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Antecipando o Amanhª Brief News 2000 Jan./Fev./Mar. 2002 - Ano V, Nœmero 1 TambØm nesta ediçªo: O Bamba da FC 6 Lamentaçıes de Jeremiah 8 Media Break 10 A nona - e œltima - temporada de Arquivo-X terÆ seu desfecho num especial em duas partes, o qual serÆ exibido pela Fox TV em Maio próximo. Com a saída do astro David Duchovny, no início da oitava temporada, e o acirramento da competiçªo, a sØrie, embora se mantivesse forte nas retransmissıes por outros canais ("syndication"), vinha gradualmente perdendo pœblico. Chris C a r t e r, criador da sØrie, declarou ao jornal "Daily Variety" que desejava "sair por cima", enquanto o programa ainda registra bons índices de audiŒncia. A grande surpresa deste especial, Ø a presença confirmada de Duchovny no mesmo. O ator, que atØ entªo afirmava nªo ter mais interesse em reprisar seu papel de Fox Mulder, mudou de idØia ao ser procurado por Chris Carter. O objetivo do diretor nªo era convencŒ-lo em atuar, mas em dirigir um episódio escrito por ambos e pelo produtor-executivo Frank Spotnitz, que serÆ exibido no dia 28 de Abril. Pois Duchovny nªo somente concordou em assumir a direçªo, como disse que poderiam contar com ele no encerramento da sØrie. Segundo Spotnitz, a mudança de opiniªo de Duchovny seria devido a que ele "ainda se importa com o programa". "Anakin, vocŒ vai acabar me matando." (Obi-Wan para Anakin Skywalker no Episódio 2, pÆg. 9) Relatório da Minoria O que é a realidade ? Como nenhum outro escritor de ficção científica, Philip K. Dick nos leva ao encontro de seus medos e receios mais recônditos:o de que uma ordem oculta esteja subjacente à nossa realidade cotidiana. Conforme disse em 1976, “sempre temo que, na intimidade do meu apartamento, a minha TV, ou ferro de passar, ou torradeira, poderiam, quando não houver mais ninguém por perto para me ajudar, avisar-me que eles tomaram o controle e que aqui está uma lista de regras que tenho que obedecer”. Vencedor do prêmio Hugo (o Oscar da FC), com “O Homem do Castelo Alto”, uma perturbadora fábula sobre um universo alternativo onde o Eixo vence a II Guerra Mundial, Dick teve diversas de suas histórias convertidas em filmes de sucesso. O mais recente , “Minority Report”, marca a estréia de Tom Cruise num filme de ficção científica, sob a direção do mestre Steven Spielberg. (Leia mais na pág. 4) Firefly: nªo temerei o Mal Arquivo-X está saindo de cena, e a Fox TV precisa de uma série com forte apelo popular p a r a ocupar s e u espaço n a programação. Especula- se que e s t a série seria exatamente Firefly , de Joss Whedon (foto ao lado, criador de Buffy e Angel ), a qual, apesar do nome bonitinho, promete trevas, horror, e desespero em profusão. Firefly desponta como uma verdadeira surpresa no campo da ficção científica espacial, dividida n o s últimos anos entre as franquias Star Trek e Babylon 5 , e, segundo análises feitas a partir da leitura do roteiro do piloto, tem tudo para se tornar a primeira grande série televisiva de FC do século XXI. (Leia mais na pág. 7) (Conclui na pÆg. 2)

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Page 1: Firefly - geocities.ws

Antecipando o Amanhã

Brief News 2000Jan./Fev./Mar. 2002 - Ano V, Número 1

Também nesta edição:

O B amba da FC 6

L a m e n ta ç õ e s d e J e r e m ia h 8

Media Break 10

A nona - e última- temporada deArquivo-X teráseu desfechonum especial emduas partes, oqual será exibidopela Fox TV em Maiopróximo. Com asaída do astro DavidDuchovny, no início daoitava temporada, e oacirramento dacompetição, a série,embora se mantivesseforte nas retransmissõespor outros canais("syndication"), vinhagradualmente perdendopúblico. Chris Car ter,criador da série, declarouao jornal "Daily Variety" quedesejava "sair por cima",enquanto o programa aindaregistra bons índices deaudiência.A grande surpresa desteespecial, é a presençaconfirmada de Duchovny nomesmo. O ator, que até entãoafirmava não ter maisinteresse em reprisar seupapel de Fox Mulder, mudoude idéia ao ser procuradopor Chris Carter. O objetivodo diretor não eraconvencê-lo em atuar, masem dirigir um episódioescrito por ambos e peloprodutor-executivo FrankSpotnitz, que será exibido nodia 28 de Abril. PoisDuchovny não somenteconcordou em assumir adireção, como disse quepoderiam contar com ele noencerramento da série.Segundo Spotnitz, amudança de opinião deDuchovny seria devido aque ele "ainda se importacom o programa".

"Anakin, você vai acabar me matando."(Obi-Wan para Anakin Skywalker no�Episódio 2�, pág. 9)

Relatórioda MinoriaO que é a realidade ?Como nenhum outroescritor de ficção científica,Philip K. Dick nos leva aoencontro de seus medos ereceios mais recônditos:ode que uma ordem ocultaesteja subjacente à nossarealidade cotidiana.Conforme disse em 1976,“sempre temo que, naintimidade do meuapartamento, a minha TV,ou ferro de passar, outorradeira, poderiam,quando não houver maisninguém por perto para meajudar, avisar-me que elestomaram o controle e queaqui está uma lista deregras que tenho queobedecer”. Vencedor doprêmio Hugo (o Oscar daFC), com “O Homem doCastelo Alto”, umaperturbadora fábula sobreum universo alternativoonde o Eixo vence a IIGuerra Mundial, Dick tevediversas de suas históriasconvertidas em filmes desucesso. O mais recente ,“Minority Report”, marca aestréia de Tom Cruise numfilme de ficção científica,sob a direção do mestreSteven Spielberg.(Leia mais na pág. 4)

Firefly: nãotemerei o Mal

Arquivo-X está saindode cena, e a Fox TVprecisa de uma sériecom forte apelopopu la rp a r ao c u p a rs e ue s p a ç on aprogramação.Especula-se quee s t as é r i es e r i aexatamenteFirefly, de JossWhedon (foto ao lado,criador de Buffy eAngel), a qual, apesardo nome bonitinho,promete trevas, horror,e desespero em

profusão. Fireflydesponta como umaverdadeira surpresano campo da ficção

científicaespacial,divididan o súltimosa n o sentre asfranquiasS t a rTrek eBabylon5, e,segundo

análises feitas a partirda leitura do roteiro dopiloto, tem tudo parase tornar a primeiragrande série televisivade FC do século XXI.(Leia mais na pág. 7)

(Conclui na pág. 2)

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Expediente

Editorial

Brief News 2000Caixa Postal 19000 - CEP: 20220-970 - Rio de Janeiro - RJ

Publicação de distribuição gratuita (limitada aos exemplares disponíveis)Editado por

Alexis Bernardo de Lemos ([email protected])(0XX21)2231-0717 (24 horas)

Site: www.brasil.terravista.pt/jenipabu/2058Créditos dos T extos Originais:

“Um Cometa Chamado Meco”, © 2000 by Bernard F. Lopez - “Conversando comJack Williamson”, © 1999 by Interzone - “Enterprise na arena”, © 2001 by UPN

Demais textos e traduções:Alexis B. Lemos

Todas as fotos e ilustrações de terceiros publicadas neste fanzine, são paradivulgação.

