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FLATS Acadêmica: Aline Nunes Paiva

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trabalho de conclusão de curso

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FLATS

Acadêmica: Aline Nunes Paiva

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PELOTAS

CENTRO POLITÉCNICO

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

PESQUISA E METOGOLOGIA DO TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO

PESQUISA

Acadêmica: Aline Nunes Paiva

Orientadora: Clarissa Montelli

2012/01

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Sumário

1. O quê?/Por quê?........................................................................................................

1.1.Para quem?..............................................................................................................

2. Referencial Teórico.....................................................................................................

3. Aspectos Históricos....................................................................................................

3.1 Hotelaria no mundo..................................................................................................

3.1 Hotelaria no Brasil....................................................................................................

4. Evolução do Tema ......................................................................................................

4.1. Estado Atual da Arte.................................................................................................

5. Precedentes................................................................................................................

5.1. Metrópoles Flat and Office........................................................................................

5.2. Hotel Fasano............................................................................................................

5.3. Aspen Sports Flat…………………………………………………………………………..

6. Programa de necessidades……………………………………………………………….

7. Pré-dimensionamento…………………………………………………………………………

8. Funcionograma...........................................................................................................

8.1. Funcionograma Geral..............................................................................................

9. Zoneamento...............................................................................................................

10. Legislação................................................................................................................

11. Dados de Pelotas ....................................................................................................

11.1. Localização do Terreno..........................................................................................

11.2. Dimensões do Terreno...........................................................................................

11.3. Entorno...................................................................................................................

11.4. Hierarquia das Vias................................................................................................

12. Legislação................................................................................................................

13. Conceituação...........................................................................................................

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1. O quê?/Por quê?

Flats são apartamentos semelhantes a instalações convencionais, mas com algumas

diferenças quanto à administração e ao público alvo. Geralmente tem-se a figura de

um administrador hoteleiro, cuja finalidade está em oferecer serviços de hotelaria. A

estrutura hoteleira pode ser total ou parcial.

Comercialmente, é explorado através do pool de locação ou da locação direta e tendo

também o proprietário a opção de nele residir, caso não queira o flat para rendimento.

Nesses termos, volta-se para o campo da arquitetura contemporânea, em particular,

para a área de projeto de edificação. Algumas iniciativas de repensar a habitação

começam a ganhar visibilidade em países como o Japão e, em especial, nos Estados

Unidos e em países europeus. Apesar da raridade de iniciativas desse gênero no

Brasil, as vantagens de tal arranjo em termos de serviços, equipamentos e infra-

estrutura evidenciam a tendência natural que pessoas em condições financeiras

optem prioritariamente por flats.

A dinâmica dos flats encaixa-se no quadro de ambiente pós-moderno ou a

modernidade tardia; a reestruturação econômica, as cidades mundiais e a sociedade

em rede certamente são suas referências básicas, pois fazem parte da ideologia na

qual o emprego de tempo em atividades mundanas implica em perda de tempo,

portanto é compreensível o desejo de dispor de serviços domésticos.

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1.1 Para quem?

Diversos tipos de hóspedes – entre eles jovens, casais, solteiros, idosos, turistas,

executivos, médicos, artistas, políticos, esportistas e uma infinidade de profissões

que precisam de um lugar prático, seguro e confortável durante um congresso ou

uma viagem, ou para moradia – utilizam-se da comodidade e praticidade

proporcionadas por um flat.

Segundo Sant’Anna (2006) nas grandes cidades de hoje, em especial nas

metrópoles, algumas famílias de segmentos sociais de média e alta renda residem

em flats, que, de forma inédita, conjugam no mesmo espaço a oferta de moradia,

serviços, equipamentos e infra-estrutura, sob um estilo de vida que muito se

assemelha ao dos hóspedes de hotel.

Na cidade de Pelotas, o público alvo são os estudantes e trabalhadores das cidades

vizinhas que preferem morar em Pelotas, por ser a maior cidade da região, porém

não possuem tempo de exercer as atividades domésticas.

A cidade de Pelotas atende a vários estudantes de outras cidades que residem na

cidade durante o ano letivo e também trabalhador da região que, apesar de não

terem a necessidade de passar o ano todo na cidade, precisam de um local para

hospedar-se por um longo período de tempo.

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2. Referencial Teórico

Hotel

Hotel é “uma organização que, mediante pagamento de diárias, oferece alojamento à

clientela indiscriminada”. (CASTELLI, 2007)

O mercado hoteleiro é competitivo, ao longo dos anos essa atividade vem se renovando

e acrescentando diferenciais em seus estabelecimentos na esperança de chamar a

atenção dos hóspedes. Foram criados muitos tipos de hotéis com tipos diferentes de

hospedagem e locais variados.

Um desses tipos de hospedagem que foram criados para atender uma parcela

diferenciada de hospedes são os Apart-Hoteis que também podem ser chamados de

Flats ou Hotel-Residência.

Apart-Hotel, Flat ou Hotel-Residência

Os flats são apartamentos mobiliados que possuem serviços básicos de hotelaria como:

limpeza, troca e lavagem de roupas de cama, café da manhã e recepção. Segundo o

Ministério do Turismo, é “constituído por unidade habitacionais que disponham de

dormitório, banheiro, sala e cozinha equipada”.

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3. Aspectos Históricos

3.1 Hotelaria no mundo

A hotelaria teve início durando os Jogos Olímpicos da Antiguidade. Eram locais onde

hospedavam-se os atletas e visitantes de várias localidades para assistir às competições

que duravam vários dias. Eram abrigos de grandes dimensões em forma de choupana,

denominadas Àsylon ou Asilo.

No século IV a.C., os romanos dominavam todo a Itália e iniciaram caminhos para expandir

seus territórios. Esses caminhos eram muito longos que como a locomoção dos soldados

era feita a pé ou a cavalo eram necessários alojamentos para os viajantes.

As hospedagens dessa época eram muito diferentes da dos dias atuais. Os animas

utilizados na viagem tinham prioridade nas estalagens. As estalagens dispunham de água,

pastagem e alimentação para os cavalos, e o abrigo aos cavaleiros era nas cocheiras, de

maneira precária, mas sempre próximo aos seus animais, que eram vigiados pelo dono

noite e dia.

As hospedagens somente começaram a ser considerada uma atividade econômica durante

a Revolução Industrial. Os hotéis com staff padronizado, formado por gerentes e

recepcionistas, aparecem somente no início do século XIX.

