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ALUNA: ANA CLARA SUZART LOPES DA SILVA
CURSO: DIREITO
SEMESTRE: 2013.2
GRADE: 1
MATÉRIA: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE DIREITO
PROFESSOR: FLORA ARANHA
DATA: 11/01/14
ORA: COMP!NDIO DE INTRODUÇÃO " CI!NCIA DO
DIREITO
AUTORA: MARIA HELENA DINIZ
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CAP#TULO 3$ A NORMA %UR#DICA
A própria natureza humana exige a convivência em sociedade, visto que
o homem é, ao mesmo tempo, indivíduo e ente social, associando-se
naturalmente a fim de alcançar os seus obetivos! "oda sociedade exige o
estabelecimento de normas urídicas que regulem os atos de seus
componentes, obrigando, permitindo ou proibindo, a fim de restringir a
liberdade humana em prol da coletividade! #essa forma, as normas de
direito s$o imprescindíveis % existência da sociedade, delimitando a
atividade humana e preestabelecendo o campo dentro do qual pode agir,
traçando assim as diretrizes do comportamento humano na vida social!
&egundo 'hering, a norma urídica é o instrumento elaborado pelos
homens para lograr aquele fim consistente na produç$o da conduta
deseada! &endo assim, a norma urídica é a (coluna vertebral) do corpo
social! *onsiderando-se que o poder político tem como funç$o organizar as
atividades inter-relacionadas dos indivíduos componentes da sociedade, para que uma norma sea tida como urídica ela precisa decorrer de um ato
decisório do poder, sea este, constituinte, legislativo, udici+rio, executivo,
comunit+rio e coletivo ou individual, bem como estar entrosada com o
ordenamento urídico da sociedade política! Ainda segundo elsen, o
direito regula sua própria produç$o e aplicaç$o, a funç$o normativa de
autorizar ou de permitir confere a alguém o poder de estatuir e aplicar a
norma!
referido ato decisório, imprescindível % classificaç$o da norma como
urídica, n$o é apenas uma condiç$o técnica necess+ria % validade da norma
urídica, mas também uma exigência irrecus+vel e inevit+vel dos valores
humanos de certeza e de ordem social! &endo assim, tal poder n$o constitui
uma força arbitr+ria, pressupondo sempre uma série de valores humanos,de certeza e ordem social para a elaboraç$o da norma urídica! *ontra as
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leis n$o conformes % ordenaç$o da sociedade política ou aos valores sociais
nela vigentes n$o faltam meios constitucionais para neutraliz+-los, a
exemplo do habeas corpus, do impeachment e do direito de resistência, nos
casos de abuso de poder! A resistência legítima dever+ ter seus efeitos em
proporç$o aos desmandos governamentais!
A escolha decisiva do poder, segundo .an Ac/er, pode ser determinada
por um valor absoluto, exclusivo, unívoco e homogêneo, que vai ser
realizado na pura imanência do decorrer histórico, bem como podem ser
inspiradas em valoraç0es relativas % situaç0es históricas presentes, mas
an+logas %s valoraç0es feitas para outros momentos históricos, além de
poder ser norteada por valores relativos, equívocos e heterogêneos,
exclusivamente adaptados a situaç0es histórico-culturais particulares e
diversas, sem nenhuma analogia ou nexo comum entre si! 1esse 2ltimo
caso, a norma urídica depender+ da valoraç$o subetiva do uiz ou do
legislador, ou se reduzir+ a uma mera fórmula técnica de conduta, austada
a in2meras situaç0es sociais!
governo, portanto, só ser+ legítimo se estiver a serviço daquilo para
cua realizaç$o se constituiu a comunidade! &egundo 3odoffredo "elles 4r,
se alguém for coagido a cumprir uma norma que n$o estea harmonizada
com a ordenaç$o da sociedade política, essa coaç$o é uma violência
contr+ria % norma urídica! A norma urídica, por corresponder a
necessidades de ordem, de equilíbrio, de ustiça, cuas raízes se fundam
numa determinada realidade social, n$o pode ser criaç$o arbitr+ria do poder
que emana!
