidadee da beleza, através de novas técnicas

e princípios ativos mais eficazesque foram surgindo no mercado; Oresultado foi uma idade cronológica

diferenciada da idade aparente

Atualmente pensamos no envelhe- cimento com beleza expansiva e im-

periosa, para isto cada vez mais surgem téc-nicas que são aprimoradas para melhorar efazer o rejuvenescimento em peles maismaduras, com foto envelhecimento, commanchas ou com cicatrizes de acnes. Pode-mos escolher entre procedimentos conjun-tos ou por etapas onde não haverá interfe-rência no dia a dia, tornando mais fácil otratamento, uma vez que não é mais neces-sário o afastamento das atividades diárias.

Através do estudo cutâneo é possívelsaber até onde existe perda da tonicidade,levando a rugas e depressões que são cau-sadas pela atrofia dos tecidos que susten-tam a pele. Cada indivíduo tem uma pro-gramação genética onde muitas vezes aca-ba sendo piorada pelo foto envelhecimen-to, por radiações solares, exposição aoálcool e fumo gerando uma profunda alte-ração provocada pela perda da elasticida-de de malha de colágeno e elastina e peladiminuição de fibras da derme.

Por estes motivos acaba-se muitas ve-zes apresentando um envelhecimento quenão condiz com a idade cronológica. Atu-almente opta-se em um tratamento derejuvenescimento onde se possam indu-zir novas fibras de colágeno e elastina,dando novo aspecto com sustentação etratando a pele através de ácidos parauma melhora da textura, por estímulo docrescimento de uma epiderme mais es-pessa e com isto uma pele mais jovial.

RUGAS SUAVIZADASPara um tratamento efetivo faz-se o

liquid facelift, onde se realiza a aplicaçãoda toxina botulínica, o preenchimentofacial e por ultimo se trata a pele atravésde ácidos que induzam o colágeno e di-minua o envelhecimento cutâneo. Apli-ca-se toxina botulínica para amenizaçãodas rugas dinâmicas e estáticas diminuin-do a contração muscular causando a di-minuição de rugas de expressão pelo des-canso do músculo onde existe a ação datoxina, enquanto a toxina relaxa a mus-culatura e suaviza as rugas, com rostosque apresentem rugas e sulcos profun-dos o indicado é o preenchimento facial,onde remodelam maçãs do rosto, retiram-se dobras, elevam-se lábios e aumentam-se os volumes faciais perdidos pela idade.

É feito um conjunto de tratamentosdesde a renovação da pele envelhecida atéo reposicionamento das proporções faciasperdidas com o tempo e assim podemos teruma idade cronológica diferenciada da ida-de aparente. Viva a tecnologia, pois a cadaano envelheceremos menos, com tratamen-tos de ponta e princípios ativos que podemdar continuidade para se ter a pele e rostodesejados.

Sandra Gasparro - BiomédicaEspecialista em Biomedicina

Estética pela ABBMProprietária da clínica Vita e Saúde –

Rua Dr. Bacelar, 535Tel: 5081 4766

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Repaginado, Museu da Imigraçãoreabre com novidades aos visitantes

O Museu da Imigração herda do Memorialdo Imigrante toda a história de preservaçãoda memória das pessoas que chegaram aoBrasil por meio da Hospedaria de Imigran-

tes, e o relacionamento construído, aolongo dos anos, com as diversas comunida-

des representativas da cidade

Reaberto neste ano, depois de uma longa reforma que durou quatro

anos e custou cerca de R$ 20 milhões, foireinaugurado repaginado e com novonome – Museu da Imigração do Estado deSão Paulo. O prédio do museu, no bairrodo Brás, limite com a Mooca, na zona les-te da capital, serviu como hospedaria para

imigrantes de 1887 a 1978. Por ele passa-ram mais de 2,5 milhões de pessoas, demais de 70 nacionalidades. Em 1982 elefoi tombado pelo Conselho de Defesa doPatrimônio Histórico, Arqueológico, Artís-tico e Turístico do Estado (Condephaat).

