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1 Ergonomia de Produto V 1 fisiologia PPGEP Lia Buarque de Macedo Guimarães PhD, CPE ERGONOMIA Estuda a adaptação do trabalho ao homem e o comportamento humano no trabalho. Enfoca: o ser humano: características físicas, fisiológicas, psicológicas e sociais a máquina: equipamentos, ferramentas, mobiliário e instalações o ambiente: efeitos da temperatura, ruído, vibração, iluminação, aerodispersóides a organização do trabalho O SER HUMANO A biomecânica ocupacional estuda as interações entre o trabalho e o homem sob o ponto de vista dos movimentos músculo- esqueléticos envolvidos no trabalho. Analisa basicamente a questão das posturas no trabalho e a aplicação das forças. Em biomecânica, as leis físicas da mecânica são aplicadas ao corpo humano. O ser humano é capaz de realizar trabalho devido a sua estrutura fisiológica. O sistema muscular, articulado ao sistema ósseo, alimentado pelo sistema cardio- pulmonar, possibilita a movimentação e ação do ser humano. quando este sistema não é quando este sistema não é respeitado, aumenta o risco de respeitado, aumenta o risco de DORTs DORTs TRABALHO MUSCULAR Estrutura do Músculo O corpo humano é capaz de se mover porque tem um sistema muscular que representa 40% do total do peso do corpo. Cada músculo é composto por um grande número de fibras, com comprimento que varia entre 0,5 cm e 14 cm, de acordo com o tamanho do músculo. O diâmetro da fibra muscular é de aproximadamente 0,1 mm. Um músculo contém entre 100 mil e 1 milhão de fibras. Elas se juntam nos terminais do músculo, formando o tendão, que se firma aos ossos do esqueleto. O sistema muscular compreende três tipos de músculos O sistema muscular compreende três tipos de músculos músculo cardíaco músculo cardíaco músculo estriado esquelético músculo estriado esquelético músculo liso músculo liso

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Ergonomia de Produto V 1

fisiologia

PPG

EPLi

a Bu

arqu

e de

Mac

edo

Gui

mar

ães

PhD

, CPE

ERGONOMIA

Estuda a adaptação do trabalho ao homem e o comportamento humano no trabalho. Enfoca:

o ser humano: características físicas, fisiológicas, psicológicas e sociaisa máquina: equipamentos, ferramentas, mobiliário e instalações

o ambiente: efeitos da temperatura, ruído, vibração, iluminação, aerodispersóides

a organização do trabalho

O SER HUMANO

A biomecânica ocupacional estuda as interações entre o trabalho e o homem sob o ponto de vista dos movimentos músculo-esqueléticos envolvidos no trabalho. Analisa basicamente a questão das posturas no trabalho e a aplicação das forças.Em biomecânica, as leis físicas da mecânica são aplicadas ao corpo humano.

O ser humano é capaz de realizar trabalho devido a sua estrutura fisiológica.O sistema muscular, articulado ao sistema ósseo, alimentado pelo sistema cardio- pulmonar, possibilita a movimentação e ação do ser humano.quando este sistema não é quando este sistema não é respeitado, aumenta o risco de respeitado, aumenta o risco de DORTsDORTs

TRABALHO MUSCULAR

Estrutura do MúsculoO corpo humano é capaz de se mover porque tem um sistema muscular que representa 40% do total do peso do corpo.Cada músculo é composto por um grande número de fibras, com comprimento que varia entre 0,5 cm e 14 cm, de acordo com o tamanho do músculo.O diâmetro da fibra muscular é de aproximadamente 0,1 mm.Um músculo contém entre 100 mil e 1 milhão de fibras. Elas se juntam nos terminais do músculo, formando o tendão, que se firma aos ossos do esqueleto.

O sistema muscular compreende três tipos de músculosO sistema muscular compreende três tipos de músculos

músculo cardíacomúsculo cardíaco músculo estriado esqueléticomúsculo estriado esquelético músculo lisomúsculo liso

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TRABALHO MUSCULAR

Características da Contração MuscularUm músculo tem habilidade de se contrair até a metade do seu comprimento normal.A contração muscular aumenta com o comprimento do músculo. (Por isso atletas fazem alongamento)Cada músculo contém proteínas. A actina e a miosina são proteínas contráteis que permitem a contração, a partir do momento que deslizam uma sobre a outra.