*ódigo *ivil tornou o direito de resistência autoexecut+vel ao retirar
a ilicitude dos atos praticados em legítima defesa, no exercício regular de
um direito reconhecido e em estado de necessidade! *ódigo 5enaltambém o reconhece implicitamente ao excluir da criminalidade os
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referidos atos! Até mesmo a constituiç$o reconhece-o implicitamente ao
legitimar a defesa do homem contra a opress$o ao em alguns dispositivos
constitucionais!
&egundo .an Ac/er, a situaç$o de fato que origina a norma urídica n$o
preestabelece o retrato sucinto de eventos naturais como as leis físico-
químicas, na realidade é uma tentativa opcional e provisória de disciplinar
lógica e axiologicamente uma conduta f+tica humana, de acordo com os
valores prevalecentes na sociedade, inobstante historicamente vol2veis! 1a
referida situaç$o de fato n$o devem ser incluídos apenas fatos no sentido
estrito do comportamento, mas normas que dever$o ser revogadas,
modificadas ou mesmo ressalvadas! *ada norma urídica incide na
qualificaç$o típica, lógica e axiológica de uma situaç$o de fato, definindo
um fato urídico tipológico e suas respectivas consequências axiológicas!
Apesar das normas serem oriundas das realidades contingentes do grupo
social que tem de reger e disciplinar, verifica-se em toda parte,
principalmente no 6rasil, um desaustamento entre a realidade material dos
fatos e a realidade formal das normas urídicas! &endo assim, in2meras
normas permanecem apenas como letra morta, tendo vigência legal, porém
sem efic+cia real! A norma urídica encontra-se sobre o meio social, sendo
fundadas pelos fins sociais, ora sofrendo inunç$o dos fatores sociais, ora
sobre eles reagindo e orientando!
*aso situem-se sob o 7ngulo do obeto, os indivíduos observar$o a
norma como uma realidade 8ntica, para estabelecer o (ser) da norma
urídica, optou-se pela teoria dos obetos de 9usserl! A norma urídica
encontra-se na zona do universo chamada (cultura)- mundo do construído
pelo homem em raz$o de um sistema de valores! #essa forma, a norma
urídica é um obeto estabelecido pelo homem em raz$o de um fim edirigido % liberdade humana, com existência real no tempo :é alter+vel,
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revog+vel e substituível; e no espaço! A norma urídica é composta de um
(substrato) :a conduta humana em interferência intersubetiva; e um
sentido :a express$o de um valor;!
A norma urídica nasce de uma decis$o do homem entre m2ltiplas
possibilidades, porque norma implica eleger baseando-se num uízo de
valor! A norma urídica deve ser sempre uma tentativa no sentido de
realizar a ustiça, que é o valor que compendia, unitariamente todos os
valores urídicos! conhecimento da norma urídica se resolve numa
(compreens$o de sentido), ela n$o pode ser explicada!
A conceituaç$o da norma urídica tem se colocado como um problema,
diante dos in2meros pontos de vista distintos que tornam-na mais
complexa! &endo assim, é essencial buscar a conceituaç$o obetivamente,
evitando a consideraç$o de in2meros aspectos n$o necess+rios e, dessa
forma, conclus0es divergentes!
A conceituaç$o da norma urídica dever+ ser real essencial, além deuniversal, abstraindo todo conte2do contingente, vari+vel, heterogêneo,
considerando as essências que s$o permanentes e homogêneas! problema
do conceito da norma urídica é filosófico, por implicar investigaç0es sobre
relaç0es entre normas éticas e urídicas e exigir a elucidaç$o de muitos
conceitos com os quais a norma urídica se compenetra!
< possível atingir a essência da norma urídica, isto é, o seu conceito,
graças a uma intuiç$o intelectual pura, ou sea, purificada de elementos
empíricos, além de racional! A partir de tal essência ideal, é possível
formular o seu conceito universal! &endo assim, o método a ser utilizado
deve ser intuitivo, afastando-se do dedutivo e indutivo!
As normas urídicas, cua pluralidade constitui a ordem urídica vigente
para cada cultura, apresentam conte2do que varia de acordo com as épocas,
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lugares e políticas dominantes! 'nobstante, é importante destacar que o
conte2do é vari+vel, mas n$o a norma urídica! "odas as normas urídicas
têm em comum a sua essência, estas, porém n$o se confundem, visto que
s$o respectivamente obeto real e obeto ideal! A essência é obeto ideal,
visto que é atemporal, n$o est+ no espaço, é irreal, n$o depende de
experiências, é alcançada n$o por meio dos sentidos, mas da intuiç$o
intelectual, além de ser neutra ao valor!