A reprodução desta edição é permitida, desde que efetuada na íntegra.

Enterprise na Arena: umencontro com a crítica (final)

P: Para os produtores, eu seique vocês estão tentando seafastar um pouco da eraDeep Space Nine e Voyagere Nova Geração, mas podeacontecer de vocês sesentirem tentados a fazercom que a Enterprise queviaja no tempo irrompa dofuturo e faça uma visita ?RICK BERMAN: Bom, pensoque vocês ficarão surpresos

em descobrir que existemelementos de viagem notempo e elementos do futuroque começarão no piloto econtinuarão através destasérie. Mas eu duvido que

mesmo em manobras,vocês verão Jean-LucPicard fazendo uma visita.Provavelmente, isso nuncaacontecerá.P: Pergunta para o Sr.Billingsley e a Srta. Blalock.Como vocês estão lidandocom as várias

Observando o panoramaO ano de 2002

promete ser generoso emtermos de produçõescinematográficas de ficção/fantasia. Teremos oEpisódio 2 de “Star Wars”,que promete redimir ospecados cometidos porGeorge Lucas em 1999;“Minority Report”, a novasuper-produção de StevenSpielberg baseada em umconto de Philip K. Dick;“Spider-Man”, marcadopelo trailer fatídico dasTorres Gêmeas; “Star Trek-X”, que deverá marcar aaposentadoria da equipe de“A Nova Geração”, e, no fimdo ano, “As Duas Torres”,seqüência de “O Senhordos Anéis” (a qual, seespera, seja um poucomenos corrida do que “ASociedade do Anel”).

Na TV, o ano marca adespedida de Arquivo-X emsua nona temporada e aestréia de Firefly, a armasecreta da Fox parasubstituir a série de ChrisCarter. Como se vê, muitasatrações estarãodisputando espaço naspáginas do “Brief News”.Mantenham-se atentos !

Alexis B. de Lemos

Para o produtor, o fato doator retornar para odesfecho de Arquivo-X, foi "amelhor coisa, para oprograma e para o público".É uma incógnita saber se apresença de Duchovnyneste especial, sinalizaqualquer interesse porparte dele numa seqüênciaao filme de Arquivo-X(1998). É bem conhecida aantipatia mútua queDuchovny e sua ex-colegaGillian Anderson nutremfora das telas, e ChrisCarter, citado pelo�Hollywood Reporter�,prefere não arriscarnenhum palpite nesteparticular: "Por ora, nãoquero ir além de mimmesmo. Só quero terminar asérie".Arquivo-X estreou emSetembro de 1993, e aolongo dos anos,transformou-se em "cult".Dentre os prêmiosrecebidos pela série, estão15 Emmy, incluindo um demelhor atriz para GillianAnderson, e três GoldenGlobe para o diretor ChrisCarter. ­

maquiagens que vocêsusam ? Esta é amaquiagem mais radicalcom a qual vocêstrabalharam, e ela ajuda acompor o personagem, oué só uma chateação ?JOLENE BLALOCK: Levapouco mais de duas horaspara estar com o vestuárioe a maquiagem completos.Não dá para sentir a peruca.

Ela é muito bem feita. E,uma vez em traje completo,eu sou T’Pol. É algo queacrescenta, se posso dizer.JOHN BILLINGSLEY: Euentendo isso. Minha mulhercomeçou a me maquiarduas semanas antes dasérie começar, assimadquiri um pouco de prática.Eu copio Jolene. Osprofissionais demaquiagem são ótimos.JOLENE BLALOCK:Fabulosos.

JOHN BILLINGSLEY: Nãotenho a experiência de terassistido a um monte deepisódios de Star Trek,assim tive que tentarcompensar isso. E, cara, amaquiagem no programa ésimplesmente fenomenal.Eles são os melhores. Érealmente muito confortável.Agora, os trajes de“transporte para o planetamisterioso” são um tantoproblemáticos, mas sãobonitos. Eles são bonitos.Scott os tem usado pelosúltimos três dias, e ele tinha1,95 m quando esseprograma começou (risos).­

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Um cometa chamadoMeco (final)

Meco explica queeste foi "meu melhortrabalho e o único que fizonde todo o álbum eradedicado a um único filme."Assim que a gravadoraouviu o trabalho completo, oadorou, e promoveu-o emlarga escala. Rapidamente,ele vendeu perto de 400.000cópias. Foi também graçasà este álbum, que ele fez suaúnica performance comoMeco em rede nacional deTV, num programachamado "Dick Clark Live",na NBC.

Em fins dos anos1970 e início dos 1980, Mecoencontrou um monte dematerial cinematográficopara trabalhar, como"Superman", "UmLobisomem Americano emLondres", "ContatosImediatos" e muitos outros,mas ele estava ficando cadavez mais desiludido com olado comercial da música.Isto o levou a se retirartotalmente da mesma em1985, e trocar Nova Iorquepela Flórida, onde tinha umamigo que o convenceu atrabalhar como corretor de"commodities". Meco nãoestava acostumado ao estilo"9 às 5", mas conseguiuadaptar-se à sua novacarreira e construiu ummodo de vida modesto parasi mesmo.

Em Setembro de1998, Meco confirmou queum novo filme de "StarWars" estava para serlançado em Maio de 1999.Rapidamente, ele contatoua Sony Music e a RCA sobrea possibilidade de fazeralgum trabalho baseado nonovo filme. O presidente daSony, Donny Ienner, inquiriuMeco sobre fazer umaversão "dance" do novolançamento de "Star Wars",dado que estavam tambémlançando a trilha sonora deJohn Williams para o filme.Donny não estavapropriamente vibrando como título que Meco queria parao novo material, "Meco PlaysMusic Inspired By ThePhantom Menace and OtherLatino Funk", mas o trabalho

foi iniciado e tudo estavat r a n s c o r r e n d otranqüilamente até a data delançamento estar próxima.Foi então que John Williamslançou mão de uma cláusulaem seu contrato com agravadora, que lhe permitiadesautorizar outros derealizar uma interpretaçãode sua partitura, se estesestivessem no mesmo seloque ele. Depois de todotrabalho e dedicaçãocolocados no projeto,estava perto demais da datade lançamento do filme paraque Meco fosse para outroselo. Os planos delançamento foramrefugados e o projeto postode lado, ainda que a RCA eaUniversaldemonstrasseme s t a rseriamenteinteressados.Foi muitodesanimador,mas Mecof e c h o ucom umaidéia queele haviatido antes que Williamsesmagasse seus planos. Aidéia era fazer um álbumdos quatro filmes de "StarWars". Os fãs poderiam tertodas as músicas numúnico CD. Assim, em Abrilde 2000, Meco lançou seuprimeiro álbum em mais deuma década, intitulado"Dance Your Asteroids Off tothe Complete Star WarsCollection". Ele continhaversões retrabalhadas deseus clássicos acrescido dematerial inédito, queenvolviam todos os filmesde "Star Wars".

Quando questionadose sentia que seu trabalhooriginal estava perdido, eledisse, "No mundo criativo,temos que tomar decisõesrápidas. Temos que fazê-lonão só porque somoscriativos, mascomercialmente criativos.