DORTs

Principalmente em tecidos conectivos: bainhas e tendõesPodem irritar ou danificar os nervos, dificultando o fluxo sanguíneo nas veias e artériasMais frequentes na área das mãos-punho-ante-braçoOmbrosPescoçovértebras

Fatores não ocupacionaisIdade sexoTrauma agudoDoença crônicaUso de anticoncepcionaisGravidezMenopausa

Fatores ocupacionaisRepetitividadeUso de forçaCarga muscular estáticaPosturasEstresse mecânicofrio

repetitividade

número de esforços por ciclo de trabalho, multiplicado pelo número de ciclos por posto (Stetson et al., 1991)

Segundo Pichené, essa definição não é adequada devido ao fato de não haver uma boa correlação entre número de movimentos e número de peças produzidas.

número de produtos similares fabricados por unidade de tempo (Tanaka e McGlothin, 1993

número de ciclos de trabalho efetuados no curso de uma jornada de trabalho (Luopajarvi et al.,1979)

velocidade de gestos, da qual são deduzidos dois índices dinâmicos: um índice angular (velocidade angular média) e um índice de força (número de manipulações por minuto, dado por picos de EMG).

trabalhos altamente repetitivos sãoaqueles com tempo de ciclomenor do que 30 segundos(mais do que 900 vezes num diade trabalho),

ou quando em mais do que 50% do tempo de ciclo desempenha-se o mesmo tipo de ciclosfundamentais.Ciclo fundamental refere-se a uma seqüência de passos no ciclo de trabalho, que se repete(Silverstein et al., 1987)

em função da atividade das mãos, considerando:

1) a duração e a frequênciaobservada de pausas (ou seja, o tempo de recuperação dentroda atividade) e

2) 2) a velocidade de movimentodas mãos (por exemplo, o quãorápido os dedos e o punho se movem).

À medida que a repetitividadeaumenta, a duração e a frequência das pausas decresceaté a classificação de 10 naescala proposta, ondevirtualmente não há maispausas (Latko et al., 1997)

repetitividade

Ergonomic barriers to employment.htm

um ciclo que é executado mais de quatro vezes por minuto. (McAtamney e Corlett, 1993)

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repetitividade força

A forca máxima de um músculo estáentre 3 e 4 kg/cm2 na secção transversal: um músculo de 1 cm2 de secção suporta um peso de 3 a 4 kg.

Com igual treinamento, uma mulher (porque tem músculo de secção menor) exerce uma força 30% menor do que um homem.

A força de uma pessoa depende da secção muscular do músculo.

Um músculo produz sua força máxima no começo da contração, quando ainda está no seu comprimento relaxado.

À medida que o músculo vai encurtando seu poder diminui.

O número de fibras em contração determina a força que é desenvolvida durante a contração.

Cada fibra contrai com certa força.A força do músculo como um todo é a soma das forças de suas fibras musculares.

Esforço muscular é definido como a força exercida em função da percentagem da máxima força. A maioria das pessoas só consegue manter um esforço muscular máximo por alguns segundos.

Exercer por aproximadamente 2 minutos uma força equiparável a 50% do esforço muscular máximo..

força

Força máxima em trabalhosentado (Caldwell)

mão em pronação = 180 Nmão em supinação = 110 Nopera melhor a 30 cm do eixo do

corpomaior força para empurrar para

baixo = 160 Nforça de empurrar = 600 N ( a 50

cm do corpo)força de puxar = 360 N (a 70 cm

do corpo)

força

Força máxima em trabalho de péforça de empurrar é maior que puxarforças maiores no sentido verticalforça de empurrar na horizontal:

homens = 160-170 Nmulheres = 80-90 N

força

A fibra muscular contrai em função de impulsos nervosos. Desta forma, a força muscular depende do número de impulsos nervosos, isto é, do número de células nervosas que foram excitadas.A velocidade de contração depende da rapidez com que a força édesenvolvida durante um intervalo de tempo. A velocidade do movimento é governada pelo número de fibras contráteis ativas.

