filme pastilhas jatobá

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE ARQUITETURA E URBANISMO MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS PROFESSOR EDUARDO CABALEIRO RELATÓRIO DE FILMES MOSAICOS PORCELANA JATOBÁ BLOCO DE CONCRETO CELULAR AUTOCLAVADO

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Page 1: Filme pastilhas jatobá

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAISESCOLA DE ARQUITETURA E URBANISMOMATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS

PROFESSOR EDUARDO CABALEIRO

RELATÓRIO DE FILMES

MOSAICOS PORCELANA JATOBÁ

BLOCO DE CONCRETO CELULAR AUTOCLAVADO

LUDMILA SOUZA

SETEMBRO DE 2010

Page 2: Filme pastilhas jatobá

RELATÓRIO DOS FILMES

1. Introdução

2. Objetivo

3. Desenvolvimento

3.1 Pastilhas Jatobá

3.2 Bloco de Concreto Celular Autoclavado

4. Conclusão

5. Referências

1. Introdução

No dia 02 de Setembro de 2010 foi exibido durante a aula de Técnicas Construtivas e

Materiais, um filme elaborado pela Jatobá, empresa fabricante de Pastilhas de Porcelana

cuja sede está localizada em Vinhedo- SP e pela Sical, empresa de Bloco Celular

Autoclavado.

Page 3: Filme pastilhas jatobá

2. Objetivos

Conhecer os diversos tipos de Mosaicos Porcelana empregados nas obras e suas

características específicas;

Indicar as diversas formas de uso da Pastilha tendo por base o revestimento

principalmente de áreas molhadas;

Conhecer outro tipo de solução tanto estrutural quanto de vedação, no caso dos

Blocos Celulares e suas respectivas vantagens;

Exemplificar as etapas de fabricação das peças;

Ilustrar como os materiais devem ser assentados dando ênfase aos cuidados que

se deve ter no preparo do sítio em que ele será instalado bem como nos

procedimentos utilizados para fixação do mesmo;

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3. Desenvolvimento

3.1 Pastilhas Jatobá

Os Mosaicos Porcelana são encontrados sob diversos tamanhos, texturas e cores.

São de grande durabilidade e segurança. Não mancham e nem desbotam sendo,

portanto, necessária apenas 1 limpeza a cada 15 anos no caso das fachadas.

O processo de fabricação industrial se da pela mistura de quartzo, argila, feldspato e

caulim que forma uma massa que será peneirada e prensada. Adição de óxidos

metálicos é utilizada para dar pigmentação ao material.

Essa massa é armazenada em caixas refratárias no formato de grelhas, depois é

passado o esmalte para dar acabamento e em seguida é levado ao forno. As pastilhas são

então coladas em folhas de papel com a face para a parte esmaltada para que não haja a

necessidade de se colar pastilha por pastilhas.

Rejuntamento de mesma cor é recomendável para corrigir pequenas diferenças de

assentamento. Recomenda-se, após a fixação, fazer cortes verticais para retirar do ar.

As pastilhas de porcelana não possuem arestas cortantes sendo, portanto passíveis de

utilização em boxes de banheiros e piscinas. Outra vantagem é seu tamanho. Como

possui dimensão menor o recorte das folhas de papel é feito e assim pode-se aproveitar

o material desde que ele seja lavado e que se formem novas folhas.

Page 5: Filme pastilhas jatobá

O processo de assentamento:

Cabe ao oficial pastilheiro a função de assentamento do revestimento que utiliza de

ferramentas apropriadas para fixar o material e dar acabamento. Antes de tudo, no

entanto, o pastilheiro deve se munir de equipamento de proteção e segurança adequados.

É recomendável o uso de luvas, capacete e botas. Além disso, não é indicado o uso

de “cadeiras” para assentamento de fachadas porque a energia de ativação empregada é

menor do que se o especialista estivesse em pé. Em outras palavras, é aconselhado o uso

de andaimes suspensos por cabos duplos para que a mão de obra possa impelir maior

pressão na parede e, conseqüentemente, melhor fixação do material.