Temos que fazer coisascom prazos fatais... você nãopode fazer tudo aquilo quepoderia, porque os limitesde tempo não lhe permitemcriar tudo."

A fim de não perdera, como ele diz, "mágica",das gravações originais,optou por não refazê-las dozero, mas tirar vantagem datecnologia de hoje e reeditá-las, bem como certosdiálogos e efeitos. Eleacrescenta que sente queeste é ainda melhor que seutrabalho em "The Wizard ofOz" e que estáextremamente feliz com omodo como surgiu e nãomudaria uma linha sequer.Meco teve uma chance de

re faze rc e r t a sco i sas ,mais oum e n o sc o m oGeorgeL u c a s ,n olançamentod ovigésimoaniversário

de "Star Wars".Ao lado das músicas

retrabalhadas, ele tambémincluiu duas novas canções,"Cousin Jar Jar" e "A JediKnight", as quais foramescritas por sua amigaYamira, com a qual ele jáhavia trabalhado antes. Defato, ela foi parcialmenteresponsável por seu retornoà música, após seu auto-imposto hiato, quando elapediu sua ajuda em seuálbum de 1997.

E o que Mecogostaria de ter feito se nãoestivesse na música ? Eleresponde, "Eu tentaria serum diretor de filmes". Pelovisto, parece que Meco e osfilmes caminham de mãosdadas, e não há comoseparar os dois. ­

Bernard F. Lopez (25 deMaio, 2000)

Star Trek:The

AnimatedSeries

T H ETERRATININCIDENT

(O IncidenteTerratin)

Data Estelar: 5577.3

A U.S.S. Enterprise recebeuma mensagem distorcidaenquanto explorava umasuper-nova morta, Arachna.A única parte compreensíveldo sinal, o qual originou-sena estrela Cepheus, é apalavra "terratin". Eminvestigação, a U.S.S.Enterprise encontra umplaneta de estruturacristalina, tomado poratividade vulcânica. Quandoem órbita, um clarão de luzpassa através da nave,paralisando a tripulação.

Então, a tripulaçãocomeça a perceber que todaa matéria orgânica na naveestá encolhendo; todas asmoléculas corporais estãodegenerando. Spock calculaque numa questão deminutos, toda a tripulaçãoterá poucos centímetros dealtura. Usando escadashumanas, a tripulaçãoalcança os painéis decontrole da ponte e usamsua força coletiva paraapertar os botões do tele-transporte. Kirk setransporta para a superfíciedo planeta e imediatamentevolta ao tamanho normal,visto que o tele-transportepode mudar toda a matériapara tamanhos e formatos

Conclui na pág. 4

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previamente definidos.Enquanto no planeta, Kirkencontra uma cidade emminiatura, mas érapidamente transportadode volta para a nave pelosajustes automáticos do tele-transporte.

Ao retornar, eledescobre que suatripulação havia sidotransportada da nave para asuperfície do planeta. Kirkameaça a cidade emminiatura, exigindo a volta datripulação. O líder informa àKirk que o ataque relâmpagofoi o único meio de chamara atenção da astronave,porque sua cidade estásendo ameaçada pelaatividade vulcânica. Spockdescobre que os nativos deTerratin são osdescendentes mutantes deuma expedição científicadesaparecida; ossobreviventes batizaram oplaneta de Terra 10 (ten, eminglês; daí "Terratin"). Atripulação é transportada devolta para a nave, mas, dadoque os Terratins não podemser devolvidos ao seutamanho original, eles e suacidade inteira, sãotransportados à bordo daU.S.S. Enterprise paraserem levados para umplaneta mais estável. ­

Ele foi preso por um crimeque não cometeu. Ainda.

Rel atórioda Minoria

Philip K. Dickdisse certa vez que suamaior preocupaçãoliterária era com apergunta "o que é arealidade ?". Em suasobras, é comum que oprotagonista descubrasubitamente que suavida rotineira e que omundo ordinário que ocerca, sejam merasfachadas para umestranho novo mundo,de sonho ou (maisfreqüentemente) depesadelo. Essa dúvida,às vezes saudável, àsvezes doentia, sobre anatureza do universo aonosso redor, permeiadesde romances, como"Do Androids Dream ofElectric Sheep ?"(filmado como "BladeRunner", em 1982, comHarrison Ford), "TheThree Stigmata ofPalmer Eldritch" e "TheMan in the High Castle",ganhador do prêmioHugo, até contos, dentreos quais "We CanRemember It for YouWholesale", adaptadopara o cinema em 1990como "Total Recall" (eque se tornou um dosgrandes sucessos dacarreira de ArnoldS c h w a r z n e g g e r ) ,"Second Variety" (filmadocomo "Screamers", em1995, com Peter Weller)," I m p o s t o r "(recentemente filmadocom Gary Sinise) e ovindouro "MinorityReport", com TomCruise.

"Minority Report",publicado pela primeiravez em Janeiro de 1956,fala de um mundo futuroonde o crime foidrasticamente reduzido(quase em 100%)graças à atuação daagência policial Pré-Crime e seus sensitivos,os "precogs". Como seunome indica, ossensitivos, em gruposde três, sondam o futuroe avaliam apossibilidade de

alguém cometer um crime(*). Se pelo menos dois dossensitivos concluírem queisto pode efetivamenteocorrer, os agentes da Pré-Crime tem base legal paraprendê-lo (provavelmentesob a acusação de"conspiração", suponho).Neste caso, em que nãohouve unanimidade, oprecog discordante poderedigir um voto em separado- um "relatório da minoria"(daí o título do conto), paraser anexado aos autos.

Em "Minority Report",John Anderton (Tom Cruise),um oficial da organizaçãoem pauta, vê-sesubitamente como alvo deuma investigação por pré-crime. Além da necessidadede provar sua própriainocência, ao longo dahistória Anderton terá delidar com a ambição de umrival mais jovem, Ed Witwer(Colin Farrell), que desejaseu emprego. E a esposade Anderton também temsuas próprias motivações.Sem saber quem são seusverdadeiros amigos einimigos, ou qual a verdadepor trás da acusação,Anderton mergulha decabeça num mar de intrigase paranóia, de onde sabe

que poderá não maisemergir.

"Minority Report"marca, além da estréiade Cruise num filme deficção científica, o retornode Steven Spielberg aogênero, imediatamenteapós seu brilhantetrabalho em "A.I.". O filmeé uma co-produção 20thCentury Fox/DreamWorks estimadaem US$ 80 milhões, comlançamento no mercadonorte-americano previstopara 28 de Junho desteano (cerca de um mêsapós a estréia de "StarWars: Episódio 2"). Noelenco de apoio, além deMeryl Streep, que faráuma ponta de luxo,estão, entre outros, osatores suecos Max vonSydow, Peter Stormare eCaroline Lagerfelt. MattDamon, cotadoinicialmente para o papelde Ed Witwer, teve dedesistir devido aproblemas de agenda,pois estava filmando ofestejado remake"Ocean´s 11" nestamesma época. ­

(*) - em 1953, o uso depoderes ex t ra-sensor ia is para aprevenção do crime jáhavia s ido abordadopor out ro conhec idoautor de f i cçãoc ien t í f i ca , A l f redBester, em "O HomemDemol ido" . Todav ia ,d i fe rentemente dosprecogs de Dick, oste lepatas de Besteratuavam no presente,num t raba lhopermanente desondagem de mentesem busca de p lanoscr iminosos emandamento . Daí apergunta que se repeteao longo do livro: comocometer um cr imeper fe i to numasoc iedade detelepatas ? A soluçãoencontrada por Besteré , no mín imo,engenhosa.

