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 ALUNA: ANA CLARA SUZART LOPES DA SILV A CURSO: DIREITO SEMESTRE: 2013.2 GRADE: 1 MAT ÉRIA: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE DIREITO PROFESSOR: FLORA ARANHA DATA: 11/01/14 ORA: COMP!NDIO DE INTRODUÇÃO " CI!NCIA DO DIREITO AUTORA: MARIA HELENA DINIZ

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8/17/2019 Fichamento - COMPÊNDIO DE INTRODUÇÃO À CIÊNCIA DO DIREITO- MARIA HELENA DINIZ.docx

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ALUNA: ANA CLARA SUZART LOPES DA SILVA

CURSO: DIREITO

SEMESTRE: 2013.2

GRADE: 1

MATÉRIA: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE DIREITO

PROFESSOR: FLORA ARANHA

DATA: 11/01/14

ORA: COMP!NDIO DE INTRODUÇÃO " CI!NCIA DO

DIREITO

AUTORA: MARIA HELENA DINIZ

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CAP#TULO 3$ A NORMA %UR#DICA

A própria natureza humana exige a convivência em sociedade, visto que

o homem é, ao mesmo tempo, indivíduo e ente social, associando-se

naturalmente a fim de alcançar os seus obetivos! "oda sociedade exige o

estabelecimento de normas urídicas que regulem os atos de seus

componentes, obrigando, permitindo ou proibindo, a fim de restringir a

liberdade humana em prol da coletividade! #essa forma, as normas de

direito s$o imprescindíveis % existência da sociedade, delimitando a

atividade humana e preestabelecendo o campo dentro do qual pode agir,

traçando assim as diretrizes do comportamento humano na vida social!

&egundo 'hering, a norma urídica é o instrumento elaborado pelos

homens para lograr aquele fim consistente na produç$o da conduta

deseada! &endo assim, a norma urídica é a (coluna vertebral) do corpo

social! *onsiderando-se que o poder político tem como funç$o organizar as

atividades inter-relacionadas dos indivíduos componentes da sociedade, para que uma norma sea tida como urídica ela precisa decorrer de um ato

decisório do poder, sea este, constituinte, legislativo, udici+rio, executivo,

comunit+rio e coletivo ou individual, bem como estar entrosada com o

ordenamento urídico da sociedade política! Ainda segundo elsen, o

direito regula sua própria produç$o e aplicaç$o, a funç$o normativa de

autorizar ou de permitir confere a alguém o poder de estatuir e aplicar a

norma!

referido ato decisório, imprescindível % classificaç$o da norma como

 urídica, n$o é apenas uma condiç$o técnica necess+ria % validade da norma

 urídica, mas também uma exigência irrecus+vel e inevit+vel dos valores

humanos de certeza e de ordem social! &endo assim, tal poder n$o constitui

uma força arbitr+ria, pressupondo sempre uma série de valores humanos,de certeza e ordem social para a elaboraç$o da norma urídica! *ontra as

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leis n$o conformes % ordenaç$o da sociedade política ou aos valores sociais

nela vigentes n$o faltam meios constitucionais para neutraliz+-los, a

exemplo do habeas corpus, do impeachment e do direito de resistência, nos

casos de abuso de poder! A resistência legítima dever+ ter seus efeitos em

 proporç$o aos desmandos governamentais!

A escolha decisiva do poder, segundo .an Ac/er, pode ser determinada

 por um valor absoluto, exclusivo, unívoco e homogêneo, que vai ser 

realizado na pura imanência do decorrer histórico, bem como podem ser 

inspiradas em valoraç0es relativas % situaç0es históricas presentes, mas

an+logas %s valoraç0es feitas para outros momentos históricos, além de

 poder ser norteada por valores relativos, equívocos e heterogêneos,

exclusivamente adaptados a situaç0es histórico-culturais particulares e

diversas, sem nenhuma analogia ou nexo comum entre si! 1esse 2ltimo

caso, a norma urídica depender+ da valoraç$o subetiva do uiz ou do

legislador, ou se reduzir+ a uma mera fórmula técnica de conduta, austada

a in2meras situaç0es sociais!

governo, portanto, só ser+ legítimo se estiver a serviço daquilo para

cua realizaç$o se constituiu a comunidade! &egundo 3odoffredo "elles 4r,

se alguém for coagido a cumprir uma norma que n$o estea harmonizada

com a ordenaç$o da sociedade política, essa coaç$o é uma violência

contr+ria % norma urídica! A norma urídica, por corresponder a

necessidades de ordem, de equilíbrio, de ustiça, cuas raízes se fundam

numa determinada realidade social, n$o pode ser criaç$o arbitr+ria do poder 

que emana!