Trabalho estático é aquele que exige contração contínua de alguns músculos, para manter uma determinada postura.

Por exemplo:manter o braço direito estendido para frente segurando cartas ou pacotes durante a triagem para separação em escaninhos. Segurar pesos

Trabalho estático

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Trabalho estático Trabalho estático

Em laboratório, Lind & McNicol estudaram os efeitos do trabalho muscular estáticoutilizaram diferentes pesos para serem suportadosestabeleceram uma relação entre:os batimentos cardíacos o tempo de duração de suporte da carga o peso da carga

Posturas

As articulações devem ser mantidas em posição neutra, tanto quanto possível. Nesta posição:os ligamentos entre músculos e articulações são tensionados o mínimo possívelos músculos são capazes de exercer força máxima.

Exemplos de má posturas em que as articulações não estão na posição neutra.

IncorretoIncorreto CorretoCorreto

Deve-se evitar curvar o corpo para frenteA parte superior do corpo de um adulto pesa em média 40 kg.Quão mais para frente o tronco é inclinado, mais difícil é para os músculos e ligamentos das costas manter a parte superior do corpo em balanço. O estresse é maior na parte inferior das costas.

Posturas Posturas

Deve-se evitar curvar a cabeça para frenteA cabeça de um adulto pesa entre 4-5 Kg.

Quando ela é inclinada mais de 30° para frente, os músculos do pescoço são tencionados para manter essa postura, gerando sobrecarga na nuca e nos ombros.

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Deve-se evitar torcer o troncopara evitar tensões nos discos intervertebraisnas articulações emúsculos

Posturas

IncorretoIncorreto CorretoCorreto CorretoCorreto

Deve-se evitar movimentos bruscos para evitar tensões muito grandes, de curta duração, como conseqüência da aceleração do movimento.

Posturas

O objeto de trabalho deve ser mantido próximo ao corpo

Para evitar encurvar e/ou estirar o corpo para usá-los e/ou acioná-los

Nestas situações há aumento das tensões sobre as articulações e os músculos

Princípios Biomecânicos

Evite trabalho estático. Dê preferência ao trabalho dinâmicoO trabalho dinâmico permite contrações e relaxamentos alternados dos músculos, como no caso de uma pessoa andando, virando o volante de uma empilhadeira, etc.

Princípios Biomecânicos

O trabalho estático é altamente fatigante Sempre que possível, deve ser evitado.Quando isso não for possível, o trabalho deve ser aliviado, por meio de:enriquecimento da tarefaalternância de posturasmelhoria do posicionamento de objetos, ferramentas e postos.

No caso de trabalho estático

Devem ser concedidas pausas de curta duração, mas com elevada freqüência, para permitir relaxamento muscular e alívio da fadiga.

No caso de trabalho estático de membros superioresDevem ser providenciados apoios para os braços de forma a liberar o esforço de manutenção postural.

Trabalho manual sem apoio provoca dores nos ombros..As mãos e os cotovelos devem permanecer abaixo do nível dos ombros. Se inevitável, a tarefa deve ter duração limitada. Deve também ser previsto descansos regulares durante a execução da tarefa.

Deve-se evitar o trabalho com as mãos para trás do corpo (caso das caixas de supermercado quando empurram a mercadoria). Esta ação deve ser transferida para uma esteira motorizada para movimentação dos produtos.

Princípios Biomecânicos Princípios Biomecânicos

A fadiga muscular é desconfortável e reduz o desempenho muscular. Em consequência, a postura ou o movimento não podem ser mantidos continuamente. Quão maior é o esforço muscular, menor é o tempo de manutenção do trabalho.

A fadiga muscular pode ser reduzida distribuindo-se o tempo de pausa durante a jornada de trabalho.Paradas curtas, freqüentes é melhor que uma única parada longaNão é adequado forçar o trabalho nas primeiras horas da jornada,evitando as pausas, para ficar maior parte do tempo livre no final.