A partir de 1790, a Revolução Industrial estimulou o desenvolvimento mundial em todos os

segmentos, a hotelaria mundial cresceu e algumas cidades foram beneficiadas. A cidade de

Nova Iorque recebeu os primeiros hotéis no centro da cidade representados pelo City Hotel,

inaugurado em 1794, com 73 apartamentos coletivos e diária ( pernoite ) em torno de US$ 2

por pessoa pela hospedagem com as três refeições.

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Page 8: Flat

O fortalecimento da indústria hoteleira ocorreu com o aparecimento de novos inventos e

evolução tecnológica: comunicação, transportes, máquina a vapor e toda a evolução

ocorrida nessa época contribuíram para o aumento das viagens e a necessidade cada

vez maior de um local confortável para hospedagem.

A partir de 1920, o mundo sentiu os efeitos da prosperidade econômica pós a Primeira

Guerra Mundial. A hotelaria nos Estados Unidos é notável pelo tamanho e modernidade

de seus edifícios e a Europa, mais conservadora, evoluía com hotéis menores. “A década

de 80 foi considerada a década do grande incremento da hotelaria mundial com a

diversificação dos tipos de hotéis, profissionalização do segmento hotelaria em todos os

níveis, criação de marketing específico para o setor, desenvolvimento dos hotéis com

redução de serviços”. (PEREIRA 2007).

3.2 Hotelaria no Brasil

Logo após o descobrimento do Brasil começou a sentir-se a necessidade de

hospedagens de pessoas, na instalação das Capitanias Hereditárias. Com o

deslocamento constante de viajantes, coube aos mandatários destas capitanias

instalarem as primeiras hospedarias. Os portugueses passaram a explorar as

hospedarias e pensões da época, geralmente prédios pequenos de três ou quatro

pavimentos. Os proprietários utilizavam o andar inferior como comércio, os andares

intermediários como hospedaria e o andar superior como sua moradia.

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No período colonial, os viajantes se hospedavam nas casas-grandes dos engenhos e

fazendas, nos casarões das cidades, nos conventos e, principalmente, nos ranchos que

existiam à beira das estradas.

Os jesuítas, movidos pelo sentimento de caridade, também hospedavam viajantes e

pessoas ilustres da época. “No mosteiro de São Bento, no Rio de Janeiro, foi construído, na

segunda metade do século XVIII, edifício exclusivo para hospedaria” (COUTINHO, 2007).

No Rio de Janeiro começaram a ser implantadas estalagens, também conhecidas como

casa de pasto. Essas casas ofereciam refeições com preço fixo, mas seus proprietários

expandiram os negócios e começaram a oferecer quarto para dormir.

Em 1808, com a chegada corte Portuguesa no Rio de Janeiro e a abertura dos portos,

muitos estrangeiros foram trazidos com funções diplomáticas, científicas e comerciais. Com

isso, foram criadas nas principais cidades do país pequenas hospedarias e pensões com a

finalidade específica de hospedar pessoas. Com a intenção de elevar o conceito das

hospedarias, independente do número de quartos ou serviços oferecidos, os proprietários

começaram a chamar seus alojamentos de hotel.

“O problema da escassez de hotéis no Rio de Janeiro, que já acontecia em meados do

século XIX, prosseguiu no século XX, levando o governo a criar o Decreto nº 1160, de 23 de

dezembro de 1907, que isentava por sete anos, de todos os emolumentos e impostos

municipais, os cinco primeiros grandes hotéis que se instalassem no Rio de

Janeiro”(COUTINHO, 2007).

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Na década de 30 começaram a ser implantados grandes hotéis nas capitais, nas

estâncias mineiras e nas áreas com apelo paisagístico, cuja ocupação era promovida

pelos cassinos que funcionavam junto aos hotéis. Em 1946, com a proibição dos jogos

de azar, os cassinos foram fechados e conseqüentemente os hotéis fecharam suas

portas. A hotelaria brasileira teve um desenvolvimento maior que o normal quando os

cassinos estavam em seu auge. Os hotéis eram construídos exclusivamente para

atender ao cassino.

No Rio de janeiro, os usuários dos cassinos foram substituídos por turistas que queriam

apreciar as belezas naturais da cidade. Outras cidades menos afortunadas da beleza

natural que o Rio ostenta tiveram sérios problemas.

Em 1966 foi criada a Embratur (Empresa Brasileira de Turismo) e a Fungetur (Fundo

Geral de Turismo) que atua através de incentivos fiscais na implantação de hotéis. Com

isso começam a ser construídos os hotéis de luxo, também chamados de 5 estrelas.

Nos anos 60 e 70 chegam ao Brasil as redes hoteleiras internacionais. Estes hotéis não

eram acessíveis para a maior parte da população por serem ofertados apenas hotéis 5

estrelas, com valores de diárias elevados.

Nos anos 90 a hotelaria carioca sofre uma crise causada pela violência da cidade. Os

turistas começaram a procurar locais mais calmos e longe da marginalidade da grande

cidade.

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4. Evolução do Tema

O conceito de flat como o compreendemos hoje, surgiu entre as décadas de 70 e 80 em

São Paulo, quando as construtoras atravessavam um período de crise, necessitando de um

novo produto. Já havia na Europa um conceito próximo ao de flat, semelhante às

“residências hoteleiras” existentes na França.

Além do elemento financeiro, surgia um perfil de divorciados ou jovens solteiros

economicamente garantidos, porém sem tempo ou disposição para atividades domésticas.

Este nicho foi explorado pelos investidores que reconheceram nos flats uma boa

oportunidade de negócio.

No século XXI, alguns hotéis passando por dificuldades financeiras optaram pela conversão

a flats. Essa conversão deve ser criteriosa, pois há necessidade de reformas extensivas.

Porém, segundo a Folha de São Paulo de 01 de Julho de 2007, referindo-se à conversão do

Hotel Bouganville em unidades de flats, "com a extinção do caráter hoteleiro, os serviços

foram aprimorados e até foram acrescentados novos, como aula de tênis e salão de

beleza.". O exemplo do Bouganville tem sido bem sucedido desde 2004, quando passou a

funcionar exclusivamente como flat.

Os flats passaram a ser sinônimo de sofisticação, uma moradia para pessoas práticas,

modernas e independentes.

4.1 Estado Atual da Arte

A hotelaria mundial vem, cada vez mais, se adaptando as necessidades de seus usuários.

Foram criados diversos tipos de hotelaria para melhor satisfazer ao mercado. Entre essas

adaptações estão os Hotéis Fazenda, Resorts, Eco resort e os Apart Hotéis, também

conhecidos como Flats.