  *ódigo *ivil tornou o direito de resistência autoexecut+vel ao retirar 

a ilicitude dos atos praticados em legítima defesa, no exercício regular de

um direito reconhecido e em estado de necessidade! *ódigo 5enaltambém o reconhece implicitamente ao excluir da criminalidade os

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referidos atos! Até mesmo a constituiç$o reconhece-o implicitamente ao

legitimar a defesa do homem contra a opress$o ao em alguns dispositivos

constitucionais!

&egundo .an Ac/er, a situaç$o de fato que origina a norma urídica n$o

 preestabelece o retrato sucinto de eventos naturais como as leis físico-

químicas, na realidade é uma tentativa opcional e provisória de disciplinar 

lógica e axiologicamente uma conduta f+tica humana, de acordo com os

valores prevalecentes na sociedade, inobstante historicamente vol2veis! 1a

referida situaç$o de fato n$o devem ser incluídos apenas fatos no sentido

estrito do comportamento, mas normas que dever$o ser revogadas,

modificadas ou mesmo ressalvadas! *ada norma urídica incide na

qualificaç$o típica, lógica e axiológica de uma situaç$o de fato, definindo

um fato urídico tipológico e suas respectivas consequências axiológicas!

Apesar das normas serem oriundas das realidades contingentes do grupo

social que tem de reger e disciplinar, verifica-se em toda parte,

 principalmente no 6rasil, um desaustamento entre a realidade material dos

fatos e a realidade formal das normas urídicas! &endo assim, in2meras

normas permanecem apenas como letra morta, tendo vigência legal, porém

sem efic+cia real! A norma urídica encontra-se sobre o meio social, sendo

fundadas pelos fins sociais, ora sofrendo inunç$o dos fatores sociais, ora

sobre eles reagindo e orientando!

*aso situem-se sob o 7ngulo do obeto, os indivíduos observar$o a

norma como uma realidade 8ntica, para estabelecer o (ser) da norma

 urídica, optou-se pela teoria dos obetos de 9usserl! A norma urídica

encontra-se na zona do universo chamada (cultura)- mundo do construído

 pelo homem em raz$o de um sistema de valores! #essa forma, a norma

 urídica é um obeto estabelecido pelo homem em raz$o de um fim edirigido % liberdade humana, com existência real no tempo :é alter+vel,

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revog+vel e substituível; e no espaço! A norma urídica é composta de um

(substrato) :a conduta humana em interferência intersubetiva; e um

sentido :a express$o de um valor;!

A norma urídica nasce de uma decis$o do homem entre m2ltiplas

 possibilidades, porque norma implica eleger baseando-se num uízo de

valor! A norma urídica deve ser sempre uma tentativa no sentido de

realizar a ustiça, que é o valor que compendia, unitariamente todos os

valores urídicos! conhecimento da norma urídica se resolve numa

(compreens$o de sentido), ela n$o pode ser explicada!

A conceituaç$o da norma urídica tem se colocado como um problema,

diante dos in2meros pontos de vista distintos que tornam-na mais

complexa! &endo assim, é essencial buscar a conceituaç$o obetivamente,

evitando a consideraç$o de in2meros aspectos n$o necess+rios e, dessa

forma, conclus0es divergentes!

A conceituaç$o da norma urídica dever+ ser real essencial, além deuniversal, abstraindo todo conte2do contingente, vari+vel, heterogêneo,

considerando as essências que s$o permanentes e homogêneas! problema

do conceito da norma urídica é filosófico, por implicar investigaç0es sobre

relaç0es entre normas éticas e urídicas e exigir a elucidaç$o de muitos

conceitos com os quais a norma urídica se compenetra!

< possível atingir a essência da norma urídica, isto é, o seu conceito,

graças a uma intuiç$o intelectual pura, ou sea, purificada de elementos

empíricos, além de racional! A partir de tal essência ideal, é possível

formular o seu conceito universal! &endo assim, o método a ser utilizado

deve ser intuitivo, afastando-se do dedutivo e indutivo!