Em seu novo projeto museológico, oMuseu da Imigração valoriza ainda mais oencontro das múltiplas histórias e origense propõe ao público o contato com aslembranças daquelas pessoas que vieramde terras distantes, suas condições deviagem, adaptação aos novos trabalhos econtribuição para a formação do que hojechamamos de identidade paulista. A visitaao Museu inclui os espaços expositivos,

jardim, café e área de convi-vência.

Alguns atrativos do antigoMemorial do Imigrante perma-necem, como o passeio deMaria Fumaça. Uma das novida-des é a exposição de longaduração Migrar: Experiências,Memórias e Identidades, que vaicontar em oito módulos comoo processo migratório aindacontinua no país. Para isso, aexposição contará com docu-mentos, fotos, vídeos, depoi-mentos e diversos objetos. Maisde 200 itens do acervo serão

apresentados, de malas a mobiliários da an-tiga hospedaria.

SÃO PAULO EM PERSPECTIVAUm módulo da exposição também vai

apresentar a cidade de São Paulo pela pers-pectiva dos bairros Bom Retiro, Mooca, Bráse Santo Amaro, homenageando com imagense vídeos as referências a imigrantes inscritasnas festividades, nos traços arquitetônicose nas transformações culturais presentesnaquelas regiões. Outro espaço pretendediscutir a imigração nos dias atuais, por meio

Serviço

MUSEU DA IMIGRAÇÃO DO ESTADOHorário: terça a sábado, das 9h às 17h,

domingos das 10h às 17h.Endereço: Rua Visconde de Parnaíba,

1316 – Mooca / BrásMais informações: (11) 2692-1866

Ingresso: R$ 6 (inteira) –gratuito até 5 anos de idade.

Programação conta com exposições temáticas

Maria Fumaça é uma das atrações

Museu da Imigração fica na divisa entre Brás e Mooca, na zona leste da capital

de um painel interativo que forma um mosai-co de rostos de pessoas com diversas ori-gens, que passaram recentemente pela ex-periência de deslocamento.

É no entrelaçamento dessas memóri-as que se encontra a oportunidade únicade compreender e refletir o processo mi-gratório. O Museu da Imigração preten-de ser o grande ponto de encontro dascomunidades de São Paulo, um local cadavez mais frequentado por paulistanos epaulistas e um atrativo cultural e turísti-co imperdível para os visitantes de forado Estado e do País.

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Fundação Lareira acrescenta cursos deInglês e Meditação em sua programação

Fundada em 1946, a instituição Larei-ra – Mons. Benedicto Mario Calazans tema missão primordial de acompanhar, ori-entar e oferecer formação familiar, cul-tural, social e espiritual, sendo um espa-ço de convivência para a comunidadecrescer no conhecimento, refletir so-bre seus interesses e repensar o seupapel e o seu valor.

NOVOS CURSOS E OFICINASInstalada há 28 anos na Vila, a ins-

tituição se destaca no bairro por ofe-recer uma série de atividades cultu-rais e sociais aos seus moradores. E omelhor, a maior parte delas, gratuitas.Em novembro, a direção da Fundaçãoanunciou novidades para seusfrequentadores com destaques para as

aulas de Meditação /Relaxamento (to-das as sextas, as 16h30), além da pro-posta inovadora para aulas de Inglês.No dia 25 de novembro, a entidadetambém promoverá o Dia daEspiritualidade, com direito à celebra-ção eucarística e a presença do pa-dre Marcelo Leite. As inscrições parao evento já estão abertas.

Seu foco atual tem sido no idoso, noprojeto “Na Flor da Idade”, que visa ofe-recer possibilidades, ferramentas e ati-vidades, visando sempre o bem-estar in-tegral da pessoa. Oferece espaço deconhecimento, convivência, desenvolvi-mento de habilidades manuais, cognitivase sociais, em vista da integração do cor-po, da mente e do espírito. Concorre

assim para o bem-estar, a autoestima e aalegria de viver e conviver.

