filosofia política

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• Conceituar Política e Poder; • Relacionar as três formas do poder social; • Conhecer a origem e a função do Estado; • Relacionar e distinguir os regimes políticos; • Conhecer o pensamento político na história.

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  • 1. FILOSOFIA POLTICA Prof Jos Ferreira Jnior

2. O estudo do domnio social POLTICA Origem do Grego polis (cidade-Estado); Designa o campo da atividade humana que serefere cidade, ao Estado, administraopblica e ao conjunto dos cidados. Quando Aristteles definiu o HOMEM comoanimal poltico porque, na sua concepo, aprpria razo , essencialmente, poltica. 3. O estudo do domnio social FILOSOFIA POLTICA Campo de reflexo filosficaque, historicamente, se ocupou do fenmenopoltico e das caractersticas que o distinguem dosdemais fenmenos sociais, analisando asinstituies e prticas das sociedades polticasexistentes e conjecturando sobre a melhor maneirade se construir as sociedades futuras. 4. O estudo do domnio social Integra a TEMTICA BSICA DA FILOSOFIA POLTICA as reflexes em torno: Do poder; Do Estado; Dos regimes polticos e formas de governo; Da participao dos cidados na vida pblica; Da liberdade. 5. Conceito antigo e moderno de poltica A obra de Aristteles intitulada Poltica considerada um dos primeiros tratados sistemticossobre a arte e a cincia de governar a plis. Para Aristteles, a poltica era uma continuaoda tica, s que aplicada vida pblica. Aristteles investigou em Poltica as instituiespblicas e as formas de governo capazes depropiciar uma melhor maneira de viver emsociedade. 6. Conceito antigo e moderno de poltica Aristteles considerava essa investigaofundamental, pois, para ele, a cidade (a plis) uma criao natural e o homem tambm , pornatureza, um animal social e poltico. O conceito grego de poltica como esfera derealizao do bem comum se tornou umconceito clssico e permanece at nossosdias, mesmo que seja como um ideal a seralcanado. 7. Conceito antigo e moderno de poltica O filsofo poltico italiano Norberto Bobbio, oconceito moderno de poltica est estreitamenteligado ao de poder. Haroldo Dwight Lasswell e Abraham Kaplan:Poltica o processo de formao, distribuio eexerccio do poder. 8. O fenmeno do poder PODER Vem do latim potere, posse, poder, ser capaz de. Refere-se basicamente faculdade, capacidade, fora ou recurso para produzir certos efeitos. Assim dizemos: O poder da palavra; O poder do remdio; O poder da polcia; O poder da imprensa; O poder do presidente. 9. O fenmeno do poder Bertrand Russell: Poder a posse dos meios que levam produo deefeitos desejados. O fenmeno do poder costuma ser dividido emduas categorias: o poder do homem sobre anatureza e o poder do homem sobre outroshomens. A filosofia poltica investiga o poder do homemsobre outros homens, isto , o poder social. 10. As trs formas do poder social Levando-se em conta o meio do qualse serve o indivduo para conseguir osefeitos desejados, podemos encontrartrs formas bsicas de poder social: Poder Econmico; Poder Ideolgico; Poder Poltico. 11. As trs formas do poder social Poder Econmico:Utiliza a posse de certos bens socialmente necessrios para induzir aqueles que no os possuem a adotar determinados comportamentos, como, por exemplo, realizar determinado trabalho. 12. As trs formas do poder socialPoder Ideolgico: Utiliza a posse de certasidias, valores, doutrinas parainfluenciar a condutaalheia, induzindo as pessoas adeterminadas modos de pensar eagir. 13. As trs formas do poder social Poder Poltico:Utiliza a posse dos meios de coero social, isto , o uso da fora fsica considerada legal ou autorizada pelo direito vigente na sociedade. 14. As trs formas do poder social O que essas trs formas de podertm em comum? que elas contribuem conjuntamentepara instituir e manter sociedades dedesiguais divididas em fortes e fracos, combase no poder poltico: em ricos epobres, com base no poder econmico;em sbios e ignorantes, com base no poderideolgico. 15. As trs formas do poder social O poder econmico preocupa-se em garantir odomnio da riqueza controlando a organizao dasforas produtivas. O poder ideolgico preocupa-se em garantir odomnio sobre o saber controlando a organizaodo consenso social. O poder poltico preocupa-se em garantir odomnio da fora institucional e jurdicacontrolando os instrumentos de coero social. 