As normas urídicas, cua pluralidade constitui a ordem urídica vigente

 para cada cultura, apresentam conte2do que varia de acordo com as épocas,

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lugares e políticas dominantes! 'nobstante, é importante destacar que o

conte2do é vari+vel, mas n$o a norma urídica! "odas as normas urídicas

têm em comum a sua essência, estas, porém n$o se confundem, visto que

s$o respectivamente obeto real e obeto ideal! A essência é obeto ideal,

visto que é atemporal, n$o est+ no espaço, é irreal, n$o depende de

experiências, é alcançada n$o por meio dos sentidos, mas da intuiç$o

intelectual, além de ser neutra ao valor!

A norma urídica é uma norma de conduta que prescreve como se deve

conduzir a conduta de cada um! #essa forma, como explicita 3eraldo

Ataliba, este coando n$o se dirige %s coisas, nem mesmo ao homem, mas

ao comportamento humano! "al norma é imperativa como toda norma

destinada a regular o agir do homem e a orient+-lo para suas finalidades! As

normas urídicas s$o manifestaç0es de um ato de vontade, essa referida

vontade é socialmente condicionada, como o próprio =achado 1eto

afirma, a sociedade cerca os indivíduos de todos os lados, socializando-os e

enculturando-os a cada passo!

elaborador das normas apenas traduz o pensar e o sentir da

coletividade! A vontade supracitada n$o é psicológica, mas deontológica,

ou sea, express$o de fins que nascem do reconhecimento de valores como

raz$o da conduta social! &egundo elsen, a norma n$o seria um imperativo

e sim um uízo de (dever ser), hipotético que estabelece como devida uma

certa conduta e vincula ao fato de produzir-se esta uma determinada

consequência, também devida! 5ara *arlos *ossio, as normas urídicas n$o

contém mando algum, n$o s$o imperativas, na verdade colocam-se ao lado

da conduta como esquemas cognitivos!

 1a segunda fase do seu pensamento, elsen cancela a sua atitude

antiimperativista, distinguindo as proposiç0es urídicas das normas urídicas! As normas urídicas teriam car+ter imperativo, sendo fontes de

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direito, + que imp0e obrigaç0es e conferem direitos, sendo assim o obeto

de tais regras seria regulamentar a conduta! As proposiç0es urídicas,

entretanto, tem por miss$o conhecer a norma urídicas e descrevê-las, n$o

 podendo nada prescrever, dessa forma, sendo definidas como uízo

hipotético condicional que contém uma enunciaç$o sobre a norma urídica!

5ara a concepç$o /elsiniana, o conceito de sanç$o e de ilícito é

correlato, a sanç$o é consequência do ilícito e o ilícito é pressuposto da

sanç$o! ilícito n$o é negaç$o, mas condiç$o do direito! >ogo, segundo

9ans elsen, o ilícito n$o é um fato que est+ fora ou contra o direito, mas

est+ dentro do direito, por ser por ele determinado, pois o direito pela sua

 própria natureza se refere a ele!

9ans elsen denominava como norma prim+ria, aquela que imprimia a

sanç$o :dada a n$o prestaç$o, deve ser sanç$o;, + a secund+ria seria a que

concerne % conduta lícita! #essa forma, na teoria de elsen, só a primeira

era verdadeiramente uma norma, visto que a secund+ria era um simples

derivado lógico da prim+ria!

elsen abandona a terminologia supracitada e passa a chamar as normas

secund+rias de n$o aut8nomas, reduzindo, ent$o, todas as normas a um só

tipo, imperativo sancionador que prescreve que se deve punir tal

comportamento se este acontecer, com determinada pena! As normas

 urídicas, portanto, os moldes /elsinianos, s$o comandos dirigidos aosórg$os para que apliquem sanç0es! As normas n$o aut8nomas supracitadas

n$o estatuem sanç0es, mas só valem quando se ligam a uma norma

estatuidora de sanç$o, ou sea, aut8noma!

*arlos *ossio critica a antiga distinç$o de 9ans elsen, afirmando que

é err8neo considerar como autêntica a norma prim+ria, relegando ?

secund+ria ao papel de um mero recurso de linguagem! &endo assim,

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segundo *ossio, (dado um fato temporal deve ser prestaç$o pelo sueito

obrigado face ao sueito pretensor, ou, dada a n$o prestaç$o deve ser a

sanç$o pelo funcion+rio obrigado face % comunidade pretensora) :dado @",

deve ser 5 ou dado 1$o 5 deve ser &;! *ossio incorpora os dois modos de

ser da conduta em face da norma conduta permitida- (endoderma), e a

 proibida e sancionada- (perinorma)! 9ans elsen criticou *ossio,

afirmando que este deveria ter colocado (e se n$o) no lugar do (ou)!

