fichamento do livro geografia e modernidade

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 10/19/12 Fichamento Do Livro Ge ogr afia e Moder nid ade 1/33 ww w.trabalhosf eitos. com/ imprimir/ Fichament o-Do-Liv ro-Geograf ia-e-Mod ernidade/128248 Página Parágrafo INTRODUÇÃO 09 01 Há aproximadamente três anos, um debate sobre a reforma do ensino secundário francês relançou uma antiga discussão em torno do papel e da importância da manutenção da geografia no currículo do ensino  bási co. (...) A g eog raf i a n u n ca ter i a produ z i do resu l tados su f ici en tes pa ra f az ê-la f i g u rar ao l ado das disciplinas “verdadeiramente” científicas; ela pretende integrar quase todos os ramos do saber, mas na verdade não ultrapassa o patamar das relações banais entre natureza e cultura; jamais teria se libertado dos estreitos limites de uma tautologia empirista; e se satisfaz com análises simplistas de relações superficiais. (...) 09 e 10 02 Os geógrafos sublinharam os progressos relativos aos diversos domínios relacionados pelos críticos. (...) A resposta enfatizou, portanto, os aspectos relacionados à modernização de seus métodos, a nova perspectiva prospectiva e, sobretudo, a ruptura que foi operada com aquilo que se identifica como sendo a “velha” geografia. (...) 10 03 Geografia e modernidade, eis o eixo principal da questão. (...) Geografia tem justamente como  pri n ci pal tare f a aprese n tar u m a i m ag em ren ov ada do m u ndo, parece evi den te qu e a g eog raf i a e a modernidade estejam intimamente ligadas. (...) Ela tem por meta apresentar uma visão global e coerente do m un do. (... ) 10 e 11 04 (...) A geografia é o domínio do saber que procura integrar natureza e cultura dentro de um mesmo campo de interações. (...) 11 05 (...) A análise da modernidade geográfica deve, talvez, primeiramente passar pelo estudo das diferentes significações do conceito mesmo de moderno. 11 06 Nessa via, este discurso se obriga a anunciar algo de novo, uma solução substitutiva que, em princípio,  poderá pr een ch er as l acu n as ass oci adas ao di ag n ósti co m esmo da crise. 11 e 12 07 Em outros ter m os, a constataçã o de um a ciênci a i nsufi ciente, l i m i tada , pr etensiosa e frági l é objeto de um verdadeiro consenso e os a rgu m entos avançados sã o a ceitos sem m ui tos p rotestos ou controvérsias.(...) 12 08 A ciência condenada, algumas vezes caricaturalmente, é a “ciência moderna”, nascida do projeto iluminista e institucionalizada dentro de uma vertente positivista e normativa. (...) 12 09 (...) A modernidade fundou uma “ciência nova” (como dizia Bacon), e esta ciência constitui o mesmo espírito mesmo daquilo que se denomina modernidade. (...) 12 e 13 10 É natural que, no momento em que se anuncia o esgotamento das idéias que nutriam o projeto da modernidade, a ciência seja um dos alvos privilegiados e que as condições de superação façam necessariamente menção à redefinição de seu papel, de sua importância e de seus limites. 12 e 13 11 Há alguns anos, a idéia segundo a qual estaríamos no fim da modernidade ganha terreno e, nesta via, se afirma a emergência de um novo período, a pós-modernidade. (...) É certo que a natureza e a rápida difusão desta dominação tornam difícil a diferenciação entre o que seria um simples efeito de moda superficial e o que rev el aria u m a verdadeira tran sformação de fu ndo n a sociedade.(... ) 13 12 (...) O questionamento da ciência, de seus métodos, de seu poder hegemônico é imediato, e a refutação deste modelo é vista como a primeira condição para a superação que conduz do moderno ao pós- moderno. 13 e 14 13 (...) Desde os anos setenta, uma corrente “humanista” exerce uma influencia considerável sobre o  pen sam en to g eog ráf i co. Esta en dereça à ci ên ci a com o u m cert o n ú m ero de qu estõ es e de críticas aparentadas às que são levantadas pelo debate da pós-modernidade. (...) 14 14 (...) A geografia, que tem seus objetivos acadêmicos inscritos no projeto da modernidade, sente naturalmente interpelada pelo questionamento do qual ela é simultaneamente o objeto e o sujeito, se  preocu pa, port anto, em bu scar as possi bi li dades, dos m ei os e os li m i tes de u m nov o qu adro contex tu al e conceitual. 14 15 (...) Uma geografia pós-moderna é obrigatoriamente tributária de seu passado e, em uma certa medida, reafirma sua tradição, sem a qual as noções de continuidade e de transformações nos escapariam. (...)

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  • 10/19/12 Fichamento Do Liv ro Geograf ia e Modernidade

    1/33www.trabalhosf eitos.com/imprimir/Fichamento-Do-Liv ro-Geograf ia-e-Modernidade/128248

    Pgina Pargrafo INTRODUO

    09 01 H aproximadamente trs anos, um debate sobre a reforma do ensino secundrio francs relanou

    uma antiga discusso em torno do papel e da importncia da manuteno da geografia no currculo do ensino

    bsico. (...) A geografia nunca teria produzido resultados suficientes para faz-la figurar ao lado das

    disciplinas verdadeiramente cientficas; ela pretende integrar quase todos os ramos do saber, mas na

    verdade no ultrapassa o patamar das relaes banais entre natureza e cultura; jamais teria se libertado dos

    estreitos limites de uma tautologia empirista; e se satisfaz com anlises simplistas de relaes superficiais. (...)

    09 e 10 02 Os gegrafos sublinharam os progressos relativos aos diversos domnios relacionados pelos

    crticos. (...) A resposta enfatizou, portanto, os aspectos relacionados modernizao de seus mtodos, anova perspectiva prospectiva e, sobretudo, a ruptura que foi operada com aquilo que se identifica como

    sendo a velha geografia. (...)

    10 03 Geografia e modernidade, eis o eixo principal da questo. (...) Geografia tem justamente como

    principal tarefa apresentar uma imagem renovada do mundo, parece evidente que a geografia e a

    modernidade estejam intimamente ligadas. (...) Ela tem por meta apresentar uma viso global e coerente do

    mundo. (...)

    10 e 11 04 (...) A geografia o domnio do saber que procura integrar natureza e cultura dentro de um

    mesmo campo de interaes. (...)

    11 05 (...) A anlise da modernidade geogrfica deve, talvez, primeiramente passar pelo estudo dasdiferentes significaes do conceito mesmo de moderno.

    11 06 Nessa via, este discurso se obriga a anunciar algo de novo, uma soluo substitutiva que, em princpio,

    poder preencher as lacunas associadas ao diagnstico mesmo da crise.

    11 e 12 07 Em outros termos, a constatao de uma cincia insuficiente, limitada, pretensiosa e frgil objeto de um verdadeiro consenso e os argumentos avanados so aceitos sem muitos protestos ou

    controvrsias.(...)

    12 08 A cincia condenada, algumas vezes caricaturalmente, a cincia moderna, nascida do projeto

    iluminista e institucionalizada dentro de uma vertente positivista e normativa. (...)

    12 09 (...) A modernidade fundou uma cincia nova (como dizia Bacon), e esta cincia constitui o mesmo

    esprito mesmo daquilo que se denomina modernidade. (...)12 e 13 10 natural que, no momento em que se anuncia o esgotamento das idias que nutriam o projeto damodernidade, a cincia seja um dos alvos privilegiados e que as condies de superao faam

    necessariamente meno redefinio de seu papel, de sua importncia e de seus limites.12 e 13 11 H alguns anos, a idia segundo a qual estaramos no fim da modernidade ganha terreno e, nesta

    via, se afirma a emergncia de um novo perodo, a ps-modernidade. (...) certo que a natureza e a rpida

    difuso desta dominao tornam difcil a diferenciao entre o que seria um simples efeito de moda superficial

    e o que revelaria uma verdadeira transformao de fundo na sociedade.(...)

    13 12 (...) O questionamento da cincia, de seus mtodos, de seu poder hegemnico imediato, e a

    refutao deste modelo vista como a primeira condio para a superao que conduz do moderno ao ps-

    moderno.

    13 e 14 13 (...) Desde os anos setenta, uma corrente humanista exerce uma influencia considervel sobre o

    pensamento geogrfico. Esta enderea cincia como um certo nmero de questes e de crticas

    aparentadas s que so levantadas pelo debate da ps-modernidade. (...) 14 14 (...) A geografia, que tem seus objetivos acadmicos inscritos no projeto da modernidade, sente

    naturalmente interpelada pelo questionamento do qual ela simultaneamente o objeto e o sujeito, se

    preocupa, portanto, em buscar as possibilidades, dos meios e os limites de um novo quadro contextual e

    conceitual.

    14 15 (...) Uma geografia ps-moderna obrigatoriamente tributria de seu passado e, em uma certa

    medida, reafirma sua tradio, sem a qual as noes de continuidade e de transformaes nos escapariam.

    (...)

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    14 16 A identidade geogrfica foi muitas vezes procurada atravs da tentativa de definio de seu objetocientifico. Outras vezes, foi no mtodo ou no esprito geogrfico que se acreditava estar situada a

    especificidade desta disciplina. (...)

    14 e 15 17 A definio progressiva do objeto da geografia, assim como as transformaes metodolgicas

    que contriburam em sua constituio, so desta forma os objetos privilegiados nessa anlise. (...)

    15 18 (...) necessrio mostrar em que medida a geografia se integra a este projeto moderno, buscando

    definir como as influncias epistemolgicas mais gerais foram traduzidas no vocabulrio especfico desta

    disciplina.

    15 19 Assim, a primeira parte dessa discusso se consagra identificao dos eixos morais que presidiram

    os principais debates metodolgicos na cincia moderna, ou seja, seus plos epistemolgicos. (...)

    15 20 A segunda e a terceira partes debruam sobre certas questes recorrentes no seio da geografia e para

    as quais foram concebidas diferentes respostas, desenhando-se o contorno de diversas correntes nestadisciplina. (...) As idias filosficas que contriburam para forjar o contexto intelectual geral, no interior do

    qual a geografia evoluiu.

    CAPTULO IOS DOIS POLOS EPISTEMOLGICOS DA MODERNIDADEPgina Pargrafo A atualidade do debate e suas razes

    19 01 (...) A imploso deste conjunto significou tambm o desmoronamento de uma srie de proposies

    que davam sustentao a este tipo de programa arquitetnico. 20 02 (...) Neste momento, o trinmio cincia/tecnologia/arte parecia funcionar em estreita comunho e

    harmonia. 20 03 Se Paris foi, nos uniformes e funcionais bulevares da reforma Haussmann, o grande teatro da

    modernidade, celebrada por Baudelaire. (...)20 e 21 04 Esta nova maneira de pensar a arquitetura no abandona o monumentalismo e no rompe de

    maneira radical com as tcnicas ou com os materiais caractersticos do modernismo.21 05 (...) O ps-modernismo nega o universalismo, a generalizao, qualidades e procedimentos bsicos nomodernismo.

    21 06 (...) Nas artes grficas e no design ps-modernos, por exemplo, apesar do mesmo retorno aos anos50/60, os resultados incorporam, muitas vezes, uma dimenso deliberadamente anrquica.

    22 07 Dois cineastas so considerados como figuras de proa da ps-modernidade do cinema, David Lynche Pedro Almodvar.

