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Fissuras em Alvenarias
Causas mais frequentes
Prof. Ronaldo Duarte
Tipos de movimentos a que os prédios estão sujeitos e suas causas principais (B. Martin, “Joints in Buildings, 1977”)
Causa Efeitos Duração Exemplo de Material
1. Mudança de temperatura
Expansão ou contração Intermitente diária ou sazonal
Todos
2. Secagem Retração A maior parcela da retração ocorre no início
Blocos de concreto, sílico-calcáreo e madeira
3. Umedecimento Expansão (inchamento) Idem devido ao ganho inicial de umidade
Principalmente materiais orgânicos
4. Secagem e umedecimento
Expansão e retração Sazonal Solos argilosos
5. Carregamento excessivo
Deformações, distorções e fissuração
Progressiva dom o tempo
Concreto, materiais cerâmicos, aço
6. Corrosão Expansão Contínua Metais
7. Sulfatos Expansão Contínua Cimento e argamassas
8. Carbonatação Retração Contínua Cimento Portland poroso, concretos leves, etc.
Fissuras em concreto armado (Critério – durabilidade da estrutura: associadas à probabilidade
de provocarem um processo de corrosão nas armaduras)
Grau de
dano
Descrição de danos típicos Abertura
da fissura
(mm)
Desprezível Fissuras capilares ≤ 0,1
Muito
pequeno
Fissuras em paredes externas (facilmente
reparáveis) ≤ 1,0
Pequeno
Várias fissuras em paredes internas e
externas. Desempenho de aberturas
afetado. Estanqueidade de paredes
comprometida.
≤ 5,0
Moderado
Aberturas afetadas. Ruptura de
canalizações.
5,0 a 15,0 ou
várias fissuras
≥ 3,0
Severo
Marcos e caixilhos distorcidos, pisos com
desníveis visíveis, paredes com
distorções angulares (exigem serviços de
reparação extensos que podem envolver
reconstrução de paredes).
15 a 25
Muito
severo
Pode necessitar escoramento de paredes,
janelas quebradas. Risco de instabilidade
(requer serviços de reconstrução parcial
ou total).
≥ 25
I.S. E., 1978. “Structure-soil interaction”. A state of the art review . The Institution of
Civil Engineers
1. Fissuras causadas por excessivo carregamento vertical 1.1 Paredes de tijolos maciços 1.2 Paredes com blocos com furos verticais
Distorção angular limite (d/L) para edificações
estruturadas em concreto armado e alvenarias
armadas
Skempton/ MacDonald
Meyerhof Polskin/Tokar Bjerrum
Dano estrutural
1/150
1/250
1/200
1/150
Fissuração em paredes e divisórias
1/300 (recomenda-
do 1/500)
1/500 1/500 (0,7/1000 a 1/1000 para
cantos externos)
1/500
Milititsky, J. Fundações de Edificações: Recalque admissível. CT-76, UFRGS, 1984.
Deformações limites (f/L)para
alvenarias estruturais não armadas Meyerhof Polskin/Tokar Burland/Wroth
Côncavo ( ͜ )
1/2500
L/H ≤ 3 de 1/3500 a 1/2500
L/H=1 até 1/2500 L/H=5 até 1/1250
Convexo
( ͡ )
___
L/H ≤ 5 de 1/200 a 1/1500
L/H=1 até 1/5000 L/H=5 até 1/2500
Milititsky, J. Fundações de Edificações: Recalque admissível. CT-76, UFRGS, 1984.
Deformação por flexão exagerada da viga sobre os pilotis (reforçar a perda de rigidez resultante da
remoção da parede aumentando a rigidez da viga).
a) Edifício de alvenaria sem deformações;
b) Edifício com deformação central concava (sagging ͜ ); c) Edifício com defor-
mação convexa (hogging ͡ ); d, e) Deformação por
cisalhamento.
OrtonOr
Orton, A. Structural Masonry. Longman, 1992.
Estudo de casos 1. Conjunto habitacional popular (sobrados) em
alvenaria de blocos cerâmicos
Manifestações patológicas:
Reforço em radier flexível por estaca metálica levando em conta a ação composta entre a
parede transversal e o radier
Etapas da recuperação: (i)fixação das chapas com parafusos autoatarrachantes; (ii) cravação
das estacas metálicas;
2. Prédio do Fórum (edificação com estrutura aporticada de concreto armado e paredes de alvenaria de blocos vazados)
Fonte: CIENTEC
Desnivelamento entre a estrutura de
concreto e as paredes de alvenaria, fissuras
inclinadas nos cantos de portas internas.
3. Conjunto habitacional em alvenaria estrutural de blocos de concreto
Conjunto Santa Bárbara, Cruz Alta. Fonte : CIENTEC
Manifestações patológicas: vandalização
dos prédios pelos moradores insatisfeitos e
abertura de junta de dilatação.
Decisão a tomar: recuperar ou demolir e construir um novo conjunto (análise de custos:
políticos e econômicos). • Reconstrução das coberturas;
• Remoção e reexecução dos revestimentos externos: salpique, emboço e reboco com espessura externa ≥ 1,5 cm;
• Recuperação de fissuras diversas;
• Limpeza e preenchimento das juntas com material flexível adequado;
• Demolição da estrutura das escadas e construção de novo pórtico em concreto armado “in loco”.