16. As trs formas do poder social Desses 3 poderes (econmico, poltico eideolgico) qual seria o principal, o mais eficaz? Para Bobbio o poder poltico cujo meio especficode atuao consiste na possibilidade de utilizar afora fsica legalizada para condicionarcomportamentos. O poder poltico , em toda sociedade dedesiguais, o poder supremo, ou seja, o poder aoqual todos os demais esto de algum modosubordinados. 17. Essa instituio poderosa queestabelece regras de convivncia ESTADO: Deriva do latim status (estar firme); Significa a permanncia de uma situao deconvivncia humana ligada sociedade poltica. Max Weber:Estado a instituio poltica que dirigida por umgoverno soberano, reivindica o monoplio do usolegtimo da fora fsica em determinadoterritrio, subordinando os membros dasociedade que nele vivem. 18. Origem do Estado Como se formou o Estado? E por que? Para a maioria dos autores, o Estado nemsempre existiu ao longo da histria. Sabe-se que diversas sociedades do passadoe do presente, organizaram-se sem ele. Nelas as funes polticas no estavamclaramente definidas e formalizadas numadeterminada instncia de poder. 19. Origem do Estado Em dado momento da histria da maioriadas sociedades, com o aprofundamento dadiviso social do trabalho, certas funespoltico-administrativas e militares acabaramsendo assumidas por um grupoespecfico de pessoas. Esse grupo passou a deter o poder deimpor normas vida coletiva. 20. Funo do Estado E para que se desenvolveu o Estado? Qual seria a sua funo em relao sociedade? No existe consenso sobre essa questo. Pode-se destacar duas, que representamcorrentes opostas: CORRENTE LIBERAL CORRENTE MARXISTA 21. Funo do Estado CORRENTE LIBERAL A funo do Estado agir como MEDIADOR dos conflitos entre os diversos grupos sociais, conflitos inevitveis entre os homens. O Estado deve promover a conciliao dos grupos sociais, amortecendo os choques dos setores divergentes para evitar a desagregao da sociedade. 22. Funo do Estado CORRENTE LIBERAL A funo do Estado a de alcanar a harmonia entre os grupos rivais, preservando os interesses do bem comum. Pensadores liberais: John Locke; Jean-Jacques Rousseau 23. Funo do Estado CORRENTE MARXISTA O Estado no um simples mediador de grupos rivais. O Estado uma instituio que interfere nessa luta de modo parcial, quase sempre tomando partido das classes sociais dominantes. A funo do Estado garantir o domnio de classe. Pensadores: Karl Marx e Friedrich Engels 24. Relaes entre sociedade civil eEstado O Estado costuma ser entendido com a instituioque exerce o poder coercitivo (a fora) porintermdio de suas diversas funes, tanto naadministrao pblica como no judicirio e nolegislativo. A Sociedade Civil costuma ser definida como olargo campo das relaes sociais que se desenvolvemfora do poder institucional do Estado. Fazem parteda sociedade civil: os sindicatos, as empresas, asescolas, as igrejas, os clubes, os movimentospopulares, as associaes culturais. 25. Relaes entre sociedade civil eEstado O relacionamento entre os membros da sociedadecivil provoca o surgimento das mais diversasquestes: econmicas, ideolgicas, culturais. Nas relaes entre Estado e sociedade civil, ospartidos polticos desempenham uma funoimportante: podem atuar como ponte entre asociedade civil e o Estado, pois no pertencem, porinteiro, nem ao Estado nem sociedade civil. Assim, caberia aos partidos polticos captar osdesejos e aspiraes da sociedade civil e encaminh-los para o campo da deciso poltica do Estado. 26. Regimes Polticos REGIME POLTICO justamente o modocaracterstico pelo qual o Estado serelaciona com a sociedade civil. Na linguagem poltica contempornea, osregimes polticos so classificados em doistipos fundamentais: DEMOCRACIA DITADURA 27. DEMOCRACIA: participao poltica dopovo DEMOCRACIA uma palavra de origem grega quesignifica poder do povo. Demo = povo Cracia = poder DEMOCRACIA DIRETA DEMOCRACIA REPRESENTATIVA 28. DEMOCRACIA: participao poltica dopovo O ideal de Democracia Representativa ser ogoverno dos representantes do povo. Representantesque deveriam exercer o poder pelo povo e para opovo. CARACTERSTICAS Participao poltica do povo; Diviso funcional do poder poltico: Funo Legislativa; Funo Executiva; Funo Jurisdicional. Vigncia do Estado de direito 29. DITADURA: concentrao do poderpoltico DITADURA uma palavra de origem latina derivada de dictare, ditarordens. Na antiga repblica romana, DITADOR era omagistrado que detinha temporariamente plenospoderes, aps ser eleito para enfrentar situaesexcepcionais, como, por exemplo, os casos de guerra. CARACTERSTICAS Eliminao da participao popular nas decisespolticas; Concentrao do poder poltico; Inexistncia do Estado de direito. 