    23 08 (...) H entretanto, transformaes anlogas em outras esferas que revelam todo um clima social, umesprito do tempo, no qual pode-se sentir a influncia ps-modernista.

    23 09 (...) O mito e a razo devem, pois, manter relaes de reciprocidade no seio de uma epistemologiaanarquista.

    23 e 24 10 Seus argumentos coincidem largamente com os enunciados pelas novas tendncias ps-modernas.24 11 (...) Esta abordagem preconiza uma anlise fina de cada uma das etapas sucessivas da descoberta

    cientfica. (...)24 12 (...) O essencial, porm, poder reconhecer de maneira sinttica estas novas atitudes que tentam

    lanar as bases de um saber alternativo cincia racional 25 13 Para concluir esse breve quadro, fundamental notar que ao lado de uma concepo da ps-

    modernidade tida como radical novidade e como o fim da modernidade, uma outra interpretao comea aser vislumbrada.(...)

    25 14 (...) A razo a fonte de toda generalizao, da forma do direito e da verdade.25 15 Se compararmos, em grandes traos, os valores estabelecidos por este verdadeiro culto razo e as

    posies atestadas pelo movimento ps-moderno. (...)

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    25 e 26 16 (...) A racionalidade que examinamos , ao contrrio, obrigatoriamente localizada historicamentee se situa no perodo conhecido como modernidade.

    26 17 Neste perodo, diversas contracorrentes desafiaram o poder hegemnico da razo, propondo outrossistemas de organizao do pensamento.

    26 e 27 18 (...) Somos levados a conceber este perodo como um verdadeiro campo de tenses, comconflitos peridicos em torno do tema da legitimidade da atividade intelectual e de sua organizao.

    27 19 (...) Na geografia, o hipermodernismo nos apresentado nos apresentado por A. Pred, que se ope apreciao feita por Curry de sua obra de uma geografia ps-moderna.

    27 e 28 20 A cincia, como elemento fundador da modernidade, est assim comprometida em sua base poresta deiscusso sobre a legitimidade e os limites da razo. (...)

    28 21 (...) Assim, a historicidade deste perodo no um tema central nessa anlise; o mais importante aidentificao dos traos caractersticos dessa mudana de valores que caracteriza esse perodo.28 22 Nesta via, um dos traos mais marcantes dessa poca foi o novo lugar conferido cincia.

    29 23 A anlise das modificaes dos valores durante a modernidade retm a hiptese de que a base destesvalores modernos h um duplo fundamento formado pelo par novo/tradicional. (...)

    29 24 (...) Este dois plos se opem, so concorrentes e simtricos, e formam um conjunto, um todo, porsuas caractersticas definidas como diferenas, de um em relao ao outro. (...)

    29 25 (...) O importante a ressaltar a dinmica de justificao e o programa metodolgico projetados porestas duas orientaes.

    29 26 Se verdade que a cincia moderna se legitima pelo mtodo, ento atravs das diferenasmetodolgicas que estes dois plos constroem suas individualidades epistemolgicas.

    30 27 O primeiro plo epistemolgico oriundo do projeto de cincia fundado no sculo das luzes. (...)30 28 O conhecimento, como uma argumentao, se deve se submeter prova pblica da demonstrao,seguindo uma prtica que comeou no curso do Sculo das luzes. (...)

    30 e 31 29 (...) A crise o anncio de uma modificao, tambm o signo da confrontao entre dois nveisde compreenso, o antigo e o novo. (...)

    31 30 Atravs desta dinmica da confrontao, o racionalismo faz da crtica o seu princpio fundador.31 31 (...) O mtodo racional assim, considerado como o nico meio de oferecer todas as garantias lgicas

    da relao entre pensamento e realidade.31 32 (...) A explicao , portanto, o resultado de uma anlise dos aspectos regulares de um dadofenmeno.

    32 33 O pensamento cientfico racionalista , assim, sempre normativo, pois ele opera atravs de conceitos

    gerais. (...)32 34 (...) Existe um grande ponto de convergncia de todos estes movimentos contra a primazia da razo e

    do saber.

    32 35 (...) A razo humana no universal, ou pelo menos ela no possui sempre a mesma natureza, as

    mesmas manifestaes e a mesma forma. 32 e 33 36 (...) Todo fato ou fenmeno contm, portanto, um componente irredutvel generalizao e

    impossvel de ser reproduzido completamente por uma pura abstrao conceitual.

    33 37 (...) O saber uma funo da sensibilidade da interpretao, e no propriamente da forma para

    conseguir isso.33 38 A concepo racionalista, que permitiu integrar o homem e a natureza exterior sob o primado de leis

    gerais, contestada, pois a comunho entre homem e natureza no se restringe apenas ao aspecto exterior.

    (...)34 39 (...) A histria aquilo que deveria ser: trata-se de um devir sem ordem regular ou lgica.

    34 40 Finalmente, para estas correntes, a subjetividade um elemento incontornvel na aquisio do

    conhecimento.

    34 41 Em suma, estas correntes contestatrias do racionalismo aceitam vrias vias para a constituio dosaber, inclusive a concepo racionalista. (...)

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    34 e 35 42 Legros, estudando a idia de humanidade no cursos dos tempos modernos, chega a concluses

    bastantes similares. (...)

    36 43 (...) Do ponto de vista de Legros, ele chegou a concluses gerais bastante prximas das que soenunciadas aqui para a geografia.

    36 44 Os termos do debate animado por este conflito da modernidade na cincia so mltiplos.

    37 45 Se o omitssemos a referncia a fsica, poder-se-ia facilmente crer que esta afirmao provm dodebate que abalou a geografia no comeo deste sculo.

    37 46 (...) importante, toda via, compreender que este debate no era exclusivo da fsica, ligado a uma

    insuficincia interna prpria disciplina, mas que ele se inscrevia em um contexto bem mais amplo.

    38 47 (...) As cincias, em geral, viveram mesma natureza.38 48 A epistemologia constitui o ncleo para onde converge o conjunto dessas discusses gerais da cincia.

    38 e 39 49 (...) Diante desta pluralidade de posies, sempre tentador optar por uma ou por outra

    perspectiva, ou mesmo ousar propor uma nova via.

    39 50 (...) Cada manifestao histrica desses plos foi acompanhada de outros elementos e argumentosque no so examinados em nossa resumida descrio.

    39 e 40 51 Desta maneira, a meta focalizar um aspecto dado na evoluo do pensamento cientfico. (...)

    40 52 A inspirao metodolgica destes plos diretamente tributria da concepo weberiana dos tipos-ideais.

    40 53 (...) O tipo ideal fora voluntariamente certos traos, para induzir o aparecimento de uma dada leitura.

    40 e 41 54 (...) Desta forma, a polaridade dual apresentada precedentemente serve para construir duas

    hipteses sobre o desenvolvimento da geografia. 41 55 (...) Anlise e os modelos mais comumente utilizados na interpretao da evoluo epistemolgica da

    geografia.

    41 56 (...) Estimamos que exista uma estrutura comum nas revolues da geografia moderna, mas a

    interpretao da natureza destes movimentos se faz sob uma outra tica.41 e 42 57 (...) A modernidade epistemolgica do ponto de vista das cincias humanas, segundo Foucault,

    portanto compostas de trs modelos, que seguem as trs positividades da modernidade: a vida, o trabalho

    e a linguagem, que formam juntas o discurso cientfico da modernidade. 42 58 (...) Elas constituem, portanto, a interface de todo o conhecimento moderno.

    42 e 43 59 No que se refere aos estudos epistemolgicos histricos, necessrio dizer, antes de mais nada,

    que a abordagem apresentada aqui no se pretende absolutamente histrica.

    43 60 (...) Neste sentido, a histria das idias nos serve de baliza para estabelecer o sentido tomado pela aevoluo da geografia.

    44 61 (...) Os textos e outros autores analisados so bastante conhecidos e a interpretao procurada no se

    fundamenta em seus contextos histricos imediatos.

    45 62 (...) Alguns gegrafos participaram ativamente destas discusses sucessivas da cincia.45 63 Os debates dizem respeito natureza do conhecimento geogrfico, seus mtodos, sua finalidade e sua

    legitimidade cientfica so, pois, o objeto primeiro de nossa anlise.

    46 64 (...) A identificao de alguns momentos da histria desta disciplina, onde esses debates foram maisfortemente vividos ou caracterizam momentos de mudana na orientao do discurso predominante da

    geografia.

    46 65 (...) No discurso dos fundadores, a dualidade valorizada e faz parte de um quadro filosfico que

    justifica a geografia.46 e 47 66 A escolha dos autores e das obras est, portanto, relacionada expresso desta dualidade a

    cada momento do desenvolvimento do pensamento geogrfico.

    47 67 Fica, portanto, claro que esta proposta no pretende acompanhar as mudanas nas perspectivas dos

    autores citados.47 68 (...) A escolha dos autores para caracterizar o ponto de vista de cada corrente da geografia moderna

    no pressupe que eles sejam os nicos representativos para ilustrar estas correntes.

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    47 69 (...) Esta dinmica, como veremos, constante nas correntes da geografia modera e representada deuma certa maneira o movimento mesmo da modernidade em suas formas mais mticas.

    COMENTRIO DO I CAPTULO

    Neste captulo vimos os campos em que a modernidade tem o papel relevante em relao aos termosabordados. Esses termos comeam com a arquitetura, que nos mostra como essa vem se transformando ao

    longo de tempo, tirando uma das obras mais importantes do Brasil na modernidade que se faz na construo

    de Braslia pelo famoso arquiteto internacionalmente conhecido Oscar Niemeyer.

    Tambm vimos transformaes nas artes grficas e no designe ps-moderno; na literatura com Joice,Bicktt, prous e Kayk, e foram ocorridos, tambm transformaes na cinematografia com David Lynch e

    Pedro Almdovam; as inovaes nas cincias ocorrem principalmente com Feyerberd que elaborou a teoria

    cientfica anarquista (entre outras teorias). Paulo Csar da Costa Gomes, tambm expor neste captulo algo que se convencionou chamar de ps-

    modernidade, ou seja, em algumas reas esto sendo feitos os projetos que j superam as caractersticas,

    teses, argumentos e projetos que ocorrem na modernidade.

    A parte principal deste captulo gira em torno das definies e das diferenciaes dos dois plosepistemolgicos da modernidade, ou seja, o novo e o tradicional, o texto fala tambm quais foram os

    caminhos usados para se chegar a essas definies.

    CAPTULO IIOS ELEMENTOS DA ESTRUTURA DO MITO DA MODERNIDADE

    Pgina Pargrafo Os elementos da estrutura do mito da modernidade

    48 01 (...) necessrio reconhecer alguns elementos caractersticos que do sentido e identidade ao grandeleque de movimentos considerados modernos nos diversos campos da criao social.

    48 02 Trs elementos fundamentais so recorrentes no discurso que apresenta o fato moderno: o carter de

    ruptura, a imposio do novo e a pretenso de alcanar a totalidade.

    48 e 49 03 (...) O moderno possui uma ligao intrnseca com a contemporaneidade: substitui alguma coisado passado, defasada ou, simplesmente, alguma coisa que no encontra mais justificativa no tempo presente.

    49 04 (...) Assim, falar do moderno tambm renovar continuamente um conflito, um debate. (...)49 05 (...) No se trata de setores especficos a transformar, mas de toda uma lgica a redefinir.

    49 06 Para compreender essa estrutura repetitiva que cerca sempre a ecloso do fato moderno, podemos

    aproxim-la da estrutura do mito.