FunLogA Enterprise NX-01 descobrea S.S. Botany Bay movendo-se à velocidade sub-fótica.Uma investigação maisdetalhada revela apresença de numerososhumanos geneticamenteaperfeiçoados, emsuspensão criogênica.Como a nave e seusocupantes não parecemrepresentar nenhumaameaça, é permitido quecontinuem em seu curso.Título do episódio ? "Khan-fusão"! ­

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Conversando com JackWilliamson (final)

JLB: Alguns exemplos ondevocê usou esta liberdade quea ficção científica oferece ?JW: Eu nunca fui muitorevolucionário. Muitoraramente desejei quebrarquaisquer tabus. Eu sósentia total liberdade paradizer qualquer coisa quequisesse.JLB: Quais são asrecompensas da escrita ?JW: Para mim, eu suponhoque a maior recompensa éa satisfação de criar.Moldando uma história ecaptando-a no papel naforma que ela deve tomar.Eu nunca escrevibestsellers ou fiz muitodinheiro com isso, masquando eu olho para trás,tenho sido capaz de passara maior parte da minha vidafazendo algo que eu gosto.Quando eu olho para aspessoas a minha volta,muitos deles estãotrabalhando em empregosfinanceiros, em empregosque odeiam, empregos queos chateiam. Para mim, temsido largamenterecompensador. De fato,escrever é trabalho duro,sentando-se à máquina deescrever ou computador eesmurrando as teclas. Pormuitos anos como umescritor de histórias baratast e n t a n d od e s e s p e r a d a m e n t esobreviver, eu trabalhei emhistórias que eram malconcebidas ou falhavam emdizer alguma coisa que euqueria dizer e terminaram demodo não muito bom. Emanos recentes, eu tenho tidomais liberdade em escreversomente o que eu queroescrever. Uma história nãofunciona a menos que sejaalgo que você realmenteacredite. O leitor não vaiacreditar nela se você nãoacreditar; não vai seinteressar se você nãoestiver interessado. Meusarquivos estão cheios deidéias abandonadas,histórias inacabadas quenão deram certo, porque eurealmente não meimportava, não sabia obastante sobre o cenário, ou

os personagens, ou o queeu queria dizer.JLB: Você já teve algumahistória publicada, e depoisdesejou voltar atrás e teroutro insight sobre elas ?JW: Eu tive históriaspublicadas que realmentenunca deveriam ter sidopublicadas, com certeza. Devolta àqueles temposdifíceis, eu queria escreverpara revistas de horror, queeram novas e pagavam bem.Eu escrevi "The Mark of theMonster", que erapesadamente influenciadapor H.P.Lovecraft. Ela foirejeitada pelas revistas dehorror. Eu a enviei para a"Weird Tales". Eles aaceitaram e a publicaramcom uma ilustração decapa. Os leitores caíram depau em cima dela.Desejaria que ela nuncativesse visto a luz do dia.JLB: O que seria um diatípico para você ?JW: Nestes últimos dias, eunão tenho estado emgrande forma. Se minhapressão arterial está baixa,eu tiro uma soneca depoisdo café da manhã. Eutrabalho por uma hora oualgo assim, verifico acorrespondência, trabalhoaté a hora do almoço, tirouma soneca, e trabalho porum período curto à tarde.Então, talvez eu faça umacaminhada e tenha outrafase de trabalho se mesentir capaz, mas issosignifica três ou quatro horaspor dia de trabalho real. Maseu resolvo problemas dehistórias enquanto meencontro longe dasmáquinas. Quando ahistória está realmente emmovimento, você pode vivê-la quase 24 horas por dia.JLB: Quais são seusinteresses além de escrever ?JW: Astronomia, mais doque qualquer outra coisa.Tenho sempre tentadomanter contato com a teoriae a exploração espacial. Eu

me ocupo com os relatóriosda Voyager, da NASA, o queé um exercício fascinante.Eu aprendi sobre a Nuvemde Oort e escrevi um par deromances passados ali.Minha mulher e eucostumávamos viajar a cadaverão, enquanto eu estavaensinando.JLB: Onde ficam alguns lugarespara os quais você viajou ?JW: Fui a todos oscontinentes, se puder incluirum vôo sobre o CírculoAntártico a partir daArgentina. Os lugares maisexcitantes que eu visiteiforam China e Rússia. Fui acada um deles três vezes.As culturas, os museus, ahistória, as pessoas, sãoexcitantes de ver. Foi quaseuma exploração ciência-ficcional de uma culturadiferente. Tenho visto umbocado da Europa e Egito, oOriente Próximo. Fui à Índia.Gosto muito de viajar, masos anos já me alcançaram.JLB: Se você não tivessesido um escritor, o que vocêgostaria de ter sido ?JW: Penso que queria serum cientista quandocomecei a universidade. Euestudei principalmentequímica e tive um par deanos em física ematemática. Me foi oferecidauma monitoria estudantilem química. Assim, se eutivesse continuado, talvez eutivesse sido um químico.Mas até então, eu estavapagando pela minhaexperiência universitáriacom minha escrita. Eu tinhade encontrar alguma outramaneira de financiar minhaeducação. Eu cresci numafazenda e rancho, e a únicacoisa de que eu estavacerto, era que eu não queriaser um rancheiro oufazendeiro.JLB: Que tipo de rancho era ?JW: Era umempreendimento muitopequeno. Meu pai obteve aposse da terra no Novo

México Oriental em 1916,depois que as boas terrasjá haviam sidoreivindicadas. Nós vivíamosabaixo da linha de pobreza,lutando pela sobrevivência.Estou contente de não terme tornado um fazendeiroou rancheiro.JLB: O Novo México não temo melhor tipo de terra,especialmente no grandedeserto. Isso deve tertornado as coisas bemdifíceis.JW: Em alguns anos nemchovia. O solo queestávamos tentando cultivar,era arenoso. Tempestadesde areia podiam soprarareia suficiente para cobriruma colheita emcrescimento. Os preçosagrícolas eram baixos. Em1918, quando eu tinha 10anos, não choveu. Meu paitinha algumas cabeças degado, e nós as levamos doNovo México oriental paradentro do Texas,procurando por pasto paraelas. Eu ajudava e conduziaa carroça de suprimentos.Me lembro que no fim doverão, nós as embarcamospara Kansas City. Meu paiprosseguiu e eu me lembrode dar-lhe adeus, duvidandoque iria vê-lo novamente.Ele vendeu o gado emandou o dinheiro de voltapara o banco. Ele trabalhouna colheita para pagar suapassagem ferroviária para oArizona. Ele trabalhou lá,numa mina de cobre, paraconseguir dinheiro paramanter a família viva. Foiassim que sobrevivemos.JLB: Eu imagino que asoperações de altatecnologia que envolvemcuidar de uma fazenda nosdias de hoje, estavam alémda maioria dasespeculações da ficçãocientífica daquele tempo.JW: Sim, a agricultura setornou uma atividade de altatecnologia em si mesma.Meu irmão ainda está nela.Nossa propriedade originalfaz parte agora de umrancho maior. Ele é umespecialista em genética e