A norma urídica é sempre um imperativo e pode ser formulada sob a

forma de um uízo hipotético condicional, disuntivo, conuntivo ou

adversativo, conforme a posiç$o usfilosófica do urista! A norma urídica

 prescreve o que deve ser a conduta dos simples indivíduos, autoridades e

instituiç0es na vida social! As normas ética consistem em definir as

condutas devidas e os comportamentos proibidos! A norma costumeira, de

trato social, moral, religiosa e urídica é sempre medida daquilo que se

 pode ou n$o se pode praticar, do que se deve ou n$os e deve fazer, sendo

mandamentos imperativos!

A caracterizaç$o da norma urídica como imperativo é insuficiente

 porque n$o permite diferenci+-la do heterogêneo conunto de normas que a

vida em sociedade nos oferece, visto que todas as normas s$o dotadas de

sanç$o, porém essas s$o distintas! A sanç$o moral, oriunda do desrespeito a

uma norma moral pode causar sanç$o individual e interna, ou sea, da

consciência :arrependimento, vergonha, remorso;, ou a sanç$o externa,

como a opini$o p2blica que pode gerar desconsideraç$o social!

A sanç$o é sempre medida ligada % violaç$o do possível da norma e n$o

% norma urídica! Bst+ sempre prescrita em norma urídica antes mesmo que

haa violaç$o! #essa forma, as normas urídicas s$o divididas em prim+rias,

que prescrevem mandamentos e secund+rias, que determinam sanç0es! A

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secund+ria funda-se na prim+ria, pois a sanç$o só é possível sobre a base da

violaç$o de um dever!

 As sanç0es prescritas nas normas urídicas podem ser civis, penais,

administrativas, processuais, fiscais, comerciais e trabalhistas! #e acordo

com sua natureza, podem ser restitutivas :visam % reposiç$o das coisas no

estado anterior em que estavam antes da violaç$o da norma;,

compensatórias :abrangem a indenizaç$o ou reparaç$o de dano;,

repressivas :constituem as penas em geral do direito criminal ou penal;,

advenientes :sanç0es que consistem na perda de um direito; e preventivas

:constituídas por medidas de segurança estabelecidas em lei por motivos de

 precauç$o;!

5ara outros autores a coaç$o é o elemento essencial específico da norma

 urídica! < importante ressaltar que sanç$o e coaç$o n$o se confundem, a

sanç$o é uma consequência urídica prevista pela norma urídicaC a coaç$o

é sua aplicaç$o efetiva! s adeptos da teoria do coativismo sustentam que a

nota especificadora da norma urídica reside no uso da força! 'nobstante, a

norma n$o age, logo n$o coage, apenas prescreve a conduta daquele que

 pode exercer coaç$o! &endo assim, a coaç$o n$o é exercida pela norma

 urídica, mas por quem é lesado pela violaç$o dela, visto que se a norma

 urídica fosse coativa, a coaç$o seguiria, necessariamente, a sua violaç$o,

mas nem sempre isto ocorre!

A violaç$o de uma norma urídica pressup0e, necessariamente, a sua

existência, de maneira que a norma é anterior % coaç$o! 5ortanto, n$o é a

norma urídica que depende da coaç$o, mas é esta que depende daquelaC

logo, a coaç$o amais poderia ser um elemento essencial % norma!

Bxistem autores que ulgam que a norma urídica exerce contínua

coaç$o sobre todos, pelo medo que inspiram as consequências decorrentes

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de sua violaç$o! "rata-se de uma coaç$o psíquica, ou melhor, da coerç$o!

Bntretanto, a coerç$o n$o é privativa da norma urídica, pois o

cumprimento de normas morais pode também ser motivado pelo medo das

consequências que decorrem de sua violaç$o! A coerç$o física e psíquica

n$o entra na constituiç$o da norma urídica, mas é um elemento importante

na vida do direito, um remédio que socorre a norma quando violada!