A norma urídica é uma norma de conduta que prescreve como se deve
conduzir a conduta de cada um! #essa forma, como explicita 3eraldo
Ataliba, este coando n$o se dirige %s coisas, nem mesmo ao homem, mas
ao comportamento humano! "al norma é imperativa como toda norma
destinada a regular o agir do homem e a orient+-lo para suas finalidades! As
normas urídicas s$o manifestaç0es de um ato de vontade, essa referida
vontade é socialmente condicionada, como o próprio =achado 1eto
afirma, a sociedade cerca os indivíduos de todos os lados, socializando-os e
enculturando-os a cada passo!
elaborador das normas apenas traduz o pensar e o sentir da
coletividade! A vontade supracitada n$o é psicológica, mas deontológica,
ou sea, express$o de fins que nascem do reconhecimento de valores como
raz$o da conduta social! &egundo elsen, a norma n$o seria um imperativo
e sim um uízo de (dever ser), hipotético que estabelece como devida uma
certa conduta e vincula ao fato de produzir-se esta uma determinada
consequência, também devida! 5ara *arlos *ossio, as normas urídicas n$o
contém mando algum, n$o s$o imperativas, na verdade colocam-se ao lado
da conduta como esquemas cognitivos!
1a segunda fase do seu pensamento, elsen cancela a sua atitude
antiimperativista, distinguindo as proposiç0es urídicas das normas urídicas! As normas urídicas teriam car+ter imperativo, sendo fontes de
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direito, + que imp0e obrigaç0es e conferem direitos, sendo assim o obeto
de tais regras seria regulamentar a conduta! As proposiç0es urídicas,
entretanto, tem por miss$o conhecer a norma urídicas e descrevê-las, n$o
podendo nada prescrever, dessa forma, sendo definidas como uízo
hipotético condicional que contém uma enunciaç$o sobre a norma urídica!
5ara a concepç$o /elsiniana, o conceito de sanç$o e de ilícito é
correlato, a sanç$o é consequência do ilícito e o ilícito é pressuposto da
sanç$o! ilícito n$o é negaç$o, mas condiç$o do direito! >ogo, segundo
9ans elsen, o ilícito n$o é um fato que est+ fora ou contra o direito, mas
est+ dentro do direito, por ser por ele determinado, pois o direito pela sua
própria natureza se refere a ele!
9ans elsen denominava como norma prim+ria, aquela que imprimia a
sanç$o :dada a n$o prestaç$o, deve ser sanç$o;, + a secund+ria seria a que
concerne % conduta lícita! #essa forma, na teoria de elsen, só a primeira
era verdadeiramente uma norma, visto que a secund+ria era um simples
derivado lógico da prim+ria!
elsen abandona a terminologia supracitada e passa a chamar as normas
secund+rias de n$o aut8nomas, reduzindo, ent$o, todas as normas a um só
tipo, imperativo sancionador que prescreve que se deve punir tal
comportamento se este acontecer, com determinada pena! As normas
urídicas, portanto, os moldes /elsinianos, s$o comandos dirigidos aosórg$os para que apliquem sanç0es! As normas n$o aut8nomas supracitadas
n$o estatuem sanç0es, mas só valem quando se ligam a uma norma
estatuidora de sanç$o, ou sea, aut8noma!
*arlos *ossio critica a antiga distinç$o de 9ans elsen, afirmando que
é err8neo considerar como autêntica a norma prim+ria, relegando ?
secund+ria ao papel de um mero recurso de linguagem! &endo assim,
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segundo *ossio, (dado um fato temporal deve ser prestaç$o pelo sueito
obrigado face ao sueito pretensor, ou, dada a n$o prestaç$o deve ser a
sanç$o pelo funcion+rio obrigado face % comunidade pretensora) :dado @",
deve ser 5 ou dado 1$o 5 deve ser &;! *ossio incorpora os dois modos de
ser da conduta em face da norma conduta permitida- (endoderma), e a
proibida e sancionada- (perinorma)! 9ans elsen criticou *ossio,
afirmando que este deveria ter colocado (e se n$o) no lugar do (ou)!