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alimentação animal,inseminação artificial egerenciamento agrícola.JLB: Como você espera serlembrado daqui há 100 anos ?JW: Nem sei se vou serlembrado. Eu fui precursorde alguns dos temas daficção científica, como anti-matéria. Eu inventei o termo"terraformação", o qualparece ter entrado para oidioma - ao menos nodicionário. Eu fui a primeirapessoa a usar o termo"engenharia genética", atéonde sabe o Webster'sCollegiate Dictionary. Eulhes mandei páginasextraídas de "Dragon'sIsland", e eles concordaramem datar o primeiro uso em1951. De fato, em 100 anoseu não sei o que serálembrado.JLB: Eu não sabia que vocêera responsável por" t e r r a f o r m a ç ã o " .Obviamente, todo mundoolha para Marte como umcandidato. Você acha queisso vá se tornar emrealidade ?JW: Bom, eu escrevi umromance sobre Marte,"Beachhead", mas quandovocê considera todas aspartes da Terra que podemser terraformadas, parecehaver uma grande atraçãopor Marte. Uma grande partedo Novo México poderiasuster algum tipo demudança no clima. Nós,criaturas humanas, somosparte de um sistemabiológico muito complicado,que não compreendemosinteiramente. Eu não estoucerto de quão bemsucedidamente todo elepoderá ser transportadopara outros ambientes,assim, eu não sou tãoentusiástico sobreterraformação quanto eraem 1942. ­

O Bamba da FCD o

mesmo modoque o populars a m b i s t acarioca doinício doséculo XX, oe s c r i t o ra m e r i c a n oStanley G.W e i n b a u mteve vida ecarreira curtas, umasupernova que iluminou oscéus da ficção científica emostrou premonitoriamenteno que o gênero iria set o r n a r ,m u i t o sa n o sd e p o i s .E m b o r aj a m a i stenham seconhecido(e seriap o u c op r o v á v e lque ob o ê m i oNoel, ex-aluno deMedic ina ,reconhecessen ocompenetradoengenheiroq u í m i c oWeinbaum,uma alma irmã), foramcontemporâneos: Noelnasceu em 1910 e faleceude tuberculose em abril de1937, aos 26 anos.Weinbaum nasceu emKentucky, em 1902, emorreu de câncer emdezembro de 1935, aos 33anos de idade. Noel tornou-se popular no carnaval de1931, com o samba "Comque roupa ?", e, compôsmais de 100 músicas, antesde ser vencido pela doença.Weinbaum teve sua primeirahistória, "A Martian Odissey",publicada em julho de 1934na revista Wonder Stories, eteve apenas mais 18 mesespara se consolidar como umverdadeiro fenômeno daficção científica.

HOMENSEM ROUPAS

DEBORRACHA

O quehá de tãoextraordináriona obra deW e i n b a u mque a tornoudigna da

reverência de grandesautores do gênero, comoIsaac Asimov, John Varley eRobert Bloch (sem falar napopularidade que conheceu

ainda emvida) ?Certamente,não foip e l aastronomiadatada dosanos 1930,com umS i s t e m aS o l a rpu lu lan tede vida( inclusiveinteligente),ou peloe s t i l ol i t e r á r i o ,patrimônioc o m u md o sromances

baratos da época (e queteriam sua máximaexpressão nos livros de E.E. "Doc" Smith). O que há denovo e instigante nas obrasde Weinbaum, é a criaçãode ambientes e criaturasgenuinamente alienígenas.Alienígenas que não sãoapenas "homens em roupasde borracha", mas seresdistintos da Humanidade, eao mesmo tempo, com suaprópria lógica interna.

O Marte deWeinbaum é povoado porcriaturas de silício, plantasque andam, barris compatas e estranhospássaros, cujocomportamento éincompreensível para amente humana, embora

indubitavelmente deva teralgum sentido. A lembrançade seus extra-terrestres,fascinantes, “reais” eplausíveis, persistirá namemória dos leitores pormuito tempo, e, certamente,é a chave para entender osucesso que a obra deWeinbaum, apóssucessivas reedições, gozaainda nos dias de hoje.

O carro-chefe daprodução de Weinbaum éindubitavelmente "A MartianOdissey", onde sãonarradas as aventurasvividas pela primeiraexpedição terrestre emMarte. Os terrestresencontram uma infinidadede criaturas estranhas emaravilhosas, inclusiveTweel, um ser inteligente. Ahistória continua em "Valleyof Dreams", também de1934, onde é descobertocomo funcionam as bombasque impulsionam a águanos canais marcianos, obrados avançados ancestraisde Tweel.

Os heróis deWeinbaum circulamdesenvoltamente por luas eplanetas, travando contatocom as mais inacreditáveisformas de vida. Em "ParasitePlanet", de 1935, HamHammond é um comerciantede esporos xixtchil nosperigosos pântanos deVênus (os astrônomos daépoca acreditavam que oplaneta era um imensopantanal, assolado porchuvas que durariamséculos). Em "Mad Moon",publicado no mesmo ano,Grant Calthorpe ganha a vidacolhendo folhas de fevre emIo, lua de Júpiter, e lutandocontra a fauna local, onde sedestacam os slinkers(espécie de ratazanasinteligentes) e os misteriosos"pirados". Finalmente, em"Redemption Cairn",publicado postumamenteem 1936, uma expedição deresgate parte rumo à outra luade Júpiter, Europa. A visão deWeinbaum sobre esta lua ébastante diferente da que aciência atual nos oferece: ummundo sem atmosfera, que

Williamson e Weinbaum nacapa da edição de Novembrode 1939 da Startling Stories

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pode abrigar um oceanoglobal sob uma grossa capade gelo.

QUEBRANDO BARREIRAS

Weinbaum pode nãoter mudado a forma de seescrever ficção barata ("pulpfiction"), mas certamente foium personagem-chave naelaboração de novastramas, temas e direçõespara os escritores de ficçãocientífica que vieram emseguida. Muitas dashistórias que escreveudurante sua curta carreiraprofissional, só forampublicadas postumamente,menos pelo interesse dopúblico em conhecê-las, emais pela baixaremuneração paga pelasrevistas da época, quetrabalhavam com margensde lucro bem estreitas. Alémdisso, segundo afirmou oeditor/escritor H. L. Gold,havia realmente anti-semitismo entre os editoresnova-iorquinos, no períodoque precedeu a II GuerraMundial. Muitos escritoresjudeus foram obrigados autilizar pseudônimos, paraverem seus trabalhosimpressos. Gold credita àpopularidade de Weinbaum,que chegou a assinartrabalhos como John Jessele Marge Stanley, aderrubada destas barreiras(religiosas, não raciais) naseditoras de FC e fantasia.

Em 1993, Margaret H.Kay, viúva de Weinbaum, dooulivros e documentospertencentes ao autor, para aColeção Especial da Bibliotecada Universidade Temple. Em1994, a Coleção recebeu umfundo suplementar de US$10.000, para assegurar aconservação e microfilmagemdo material doado.