Além de diversas atividades de bem-estar para a população idosa, a Lareiratambém possui uma vasta programaçãoque inclui Projetos Sociais, Formação

Familiar, Palestras Culturais, Cursos Livrese Atividades Espirituais para toda a famí-lia. Há também cursos voltados para acapacitação profissional objetivando ainserção no mercado de trabalho, comdestaque para as aulas de Francês,Informática, Violão e diversas oficinas.Oferece também aulas de alfabetizaçãopara jovens e adultos.

SERVIÇOToda a programação pode ser

conferida no site www.lareira.org.br.Também é possível conhecer o local oubuscar mais informações de segunda asexta,das 13h às 18 horas. A instituiçãoencontra-se localizada na rua Áurea, 324– Vila Mariana. Mais informações pelostelefones (11) 5572 3985 ou 5575 0990.

Circuito Maior Idade expande projeto com aulas na Biblioteca Viriato CorreaQUALIDADE DE VIDA - O Circuito

Maior Idade promove uma série de ati-vidades gratuitas voltadas a idosos naCinemateca Brasileira, na capitalpaul ista. São oferecidas of icinascognitivas, culturais e físicas. Realiza-das em parceria com pesquisadores daUSP, a programação tem o objetivo deviabilizar a saúde integral dos idososcom ações que permitam ao públicocontato com artes cênicas, artes plás-

ticas, dança e cinema, além de focara inserção sociocultural.

A programação do Circuito MaiorIdade acontece desde 2006 naCinemateca Brasileira, na Vila, com ati-vidades gratuitas físicas, cognitivas eculturais, sempre às quartas, quintase sextas-feiras, no período da manhã.Além dessa, existe o Cine Maior Idade(CMI), que tem como foco a inserçãosociocultural do idoso utilizando comoinstrumento a linguagem cinematográ-fica.

NOVA PROGRAMAÇÃOOutra novidade do projeto são os

minicursos para despertar o potenci-al na terceira idade, com aulas na Bi-blioteca Viriato Correa, localizada narua Sena Madureira, 298. A programa-ção compreende debates sobre fil-mes, aulas de teatro, sessões de yoga,alongamento e avaliações periódicas

Meditação em pauta na Lareira

de qualidade de vida e as aulas sãorealizadas todas quartas e sextas, das10 às 13 horas. O programa tem o ob-jetivo de promover a saúde integral

Participação no projeto é gratuita

da pessoa acima de 60 anos. A parti-c ipação é gratuita e a inscr içãofeita no local. Não há limite nem res-trição de idade.

Programação do Circuito para idosos ocorre desde 2006 no bairro

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Serviço

Aberto de terça a domingo,a partir das 16 horas

Endereço: Rua Dr. José deQueiroz Aranha, 320

Informações: (11) 5571 3295Site: www.khanelkhalili.com.br

Mistérios da culinária árabe na VilaA tradicional casa de chá egípcia Khan ElKhalili há décadas oferece as sensaçõesdo mundo árabe na capital paulista.Localizada no bairro, a casa convida o

visitante a entrar num universo deencanto e magia por meio da música eda dança oriental. É lazer para toda a

família, que assiste aos shows saborean-do delícias da culinária árabe

Criada em 1982, a tradicional casa Kahn El Khalili conta com 15 exó-

ticos e surpreendentes ambientes, deco-rados com pinturas e tapeçaria árabes. Adança do ventre é a atração principal dacasa, além, é claro, da gastronomia. Ali sãooferecidas aulas da dança, apresentaçõesespeciais com as melhores bailarinas dopaís nos “haréns” da casa junto com o Ri-tual do Chá. O cardápio tem combinaçõesde pães, patês, salgados, docesárabes, bolos, chás gelados e quentes.

De terça a domingo, a casa apresenta

shows de dança oriental comdiversas bailarinas. Lá o visi-tante pode optar pelo RitualOriental de Chá e degustarum pão, queijo e vinho àmoda oriental - sentado emalmofadões, sentindo um levearoma de sândalo no ar, coma equipe vestida à caráter emúsica árabe tocando ao fun-do. Há também os chás exó-ticos (karkadeh egípcio,maramia sírio, e muitos outroscom sabor de frutas), suco de damasco,entre outras deliciosas iguarias dos paí-ses árabes.

