26 de janeiro a 2 fevereiro de 2019 | Ano VII | N°287

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MandaguariDistribuição Gratuita Distribuição Gratuita Distribuição Gratuita

Mandaguariense é aprovado em Medicina na USP – pág. 8

Fim do transtorno?Sanepar conclui ampliação do sistema de abastecimento

de água em Mandaguari – PÁG. 8

Aluno nota 10

Um veículo por diaPM realizou 357 apreensões por infrações

de trânsito no ano passado e pretende manter atuação firme em 2019 – pág. 9

Reviravolta no caso WatanabeHomem se apresenta na DP de Marialva e confessa autoria do homicídio - pág. 6

Carreta do Senac vai promover capacitação gratuita para jandaienses nos próximos

dois meses – pág. 11

Jandaia do Sul

Espaço Aberto Memória em Imagem

Mandaguari

Tem alguma foto do passadointeressante que quer compartilharEnvie para jornalagora@portalagora.com

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OpInIãOJúlio César Raspinha

A equipe:Júlio César RaspinhaDiretor e Jornalista ResponsávelRosana OliveiraDepto. Financeiro

Rogério CurielDiagramação e Arte

Amanda BebianoRedaçãoRoberto JuniorRedaçãoLeandro Soares Fotografia

Sede:Avenida Amazonas, 1472 - Centro CEP: 86975-000 Mandaguari/PRAtendimento geral:(44) 3133-4000E-MAIL: jornalagora@portalagora.comImpressão:Grafinorte - ApucaranaTiragem:2.500 exemplares

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Farmácias de

plantãoMandaguari - (26/1 a 1/2)

Jandaia do Sul - (25/1 a 31/1)

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2 26 de janeiro a 2 de fevereiro de 2019 Ano VII | N°287editorial

Gilclér Reginaescritor e palestrante

profissional

Estudos apontam que so-mos a média das cinco pessoas com as quais mais convivemos de maneira cotidiana. A tese é defendida por muitos escritores especialistas no comportamen-to humano.

O núcleo familiar onde uma pessoa habita conta como “uma” das cinco pessoas dessa convivência. Os outros quatro, geralmente, são amigos, pessoas com a qual mais dialoga, ou até se espelha.

Isso explica um pouco como são os ciclos na vida das pessoas. Na infância convivem em famí-lia, por imposição, mas a partir da adolescência passam a ter autonomia na escolha de suas companhias, e isso faz toda a di-ferença em quem será no futuro.

Eu conversava com duas pessoas próximas essa semana e demos boas risadas ao imaginar a convivência de certos perso-nagens, locais e até internacio-nais.

Sem entrar no mérito ou ci-tar exemplos, fica evidente que o grupo da convivência pode alçar alguém na vida, seja intelectual ou financeiramente. Do mesmo modo, dependendo do grupo, a pessoa pode ser puxada para o precipício também.

Baseado nessas informa-ções, o negócio é evitar gente negativa, maldosa, invejosa, pessimista, vingativa, que não te acrescenta. Não se trata de jogo de interesse, mas de amor pró-

prio, de não se contaminar com esse tipo de funcionamento.

Melhor mesmo é se apro-ximar de quem poderá te ser útil com bons exemplos, com lições de superação, com bons negociadores (afinal isso aqui é capitalismo), e também de gente culta e equilibrada.

Se nada disso for possível, prefira andar sozinho. Nesse caso vale aquela máxima uni-versal: “Antes só, do que mal acompanhado”!

Motivação 100% - O DNA do Sucesso!O DNA do sucesso chama-

se comprometimento. O mundo de hoje é frio, calculista e as re-lações estão cada vez mais difí-ceis. Por insegurança ou mesmo conforto, as pessoas estão cada vez mais se distanciando. Os serviços “delivery” estão a todo vapor em farmácias, pizzarias, autopeças e outros...

Hoje, ao invés de lojas e sho-ppings, vemos uma verdadeira corrida ao ouro pelos correios, pacotes da china e de grandes redes mundiais de varejo.com. e desta forma caminhamos para a inteligência artificial com uma série de serviços humanos sen-do substituídos por robôs com a inteligência artificial embarcada.

As pessoas parecem ter se esquecido da magia que um sor-riso proporciona. Vendedores estão se esquecendo desta força milagrosa que só existe em pes-soas motivadas. Empresários e profissionais também. De vez em quando encontramos um profissional de serviço de saúde que atende o paciente e sequer o olha nos olhos. Este também será, neste caso, substituído por um robô num futuro nem tão

distante.Walt Disney costumava di-

zer: “Eu posso ensinar qualquer coisa a qualquer um, menos a sorrir”.

Faça você mesmo o seu ba-lanço motivacional. Veja como está o DNA de sua motivação, de seu comprometimento, de seu interesse pelas pessoas. Você é daqueles que fazem ou daqueles que reclamam? O que está atra-palhando é a meta ou a sua resis-tência em relação a ela?

A fama de “durão” não com-bina mais com sucesso. Em-presários, executivos, gestores, vendedores, educadores e todas as suas equipes sabem muito bem que hoje é preciso encantar pessoas, encantar clientes para manter o foco e fortalecer o ne-gócio.

Numa pesquisa sobre lide-rança onde se perguntava qual era o principal atributo que a pessoa gostaria de encontrar num líder, a resposta principal foi: que o líder fosse um grande ouvinte.

Penso que além de ser um bom ouvinte o líder deve es-tar sempre reformulando o seu

DNA de compromisso com a equipe, com o negócio e com os clientes com um foco 100% em resultados através das pessoas. Neste caso vai saber respeitar as individualidades e trabalhar o potencial de cada um em prol da equipe, do negócio.