A norma urídica é sempre um imperativo e pode ser formulada sob a
forma de um uízo hipotético condicional, disuntivo, conuntivo ou
adversativo, conforme a posiç$o usfilosófica do urista! A norma urídica
prescreve o que deve ser a conduta dos simples indivíduos, autoridades e
instituiç0es na vida social! As normas ética consistem em definir as
condutas devidas e os comportamentos proibidos! A norma costumeira, de
trato social, moral, religiosa e urídica é sempre medida daquilo que se
pode ou n$o se pode praticar, do que se deve ou n$os e deve fazer, sendo
mandamentos imperativos!
A caracterizaç$o da norma urídica como imperativo é insuficiente
porque n$o permite diferenci+-la do heterogêneo conunto de normas que a
vida em sociedade nos oferece, visto que todas as normas s$o dotadas de
sanç$o, porém essas s$o distintas! A sanç$o moral, oriunda do desrespeito a
uma norma moral pode causar sanç$o individual e interna, ou sea, da
consciência :arrependimento, vergonha, remorso;, ou a sanç$o externa,
como a opini$o p2blica que pode gerar desconsideraç$o social!
A sanç$o é sempre medida ligada % violaç$o do possível da norma e n$o
% norma urídica! Bst+ sempre prescrita em norma urídica antes mesmo que
haa violaç$o! #essa forma, as normas urídicas s$o divididas em prim+rias,
que prescrevem mandamentos e secund+rias, que determinam sanç0es! A
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secund+ria funda-se na prim+ria, pois a sanç$o só é possível sobre a base da
violaç$o de um dever!
As sanç0es prescritas nas normas urídicas podem ser civis, penais,
administrativas, processuais, fiscais, comerciais e trabalhistas! #e acordo
com sua natureza, podem ser restitutivas :visam % reposiç$o das coisas no
estado anterior em que estavam antes da violaç$o da norma;,
compensatórias :abrangem a indenizaç$o ou reparaç$o de dano;,
repressivas :constituem as penas em geral do direito criminal ou penal;,
advenientes :sanç0es que consistem na perda de um direito; e preventivas
:constituídas por medidas de segurança estabelecidas em lei por motivos de
precauç$o;!
5ara outros autores a coaç$o é o elemento essencial específico da norma
urídica! < importante ressaltar que sanç$o e coaç$o n$o se confundem, a
sanç$o é uma consequência urídica prevista pela norma urídicaC a coaç$o
é sua aplicaç$o efetiva! s adeptos da teoria do coativismo sustentam que a
nota especificadora da norma urídica reside no uso da força! 'nobstante, a
norma n$o age, logo n$o coage, apenas prescreve a conduta daquele que
pode exercer coaç$o! &endo assim, a coaç$o n$o é exercida pela norma
urídica, mas por quem é lesado pela violaç$o dela, visto que se a norma
urídica fosse coativa, a coaç$o seguiria, necessariamente, a sua violaç$o,
mas nem sempre isto ocorre!
A violaç$o de uma norma urídica pressup0e, necessariamente, a sua
existência, de maneira que a norma é anterior % coaç$o! 5ortanto, n$o é a
norma urídica que depende da coaç$o, mas é esta que depende daquelaC
logo, a coaç$o amais poderia ser um elemento essencial % norma!
Bxistem autores que ulgam que a norma urídica exerce contínua
coaç$o sobre todos, pelo medo que inspiram as consequências decorrentes
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de sua violaç$o! "rata-se de uma coaç$o psíquica, ou melhor, da coerç$o!
Bntretanto, a coerç$o n$o é privativa da norma urídica, pois o
cumprimento de normas morais pode também ser motivado pelo medo das
consequências que decorrem de sua violaç$o! A coerç$o física e psíquica
n$o entra na constituiç$o da norma urídica, mas é um elemento importante
na vida do direito, um remédio que socorre a norma quando violada!
A norma urídica é bilateral, visto que contrap0e umas pessoas a outras
atribuindo-lhes pretens0es e deveres correlatos, estabelecendo entre elas
uma relaç$o e um limite, caso o limite n$o sea respeitado e se a esfera
urídica de outro sueito for invadida, atribui-se a este o poder de repelir a
transgress$o! elemento essencial específico da norma urídica passou a
ser a atributividade, que é a qualidade inerente % norma urídica de atribuir,
a quem seria lesado por sua eventual violaç$o, a faculdade de exigir do
violador, por meio do poder competente, o cumprimento dela ou a
reparaç$o do mal sofrido!