    49 e 50 07 Desta maneira, pode-se dizer que a modernidade se renova, como um mito, a cada vez que ocombate entre o novo e o tradicional se constitui em um discurso sobre a realidade.

    50 08 (...) A dinmica do novo, que se alimenta desse discurso, necessita da existncia de um outro modelo

    sobre o qual ela vem periodicamente restabelecer a luta e rejeitar os princpios do mito que o sustenta.

    50 09 sentido que nos permitido refletir sobre um modelo de modernidade dual, onde a continuidade rompida pelo confronto recorrente do novo e do tradicional. (...)

    50 e 51 10 (...) Seria possvel associar, para cada momento da histria e dentro de contextos geogrficos

    bastante diversos, atitudes modernas. (...)51 11 (...) Desde ento, a noo de moderno sempre retomada para indicar uma substituio.

    51 12 (...) Foi apenas no fim do sc. XVIII que se manifestou mais claramente uma idia de modernidade

    independente do modelo da antiguidade.

    52 13 (...) No entanto, apesar desta variedade, este movimento apresenta laos de identidade ecaractersticas comuns facilmente observveis.

    52 14 (...) Dependendo do campo especfico que se examina, o incio da modernidade pode variar

    enormemente.

    53 15 (...) A despeito de mudanas substanciais, o projeto fundamental em vigor ainda o eco dos ideais

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    nascidos no Sculo das luzes. (...)

    53 16 (...) Os novos tempos nutriram-se sobretudo da atmosfera dos grandes centros urbanos: Paris,

    Londres, e Amsterd.53 e 54 17 Esta nova ordem no se difunde uniformemente em todo o territrio da Europa Ocidental, mas as

    novas idias circulam rapidamente.

    54 18 (...) Todavia, somente aos mais civilizados dado o poder de reconhecer dentro da diversidade uma

    natureza comum.55 19 (...) Para alm das fronteiras tradicionais dos Estados nacionais da poca, v-se surgir com fora a

    idia da Europa enquanto uma nova base de identidade.

    55 20 A busca de um idioma para a comunicao fez-se necessrio pelos contatos cada vez mais freqentes

    e pela constituio.

    56 21 (...) Uma nova idia de centralidade surge do cosmopolitismo, fundamentalmente associada aos

    pontos do espao onde nasciam as novas idias.56 22 (...) A nova produtividade exigia controles mais precisos e novas unidades cronolgicas para alcanar

    uma maior eficincia.

    57 23 A modernidade funda tambm, neste momento, uma nova idia de sociedade, distanciada dos cdigos

    da honra e tradio que constituam o sustentculo da estrutura medieval.

    57 e58 24 A base social desta nova organizao foi dada sem dvida pela constituio do Estado moderno.

    58 25 A imagem do Estado deixa gradualmente de ser representada por um personagem fsico para tornar-

    se aquela de territrio.58 26 A criao de uma esfera pblica muito bem descrita por Habermas.

    58 e 59 27 (...) De uma certa maneira, o modelo que aparece nos anos trinta do Sec. XX , baseado nas

    idias de Keynes, a concluso lgica desta evoluo que se inicia com a revoluo Francesa.

    59 28 (...) Todos estes princpios repousam na premissa de uma racionalidade intrnseca, que constitui

    realmente o eixo mais importante daquela poca.

    59 29 (...) A fora da razo, do progresso se imps aquela de antigos hbitos e da histria.

    59 e 60 30 (...) Todas estas revolues procuram estabelecer as bases de uma nova sociedade, radicalmentediferente da antiga, marcando o nascimento de uma civilizao superior.

    60 31 (...) A utopia projeta um mundo plausvel, confortvel e feliz, construdo justamente pela inverso do

    mundo conhecido e convivido.

    60 32 (...) As caractersticas fundamentais as utopias so: a padronizao e a igualdade; a segregao, ou

    cada coisa em seu lugar, e a geometrizao do espao.

    60 e 61 33 (...) A cidade vista como uma totalidade, passvel de ser reconhecida em todas as suas funes

    e dinmicas.

    61 34 (...) O universo urbano o ambiente privilegiado para ilustrar os poderes, desta vez negativos, darazo.

    61 e 62 35 (...) Para quem a tradio e o antigo esto ligados de uma forma intrnseca ao mundo rural e o

    fenmeno urbano maior da modernidade.

    62 36 A reorientao dos percursos de viagem uma outra manifestao desta mudanas de mentalidade.

    63 37 (...) Voltaire, tambm ele, um outro smbolo do Sculo das luzes, viajou apenas pelos pases do

    Norte.

    63 38 (...) O Sculo das luzes, o Sculo da crtica.64 39 Ao nvel das realizaes artsticas, esta discusso faz nascer um duplo modelo.

    64 e 65 40 O ps-modernismo se referem justamente ao outro plo, aquele dos sentimentos, do corao.

    65 41 Gombrich se refere modernidade esttica como a uma revoluo em permanncia.

    65 42 Escolhemos estas caractersticas entre muitas outras que tambm marcaram a ecloso da

    modernidade.

    66 43 A cincia figura sem dvida no cume da retribuio de horizontes qual a modernidade est

    associada.

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    COMENTRIO DO II CAPTULO

    O incio deste captulo fala da modernidade enquanto base para a discusso entre o novo e o tradicional,

    aqui so apresentados referncias positivas e negativas de cada um desses temas. Expem-se tambm, e

    algo que convencionam-se chamar de modernidade dual, que sempre marcada por o confronto entre o

    tradicional e o novo. Fala-se sobre o projeto progressista do iluminismo para se chegar a uma sociedade melhor, e uma

    oposio a cima, os contra-iluminista argumentam sobre as conseqncias da racionalizao na

    modernidade.

    Em certa parte deste captulo, Paulo Csar Da Costa Gomes fala das monarquias absolutistas e da

    revoluo francesa citao de Keymer dizendo que: a revoluo francesa foi o incio de uma evoluo para

    um racionalismo moderno.

    Fala-se tambm nos idealizadores do iluminismo e exps as formas utpicos da poca como na literatura,

    arquitetura, organizao urbana e os anti-utpicos que vencem uma idealizao contnua dos itens expostosanteriormente, o captulo termina com um comentrio sobre a revoluo do porto que segundo Ferry coloca

    em jogo a racionalidade.

    CAPTULO III

    A EVOLUO DO RACIONALISMO MODERNO E O PENSAMENTO DA NATUREZA

    Pgina Pargrafo A evoluo do racionalismo moderno e o pensamento da natureza

    67 01 No se trata aqui de refazer a histria da cincia a partir daquilo que chamamos modernidade.67 02 Uma das marcas fundamentais da cincia racionalista reside na natureza do saber.

    67 03 A revoluo epistemolgica do Sc. XVIII busca uma histria para a cincia.

    68 04 At o fim do Sc. XVIII, a predominncia e o prestgio das cincias eram concedidos s disciplinas

    ditas literrias.

    68 e 69 05 Para que cincia pudesse ser fundada sobre a excelncia do mtodo, uma outra condio deveria

    ser realizada.

    69 06 (...) O saber assim concebido, com suas origens lgicas e racionais.69 07 O novo racionalismo e a cincia moderna nascem no Sculo das luzes e nada imediato.

    69 e 70 08 (...) O conceito ou a idia existiam h muito tempo, no entanto, o corte entre a conscincia

    conhecedora e o objeto a conhecer conferiu um novo papel. (...)

    70 09 (...) Os mistrios da histria da terra passam pelo crivo da geologia nascente.

    70 10 (...) A relao homem-natureza, a conexo de fenmenos naturais na superfcie do globo. (...)

    71 11 (...) Convm agora apresentar brevemente as tendncias mais representativas da reflexo sobre a

    natureza que concernem geografia.

    71 12 (...) O sistema cartesiano foi o primeiro grande modelo de ruptura.72 13 (...) a grande contestao que foi feita a ele concerne manuteno da cauo divina como nica

    prova final.

    73 14 (...) A natureza geomtrica e, pela primeira vez, aparece claramente uma noo abstrata do espao.

    73 15 O modelo cartesiano da cincia teve um grande impacto e marcou uma franca ruptura com o

    pensamento tradicional. (...)

    73 16 (...) A lei da gravitao universal, por exemplo, mostrou que a razo, seguindo este caminho, podia

    explicar todo o mecanismo do movimento celeste.74 17 So foras, no sentido fsico, que movem a natureza.

    74 18 O xito do modelo newtoniano assegurava a continuidade de uma tradio. (...)

    74 19 (...) Contra as idias inatas, ele acreditava que todo o conhecimento vem das sensaes.

    75 20 (...) preciso ter em mente a mudana que sofreu na poca.

    75 21 (...) O importante reconhecer que o homem natureza dentro da natureza. (...)

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    76 22 A grande diferena no sistema de Spinoza que a cincia e a natureza no devem buscar uma

    finalidade na ordem teleolgica.76 23 (...) O princpio da natureza a ordem, mas a razo no est sempre em condies de compreender

    esta ordem.

    77 24 A cincia adquire uma nova importncia nesta poca.

    77 25 (...) O recurso a um encaminhamento pedaggico devia iniciar o leitor nos pontos de vista mais

    recentes. (...)

    77 26 (...) O tema da natureza e da sociedade tambm, nesta obra, central.

    78 27 Esta concepo da natureza parte de uma viso materialista que afirma a unidade de todos os

    fenmenos observveis.78 28 (...) A natureza um plano encadeado e necessrio de fenmenos onde cada um pode ser deduzido

    do outro.

    78 29 A valorizao de um plano natural total ocupou o lugar reservado a uma finalidade externa ao mundo

    at ento atribuda aos desgnios divinos.

    79 30 (...) verdade que o livre arbtrio conservava sempre seu lugar enquanto valor.

    79 e 80 31 (...) Orientao filosfica , pois, o estabelecimento de uma noo de natureza composta de

    fenmenos imbricados em uma cadeia de ligaes necessrias.80 32 (...) A relao entre os diversos climas e os gneros de civilizaes constitua uma parte fundamental

    desta reflexo.

    80 33 A geografia confere a mostesquieu uma grande importncia.

    80 e 81 34 (...) Ser crtico significa ter concepes refletidas, romper com o tradicional pelo recurso razo.

    81 35 (...) A razo tem limites que so dados pela possibilidade da experimentao.

    81 36 No momento em que estabelece os limites entre as coisas em si e o objeto possvel do

    conhecimento ele funda uma revoluo bem descrita por Ferry em sua apresentao de Crtica da razopura.

    82 37 (...) preciso limitar-se as coisas na medida em que esta natureza determinada seguindo leis

    universais.

    83 38 este ponto que divide as concepes distintas entre a filosofia natural e a filosofia da natureza. (...)

    83 e 84 39 Sobre a questo do espao, Kant foi o iniciador de uma reflexo nova.

    84 40 Deve-se mesmo a ele a descoberta do mecanismo dos ventos alsios e das mones.

    84 41 (...) Preparou as mudanas necessrias para o prosseguimento do esprito iluminista no sculo

    seguinte.85 42 O positivismo sem dvida o herdeiro legtimo da cincia do Sculo das luzes.

    86 43 Se por um lado a Histria tinha o papel de evidenciar o progresso cientfico no Sc. XIX, este perodo

    , por outro lado, tambm marcado pelo prestgio de teorias evolucionistas e positivistas.

    86 44 O positivismo no deve ser visto somente como uma teoria da cincia.

    86 45 (...) Esta substituio no sem importncia para o desenvolvimento das cincias sociais.