O que define o resultado da partida, isto é, do jogo da vida, em qualquer profissão é relacio-namento. É aquilo que todos nós chamamos de networking. No meu livro A Essência dos Ven-cedores eu tenho colocado esta questão num foco mais abran-gente, ou seja, quando você con-segue conciliar conhecimento, atitude e relacionamentos. Aí sim, uma fórmula vitoriosa por-que o conhecimento destrói in-certezas, a atitude como a pala-vra mais importante do mundo e o mundo das relações onde tudo isso acontece.

Médicos e Psicólogos em seus consultórios, empresários em suas empresas, profissionais de todas as áreas quando conse-guem entender numa provoca-ção filosófica que diz que o ser humano não nasce pronto igual qualquer outro produto.

O ser humano não é igual um sapato, um carro, um fogão ou uma geladeira que nascem novos e vão se gastando, ao con-trário, nascem não prontos e vão se fazendo.

Qual a diferença entre o fracasso e o sucesso na vida das pessoas? Não há truque, nem va-rinha de condão ou poção mági-ca... O que existe é trabalho, for-ma de pensar e planejar. Quando o trabalho é um prazer à vida é uma alegria e quando o trabalho é um dever, a vida é uma escra-vidão. Vivemos num mundo de escolhas.

Uma boa alternativa e que se traduz num caminho de sucesso é esta: Pessoas 100% motivadas e comprometidas, de sorriso fácil e que se interessam verdadei-ramente pela vida das pessoas. Seja o presidente da empresa, seja aquele senhor humilde que cuida da portaria.

Finalizando, mais importan-te do que o tamanho que veste as suas roupas é o tamanho do sorriso que veste o seu rosto e a sua alma.

Pense nisso, um forte abraço e esteja com Deus!

A foto histórica desta edição é um registro da final do Campeonato da Associação de Funcionários Públi-cos Municipais, que ocorreu em 1991.O time, que foi vice-campeão da competição, era composto por: Antônio, Paulo Ruela, Luizão, Saint Claire, Vaca, Miguel Machadinho, Edson, Fernandi-nho, Carlos Gil, Toninho Eletricista e Sidney Guarda.Crédito da imagem: Sancler Lopes

“Sobre cortes de árvores, estão dei-xando a desejar. Faz mais de ano que eu pedi um corte na Rua Ana Antónia de Je-sus, 315, Mandaguari II, e até agora nada de cortar” – Márcia Alves de Lima, sobre a reportagem que esclarece a questão de poda de árvores no município, publicada na 286ª edição do Jornal Agora

“Com relação à limpeza de espaços privados, fica aqui meu protesto: os meus espaços eu mando limpar, capinar, deixo bem limpinho. Aí vem um "filho de Deus" jogar sujeira no terreno da gente: sofá ve-lho, TV, resto de obra, até aquele lixo do dia a dia que a prefeitura recolhe diaria-mente. Ou seja, não é só a prefeitura que tem que manter a cidade limpa, os muní-cipes também tem que fazer a sua parte” – Aline Robaina, também sobre a reporta-gem que esclarece a questão de poda de árvores no município, publicada na 286ª edição do Jornal Agora

- Farmácia Popular, na Avenida Getúlio Vargas, 887. Fone: (43) 3432-1191

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Opinião do Leitor

4 26 de janeiro a 2 de fevereiro de 2019 Ano VII | N°287curtas

Júlio César RaspinhaEmail: juliocesar@portalagora.comE agora?

Beto Se em setembro passado, Beto Richa (PSDB) encontrou uma brecha jurídica para sair da cadeia e terminar a campa-nha eleitoral, afetada em cheio por sua prisão, desta vez haverá mais dificuldades em deixar a prisão.

TestemunhasAdvogados ouvidos pela coluna acreditam que a comprovação de que houve coação de testemunhas torna muito difícil Richa deixar a prisão, mesmo porque a prisão foi preventiva.

Fim da linhaPolítico promissor, governador por duas vezes, nome muitas vezes cotado como possibilidade nacional do PSDB, Beto Richa vê sua carreira política terminar de maneira vexatória e humilhante.

2020Políticos regionais começam a peregrinar rumo a Curi-tiba de olho na sucessão municipal das prefeituras. O objetivo da maioria é tentar garantir o apoio do gover-nador, se sua popularidade estiver boa, é claro.

VotoAs décadas se passam e a história se repete. Muitos “lí-deres” fazem toda espécie de articulação e se esquecem do primordial. “Combinar com o eleitor”.

RejeiçãoEm muitas cidades, o ano anterior à eleição é, não só, para preparar o terreno para a disputa de 2020, mas também para entender a tendência e, mais do que isso, pesquisar quais nomes não passam na “garganta” do eleitor. Por sinal, pesquisa nesse momento só serve para medir rejeição, ou seja, quem não possui qualquer chance de vitória.

EventoO Rotary Mandaguari Família anunciou que a 8ª Festa da Leitoa Desossada está confirmada. O evento será em 28 de abril na Associação Cocari. A entidade está buscando parceiros para patrocinar o evento. À frente, o Presidente Márcio Cledson e o secretário Murilo Meleiro Sepúlvida.

BingoO Asilo São Vicente de Paulo de Mandaguari prepara show de prêmios para 23 de fevereiro. Será em formato “eletrônico” e cada cartela custa R$ 10,00. Os prêmios são bicicleta elétrica, smart tv, bicicleta, fogão e forno micro-ondas. Será no Salão da Paróquia Bom Pastor.

6 26 de janeiro a 2 de fevereiro de 2019 Ano VII | N°287cotidiano

Na quinta-feira (24), foi registrada uma fuga de detentos que estavam na carceragem anexa à 55ª Delegacia de Polícia Civil de Man-daguari. Informações levantadas pela reporta-gem do PortalAgora.com apontam que a fuga ocorreu durante a madrugada.