30. DITADURA: concentrao do poderpoltico As ditaduras se sustentam mediante dosfatores essenciais: Fortalecimento dos rgos derepresso; Controle dos meios de comunicao demassa 31. Reflexes sobre o poderpoltico Por que e para que existe o poder poltico? Por que encontramos, em toda parte, um Estado que comanda e um povo que comandado? Ser que sempre existiu o poder poltico do Estado? Como esse poder surgiu? 32. PLATO:o rei-filsofo para a justia Em A repblica, explica que o indivduopossui trs almas que o compem. Essas almas correspondem aos princpios: RACIONAL, que busca o conhecimentoe deve reger a vida humana. IRASCVEL, que se ocupa da defesa eda guerra, PASSIONAL, que busca a satisfao dosdesejos, instintos e impulsos da paixo. 33. PLATO:o rei-filsofo para a justia Atravs da educao, o indivduo deve alcanarum equilbrio entre esses trs princpios. Fazendo uma analogia entre o indivduo e acidade (plis), Plato tambm dividiu esta emtrs grupos sociais: PRODUTORES: responsveis pela produoeconmica (alma passional); GUARDIES: responsveis pela defesa da cidade(alma irascvel); GOVERNANTES: responsveis pelo governo dacidade (alma racional) 34. PLATO: o rei-filsofo para a justia A justia na cidade dependeria do equilbrioentre esses trs grupos sociais. Da mesma forma que a alma racionalprepondera no indivduo, a esferapreponderante na cidade deve ser, para Plato, ados governantes. Mas quem deve ser o governante? Plato prope um modelo educativo quepossibilita a todos igual acesso educao, independente do grupo social a quepertena o indivduo por nascimento. 35. PLATO: o rei-filsofo para a justia Em sua formao, as crianas iriam passando porprocessos de seleo, ao longo dos quais seriamdestinadas a um dos trs grupos sociais queforma a cidade. Os mais aptos continuariam seus estudos at oponto mais alto desse processo a filosofia afim de se tornarem sbios e, assim, sehabilitarem a administrar a cidade. Portanto, a concepo poltica de Plato aristocrtica, pois supe que a grande massade pessoas incapaz de dirigir a cidade. 36. PLATO:o rei-filsofo para a justia ARISTOCRACIA Do grego aristoi = melhores, e cracia = poder. a forma de governo em que o poder exercido pelos melhores, que, na proposta de Plato, seriam uma elite (do latim eligere = escolhido) que se distinguiria pelo saber. Isso significa tambm que Plato no propunha a democracia como a forma ideal de governo. Plato criou a idia do rei-filsofo: aquela pessoa que, pela contemplao das idias, conheceu a essncia da justia e deve governar a cidade. 37. ARISTTELES: o homem como animal poltico Aristteles afirmava que o homem por naturezaum ser social, pois, para sobreviver, no pode ficarcompletamente isolado de seus semelhantes. Constituda por um impulso natural do homem, asociedade deve ser organizada conforme essamesma natureza humana. O que deve guiar, ento, a organizao de umasociedade? a busca de um determinadobem, correspondente aos anseios dos homens quea organizam. 38. ARISTTELES: o homem como animal poltico Para Aristteles, a organizao social adequada natureza do homem a plis: a cidade encontra-se entre as realidades que existem naturalmente, eo homem por natureza um animal poltico. A plis grega, portanto, vista por Aristtelescomo um fenmeno natural. Por isso, o homemverdadeiramente digno desse nome um animalpoltico. O todo deve necessariamente ter precednciasobre as partes. A poltica uma continuidade da tica. 39. A teoria do direito divino de governar Na Idade Mdia, com o desenvolvimento docristianismo e o esfacelamento do ImprioRomano, a Igreja seconsolidou, primeiramente, como um poderextrapoltico. Santo Agostinho, por exemplo, separava a Cidadede Deus, a comunidade crist, da cidade doshomens, a comunidade poltica. Ao longo da Idade Mdia e em parte da IdadeModerna, ocorreu uma aliana entre o podereclesistico e o poder poltico. 40. A teoria do direito divino degovernar E como a Igreja Catlica entendia quetodo poder pertence a Deus, surgiu aidia de que os governantes seriamrepresentantes de Deus na Terra. O rei passou a ter o direito divino degovernar. 