AULAS DE DANÇA DO VENTREA mais famosa casa de chá de São Pau-

lo é também uma atração especial para asmulheres do bairro. Além das tradicionaisapresentações, a casa também ofereceaulas a quem sonha um dia em ser umabailarina ou quer apenas aprender a dan-çar. As aulas começaram na década de 90,como uma demanda das frequentadorasdos shows. Hoje, as professoras do Khanel Khalili trabalham com turmas montadase com uma grande demanda por novas alu-nas.

Durante os rituais, os visitantes assis-tem a cerca de 25 minutos de shows dedança oriental, dos mais diferentes esti-los - como clássica, folclórica, com mú-sicas modernas e solos de percussão com

Novidade na Vila; Torta DeliveryQuem mora na cidade de São Paulo

sabe que a correria não é pouca, o tempoé valioso e os momentos de prazer estãocada vez mais espremidos na agenda dopaulistano. Pensando nisso, os vizinhosFelipe Magon, Vitória Ferreira e Guilher-me Almeida começaram a desenvolver idéi-as para transformar esses raros momentosde prazer. E assim nasceu a Helpie Tortas,unindo o hobby da gastronomia e o sonhodo próprio negócio. A Helpie Tortas é umaempresa que vende tortas por encomen-da, frescas ou já congeladas e que durampor semanas no seu freezer sem perder aqualidade e o sabor. Feitas para você nãoabrir mão de uma refeição deliciosa mes-mo sem fazer esforço algum.

São sabores variados que trazem semprealguma novidade ao paladar e os molhos, fei-

tos exclusivamente por eles, garantem umainigualável qualidade caseira. Dentre todosos sabores, existe o predileto da maioria:Blackbull, carne de panela deliciosamentetemperada na cerveja preta, com um toquesuper especial de molho de cheddar, fundi-do pela própria Helpie. Para fazer seu pedi-do é só ligar para (11) 99639 7691.

Khan El Khalili

MAIS DELÍCIAS

Casa oferece Ritual do Chá árabe

Kahn surpreende pelos ambientes exóticos

bailarinas. Nas noites de domingos, showsespeciais com uma hora de duração, comas mais renomadas e experientes bailari-nas da Khan El Khalili.

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Neste ano, a Folha da Vila lança seuserviço exclusivo de Classificados paraleitores, moradores e comerciantes do

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Clínica da rua Mairinque abrangeespecialidades de várias áreas

Pensando na correria do dia-a-diado paulistano, a clínica da

Mairinque reúne especialidades de váriasáreas para cuidar do seu bem-estar comagilidade e praticidade no atendimento.Localizada na Rua Mairinque, 180, no co-ração da Vila Clementino, próximo à ruaSena Madureira, a clínica conta com aten-dimento nas áreas de odontologia, esté-tica facial e corporal e depilação.

ODONTOLOGIA – Um sorriso bonito é oseu cartão de visita! A ortodontia é a es-pecialidade odontológica que corrige aposição dos dentes e dos ossos maxilaresposicionados de forma inadequada. Den-tes tortos ou dentes que não se encaixamcorretamente são difíceis de serem man-tidos limpos, além de estressar os múscu-los da mastigação - causando dores decabeça, pescoço, ombros e costas. O tra-tamento ortodôntico torna a boca maissaudável, a aparência mais agradável e den-tes com a possibilidade de durar a vidatoda. A Dra. Talita Simão Nacamura é gra-duada em Odontologia pela Universidadede São Paulo (USP), Especialista emOrtodontia e com cursos de extensão emCirurgia Oral Menor e Maxilo Facial. 4112-6922 e 9-4930-1006 (tim/whatsapp)