'nobstante, 3odoffredo "elles 4r realizou uma longa meditaç$o e
concluiu que a norma urídica n$o possui nenhuma faculdade de exercer
reaç$o contra quem quer que sea, visto que a faculdade é uma qualidade
inerente ao homem ou propriedade da personalidade é um poder de agir!
Ainda segundo o autor, a essência específica da norma de direito é o
autorizamento, porque o que compete a ela é autorizar ou n$o o uso dessa
faculdade de raç$o do lesado! A norma urídica autoriza que o lesado pela
sua violaç$o exia o seu cumprimento ou reparaç$o do mal causado!
A norma urídica apresenta como notas essências a imperatividade e o
autorizamento! A norma urídica é imperativa porque prescreve as condutas
devidas e os comportamentos proibidos e, por outro lado, é autorizante,
uma vez que permite ao lesado pela sua violaç$o exigir o seu cumprimento,a reparaç$o do dano causado ou ainda a reposiç$o das coisas ao estado
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anterior! 5or conseguinte, a norma urídica se define como ensina
3odoffredo "elles 4r, (imperativo-autorizante)!
A norma moral e a urídica têm uma comum base ética, ambas
constituem normas de comportamento! "odas as normas s$o imperativas
porque fixam as diretrizes da conduta humana, entretanto só a urídica é
autorizante, porque só ela d+ ao lesado pela sua violaç$o o poder de exigir
o seu cumprimento ou a reparaç$o do mal sofrido!
A norma urídica, como + citado, é bilateral, enquanto as outras normas
s$o unilaterais, visto que apenas imp0em dever, prescrevendo umcomportamento, mas n$o autorizam ninguém a empregar coaç$o para obter
o cumprimento delas! utra distinç$o é que o cumprimento das obrigaç0es
morais deve ser volunt+rioC a obrigaç$o urídica, entretanto, pode ser
satisfeita inclusive mediante o uso de medidas repressivas!
As regras urídicas s$o as que garantem a ordem necess+ria %
consecuç$o dos obetivos sociais, aquelas que ordenam quais as condutasdo sueito imprescindíveis aos demais, + as morais, destinam-se a
aprimorar a comunh$o humana de um grupo social que + est+ ordenado
pelas normas de garantia ou urídicas! Além disso, as regras urídicas s$o
heter8nomas, visto que s$o postas por terceiros, e enquanto n$o forem
revogadas ou n$o caírem em desuso, obrigam e se imp0em contra a
vontade dos obrigados! 'nobstante, a norma moral é aut8noma, por ter como fonte a própria natureza, o sueito é autolegislador!
As normas urídicas quanto % imperatividade podem ser de
imperatividade absoluta ou impositivas, também chamadas absolutamente
cogentes ou de ordem p2blica, estas proíbem alguma coisa :obrigaç$o de
fazer ou de n$o fazer; de modo absoluto! As normas impositivas tutelam
interesses fundamentais, diretamente ligados ao bem comum, por isso
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também chamadas de (ordem p2blica)! As normas urídicas podem ser
ainda de imperatividade relativa ou dispositivas, que n$o ordenam nem
proíbem de modo absolutoC permitem aç$o ou abstenç$o, ou suprem
declaraç$o de vontade n$o existente! Dma norma dispositiva pode tornar-se
impositiva, em virtude da doutrina e da urisprudência, como verifica
3odoffredo "elles 4r!
As normas urídicas quanto ao autorizamento podem classificar-se
em mais que perfeitas :as que por sua violaç$o autorizam a aplicaç$o de
duas sanç0es a nulidade do ato praticado ou o restabelecimento da situaç$o
anterior e ainda a aplicaç$o de uma pena ao violador;, em perfeitas :aquelas
cua violaç$o leva a autorizar a declaraç$o da nulidade do ato ou a
possibilidade de anulaç$o do ato praticado contra sua disposiç$o e n$o a
aplicaç$o de pena ao violador;, em menos que perfeitas :as que autorizam,
no caso de serem violadas, a aplicaç$o de pena ao violador, mas n$o a
nulidade ou anulaç$o do ato que as violou; e em imperfeitas :aquelas cua
violaç$o n$o acarreta qualquer consequência urírica;! As normas
imperfeitas quanto ao autorizamento, embora n$o tenha natureza de norma
urídica, adquire efic+cia urídica quando cumprida!