    87 46 As questes sobre a relao homem e da natureza, a importncia do meio fsico no desenvolvimento

    social, a natureza biolgica como a norma e o modelo. 87 e 88 47 (...) de fato verdade que a histria da cincia serviu como um elemento de relativizao dos

    determinado do positivismo clssico.

    88 48 (...) A filosofia neopositivista foi buscar a validade do conhecimento no estabelecimento de uma

    linguagem lgica, geral e uniforme.

    88 49 As propriedades da estrutura no se confundem com as propriedades de cada termo.

    89 50 (...) A relao entre cultura e natureza tambm encarada a partir desta estrutura e esta relao se

    traduz por manifestaes estruturadas em um discurso que justamente o objeto da psicanlise.90 51 (...) A interdio do incesto, interpretada anteriormente como um fenmeno natural ou funcional.

    91 52 (...) A concepo mecnica e orgnica da relao entre natureza e cultura substituda pela

    perspectiva de um sistema de interaes.

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    92 53 (...) A geografia interessa-se certamente pelo conjunto destas discusses, visto que estes temas esto

    no mago de suas preocupaes.

    RESUMO DO CAPTULO III

    Nesta parte do livro o autor nos mostra algumas marcas no desenvolvimento das cincias e em especificoa geografia, que se passam ao longo da modernidade. Um dos principais marcos foi a revoluo cientifica

    que substituiu as disciplinas literrias pelas cientificas, um de seus fundadores foi Frances Bacon. A obra dos

    filsofos iluministas tambm difundiram novos pontos de vista em relao cincia.

    A natureza aqui vista de diversas formas: Descartes a v como sistemas de leis matemticos

    estabelecidos por Deus, j Newton diz que a natureza um conjunto de foras inteligveis, houve outros

    diversos pontos de vista em relao natureza.

    A cincia como cadeia explicativa, era o instrumento usado para explicar diversos fenmenos como: anatureza, a matemtica, a fsica e a metafsica e etc. Aqui se ouve sobre o ponto de vista de muitos

    pensadores como: Descartes, Newton, Bacon, John Lock, Kant e muitos outros.

    O sculo XIX foi marcado pelo positivismo, que com Augusto Conte se desenvolveu, a biologia positiva

    explica a natureza como um organismo vivo derrubando assim, a teoria metafsica e opondo-se as teorias

    mecanicistas.

    As cincias sociais e as cincias humanas esto nesse perodo muito prximas, ainda que haja diferenas,

    mas, seu objeto de estudo o mesmo, porm, quando o mtodo as cincias sociais buscam inspirao nascincias exatas e naturais.

    CAPTULO IV

    AS CONTRACORRENTES

    Pgina Pargrafo As contracorrentes

    93 01 fundamental, o conjunto, questionar o lugar reservado s cincias humanas dentro deste quadro.

    93 02 (...) Trata-se de traduzir, em uma linguagem clara, objetiva e geral, o movimento do real.94 03 O tempo e o espao so categorias abstratas.

    94 04 (...) a explicao ento normativa, visto que ela faz da realidade uma representao com rigor e

    fora de verdade.

    94 05 (...) Estas crticas, no entanto, as vezes sugeriram verdadeiros sistemas alternativos para a produo

    do saber.

    95 06 (...) Por um lado, certos personagens-chave so identificados como tendo feito parte de mais de uma

    destas tradies.

    95 07 (...) A razo no uma faculdade, um instrumento, ela no se utiliza, de uma maneira geral no huma razo que ns possuamos. (...)

    95 e 96 08 (...) A natureza um todo que regula a ao das foras opostas que tendem mtua destruio.

    96 09 (...) Todas as partes do conhecimento devem ser reenviadas conscincia.

    96 10 A natureza , no sistema de Schelling, e a face da Terra esconde a verdade to bem quanto a revela.

    97 11 (...) Estas idias mantm ligaes estreitas com o desenvolvimento da cincia da poca.

    97 12 (...) O princpio e a finalidade de todas as coisas, em suma, a totalidade.97 e 98 13 (...) O organismo a sntese superior da atividade e da coeso, onde o ideal encontra o real.

    98 14 A operacionalizao deste saber se faz pela observao direta.

    98 15 O mtodo da filosofia da natureza a rejeio da anlise como meio de alcanar um verdadeiro

    conhecimento.

    99 16 Durante os anos seguintes, o sistema de Schelling foi se orientando cada vez mais em direo a um

    plano teolgico e, segundo Brhier.

    99 e 100 17 (...) Este fato no sem imporncia, pois a biologia no Sc. XIX substitui em grande parte opapel exemplar da fsica como modelo da cincia.

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    100 18 (...) Os diversos elementos da natureza so importantes para a experincia da alteridade, mas sua

    percepo somente uma exteriorizao da idia.

    101 19 Trata-se de uma concepo que encontrar eco nas diversas obras geogrficas do Sc. XIX e do

    incio do Sc. XX.

    101 20 (...) Romantismo, a anlise mais controvertida, sobretudo quando se trata de definir os limites e a

    importncia deste movimento.

    101 e 102 21 sempre difcil estabelecer os traos fundamentais do romantismo e um lugar-comum entrecomentadores dizer que h tantos romantismos, quando romnticos.

    102 22 H a uma exaltao do gnio, personagem que sintetiza o talento da expresso e da singularidade.

    102 e 103 23 (...) Toda a influncia da concepo romntica da histria a Edgar Quinet.

    103 24 (...) O mundo ento composto de aglomerados geoculturais, integrados a grandes comunidades.

    103 25 (...) Levado ao extremo, este tipo de nacionalismo pode desembocar em um messianismo idealista,

    agressivo e perigoso.

    104 e 105 26 Os ecos desta concepo na geografia so tambm visveis e vieram seja diretamente pelainfluncia de Herder.

    105 27 O tempo visto como uma rede de inter-relaes que necessrio compreender e interpretar.

    105 e 106 28 A anlise e a interpretao de um fato devem sempre consider-lo dentro da rede de inter-

    relaes no centro da qual ele evolui.

    106 29 Estas significaes no so, portanto jamais absolutas.

    106 30 Junto com a histria, a natureza constitui um tema de predileo romntica.

    106 e 107 31 A histria, impregnada de relativismo, faz do homem um ser livre. 107 32 O homem fala O universo fala tambm Tudo fala Linguagens infinitas.

    107 33 A idia de uma natureza dividida em duas ordens, orgnica e inorgnica, lhes parecia definitivamente

    caduca: a natureza devia ser concebida como um s organismo.

    107 e 108 34 O culto da natureza, enquanto elemento da atmosfera romntica, tambm impregnou certas

    obras literrias da poca.

    108 35 A reflexo romntica se desdobrou sobre os outros planos que so importantes de assinalar

    rapidamente.

    108 e 109 36 A cincia destas formas dada pelo conhecimento de suas expresses particulares. 109 37 O romantismo e a filosofia da natureza constituem, assim, uma outra maneira de conceber a cincia e

    se diferenciam das correntes racionalistas pelo mtodo, os temas e a finalidade do conhecimento.

    109 38 Para construir essa concepo de cincia, tais correntes apelaram para uma razo total que confere

    um lugar divindade, contemplao mstica, poesia e religio.

    109 e 110 39 A caracterstica fundamental deste plo epistemolgico seu carter de oposio e de

    simetria em relao s correntes racionalistas.

    110 40 A origem da hermenutica se situa na Antiguidade, inspirada na mitologia grega de Hermes, Deus dacomunicao, encarregado de trazer as mensagens do Olimpo.

    110 e 111 41 (...) Houve um conflito com os talmudistas a respeito das mensagens da revelao, entre o

    Novo e o Velho Testamento.

    111 42 (...) A interpretao permitiria liberar a mensagem contida em um texto que impenetrvel e obscura

    ao profano.

    11 e 112 43 A dimenso religiosa da hermenutica no acessria.

    112 44 Mais tarde, a hermenutica se constitui em mtodo.112 45 (...) A natureza no se pode jamais ser definida por sua exterioridade.

    112 e 113 46 do maior interesse cientfico saber como o homem chega a operar constituindo e utilizando

    a linguagem.

    113 47 A compreenso foi, ento, promovida a nvel de instrumento epistemolgico.

    113 e 114 48 (...) Compreender o ato de encontrar nos fatos a inteno dos outros, de se colocar em

    comunicao com eles.

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    114 49 preciso notar que a compreenso o instrumento de um novo plo da produo do saber.

    114 50 (...) Modelo clssico de um saber sistemtico, a hermenutica representou uma oposio radical. 114 e 115 51 Os fatos so experincias vividas e as totalidades so compostas pelo que expresso no

    contato com a vida.

    115 52 O estudo da linguagem fundamental, pois a partir da comunicao, do dilogo, que se trocam

    significaes e que a expressividade pode ser entendida.

    115 53 (...) O ser humano tem um projeto de compreenso inerente que substitui a universalidade da

    racionalidade.

    115 e 116 54 Esta cadeia est longe de ser interrompida, pois , nos tempos atuais em que o ps-modernismo se estabelece com uma nova corrente de pensamento. (...)

    116 55 A importncia e o verdadeiro sentido da fenomenologia no pensamento filosfico so objeto de

    grandes discusses.

    116 56 (...) O conhecimento , portanto funo da intuio sensvel e das categorias gerais do conhecimento

    frente diversidade fenomenal.

    117 57 (...) A fenomenologia o caminho cientfico construdo pela conscincia, de acordo com o prprio

    subttulo de sua obra A fenomenologia do esprito. 117 58 (...) A fenomenologia de Husserl se define pela intuio pura, capaz de identificar a essncia das

    coisas atravs de redues fenomenolgicas. (...)

    117 59 A racionalidade , para Husserl, um elemento fundamental da cincia.

    117 e 118 60 Assim, a descrio dos fenmenos substitui a pretenso explicativa do racionalismo.

    118 61 (...) A partir de experincias parciais, um sentido universal que s pode ser contestado por outrasexperincias.

    118 62 O problema metodolgico para ele, antes de tudo, ontolgico. 118 e 119 63 O rigor buscado por Husserl no se prende, portanto, atitude objetiva recomendada pelo

    positivismo.119 64 (...) O grande debate da poca se situava entre uma posio cientificista.

    119 65 (...) Husserl nos responde que a conscincia intencional e que visa um objeto sem recorrer subjetividade.119 e 120 66 A diferena fundamental conscincia se constitui por a sua relao com o mundo.

    120 67 A intencionalidade consiste ento em visar alguma coisa, uma inteno em direo em a umfenmeno.

    120 68 A conscincia sempre conscincia de alguma coisa, e como visa um objeto. (...)120 e 121 69 Em primeiro lugar, o subjetivismo confunde o sujeito do conhecimento e o sujeito psicolgico.

    121 70 O segundo argumento de Husserl baseia-se no fato de que a conscincia se orienta em um mundo deexperincias vividas. 121 e 122 71 O mundo vivido definido, portanto, pelas experincias fenomenais e pelas comunicaes

    intersubjetivas.122 72 O vivido no um sentimento, pois, segundo Husserl, esse ltimo no oferece nenhuma garantia

    contra o mundo imaginrio. 122 e 123 73 (...) Um dos combates fundamentais da fenomenologia foi dirigido justamente contra o

    relativismo cientfico. (...)123 74 (...) A questo sobre a significao resta sem resposta ou, simplesmente, objeto de conjecturascontingente.