ESTÉTICA - É importante fazer a lim-peza de pele uma vez ao mês para se atin-gir e manter a beleza da face. Na adoles-cência esse cuidado deve ser ainda maisintenso, visto que uma pele acneica malcuidada pode deixar marcas físicas e psi-cológicas por toda a vida, afetando dire-tamente a autoestima – como recomendaa esteticista Ana Paula Mencaci, formadapelo Centro Técnico Payot com especia-lização em peles acneicas. Paula é espe-cializada também em drenagem pós-cirúr-gica e drenagem para gestantes, terapias

Centro de Diagnósticos inaugura unidade na VilaO SalomãoZoppi Diagnósticos, um dos

mais importantes centros de diagnósti-cos do país, iniciou em outubro, as ativi-dades de sua oitava unidade, localizada

orientais – como Shiatsu, moxabustão,ventosa, auriculoterapia, reflexologia,Quick massage e acupuntura estética. 9-6888-8248 (oi) e 9-7661-0112 (whatsapp)

DEPILAÇÃO – A depilação é um hábi-to de higiene e estética do brasileiro. A

depiladora Nilza Mendes utiliza ceraquente a base de mel, que funciona comoum importante bactericida, bem comoanalgésico, o que atenua a dor do pro-cedimento. Para saber mais, ligue 5908-1681 e 9-9847-1889 (vivo)

Clínica tem diversas especialidades Centro especializado fica na rua Diogo de Faria

na Rua Diogo de Faria, 772, na Vila. A uni-dade Vila Mariana possui 472m² e ofere-ce serviços de análises clínicas, anato-mia patológica, exames de cardiologia,

centro de diagnósticomolecular, ultrassonografia,genitoscopia e citopatologia.

Com a nova unidade, oSalomãoZoppi Diagnósticosespera atender a demandada região, que conta com di-versos hospitais, clínicas econsultórios médicos. O lo-cal tem capacidade paraatender mensalmente 8 milpacientes, realizando cercade 75 mil durante o período.O horário de atendimento éde segunda a sexta, das 6hàs19h; sábados e feriados,das 6h às 13h.

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Inspirado em conto de ítalo Calvino, Sescestreia peça “O príncipe Caranguejo”

TEATRO INFANTIL - Com música aovivo, composta especialmente para apeça, ‘O príncipe Caranguejo’ faz usode vídeo e uma tela de tecido, que écoberta por silhuetas coloridas, paracontar a história baseada em um textoencontrado em Veneza no século XIX erecontado no livro Fábulas Italianas, deÍtalo Calvino. A temporada do espetácu-lo infantil estreou no começo do mês evai até 14 de dezembro, com apresenta-ções aos domingos, às 15h30.

Exposição aborda compulsão por desenho e narraçãoEXPOSIÇÃO - Estreou em novembro no

Sesc da Vila, a mostra ‘Compulsão Narrati-va’, com obras de 12 artistas, que

Serviço

SESC VILA MARIANALocal: Rua Pelotas, 141Informações: 5080-3000

Peça - O Príncipe CaranguejoAté 14 de dezembro,domingos, às 15h30

A peça fala sobre uma princesa queama peixes e tem o maior aquário domundo em seu quarto. Um dia, a meni-na mergulha no aquário para descobriros mistérios profundos ali guardados.Com direção de Debora Vivan, as atri-zes Andi Rubinstein e Urga Maira Car-doso, que também assinam criação eroteiro da peça, usam um grande pe-daço de tecido, onde criam, por meiode efeitos de luz e sombra, silhuetascoloridas e projetam vídeos inespera-

trabalham com o desenho em suas mais di-versas vertentes. A exposição pode serconferida de terças a sextas, das 10h às

21h30, aos sábados, das 10h às20h30, e aos domingos, das 10hàs 18h30. A entrada é gratuita.

Quem passar por lá podeconferir trabalhos em papel,pintura, lambe-lambe, pare-des, mesas e até mesmo naárea externa à exposição. Umdos destaques é a obra“Está tudo aqui”, deNazareno, reconhecido porsuas esculturas em pequenosformatos e por explorar a ca-ligrafia como uma forma de

Peça é encenada aos domingos

dos, despertando a imaginação do pú-blico em uma viagem por lugaresinimagináveis.

