fisioterapia neurolÓgica: novas abordagens e … · 2019. 7. 4. · fisioterapia neurolÓgica o...
TRANSCRIPT
FISIOTERAPIA NEUROLÓGICA: NOVAS ABORDAGENS E INVESTIGAÇÃO
CARLA PIMENTA
15 de Outubro de 2016
Encontro com o Futuro, Conversas com o Amanhã
OBJETIVOS
II FÓRUM MOVIMENTO
FISIO
Esclarecer e dar a conhecer novas perspetivas para o futuro, tanto aos novos fisioterapeutas,
como aos estudantes de fisioterapia.
PRELEÇÃOApresentar uma reflexão sobre
novas abordagens e investigação na área da
Fisioterapia Neurológica.
ACADÉMICO E PROFISSIONAL
PER
CU
RSO
1993 Bacharelato em Fisioterapia
2001 Licenciatura em Fisioterapia
2008 Mestrado em Intervenção Sócio-
organizacional na Saúde
PATOLOGIA NEUROLÓGICA
“A prevalência das doenças do foroneurológico tem vindo a assumir umaimportância relativa cada vez maior (...) Umquarto a um terço da prática clínica global éocupado com doenças relacionadas com ofuncionamento do cérebro. As doenças doforo neurológico ocupam cerca de 30% a35% deste grupo, sendo o restante ocupadopelas doenças psiquiátricas.”R
ELE
VÂ
NC
IA
(DGS, 2001:5)
FISIOTERAPIA NEUROLÓGICA
O fisioterapeuta intervémnesta área numa perspetiva deresolução de problemas,fundamentando as suasdecisões nos conhecimentos daneurofisiologia, do controlomotor, da biomecânica e nasteorias da aprendizagemmotora.
AB
OR
DA
GE
NS
(Carr e Shepherd, 2006)
Nas últimas décadas existiuuma evolução notável na áreada reabilitação neurológica,com implicações evidentes naformação dos profissionais ena sua prática clínica.
(Lennon, 2004)
FISIOTERAPIA NEUROLÓGICA
O fisioterapeuta dispõe de várias abordagenspara intervir na área da neurologia.
Existe alguma controvérsia sobre a eficácia dasdiferentes abordagens.
Alguns fisioterapeutas baseiam a suaintervenção numa só abordagem, outros usamuma mistura de componentes de diferentesabordagens.
AB
OR
DA
GE
NS
(Pollock et al, 2014)
ABORDAGENS
Abordagens baseadas nas estruturas anatómicas
Movimento normal, funcionamento do SN e
neuroplasticidade
Foco na compensação
Neurofacilitação eReaprendizagem motora
Intervenção“Paliativa”
”Reabilitativa”modelo centrado no
raciocínio clínico
EVOLUÇÃO
(Lennon, 2004)
NO INÍCIO...
AB
OR
DA
GE
NS
Rood Knott & Kabat
Bobath
Affolter
Johnstone
Brunnstroom
Carr & Shepherd
Peto
Ayres
Hare
Holmqvist & Wrethagen
(Edwards, 2004)
... DESENVOLVIMENTO E APARECIMENTO DE NOVAS ABORDAGENS...
AB
OR
DA
GE
NS CIMT
TAMO Therapy
Treino de aptidão física
NMESCircuit Therapy
TreadmillIntervenção na
comunidade
... / ...Treino de tarefas
... E AS EMERGENTES!
AB
OR
DA
GE
NS
Graded Motor Imagery Robótica
Discriminação esquerdo/direito
Imagética motora
Terapia de espelho
APP’sRealidade virtual
... / ...Videojogos interativos
Plataformas de exercício
DIVERSIDADE DE CONCEITOS, TÉCNICAS E ESTRATÉGIAS
AB
OR
DA
GE
NS Reeducação
Compensação
Máxima independência
funcional
Movimento seletivo
Seleçãocriteriosa
O MUNDO EM MUDANÇA
As abordagens em fisioterapia neurológica evoluíram porque a realidade envolvente também mudou....
O Q
UE
MU
DO
U?
O Q
UE
MU
DO
U?
Evolução Científica e Tecnológica
Contexto Hospitalar
Intervenção da Fisioterapia
Utentes
EVOLUÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA
O Q
UE
MU
DO
U?