A reportagem apurou que, por volta de 7h, agentes carcerários foram levar o café e notaram um buraco na parte externa da carceragem. A Polícia Civil realizou contagem de detentos e descobriu que os fugitivos são Ismael Alvarenga dos Santos, Bruno de Oliveira Alves, Anderson Pavato de Ávila e Bruno Zana de Oliveira. Dos quatro detentos que ganharam liberdade força-da, apenas Bruno Zana de Oliveira é de Manda-guari, sendo que os outros três foram transferi-dos do Vale do Ivaí para a delegacia local.

De acordo com a polícia, os presos rasga-ram as próprias roupas para que conseguissem passar pelo buraco e em seguida fugiram. Ins-tantes depois eles teriam voltado para buscar outras roupas e saíram novamente.

Ainda na quinta-feira (24), Policiais Milita-res de Cambira recapturaram Bruno de Oliveira

Quatro detentos fogem da carceragem da delegacia de Mandaguari

Alves. Ele estava furtando um quiosque de lan-che no centro de Cambira. Polícias Civil e Mili-tar seguem em busca dos três presos que seguem foragidos.

Com capacidade para 24 detentos, a car-ceragem anexa à 55ª DP de Mandaguari abriga atualmente 80 presos. A superlotação é um pro-blema antigo na delegacia local.

Um homem compareceu à delegacia de Marialva na tarde de quarta-feira (23) para confessar ser autor dos disparos que matou Honório Watanabe. O crime foi registrado na sexta-feira (18), no Jardim Novo Horizonte. O suposto autor, que não teve o nome divulgado, compareceu ao local acompanhado de seu advogado, que afirmou que falará somente em juízo.

Em Marialva, homem confessa ter matado Honório Watanabe

Na última semana, a Polícia Ci-vil emitiu uma nota onde afirma que o crime foi solucionado quase completa-mente. No mesmo dia do crime, além da prisão das irmãs Andressa e Hellen Watanabe, sobrinhas da vítima, a Polí-cia Civil apreendeu um adolescente de 15 anos. Todos são suspeitos de envolvi-mento no caso.

O Ministério do Trabalho e Empre-go (MTE) divulgou mais uma edição do Cadastro Geral de Empregados e De-sempregados (Caged), levantamento que acompanha mensalmente a evolução do emprego formal no Brasil.

O relatório mais recente mostra que em 2018 Mandaguari registrou 3.731 contratações e 3.490 demissões, tendo resultado positivo de 241 novos postos formais de trabalho abertos. O melhor resultado do ano foi da indústria, que abriu 160 vagas formais.

Também houve números positivos

Mandaguari gerou 241 novos postos de trabalho em 2018

em setores como comércio, serviços, ex-trativismo mineral e construção civil. De acordo com o Caged, apenas a agrope-cuária teve retração, e fechou nove pos-tos formais de trabalho em 2018.

O levantamento também apresentou os números específicos de contratações e demissões relativos a dezembro. O últi-mo mês do ano passado em Mandaguari teve 231 admissões e 271 desligamentos, registrando assim saldo de 40 empregos a menos. Em dezembro houve mais de-missões do que contratações na indús-tria, agropecuária, comércio e serviços.

Redação Jornal AgoraAssesoria do Rotaract Mandaguari Família

726 de janeiro a 2 de fevereiro de 2019 Ano VII | N°287 especial

O Rotaract é um programa interna-cional que une jovens de ambos os sexos de 18 a 30 anos, que acreditam que podem ajudar a construir um futuro melhor. Eles organizam atividades que giram em torno da amizade e da prestação de serviços.

O nome Rotaract vem de ROTARY + ACTION e em todo o mundo, associados do Rotaract trabalham em projetos huma-nitários voluntariamente.

Alguns projetos realizados pelo Rotaract Mandaguari

Família no ano de 2018Português para Estrangeiros

Tendo em vista o grande número de Haitianos na cidade de Mandaguari bus-cando a inserção no mercado de trabalho e melhores condições de vida, o Rotaract viu a necessidade de ajuda-los a desenvol-ver a capacidade básica de conversação. O projeto “Português para Estrangeiros” consiste em iniciar a alfabetização dos es-trangeiros através de aulas de Português gratuitas. As aulas estão ocorrendo desde o mês de agosto/2018 às 14:00 no centro catequético da Igreja Bom Pastor e conta com a parceria de várias empresas como o Sicredi, Minorgan, Romagnole, Prorelax, além do apoio do Vice Prefeito Ari Stroher e da Paróquia Bom Pastor.

Cursinho Pré-VestibularO cursinho Pré-vestibular do Rotaract

Mandaguari foi uma iniciativa totalmente voluntária, que agrega pessoas e institui-ções movidas por um objetivo comum, transformar comunidades por meio da educação. O cursinho visou preparar os alunos para os vestibulares e ENEM, refor-

Conhecendo o Rotaractçando os conteúdos já aprendidos durante o ciclo escolar. O projeto ofertou aulas de Física, Química, Matemática, Gramática e Redação para cerca de 42 alunos das cida-des de Mandaguari, Apucarana e Cambira.

Essa iniciativa só foi possível devido aos parceiros Fundação Fafiman, aos alu-nos do curso de Licenciatura em Ciências Exatas da Universidade Federal do Para-ná- Campus Avançado de Jandaia do Sul e aos Professores Lazinho e Donha.

Projeto de RedaçãoO seguinte projeto, desenvolvido

pelo Rotaract Club de Mandaguari Famí-lia, teve como objetivo trabalhar o tema BULLYING nas escolas municipais de en-sino fundamental, nas turmas de 4° ano, foram alcançadas cerca de 270 crianças, na qual as melhores redações de cada sala receberão premiações, e a melhor redação geral irá receber uma bicicleta nova como premiação.

As escolas participantes desse projeto são: Yolanda Cercal da Silva, Francisco Ro-magnole Júnior, Walter Antunes Pereira, Dr. Ary da Cunha Pereira, Angelina Tei-xeira Pinheiro e Bom Pastor.