A norma urídica é bilateral, visto que contrap0e umas pessoas a outras

atribuindo-lhes pretens0es e deveres correlatos, estabelecendo entre elas

uma relaç$o e um limite, caso o limite n$o sea respeitado e se a esfera

 urídica de outro sueito for invadida, atribui-se a este o poder de repelir a

transgress$o! elemento essencial específico da norma urídica passou a

ser a atributividade, que é a qualidade inerente % norma urídica de atribuir,

a quem seria lesado por sua eventual violaç$o, a faculdade de exigir do

violador, por meio do poder competente, o cumprimento dela ou a

reparaç$o do mal sofrido!

'nobstante, 3odoffredo "elles 4r realizou uma longa meditaç$o e

concluiu que a norma urídica n$o possui nenhuma faculdade de exercer 

reaç$o contra quem quer que sea, visto que a faculdade é uma qualidade

inerente ao homem ou propriedade da personalidade é um poder de agir!

Ainda segundo o autor, a essência específica da norma de direito é o

autorizamento, porque o que compete a ela é autorizar ou n$o o uso dessa

faculdade de raç$o do lesado! A norma urídica autoriza que o lesado pela

sua violaç$o exia o seu cumprimento ou reparaç$o do mal causado!

A norma urídica apresenta como notas essências a imperatividade e o

autorizamento! A norma urídica é imperativa porque prescreve as condutas

devidas e os comportamentos proibidos e, por outro lado, é autorizante,

uma vez que permite ao lesado pela sua violaç$o exigir o seu cumprimento,a reparaç$o do dano causado ou ainda a reposiç$o das coisas ao estado

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anterior! 5or conseguinte, a norma urídica se define como ensina

3odoffredo "elles 4r, (imperativo-autorizante)!

A norma moral e a urídica têm uma comum base ética, ambas

constituem normas de comportamento! "odas as normas s$o imperativas

 porque fixam as diretrizes da conduta humana, entretanto só a urídica é

autorizante, porque só ela d+ ao lesado pela sua violaç$o o poder de exigir 

o seu cumprimento ou a reparaç$o do mal sofrido!

A norma urídica, como + citado, é bilateral, enquanto as outras normas

s$o unilaterais, visto que apenas imp0em dever, prescrevendo umcomportamento, mas n$o autorizam ninguém a empregar coaç$o para obter 

o cumprimento delas! utra distinç$o é que o cumprimento das obrigaç0es

morais deve ser volunt+rioC a obrigaç$o urídica, entretanto, pode ser 

satisfeita inclusive mediante o uso de medidas repressivas!

As regras urídicas s$o as que garantem a ordem necess+ria %

consecuç$o dos obetivos sociais, aquelas que ordenam quais as condutasdo sueito imprescindíveis aos demais, + as morais, destinam-se a

aprimorar a comunh$o humana de um grupo social que + est+ ordenado

 pelas normas de garantia ou urídicas! Além disso, as regras urídicas s$o

heter8nomas, visto que s$o postas por terceiros, e enquanto n$o forem

revogadas ou n$o caírem em desuso, obrigam e se imp0em contra a

vontade dos obrigados! 'nobstante, a norma moral é aut8noma, por ter como fonte a própria natureza, o sueito é autolegislador!

As normas urídicas quanto % imperatividade podem ser de

imperatividade absoluta ou impositivas, também chamadas absolutamente

cogentes ou de ordem p2blica, estas proíbem alguma coisa :obrigaç$o de

fazer ou de n$o fazer; de modo absoluto! As normas impositivas tutelam

interesses fundamentais, diretamente ligados ao bem comum, por isso

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também chamadas de (ordem p2blica)! As normas urídicas podem ser 

ainda de imperatividade relativa ou dispositivas, que n$o ordenam nem

 proíbem de modo absolutoC permitem aç$o ou abstenç$o, ou suprem

declaraç$o de vontade n$o existente! Dma norma dispositiva pode tornar-se

impositiva, em virtude da doutrina e da urisprudência, como verifica

3odoffredo "elles 4r!

As normas urídicas quanto ao autorizamento podem classificar-se

em mais que perfeitas :as que por sua violaç$o autorizam a aplicaç$o de

duas sanç0es a nulidade do ato praticado ou o restabelecimento da situaç$o

anterior e ainda a aplicaç$o de uma pena ao violador;, em perfeitas :aquelas

cua violaç$o leva a autorizar a declaraç$o da nulidade do ato ou a

 possibilidade de anulaç$o do ato praticado contra sua disposiç$o e n$o a

aplicaç$o de pena ao violador;, em menos que perfeitas :as que autorizam,

no caso de serem violadas, a aplicaç$o de pena ao violador, mas n$o a

nulidade ou anulaç$o do ato que as violou; e em imperfeitas :aquelas cua

violaç$o n$o acarreta qualquer consequência urírica;! As normas

imperfeitas quanto ao autorizamento, embora n$o tenha natureza de norma

 urídica, adquire efic+cia urídica quando cumprida!