Os gerentes devem encorajar as pausas livres, frequentes e curtas

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Princípios Biomecânicos

Procure alternar a postura e movimentosPosturas prolongadas e movimentos repetitivos são fatigantesA longo prazo, podem levar a lesões nos músculos e articulações (LER)

Evitar movimentos que envolvem levantamento de carga regularmente ou movimentos repetitivos dos braços.

Limite a duração de esforço muscular contínuoO estresse contínuo, em certos músculos, como resultado de manutenção prolongada de postura ou movimentos repetitivos, leva à fadiga muscular.

Fisiologia

A fisiologia estuda as demandas no coração e pulmões em virtude do esforço durante o trabalho.Há um limite da quantidade de energia que o coração e pulmões podem abastecer o sistema muscular.

Quando as exigências do trabalho excedem a capacidade fisiológica do trabalhador, geram sobrecarga e sofrimento ao operárioEm conseqüência, pode haver: Aumento da freqüência de acidentes Redução da produtividade e qualidade do trabalho.

fisiologia

Fontes de energia do trabalho muscular

Trabalho muscular envolve a transformação de energia química em mecânica.A energia mecânica durante a contração resulta das reservas de energia química dos músculos.A energia liberada na reação química age nas moléculas das fibras actina e miosina fazendo com que elas mudem de posição, gerando a contração.As fontes imediatas de energia para contração são:· trifosfato de adenosina (ATP) que libera energia quando é quebrada em difosfato de adenosina (ADP)· fosfocreatina que libera energia quando quebrada em ácido fosfórico e creatina.

RegeneraçãoOs compostos de baixa energia são continuamente convertidos em compostos de alta energia, mantendo as reservas estáveis. É como se os gases expelidos por um carro pudessem ser reconvertidos em petróleo.

fisiologia

O papel da glucose, gorduras e proteínas

A regeneração dos compostos de alta energia também consome energia, que éobtida da glucose e de componentes de gorduras e proteínas.A glucose é o mais importante dos açúcares em circulação no sangue e é o mais importante suprimento em trabalho físico intenso.

Em condição de repouso ou trabalho moderado, os componentes de gordura (ácidos graxos) e proteínas (aminoácidos) são as fontes de suprimento.A glucose passa da corrente sanguínea para as células, onde é convertida, em vários estágios, em ácido pirúvico. Depois, toma duas direções, dependendo da existência ou não de oxigênio:· glicólise aeróbica na presença de oxigênio· glicólise anaeróbica na ausência de oxigênio

Quando oxigênio está presente, o ácido pirúvico é quebrado pela oxidação, resultando em água e dióxido de carbono. Isto libera energia suficiente para reconstituir grande quantidade de ATP.

Quando oxigênio é deficiente, o ácido pirúvico não é quebrado, mas convertido em ácido lático. Este processo libera menor quantidade de energia para reconstituição de ATP, mas permite trabalho muscular na presença de pouco oxigênio, por curto período de tempo.

Ácido Lático

Fosfato debaixa energia

ADP

Fosfato dealta energia

ATPGlucose

Água e dióxido de carbono

Ácido PirúvicoContraçãomuscular

ausência de O2

comO2

Regeneração

Reações químicas

Fluxo de energia

Pagando débito de O2

Débito de OxigênioApós trabalho muscular intenso, a pessoa “fica sem fôlego”, precisando respirar mais rápido para pagar seu débito de oxigênio. Este débito ocorre pelo consumo de energia e oxigênio extra é necessário para reconverter ácido lático em ácido pirúvico e reconstituir ATP. Depois disso, a energia pode ser obtidanovamente pela quebra oxidativa de ácido pirúvico.

Diagrama dos processos metabólicos durante trabalho muscular

Fisiologia

A avaliação geral da carga física do trabalhador pode ser feita com base em:Aptidões físicas do trabalhador O que é feito Como é feito (qual a postura do operário, quais seus movimentos)Qual o custo fisiológico da tarefa Como o trabalhador percebe individualmente a situação.

O custo fisiológico da tarefa pode ser avaliado por meio do consumo de energia despendido pelo trabalhador para executá-la. A avaliação por método direto consiste na mensuração da captaçãode oxigênio durante o trabalhoA avaliação por método indireto baseia-se no comportamento da freqüência cardíaca do trabalhador.