Curso Básico de ExcelHaja vista que o uso da ferramenta Excel

é indispensável em setores administrativos, o Rotaract Mandaguari Família ofereceu um curso básico de Excel gratuito para a popula-ção de Mandaguari. O objetivo do curso foi desenvolver formulas e a capacidade lógica do uso das ferramentas básicas disponíveis no Excel para desenvolvimento pessoal e profissional tendo em conta que o conheci-mento da ferramenta é indispensável para preenchimento de diversas vagas de empre-go. O Curso foi ofertado para 28 alunos e aconteceu de setembro a novembro nas de-pendências da FAFIMAN, tendo como ins-trutor Leonardo Brita Bornshlegell.

Rotaract Mandaguari Família desenvolveu diversos projetos em 2018

8 26 de janeiro a 2 de fevereiro de 2019 Ano VII | N°287sanepar

Demorou, mas acabou. A Sanepar anunciou na última semana a conclusão das obras de ampliação do sistema de abastecimento de água em Mandaguari. O trabalho durou aproximadamente um ano, período em que os mandaguarien-ses tiveram a paciência testada.

Em entrevista ao Jornal Agora, He-terley Ubaldo, gerente geral da Sanepar Noroeste, confirmou o fim das obras e disse que não estão previstas novas interrupções no fornecimento de água na cidade. “Fizemos a lavagem das re-des de distribuição de água em alguns bairros, e com isso está tudo pronto".

Obra foi complexa, avalia empresa

A ampliação do sistema de abasteci-mento de Mandaguari teve investimen-to de R$ 8,37 milhões, de acordo com a Sanepar. O empreendimento contem-plou a implantação de mais de 15 mil metros de tubulações em, praticamente,

Até que enfimSanepar anuncia conclusão das obras em Mandaguari. Expectativa da empresa é de que mudanças no sistema de abastecimento sejam suficientes para acompanhar o

crescimento populacional dos próximos 20 anosRoberto Junior

Jornal AgoraLeandro Soares

toda a cidade. Incluiu também a colo-cação em operação de mais um poço artesiano, interligado à estação de tra-tamento de água por meio de uma adu-tora com 670 metros de extensão.

Houve também a construção de um reservatório apoiado com capaci-dade para um milhão de litros de água, implantação de Estações Elevatórias de Água Tratada e implantação de válvu-las redutoras de pressão, além de obras elétricas. “Com essa obra, estamos pre-parando o sistema de abastecimento de Mandaguari para o crescimento popu-lacional dos próximos 20 anos. Com isso, a cidade não deve ter problemas de racionamento nas próximas déca-das. Foi uma obra muito complexa, e por isso demorou todo esse tempo”, de-clara Heterley.

ReclamaçõesO período em que as obras da Sa-

nepar foram realizadas foi marcado por uma série de transtornos. Entre as reclamações feitas por moradores esta-vam os frequentes cortes no abasteci-mento de água por conta das ativida-

des da empresa.Em novembro de 2018 a cidade

chegou a ficar cinco dias sem água por conta de problemas na distribuição fei-ta pela Sanepar. A situação rendeu até mesmo ação coletiva de consumidores exigindo ressarcimento por conta dos dias que ficaram sem água – crise seme-lhante ocorreu em 1991, quando uma represa nas proximidades da Granja Figueiredo, onde era jogada cama de frango para alimentar peixes, rompeu. A água contaminou a nascente do Ri-beirão Caitu, fazendo com que a capta-ção fosse interrompida por vários dias.

Outra reclamação recorrente era

de que a empresa contratada pela Sane-par para efetuar as obras abria buracos no asfalto em determinadas regiões e demorava para tapá-los.

EnqueteA reportagem fez uma enquete

com leitores do Jornal Agora e do Por-talAgora.com, e a pergunta foi “Para você, as obras da Sanepar trouxeram mais transtornos ou benefícios?”. Das 166 pessoas que participaram da en-quete, 110 (66%) avaliam que houve mais transtornos, enquanto 56 leitores e leitoras (34%) disseram que houve mais benefícios.

Como parte da ampliação do sistema de abastecimento, a Sanepar construiu um reservatório com capacidade para um milhão de litros de água

Mandaguariense aprovado em medicina na USP conta que abriu mão de vida social

para se dedicar aos estudos

O segredo está na dedicação

O curso mais concorrido da Fuvest 2018 é o de medicina da Universidade de São Paulo (USP). A relação de candi-datos por vaga chegou a 115,24 - foram pouco mais de 14 mil candidatos. Le-vando em conta estes números, muitos diriam que é questão de sorte conseguir uma vaga para o curso em uma das prin-cipais instituições de ensino superior da América Latina.

Entre os milhares de estudantes que participaram do Fuvest está o manda-guariense Augusto Villar de Almeida, 18 anos. Filho do médico cardiologista Marcos César de Almeida e da dentista Vilma Villar de Almeida, o jovem pas-sou em 27º lugar para cursar medicina na USP, e afirma que estar entre os pri-meiros é, definitivamente, uma questão de dedicação.

Durante entrevista concedida ao Jornal Agora, Augusto contou que foi no ensino fundamental que surgiu o dese-

jo de ser médico. “Foi quando eu decidi, e depois passei o ensino médio inteiro falando que medicina era o curso que escolhi. Praticamente não tive dúvida”, relata o jovem.

Dedicado aos estudos, Almeida con-ta que prestou seis vestibulares e fez dois anos de cursinho. “E foi com muito au-xílio dos professores, dos coordenadores do cursinho, que consegui alcançar o re-sultado que tive, tudo com muito estudo, excesso de dedicação e foco”, detalha.