Em 1973, Stanley G.Weinbaum recebeu umaúltima e merecidahomenagem: ao lado de H.G. Wells e John W. Campbell,teve uma cratera em Martebatizada com o seu nome.Uma lembrança justa, paraum bamba da ficçãocientífica... ­

Não temerei o MalSeis anos após o fim

de uma sangrenta guerrainterplanetária de unificação(a fonte de inspiração deWhedon é, declaradamente,a Guerra Civil americana), atripulação da "Serenity",pequena nave da classeFirefly, atravessa o espaçorealizando trabalhos quevolta e meia resvalam pelaborda da legalidade. Àbordo, o ex-sargentoMalcolm “Mal” Reynolds eseu grupo de veteranos deguerra, gente como Jayne,Wash (o piloto), Zoë (mulherde Wash) e Kaylee (amecânica), que vivempraticamente da mão paraa boca, como ciganos.Tomamos conhecimentoque existem muitos outrosvivendo como eles, genteque escolheu o chinêscomo língua-franca e queluta pelo pão de cada dia,tentando não despertar aatenção dos federais - aAliança - para suaexistência. Além disso, nasprofundezas do espaço,criaturas de maldadeinenarrável, cuja simplesmenção faz tremer os maisvalentes, estão à espera dosincautos. O pior é que,cumprindo a promessa deWhedon, são criaturashumanas. Nada demonstros em fantasias deborracha.

O próprio nome"Serenity" ("Serenidade"),recorda a única paz queesses párias do espaçoconhecem: a paz doscemitérios. Serenity foi umadas piores batalhas daguerra vencida pela Aliança.Cerca de meio milhão desoldados tombaram, e, aoseu término, os rarossobreviventes (como Mal eZoë) tiveram de esperaruma semana inteira até asnaves de resgatechegarem. Uma semanainteira rodeados de corposmutilados por todos oslados, até o horizonte. Esequer sabemos se eles

estavam do lado vencedor.O mais provável, é que não.

FAROESTE NO FUTURO

"Firefly", segundoWhedon, "é um tipo defaroeste, no sentido de queeles viajam até as cidadesfronteiriças - esses planetasescassamente povoados -porque querem se manterlonge do grande governo, dogrande radar". E éjustamente numa dessasviagens, quando tentamesconder uma carga deouro da Aliança querecuperaram de uma navedestruída, que a "Serenity",para manter as aparênciase a respeitabilidade, recebeum grupo de passageiros.São Shephard Book (um tipode monge), Dobson (umsujeito dominado pelamulher), Simon (um yuppiearrogante), que carrega umPacote Misterioso (ou seriaum Caixão Misterioso ?) euma prostituta, a"Embaixatriz" Inara (nesteplaneta, todas as navestransportam pelo menosuma "acompanhante").

Durante a viagem,alguém à bordo tentacontatar a Aliança.Felizmente, Washconsegue embaralhar osinal, mas resta a dúvidasobre quem o teria emitido.Um forte candidato é Simon,flagrado no porão da navemexendo em seu PacoteMisterioso. Todavia, nestecaso, nem tudo é o queparece ser...

UM MUNDO CRUEL

O texto de "Firefly"surpreende pelo tomsombrio e pela relativa faltade humor que o permeia,embora seja entretenimentode primeira linha e contenhagenerosas doses deaventura. Do modo comoWhedon escreveu estepiloto, mesmo afamiliaridade com o gênero

ficção científica é usadointeligentemente parareverter as expectativas doleitor. Embora o humor nãoesteja ausente, ele éabsolutamente fiel aomundo a que pertence, eeste é um mundo violento ecruel.

O piloto está sendorodado em Los Angeles,durante os meses de Marçoe Abril, e no elenco estãoNathan Fillion (Mal), AlanTudyk (Wash), Sean Maher,Adam Baldwin (Jayne),Jewel Staite, Gina Torres,Ron Glass e Summer Glau.Além da exibição garantidados 13 episódioscontratados pela Fox emsua rede de TV, o Sci-FiChannel estaria tambémnegociando os direitos deretransmissão. A dataprovável de lançamento emterritório americano éSetembro deste ano.

QUEM É QUEM EM FIREFLY

MALCOLM “MAL”REYNOLDS (Nathan Fillion):inteligente, niilista enervoso. Lutou contra aunificação dos planetas - eperdeu.ZOË: serviu com Mal naguerra e agora tornou-secontrabandista, mercenáriae ladra. É séria, calma edeterminada. A atriz maiscotada para vivê-la é GinaTorres, de Cleopatra 2525.WASH (Alan Tudyk): o piloto.Um rapaz modesto, boa-praça e nada heróico. Porcontraste, é justamente omarido de Zoë.KAYLEE (Jewel Staite): emvez de um balofo sujo degraxa, uma garota bonita,sexy e divertida. E queentende como ninguém doseu ofício. Jewel viveu Tiara,na série de TV Querida,Encolhi as Crianças. ­

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Lamentações deJeremiah

Como se acha solitária aquela cidade dantes tão populosa !Tornou-se como viúva a que foi grande entre as nações; e

princesa entre as províncias tornou-se tributária !Lamentações de Jeremias, 1.1

Enquanto a luz verdenão brilha para o novorebento de Babylon 5, B5LR,J. Michael Straczynskipreenche seu tempo comocriador, produtor-executivo eroteirista de 2/3 dosepisódios da nova série deficção científica do canal àcabo Showtime: Jeremiah.Produzida pela JeremiahProductions Inc. emassociação com a Lion'sGate Television e PlatinumStudios, com distribuição àcargo da MGM WorldwideTelevision, a série seestenderá por 20 episódios,aí incluso o piloto "The LongRun", com duas horas deduração.

Jeremiah é baseadona série homônima dequadrinhos, editada peloPlatinum Studios e criadapelo autor belga HermanHuppan. Segundo ScottMitchell Rosenberg,representante da editora,"Jeremiah é a primeirarevista européia dequadrinhos a sertransformada numa sériecom atores na TVamericana". Como estatambém é a primeiraadaptação para a TV que oPlatinum fez, desde o bem-sucedido "MIB-Men In Black"(que faturou cerca de US$600 milhões desde suaestréia, e viabilizou MIB2, jáem fase de produção),Rosenberg está bastanteotimista quanto ao resultadofinal.

Jeremiah transcorrenum mundo futuro pós-apocalíptico, que, todavia,pode parecer muitas vezessituar-se no passado maisbárbaro e remoto. Ummundo sem governos,eletricidade, telefone oumoeda, onde bens ecomida só podem serobtidos por escambo - oupela violência pura esimples.

Quase uma décadae meia atrás (no que agoraé denominado "A GrandeMorte"), um super-vírusexterminou toda a populaçãoadulta do planeta,poupando apenas aqueles

que não haviam aindaatingido a puberdade.Agora, por volta dos 20anos, os sobreviventesmais velhos da pandemia,nos quais se incluem o"lobo solitário" Jeremiah, eo rústico e cínico Kurdy,lutam pela sobrevivência damelhor forma que podem.

Jeremiah está numabusca pessoal paralocalizar um lugarmisterioso chamado SetorValhalla, no qual, seu pai,antes de morrer, lhe disseque poderia estar aesperança para ossobreviventes. É então queseu caminho e o de Kurdy,se cruzam. Jeremiah iniciacom ele uma relutanteparceria, e ambos exploramnovas áreas e encontramoutros grupos de jovensadultos, divididos emgrupos sociais rivais. No

decurso da abertura datemporada, a busca pessoalde Jeremiah éredirecionada quando eledescobre um grupo desobreviventes altamenteorganizados, que queremrecrutá-lo para fazer a pazentre as facções em luta, epara tentar impedir o retornodo vírus mortal.