As normas quanto % hierarquia classificam-se em normas
constitucionais, leis complementaresC leis ordin+rias, leis delegadas,
medidas provisórias, decretos legislativos e resoluç0esC decretos
regulamentaresC normas internas :despachos, estatutos, regimentos etc!;C
normas individuais :contratos, testamentos, sentenças etc;!
As normas quanto % natureza de suas disposiç0es podem ser
substantivas :definem e regulam relaç0es urídicas ou criam direitos e
imp0em deveres; ou adetivas :regulam o modo ou o processo de efetivar
as relaç0es urídicas ou de fazer valer os direitos ameaçados ou violados;!Euanto % aplicaç$o, as normas urídicas podem ser de efic+cia absoluta,
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caso seam insuscetíveis de emenda, contendo força paralisante total de
toda a legislaç$o que vier a contraria-las, de efic+cia plena, quando
suficientes para disciplinar as relaç0es urídicas ou o processo da sua
efetivaç$o, por apresentar todos os requisitos necess+rios para produzir os
efeitos previstos imediatamente, de efic+cia relativa restringível, s$o de
aplicabilidade imediata, porém s$o sueitas a restriç0es impostas pela
atividade legislativa e de efic+cia relativa complement+vel, tem a
possibilidade de produzir efeitos imediatamente, porém depende de uma
norma posterior que lhe desenvolva a efic+cia, permitindo o exercício do
direito ou benefício consagrado!
As normas urídicas quanto ao poder de autonomia legislativa podem
ser nacionais e locais :conforme vigorem em todo território do país ou em
parte dele, embora ambas seam oriundas da mesma fonte legislativa;C
federais, estaduais e municipais :caso se tratem de normas da Dni$o, dos
Bstados @ederados ou dos =unicípios; cada uma dessas esferas territoriais
tem sua competência normativa estabelecida na norma constitucional!
&$o leis federais a norma constitucional e suas leis complementares,
além de leis, códigos, medidas provisórias e decretos federais, editados pela
Dni$o ou qualquer de seus órg$os! &$o leis estaduais a *onstituiç$o dos
estados e leis complementaresC leis, códigos e decretos estaduais, emitidos
por entes estaduais! 1$o h+ hierarquia entre leis federais, estaduais e
municipais, esta somente existir+ no caso de possibilidade de concorrência
entre as diferentes esferas de aç$o! &e é da competência exclusiva do
Bstado a elaboraç$o de sua *onstituiç$o, norma da Dni$o sobre essa
matéria n$o tem o cond$o de excluir a lei estadual! < importante ressaltar
que as 2nicas normas urídicas que têm prevalência no 6rasil, sobre as
demais s$o as normas constitucionais federais!
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As normas urídicas quanto % esquematizaç$o podem ser esparsas ou
extravagantes :editadas isoladamente;, codificadas :constituem corpo
org7nico de normas sobre certo ramo do direito; e consolidadas :uma
reuni$o de leis esparsas vigentes sobre determinado assunto;! < importante
ressaltar que os códigos, classificados como norma urídica codificada, n$o
é um complexo de normas, mas uma lei 2nica que disp0e sistematicamente
sobre um ramo urídico!
1a validade é possível distinguir a vigência como validade formal ou
técnico-urídica, a efic+cia como validade f+tica e o fundamento axiológico
como validade ética! A validade seria um complexo com aspectos de
vigência, efic+cia e fundamento, sendo esses três aspectos essenciais da
validade, requisitos para que a norma urídica sea legitimamente
obrigatória!
A vigência, validade formal ou técnico-urídica, é uma qualidade da
norma de direito! 5ara elsen, vigência seria a existência específica da
norma, indicando uma propriedade da relaç$o entre normas, dessa forma,
uma norma inferior só ser+ v+lida se se fundar em uma superior, reveladora
do órg$o competente e do processo para sua elaboraç$o! < imprescindível
para que tenha vigência que a norma sea elaborada por um órg$o
competente, que é legítimo por ter sido constituído para tal fim, a matéria
obeto da norma deve estar contida na competência do órg$o e os
procedimentos ou processos estabelecidos em lei para a produç$o da norma
deve ser respeitado!