Augusto conta que sua rotina na preparação para o vestibular foi pratica-mente estudo, e diz que não conseguiu conciliar vida social com o aprendizado. “Vou ser honesto. Tem gente que conse-gue sair e se divertir, mas eu não conse-gui. Estudei muito, e saí em São Paulo, nestes últimos dois anos, os quais tenho morado lá, apenas três vezes. Quando saía era para churrasco ou algo leve”.

Para Almeida, não existe segredo ou caminho fácil para ser aprovado no vestibular. A mãe dele, Vilma, estudava junto com o rapaz na maioria das vezes. Fato curioso que o calouro contou à re-

portagem foi que esta é a segunda vez que ele tenta ingressar em medicina na USP. “Da primeira vez que fiz a prova gabaritei biologia, física e química, mas não fui aprovado. Já neste ano não che-guei a gabaritar, porém diminuí muito o número de erros, que ficaram entre um e dois em cada matéria do vestibular”.

O próximo passo para Augusto é aguardar o início das aulas. Perguntado sobre qual especialidade da medicina ele deseja seguir, o jovem conta que ainda não decidiu. “Tem longos seis anos pela frente e muito conteúdo para aprender, então ainda há tempo para escolher”, fi-naliza.

Augusto Villar de Almeida ficou entre os trinta melhores em um dos vestibulares mais disputados do Brasil

Roberto JuniorJornal AgoraLeandro Soares

926 de janeiro a 2 de fevereiro de 2019 Ano VII | N°287 segurança pública

Criado em 2018, o Conseg Pioneiro tem como meta para este ano a instalação de câ-meras de segurança em pontos estratégicos de Mandaguari. A informação foi confirma-da pelo presidente do conselho de seguran-ça, Fernando Nanuncio, e pelo tenente João Marcos Dutra, comandante do pelotão local, em entrevista ao Jornal Agora.

“Nós temos um projeto para fazer o mapeamento do município com algumas câmeras, nas entradas principais e outros pontos estratégicos. É um projeto que bus-ca ajuda dos empresários mandaguarienses, e acreditamos na boa adesão da proposta, até mesmo por parte da sociedade em ge-ral. Mas devemos agradecer em especial aos empresários locais, pois eles tem sido muito solícitos conosco”, declara Nanuncio.

Para o presidente do conselho, a insta-lação do sistema de segurança tem objetivo de reforçar o trabalho preventivo e também investigativo. “Ninguém instala câmera para filmar ladrão, mas sim para evitar que o criminoso venha. Atualmente é um recur-so básico, por assim dizer. Além disso, que-

Conseg quer instalar câmeras em pontos estratégicos de Mandaguari

Roberto JuniorJornal Agora

Amanda Bebiano

Monitoramento aumenta sensação de segurança e auxilia investigação de crimes,

afirma presidente do conselhoro deixar claro que a câmera em local ade-quado pode trazer economia em trabalhos investigativos, na solução de crimes, pois o que está filmado está provado”, complemen-ta, e garante que as polícias Civil e Militar poderão acompanhar ao vivo as imagens do futuro sistema de monitoramento.

O advogado informa que em breve o Conseg Pioneiro vai divulgar o cronogra-ma de promoções planejadas para este ano, pois os eventos serão realizados com o ob-jetivo de arrecadar fundos para a instalação das câmeras de segurança.

“A nossa sensação de segurança au-mentou de um tempo pra cá. As pessoas veem mais policiais na rua. Não houve au-mento de efetivo policial, é simplesmente fruto de um trabalho diferenciado que vem sendo feito por todos os entes envolvidos na segurança pública”, conclui.

Apoio da comunidadeDurante a entrevista, o tenente João

Marcos Dutra frisou que, no combate ao crime, a participação popular é tão im-portante quanto as câmeras de segurança. “Infelizmente tivemos uma onda de furtos nos primeiros dias do ano, e a comunidade começou a denunciar quem comete esses crimes. Essa integração é essencial para a

recuperação de objetos levados e resolução dos casos”, aponta.

O tenente também destacou o empe-nho da Polícia Militar no auxílio a resolu-ção de crimes. Em uma ação desenvolvida no ano passado, a PM recuperou 17 bici-cletas furtadas e apreendeu dois adoles-centes envolvidos nos atos infracionais. “Contamos com a colaboração de todos para a realização de denúncias anônimas, que podem ser feitas através do 190”, diz.

Dutra também destaca a atuação em conjunto com a Polícia Civil para a eluci-dação de crimes. “Recentemente consegui-mos prender uma dupla de mulheres que traficavam drogas sintéticas. Elas atuavam em toda a região, não só em Mandaguari. Com a ação das duas forças policiais, tive-

mos êxito na ação”, conta.

Apreensão de um veículo por diaO tenente ainda aproveitou a entre-

vista para apresentar dados das ações de trânsito desenvolvidas pela PM. “Estamos fazendo levantamento de 2018, e apreen-demos 357 veículos no ano passado, ou seja, praticamente um veículo por dia apreendido em Mandaguari”.

“Isso nos mostra o quanto essas blitz são importantes na cidade. Vamos conti-nuar com as operações em 2019, não só no trânsito. Agradecemos o apoio do Conseg, do poder público e de todos que estão em-penhados em melhorar a segurança públi-ca. Esse trabalho integrado é muito impor-tante”, finaliza o tenente.

Tenente João Marcos Dutra e Fernando Nanuncio, presidente do Conseg, consideram importante a participação da população para melhorar a segurança pública

10 26 de janeiro a 2 de fevereiro de 2019 Ano VII | N°287artigo

A população idosa é conside-rada na atual realidade demográ-fica, uma porção cada vez mais significativa sobre a população. Segundo dados do IBGE (2010), no Brasil o grupo que teve o au-mento de forma mais acentuada, foi o das pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, partindo de 4,7% em 1960 para 10,8 % em 2010, e podendo chegar em 2050 com 18,5% da população.