O conceito de Flat ganhou força nos últimos anos por ser um apartamento já pensando

para a vida moderna da sociedade.

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5. Análise de precedentes

5.1 Metrópolis Flat and Office

Dados da Obra

Arquiteto: Jorge Königsberger e Gianfranco Vannucchi

Local: Barueri, São Paulo

Data do Projeto:1998/2000

Localização: Al. Mamoré, 333 - Al. Itapecuru, 745 Alphaville

Unidades: 212 Flats

Área do Terreno: 4.200 m²

Figura 2

Fonte: Site Arcoweb

Figura 1

Fonte: Site Arcoweb

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Page 13: Flat

Este conjunto multiuso é composto por edifício de flats, edifício de conjuntos comerciais,

restaurante e academia de ginástica.

O condomínio é dividido em residenciais numerados de maneira seqüencial e tem três

subsolos para estacionamento e serviços básicos de hotelaria.

Composição Formal

O edifício é composto por dois prismas retangulares ligados entre si, formando uma planta

baixa em formato de “L”. Os dois primas possuem dimensões diferentes, o mais alto é

onde se localizam os flats enquanto no mais baixo se encontram as salas de escritório.

Esta planta em “L” gerou uma praça de lazer sobrelevada a rua, com vista para o resto do

bairro.

Em uma das fachadas do prédio mais alto, existe um grande plano envidraçado que marca

fortemente a verticalidade da edificação. Este rasgo vertical é encarregado de iluminar o

prédio com luz natural.

A torre mais alta possui o topo em forma piramidal, gerando terraços nos andares em cada

degrau dessa pirâmide.

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Plantas

Figura 3

Fonte: Site Arcoweb

Percebe-se na figura de implantação, uma planta planejada para atender visitantes e

não só os moradores. Não possui ambientes direcionados especialmente para os

usuários dos flats mas sim para todas as pessoas que freqüentem o edifício.

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Figura 4

Fonte: Site ArcoWeb

Na planta baixa do pavimento tipo, fica clara a separação entre as unidades residenciais

e as unidades comerciais. 15

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Figura 5

Fonte: Site ArcoWeb

Os últimos andares do edifício são direcionados para as unidades residenciais,

com uma área de lazer planejada para os usuários dos flats. 16

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Figura 6

Fonte: ArcoWeb

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5.2 Hotel Fasano

Arquiteto: Márcio Kogan e Isay Weinfeld

Local: São Paulo, SP

Data: 1996/2003

Área do Terreno: 1.155 m²

Unidades: 64 apartamentos

Tijolos e caixilharia lembram a paisagem londrina

Figura 7

Fonte: Site ArcoWeb

Idealizado para ser um dos mais exclusivos hotéis de São Paulo, o Fasano foi

projetado por Márcio Kogan e Isay Weinfeld, parceiros de longa data, mas com

escritórios independentes. Após discutir idéias e conceitos juntos, eles dividiram

tarefas ao longo dos sete anos de projeto: Kogan se encarregou do desenvolvimento

da arquitetura e da interface com os projetos complementares e Weinfeld tratou dos

interiores.

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Localizado em uma rua de apenas um quarteirão nos Jardins, zona oeste de São Paulo, o

hotel foi criado a partir da colagem de referências diversas, que misturam, entre outros,

protomodernismo, art déco, minimalismo (à Peter Zumthor), pormenores de antigos

edifícios anglo-saxões e influências da elegância e espacialidade de Aurelio Martinez

Flores, tudo em clima nostálgico.

O empreendimento ocupa um pequeno terreno em relação ao grande programa que

abriga: dois bares, dois restaurantes, centro de convenções, áreas administrativas, sala de

ginástica, massagem, piscina e 64 apartamentos.

O resultado é uma torre escalonada, com desenho reforçado por um jogo de volumes,

cada qual com revestimento diferente. Esses volumes sobrepostos remetem a antigos

edifícios art déco de Nova York, como o Empire State (projetado por Shreve, Lamb and

Harmon, em 1931), ou mesmo alguns prédios paulistanos, como o do Banespa (Plínio

Botelho do Amaral, 1937).

A aparência do hotel revela raiz protomodernista, movimento do início do século passado

que misturava elementos clássicos (como plantas simétricas, volumes compactos, forte

relação do prédio com a rua, volumes fenestrados por pequenos vãos) e modernos

(curvas, marquises e pestanas, ausência de ornamentos). Reforçando essa impressão, a

torre é coroada por um relógio.

A graça da volumetria não está nos balanços estruturais ou na técnica empregada, mas

nas diferentes texturas que revestem a edificação. Foram usados madeira, na base; pedra,

nas duas extremidades da torre e no volume do restaurante; tijolo, na caixa central, e

massa, nas laterais posteriores e no fundo.

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Page 20: Flat

O edifício escalonado é ressaltado pelos diferentes revestimentos; no

volume mais baixo, à direita, o restaurante.

Figura 9

Fonte: Site ArcoWeb

Figura 8

Fonte: Site ArcoWeb

A torre é fenestrada simetricamente por caixilhos de alumínio de pequenas dimensões,

reticulados com desenho e coloração que lembram janelas de madeira. A impressão

de paisagem londrina é reforçada pela coloração do tijolo, importado da Inglaterra.

Apesar de estender-se por todo o lote, vista da rua a torre ganha certa independência

em relação aos vizinhos, devido ao isolamento da base de madeira, obtido com os

recuos - em ambas as laterais - ocupados por duas rampas de acesso à garagem

subterrânea. A base abriga três pisos, com a administração no primeiro andar e um

centro de convenções no segundo.

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O interior do hotel é marcado pela simetria, pelo refinamento e pela austeridade de

materiais nobres, como mármore travertino e madeira. O detalhamento exaustivo incluiu

desde o desenho das pequenas placas de sinalização “até os botões da campainha”,

relata Kogan.

Em vez da recepção, o primeiro ambiente do hotel é um bar com pé-direito duplo - trata-se

de mudança de curso idealizada pelo proprietário. “Nenhum consultor de hotelaria

aprovaria, mas ficou excepcional”, diz Kogan. O resultado curioso dessa estratégia é que

os elevadores passaram a ter duas portas, uma vez que a recepção voltou-se para o

fundo.

A ligação entre o Lobby Bar e a recepção se dá por duas circulações laterais simétricas,

de pé-direito baixo, criando um percurso guiado pela luz zenital que ilumina a recepção

(também à la Flores). Para essas passagens, marcadas por lareiras (que lembram o

desenho do acesso), abrem-se as duas principais atrações do hotel: de um lado,

o Fasano, um dos mais requintados restaurantes da cidade; do outro, o Baretto, pequeno e

refinado jazz bar.