A pastilha pode ser aplicada sobre diversas bases:

Chapisco: combinação de água, cimento e areia. Nessa textura há um aumento da

fixação dos materiais devido ao aumento da superfície

Emboço: combinação de água, cimento e areia. Nela coloca-se a talisca que na verdade

é uma massa com um pedacinho de tijolo a fim de demarcar a espessura desejada.

Sendo assim, a princípio faz-se 4 taliscas dispostas ortogonalmente eqüidistantes entre

si o equivalente ao tamanho da régua para garantir que a espessura seja a mesma por

toda a superfície. A parede deve estar revestida com emboço sarrafeado (com régua

metálica) ou desempenada. Ele deverá estar isento de graxa, óleo, pinturas e quaisquer

partículas que prejudiquem a aderência do revestimento a ser aplicado

Reboco: em alguns casos, utiliza-se o uso de aditivos no reboco. Após o nivelamento é

comum que se passe uma esponja ou feltro para deixar a superfície mais lisa já que é

nessa camada que poderá ser empregada a tinta e estando a superfície menos rugosa

economiza-se a quantidade de tinta.

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Massa única paulista: o feltro é passado direto no emboço ganhando-se na espessura.

Cerâmica pode ser aplicada sobre a madeira ou gesso. A desvantagem, no entanto é

que o gesso é quebradiço, libera calor e na presença de água ele solubiliza. Já a madeira,

em presença de água incha o que pode provocar remoção das pastilhas superiores. Desta

forma, é preciso garantir estanqueidade para melhor aproveitamento do material.

Cerâmica sobre cerâmica: é possível o assentamento de uma cerâmica sobre a outra

desde que toda superfície seja limpa no intuito de remover as impurezas e

principalmente a gordura. Nesse processo é preciso verificar o aumento da espessura do

revestimento com relação a ralos, válvulas de descargas e registros de água e acessórios

de maneira geral.

Para o início do assentamento definimos uma linha de partida. Desta forma, cabe

ressaltar a importância do detalhamento do projeto que indicará de que forma o

arremate deverá se iniciar. Quando há forro de gesso, geralmente não se coloca pastilha

até o teto a fim de economizar material. Essa linha, então, é definida a partir de um

ponto mais visto deixando os cantos inferiores ou aquele próximo ás bonecas das portas

para necessidade de recorte.

No início do procedimento deve molhar o reboco da área a ser aplicada a cerâmica, se

a mesma estiver exposta ao sol e, em seguida, marcar  na parede a altura de uma placa.

Logo depois, é preciso nivelar e prumar guiando-se pelas duas marcas em toda extensão

da parede recoberta com argamassa colante, da esquerda para direita e de cima para

baixo.

Depois é preciso posicionar a placa com a argamassa fresca e úmida, observando a

marcação existente de prumo e de nível (pressione com as mãos) e bater levemente a

placa usando um tolete de madeira ou um martelo de borracha de forma a dividir a

pressão exercida. Para o rejuntamento recomenda-se utilizar rejunte flexível, não tendo

em sua composição cal.

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As pastilhas são muito pequenas, comparadas a uma peça de cerâmica. Por isso, a

aplicação da argamassa deve ser uniforme. Uma falha de dois ou três centímetros não

significa nada para um azulejo comum, mas é suficiente para soltar peças inteiras no

caso das pastilhas.

Com auxílio de um rodo ou desempenadeira de borracha, deve se aplicar o rejunte

em toda a superfície revestida. Após aproximadamente 15 minutos do término do

rejuntamento, retire o excesso de rejunte, com esponja úmida e dê acabamento com

esponja seca.

É importante deixar juntas entre as placas prevenindo os possíveis esforços de

compressão caso haja dilatação do material. Usualmente tem sido utilizado espassadores

de PVC

Após o processo de assentamento, se limpa a superfície com ácido muriático. Nessa

etapa é conveniente enxaguar abundantemente com água, caso contrário, o ácido que

não foi removido por completo poderá corroer o rejunte comprometendo a

estanqueidade da superfície.