+ MAIS AGENDA

desenho. Nesse trabalho, oartista apresenta pequenascamas colocadas ao lado defrases.

O argentino Frederico La-mas apresenta sua ”Visão In-fernal” - uma série de dese-nhos em que a cor vermelhapredomina. Nessa obra, per-sonagens variados se transfor-mam quando o público usauma lâmina vermelha pendu-rada em frente à obra. Umexemplo é o desenho da Rai-nha Elizabeth, que vira umaempregada doméstica com ouso da tela especial.

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Cinemateca homenageia cinema russocom exibição de obras inéditas no Brasil

MOSTRA DE CINEMA - No mês de no-vembro a Cinemateca Brasileira recebe amostra ‘Mosfilm – 90 anos’. Entre os dias 13e 19 de novembro, serão apresentados 10filmes do estúdio, incluindo obras inéditas

TEATRO - Para a diretora da peçaGeorgette Faddel, “Fausto”, de JohannWolfgang von Goethe, não foi só mais umaleitura. Por meio do personagem centralhomônimo e de seu pacto com Mefistófeles,Faddel visualizou toda uma problemática

que se reflete na sociedade até os dias atu-ais: o cansaço, a luta diária para realizaralgo de útil ao ser humano, sempre semsucesso. Impactada pela obra, convidouClaudia Schapira para iniciar o processo deadaptação da peça homônima, apresenta-

da pela Companhia São Jorgede Variedades no Teatro JoãoCaetano, em cartaz desde o dia12 deste mês.

Na história, Fausto, insatis-feito com o rumo de sua vida,faz um pacto com Mefistófelesem troca de prestígio espiritu-al – ato que não poderia ser es-tabelecido sem consequências.Para levar o texto ao público,as diretoras selecionaram as es-trofes e palavras mais potentes,sem a necessidade de atualiza-ção ou recorte específico. Em-

no Brasil. A mostra é uma homenagem àestreia do longa-metragem ‘Nas asas’, deBoris Mikhin, que fundou o Mosfilm em 1924,um dos mais antigos estúdios de cinema domundo.

PROGRAMAÇÃOFazem parte da programação o recen-

te O tigre branco, de Karen Shakhnazarov,indicado ao Oscar de melhor filme estran-geiro; clássicos como A linha geral, de SergeiEisenstein e Grigori Aleksandrov, Lenin emoutubro, de Mikhail Romm, Às seis da tardedepois da guerra, de Ivan Pyriev, Primavera,de Griori Aleksandrov, O retorno de VassiliBortnikov, de Vsevolod Pudovkin, e filmespouco conhecidos no Brasil, como odocumentário O fascismo de todos os dias,

Serviço

TEATRO JOÃO CAETANOEndereço: Rua Borges Lagoa, 650

Telefone – 5549 1744“Fausto” – Releitura de GoetheEm cartaz até 23 de novembro –

Entrada GratuitaDe quarta a sábado, 20h30;

Domingo, às 19 horas.

Mostra russa vai até dia 19 deste mês

de Mikhail Romm, As 12 cadeiras,de LeonidGaidai, A mãe, de Gleb Panfilov (terceira dasadaptações do romance de Gorky para ocinema) e Sonhos, de AleksandrBorodyanskiy e Karen Shakhnazarov.

Durante esses 90 anos (1924-2014) fo-ram criados nos estúdios da Mosfilm maisde 2.500 longas metragem de inúmeros di-retores renomados que ajudaram a criar ahistória do cinema mundial. O Mosfilm ain-da hoje é um dos maiores estúdios da Rússiae um dos maiores da Europa, contando comcidades cenográficas e equipamentos dealta tecnologia que lhe permitem realizar ociclo de produção do cinema em sua tota-lidade. Mais informações sobre a progra-mação no site da Cinemateca Brasileira.