O primeiro pavimento da torre é ocupado pelo restaurante do hotel, o Nonno Ruggero,

onde são servidos café da manhã e brunch. Ele utiliza como terraço a cobertura da caixa

de madeira.

Os 64 apartamentos estão distribuídos em 19 andares. Os 14 primeiros pisos contêm

quatro unidades menores. As acomodações de dimensão intermediária, por sua vez,

dividem o andar em dois e ocupam os três pavimentos seguintes. E os dois próximos pisos

possuem uma suíte cada.

Os três últimos andares do hotel são destinados a piscina, sala de massagens e sala de

ginástica. No rol das referências, a piscina lembra a da Therme de Vals, de Peter Zumthor,

na Suíça.

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Page 22: Flat

O bar do acesso tem pé-direito duplo

Figura 10

Fonte: Site ArcoWeb Figura 11

Fonte: Site ArcoWeb

A grande lareira destaca-se na passagem lateral

Figura 12

Fonte: Site ArcoWeb

Figura 13

Fonte: Site ArcoWeb

Clima retrô está presente no Baretto A recepção possui iluminação zenital

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Figura 14

Fonte: Site ArcoWeb

A piscina lembra as termas de Peter Zumthor

Figura 15

Fonte: Site ArcoWeb

Os apartamentos são simples e sofisticados

Nonno Ruggero, o restaurante do hotel

Figura 16

Fonte: ArcoWeb

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Page 24: Flat

No estar dos apartamentos, clássicos do mobiliário moderno

Figura 17

Fonte: Site ArcoWeb

5.2.1 Tipos de acomodações

Apartamento Superior (35 m²): com cama de casal king size, televisor LCD 32”, Canais de TV

a Cabo, DVD Player, iPod e iPhone dock, workstation, duas linhas de telefone, acesso à internet

wi-fi banda larga, ar condicionado, mini bar, banheiro com espaçoso box, aquecedor de toalhas e

Bidet.

Figura 18

Fonte: Site Oficial do Hotel Figura 19

Fonte: Site Oficial do Hotel

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Page 25: Flat

Apartamento Deluxe (45 m²): com cama de casal king size ou camas twin, área de estar com

duas poltronas, televisor LCD 32”, Canais de TV a Cabo, DVD Player, iPod e iPhone dock,

workstation, duas linhas de telefone, acesso à internet wi-fi banda larga, ar condicionado, mini

bar, banheiro com espaçoso box, aquecedor de toalhas e Bidet.

Figura 20

Fonte: Site Oficial do Hotel Figura 21

Fonte: Site Oficial do Hotel

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Page 26: Flat

Suíte (75 m²): com cama de casal king size, ampla sala de estar, espaçoso closet,

sistema de som, 2 televisores LCD 32”, Canais de TV a Cabo, DVD Player, iPod e

iPhone dock, workstation, duas linhas de telefone, acesso à internet wi-fi banda larga, ar

condicionado, mini bar, lavabo, banheiro com luz natural, banheira de hidromassagem,

aquecedor de toalhas e Bidet.

Figura 22

Fonte: Site Oficial do Hotel Figura 23

Fonte: Site Oficial do Hotel 26

Page 27: Flat

Suite deluxe (115 m²): com cama de casal king size, ampla sala de estar, área de

jantar com mesa de mármore, espaçoso closet, 2 televisores LCD 32”, Canais de TV a

Cabo, DVD Player, iPod e iPhone dock, workstation, seis linhas de telefone, acesso à

internet wi-fi banda larga, ar condicionado, mini bar, lavabo, banheiro com iluminação

natural, banheira de imersão, aquecedor de toalhas e Bidet.

Figura 24

Fonte: Site Oficial do Hotel Figura 25

Fonte: Site Oficial do Hotel 27

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Figura 26

Fonte: Site ArcoWeb

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Page 29: Flat

Figura 27

Fonte: Site ArcoWeb

Planta baixa térrea direcionada para usos sociais.

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Figura 28

Fonte: Site ArcoWeb

30

Page 31: Flat

Figura 29

Fonte: Site ArcoWeb 31

Observa-se a simetria do pavimento tipo

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Figura 30

Fonte: Site Arcoweb 32

Page 33: Flat

Figura 31

Fonte: Site ArcoWeb

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Page 34: Flat

5.3 Aspen sports flat

Projetado inicialmente como edifício de apartamentos, o Aspen Sports Flat, na zona

residencial de Belo Horizonte, teve seu programa alterado durante a construção. A

mudança não inibiu os arquitetos mineiros André de Paula Abreu e Gustavo Rocha Ribeiro

de combinar linhas curvas e ângulos retos, em fachadas opostas, na tentativa de encontrar

a solução adequada.

No entanto, os autores reconhecem que teriam adotado soluções diferentes em alguns

setores, principalmente nos de apoio e infra-estrutura, caso a edificação - projetada e

construída para apartamentos de um dormitório - fosse um flat desde o princípio.

Mudança de programa:

flat com características diferenciadas

Figura 32

Fonte: Site ArcoWeb

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Page 35: Flat

Devido à concepção inicial, as unidades têm área de 55 m2, maior do que a média dos

empreendimentos do mesmo tipo. A alteração de programa, explicam os arquitetos, não

prejudicou o funcionamento, conforto e operação do flat, favorecido ainda pelo número - 33

no total - relativamente pequeno de apartamentos. Também em função da primeira

proposta, a localização do imóvel é atípica, fora do eixo hoteleiro central da capital mineira.

Implantado no bairro de Santo Antônio, essencialmente residencial, o Aspen Sports tem

grandes aberturas e varandas, com visão panorâmica da cidade e da Serra do Curral.

Figura 33 Figura 34

Fonte: Site ArcoWeb Fonte: Site ArcoWeb

35

Page 36: Flat

Nos apartamentos, as janelas laterais voltadas para o oeste, brises dão uniformidade ao

volume curvo e protegem o imóvel contra os raios solares. Varanda e escada de

incêndio foram inseridas nas extremidades para evitar a irregularidade da planta. “A

aresta da ponta da varanda foi trazida até o rés-do-chão, criando uma linha que conduz o

olhar à verticalidade do prédio”, explica Ribeiro.

Na face oposta, os arquitetos optaram por um desenho predominantemente retangular,

que faz contraponto com a curva da fachada oeste. O volume de ângulos retos, onde

estão dispostas as outras duas unidades de apartamentos e a torre de elevadores,

associa-se ao embasamento do edifício (garagem e cômodos de serviços). “No hall,

projetamos um volume em vidro branco, assentado diagonalmente e em balanço sobre a

escada de acesso aos elevadores, com um espaço vazado onde fica a recepção”, explica

Ribeiro.