    123 e124 75 O mundo constitudo por uma troca de significaes, por uma interao de mensagens, quedefinem o ser em sociedade.

    COMENTRIO DO CAPTULO IV

    As contracorrentes, so no entanto, uma espcie de forma alternativa na produo do conhecimento. Asque sero estudados a seguir so: filosofia da natureza, romantismo, hermenutica e fenomenologia. difcil

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    diferenciar entre correntes, mas, como elas tem seus pontos em comum, tambm tem seus pontos de

    convergncias. A primeira das contracorrentes a filosofia da natureza, ela recebe em seu nome filosofia porque era

    mais racional do que os outros (materialistas). Aqui, a natureza vista como autnoma e independente, etambm como energia universal e como uma fora viva. Na filosofia da natureza, todo, aqui tambm a evita

    conceitos abstratos. Os pensadores mais importantes dessa corrente foram: Schelling, Fitchte, Hegel, entreoutros. O romantismo nasce normalmente , com a publicao de texto de Sturn Und Dragon, obra precisa deste

    movimento alm de ser muito exemplar e verdadeiro, o observador da natureza, aqui visto como um artista,esta corrente o mundo visto como um aglomerado geocultural, nela tambm aparece algo chamado de

    Elipse romntica que o sujeito e o objeto so os focos dessa elipse. O romantismo redefinia o conceito demundo meio ambiente , para eles, a natureza se reproduz de diversas formas, inclusive na forma humana, j a

    cincia construda a partir de uma razo que confere lugar a diversidade e contemplao mstica.

    CAPTULO VPARTE 2 A DINMICA DUAL NO CONTEXTO DA GEOGRAFIA CLSSICA Pgina Pargrafo OS FUNDAMENTOS FILOSFICOS DA GEOGRAFIA CIENTFICA

    127 01 (...) Uma das primeiras tarefas da geografia moderna foi a reutilizao destes conhecimentos,ajustando-os s exigncias do discurso cientfico.

    127 e 128 02 Rompendo com a ordem medieval, a renascena deu duas principais direes geografia.128 03 A retomada da geografia ptolomaica conduziu emergncia, na pesquisa geogrfica, de um modelo

    fundamental que perdurou at o advento da geografia cientfica.128 04 A finalidade da geografia de Ptolomeu era a cartografia.128 05 A imagem que o perodo ulterior renascena reteve dele acentua esta preocupao de explicar a

    terra no que ela tem de geral.128 e 129 06 A conduta consistia em uma discusso sobre a criao do mundo, a forma da terra, os

    crculos, as zonas climticas e alguns temas relativos fsica do globo.129 07 Foi atravs delas que a geografia considerou que era sua tarefa de produzir imagens do mundo.

    129 08 Se a geografia de Ptolomeu pde ser considerada quase como um bblia durante a renascena, umaoutra redescoberta imediatamente posterior veio se juntar tradio geogrfica: a de Estrabo.129 e 130 09 Estrabo recorre a diferentes elementos econmicos, etnogrficos, histricos e naturais, para

    compor a imagem de cada regio.130 10 O gosto pela descrio de aventuras e de epopias vividas em terras desconhecidas explica em

    grande parte o interesse por essas narrativas.130 11 O modelo de Estrabo considerado como histrico descritivo em oposio quele de Ptolomeu.

    130 e 131 12 A anlise do passado , sem dvida, influenciada pela percepo dos temas que nos so atuaise que somos sempre tentados a justificar pelo recurso histria. 131 13 O objeto cientfico homem-meio tornou possvel o estabelecimento de relaes de valor geral,

    conservando a importncia das descries regionais particulares.131 14 Muitos gegrafos modernos no hesitam em ver uma dicotomia entre esses dois modelos.

    131 e 132 15 Os termos deste debate no se limitam exclusivamente geografia.132 16 Na cincia em geral, estes dois procedimentos receberam o nome de nomottico e idiogrfico.

    132 e 133 17 As tradies foram ento reinterpretadas luz da poca, e durante este perodo que foramdefinidos os critrios que permitiam a transformao de um saber em cincia.133 18 A questo de saber se estes personagens podem ser considerados como os verdadeiros fundadores

    de uma geografia humana cientfica o objeto mesmo de um debate entre historiadores.133 19 (...) A relao homem natureza eram ainda de ordem muito geral e continham problemtica muito

    diferentes que, por sua diversidade, no permitiam reconhecer a especificidade do domnio disciplinargeogrfico.

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    133 e 134 20 (...) O ponto de vista moderno da geografia, que considera o homem como um agentetransformador da natureza.134 21 O debate que se desenvolveu no corao da geografia no fim co sc. XIX interpretado como

    sendo a retomada das concepes.134 22 (...) Estes ltimos valorizavam justamente sua tentativa de criar um conhecimento objetivo nas

    cincias sociais.135 23 O desenvolvimento da geografia, propriamente dita, no sc. XVIII foi tambm objeto de uma anlise

    similar feita pelos gegrafos.135 24 O que h de mais notvel que, a despeito da evoluo ligada s numerosas descobertas da poca,

    estas leis induziram a uma certa permanncia na conduta dos gegrafos.136 25 Encontra-se um ponto de vista similar em outros gegrafos.136 26 Elas teriam tambm grandes ecos no pensamento de Humboldt e de Ritter.

    136 27 Essa leitura no especfica dos gegrafos e concepes semelhantes aparecem em pensadoresestranhos geografia.

    137 28 (...) s teorias gerais, anunciavam, um sculo antes, o possibilismo da escola francesa de geografia.137 29 de fato verdade que Volney criticou o determinismo co Esprito das leis.

    138 30 fundamental sublinhar que a interpretao de todos estes autores se articula sempre em torno daoposio binria que assinalamos precedentemente.138 31 A importncia de Kant para a geografia foi primeiro reconhecida na Alemanha por Hettner.

    138 32 Uma primeira questo se impe para saber se o papel de Kant na fundao da geografia modera.139 33 A cincia emprica se referia somente a uma primazia da experincia, sem, no entanto, recusar a

    utilizao de conceitos e categorias advindas do raciocnio. 140 34 (...) , pois, necessrio, para aprender corretamente a geografia de Kant, guarda bem a importncia

    recproca destes dois ramos. 140 35 A geografia, enquanto sistema da natureza, simples objeto de uma conduta geral oposta singularidade do caso especfico.

    140 e 141 36 Com efeito, as cincias empricas, da mesma forma que as cincias tericas, recorrem aconceitos pra organizar os dados sensveis e por isso mesmo no estranhas abstrao.

    141 37 O conceito uma idia pura, construda a partir de uma abstrao que no corresponde a nenhumobjeto d mundo real.

    141 e 142 38 A resposta de Kant para estes problemas se articula em torno da idia de intuio.142 39 A critica de Kant por Schaefer, que o v como fundador do excepcionalismo na geografia, destemodo, ela tambm, contestvel.

    142 40 Qualquer que seja a verdadeira herana de Kant, o que nos parece importante reconhecer so asreinterpretaes feitas pelos gegrafos.

    142 e 143 41 Kant freqentemente apresentado como o primeiro pensador a construir um discursocientfico da geografia.

    143 42 (...) A histria das idias enquanto figura central da hermenutica moderna e da cincia romntica. 143 43 A importncia do espao fundamental e s podemos nos admirar do esquecimento relativo do qualeste autor objeto.

    143 e 144 44 O sistema filosfico construdo por Herder procurava ser um contraponto quele dosfilsofos franceses do sc.XVIII.

    144 45 Devemos examinar mais de perto cada um desses trs elementos que compem esse todo orgnicoque a nao.

    144 46 O segundo elemento fundamental construdo pelos gneros de vida.145 47 Os gneros de vida so, portanto, os meios especficos que cada nao encontra para se enraizar emum dado territrio.

    145 e 146 48 (...) Em outros termos, seu objetivo examinar cada cultura enquanto individualidade, levandoem conta seus contextos geogrficos.

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    146 49 (...) Os comentadores de seus textos sublinhados freqentemente a influncia de Leibniz e a analogiaentre o conceito de mnada e o pensamento herderiano.

    146 e147 50 A palavra divina deve ser decifrada por um trabalho de leitura dentro da melhor tradiohermenutica.

    147 51 preciso tambm notar que o relativismo est na origem do humanismo moderno.147 52 O carter atual do pensamento de Herder reconhecido, por exemplo, por L. Dumont. Este ltimov a uma das vertentes fundamentais da ideologia moderna.

    147 53 inegvel que a obra de Herder apresenta um interesse certo para o pensamento geogrfico.147 e 148 54 O modelo desta dupla filiao intervm de forma recorrente no discurso dos gegrafos.

    148 55 , pois, legtimo interrogar sobre os efeitos desta dualidade no desenvolvimento ulterior da geografia.

    COMENTRIO DO CAPTULO V Atribui-se a emergncia da geografia cientfica s obras de Carl Ritter e Alexandre Von Rumboltd. Arenascena deu dois rumos geografia: primeiramente ela faz nascer a necessidade de um novo modelo

    cosmolgico, e em segundo lugar, ela adota a geografia clssica como fonte primordial de toda inspirao. Arenovao da geografia desse poca caracterizou-se pela descoberta de Ptolomeu e Estrabo.

    Sendo a terra a unidade central do discurso de Ptolomeu, representao da mesma classe o nomecartografia.

    O modelo de Estrabo considerado cientfico como histrico descritivo, e o de Ptolomeu era tido comomatemtico-cartogrfico. Muitos gegrafos no hesitaram de ver uma dicotomia entre estes dois modelos. A aflio da geografia cientfica atribuda a Kant e a Herder, entorno e entre eles gera-se um debate que

    em seu seio discutido inmeros temas relacionados geografia, que vo desde gnese da geografiamoderna at as definies de conceitos.

    CAPTULO VIA EMERGNGIA DA DUALIDADE NO DISCURSO DOS FUNDADORES DA GEOGRAFIAMODERNA

    Pgina Pargrafo A emergncia da dualidade no discurso dos fundadores da geografia moderna.149 01 Os primeiros anos da modernidade so marcados pela produo de uma enorme quantidade de

    dados e de informaes. 149 02 A geografia era ainda muito ligada s narrativas de viagens e no possua, portanto, um corpo de

    interpretao individualizado, capaz de lhe dar uma clara identidade.150 03 (...) A geografia experimentou a necessidade de estabelecer um mtodo legtimo do ponto de vistacientfico.

    150 04 A geografia, conhecida na poca como fsica do mundo, colocou sob suas relaes possveis ainterpretao da dinmica da natureza e de suas relaes possveis com a marcha histrica.

    151 05 (...) Os adjetivos cientfico e moderno so freqentemente aqueles empregados para distinguir aespecificidade de um conhecimento que procede de uma nova preocupao metodolgica.

    151 06 (...) Humboldt soube, graas sua grande cultura, reconduzir essas tradies a um novo modelocientfico e atualiz-las levando em conta as principais descobertas da poca.151 e 152 07 Ele era, sem dvida alguma, um personagem clssico do momento que vivia a Europa.

    152 08 Contudo, importante notar que Humboldt foi tambm contemporneo de um movimento de rupturacom o iluminismo.

    152 09 Os laos que uniam Humboldt a seus contemporneos romnticos foram s vezes estreitos ecarregados de discusses a propsito da cincia.

    153 10 (...) Um dos eixos fundamentais desta corrente justamente a filosofia da natureza.153 e 154 11 A concepo que J. Ritter tinha do universo era a de um organismo impregnado de um mesmofluido vital.