#essa forma, vigente ser+ a norma se emanada do poder competente
com obediência aos tr7mites legais! 5ara ser v+lida, a norma precisar+ estar
integrada no ordenamento, retirando sua validade de outra normas que
condicionam a competência eFou determinam os fins! &egundo elsen, anorma v+lida, vigora para certo período de tempo e determinado espaço!
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A vigência pode coincidir com a validade, mas nem sempre, pois
nada obsta que uma norma v+lida, cuo processo de produç$o + se
aperfeiçoou, tenha sua vigência postergada! < importante ressaltar que as
normas nascem com a promulgaç$o, mas só começam a vigorar com a sua
publicaç$o no #i+rio ficial! #e forma que a promulgaç$o atesta sua
existência e a publicaç$o, sua obrigatoriedade! vigor é uma qualidade da
norma relativa ustamente ? sua força vinculante, pela qual n$o h+ como
subtrair-se ao seu comando!
órg$o elaborador pode fazer com que a data de publicaç$o e a
entrada em vigor coincidam, caso haa um intervalo, este é denominado
vacatio legis, que tem sua duraç$o sueita a dois critérios de prazos
progressivo :a lei entra em vigor em diferentes lapsos de tempo, nos v+rios
estados do país; e 2nico :a sua obrigatoriedade é simult7nea em todo o
país;! A norma urídica pode ter vigência tempor+ria ou determinada, pelo
simples farto de que o seu elaborador + fixou-lhe o tempo de duraç$o! A
norma de direito pode ter vigência para o futuro sem prazo determinado,
durando até que sea modificada ou revogada por outro, trata-se do
princípio de continuidade! < importante ressaltar que as normas só podem
ser revogadas por outras de hierarquia igual ou superior!
A revogaç$o é tornar sem efeito uma norma, retirando a sua
obrigatoriedade, h+ duas espécies de revogaç$o a ab-rogaç$o :supress$o
total da norma anterior; e a derrogaç$o :torna sem efeito parte da norma;! A
revogaç$o pode ainda ser expressa, quando o elaborador da norma declara
a lei velha extinta em todos os seus dispositivos ou aponta os artigos que
desea retirar ou t+cita, se houver incompatibilidade entre a lei nova e a
antiga, pelo fato de que a nova passa a regular inteiramente a matéria
tratada pela anterior!
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A lei nova pode modificar ou regular de forma diferente, a matéria
versada pela norma anterior, sendo assim, podem surgir conflitos entre as
novas disposiç0es e as relaç0es urídicas + definidas sob a vigência da
antiga norma! 5ara solucionar tal quest$o, s$o utilizados dois critérios o
das disposiç0es transitórias :disposiç0es que tem vigência tempor+ria com
o obetivo de resolver e evitar os conflitos ou les0es que emergem da nova
lei em confronto com a anterior; e o princípio da retroatividade e da
irretroatividade das normas :em regra, a norma só diz respeito a
comportamentos futuros, embora possa referir-se a condutas passadas,
tendo, ent$o, força retroativa;! 1$o se pode aceitar a retroatividade eirretroatividade como princípios absolutos, o ideal seria que a lei nova
retroagisse em alguns casos e em outros n$o!
Bm raz$o da soberania estatal, a norma aplica-se no espaço
delimitado pelas fronteiras do Bstado, dessa forma, ela possui uma vigência
espacial delimitada! 'nobstante, o principio da territorialidade n$o pode ser
aplicado de modo absoluto, visto que a comunidade humana tem se
alargado no espaço, relacionando-se com pessoas de outros Bstados!
#estarte, deve-se admitir o sistema da extraterritorialidade para tornar mais
f+ceis as relaç0es internacionais, sendo assim aplica-se a norma em
território de outro estado, segundo os princípios e convenç0es
internacionais! 6rasil adota a doutrina da territorialidade moderada, visto
que h+ um limite % extraterritorialidade da lei, visto que atos, sentenças eleis estrangeiros n$o devem ser aceitos caso ofendam a soberania nacional,
a ordem p2blica e os bons costumes!