À noite, a iluminação interna cria efeito marcante. No pilotis, a intenção dos autores foi

privilegiar as áreas de lazer, foco central do empreendimento. Além de piscina, deck,

churrasqueira e quadra, estão localizados no mesmo patamar restaurante e terraços.

Hall de recepção: volume envidraçado em balanço

sobre as escadas que conduzem aos elevadores

Figura 35 Figura 36

Fonte: Site ArcoWeb Fonte: Site ArcoWeb

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Page 37: Flat

No pavimento térreo se encontram o Lobby, a recepção e a administração do

edifício. Pela planta baixa observa-se a circulação vertical. Além de não ser

centralizada a escada possui um formato inusitado.

As curvas da edificação causam aos ambientes certa deformação.

Figura37

Fonte: Site ArcoWeb

Pelo pavimento tipo, percebemos a disponibilização de 3 apartamentos por pavimento.

Também repara-se que os apartamentos não acompanham as formas curvas do exterior

do prédio.

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Page 38: Flat

Figura 38

Fonte: Site ArcoWeb

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Page 39: Flat

Figura 39

Fonte: Site ArcoWeb

Os andares subterrâneos ficam evidentes no corte. 39

Page 40: Flat

Figura 40

Fonte: Site ArcoWeb

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Page 41: Flat

» 6. Programa de necessidades:

» Área do andar-tipo de hospedagem: Serão oferecidos apartamentos com quarto,

banheiro, cozinha americana.

» Áreas públicas e sociais: Lobby com área de estar e sanitários, coffee shop e

restaurante, sala de jogo, cyber space, salão de beleza e loja de conveniências .

Estes ambientes buscam incentivar a coletividade e o contato entre usuários.

» Áreas administrativas: essenciais a todo tipo de hotel. Recepção, salas de

administração, contabilidade, gerência, sala de reuniões e uma central de segurança.

» Áreas de serviço: auxilam na limpeza e manutenção, assim como no controle de

funcionários. Lavanderia, vestiário e refeitório para funcionários, depósito, sala de

manutenção e local para guarda de bagagens.

» Áreas de alimentos e bebidas: o edifício conta com coffee shop, restaurante, bar.

» Áreas de equipamentos: correspondem às centrais dos sistemas de instalações.

Entre eles: gerador, central de gás, entre outros.

» Áreas de lazer: buscam propiciar atividades diversas aos usuários. Serão

oferecidas: sala de fitness com vestiário, sauna, piscina e salão de festas.

» Estacionamento: estacionamento para os visitantes e garagem para os usuários do

prédio.

41

Page 42: Flat

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Pré-dimensionamento

Zona compart. usuário equipamentos área (m²) quant. A

nd

ar t

ipo

de

ho

speg

ágem

(40

fla

ts) quarto 1 cama, mesas de cabeceira, armário 15

banheiro 1 bacia sanitária, lavatório, chuveiro 5

cozinha 1 balcão, arm., gelad, microondas, forno elétrico 9

sala 1 sofá, televisão, poltrona, mesa, cadeira 10

Apartamentos 75

Apartamentos por andar 585 15

hall ele. Hóspedes 1 elevadores área de estar 15 4

área de estar 1 sofás, poltronas 10

hall elev. Serviço 2 elevador, carros de manutenção 4

Wc do andar 1 e 2 01 bacia sanitária e 01 lavatório 3

Restante do andar tipo 32

Total do andar tipo 617 1

Total Hospedagem (05 andares-tipo) 3.085 1

Pré-dimensionamento

Zona compart. usuário equipamentos área (m²) quant.

Áre

as P

úb

licas

e S

oci

ais

Entrada principal 1 elementos de decoração 20

Lobby 1 elevadores, áreas de estar 40 1

Recepção 2 balcão de recepção 10 1

Coffe Shop 1 28 assentos, 7 mesas, balcão de atendimento 60 1

Restaurante 1 12 mesas, 50 assentos 100 1

Sala de jogos 1 mesas de jogos 60 1

Cyber space 1 mesas, cadeiras, equipamentos 60 1

Sanitário Feminino 1 01 bacia sanitária, 01 lavatório 5 1

Sanitário masculino 1 01 bacia sanitária, 01 lavatório 5 1

Salão de beleza 1 lavatórios, mesas, cadeiras, espelhos 60 1

Total de áreas públicas e sociais 420

7. Pré-dimensionamento

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43

Pré-dimensionamento

Zona compart. usuário equipamentos área (m²) quant.

Áre

as A

dm

inis

trat

ivas

Recepção 2 01 balcão, 01 cadeira, 02 poltronas 8 1

Gerência 2 01 mesa, 03 assentos, 01 armário, 01 sofá 12 1

Administração 2 02 mesas 06 assentos, 01 sofá 12 1

Contabilidade 2 02 mesas 06 assentos, 01 sofá 12 1

Sala de Reuniões 2 01 mesa, 08 assentos, 01 armário 15 1

Sanitário Feminino 2 01 bacia sanitária e 01 lavatório 4 1

Sanitário Masculino 2 01 bacia e 01 lavatório 4 1

Total área admistrativa 67

Pré-dimensionamento

Zona compart. usuário equipamentos área (m²) quant.

Á

reas

de

alim

ento

s e

beb

idas

Recebimento de alimentos

Escritório de controle 2 01 mesa, 03 assentos 7 1

Lixo seco 2 divisórias para separação 2,5 1

Lixo úmido 2 divisórias para separação 2,5 1

Triagem de alimentos 2 balcão 4 1

Vasilhames 2 prateleiras, armárioas 3 1

Subtotal 19

Triagem de alimentos

Triagem 2 pia, balcão - pré-higienização 4 1

Subtotal 4

Armazenamento de alimentos e bebidas

Câmara fria 2 prateleiras, armárioas 8 1

Depósito 2 prateleiras e armários 8 1

Dep. Utensílios 2 prateleiras e armários 3 1

Subtotal 19

Preparo dos alimentos

Cozinha 2 02 pias, 02 geladeiras, 02 fogões, balcão 60 1

Copa 2 01 pia, 01 geladeira, 01 fogão, balcão 10

Subtotal 70

Total Alimentos 112

Page 44: Flat

44

Pré-dimensionamento

Zona compart. usuário equipamentos área (m²) quant.