As normas quanto % hierarquia classificam-se em normas

constitucionais, leis complementaresC leis ordin+rias, leis delegadas,

medidas provisórias, decretos legislativos e resoluç0esC decretos

regulamentaresC normas internas :despachos, estatutos, regimentos etc!;C

normas individuais :contratos, testamentos, sentenças etc;!

As normas quanto % natureza de suas disposiç0es podem ser

substantivas :definem e regulam relaç0es urídicas ou criam direitos e

imp0em deveres; ou adetivas :regulam o modo ou o processo de efetivar 

as relaç0es urídicas ou de fazer valer os direitos ameaçados ou violados;!Euanto % aplicaç$o, as normas urídicas podem ser de efic+cia absoluta,

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caso seam insuscetíveis de emenda, contendo força paralisante total de

toda a legislaç$o que vier a contraria-las, de efic+cia plena, quando

suficientes para disciplinar as relaç0es urídicas ou o processo da sua

efetivaç$o, por apresentar todos os requisitos necess+rios para produzir os

efeitos previstos imediatamente, de efic+cia relativa restringível, s$o de

aplicabilidade imediata, porém s$o sueitas a restriç0es impostas pela

atividade legislativa e de efic+cia relativa complement+vel, tem a

 possibilidade de produzir efeitos imediatamente, porém depende de uma

norma posterior que lhe desenvolva a efic+cia, permitindo o exercício do

direito ou benefício consagrado!

As normas urídicas quanto ao poder de autonomia legislativa podem

ser nacionais e locais :conforme vigorem em todo território do país ou em

 parte dele, embora ambas seam oriundas da mesma fonte legislativa;C

federais, estaduais e municipais :caso se tratem de normas da Dni$o, dos

Bstados @ederados ou dos =unicípios; cada uma dessas esferas territoriais

tem sua competência normativa estabelecida na norma constitucional!

 &$o leis federais a norma constitucional e suas leis complementares,

além de leis, códigos, medidas provisórias e decretos federais, editados pela

Dni$o ou qualquer de seus órg$os! &$o leis estaduais a *onstituiç$o dos

estados e leis complementaresC leis, códigos e decretos estaduais, emitidos

 por entes estaduais! 1$o h+ hierarquia entre leis federais, estaduais e

municipais, esta somente existir+ no caso de possibilidade de concorrência

entre as diferentes esferas de aç$o! &e é da competência exclusiva do

Bstado a elaboraç$o de sua *onstituiç$o, norma da Dni$o sobre essa

matéria n$o tem o cond$o de excluir a lei estadual! < importante ressaltar 

que as 2nicas normas urídicas que têm prevalência no 6rasil, sobre as

demais s$o as normas constitucionais federais!

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As normas urídicas quanto % esquematizaç$o podem ser esparsas ou

extravagantes :editadas isoladamente;, codificadas :constituem corpo

org7nico de normas sobre certo ramo do direito; e consolidadas :uma

reuni$o de leis esparsas vigentes sobre determinado assunto;! < importante

ressaltar que os códigos, classificados como norma urídica codificada, n$o

é um complexo de normas, mas uma lei 2nica que disp0e sistematicamente

sobre um ramo urídico!

 1a validade é possível distinguir a vigência como validade formal ou

técnico-urídica, a efic+cia como validade f+tica e o fundamento axiológico

como validade ética! A validade seria um complexo com aspectos de

vigência, efic+cia e fundamento, sendo esses três aspectos essenciais da

validade, requisitos para que a norma urídica sea legitimamente

obrigatória!

A vigência, validade formal ou técnico-urídica, é uma qualidade da

norma de direito! 5ara elsen, vigência seria a existência específica da

norma, indicando uma propriedade da relaç$o entre normas, dessa forma,

uma norma inferior só ser+ v+lida se se fundar em uma superior, reveladora

do órg$o competente e do processo para sua elaboraç$o! < imprescindível

 para que tenha vigência que a norma sea elaborada por um órg$o

competente, que é legítimo por ter sido constituído para tal fim, a matéria

obeto da norma deve estar contida na competência do órg$o e os

 procedimentos ou processos estabelecidos em lei para a produç$o da norma

deve ser respeitado!