Serviço

CINEMATECA BRASILEIRALocal: Largo Senador Raul Cardoso, 207

Outras informações:(11) 3512-6111 (ramal 215)

Site: www.cinemateca.gov.br

Inspirado na obra homônima de Goethe, a fábulade Fausto entra em cartaz no João Caetano

bora seja uma versão resumida, dada a ex-tensão da obra, é uma adaptação fiel. A ce-nografia é minimalista e entra em confluên-cia com a música, feita em harmonia com apassagem encenada.

Em 2014, a companhia completa 15anos de trajetória, marcados por espe-

Peça fica em cartaz até dia 23Fábula de Fausto tem visão contemporânea

táculos de grande repercussão como“Biedermann e os incendiários’, de MaxFrisch, e o itinerante “Barafonda”, ba-seado em uma pesquisa sobre o bairroda Barra Funda. Com a temporada noJoão Caetano, o grupo quer promover amultiplicidade do público, atraindo nãoapenas apreciadores das artes cênicas,mas também pessoas interessadas em dis-cutir filosofia, ou mesmo aquelas curio-sas pela fábula de Fausto.

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CULTURA

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Sesc da Vila propõe resgate dasraízes africanas através da música

Durante o mês de novembro, o projeto“Sankofa Memórias de Mão Dupla”ocupa o Sesc Vila Mariana com umaprogramação totalmente dedicada as

tradições e heranças da cultura africa-na, por meio de apresentações musi-

cais. O projeto acontece entre os finaisde semana dos dias 1° e 30 de novem-bro, a maioria com entrada gratuita.

Confira as principais atrações.

CrioloO show marca o lançamento do ter-

ceiro álbum do MC, cantor e composi-tor paulistano intitulado Convoque seuBuda. O álbum, que será lançado nosformatos CD, vinil e digital - disponibilizadopara download gratuito no site oficial doartista, tem produção musical de DanielGanjaman e Marcelo Cabral.

Dias 14, 15 e 16, sexta, às 21h, sá-bado e domingo, às 18h

Nsaka Zibana Zi Congo - Músicas, His-tórias e Brincadeiras do Congo

O Coletivo Agbalá, em parceria como músico e educador congolês WasawuluaDaniel, apresenta conhecimentos tradi-cionais africanos preservados nas músi-cas, histórias e brincadeiras da culturabakongo. Por meio de narrativas oriun-das da cultura oral do povo bakongo, umasérie de brincadeiras musicais convida opúblico a aproximar-se do universo

lúdico africano e a refletir sobre suasreverberações no Brasil.

Dias 16, 29 e 30, sábado e domin-gos, às 13h30 - GRÁTIS

Terno ReiA apresentação da banda paulistana

Terno Rei aposta no desenvolvimento deum estilo próprio, conjugando sonorida-des que passeiam pelo rock alternativo,o folk e a música brasileira. O estilo mi-nucioso do quinteto é evidenciado pe-las influências dos integrantes, sons quevão de Nação Zumbi a Pixies e de Fugazia Radiohead.

Dia 19, quarta, às 20h30

Bonga (ANG)Barceló de Carvalho, mais conhecido

por Bonga Kuenda, é considerado o em-baixador da música angolana, sendo res-ponsável por divulgar a identidade naci-onal através do semba - um dos estilosmusicais angolanos mais populares. Ocantor e compositor angolano tem comofoco a luta contra o colonialismo e a dis-criminação racial. Atualmente Bonga pos-sui 32 álbuns e mais de 300 canções desua autoria, as quais já foram interpre-tadas por nomes como Cesária Évora,Martinho da Vila, Alcione e Elza Soares.

Dias 19 e 20, quarta, às 21h, quin-ta, às 18h

Sambanzo: EtiópiaThiago França, integrante do grupo

Metá-Metá, apresenta as músicas de seusegundo CD, Sambanzo:Etiópia.. É o pri-meiro disco do projeto, que exploranovas possibilidades sonoras, partindo dosamba e de seus desdobramentos, fler-tando com a música africana e latina,além de dialogar com a linhagem evolutivado jazz, mais livre e elástica, abertas aimprovisos e a criação coletiva dos músi-cos envolvidos.

