filosofia séc xx

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Filosofia A filosofia do século XX Prof. Guilherme Gomide von Atzingen Pinto sábado, 27 de julho de 13

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Slides de introdução ao estudo da filosofia do século XX para E.M. Textos em sua maioria extraídos da internet.

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Page 1: Filosofia séc xx

FilosofiaA filosofia do século XX

Prof. Guilherme Gomide von Atzingen Pinto

sábado, 27 de julho de 13

Page 2: Filosofia séc xx

O século XX

sábado, 27 de julho de 13

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n A filosofia segue seu tempo, e as mudanças do séc. XX marcaram este campo de saber.

n Houve uma ramificação das ciências humanas, a sociologia e a psicologia, por exemplo, ganharam espaço debatendo o que eram antes temas filosóficos.

n Chegou-se a discutir calorosamente a morte da filosofia como ciência e campo de saber (Circulo de Viena).

n O século XX também trouxe uma visão de ciência bastante diferente da até então adotada após o iluminismo.

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n Fatores como a Primeira Guerra Mundial fizeram surgir nos pensadores uma descrença quanto a possibilidade da ciência emancipar o homem de suas mazelas existenciais.

n A construção do mundo moderno trouxe uma filosofia voltada para o indivíduo e suas questões existenciais cotidianas.

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Edmund Husserln Em 1913, publicou a obra “Ideias por uma

Fenomenologia Pura e uma Filosofia Fenomenológica” . O ideal da filosofia “husserliana” se expressa através da determinação em atribuir peso científico à filosofia com o intuito de atingir outras ciências, partindo de uma base sólida de pensamento e uma fundamentação rigorosa.

n Dentro da “Fenomenologia”, defendia que “Fenômeno” era consciência momentânea de vivências, apresentando intenção como estrutura e consciência de algo.

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n Husserl apresenta a sua fenomenologia como um método de investigação que tem o propósito de apreender o fenômeno , isto é, a aparição das coisas à consciência, de uma maneira rigorosa. “Como um método de pesquisa, a fenomenologia é uma forma radical de pensar” (MARTINS, 2006, p. 18). Como as coisas do mundo se apresentam à consciência, o filósofo alemão pretende perscrutar essa aparição no sentido de captar a sua essência (aquilo que o objeto é em si mesmo), isto é, “ir ao encontro das coisas em si mesmas” (HUSSERL, 2008, p. 17).

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n “enquanto a ciência positivista restringe seu campo de análise ao experimental, a fenomenologia abre-se a regiões veladas para esse método, buscando uma análise compreensiva e não explicativa dos fenômenos”

n Em contrapartida, o pensador alemão propõe a “análise compreensiva” da consciência, uma vez que todas as vivências (Erlebnis) do mundo se dão na e pela consciência . Daí a tão célebre definição husserliana de consciência: “toda consciência é consciência de algo

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Wittgensteinn O filósofo Ludwig Wittgenstein (1889-1951) é conhecido por ter

desenvolvido duas filosofias bem distintas em sua vida, uma exposta na obra Tratactus Lógico-Philosophicus, de 1921, e outra em Investigações filosóficas, publicado postumamente, em 1953.

n Os dois livros são representativos no pensamento de Wittgenstein por exporem duas teorias da linguagem bem diferentes. A primeira, de que a linguagem figura o real, influenciou os positivistas lógicos do Círculo de Viena, enquanto a segunda, de que a linguagem expressa o real em suas funções práticas, contribuiu para mudar os rumos da filosofia analítica, na Escola de Oxford.

n Uma maneira interessante de verificar essa distinção é analisando o chamado "argumento da linguagem privada", que Wittgenstein, apesar de nunca tê-lo chamado com esse nome, trabalha em Investigações filosóficas.

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“A solução do problema da vida é

vista no desaparecimento do

problema”

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O Tractatusn as investigações sobre o sentido do mundo como totalidade não é

assunto para o filósofo, mas para o místico: "O sentimento do mundo como totalidade limitada é o sentimento místico". A filosofia não tem nada a dizer sobre a forma lógica, já que a forma lógica é a condição de possibilidade de toda e qualquer figuração e não pode, ela mesma, ser afigurada. A forma lógica não se explica, se mostra, e "o que pode ser mostrado não pode ser dito".

n Ao invés de especular sobre a totalidade do mundo e da linguagem, a filosofia deveria ocupar-se de uma função mais modesta: a de esclarecer a linguagem e ajudar a formular proposições claras. Nas palavras de Wittgenstein: "O fim da filosofia é o esclarecimento lógico dos pensamentos. (...) Cumpre à filosofia tornar claros e delimitar precisamente os pensamentos, antes como que turvos e indistintos".

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Karl Poppern Popper defendeu que, se a ciência se baseia na observação e teorização,

só se podem tirar conclusões sobre o que foi observado, nunca sobre o que não foi. O filósofo evidencia também a atual crise de paradigmas.

n Assim, se um cientista observa milhares de cisnes, em muitos lugares diferentes e verifica que todos os cisnes observados são brancos, isto não lhe permite afirmar cientificamente que todos os cisnes são brancos, pois, não importa quantos cisnes brancos tenham sido observados, basta o surgimento de um único cisne negro para derrubar a afirmação de que eles não existiriam.

n Assim, qualquer afirmação científica baseada em observação jamais poderá ser considerada uma verdade absoluta ou definitiva.

n Uma teoria científica, no máximo, pode ser considerada válida até quando provada falsa por outras observações, testes e teorias, mais abrangentes ou exatos que a original.