Especialização dos profissionais
Novos equipamentos
Partilha do conhecimento
Conhecimentos neurociência
Rapidez/precisão no diagnóstico
Abordagens inovadoras
Diminuição da mortalidade
CONTEXTO HOSPITALAR
O Q
UE
MU
DO
U? Organigrama
Custo-benefício
Rentabilização de recursos
Padrões de qualidade
Tempos internamento
UTENTES
O Q
UE
MU
DO
U? Idade
População envelhecida
Patologia no adulto jovem
Informação
RelaçãoUtente-Fisioterapeuta
Espectativas
Participação
INTERVENÇÃO DA FISIOTERAPIA
O Q
UE
MU
DO
U?
Avaliação Registos
Prática baseada na evidência
NECESSIDADES
É fundamental que os fisioterapeutas recorramà evidência científica para fundamentar as suaspráticas e decisões clínicas.
É necessário incorporar a prática deinvestigação na realidade profissional.
A investigação é uma obrigação de todos nós!!!INVESTIGAÇÃO
CONSTRANGIMENTOS
INVESTIGAÇÃO Tempo
Apoios
Burocracias
Instrumentos de avaliação
Hábitos e rotinasConhecimentos
DIFICULDADES
INVESTIGAÇÃO
Transferência de resultados científicos para a prática clínica
• Metodologia de investigação• Investigação laboratorial vs
contexto clínico real• Indisponibilidade de recursos
materiais e de profissionais• Recursos financeiros
• Hábitos de prática• Indisponibilidade dos utentes• Não compreensão dos achados
científicos pela comunidade• Dificuldade de acesso às
publicações científicas
(Almeida & Brandão, 2015; Lenfant, 2003)
INCENTIVOS
INVESTIGAÇÃO Apoios
institucionaisMotivação
Realização pessoal Novos horizontes
CONCLU
SÃO
A intervenção do fisioterapeuta em utentes com patologia do foroneurológico tem sofrido modificações no sentido de acompanhar aevolução dos conhecimentos e das práticas na área daneurociência.
O fisioterapeuta deve desenvolver o seu raciocínio clínico baseadoem conhecimentos e conceitos atualizados que permitam umaprática baseada na evidência.
CONCLU
SÃO
A evidência nesta área está a aumentar, mas ainda existem algumaslacunas que exigemmais emelhor investigação.
Existem vários estudos sobre a eficácia de diversas abordagens, masos resultados não são conclusivos e recomenda-se que a intervençãonão seja limitada a uma abordagem específica.
O foco da intervenção deve ser a resolução dos problemasapresentados pelos utentes, permitindo alcançar o melhordesempenho a nível das atividades, da participação social e daautonomia.
(Bowe, James & Young, 2016; Pollock et al, 2014)
• Almeida P, Brandão R. Are we “Lost In Translation”? - Guidelines de Intervenção no AVC - aplicabilidadena realidade Portuguesa. In: 9º Congresso Nacional de Fisioterapeutas, APF, Cascais. Junho 12-14, 2015
• Bowe A, James M, Young G (Eds). National clinical guideline for stroke. London: Intercollegiate StrokeWorking Party, Royal College of Physicians. 5th Edition. 2016
• Direcção-Geral da Saúde. Rede Referenciação Hospitalar de Neurologia. – Lisboa: Direcção de Serviçosde Planeamento, 2001
• Edwards S. Fisioterapia Neurológica. Loures: Lusociência -EdiçõesTécnicas e Científicas, Lda; 2004• Lenfant C. Clinical Research to Clinical Practice — Lost inTranslation?. N Engl J Med 2003; 349:868-74• Lennon S. Theoretical basis of neurological physiotherapy. In: Stokes M. Physical management in
neurological rehabilitation. 2nd ed. London: Elseiver Mosby; 2004• Pollock A, Baer G, Campbell P, Choo PL, Forster A, Morris J, Pomeroy VM, Langhorne P. Physical
rehabilitation approaches for the recovery of function and mobility following stroke. Cochrane Databaseof Systematic Reviews; 2014, Issue 4. Art. No.: CD001920
• Shepherd RB, Carr JH. Disability and Rehabilitation. Neurological rehabilitation. 2006; 7:811 – 812REFERÊNCIAS
[email protected]@chlc.min-saude.pt
Obrigada!
“Practice is sciencetouched with emotion.”
(Paget, 1909 cit in Lenfant, 2003)