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o trabalho pode ser avaliado com base no consumo energéticoLimites Limites

existe relação entre a frequência cardíaca o tipo e condições de trabalhoa frequência cardíaca sofre alteração sob três situações principais:há redução da frequênciade repouso na posição deitadahá aumento da frequência em uma postura dadahá aumento durante a execução de um trabalho

com base na frequência cardíaca

deve-se aliar também :ambiência térmicaatividade mentaltipo de trabalhoritmo imposto

Limites

os dados da frequência cardíaca têm sido preferencialmente adotados em análise ergonômica devido:sua facilidade de usorepresentar melhor a resposta do ser humano às condições de trabalho

Em um trabalho considerado leve, a freqüência cardíaca sobe em alguns minutos e se mantém constante dentro de padrões aceitáveis. Em um trabalho pesado, a freqüência cardíaca sobe até que o trabalho torne-se extenuante e tenha que ser interrompido..

Ritmo trabalho

Ritmo trabalho

Pulso repouso

Pulso trabalho Pulso recuperação

Repouso Trabalho Recuperação

Bat

imen

to C

ardí

aco

-pul

sos/m

in

em dadas condições específicas pode-se fazer uma correlação entre os batimentos cardíacos e o consumo energético

Limites Limites

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Limites

Trabalho Captação de Oxigênio(l/min)

Resposta Freq. Card.(bat/min)

Leve ATÉ 0,5 ATÉ 90

Moderado 0,5 A 1 90 – 110

Pesado 1 A 1,5 110 – 130

Muito Pesado 1,5 A 2 130 – 150

Extremamente Pesado ≥ 2 150 – 170

Fonte: Astrand e Rodahl (1986)Intensidade da Carga de Trabalho Relacionada com a Resposta Cardiovascular

Limites

Grandjean (1998)Propõe que o limite de desempenho contínuopara homens é 35 batimentos acima do normal em repouso: PT = 35para mulheres é 30 batimentos acima do normal em repouso: PT = 30batimento de repouso na posição sentada

Astrand e Rodahl (1986)freqüência cardíaca máxima efetiva = FCmax = 220 – IDADE

Eastman Kodak Company (Ergonomic..., 1986)

percentual da freqüência cardíaca máxima

( )( ) máxima FC da percentualrepouso em FC efetiva máxima FC

repouso em FC trabalhoo durante média FC X 100 =−

Comparativo entre o esforço do operador da REFAP na válvula pool de 12 no tanque 36 J. O operador realiza uma força de 420 N em uma válvula de 500 mm, sendo que segundo o Guidelines for manual operation of valves, (1980) a capacidade de um operador típico sobre uma válvula de 300mm é de 670 N em

condições ideais.