Á

rea

de

Serv

iço

s Instalações de empregados

Sala de controle 2 01 mesa, 03 assentos, armário 8 1

San. E vest. Feminino 2 divisórias, 01 chuveiro, 02 bacias san. 02 lav. Armários 15 1

San. E vest. Masc. 2 divisórias, 01 chuveiro, 02 bacias san. 02 lav. Armários 15 1

Refeitório 2 03 mesas e 2 assentos 25 1

Subtotal instalações de empregados 63

Almoxerifado

Almoxerifado 2 prateleiras,armários 30 1

Subtotal almoxerifado 30

Lavanderia

Lavanderia 2 lavadoras, secadoras, calandras, mesas, tanques, táb. Passar 60 1

Subtotal Lavanderia 60

Governança

Sala da chefia 2 armário, 01 mesa, 02 assentos, prateleiras 10 1

Alm. de mat. de limp. 2 prateleiras,armários 5 1

Rouparia 2 prateleiras,armários 5 1

Subtotal Governança 20

Áreas de manutenção

Manutenção 2 armário, 01 mesa, 02 assentos, prateleiras 10 1

Dep. Jardinajem 2 prateleiras,armários 5 1

Área de serviço 2 prateleiras,armários 5 1

Subtotal Manutenção 20

Total Serviços 193

Pré-dimensionamento

Zona compart. usuário equipamentos área (m²) quant.

Áre

a Eq

uip

. Res. Inferior 2 reservatório, bombas 3,5 2

Gerador 2 gerador 5 1

Central de Gás 2 butijões de gás 3,5 1

Total Equipamentos 12

Page 45: Flat

45

Pré-dimensionamento

Zona compart. usuário equipamentos área (m²) quant.

Áre

a d

e La

zer Fitness 1 Equipamentos 60 1

Vest. Feminino 1 01 bacia sanitária, 01 lavatório, 01 chuveiro 15 1

Vest. Masculino 1 01 bacia sanitária, 01 lavatório, 01 chuveiro 15 1

Salão de Festas 1 28 assentos, 07 mesas 60 1

Sauna 1 bancos 10 1

Piscina 1 50 1

Total lazer 190

Pré-dimensionamento

Zona compart. usuário equipamentos área (m²) quant.

Esta

c.

Estacionamento 1 300 40

Garagem 1 300 40

Legenda usuários: 1=hóspede/2=funcionário

Este pré-dimensionamento segue os requisitos de infra-estrutura e serviços exigidos

pela portaria n°100/2011 do Ministério do Turismo, para que este Flat enquadre-se na

categoria 05 estrelas, conforme o Sistema de Classificação de Meios de Hospedagem.

Já, o estacionamento foi pré-dimensionado, segundo o Código de Obras de Pelotas,

que atribui 01 vaga para cada 03 unidades de alojamento.

Total: 4.379m²

Total + 20%: 5.254 m²

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46

8. Funcionograma Geral das Áreas

Acesso principal

Alimentos

Estacionamento

Lazer

Pública e Social

Administração

Hospedagem

Serviços

Equipamentos

Acesso de Serviço

Garagem

Figura 41

Fonte: Autora

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47

8.1. Funcionograma Especifico das Áreas

gerencia

recepção Seguran.

WC WC Admins.

Contab.

Reuniões

Acesso principal

Entrada principal

Lobby

restaurante

Coffee shop

Cozinha

copa Pré higen

Câm. Fria

Dep. Al.

Dep. Ut.

Vasilha.

Lixo seco Lixo úmido

Triagem

Escritório

Sala de jogos

Cyber space

Hall de elev.

Apartamentos

Área estar

Hall de serviço

Salão de festas

Fitness

Vest.

sauna piscina

Vest.

Salão de beleza

Rouparia Sala

chefia

Refeitório

vestiário

vestiário

Sala controle

almoxerif

Área serv.

Dep. Jard.

Manutenção

Alm. Limp.

Lavanderia

Acesso serviço

Figura 42

Fonte: Autora

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48

9. Zoneamento

Estacionamento

Hospedagem

Área de Alimento e bebida

Área administrativa

Área de Lazer

Áreas Públicas e sociais Figura 43

Fonte: Autora

Térreo Pav. Tipo

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49

10. Legislação Incidente sobre o Tema

Algumas leis foram desenvolvidas especificamente para regulamentar os meios de

hospedagem no Brasil.

Deliberação Normativa n.° 429, de 23 de Abril de 2002.

A Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) define parâmetros para o novo Sistema de

Classificação dos Meios de Hospedagem. Os novos regulamentos alteram integralmente

o processo de classificação dos meios de hospedagem e consolidam disposições

dispersas na legislação referente à atividade hoteleira.

Lei n.º - 11.771, de 17 de Setembro de 2008.

Dispõe sobre a Política Nacional de Turismo, define as atribuições do Governo Federal

no planejamento, no desenvolvimento e no estímulo ao setor turístico; revoga a Lei n.º

6.505, de 13 de dezembro de 1977, sobre atividades e serviços turísticos, e condições

para o seu funcionamento e fiscalização; o Decreto-Lei n.º 2.294, de 21 de novembro de

1986, relacionado ao exercício e à exploração de atividades e serviços turísticos; e

dispositivos da Lei n.º 8.181, de 28 de março de 1991, que renomeia a Embratur e dá

outras

Page 50: Flat

50

Portaria n.º 17, de 12 de fevereiro de 2010.

A portaria nº 17, tem como objeto tornar sem efeito o Regulamento do Sistema Oficial

de Classificação de Meios de Hospedagem aprovado pela Deliberação Normativa de

EMBRATUR nº 429, de 23 de abril de 2002 e revogar a Deliberação Normativa da

EMBRATUR nº 376, de 14 de maio de 1997.

Portaria nº 100, de 16 de junho de 2011.

O Ministério do Turismo através da Portaria nº 100, de 16 de junho de 2011, institui o

Sistema Brasileiro de Classificação de Meios de Hospedagem (SBClass), estabelece os

critérios de classificação destes, cria o Conselho Técnico Nacional de Classificação de

Meios de Hospedagem (CTClass) e dá outras providências.

Portaria nº 130, de julho de 2011.

A Portaria nº 130/2011 institui o Cadastro dos Prestadores de Serviços Turísticos –

Cadastur, o Comitê Consultivo do Cadastur – CCCad e dá outras providências.

Estabelece os procedimentos e requisitos necessários para o cadastro do prestador de

serviços turísticos perante o Ministério do Turismo.