O papel-título estásendo vivido por Luke Perry(ex-Barrados no Baile) eKurdy é interpretado porMalcolm-Jamal Warner,mais conhecido por suaatuação no sitcom TheCosby Show. A série, filmadaem Vancouver, Canadá,estreou no último dia 3 deMarço, pelo Showtime,sendo que os episódiossubseqüentes serãoexibidos às quintas-feiras. Opiloto foi dirigido por RussellMulcahy. ­

Andromeda:Mudanças à

Vista

Divergências quantoà condução de uma série deTV já custaram a cabeça demuitos produtores oumesmo criadores. Um doscasos mais recentes foijustamente o de J. MichaelStraczynski em Crusade.Outro que seguiu o mesmocaminho (embora de modomenos traumático, éverdade), foi Robert HewittWolfe, o criador e principalroteirista de Andromeda.

Especificamente, oepisódio “Bunker Hill”,recentemente exibido na TVamericana, está sendoapontado como pivô dasaída de Wolfe. Nele, atripulação da AndromedaAscendant retorna pelaprimeira vez à Terra, sobdomínio Nietzscheano. Aprodutora, TribuneBroadcasting, considerou oepisódio “depressivo”, vistoque no fim, os bons nãovencem. Além disso, fazmuitas referências à históriapassada da série, o quepoderia intimidarespectadores ocasionais. E,mais importante, não erasuficientemente Sorbo-cêntrica , dando destaque aoutros personagens quenão o bravo Capitão DylanHunt. Naturalmente, adecisão da Tribune não sebaseou em um únicoepisódio, mas na estratégiade se utilizar uma série paracriar um arco fechado dehistórias inter-relacionadas,no estilo definido por JMSem Babylon 5. Parece havercada vez menos espaço naTV de hoje para este tipo deempreendimento de longocurso.

Wolfe deixou a sérieno episódio seguinte,“Ourobouros”, o último sobseu comando. A partir deagora, Andromeda passaráa ser uma série de FCrotineira, com episódiosestanques e sem“mitologia”. ­

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Uma nova Esperança ?A grande maioriados fãs irá concordar com ofato de que "A AmeaçaFantasma" prometeu maisdo que efetivamenteentregou. O trailer prometiagrandes coisas. O roteiroprometia grandes coisas. Oelenco estava bem acima damédia para uma produçãodo gênero. E, afinal decontas, era novamente StarWars na tela grande, sob abatuta de George Lucas.Mas, ninguém poderiaconceber a enxurrada dealienígenas bisonhos emcena (com destaquenegativo para Jar Jar Binks).Ou o fraco desempenho deJake Lloyd como o jovemAnakin. Ou a ausência de umcarismático "herói relutante"como Han Solo. Em suadefesa, George Lucaspoderia dizer que, tendo decriar o pano de fundo parasua saga, transformou oEpisódio 1 numa longaseqüência de encontros eapresentações...

Todavia, cá estamosnovamente na contagemregressiva para um novocapítulo de Star Wars (odébut do Episódio 2 estáprevisto para Maio próximo).Como em 1999, há umagrande expectativa sobre aresultante final do roteiro, co-escrito por Jonathan Hale, ealguns entusiastas jáafirmam que "Ataque dosClones" será o "ImpérioContra-Ataca" da novatrilogia. Indubitavelmente,"Império" continua sendo oepisódio favorito da maioriados fãs - apesar daimportância do Star Warsoriginal (o atual Episódio 4)- e ecos de sua tramareverberam ao longo de"Ataque". Aqui como lá,temos caçadores derecompensa (e - sim - aesperada origem de BobaFett !), perseguiçõesalucinantes em campos deasteróides, batalhas comblindados AT, armadilhas dolado negro da Força e umasub-trama romântica. Mas,diferentemente do "ImpérioContra-Ataca", onde aRebelião vitoriosa leva um

chute no traseiro e aprendedo pior modo possível queo Império continua vivo eforte, "Ataque dos Clones"mostra como a Repúblicafoi traída e o início de seudeclínio. Embora terminecom uma vitória para osheróis, trata-se de umavitória de Pirro. Os"derrotados" riem nassombras, enquanto osJedis, com raras exceções,comemoram. No papel,temos as respostas deGeorge Lucas para os fãsmais indignados. Vamos verse funciona na tela. Euquero acreditar.

"Ataque dos Clones"mostrará como AnakinSkywalker deixou-se vencerpelo lado negro da Força,após um incidente quetermina de modo trágico.Cego pela dor e pela raiva,ele não exita em se vingar,mesmo que à custa desangue inocente. Ali, nasmesmas areias de Tatooineque verão o surgimento deuma nova esperança, astrevas de Darth Vadercomeçam a encobrir a luz deAnakin Skywalker...

QUEM É QUEM NOEPISÓDIO 2

OBI-WAN KENOBI (EwanMcGregor): numa grandesacada de Lucas, faz umaponte entre Han Solo e oVelho Ben Kenobi doEpisódio 4. Ou seja:teremos cenas de ação,

momentos bem-humorados, e uma melhorcompreensão de como umguerreiro Jedi transformou-se num eremita no remotoplaneta Tatooine. Ponto paraMcGregor e o falecido AlecGuiness, que interpretouObi-Wan na velhice. Umadas cenas divertidas dofilme, em que Anakin põeKenobi de cabelos brancos,termina com uma fraseprofética do Mestre Jedi:"Anakin, você vai acabar mematando".ANAKIN SKYW ALKER(Hayden Christensen):especialmente designadopor Palpatine para serguarda-costas de Padmé.Incapaz de dominar seussentimentos, tornar-se-ápresa fácil para o LadoNegro da Força.SENADORA PADMÉAMIDALA (Natalie Portman):embora não seja mais aRainha de Naboo, continuacom a cabeça à prêmio. Vaiusar roupas menosprotocolares e terá umaatuação bem maisagressiva do que noprimeiro filme.CHANCELER SUPREMOPALPATINE (Ian McDiarmid):um ator extraordinário,saído diretamente dassombras de "O Retorno deJedi". O filme, todavia, nãoresponde a uma grandepergunta, surgida noEpisódio 1: Palpatine é ounão Darth Sidious ? Oterrível na natureza de