Mas é preciso considerar que o envelhecimento populacional não se refere diretamente a in-divíduos ou geração, mas, sim, à mudança na longevidade etária da população, produzindo assim um aumento relativo em pessoas com idades bem superiores.

Partindo desse pressuposto precisamos caracterizar alguns conceitos sobre envelhecimento e longevidade.

• Assim,a“velhice”éumasituação vivida em parte uni-camente e diferencialmente, de acordo com o gênero, a classe social dos indivíduos, em grupos ou idades diferente. De forma que o gênero e a classe social são os responsáveis desenvolvimen-to e conformidade social. Nes-se sentido, eles são diretamente responsáveis pelas explicações da diferentes trajetórias de vida.

• Em contrapartida a lon-

Exercício e longevidade para idosos

gevidade refere-se ao número de anos vividos por um indivíduo ou ao número de anos que, em média, as pessoas de uma mesma gera-ção ou coorte viverão, levando em consideração a qualidade de vida.

Pensando nesse contexto e de-vido a necessidade, o Brasil pro-pôs uma política de saúde devi-damente relacionada à saúde do idoso, atuando diretamente na Atenção básica da saúde. Para o alcance desse propósito de Polí-tica Nacional de Saúde do Idoso, ficaram definidas como diretrizes essenciais a promoção do enve-lhecimento saudável, a manuten-ção da capacidade funcional, a as-sistência às necessidades de saúde do idoso, a reabilitação da capa-cidade funcional comprometida, a capacitação de recursos humanos especializados, o apoio ao desen-volvimento de cuidados informais e o apoio a estudos e pesquisas (BRASIL, 1999).

Assim o maior desafio na aten-ção à pessoa idosa, é conseguir que ela melhore sua qualidade de vida, independente das suas limi-tações, levando em consideração que quanto maior ela é inserida no contexto familiar e social, sua qualidade aumenta, mesmo viven-do em uma sociedade cultural que desvaloriza e limita o “VELHO” (BRASIL, 2006).

Essas mudanças fisiológicas e biológicas natural do processo de envelhecimento e do estilo de vida, podem trazer prejuízos e declínios à capacidade funcional do sujeito idoso. Considerando essas alte-rações, a perda da massa muscu-lar e, consequentemente, da força muscular é, pode ser considerada, como uma das principais respon-sáveis da deterioração na mobili-dade e na capacidade funcional do sujeito que está no processo de en-velhecimento.

Dessa forma existem capaci-dades físicas que devem ser tra-balhadas para atenuar ou mesmo retardar o declínio em função do processo de envelhecimento. Essas capacidades neuromotoras são:

• Equilíbrio;• Tempodereação;• Agilidade;• Coordenaçãomotora;• Resistênciamuscular;• Flexibilidade;Essas que são consideradas de

fundamental importância para a manutenção da atividade funcio-nal das pessoas idosas, e também estão relacionados à diminuição dos riscos de quedas, à manuten-ção e/ou melhora dos níveis fun-cionais, e à contribuição para a manutenção da autonomia desses indivíduos.

De um modo geral os bene-fícios do exercício físico, pode-

destacar como uma alternativa de grande importância na vida dos idosos, traduzindo na di-minuição de riscos de quedas e fraturas. Agindo assim, como importante fator de prevenção de problemas de saúde como hipertensão arterial, osteopo-rose, artrite e depressão.

É importante que o profis-sional de Educação Física traba-lhe especificamente a melhora das valências físicas voltada para as atividades diárias comuns e usuais ao idoso, levando em con-siderações as valências físicas que cada sujeito apresenta.

Em breve traremos algumas alternativa para que esse publico possa se ater e consequentemen-te melhorar sua qualidade de vida, porque um corpo em mo-vimento é um corpo com princí-pios de saúde.

Anderson Rodrigues Brito é personal trainer

1126 de janeiro a 2 de fevereiro de 2019 Ano VII | N°287 região

Jandaia do Sul firmou uma par-ceria com a Carreta Escola do Se-nac, para que os munícipes possam ter acesso a diversos cursos. A car-reta está estacionada na Praça do Café, onde deve permanecer nos próximos dois meses.

Serão oferecidos inicialmente e de forma gratuita os cursos de Téc-nicas de Serviços em Supermerca-dos e Informática Básica com inter-net e mídias sociais. O início dos

Jandaia recebe Carreta Escola do Senac

Redação Jornal AgoraAssessoria prefeitura jandaia do Sul

Redação Jornal AgoraAssessoria prefeitura jandaia do Sul

cursos está previsto para a próxima terça-feira (29/1).

Em breve também serão oferta-dos os cursos Empreender com as redes sociais; Relacionamento in-terpessoal e administração de con-flitos; e Introdução à grafologia eComunicação para vendedores. As datas de inscrição para os novos cursos serão divulgadas nas próxi-mas semanas.

Mais informações podem ser obtidas junto ao Departamento de Assistência Social, ou pelo telefone (43) 3432-1212.

O prefeito de Jandaia do Sul, Ditão Pu-pio, visitou na semana passada duas obras que estão em andamento no município. O primei-ro local vistoriado foi o Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Doce Lar, onde es-tão sendo realizadas reformas e reparos.

Nas instalações do CMEI estão em an-damento troca de piso em algumas salas de aula, reforma e readequação dos banheiros, entre outros. “O objetivo é acabar essas me-lhorias em tempo hábil para o retorno das aulas, em fevereiro. Tudo tem que estar pron-to para receber os alunos”, destaca Ditão, que estava acompanhado de Clovis Biasotto, che-fe de gabinete, durante a visita. Atualmente, o CMEI Doce Lar tem capacidade para aten-der 165 alunos em nove turmas.

Meu CampinhoO prefeito de Jandaia também vistoriou

o início das obras do projeto “Meu Campi-nho”, no Conjunto Habitacional Guadalajara. O projeto deve beneficiar a comunidade do Guadalajara e bairros próximos.