A força aplicada nessas válvulas foi abaixo de 670 N

Válvula POOL de 12 TQ 36G

61

78 8092

103110 112

69

5060708090

100110120

repo

uso

15 s

30 s

45 s

60 s

75 s

90 s

105 s

BC

Válvula POOL 12 TQ 36I

69 75

96

5060708090

100110120

0 s 15 s 30 s

BC

Sucção da bomba 405 TQ 36I

69

105 111 114

5060708090

100110120

0 s 15 s 30 s 45 s

BC

QAV para shell TQ 44A

104110

104

5060708090

100110120

0 s 15 s 30 s

BC

Avaliação da FC no trabalho de operação de válvulas

Produção OCLA para combustível TQ 81D

70

102 107119

127 125

60708090

100110120130140150

repouso 0 s 15 s 30 s 45 s 60 s

BC

Recirculação de combustível TQ 96A

112

140 138 132

60708090

100110120130140150

0 s 15 s 30 s 45 s

BC

Recirculação de diesel TQ 76I

94104

138 144 139

60708090

100110120130140150

0 s 15 s 30 s 45 s 60 s

BC

Válvula Interm. Produção Diesel TQ 01B

83

103

131 132

60708090

100110120130140150

0 s 15 s 30 s 45 s

BC

Avaliação da FC no trabalho de operação de válvulas

9

Válvula Produção de OCREF TQ 81A

109 107 112120

60708090

100110120130140150

0 s 15 s 30 s 45 s

BC

VÁLVULAS Pulso de trabalho RESULTADO

Válvula POOL de 12 - TQ 36I A 35 1.00 QV para shell TQ 44A 49 2.44 Válvula Produção de OCREF TQ 81A 50 2.54 Válvula POOL de 12 - TQ 36G A 51 2.64 Sucção da bomba 405 - TQ 36IA 53 2.85 Produção OCLA para combustível TQ 81D 57 3.26 Válvula Interm. Produção Diesel TQ 01B 62 3.77 Recirculação de combustível TQ 96B 70 4.59 Recirculação de diesel TQ 76I 74 5.00

FC MÁXIMA = 220 – 39 = 181 BPM= 62,43% de percentual de FC máxima

Avaliação da FC no trabalho de operação de válvulas

FC repouso FC máxima

FC média PT

Trabalho normal em andaime leve

89 144 160 37

Trabalho normal em andaime pesado 73 129 105 33

Subindo andaime leve 89 181 160 73

Subindo andaime pesado 89 155 136 47

Em algumas das medições, o trabalhador esteve muito próximo de atingir a freqüência cardíaca máxima prevista (FCmax = 220 – idade = 220 – 38 = 182 batimentos por minuto).

Por exemplo, houve medições em que valores de 181 bpm, 175 bpm e 177 bpm foram atingidos.

Avaliação da FC no trabalho de andaimes

0

10

20

30

40

50

60

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19

Número da medição

Puls

o de

trab

alho

Aplicando argamassa

Reguando

Aplicando argamassa

Evolução do PT para trabalho normal em andaime pesado

Evolução do PT para trabalho normal em andaime leve.

0

10

20

30

40

50

60

1 6 11 16 21 26 31

Número da medição

Pul

so d

e tra

balh

o

Descendo andaime

Subindo andaime

M arcando nível com mangueira

Arremates Arremates

01020304050

60708090

100

1 2 3 4 5 6 7 8

Número da medição

Puls

o de

trab

alho

PausaPausa

Evolução do PT durante a subida do andaime leve

0

10

20

30

40

50

60

70

1 6 11 16 21

Número da medição

Pul

so d

e tra

balh

o

Pausa

PausaPausa

Evolução do PT na subida do andaime pesado.

Avaliação da FC no trabalho de “PINDURA”

Temperatura / termografia

A avaliação das alterações de temperatura corporal não sãousualmente utilizadas em estudos de ergonomia. A temperaturainterna oscila dentro de uma faixa muito pequena de variação, de aproximadamente 3o Celsius, o que acarreta em estudos muitodetalhados. É mais utilizada para correlações em estudos de laboratório.

Mas tendo em vista que o aumento da atividade aumenta a temperatura do corpo, é possível avaliar o nível de esforço exigidodas diferentes partes do corpo em atividade, por meio de termografia. Há duas técnicas de imagem termográfica: a termografia de infravermelho e a termografia de cristal líquido.

termografia de infravermelho(Thermovision® 550 AGEMA)

Perna e= 32,5-31,6 = 0,9 d= 32,2 – 30,5 = 1,7

10

catecolaminas

É possível avaliar a carga imposta por um dado trabalho com base na medição de catecolaminas plasmática e/ou urinária. É possível quantificar a carga de trabalho avaliando-se a diferençado teor de catecolaminas no início e no final do trabalho e identificar se o componente da carga é preponderantemente físico(pelo teor de noradrenalina) ou mental (pelo teor de adrenalina). Segundo Fibiger et al. (1984), quando o resultado da razão entre o teor de noradrenalina e adrenalina é maior do que 5, a atividade é predominantemente física e quando está entre 2 e 3 ela é predominantemente mental. Estes testes são feitos em laboratório e, portanto, este tipo de avaliação é utilizada em experimentos específicos e, não, no dia a dia de uma análise ergonômica do trabalho.

Equipe de linha viva da CEEE

Resultados das avaliações de desempenho em função de duas condições de trabalho: normal e “ergonomizada”

índices fisológicosbatimento cardíaco, catecolaminas

Índices cognitivospecepção de minuto e acomodação de palitos de fósforo

Bases conceituais

A proposta “ergonômica” considerou o trabalho sendo realizado noverão, com início às 8 horas da manhã, para minimizar o efeito da sobrecarga térmica.