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    154 12 (...) O objeto fundamental era construir uma cincia abertamente associada a um projeto filosfico.154 13 O esprito ecltico de Humboldt lhe permitiu combinar com criatividade as idias recebidas do

    materialismo racionalista com as proposies do idealismo alemo e do romantismo filosfico.154 e 155 14 A ttulo de exemplo, quando Humboldt fazia estudos de botnica, no fim do sc. XVIII, ele se

    mostrou bastante hesitante sobre a questo da anlise das fibras nervosas. 155 15 (...) Humboldt procurou introduzir o vocabulrio cientfico da poca na linguagem do pensamento

    geogrfico.155 16 (...) A segunda fonte de gozo estaria ao prazer intelectual de compreender as leis da natureza.156 17 O recurso dualidade como modelo se inscreve na perspectiva engajada por nossa anlise.

    157 18 (...) A obra de Humboldt apresenta-se atravessada ao mesmo tempo por uma concepo inspiradapela narturphilosophie, em que a natureza susceptvel de entrar em ressonncia com o sentimento objetivo

    daquele que a contempla.157 e 158 19 A leitura da obra de Humboldt nos mostra claramente sua inteno de escrever algo de novo

    ou, menos, de uma forma nova.158 e 159 20 A organizao do cosmos um exemplo desta Nova atitude cientfica.159 21 preciso observar a natureza, utilizando as ferramentas que nos oferece a cincia moderna.

    160 22 Meu ensaio o cosmos a contemplao do universo fundada sobre um empirismo analtico, isto ,sobre o conjunto de fato registrados pela cincia e submetido s operaes do conhecimento que compara e

    combina.160 23 Humboldt nos explica, assim, que as cincias trazem nelas mesmas um germe de destruio e que

    toda certeza no seno um momento passageiro do saber. 160 e 161 24 So a sublinhados sempre s momentos de ruptura, assim como a luta constante entre astradies e o novo.

    161 25 Humboldt comea seus primeiros volumes da fsica do mundo por uma exposio do que aconcepo cientfica moderna da natureza apreendida em seu conjunto.

    162 26 A geografia proposta por Humboldt engloba, portanto, uma reflexo sobre o homem e uma reflexosobre a natureza.

    162 e 163 27 Carl Ritter, ao lado de Humboldt, figura tambm como fundador da geografia moderna ecientfica.163 28 Ritter, tal como Humboldt, pretendia estabelecer as novas bases de um saber organizado e

    metodologicamente rigoroso.163 29 O interesse central de Ritter em estudara natureza jamais eclipsou seu gosto pela filosofia, e isso

    desde sua juventude.163 e 164 30 (...) Se considerarmos o fato de que Schelling era, na virada do sc. XVIII, intelectual mais

    popular da Alemanha universitria.164 31 A filologia se transforma em cincia dos fatos.165 32 No insistiremos sobre a concepo do todo, presente em toda a obra de Ritter.

    165 33 (...) A tarefa fundamental da cincia a de resgatar uma coerncia metafsica a partir da organizaogeral da natureza.

    165 34 As leis dessa harmonia geral constituem objeto fundamental da geografia.165 e 166 35 A simetria e a aparncia informe das obras da natureza desaparecem diante de um exame em

    profundidade.166 36 Os continentes, verdadeiros indivduos da natureza, constituem o objeto primordial do estudogeogrfico.

    166 e 167 37 Toda matria e constituda de propores entre esses elementos.167 38 Na cosmologia pitagrica, todas as coisas so nmeros.

    167 e 168 39 Para Nicolas Obadia, a mstica dos algarismos paradoxalmente o aspecto mais moderno naobra de Ritter.

    168 e 169 40 O tipo de determinismo desenvolvido na obra de Ritter um exemplo de sua conduta

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    metafsica.

    169 41 Estamos efetivamente distantes do determinismo das leis gerais, experimentais e necessrias da formaratzeliana.169 42 A explicao cientfica em Ritter, ou as leis s quais ele se refere em seu discurso no exprimem uma

    racionalidade aplicada observao da natureza.170 43 (...) A atividade cognitiva, contrariamente ao modelo Kantiano, no repousa sobre categorias e

    representaes.170 44 (...) O pensamento de Ritter no se deixa caracterizar unicamente pelo rtulo de teolgico que lhe

    freqentemente aplicado.170 e 171 45 (...) A matemtica no considerada unicamente como um meio de representar fenmenos,mas como sendo ela mesma a expreso de uma lgica viva.

    171 46 (...) O pensamento de Ritter no reside somente na ambigidade que resulta da unio entre umirracionalismo romntico e uma metafsica cartesiana.

    171 47 A geografia demonstra-se capaz de elaborar uma cincia geral dos produtos, ela chegar aevidenciar todas as relaes espaciais necessrias a seu desenvolvimento e, dando a seu objetivo a forma

    cientfica que tanto lhe faltou at aqui, acender ao estatuto de geografia cientfica.172 48 (...) Encontramos em suas obras a dualidade caracterstica da modernidade, a qual se define pelapresena simultnea de posies racionalistas e de posies que lhes opem.

    172 49 (...) Essa dualidade no discurso destes fundadores a concepo de uma cincia que seja ao mesmotempo cosmolgica e regional.

    173 50 (...) Nomes de geografia geral ou sistemtica e de geografia regional.173 51 O gegrafo era um observador da natureza que experimentava ao mesmo tempo um prazer esttico,

    mas tambm um prazer intelectual de compreender as leis naturais.174 52 A hiptese, segundo a qual existe uma ordem escondida ou invisvel que s se desvela ao olharatento do intrprete.

    174 53 (...) preciso sublinhar que, nos casos de Humboldt e de Ritter, os plos epistemolgicos semisturam em propores variveis, sem aparncia contraditria.

    COMENTRIO DO CAPTULO VI

    Estes captulo vem por em relevo as dualidades presentes, principalmente nas obras de Alexandre VonHumboldt e de Carl ritter, dos discursos que atuaram nos processos de sistematizao da geografia. Alexandre Von Humboldt considerado uma cosmogonha da modernidade, foi ele um dos principais

    atuantes no processo de sistematizao da geografia, Humboldt foi muito influenciado pelos idiasiluministas francesas e por pensadores como:Herder e Alexandre se encaixava em uma corrente chamada de

    romantismo. A geografia proposta por Humboldt engloba reflexes sobre os homens e a natureza. Por este programa

    de Alexandre comea a construir as bases de uma nova cincia e rica em climas, um dos principais papis dageografia moderna essa de produzir um discurso e uma imagem coerente do mundo. Carl Ritter, assim como Humboldt, tambm ajudou a estabelecer as bases para o processo de

    sistematizao da geografia. Ritter propunham a geografia uma conduta moderna visando generalizao e oestabelecimento de leis. Esse discurso era de acordo como o pensamento racionalista. Uma caracterstica

    marcante de Ritter foi sua diferenciao com o determinismo e suas argumentaes baseadas na matemticae na lgica.

    Nos casos de Ritter e de Humboldt, os plos epistemolgicos se misturam em propores variveis, semopinies contraditrias. O principal legado desses autores foi a posterior sistematizao da geografia como

    cincia.

    CAPTULO VII

    RACIONALISMO E LEGITIMIDADE CIENTFICA: O CASO DO DETERMINISMO

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    Pgina Pargrafo Racionalismo e Legitimidade cientfica: O caso do determinismo

    175 01 O determinismo talvez to antigo quanto faculdade de refletir.175 e 176 02 A cincia, em sua forma predominante desde o sc. XVIII, criou uma forte identidade entre o

    pensamento cientfico e a deduo determinista.176 03 O sujeito conhecedor opera ordenados os fatos, criando cadeias lgicas e um modelo racional.176 e 177 04 (...) A conduta determinista pretende dar conta dos fatos em toda sua diversidade.

    177 05 A cincia em sua forma determinista se prope a tudo explicar sobre uma lgica e o que no podeainda figurar nesse plano explicativo.

    177 e 178 06 (...) Durand afirma que a geografia se encontrar de novo com os estudos particulares.178 07 (...) Ao antecipar os resultados, o determinismo permite uma ao no mundo.

    178 08 Estas duas caractersticas do determinismo nascem da associao entre o conhecimento positivo e acincia normativa.178 e 179 09 (...) verdade que na cincia contempornea no se trata mais de um determinismo

    mecanicista. 179 10 A tendncia atual de graduar os efeitos da verificao e de explorar a relativizao das condies

    da experimentao.179 11 (...) Os discursos alternativos no so capazes de preservar o papel, a importncia e as instituies

    do mundo dito cientfico.179 12 A crtica do modelo determinista mesolgico pode ser interpretada como sendo refutao a todo equalquer gnero de determinismo.

    180 13 As posies expostas no do nenhum sinal de um consenso possvel.180 14 A filosofia possui uma enorme tradio em relao a essa temtica.

    180 e 181 15 (...) A anlise da bibliografia mostra, no entanto, que um certo ponto de vista foi privilegiado: aoposio entre o determinismo e o possibilismo.

    181 16 Nosso objetivo mostrar que existem outras vias na afirmao do determinismo em geografia, semque elas estejam necessariamente ligadas questo homem-meio.181 17 Segundo Claval, a tradio determinista na geografia conheceu trs grandes momentos na histria: a

    tradio mdica hipocrtica, a leitura teolgica da natureza, e a retomada no sc. XVIII pelos naturalistas efilsofos.

    181 e 182 18 A primeira tradio atribui uma importncia fundamental aos elementos naturais na constituioda filosofia humana.

    182 19 preciso notar bem Montesquieu queria, antes de tudo, determinar as fontes objetivas dos diferentestipos de constituies polticas.182 e 183 20 O determinismo teolgico de Herder se dirige antes para uma leitura prxima do no

    racionalismo.183 21 A posteridade deste modelo, estranho sociedade racionalista, foi assegurada na geografia de Ritter

    e, depois, por E. Reclus.183 22 Neste domnio, no h interveno divina e o mtodo capaz de produzir um conhecimento a cincia

    objetiva.183 e 184 23 O terceiro tipo de determinismo geogrfico encontrou sua inspirao nas idias doevolucionismo.

    184 24 (...) Essa disciplina era considerada como um longo inventrio de dados e informaes sem nenhumapreocupao de sistematizao.

    184 e 185 25 Desta forma, o pensamento de Ratzel teve um papel de mudana paradigmtica nasconcepes geogrficas.

    185 26 Ratzel pretendeu demonstrar a necessidade das relaes enre os diversos gneros de comunidadesconcebidas como organismo.

    185 e 186 27 A anlise de Ratzel descrevia vrios gneros de dinmicas territoriais, tentando traar umquadro geral ou um modelo para essas dinmicas.

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    186 28 (...) O determinismo geogrfico tem forte conexo com o problema filosfico que ope necessidade

    e liberdade. 186 e 187 29 No fim do sc. XIX, a biologia foi considerada como um novo paradigma para as outras

    cincias em razo do sucesso da teoria evolucionista. 187 e 188 30 O discurso ratzeliano recoloca a geografia na modernidade cientfica.

    188 31 Se o determinismo foi tomado para significar que a natureza est submetida s leis, no permitindonenhuma exceo, ento isto apenas o senso comum de toda a cincia moderna.188 32 Todas as vezes que o tema da objetividade, do modelo racionalista ou da cincia positiva

    abordado.188 e 189 33 (...) O determinismo enquanto mtodo jamais questionado.