As normas quanto ao domínio pessoal da validade podem ser gerais,
impondo deveres a todas as pessoas compreendidas na classe designada
pela norma, e individuais, quando obrigam a um ou v+rios membros da
mesma classe, individualmente determinados!
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problema da efic+cia da norma urídica diz respeito % quest$o de se
saber se os seus destinat+rios austam ou n$o seu comportamento, em maior
ou menos grau, %s prescriç0es normativas, isto é se cumprem ou n$o os
comandos urídicos, se os aplicam ou n$o! 9+ casos em que o órg$o
competente emite normas que, por violentarem a consciência coletiva, n$o
s$o observadas, nem aplicadas, só logrando, por isso, ser cumpridas de
modo compulsório, a n$o ser quando caírem em desusoC consequentemente
têm vigência, mas n$o possuem efic+cia espont7nea! < importante ressaltar
que vigência n$o se confunde com efic+cia, porém nítida é a relaç$o entre
estas, visto que a norma deixar+ de ser vigente, se permanecer duradouramente eficaz! mínimo de efic+cia é condiç$o de vigência da
norma, logo, se ela nunca puder ser aplicada pela autoridade competente
nem obedecida pelo seu destinat+rio, perder+ sua vigência!
A norma ser+ eficaz se tiver condiç0es f+ticas de atuar, por ser
adequada % realidade :efic+cia sem7ntica;C e condiç0es técnicas de atuaç$o
:efic+cia sint+tica;, por estarem presentes os elementos normativos para
adequ+-la % produç$o de efeitos concretos! A efic+cia social seria a efetiva
correspondência da norma ao querer coletivo, ou dos comportamentos
sociais ao seu conte2do!
A finalidade da norma urídica é implantar uma ordem na vida social!A
ustiça, que compendia todos os valores urídicos, é a raz$o de ser ou
fundamento da norma, esta exige que todos os esforços legais se diriam no
sentido de atingir a mais perfeita harmonia na vida social, possível nas
condiç0es de tempo e lugar!
A norma de direito é real, algo que tem consigo o seu valorC é um ser
cultural a que corresponde um valor :dever ser;! sentido da norma é ser
ela um instrumento de realizaç$o de determinado valor a ustiça! A ideia de ustiça contida na norma, além de ser um valor :dever ser;, é ideológica,
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por se assentar na concepç$o do mundo que emerge das relaç0es concretas
do social, + que n$o pode subsistir desconectada da história, cada época
apresenta uma concepç$o de ustiça que depende das condiç0es sociais de
certo momento e lugar!
voc+bulo ustiça é an+logo, mas apresenta duas significaç0es
fundamentais obetiva :indica uma qualidade da ordem social; e subetiva
:designa qualidade da pessoa, virtude ou perfeiç$o subetiva;! A ustiça, no
sentido subetivo, consiste na virtude de dar ao individuo seu direito, e no
obetivo, designa a ordem social que garante a cada um o que lhe é devido!
Bm sentido próprio, inobstante, ustiça é a virtude da convivência humana,
ou sea, de dar a cada individuo o que lhe é devido, segundo uma igualdade
simples ou proporcional, exigindo, portanto, uma atitude de respeito para
com os outros! As três notas essenciais a ustiça s$o a alteridade, o devido e
a igualdade simples ou proporcional!
Bxistem duas modalidades de ustiça a particular :obeto é o bem
particular; podendo ser comutativa :um particular d+ a outro particular o
bem que lhe é devido, segundo uma igualdade simples ou absoluta; , ou
distributiva :a sociedade d+ a cada particular o bem que lhe é devido
segundo uma igualdade proporcional ou relativa;! 1esse 2ltimo caso, o
grupo social reparte aos particulares aquilo que pertence a todos
assegurando-lhes uma equitativa participaç$o no bem comum, conforme a
necessidade, o mérito e a import7ncia de cada individuo! A outra
modalidade é a social, geral ou legal, quando as partes da sociedade,
governantes e governados, indivíduos e grupos sociais, d$o % comunidade o
bem que lhe é devido observando uma igualdade proporcional! s
membros da sociedade d$o a esta sua contribuiç$o para o bem comum, que
é o fim da sociedade e da lei!