“Com esta obra, pretendemos melhorar a qualidade de vida através de novas opções de

Ditão vistoria obras de CMEI e projeto Meu Campinho

lazer e da prática esportiva”, afirma Ditão Pu-pio. O “Meu Campinho” foi viabilizado atra-vés de parceria entre o Governo do Paraná e a Prefeitura de Jandaia do Sul. A obra está orça-da em R$ 413.500,37, e o projeto inclui campo de futebol suíço, além de outras instalações.

Com execução de aproximadamente quatro meses, o programa “Meu Campinho visa incentivar a pratica esportiva de jovens e adolescentes, incentivando-os a prática de vida saudável, tendo também como objetivo, inclusive, de afastá-los das drogas e da ocio-sidade.

1326 de janeiro a 2 de fevereiro de 2019 Ano VII | N°287 colunista

Ângelo Catarim e Amanda Pereira marcando presença na coluna Também no giro da semana temos Camila Azevedo e João Paulo Marcomini

Carolina Leticia Zamboto e Pedro Bulgarão no primeiro giro deste ano Caroline Leandro e Carlos Humberto Leandro aproveitando

a noite jandaiense

Destaque para Celizangela Araujo e Renata Campos Click especial com Eloisa Pontara e Flávia Pontara

Fabio Campaner e Tatiana Campaner na coluna da semana Click em família com Fernanda Pupio, Bento Pupio Simões e Vitor Simões

14 26 de janeiro a 2 de fevereiro de 2019 Ano VII | N°287crônica

Começo de ano. Planos e pro-messas. Tio Zózimo havia garantido a si mesmo, comprar umas calças LEE, muito raras , só acessíveis aos rapazes cabeludos e descolados, que desfilavam, impetuosos, entre os pontos chiques da cidade.

Era um janeiro perfeito. O chi-cote do sol na pele. O reflexo áspe-ro da placa da loja obrigando Tio Zózimo a pisca-piscar, mordendo a língua, enquanto girava o volante da Kombi amarela para entrar na Aveni-da Paraná.

Foi mesmo aí, nesta curva, que ele avistou pelo retrovisor, vindo da Rodoviária, Leovegildo, o primeiro a se aventurar a buscar calças LEE no Paraguai. Para revender. Mala cheia de encomendas. Pesadas. Um S an-dando. Era a crista da onda. A brasa, mora.

Há tempos, vinha juntando dinheiro para adquirir a sua. Com Etiqueta de um palmo gravada LEE. Ficar parecendo os playboys da cida-de. Parados nas portas da Vasp, Bar Guairacá. O Canecão. Em grupos. Lambretas e Misturas Finas.

Ansioso para falar com Leove-gildo, freou tão rapidamente a Kom-bi que fechou e assustou o motorista do trator Deutz, verde, da prefeitura, que puxava a carreta de recolher lixo da cidade. Quase foi um esparramo. Ia dando briga. A sorte foi que Seo Luizinho Sem-Braço chegou na hora e acalmou os valentões.

Tio Zózimo conseguiu se recu-perar do susto, mas já ia perdendo de vista a possibilidade de comprar as calças que seriam seu passaporte para se mitidar na praça, no cinema,

Tio Zózimo: Planos e apelidosnas quermesses.

Gritou, então, o mais alto que pode. Leovegildo nem ligou. Tio Zózimo sentiu que estava montando num porco, pisando na bola, escor-regando no quiabo. Todo mundo vendo sua gritaria e o outro seguindo como se nada acontecesse. De ver-gonha, buscava um buraco para se esconder.

Quem o salvou desta vez, do vexame, foi Billy. Explicando. Leo-vegildo tomou uma decisão. Só aten-de, agora, pelo apelido. Picolé. Nem adianta chamá-lo mais pelo nome.

Enfim, as sonhadas calcas LEE chegaram. Tio Zózimo resolveu es-treá-las, logo. Subindo a Avenida para o passeio da Fonte Luminosa. Em frente ao cinema. Madri Lan-ches. Tip-Top. Estava na cara que iria igualar-se aos bam-bam-bans que circulavam de Lambreta e Gordini do ano.

No meio do caminho algo co-meçou a incomodar. Parecia. Aque-las calças não eram ele. Seriam elas que iriam levá-lo ao reconhecimento social? As pessoas olhavam estranho. Será? Pior do que vestir uma roupa rasgada ou de uma perna mais curta que a outra. Sentia-se se diminuir e as calças crescerem. Sem alma. Ven-dido. Ridículo.

Precisava se reencontrar. Re-conquistar sua personalidade. As calças estavam arrastando-o para um desespero cinzento.

Voltou correndo para casa. Tro-cou-se. Vestiu umas calças antigas. Feitas pela costureira da rua. Dona Hilda. Voltou a ser Tio Zózimo de novo. Ai, sim, sentiu-se digno de

conversar, olhar e ser olhado. Gosto bom de ser gente.

A viola em cacosTio Zózimo sentiu. A viola em

cacos. Nunca que tinha visto uma moça mocinha assim. De jeito. Maneira. Ela falava bobices. Mis-turava com filosofias profundas. Estudada. Diferenciada no jeito de abrir as conversas e fechar as con-clusões. De desmanchar os cadea-dos das janelas dos mistérios do mundo.

Pro senhor por sentido. O passatempo que mais passava o tempo dela nas férias era conhe-cer as abelhas que circulavam nas hortas, pomares e jardins. Ervas doces, manjericões, avencas.

Ela catalogava sem bulir com as asinhas de nenhuminha delas. Só na contemplação. Depois vinha com uma conversa de liberdade, es-peranças, depois retornava `as abo-brinhas, aos pezinhos de alface, de meia volta, retomava os temas abs-tratos. Ia e vinha. Indo e vindo. Da romã a Platão, como se fosse daqui prali buscar água clara na mina.