    189 34 O mtodo materialista histrico nico a poder proporcionar o entendimento cientfico em termosdas contradies inerentes de uma sociedade histrica particular.

    190 35 Este o caso se julgarmos os comentrios crticos dos marxistas e dos gegrafos da nova geografia.190 36 A outra perspectiva crtica se inscreve na tradio que se ope ao racionalismo.

    COMENTRIO DO CAPTULO VII Neste captulo vimos as bases do determinismo e os argumentos para a sua legitimao, como forma de

    justificativa para os fenmenos estudados por quase todas as cincias. O determinismo , sem dvida, uma noo central para a cincia racionalista, mas seus limites,

    importncia, contedos e seus objetivos so sempre centrais em grandes debates. A abordagem deterministaconsidera que todos os acontecimentos so produtos diretos das causas externas atraentes. O determinismo pretende das contas dos fatos em to da sua diversidade. Podemos coloar uma evidencia

    os princpios metodolgicos do determinismo: a verificabilidade, a generalidade, apositividade e aobjetividade.

    Nas cincias contemporneas no tratam de um determinismo mecanicista, ao critrios feitos aodeterminismo so responsveis pelo abrandamento do modelo inicial.

    No determinismo houve uma enorme bibliografia sobre ele, mas, sua maioria, o ponto de vista privilegiadofoi a oposio entre o determinismo e o positivismo.O objetivo dos autores aqui : mostrar outras vias deafirmao da geografia no determinismo.

    Para Claval, o determinismo conhecem trs grandes momentos: a tradio mdico, hipocrtica retomadapelo naturalismo, a leitura teolgica da natureza de inspirao herdeliana e a nascida de evolucionismo de

    Darwin.

    CAPTULO VIIIVIDAL: UM CRUZAMENTO DE INFLUNCIASPgina Pargrafo Vidal: Um cruzamento de influncias

    192 01 (...) A geografia vidaliana nutriu tantas discusses e crticas, que pode parecer temerrio pretenderpropor-lhe uma nova leitura.

    192 e 193 02 A primeira tarefa que se impe neste percurso talvez o reconhecimento.193 03 (...) Essas reaes beberam em fontes variadas, notadamente em autores como Hegel, Schelling,

    Aristteles e, sobretudo, Kant.193 04 (...) O relativismo cientfico do criticismo ensina que toda certeza ou conhecimento est inscrita nos

    dados de uma experincia relativa a um fenmeno.193 e 194 05 (...) Correntes filosficas do final do sc. XIX terminou por conduzir a, nas nenhumaconciliao.

    194 06 Os pares de temas recorrentes: liberdade/necessidade, probabilidade/determinismo.194 07 Esta denominao faz referncia ao fato de, por um lado, eles tentarem renovar o espiritualismo

    ecltico.195 08 (...) O hbito um ato inteligente, mas sem conscincia.

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    195 09 Nota-se que o dualismo continua, apesar da distncia em relao s idias primordiais de Kant.195 10 A contingncia , no entanto, um dado irredutvel que recoloca em questo o saber estruturadoexclusivamente sobre suas regularidades.

    196 11 O encontro da cincia e da religio um trao caracterstico desses autores.196 12 (...) O aspecto quantitativo no deve fundir os eventos distintos em uma s progresso uniforme.

    196 13 Esta dualidade a mesma que o faz distinguir sociedades estveis e fechadas.196 e 197 14 (...) Um movimento geral de crtica se manifestou no seio das disciplinas contra o modelo

    dominante cientfico/positivista. 197 15 Trabalhava-se com a idia de causalidade, pois no haveria outros meios e estabelecer relaes semcair em um subjetivismo e, portanto, em uma relatividade absoluta.

    197 16 A diversidade destas posies traduz bem a atmosfera dos ltimos anos do sc. XIX e do incio dosc. XX.

    197 17 A existncia recorrente de um conjunto de atitudes de recusa ao racionalismo como um movimentoclaramente identificvel.

    198 18 A anlise destas categorias e de seu papel pode, pois, revelar certos aspectos negligenciados daepistemologia vidaliana. 198 19 (...) Nem a escala, nem o tipo de fenmeno era importantes; quer ele fosse essencialmente natural

    (paisagem no humanizada), quer fosse humano poderia sempre ser considerado como um organismo.198 20 O recurso noo de organismo, emerge uma certa concepo que no parece necessitar de outras

    explicaes.199 21 O organismo possui uma causalidade que, em ltima instncia, sua realizao enquanto ser.

    199 22 O organismo, por ser gerador de energia, d assim garantias de continuidade e de unidade.199 23 Na verdade, a physis um movimento de vir a ser, a forma reunindo a matria e a finalidade em umconjunto sinttico e total.

    199 24 A idia de meio para Vidal tem a mesma caracterstica sinttica e circular.200 25 Este campo de ao, o meio, que o domnio epistemolgicos da geografia, se define por sua

    maneira de ser.200 26 O estudo do meio era o ponto de partida da pesquisa geogrfica.

    200 27 (...) Como os outros elementos do meio, o homem age sobre seu meio ambiente ao mesmo tempoque sofre sua ao.200 e 201 28 (...) Ela tem o papel central na organizao do meio.

    201 29 (...) O discurso de Vidal se parece s vezes com uma descrio da luta aberta entre cultura enatureza.

    201 30 As armas deste combate so dadas pela cultura e a civilizao se resume na luta contra estesobstculos [naturais].

    202 31 preciso, sem dvida, abordar aqui a questo da relao entre o meio e a ao humana.203 32 (...) A natureza prepara os stios, o homem cria o organismo.

    203 33 nessa relao entre o gnero de vida e a obra de transformao humana, tomada globalmente, quese situa a prpria essncia do objeto da geografia.204 34 A matria , assim, o conjunto das condies que devem ser realizadas para que uma forma, o meio,

    possa aparecer.204 35 A geografia torna-se o inventrio destas aes que, enquanto realizaes concretas essenciais,

    contm toda explicabilidade.205 36 Identificamos uma certa estrutura circular a respeito das noes de organismo e de meio.

    205 e 206 37 sem dvida exagerado e mesmo apressado, luz dos paralelos que estabelecemos entre odiscurso lablacheano e uma certa metafsica ou romantismo.206 38 Talvez no exista filiao entre a geografia de Vidal e uma corrente filosfica precisa.

    207 39 A sano social era, portanto, um conceito arbitrrio, til anlise de um certo tema, ma sem valorexplicativo em si.

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    207 40 (...) Durkheim visava a dar cincia social instrumentos metodolgicos capazes de torn-la toobjetiva e positiva quanto s cincias emprico-formais.

    207 41 (...) importante para pensar a epistemologia vidaliana, pois seus principais adversrios eram osdiscpulos diretos de Durkheim que formaram a escola da morfologia social.208 42 Sem dvida alguma, suas crticas eram dirigidas contra a utilizao que a escola francesa fazia de

    conceitos como o de regio.208 e 209 43 (...) No pensava em uma geografia identificada a um objeto ou a um campo determinado que,

    por si mesmo, a individualizaria em relao s outras cincias.209 44 A geografia deve integrar os fatos que as outras disciplinas estudam separadamente.

    209 45 (...) Como Vidal recusava todo sistema apriorista, essa observao devia se produzir pelo contatodireto com a realidade estudada.210 46 (...) Para cada regio, existe um movimento particular resultante das combinaes mltiplas entre os

    elementos que a compem.210 e 211 47 A descrio era o esclarecimento dos fatores responsveis por cada paisagem.

    211 48 (...) O papel da intuio era fundamental para a observao. Pelo contato direto com as regies, osgegrafos percebiam plano de sua estruturao.

    211 49 A antiga hermenutica no est muito longe o comportamento desses gegrafos, leitores eruditosdas paisagens e das regies.212 50 O comum est escondido atrs de cada fato individual, e o papel da analogia , portanto, o de

    revel-lo. 212 51 Ele insiste, tambm em afirmar que o objetivo final do processo cientfico era o de conduzir ao

    estabelecimento de leis e de regularidade.212 52 O geral deve se ligar aos estudos particulares, da mesma maneira que se deve sempre procurar nos

    casos particulares indcios de regularidades.213 53 Vidal vislumbrava a possibilidade e que a multiplicao das foras criativas das paisagens permitiriaum dia a enunciao de regularidades das leis.

    213 54 preciso ver que Vidal dava uma enorme importncia ao mtodo como fator definidor da geografia.214 55 parcialmente verdade que existe em Vidal um certo compromisso com o modelo cientfico-

    positivista.214 56 A influncia da biologia evolucionista marcante e freqente ocupa um lugar de ncleo explicativo.

    214 e 215 57 (...) Quando se trabalha dentro de uma viso evolucionista, o diferente sempre reduzidosemelhante.215 58 (...) Um Vidal positivo que afirmava que a geografia era uma cincia que analisa, classifica e

    compara.215 e 216 59 (...) As sociedades no so semelhantes e produzem respostas diferentes e no-

    hierarquizadas, como o esquema previsto no evolucionismo clssico.216 60 As categorias sintticas utilizadas no discurso de Vidal tm pouco poder explicativo, quando

    integradas a esta viso hierarquizada.216 e 217 61 (...) O desenvolvimento e as mudanas de dinmica impuseram novas maneiras de ver, de

    pensar e de organizar as regies.217 62 A indstria, o comrcio e mesmo a agricultura so fenmenos que conheceram uma importnciacrescente e causaram as transformaes na maneira e conceber a administrao e planificao da poca.

    217 63 (...) Um novo contexto espacial regional, mais ou menos especializado em funo da ao doscentros urbanos, transformados nos novos plos dinmicos da vida econmica e social.

    217 64 (...) A temtica se parece com aquela que sar mais tarde retida como o objeto de uma geografiamoderna.

    217 e 218 65 Vidal no faz nenhuma referncia s categorias sintticas descritas anteriormente. 218 66 (...) A despeito destas condies, o modelo e a estrutura das Rgions franaises so to diferentes,que somos levados a ver uma certa dualidade na obra e no pensamento de Vidal.

  • 218 e 219 67 (...) H uma preocupao com a construo de um corpo cientfico pela observao decausas regulares.

    219 68 Vidal faz permanentemente uso da descrio de casos especficos em sua argumentao.220 69 A primeira parte deste trabalho tentou mostrar que tais modelos so constitutivos da prpria

    modernidade.220 70 interessante ver que ele se refere, por exemplo, a Humboldt e a Ritter, retendo de cada um delesum aspecto desta dualidade e encontrando na reunio dos dois o sentido global da geografia.

    220 e 221 71 Para Vidal, estes modelos podem ser integrados, a posteridade teve a tendncia a v-lo comoposies antagnicas

    221 72 Em conseqncia, o que entendemos hoje como dualista era talvez bem diferente nos tempos deVidal.

    221 73 As bases da epistemologia vidaliana, luz de suas influncias diversas espiritualistas, metafsicsa,cientficas, etc.221 74 Vidal viveu uma poca de grandes discusses sobre os limites de validade da cincia e sobre o

    melhor mtodo para produzi-la.