Palpatine, é que ele pareceperfeitamente inofensivo ebem-intencionado. Em umacena com Anakin Skywalker,ele coloca o braço sobre osombros do rapaz, e, demodo paternal, assegura:"Eu o vejo tornando-se omaior de todos eles". Saifora, coisa ruim !MACE WINDU (Samuel L.Jackson): Mestre Jediresponsável pelo trauma deinfância de Boba Fett. Essepapel foi um verdadeiropresente para Jackson, fãde carteirinha de S t a rWars.COUNT DOOKU/DARTHTYRANUS (ChristopherLee): um ator destamagnitude certamente nãopoderia desejar terminarsua carreira de mododiferente. Lee parece ter feitoum pacto com o Demo, poisapós roubar a cena comoSaruman em "O Senhor dosAnéis", personifica umpersonagem-chave noEpisódio 2, um dos "VintePerdidos" - referência aosúnicos Jedi queabandonaram a ordem aolongo de toda sua história.O novo Lorde Negro de Sithconfronta diretamente Obi-Wan e Anakin num duelo desabres de luz à moda antiga(ou seja, com muitaconversa pelo meio paradesviar a atenção doadversário e fazê-lo cometererros...).SENADOR BAIL ORGANA(Jimmy Smits): um homemem dúvida sobre a eficáciade um exército de clones.Smits é conhecido dopúblico brasileiro como odetetive Bobby Simone, dasérie Nova York Contra oCrime, e já ganhou umprêmio Emmy.JANGO FETT (TemueraMorrison): um assassinoprofissional, "pai" de BobaFett. Pedra permanente nosapato dos Jedi, pilota a"Slave 1", nave herdada porseu "filho".BOBA FETT (Daniel Logan):seu "pai", Jango, paga caropor seus crimes. Mas ojovem Boba irá querer vingá-lo no futuro... ­

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Media Break

OS REIS DOS ANÉIS: parecemaluquice, mas Joe Crowe,editor do sítio RevolutionNews, citando matériapublicada pelo diárioLondon Sun, afirma que osBeatles teriam manifestadointeresse não só em filmar,como em compor, uma trilhasonora para "O Senhor dosAnéis". A fonte consultada éDenis O'Dell, que nos anos1960 produziu o antológico"A Hard Day´s Night" com osQuatro Fantásticos.Segundo Dell, PaulMcCartney seria Frodo eJohn Lennon interpretariaGandalfo. Não se sabequais papéis teriam Georgee Ringo, mas Yoko Onocertamente seria Galadriel.Dell sustenta que a histórianão vingou pelo fato de que,no momento de suaelaboração, os rapazesestavam "mais altos queBuda". Mas, falando sério,parece que queriamcontratar Stanley Kubrick ouDavid Lean para a direção.Lean declinou, pois estavaocupado filmando "A Filhade Ryan". E Kubrick disseque os livros eraminfilmáveis...INDIANA JONES AORESGATE: o jornalista RogerFriedman, da Fox News,ouviu um sonoro "sim" daboca de Steven Spielberg,Kate Capshaw e HarrisonFord quando lhesperguntou, em Janeiroúltimo, se haveria um"Indiana Jones 4". O trio, quehavia acabado de participardas comemorações doGlobo de Ouro 2002 (ondeFord recebeu um prêmioespecial de reconhecimentopor sua carreira), estevejunto profissionalmentepela última vez, em "IndianaJones e o Templo daPerdição", onde Capshaw(atual Sra. Spielberg) atuouao lado de Ford. A nova

produção, que reunirá Forde Capshaw, deverá ser apróxima prioridade deSpielberg, tão logo esteencerre as filmagens de"Catch Me If You Can", comLeonardo DiCaprio e TomHanks ("Memoirs of aGeisha", baseado noromance de Arthur Golden,está definitivamente fora dosplanos de Spielberg).Segundo o diretor, ele játeria um título para IJ4, masnão estaria pronto paraanunciá-lo ainda. Quanto aFord, este afirmou que adificuldade de se fazer umanova aventura de IndianaJones sempre esteve ligadaa obtenção de um bomroteiro, e que agora,finalmente, eles o tinham.ALIEN 5 : consultadorecentemente pela colunistaCindy Pearlman sobre apossibilidade de assumir"Alien 5", Ridley Scott (quedirigiu o "Alien" original, em1979), respondeu: "Estouconsiderando issoseriamente. Penso queseria bastante divertido,mas a coisa maisimportante é contar a históriadireito." Sobre a perspectivade que Sigourney Weaver eseus aliens infestem a Terradesta vez, Scott não parecemuito animado, emboraafirme: "A Terra seriainteressante, e existemconversas sobre isso, maseu digo que deveríamosvoltar para onde as criaturasalienígenas foramencontradas pela primeiravez e explicar como foramcriadas. Ninguém jamaisexplicou o motivo. Eusempre imagino que umanave de combatetransportando organismosbio-mecânicos, quepoderiam ser armas, foienviada ao espaço com um'jóquei do espaço' que nãodurou muito."

GALACTICA PARAMENORES: as boas novas éque Battlestar Galactica vaivoltar à TV por obra do Sci-FiChannel. As más, é que istose dará no formato de umamini-série de quatro horasde duração. Não parecehaver mais qualquerintenção de voltar a produziruma série de longaduração, e Tom DeSanto,que até então estavavinculado ao projetoGalactica, não foiconsultado, nem tem nadaa ver com a produção doSci-Fi.NADA DE RANGERS : todosos fãs de Babylon 5 andamse perguntando em que pévai a situação de B5LR apósa exibição do tele-filme.Conforme visto acima, comtodos os anúncios que vemfazendo ultimamente sobremini-séries e filmes, o Sci-Fi Channel não parece estardando muita bola para oassunto. Conforme declarourecentemente o próprio JMS,“o Sci-Fi Channel indicouque está se afastando dosprogramas espaciais, comtodos os equipamentos/alienígenas que vem comeles. (De acordo com seusanúncios sobre programasvindouros.) Assim, pareceque Rangers não vai para afrente. Eles não disseramisso diretamente, mas asredes nunca o fazem.”ONDE NENHUM FÃ JAMAISESTEVE: no final de suaquarta temporada, Futuramafaz uma homenagem à StarTrek com o episódio “Whereno Fan Has Gone Before”.Nele, Fry, um Trekkie doséculo XX, fica chocado aodescobrir que todas ascópias de Star Trek, seusfilmes e todas astraquitanas associadas àsérie, foram enviadas paraOmega 3, apagando suamemória da mente humana.

Com a ajuda de Leela,Bender e da cabeça deLeonard Nimoy, ele viajapara o planeta, ondedescobrem o restante doelenco do programa (suascabeças, para ser maisexato), vivendo no meio dastralhas da série. O episódioserá dublado pelos própriosWilliam Shatner, LeonardNimoy, Walter Koenig,George Takei e NichelleNichols.O SENHOR DE MARTE :depois de muitos anos deboatos e especulações,parece que John Carter ofMars, o filho menosconhecido do pai de Tarzan,Edgar Rice Burroughs,conseguiu produtores àaltura. São,respectivamente, SeanDaniel e Jim Jacks,responsáveis por sucessoscomo “Tombstone” e “AMúmia”. A dupla não temsequer um roteiro pronto,mas os boateiros deplantão já indicavamDwayne Johnson (maisconhecido como “A Rocha”)para o papel-título, algo queDaniel negaveementemente. “Não voudizer que ele não está nalista para John Carter”,comentou, “mas realmente,como sempre, as primeirascoisas vem primeiro: umgrande roteiro baseado noprimeiro livro” (“Princess ofMars”, de 1917).FERENGIS À BORDO :Enterprise é uma série ondetudo será novo e diferentedas anteriores, certo ?Errado. Os roteiristas Mariae Andre Jacquemettonparecem ver uma graça queos telespectadores comunsnão vêem nos ferengis, edecidiram pô-los(literalmente) à bordo daEnterprise NX-01 noepisódio 19, “Acquisition”.Particularmente, prefiro Q. ­