Sem o drama é que a gente não consegue viver. Pois, foi. De tanto observar ela, a moça, Tio Zózimo garrou de sonhar platonices em níveis sentimentais. Suspiros ao luar direcionados a ela. Seria ele adequado aos mundos etéreos que ela construía nas asas das abelhas e nas páginas bordadas de filosofias rimadas e ficcionadas? Era o dra-ma para Tio Zózimo encenar na dureza do palco da vida real.

E o etc foi que ao drama não bastou morar na cabeça de Tio Zózimo. Cresceu. Assombrou. So-

bremaneira, quando descobriu por pirlimpsiquices que ela, a moça , era irmã, não só irmã, mas a caçula mais nova de seu amigo, o um um.

Perigando entornar o caldo do melado, Tio Zózimo chegou a conclusão. Não bastavam na vida as pétalas, o pólen e as patinhas cheias de cera colhidas na flor. Tinha de existir também o amargo escondi-do nas letras de músicas, nas rimas dos poemas difíceis, nas cenas dos contos atravessados de tão russos.

Tio Zózimo, no dramático da situação, caiu fora de si viajan-do, por dias, em canções, trovas e poemas, descobrindo mensagens escondidas. Répteis sub-reptícios. É preciso sofrer para saber inter-pretar a poesia das horas?

Foi assim que aprendeu a en-golir o seco, o doce e o amargo. Re-colher a linha sem o cerol das por-tas dos vagões da vida. Locomotiva sensitiva a berrar nas curvas dos cafezais. Que tudo só fica claro é quando as asas do sentimento se misturam ao meio de semana co-lorido por abobrinhas e cozido por aristotelismos. Desta forma, extra-ditou o amor, num AI-5 sentimen-tal. Torturar-se não queria mais.

Enfim, o adeus foi só uma mãozinha acenando no para-brisa do vento para algo que só existiu, de verdade, no capítulo das inven-cionices ou nas cenas mal decora-das de uma novela. Assim se con-vencionou. No mais, fechou-se o palco. Tio Zózimo, sentido, guar-dou a figura da moça nas coxias do ventrículo esquerdo. Ficando todos felizes para sempre. Menos o vendedor de ingressos que sempre torcia para uma tragédia no final.

Jorge Ben de 1969, é o sexto ál-bum do cantor, marca sua volta a uma grande gravadora, a Philips, atual Universal Music. É o primeiro álbum no qual o cantor e composi-tor é acompanhado pelo Trio Moco-tó e em 2016 este álbum é relançado pela Polysom no formato LP.

Jorge Ben era naturalmente tro-picalista, o bom gosto convencional não fazia parte de seu cardápio esté-tico desde o primeiro disco. Passou pela bossa nova sem ser bossa-no-vista, foi enquadrado no sambalan-ço, e caiu na Jovem Guarda, onde estavam seus verdadeiros amigos da Tijuca.

Aclamado pelos tropicalistas, Jorge Ben ganhou apoio do O Pas-quim, o órgão mais inf luente da im-prensa na época, que o desdenhava até que ele passou a frequentar as páginas do poderoso semanário, Jorge Ben virou queridinho de O Pasquim.

Jorge Ben, 1969

O álbum tocou praticamente to-das as faixas no rádio, e pelo me-nos a metade recebeu versões igual-mente bem-sucedidas: Charles Anjo 45 foi gravada por Caetano Veloso, Pais Tropical, e Que pena, foram sucesso, ao mesmo tempo, com Gal Costa e Wilson Simonal, Cadê Te-reza? estourou com os Originais do Samba. Um disco obrigatório em qualquer eventual lista de melhores de todos os tempos da MPB.

Acompanhe o “Show da Manhã”, da Agora FM (91,3), das 6h às 9h, de segunda a sábado. Fique bem informado e concorra a muitos prêmios. Pela internet, ouça pelo Portal Agora.com ou ainda pelo

aplicativo da rádio – disponível para Android e IOS.

1. Maiara e Maraísa - Não abro mão2. Matheus e Kauan - Cerveja, sal e limão3. Felipe Araújo - Aerocorpo4. Zé Neto e Cristiano - Estado decadente5. Bruno e Barreto - Amor de cana

O presidente da Sicredi Agroempre-sarial PR/SP, Agnaldo Esteves, esteve no estúdio da Agora FM. Na oportunidade, Agnaldo fez um balanço de como foi o ano de 2018 para o Sicredi Agroempre-sarial PR/SP. A empresa registrou um crescimento de 30% em 2018.

Registro da visita de Henrique, das Lojas CEM, às instalações da Agora FM. Em entrevista a Fernando Ribeiro e Leandro Soares, ele falou sobre as pro-moções da loja.

As mais tocadas

Click do Jhones Proenci

1526 de janeiro a 2 de fevereiro de 2019 Ano VII | N°287 social

Neste mês, o casal Marco Alípio e

Cristiana completam dois

anos juntos. A comemoração foi na praia de

Santos, onde foram conhecer a Vila

Belmiro.

A advogada Nádia Brencis completou idade nova no dia 25. Parabéns!

A vereadora Clarice Ignácio Pessoa Pereira fez aniversário na última terça (22). A festa foi em Buenos Aires, para onde ela viajou com amigos e familiares.

Parabéns para Stefani e Rafael, que neste sábado completam sete meses

de casados!

Destaque para a linda Flavia Alessandra Hernandez Herce, que está de idade nova. Ela recebe os parabéns de amigos, familiares e do namorado, Saimon.

E na coluna desta semana, o príncipe Davi Henrique aparece juntinho com a

mamãe, Rith Gonçalves. Fofos!

Toda a beleza da princesa Gi Santos, abrilhantando nossa coluna.

Tassiana e Fábio se casaram no

último sábado (19). Felicidades ao

casal!

Lindo registro de Junior, Isabela e Mariah no

aniversário de três anos do caçula, Théo.