41. MAQUIAVEL: os fins justificam os meios considerado o fundador do pensamentopoltico moderno, porque desenvolveu a suafilosofia poltica em um quadro tericocompletamente diferente do que se tinha at ento. Maquiavel observou que havia uma distncia entre oideal de poltica e a realidade poltica de suapoca. Por isso escreveu o livro O prncipe com o propsitode tratar da poltica tal como ela se d, ou seja, sempretender fazer uma teoria da poltica ideal, mas, aocontrrio, compreender e esclarecer a poltica real. 42. MAQUIAVEL: os fins justificam os meios Centrou sua reflexo na constatao de que opoder poltico tem como funo regular aslutas e tenses entre os grupos sociais. Conforme ele, eram basicamente dois: ogrupo dos poderosos e o povo. Essas lutas e tenses existiriam sempre, de talforma que seria uma iluso buscar um bemcomum para todos. Mas, se a poltica no tem como objetivo obem comum, qual seria o seu objetivo ento? 43. MAQUIAVEL: os fins justificam os meios A poltica tem como objetivo a manuteno dopoder poltico do Estado. E, para manter o poder, o governante deve lutarcom todas as armas possveis, ficando sempreatento s correlaes de foras que se mostram acada instante. Isso significa que a ao poltica no cabe noslimites do juzo moral. O governante deve fazer aquilo que, a cadamomento, se mostra interessante para conservaro seu poder. 44. MAQUIAVEL: os fins justificam os meios No se trata de uma deciso moral, mas sim deuma deciso de que atende lgica do poder. Para ele, na ao poltica no so osprincpios morais que contam, mas osresultados. por isso que, para Maquiavel, os fins justificamos meios. O mrito de Maquiavel ter compreendido que apoltica, no incio da Idade Moderna, sedesvinculava das esferas da moral e dareligio, constituindo-se em uma esfera 45. BODIN: a defesa do governo nas mos de um s Jurista e filsofo francs, Jean Bondin defendeu emsua obra A repblica o conceito de soberano perptuoe absoluto, cuja autoridade representa a imagem deDeus na Terra. Teoria do direito divino dos reis. Repblica usado aqui em seu sentidoetimolgico de coisa pblica (do latim res, coisa). E no como forma de governo oposta monarquia. Na mesma linha de pensamento de Toms deAquino, afirmava ser a monarquia o regime maisadequado natureza das coisas. 46. BODIN: a defesa do governo nas mos de um s Argumentava que a famlia tem um s chefe, o PAI; O cu tem apenas um sol; O Universo, s um Deus criador. Assim, a soberania do Estado s podia se realizarplenamente na monarquia. Dentre as leis naturais, destaca o respeito que oEstado deve ter em relao ao direito liberdadedos sditos e s suas propriedades materiais. 47. HOBBES: a necessidade do Estado soberano Outra questo que ocupou bastante os filsofos dossculos XVII e XVIII foi a justificao racional para aexistncia das sociedades humanas e para acriao do Estado. Essa questo apresentou-se da seguinte forma: Qual a natureza do ser humano? Qual o seu estadonatural? Chegaram em geral a concluso bsica de que oshomens so, por natureza livre e iguais. Como explicar ento a existncia do Estado e comolegitimar seu poder? Em um dado momento, os homensse viram obrigados a abandonar essa liberdade eestabelecer entre si um acordo, um pacto social. 48. HOBBES: a necessidade do Estado soberano Essas explicaes ficaram conhecidas como TEORIASCONTRATUALISTAS. O primeiro grande contratualista foi o ingls ThomasHobbes. Hobbes concluiu que o homem, embora vivendo emsociedade, no possui o instinto natural desociabilidade. Cada homem sempre encara seu semelhante comoum concorrente que precisa ser dominado. Onde no houver o domnio de um homem sobre ooutro, dir Hobbes, existir sempre uma competiointensa at que esse domnio seja alcanado. 49. HOBBES: a necessidade do Estado soberano A consequncia bvia dessa disputa infindvel entreos homens em estado de natureza foi gerar umestado de guerra e de matana permanente nascomunidades primitivas. O homem lobo do prprio homem. S havia uma soluo para dar fim brutalidade socialprimitiva: a criao artificial da sociedadepoltica, administrada pelo Estado. Para isso os homens tiveram que firmar um contratoentre si, pelo qual cada um transferia seu poder degovernar a si prprio para um terceiro o Estado para que esse Estado governasse a todos. 50. LOCKE: a concepo do Estado liberal Tambm refletiu sobre a origem do poder polticoe sobre sua necessidade para congregar oshomens, que, em estado de natureza, viviamisolados. Refere-se ao estado de natureza como umacondio na qual, pela falta de uma normatizaogeral, cada qual seria juiz de sua prpria causa, oque levaria ao surgimento de problemas nasrelaes entre os homens. Para evitar esses problemas, que o Estado teriasido criado. 