No inverno, provavelmente será melhor não iniciar o trabalho tãocedo, porque as condições muito frias impactam negativamente na destreza manual, imprescindível no trabalho de linha viva. Talvez seja necessário iniciar o trabalho às 9 horas da manhã, evitando atividades de muito manejo fino pelo início da manhã

Bases conceituais

O trabalho “ergonomizado” considerou as avaliações de carga física e mental das principais atividades das equipes de linha viva

Em reunião na CEEE, os eletricistas de linha viva definiram as atividades mais leves e pesadas, tanto fisica quanto mentalmente, as quais foram programadas para execução durante a 2a semana de estudo

Em função da hora do dia:As atividades mais pesadas fisicamente foram planejadas para a manhã e

as mais leves para a tarde. As de maior demanda mental para o início da tarde. O final da tarde foi especialmente reservado para atividades de planejamento e preparo da jornada seguinte, na CEEE

Em função do dia da semana:As atividades mais pesadas foram alocadas para 3a feira, reduzindo-se a

exigência do trabalho em direção à 6a feira

Bases conceituais Resposta humana às demandas diária e semanal

Curva típica de produção diá ria

Horas

Taxa

de

prod

ução

Manhã A lmoço Tarde Taxa de produtividade semanal

40

60

80

100

Seg Ter Qua Qui Sex SabPro

dutiv

idad

e =

Taxa

da

man

hã d

e te

rça-

feira

= 1

00%

Média semanal

Produt. manhã

Produt. tarde

Curva típica de produção diária para trabalho pesado (Parker & Oglesby, 1972)

Taxa de produtividade semanal (Parker & Oglesby, 1972)

Condições do estudo

Avaliação de desempenho durante 2 semanas:

1a semana: condição normal de trabalho

2a semana: atividades programadas de acordo com o nível de demanda da atividade (alta, média e baixa), hora do dia (em função do calor) e o dia de semana (em função do acúmulo de fadiga)

Hora do diaAtividades + desgastantes (alta demanda ou pesada): início da manhãAtividades – desgastantes (média demanda ou média): início da tarde

(baixa demanda ou leve): final da tarde

Dia da semanaDia + pesado: 3a feiraDia – pesado: 6a feira

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Sujeitos do estudo

5 sujeitos de uma mesma equipe de linha viva

Paulo Renato 47 anos (chefe da equipe) (fumante)Jose Carlos 41 anos (motorista)Juvêncio 30 anos (fumante)Mauricio 30 anos (fumante)Gledis 25 anos

Método de estudo

Avaliação de desempenho com base em: • índices fisológicos (avaliados no início e final da jornada de trabalho,

todos os dias, durante as duas semanas)batimentos cardíacos (pulso de trabalho de todos os 5 sujeitos obtido pela diferença do batimento cardíaco durante o trabalho (BC) e o batimento em repouso sentado (BR)

catecolamina urinária (teor de adrenalina e nor-adrenalina de 2 sujeitos, obtidos pela diferença do teor no final da jornada e início da jornada)

• Índices cognitivos (de todos os 5 sujeitos, avaliados no início e final da jornada de trabalho, todos os dias, durante as duas semanas)

pecepção de minuto acomodação de palitos de fósforo..\..\PROJETOS\ApresentaçãoCEEE.ppt - Resultados

Tempo de caixa de fósforo

Equipe de linha morta da RGE

Resultados das avaliações de esforço de subida em poste

índices fisológicosbatimento cardíaco, cortisol, catecolaminas

Avaliação por termografiaAvaliação subjetiva de esforço

Esforço físicopré testes

Sujeitos: 2 eletricistas RGE A: 27 anos, 86 Kg, 1,74 m; e B: 28 anos, 80 Kg, 1,74 m

2 condiçõesposte de madeira (trepa)poste de concreto (escada)

método de avaliaçãofrequência cardíacatermografia..\..\PROJETOS\RGE\RGEAnel.ppt -

Diagnóstico Esforço físico bases para análise