filosofia_carlmarx

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A ALIENAO NO TRABALHO EM KARL MARX

(...) Karl Marx v na propriedade privada dos bens e meios de produo a fonte dos males que assolam a vida social. Dela emana a alienao do trabalhador. O trabalhador alienado aquele que no se reconhece no produto de seu trabalho e no detm sua posse. obrigado a vender ao dono do capital seu tempo, sua fora fsica, inteligncia, criatividade, energia vital, seu ser. Pouco lhe sobra de tempo de afetividade, de energia para desfrutar junto famlia, para ir ao teatro, ouvir msica, conversar com os amigos, para se interessar e empenhar em questes sociais. A exausto por ter sido exaurido pela atividade produtiva, seu modo de vida. Como foi obrigado a se vender para poder continuar vivendo, o trabalhado no mais se pertence, mas passa a pertencer a outrem, quele que por ele paga. Alienado do produto de seu trabalho assim alienado de seu ser vital. reduzido condio infeliz de ser mercadoria viva pois que forado a estar sempre procura de quem lhe queira comprar. Caso no encontre comprador, ou empregador, est fadado morte, posto que sem salrio no tem outra alternativa para custear sua sobrevivncia. Sobreviver custa caro. A competio instaurada pela necessidade de busca de emprego afasta e aliena o trabalhador de outros trabalhadores, tambm eles mercadorias vivas em busca de compradores, destruindo assim as antigas solidariedades. (...) Este mundo que tudo perverte em mercadoria o mundo onde a morte reina. (...).

NO SOMOS MAIS OS MESMOS DEPOIS DA INTERNET

(texto de Luciano Sathler)

A internet no o futuro. apenas o princpio, o incio de uma profunda mudana na forma como as pessoas se relacionam entre si e com o restante do mundo. Essa mudana aparece muitas vezes em forma de conflitos que se estabelecem entre geraes. Os adultos, que no tiveram essa realidade digitalizada desde a infncia, muitas vezes se sentem deslocados em relao aos jovens internautas e suas novas formas em se comunicar.

Esta juventude digitalizada transforma informaes em cdigos, fceis de serem criados, copiados e distribudos por quem entende um pouco da tcnica. Sendo assim, entre esses, essas informaes so facilmente manipuladas e entendidas. Por outro lado, as escolas, igrejas e famlias esto em crise por no saberem como se comunicar com esses da forma mais adequada. Simplesmente no funciona mais o modelo tradicional, de transmisso sem interao, de pessoas que se consideram donas da verdade e avessas ao dilogo.

A internet responsvel, em grande parte, pela mudana que hoje vemos em nossa sociedade. Ela afeta: o jeito de se fazer amizades, abre caminhos a quem pode estar a milhares de quilmetros, mas que partilha os mesmos sentimentos e ideais; Pode influir no comportamento, pois leva os navegantes a culturas e subculturas de todos os tipos, antes desconhecidas; Muda a forma de relacionamento tanto com o trabalho, a escola, a comunidade, quanto com a famlia.

Negar ou criticar a internet e seus navegadores uma atitude cmoda para alguns que no compreendem a dimenso do que acontece. Mas tambm h riscos. Essa gerao tende superficialidade. Como o volume de informaes que recebe imenso, muitas vezes a pessoa resume o conhecimento sobre o assunto aos ttulos e s fotos, sem se aprofundar sobre fatos fora de seu mundinho. Um problema que isso traz a quantidade de pessoas que sabem dar notcias sobre tudo, mas no entendem o suficiente sobre nada. Na capital paulista e em outras cidades, quem usa a expresso tipo assim a cada duas frases que fala: ah, sabe, tipo assim... Como no domina o conceito, parte logo para o exemplo, at pela falta do domnio do vocabulrio. Superficialidade significa falta de reflexo, o que pode levar passividade; achar que tudo tipo assim, assim mesmo, que no h como mudar.

Texto de Afonso M. Soares/Maria ngela Vilhena, comentando a alienao em Karl Marx.