    COMENTRIO DO CAPTULO VIII Neste captulo, as idias expostas faziam referencias s influncias que Vidal de La blache foi

    submetido, por assim dizer. A ausncia relativa de referncias explicita a de relaes imediatas entre a obra e uma doutrina definidano a expresso de uma negligncia terica. Vidal no se restringe a realidade , e ele tambm cria

    categorias, noes gerais interligados que compem as noes de sua discusses tericas. Na obra de Vidal, existem quatro idias principais: organismo,meio, ao humana, e gnero de vida, a que

    o autor define e diferencia cada um desses conceitos pondo em evidencia argumentos de vrios autores. Neste captulo, encontramos tambm, um dos principais problemas epistemolgicos vidalianos: como

    conceber o fato de que o homem, por sua atividade, seja mestre do seu meio, se ele esta submetido a este? Vidal viveu em uma poca de grandes discusses sobre os limites de validade da cincia e sobre o melhormtodo para produzi-la. De um lado, Vidal sempre manteve um discurso sobre a importncia da busca da

    generalizao e de leis explicativas. De outro, aproveitou-se do renascimento da tradio metafsica e deseus prolongamentos como a Filosofia da Natureza e o Romantismo. Talvez resida a o classicismo da obra

    de Vidal, nem moderna e nem tradicional.

    CAPTULO IXA RENVAO CRTICA

    Pgina Pargrafo A renovao crtica223 01 O objetivo maior durante este perodo era, ento, o de construir uma geografia universal,demonstrao final da excelncia do mtodo regional.

    223 e 224 02 (...) No entanto, no conjunto, era a regio, vista enquanto entidade real e evidente, queconcentrava quase todo interesse.

    224 03 Este perodo identificado como apogeu da influncia da escola francesa de geografia.224 04 (...) A meno das monografias regionais desperta, seno o desprezo dos gegrafos mais

    racionalistas.224 05 O contexto mais geral da crtica das monografias bem conhecido agora.

    224 e 225 06 A partir da virada do sculo, no entanto, o culto ao positivismo cientfico comeou a serobjeto de vrias crticas.225 07 (...) O nico modo de conhecer, para as cincias o esprito, a interpretao.226 08 As crticas ao positivismo clssico deixaram, portanto, aparecer proposies que faziam apelo ao

    poder da intuio. 226 09 (...) Este quadro, todavia, foi, em grande parte, desenhado pelos anos ulteriores que, querendo

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    retornar ao positivismo, buscavam valorizar justamente as fraquezas metodolgicas desta geografia doincio do sculo, julgada como ultrapassada e pr-cientfica. 226 10 (...) Os principais parmetros sofreram redefinies, e, em lugar de falar de determinismo, o novo

    racionalismo se exprimia pela probabilidade.226 e 227 11 (...) A metafsica , portanto, vista como o pior inimigo do mtodo cientfico.227 12 A bem da verdade, as idias deste grupo s conseguiram se impor nas cincias sociais depois dasegunda guerra mundial.

    227 13 A base de seu sistema a vontade, uma vontade que antes de tudo guiada pelo interesse deutilidade.228 14 Elas esto conscientes dos limites que preciso impor explicao cientfica e tambm desconfiadasem relao s pretenses do positivismo clssico.228 15 (...) O objetivo mostrar como a perspectiva neo-positivista na geografia se constitui

    progressivamente antes de se disseminar verdadeiramente nos anos cinqenta com a nova geografia.228 e 229 16 (...) A despeito deste grande lapso temporal e de algumas diferenas significativas, pensamosencontrar a uma via comum.229 17 (...) Tiveram tambm grande ressonncia na comunidade geogrfica e marcaram fortemente aseqncia dos debates nesta disciplina.

    229 18 A geografia norte-americana deve sua reputao inicial a dois autores principais muito populares: W.Morris Davis e Ellen C. Semple.230 19 (...) A perspectiva determinista foi o trao dominante de quase toda a geografia nos Estados Unidos. 230 20 Em vrias partes, uma significativa atividade est sendo manifestada, provavelmente influenciada em

    certas medidas pelas correntes anti-intelectuais. Em todo caso, uma sacudidela vigorosa est em marcha.230 21 A proposio de Sauer concernente ao estudo da paisagem era precisamente uma tentativa deresolver estes problemas maiores da geografia da poca.231 22 (...) A geografia, cincia que busca o sentido da distribuio e da associao espacial das formas efenmenos, deve ser capaz de interpretar as configuraes morfolgicas que estrutura o espao e seus

    processos de desenvolvimento no tempo.231 e 232 23 A natureza da geografia, freqentemente objeto de ponto de vistas diferentes, deve se limitarao que evidente, da mesma forma que as outras disciplinas.232 24 O mtodo proposto por Sauer fundado sobre a anlise da organizao sistemtica das formas queesto na base de toda organizao sistemtica das formas que esto na base de toda estrutura espacial.

    232 25 A conseqncia direta deste raciocnio o fato de que a geografia regional considerada como asntese e o objetivo ltimo do trabalho geogrfico.232 e 233 26 (...) As formas so a expresso local e emprica de um sistema abstrato funcional-lgico.233 27 (...) A transformao do tradicional em moderno se opera por intermdio de um mtodo cientfico

    sobre um contedo do conhecido h muito tempo.233 28 Tal perspectiva est em perfeita consonncia com o pensamento positivista/racionalista.234 29 As monografias regionais procedentes de sua escola expressaram, muito mais adequadamente doque o que foi feito depois.234 e 235 30 O racionalismo j viu dias melhores

    235 31 (...) Finalmente, Sauer afirma que o mtodo morfolgico no nega o determinismo, sem, noentanto,aderir a ele.235 32 (...) As dimenses esttica e subjetiva de uma paisagem existe sempre, mas no fazem parte dointeresse cientfico.235 e 236 33 (...) A cincia sempre fundada sobre um mtodo objetivo, e a geografia deve ter

    constantemente esta preocupao de preciso, rigor e generalidade.236 34 (...) A redao de the nature of Geography, 14 anos depois, tributria, alis, das discussesocorridas na associao dos gegrafos americanos.236 35 A soluo proposta tambm era semelhante e consistia em fundar a geografia regional sobre um

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    mtodo objetivo e positivo.236 e 237 36 A primeira, originria das tradicionais escolas do Leste e do Meio-Oeste, seguiu umaabordagem regionalista e emprica.237 37 Hartshorne dedicava uma grande parte de seu trabalho ao exame crtico das proposies de Sauerconcernentes ao estudo das paisagens.

    237 e 238 38 (...) H na histria da geografia uma enorme variedade de acepes possveis para esta noo.238 39 (...) Haveria tantas geografias histricas, quantas regies, pois cada uma possui seu tempo prprio.238 40 (...) Trata-se de uma proposio que no encontra eco na histria da geografia e significa, portanto,a excluso de fenmenos tradicionalmente estudados por esta cincia.

    238 e 239 41 (...) O ponto de partida da anlise de Hartshorne a valorizao das tradies que formam ageografia clssica.239 42 (...) A paisagem no pode, portanto, estar limitada ao imediatismo dos sentidos.239 e 240 43 (...) Para fundar um verdadeiro conhecimento cientfico, preciso primeiro compreender asignificao e a importncia de um fenmeno em sua relao com os outros.

    240 44 (...) A regio , ao mesmo tempo, o campo emprico da observao e o campo das verificaes derelaes gerais.241 45 O estatuto cientfico da geografia dado tambm por sua relao com as outra disciplinas, e atambm o mtodo tem um papel fundamental.241 e 242 46 Os conceitos e as categorias que guiam a observao e a descrio cientfica so exemplos

    desta conduta de generalizao e objetivao do saber.242 47 (...) O individualismo provm de uma conceitualizao genrica com relao a um modelo arbitrrioe racional.243 48 (...) Um gegrafo pouco conhecido, nos prope uma viso completa dos princpios que guiaram a

    posio de Hartshorne a propsito da natureza da geografia.244 49 (...) A crtica de Schaefer dirigida contra o classicismo do pensamento geogrfico.244 50 A cincia aplica a cada caso um conjunto de raciocnios e de leis que deve ser vlido para explicartodos os outros casos semelhantes.244 51 (...) Hartshoner implicava um procedimento compreensivo, e no a busca de leis, que a

    caracterstica fundamental da cincia moderna.245 52 Considera-se, geralmente, que este artigo marca o fim de uma poca, a da geografia clssica.245 53 A passagem de uma posio clssica para uma perspectiva moderna se faz atravs de um corte clarocom o passado.245 54 (...) Assim, o que suficiente para caracterizar a geografia moderna seu alinhamento ao mtodo

    cientfico.245 e 246 55 A linguagem das cincias o elemento fundamental do mtodo cientfico.246 56 (...) Este perodo clssico reconhecia a importncia da definio de um mtodo para a afirmao deum saber moderno.

    246 57 O culturalismo de Sauer, o mtodo regional de Hartshorner e a crtica racionalista de Schaefer sosem dvida alguma, temas reapropriados pelas correntes ulteriores.

    COMENTRIO DO CAPTULO IX Os anos posteriores a I guerra mundial foram marcados por uma reao crtica em relao aos tempos

    gloriosos das monografias regionais na geografia. O objetivo durante este perodo era o de construir umageografia universal. Para representar esse perodo de transformaes escolhemos trs autores: Carl Sauer, RichardHartshorne e Fred Schaefer. O objetivo era mostrar a perspectiva neopositivista na geografia se constituemantes de se disseminarem nos anos 50 com a nova geografia.

    Eles encararam trs reaes criticas e, ao analisar o desenvolvimento da geografia na poca e,propuseram vias originais para sua renovao.

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    A posio de Sauer se inscreve em uma perspectiva em face de racionalismo estrito, ele se mostravacritico a respeito da produo de monografias insuficientemente consistente do ponto de vista metodolgico.

    Para Harthorne, a geografia deve proceder anlise racional da realidade, organizando categorias gerias etipologias funcionais explicativas. Para Schaefer, existia apenas um mtodo cientfico aplicado a todas as disciplinas, consagra, portanto, umcorte maior no pensamento geogrfico. O culturalismo de Sauer, o mtodo regional de Hartshorne e a critica racionalista de Schsefer, so temas

    reapropriados pelas correntes ulteriores que as retomaram nos termos ES sb a forma dos debates cientficosatuais.

    CAPTULO X

    PARTE 3 O ADVENTO DOS TEMPOS MODERNOSPgina Pargrafo O horizonte lgico- formal na geografia moderna249 01 As dificuldades de dilogo e de comunicao so aparentemente as causas da disperso geogrficadas escolas e crculos organizados nesta poca. 250 02 A quantificao efetivamente um de seus aspectos mais familiares.

    250 e 251 03 A identidade de um objeto deve ser expressa pela identidade do signo e jamais por um signode identidade.251 04 (...) A abstrao da lgica hegeliana, situada na base deste raciocnio, vista por Moore comosendo ilegtima.251 e 252 05 (...) O recurso utilizado por Moore em seu percurso crtico consistia na anlise das

    proposies do discurso dos neo-hegelianos.252 06 Esta nova forma de lgica recebeu a denominao de moderna, pois tem como pressuposto ser maisobjetiva, geral e precisa do que a lgica tradicional.252 07 A filosofia analtica no se caracteriza pela busca de conceitos gerais para estruturar a reflexo.

    252 08 A associao entre estrutura da linguagem e verdade deduzida da tese do paralelismo lgico-fsico.253 09 As outras disciplinas deveriam buscar, no modelo da matemtica, sua coerncia, rigor e objetividade.253 10 O primeiro composto de preposies dotadas de sentido.253 e 254 11 (...) Conhecimento pela construo de modelos lgicos que restituem o comportamento dosfatos no mundo real.

    254 12 Os modelos lgicos foram utilizados na cincia, notadamente em razo do prestgio da fsicaquntica.2