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n A possibilidade de uma teoria ser refutada constituía para o filósofo a própria essência da natureza científica. Assim, uma teoria só pode ser considerada científica quando é falseável, ou seja, quando é possível prová-la falsa. Esse conceito ficou conhecido como falseabilidade ou refutabilidade.

n Segundo Popper, o que não é falseável ou refutável não pode ser considerado científico. As teorias da gravitação universal de sir Isaac Newton são científicas, por que além de se enquadrarem na definição ao propor equações simples que descrevem os modelos cósmicos gravitacionais, também é possível se fazer previsões acertadas com base nelas.

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Sartren “Não somos aquilo que

fizeram de nós, mas o que fazemos com o que fizeram de nós”, ou ainda;

n "O importante não é o que fazemos de nós, mas o que nós fazemos daquilo que fazem de nós."

n JEAN PAUL SARTRE (1905-1980).

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n Para o pensamento de Sartre Deus não existe, portanto o homem nasce despido de tudo, qual seja um ser que existe antes de poder ser definido por qualquer conceito, e que este ser é o homem, o que significa que o homem primeiramente existe, se descobre, surge no mundo; e que só depois se define. Assim, não há natureza humana, visto que não há Deus para concebê-la, a única natureza pré-existente é a biológica, ou seja; a sobrevivência, o resto se adquire de tal forma que não vem do sujeito é ensinado a ele pelo mundo exterior.

n Se Deus não existe não encontramos, já prontos, valores ou ordens que possam legitimar a nossa conduta. Assim não teremos justificativa para nosso comportamento. Estamos sós, sem desculpas.

n É o que posso expressar dizendo que o homem está condenado a ser livre (pensamento desenvolvido em o ser e o nada). Condenado, porque não se criou a si mesmo, mas por estar livre no mundo estamos condenados a ser livres, mas se verdadeiramente a existência precede a essência, o homem é responsável por aquilo que é

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Lévi-Straussn De início, cursou leis e filosofia, mas descobriu na

etnologia sua verdadeira paixão. No Brasil, lecionou sociologia na recém-fundada Universidade de São Paulo, de 1935 a 1939, e fez várias expedições ao Brasil central. É o registro dessas viagens, publicado no livro "Tristes Trópicos" (1955) que lhe trará a fama. Nessa obra ele conta como sua vocação de antropólogo nasceu durante as viagens ao interior do Brasil.

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n O estudioso jamais aceitou a visão histórica da civilização ocidental como privilegiada e única. Sempre enfatizou que a mente selvagem é igual à civilizada. Sua crença de que as características humanas são as mesmas em toda parte surgiu nas incontáveis viagens que fez ao Brasil e nas visitas a tribos de índígenas das Américas do Sul e do Norte.

n O antropólogo passou mais da metade de sua vida estudando o comportamento dos índios americanos. O método usado por ele para estudar a organização social dessas tribos chama-se estruturalismo. "Estruturalismo", diz Lévi-Strauss, "é a procura por harmonias inovadoras".

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n Suas pesquisas, iniciadas a partir de premissas lingüísticas, deram à ciência contemporânea a teoria de como a mente humana trabalha. O indivíduo passa do estado natural ao cultural enquanto usa a linguagem, aprende a cozinhar, produz objetos etc. Nessa passagem, o homem obedece a leis que ele não criou: elas pertencem a um mecanismo do cérebro. Escreveu, em "O Pensamento Selvagem", que a língua é uma razão que tem suas razões - e estas são desconhecidas pelo ser humano.

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n Enquanto a ciência racionalista e positivista do século XIX desprezava a mitologia, a magia , o animismo e os rituais fetichistas em geral, Lévi-Strauss entendeu-as como recursos de uma narrativa da história tribal, como expressões legitimas de manifestações de desejos e projeções ocultas, todas elas merecedoras de serem admitidas no papel de matéria-prima antropológica. Como é o caso do seus estudos sobre o mito (Mythologiques)

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Foucaultn A princípio Foucault seguiu uma linha

estruturalista, mas em obras como “Vigiar e Punir” e “A História da Sexualidade”, ele é concebido como um pós-estruturalista. A questão do ‘poder’ é amplamente discutida pelo filósofo, mas não no seu sentido tradicional, inserido na esfera estatal ou institucional, o que tornaria a concepção marxista de conquista do poder uma mera utopia. Segundo ele, este conceito está entranhado em todas as instâncias da vida e em cada pessoa, ninguém está a salvo dele. Assim, Michel considera o poder como algo não só repressor, mas também criador de verdades e de saberes, e onipresente no sujeito.

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n Ele estuda o que de mais íntimo existe em cada cultura ou estrutura, investigando a loucura, o ponto de vista da Medicina, em “Nascimento da Clínica”, a essência das Ciências Humanas, no livro “As Palavras e as Coisas”, os mecanismos do saber em “A Arqueologia do Saber”. Na sua produção acadêmica ele investiu contra a psiquiatria e a psicanálise tradicionais. Além da sua obra conhecida, muitos cursos e entrevistas do autor contribuem para uma melhor compreensão de sua forma de pensar. No mês de junho de 1984, o filósofo foi vítima de um agravamento da AIDS e faleceu.

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FIM

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