51. LOCKE: a concepo do Estado liberal O Estado teria a funo de garantir a segurana dosindivduos e de seus direitos naturais, como a liberdade ea propriedade. Locke concebe a sociedade poltica como um meio deassegurar os direitos naturais e no como o resultado deuma transferncia dos direitos dos indivduos para ogovernante. E assim nasce a concepo de Estado liberal, segundo aqual o Estado deve regular as relaes entre os homens eatuar como juiz nos conflitos sociais. Mas deve fazer isso garantindo as liberdades e direitosindividuais, tanto no que se refere ao pensamento eexpresso quanto propriedade e atividade econmica. 52. MONTESQUIEU: a diviso de poderes Charles de Secondat, mais conhecido como barode Montesquieu. Props que se estabelecesse a diviso do poderpoltico em trs instncias: PODER EXECUTIVO: que executa as normas edecises relativas administrao pblica. PODER LEGISLATIVO: que elabora e aprova asleis. PODER JUDICIRIO: que aplica as leis edistribui a proteo jurisdicional pedida aosjuzes. 53. ROUSSEAU: a legitimao do Estado pela vontade geral Formulou uma teoria contratualista. OBRA: Discurso sobre a origem da desigualdadeentre os homens. Glorifica os valores da vida natural e ataca acorrupo, a avareza e os vcios da sociedadecivilizada. Exalta a liberdade que o homem selvagem teriadesfrutado na pureza do seu estado natural. OBRA: Do Contrato Social, procurou investigarno s a origem do poder poltico e se existe umajustificativa vlida para os homens. 54. ROUSSEAU:a legitimao do Estado pela vontade geral Defende a tese de que o nico fundamentolegtimo do poder poltico o PACTO SOCIALpelo qual cada cidado concorda em submeter suavontade particular vontade geral. O compromisso de cada cidado com o seupovo. Rousseau define o pacto social nos seguintestermos: Cada um de ns pe sua pessoa e podersob uma suprema direo da vontade geral, erecebe ainda cada membro como parte indivisveldo todo. 55. HEGEL : do Estado surge o indivduo Criticou a concepo liberal doEstado, encontrada tanto em Locke como emRousseau. No existe o homem em estado de natureza. O indivduo humano um ser social, que sencontra o seu sentido no Estado. De acordo com a reflexo poltica de Hegel, oindivduo parte orgnica de um todo: o Estado. O indivduo historicamente situado, algum quefala uma lngua e criado dentro de uma tradio. Essas caractersticas so anteriores a cada um dos 56. MARX e ENGELS:o Estado como instrumento de dominao de classe A sociedade humana primitiva era umasociedade sem classes e sem Estado. Nessa sociedade pr-civilizada, as funesadministrativas eram exercidas pelo conjuntodos membros da comunidade. Num determinado estgio do desenvolvimentohistrico das sociedades humanas, certasfunes administrativas, tornaram-se privativasde um grupo separado de pessoas que detinhafora para impor normas e organizao vidacoletiva. 57. MARX e ENGELS:o Estado como instrumento de dominao de classe Teria sido atravs desse ncleo de pessoas que sedesenvolveu o Estado. Isso teria ocorrido em certo momento dedesenvolvimento econmico em que surgiram asdesigualdades de classes e os conflitos entreexplorados e exploradores. O papel do Estado teria sido o de amortecer ochoque desses conflitos, evitando uma luta diretaentre as classes antagnicas. OBRA de Engels: A origem da famlia, dapropriedade privada e do Estado. 58. MARX e ENGELS:o Estado como instrumento de dominao de classe Para Engels, embora o estado tenha nascido danecessidade de conter esses antagonismos, nasceutambm no meio do conflito e, por isso, acabousendo sempre representado pela classe maispoderosa. Marx e Engels concebem o Estado atuandogeralmente como um instrumento do domnio declasse. Na sociedade capitalista o domnio de classe seidentificaria diretamente com a proteo dapropriedade privada. 59. MARX e ENGELS:o Estado como instrumento de dominao de classe Proteger a propriedade privada capitalista implicapreservar as relaes sociais, as normasjurdicas, enfim, a segurana dos proprietriosburgueses. Essa concepo do Estado como instrumento dedominao de uma classe sobre aoutra, estabelece, portanto, uma relao entre ascondies materiais de existncia de determinadasociedade e a forma de Estado que ela adota. O Estado nasce da desigualdade para manter adesigualdade. 60. REFERNCIA BIBLIOGRFICA COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia: histria egrandes temas. 16 ed. reform. e ampl. So Paulo:Saraiva, 2006.