Dia 20, quinta, às 17h (feriado)

Cultura de reis africanos é tema de exposiçãono museu Afro do parque Ibirapuera

Luciana Oliveira canta Jovelina Pé-rola Negra

Neste show, Luciana Oliveira apresen-ta o repertório cantado por JovelinaPérola Negra. Com dez anos de carreira,Luciana Oliveira participou de diversosCDs, com destaques para os chorinhoscantados de Altamiro Carrilho. Entre 2006a 2010, também integrou a bandaNatiruts.

Dia 21, sexta, às 20h30

Rael - Participações de MC Marechale Akua Naru

Show de Ainda Bem Que Eu Segui AsBatidas Do Meu Coração, segundo álbumsolo de Rael, que na ocasião será lança-do no formato long play. A apresenta-ção, que marca também o lançamentodo novo single O Hip Hop É Foda parte 2,contará com a participação especial deMC Marechal, parceiro de longa data deRael, e da rapper norte-americanaradicada na Alemanha, Akua Naru.

Dia 21, sexta, às 21h

Nuno MindelisNuno Mindelis é a referência mais ime-

diata de guitarra elétrica no Brasil. Nesseshow, Nuno apresenta o repertório doseu disco Angels and Clowns, álbum queteve a direção de Duke Robillard.

Dia 22, sábado, às 21h

Serviço

MUSEU AFRO BRASILParque Ibirapuera – Portão 10

“Espírito da África – Os Reis Africanos”Fone: 11 3320-8900 - Entrada gratuita

Site: www.museuafrobrasil.org.brFuncionamento: de terça-feira a

domingo, das 10 às 17hs,

Jai Malano - Participação de FlávioGuimarães (Blues Etílicos)

Jai Malano foi integrante da bandaThe Royal Rhythmaires e atualmente ini-cia sua carreira solo, sendo consideradauma das mais promissoras cantoras deBlues & Rhythm Blues dos Estados Uni-dos.

Dia 23, domingo, às 18h

Mostra foi prorrogada até fim do ano

EXPOSIÇÃO - No ano em que come-mora seus dez anos de fundação, o Mu-seu Afro Brasil celebra também a culturaafricana com a exposição “Espírito daÁfrica – Os Reis Africanos”. A mostra es-treou em maio e, diante do sucesso, foiprorrogada até o fim deste ano.”Sãomuitos os reinos descobertos nesta ex-pansão dos portugueses pelas ilhas atlân-ticas e do Continente Africano. Com umaorganização política, social e religiosa,esses soberanos negociaram e trocaramcorrespondências com os reis portugue-ses e até se batizaram para receber, nãosó a bênção cristã, mas a proteção desuas majestades”, conta o diretor-curador do Museu Afro Brasil, EmanoelAraujo.

A exposição “Espírito da África – OsReis Africanos”, do fotógrafo Alfred

Weidinger, traz retratos de reis e chefescontemporâneos de diversas partes docontinente africano e oferece um diálo-go com obras do acervo do Museu AfroBrasil. Estatuetas dos Camarões cober-tas por miçangas, presentes na exposi-ção de longa duração do museu, podemser relacionadas às insígnias de poder (domesmo material) que acompanham o reide Babungo, dos Camarões, fotografadopor Weidinger.

O guarda-sol multicolorido dos po-vos fon do Benin, com símbolos de po-der bordados, também pode ser vistonum retrato do rei de Dassa, do mes-mo país. De variados tamanhos, formase materiais, como o bronze, o cobree o ferro, as moedas africanas, alémde terem sido usadas para pagamen-tos e trocas, eram objetos de prestí-gio e símbolos de um reconhecimentosocial de seu portador.

Serviço

SESC VILA MARIANARua Pelotas, 141

Informações: 5080-3000Site: sescsp.org.br

Sesc da Vila Mariana fica localizado na rua Pelotas

Rapper Criolo fará três shows na Vila

Músicos africanos são destaque no mês

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