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11. Dados Gerais de Pelotas

A cidade de Pelotas se situa às margens do Canal São Gonçalo, na região sul do estado

do Rio grande do Sul. O canal São Gonçalo possui grande importância por fazer ligação

com a Lagoa dos Patos e Lagoa Mirim.

O Canal foi o principal causador do crescimento econômico da cidade na época de sua

criação. A principal atividade lucrativa da cidade era a produção de Charque, que era

comercializado para o resto do Brasil por meio do Canal São Gonçalo.

A comercialização do charque trouxe muitas riquezas para Pelotas, fazendo com que a

cidade fosse considerada uma das maiores do Estado.

A cidade de Pelotas encontra-se a 250 quilômetros de Porto Alegre, capital do Estado.

Figura 44

Fonte: Site Rede Cidades

51

Page 52: Flat

11. 1 Localização do Terreno

O terreno escolhido situa-se na Av. Dom Joaquim, quase esquina com Av. República do

Líbano, Centro.

Figura 45

Fonte: Site Google Maps

7.2 Justificativa da escolha do terreno

O terreno foi escolhido por estar situado em uma área da cidade cujo setor imobiliário

passa por um grande desenvolvimento. Estão sendo criados novos investimentos na

região do terreno. Creio que este desenvolvimento seja favorável ao tema escolhido para

realização do Trabalho de Conclusão de Curso.

O tema do projeto é bastante contemporâneo e complementaria a característica atual da

região do lote.

52

Page 53: Flat

53

Figura 46

Fonte: Autora

11.2. Dimensões do terreno

Page 54: Flat

54

O terreno escolhido foi dividido por possuir uma área muito grande e que não

seria bem aproveitado para o presente projeto. A divisão foi feita procurando

aproveitar as duas Avenidas que o limitam.

Figura 47

Fonte: Autora

Page 55: Flat

55

Residencial

Institucional

Comercial

O terreno esta situado em um local que possui

diversos usos. São eles: residências, condomínios,

clubes, escolas, igrejas, bares, restaurantes,

academias, lojas, revendas de carro, praças,

ciclovias, entre outros usos.

Figura 48

Fonte: Autora

11.3. Entorno

Page 56: Flat

56

Imagens da Av. Dom Joaquim

Canteiro central que possui

passeio e ciclovia.

Acessos: localizado na Av. Dom

Joaquim, entre ruas Andrade

Neves e Av. República do Líbano.

Ambas com pavimentação

asfáltica.

Transporte Coletivo: circulam

linhas de ônibus em todas as

ruas e Avenidas no entorno do

terreno.

Praças e espaços públicos: a

praça localizada ao lado do

terreno é arborizada e bem

servida de mobiliário urbano.

Ventos: Os ventos agem a

Noroeste, no verão, e a

Sudoeste, no Inverno.

Figura 49

Fonte: Autora

Figura 50

Fonte: Autora

Page 57: Flat

57

Figura 51

Fonte: Autora

Figura 52

Fonte: Autora

Rede de alta e baixa

tensão/telefone:

É abastecido pela Avenida

Dom Joaquim.

Esgoto Cloacal e rede

pluvial:

Existem coletores de esgoto

cloacal e pluvial na área do

terreno.

Abastecimento de água:

Existem redes de água no

entorno do terreno, podendo

ser expandida se necessário,

segundo informações do

SANEP.

Coleta de lixo e limpeza

urbana:

A coleta de lixo é feita três

vezes por semana. A limpeza

urbana é feita diariamente.

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58

11.4. Hierarquia das vias

Figura 53

Fonte: Site Prefeitura Municipal de Pelotas

Page 59: Flat

12. Legislação

A Av. Dom Joaquim é considerada com valor referencial e histórico. Espaço bastante

usado pela população com potencial de qualificação para incremento dos usos

existente.

CAPÍTULO 1

DA ÁREAS ESPECIAIS DE INTERESSE

Art. 49 – São definidas Áreas Especiais de Interesse, em face de suas características

e interesses públicos delas decorrentes, para serem objeto de tratamento especial,

através de definição de normas de ocupação diferenciada, e criação de mecanismos

de gestão para desenvolvimento das ações necessárias.

SEÇÃO 1

DAS ÁREAS ESPECIAIS DE INTERESSE AMBIENTAL

Art. 50 – O interesse ambiental para os fins desta lei será resguardado, através de

identificação de Áreas Especiais de Interesse do Ambiente Natural e Cultural ou

Construído.

§2° - Considera-se Ambiente Cultural ou Construído todo e qualquer bem ou direito de

valor histórico, estético, artístico, cultural, turístico, arquitetônico, arqueológico,

urbanístico e paisagístico, cuja conservação seja de interesse público.

.

59

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60

SUBSEÇÃO II

DAS ÁREAS ESPECIAIS DE INTERESSE DO AMBIENTE CULTURAL

Art. 64 – São áreas especiais de interesse do ambiente cultural, aquelas que

apresentam patrimônio de peculiar natureza cultural e histórica, que deva ser

preservado, a fim de evitar perda, perecimento, deterioração ou desaparecimento das

características, das substâncias ou das ambiências culturais e históricas que lhe

determinem a especialidade, visando a recuperação dos marcos representativos da

memoria da cidade e dos aspectos culturais de sua população.

Art. 70 - São Áreas Especiais de Interesse do Ambiente Cultural:

I - AEIAC - ZPPC (Zonas de Preservação do Patrimônio Cultural, conforme lei

municipal), compreende a delimitação e características descritas a seguir,

conforme mapa U-10 em anexo à presente lei:

V - AEIAC - Parque Linear Avenidas Dom Joaquim e República do Líbano,

compreende a delimitação e características descritas a seguir:

a) Delimitação: Avenida Dom Joaquim, da Avenida Juscelino Kubistcheck de Oliveira

até a Avenida Fernando Osório e Avenida República do Líbano, da Avenida Dom

Joaquim ao entroncamento das Avenidas São Francisco de Paula e Juscelino

Kubistcheck de Oliveira, integram a área o traçado das duas avenidas e seus

canteiros centrais.

.

Page 61: Flat

61

b) Caracterização: Estrutura viária consolidada com valor referencial e histórico.

Espaço bastante utilizado pela população, com potencial de qualificação para incremento dos

usos existentes.

c) Diretrizes: qualificação da área através de projeto paisagístico incluindo mobiliário urbano,

equipamentos de ginástica, ciclovia, vegetação, assim como espaços de estar e lazer, com a

manutenção das características atuais gerando condições de conforto e permanência para as

pessoas. Qualificação da praça, prevista na esquina da Rua Guilherme Wetzel e Avenida

Dom Joaquim e implantação de percurso de caminhada na Avenida República do Líbano.