Assentamento de pisos:

No assentamento de pisos faz-se o contrapiso de textura de “farofa”. Essa textura

menos pastosa evita que no processo de bater as pastilhas, a água suba para superfície e

provoque vazios entre o revestimento e o piso. Aplica-se a argamassa, na espessura de 3

a 5 mm utilizando desempenadeira de aço dentada para que se forme sulcos a fim de

toda a área tenha argamassa após o batimento do piso.

A atenção na colocação do revestimento deve ser observada principalmente no

alinhamento de planos descontínuos. Peitoris, vergas, platibandas devem ter pequena

inclinação para favorecer a dinâmica de escoamento da água. Caso contrário poderia

haver refluxo ou chamado turbilhão que poderia infiltrar por baixo das pastilhas

levantando o revestimento.

Page 8: Filme pastilhas jatobá

3.2 Sical - Bloco de Concreto Celular

O Concreto Celular Autoclavado é um produto leve, formado a partir de uma

reação química entre cal, cimento, areia e pó de alumínio, que, após cura em vapor a

alta pressão e temperatura, da origem a um silicato de cálcio. É um produto que

apresenta uma resistência à ruptura por compressão que permite, também, a execução de

alvenaria autoportante até 4 pavimentos, sem necessidades de demais partes estruturais

como pilares e vigas, por exemplo.. Além da boa performance funcional como elemento

de alvenaria e laje, o Concreto Celular Autoclavado exibe propriedades que o

caracterizam como um material incombustível e isolante termo-acústico.

Ele compõe uma matriz estável maciça, porém de baixa densidade, o que é

extremamente viável para a construção civil já que há uma preocupação constante com

o peso próprio da estrutura e conseqüentemente com os esforços que isso implicará.

Outra vantagem é a economia nos consumos de aço, ferro e fôrma e, por se tratar de

blocos de maiores dimensões, também é possível economizar na quantidade de

argamassa. Por ter textura lisa dispensa o uso de chapisco ou reboco.

O Concreto Celular Autoclavado pode ser cortado facilmente, com serrote, o que

proporciona maior racionalização da obra, reduzindo as perdas e, conseqüentemente,

torna a obra mais limpa. As aberturas para tubulações e elétricas são fáceis de serem

executadas com a utilização de um rasgador manual Sical ou de um rasgador elétrico.

Para se adquirir maior estabilidade nas paredes recomenda-se o uso de cinta sou

pilaretes e ainda, armaduras a cada fiada de blocos em caso de encontro de paredes. As

paredes ortogonais deverão ser unidas, preferencialmente, por juntas em amarração.

Para janelas e portas há vergas e contra-vergas.

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Com utilização de argamassa comum, o assentamento é normal usando colher de

pedreiro. Com a utilização de argamassa colante, a aplicação é feita com colher.

Para o assentamento deve-se molhar os blocos, porém evitar encharcar.

É importante que as juntas horizontais e verticais sejam preenchidas,

principalmente as externas que sofrem variações climáticas.

Bloco Sical pode ser utilizado como elemento de alvenaria de vedação, inclusive

com revestimentos, alvenaria estrutural não armada, bem como para preenchimento de

lajes nervuradas, mistas e pré-fabricadas.

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4. Conclusão

Através do filme da Jatobá conhecemos outro tipo de revestimento bem como as

etapas de produção e assentamento do material. Já com o filme da Sical, descobrimos

outra alternativa de elemento estrutural e vedativo e suas vantagens para obras,

principalmente até 4 pavimentos.

Descobrindo esses novos materiais ampliamos nosso leque de opções construtivas

e reforçamos a idéia de que um bom projeto deve ter um bom detalhamento e que é

papel do arquiteto atentar para a escolha de materiais adequados e compatíveis a

determinadas situações em busca de melhores soluções estéticas e funcionais.

5. Referências

http://www.ceratlas.com.br/ceramicaatlas/Portugues/detManual.php?

codproduto_cat=1&codproduto_modo=1

http://www.superbloco.com.br/main/bloco_sical.php