#essa forma, vigente ser+ a norma se emanada do poder competente

com obediência aos tr7mites legais! 5ara ser v+lida, a norma precisar+ estar 

integrada no ordenamento, retirando sua validade de outra normas que

condicionam a competência eFou determinam os fins! &egundo elsen, anorma v+lida, vigora para certo período de tempo e determinado espaço!

8/17/2019 Fichamento - COMPÊNDIO DE INTRODUÇÃO À CIÊNCIA DO DIREITO- MARIA HELENA DINIZ.docx

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A vigência pode coincidir com a validade, mas nem sempre, pois

nada obsta que uma norma v+lida, cuo processo de produç$o + se

aperfeiçoou, tenha sua vigência postergada! < importante ressaltar que as

normas nascem com a promulgaç$o, mas só começam a vigorar com a sua

 publicaç$o no #i+rio ficial! #e forma que a promulgaç$o atesta sua

existência e a publicaç$o, sua obrigatoriedade! vigor é uma qualidade da

norma relativa ustamente ? sua força vinculante, pela qual n$o h+ como

subtrair-se ao seu comando!

órg$o elaborador pode fazer com que a data de publicaç$o e a

entrada em vigor coincidam, caso haa um intervalo, este é denominado

vacatio legis, que tem sua duraç$o sueita a dois critérios de prazos

 progressivo :a lei entra em vigor em diferentes lapsos de tempo, nos v+rios

estados do país; e 2nico :a sua obrigatoriedade é simult7nea em todo o

 país;! A norma urídica pode ter vigência tempor+ria ou determinada, pelo

simples farto de que o seu elaborador + fixou-lhe o tempo de duraç$o! A

norma de direito pode ter vigência para o futuro sem prazo determinado,

durando até que sea modificada ou revogada por outro, trata-se do

 princípio de continuidade! < importante ressaltar que as normas só podem

ser revogadas por outras de hierarquia igual ou superior!

A revogaç$o é tornar sem efeito uma norma, retirando a sua

obrigatoriedade, h+ duas espécies de revogaç$o a ab-rogaç$o :supress$o

total da norma anterior; e a derrogaç$o :torna sem efeito parte da norma;! A

revogaç$o pode ainda ser expressa, quando o elaborador da norma declara

a lei velha extinta em todos os seus dispositivos ou aponta os artigos que

desea retirar ou t+cita, se houver incompatibilidade entre a lei nova e a

antiga, pelo fato de que a nova passa a regular inteiramente a matéria

tratada pela anterior!

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A lei nova pode modificar ou regular de forma diferente, a matéria

versada pela norma anterior, sendo assim, podem surgir conflitos entre as

novas disposiç0es e as relaç0es urídicas + definidas sob a vigência da

antiga norma! 5ara solucionar tal quest$o, s$o utilizados dois critérios o

das disposiç0es transitórias :disposiç0es que tem vigência tempor+ria com

o obetivo de resolver e evitar os conflitos ou les0es que emergem da nova

lei em confronto com a anterior; e o princípio da retroatividade e da

irretroatividade das normas :em regra, a norma só diz respeito a

comportamentos futuros, embora possa referir-se a condutas passadas,

tendo, ent$o, força retroativa;! 1$o se pode aceitar a retroatividade eirretroatividade como princípios absolutos, o ideal seria que a lei nova

retroagisse em alguns casos e em outros n$o!

Bm raz$o da soberania estatal, a norma aplica-se no espaço

delimitado pelas fronteiras do Bstado, dessa forma, ela possui uma vigência

espacial delimitada! 'nobstante, o principio da territorialidade n$o pode ser 

aplicado de modo absoluto, visto que a comunidade humana tem se

alargado no espaço, relacionando-se com pessoas de outros Bstados!

#estarte, deve-se admitir o sistema da extraterritorialidade para tornar mais

f+ceis as relaç0es internacionais, sendo assim aplica-se a norma em

território de outro estado, segundo os princípios e convenç0es

internacionais! 6rasil adota a doutrina da territorialidade moderada, visto

que h+ um limite % extraterritorialidade da lei, visto que atos, sentenças eleis estrangeiros n$o devem ser aceitos caso ofendam a soberania nacional,

a ordem p2blica e os bons costumes!