CAPÍTULO II

DA MOBILIDADE E SISTEMA VIÁRIO

Art. 104 - O sistema viário municipal será classificado em Vias de Ligação Regional, Vias

Arteriais, Vias Coletoras, Vias Locais e Ciclovias, conforme mapas U-03 e U-05.

Art. 106 - As Vias Arteriais são aquelas com significativo volume de tráfego, utilizadas nos

deslocamentos urbanos de maior distância, que propiciam “fluidez” e desenvolvimento

contínuo de tráfego, com acesso às vias lindeiras devidamente sinalizadas.

§ 1º. As Vias Arteriais deverão obedecer às seguintes diretrizes:

I - Gabarito mínimo da via: 40,00m (quarenta metros);

II - Duas Pistas de rolamento de 9,00m (nove metros) cada;

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62

III - Passeios de 5,00m (cinco metros) com faixa verde arborizada com largura

de 2,00m (dois metros).

§ 2º. Relação das vias arteriais: Av. Cidade de Lisboa, Av. Duque de Caxias, Praça

Vinte de Setembro, Av. Pinheiro Machado, Av. Theodoro Muller, Av. Francisco Carúccio,

Av. João Goulart, Av. Bento Gonçalves , Av. 25 de Julho, Av. Salgado Filho, Rua Marcílio

Dias (entre Bento Gonçalves e Fernando Osório), Av. Fernando Osório, Av. Dom

Joaquim, Av. Leopoldo Brod, Av. Zeferino Costa, Av. República do Líbano, Av. Ildefonso

Simões Lopes, Av. Juscelino K. de Oliveira, Av. Cidade de Rio Grande, Av. Mário

Meneghetti, Av. Ferreira Vianna, Av. Domingos de Almeida, Av. São Francisco de Paula,

Av. Adolfo Fetter, Av. Rio Grande do Sul, Av. José Maria da Fontoura e Av. Amazonas.

§ 3º. As vias arteriais possuem como diretriz a complementação de todas as

duplicações pendentes com suas respectivas pavimentações;

Art. 107 - Constituem eixos de ligação das centralidades os seguintes anéis viários,

conforme mapa U-04 anexo à presente lei:

V - ANEL 3: É composto das seguintes vias: Rua Professor Araújo/ Av.Fernando Osório/

Rua Guilherme Wetzel/ Av.Dom Joaquim/ Av.Juscelino K.de Oliveira/ Rua Garibaldi/ Rua

Conde de Porto Alegre/ Rua Barão de Santa Tecla/ Rua Almirante Tamandaré/ Rua

Manduca Rodrigues/ Rua Saldanha Marinho.

Art. 110 - As ciclovias são as vias destinadas exclusivamente ao trânsito de bicicletas

sendo sempre vinculadas a um tipo de via. Quando não possuem separação física e

possuem somente pintura no solo, denominam-se ciclofaixas e poderão, a critério da

administração municipal, ter às seguintes diretrizes:

I - Largura mínima da via: 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros), sentido único e,

2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros), nos dois sentidos.

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63

Art. 120 - O uso e ocupação do solo de Pelotas reger-se-ão pelas regras que

compreendem o Regime Urbanístico, as Normas de Parcelamento do Solo e o Regime

de Atividades.

Parágrafo Único: Sem prejuízo do disposto no caput, aplicar-se-ão os instrumentos

dispostos nesse Plano Diretor, especialmente as regras limitadoras de altura, a outorga

onerosa do direito de construir, a transferência do direito de construir e o estudo de

impacto de vizinhança.

Art. 126 - Será permitida a edificação de até 25,00m (vinte e cinco metros), em imóveis

que possuam testada igual ou superior a 18,00m (dezoito metros), nos lotes voltados

para os logradouros ou trechos a seguir relacionados:

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13. Conceituação

A proposta do flat é dispor de todo o conforto e infraestrutura que um hotel possa

oferecer. Entre os serviços proporcionados pelo flat estão: recepção, limpeza de

unidade habitacionais, troca de roupa de cama e banho assim como área de lazer que

inclua área comum de lazer, academia, piscina, sauna, salão de beleza.

Individualmente, cada unidade será composta de banheiro, sala, cozinha americana e

quartos simples ou duplo. A disposição dos apartamentos em cada andar visa oferecer

uma vista da Av. Dom Joaquim ou Av. República do Líbano. A proximidade do centro e

das principais vias de acesso à cidade são um atrativo a mais para o público alvo.

O projeto é pensado para propiciar maior comodidade aos usuário. O terreno esta

localizado em uma área central e de fácil acesso.

O terreno possibilita a construção de até 25 metros de altura o que será aproveitado

para dar um ar mais moderna a construção.

Haverá o aproveitamento de iluminação e ventilação natural, procurando aproveitar a

orientação solar.

Serão utilizados elementos para melhorar a eficiência energética do edifício, conforme

manda o manual da Embratur.

64

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65

Por possuir mais de um acesso o edifício possuirá forma de L”. A imagem acima servirá

como inspiração para o projeto. O Flat deverá possuir um ar contemporâneo mas

mantendo características do movimento moderno como a utilização de pilotis e janelas em

fita.

Figura 54

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Referências Bibliográficas

Site Oficial Hotel Fasano. Disponível em: http://www.fasano.com.br/.

Acessado em 04 de maio de 2012.

Site ArcoWeb. Disponível em: http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/page-

83.html?ordem=hits. Acessado em 02 de maio de 2012.

Site ArcoWeb. Disponível em:

http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/konigsberger-vannucchi-metropolis-

flat-08-06-2001.html. Acessado em 02 de maio de 2012.

Site Wikiipedia. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pelotas. Acessado

em 30 de abril de 2012.

Site oficial Jorge Königsberger. Disponível em http://www.kvarch.com/.

Acessado em 30 de abril de 2012.

Site sky scraper. Disponível em:

http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=769430. Acessado em 28

de abril de 2012.

Site Oficial do Ministério do Turismo

http://www.turismo.gov.br/turismo/home.html. Acessado em 18/06/2012.

A evolução da Hotelaria no Brasil. Disponível em

http://analgesi.co.cc/html/t24851.html. Acessado em: 01/05/2012.

PLANO DIRETOR DE PELOTAS

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Anexos

ANEXO VIII

FLAT/APART-HOTEL – Infraestrutura

Portaria Ministerial MTur Nº /2011

SBClass – SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE MEIOS DE HOSPEDAGEM

Anexo VIII

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