As normas quanto ao domínio pessoal da validade podem ser gerais,

impondo deveres a todas as pessoas compreendidas na classe designada

 pela norma, e individuais, quando obrigam a um ou v+rios membros da

mesma classe, individualmente determinados!

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problema da efic+cia da norma urídica diz respeito % quest$o de se

saber se os seus destinat+rios austam ou n$o seu comportamento, em maior 

ou menos grau, %s prescriç0es normativas, isto é se cumprem ou n$o os

comandos urídicos, se os aplicam ou n$o! 9+ casos em que o órg$o

competente emite normas que, por violentarem a consciência coletiva, n$o

s$o observadas, nem aplicadas, só logrando, por isso, ser cumpridas de

modo compulsório, a n$o ser quando caírem em desusoC consequentemente

têm vigência, mas n$o possuem efic+cia espont7nea! < importante ressaltar 

que vigência n$o se confunde com efic+cia, porém nítida é a relaç$o entre

estas, visto que a norma deixar+ de ser vigente, se permanecer duradouramente eficaz! mínimo de efic+cia é condiç$o de vigência da

norma, logo, se ela nunca puder ser aplicada pela autoridade competente

nem obedecida pelo seu destinat+rio, perder+ sua vigência!

A norma ser+ eficaz se tiver condiç0es f+ticas de atuar, por ser 

adequada % realidade :efic+cia sem7ntica;C e condiç0es técnicas de atuaç$o

:efic+cia sint+tica;, por estarem presentes os elementos normativos para

adequ+-la % produç$o de efeitos concretos! A efic+cia social seria a efetiva

correspondência da norma ao querer coletivo, ou dos comportamentos

sociais ao seu conte2do!

A finalidade da norma urídica é implantar uma ordem na vida social!A

 ustiça, que compendia todos os valores urídicos, é a raz$o de ser ou

fundamento da norma, esta exige que todos os esforços legais se diriam no

sentido de atingir a mais perfeita harmonia na vida social, possível nas

condiç0es de tempo e lugar!

A norma de direito é real, algo que tem consigo o seu valorC é um ser 

cultural a que corresponde um valor :dever ser;! sentido da norma é ser 

ela um instrumento de realizaç$o de determinado valor a ustiça! A ideia de ustiça contida na norma, além de ser um valor :dever ser;, é ideológica,

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 por se assentar na concepç$o do mundo que emerge das relaç0es concretas

do social, + que n$o pode subsistir desconectada da história, cada época

apresenta uma concepç$o de ustiça que depende das condiç0es sociais de

certo momento e lugar!

voc+bulo ustiça é an+logo, mas apresenta duas significaç0es

fundamentais obetiva :indica uma qualidade da ordem social; e subetiva

:designa qualidade da pessoa, virtude ou perfeiç$o subetiva;! A ustiça, no

sentido subetivo, consiste na virtude de dar ao individuo seu direito, e no

obetivo, designa a ordem social que garante a cada um o que lhe é devido!

Bm sentido próprio, inobstante, ustiça é a virtude da convivência humana,

ou sea, de dar a cada individuo o que lhe é devido, segundo uma igualdade

simples ou proporcional, exigindo, portanto, uma atitude de respeito para

com os outros! As três notas essenciais a ustiça s$o a alteridade, o devido e

a igualdade simples ou proporcional!

Bxistem duas modalidades de ustiça a particular :obeto é o bem

 particular; podendo ser comutativa :um particular d+ a outro particular o

 bem que lhe é devido, segundo uma igualdade simples ou absoluta; , ou

distributiva :a sociedade d+ a cada particular o bem que lhe é devido

segundo uma igualdade proporcional ou relativa;! 1esse 2ltimo caso, o

grupo social reparte aos particulares aquilo que pertence a todos

assegurando-lhes uma equitativa participaç$o no bem comum, conforme a

necessidade, o mérito e a import7ncia de cada individuo! A outra

modalidade é a social, geral ou legal, quando as partes da sociedade,

governantes e governados, indivíduos e grupos sociais, d$o % comunidade o

 bem que lhe é devido observando uma igualdade proporcional! s

membros da sociedade d$o a esta sua contribuiç$o para o bem comum, que

é o fim da sociedade e da lei!