ficha_3[1]3

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    Educao e Formao de Adultos Nvel Secundrio

    rea de competncia: Cultura, Lngua e Comunicao (CLC) Professor: Rui Cravo

    UFCD 6: Culturas de urbanismo e mobilidade RA2: Compreende as noes deruralidade e urbanidade, compreendendo os seus impactos no processo de integrao

    socioprofissional

    Fomento, oportunidade e mobilidade laborais aliados valorizaodo patrimnio urbano e rural

    O mundo profissional sofre evolues advindas de alteraes econmicas, sociais epolticas. Assim, tambm os meios rural e urbano reflectem as mesmas,caracterizando-se sobretudo pelo xodo dos habitantes do primeiro em direco aosegundo. O motivo: procura de melhores condies de vida.

    Portugal tem tambm vivido essa realidade, pois assistiu-se a uma fuga do interiorpara o litoral ou dos pequenos para os grandes meios, muitas das vezes procura deoportunidades de trabalho, de melhores servios de sade, de educao e acesso cultura, etc. Valorizou-se a cidade em desprimor do meio rural. Hoje, felizmente,assistimos a um retrocesso dessa situao. A perspectiva outra, comea arevalorizar-se a provncia, as razes ancestrais e culturais de cada um; ao contrrio deh alguns anos, (re)valoriza-se, (re)qualifica-se o que antes se desprezava,nomeadamente em termos de turismo. Associado a esta valorizao da identidadelocal/regional surgem tambm actividades de lazer, de turismo e profissionais, queprojectam dentro e fora do territrio nacional o que de melhor se faz em cada umadelas. Mas tambm a nvel urbano surgem novas formas de animao, dedinamizao e divulgao do patrimnio.

    Adaptado http://clc-rvcc.blogspot.com/

    1.Leia os textos atentamente.

    Texto 1

    O Turismo de Habitao gerou uma nova forma de fazer turismo em Portugal,aliado ao factor da obrigatoriedade da presena do dono da casa e de umaforma familiar de receber, conferindo-lhe caractersticas nicas que o distinguede outros tipos de alojamento turstico tornando-o num verdadeiro produtoturstico.

    O Turismo de Habitao nasceu em boa hora com o objectivo de recuperar opatrimnio privado e coloc-lo ao servio do turismo, sobretudo em zonasinteriores, dando origem ao que hoje se chama o Turismo no Espao Rural. Odesenvolvimento do Turismo de Habitao correspondeu a uma duplanecessidade: conservar o patrimnio arquitectnico e responder procura dealojamento turstico de qualidade nas zonas rurais; mas tambm, foi oresultado duma atraco partilhada entre o proprietrio e o seu hspede pelopatrimnio histrico, por uma maneira familiar de receber e naturalmente por

    um certo modo de vida, prprio destas casas.Casas de famlia que ao longo da nossa histria tiveram um papelpreponderante no desenvolvimento das aldeias e regies em que se

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    encontram, que constituram plos de ensinamento, cultura e apoio social, eque com a evoluo dos tempos e da sociedade, passaram a ser residnciassecundrias, muitas vezes abandonadas.

    O Turismo de habitao veio reconstruir as paredes e sobretudo devolver ocalor e a vida que em muitas delas se tinham perdido, granjeando o respeito ea admirao das populaes vizinhas e sendo exemplo para o exerccio de uma

    nova actividade.

    Vimos assim rapidamente alongar-se a recuperao do patrimnio s casasrsticas e o envolvimento das populaes rurais num projecto que representauma atitude inovadora e que contribui para um desenvolvimento integrado.

    Vivemos o culto dos valores, da preservao das tradies e da nossa histriae numa poca em que cada vez mais temos necessidade da sua afirmao,quem melhor do que o Turismo de Habitao para reflectir este estado dealma? O Turismo de Habitao , assim, uma arma poderosa para apoiar umaestratgia de promoo de imagem de Portugal no estrangeiro, devendo

    continuar a ser apoiado e sobretudo ser-lhe dado o lugar e o relevo quemerece. ()

    Vivemos preocupados com a recuperao da nossa herana cultural earquitectnica, enfrentando problemas de desertificao no mundo rural, econsequente perda de tradies ancestrais que marcam a nossa histria e anossa memria, devemos por isso defender com todas as nossas foras odesenvolvimento rural integrado e a preservao da nossa identidade cultural.As tradies de cada povo, a lngua, a histria, a cultura, os costumes, opatrimnio natural, o patrimnio edificado, as nossas referncias, a nossamaneira de viver. As tradies eruditas, as tradies populares, o autntico, ogenuno, quer se trate de um palcio, quer se trate de um moinho.

    A beleza do mundo rural est na sua diversidade, nos seus contrastes, nocultivar das suas diferenas, mas tambm na definio da sua identidade, isto, na capacidade de constituir um todo sem que cada um perca a sua prpriaidentidade. Abrimos as portas das nossas casas ao turismo. O esprito com queo fazemos o de preservar o legado dos nossos antepassados, mant--lo, e sepossvel entreg-lo gerao vindoura melhor do que o recebemos. difcillevantar paredes, conservar telhados, manter as pinturas vivas, mas maisdifcil ainda reaver as nossas tradies e afirmar as nossas razes.

    Francisco de CalheirosPresidente da TURIHAB Solares de Portugal

    Texto 2

    Desporto no mar algarvio

    A diverso no tem limites quando o mar oferece todas as condies para aprtica de desporto. Ponha a terra de lado e passe momentos desafiantestocando o cu e o mar, fazendo Parasailing em Albufeira. Alugue uma moto degua ou um barco a motor e percorra a costa, seguido pela espuma dos diasde emoo. Desafie os seus amigos para rasgar o mar numa salsicha e tenteno cair. Em Portimo, pratique canoagem e, ao longo do Parque Natural da

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    Ria Formosa, deslize languidamente ao sabor do vento e da vela. O windsurfnuma zona de fauna e flora protegida faz bem ao corpo e ao esprito.

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    Texto 3

    Descobrir o Alentejo

    O Sol no Alentejo mais dourado. Encante-se com esta luz, explorando anatureza da regio. Passeie pela Serra d'Ossa e Monfurado ou explore o ParqueNatural da Serra de S. Mamede. No esturio do Sado descubra todo um habitatnico e nas barragens sinta a tranquilidade das guas. Parta em descoberta dacosta, numa praia contnua de Tria a Sines, prosseguindo depois para um

    cenrio mais selvagem, de recantos idlicos escondidos entre falsias.Redescubra o passado alentejano, num roteiro que inclua as runas de SoCucufate e Pises, viaje do Neoltico Idade Mdia pelo circuito arqueolgicode Castro da Cola e embrenhe-se nas Runas de Mirbriga. Conhea aidentidade alentejana entranhada em cada ponto de Arraiolos, nos trabalhosdos mrmores, nos puros cavalos lusitanos ou nos deliciosos vinho e poalentejanos. Em Beja conhea os segredos da plancie e em Marvo ascendaat ao "ninho de guia". Em Alqueva e no Guadiana encante-se com histriasda fronteira e terras ribeirinhas e no Campo Branco conhea a riqussima

    avifauna das estepes.

    Mas se procura emoo, no vai ficar desapontado: o Alentejo tambmcenrio privilegiado de actividades ao ar livre. Pode percorrer a regio a cavaloou em BTT ou julgar que est a explorar uma savana africana num safari empleno Alentejo.

    Viva em pleno o prazer no Alentejo e no se esquea das delciasgastronmicas. Conhea os queijos de Serpa, de vora e de Nisa; trace umarota do azeite pelos lagares e cooperativas e coleccione as ervas e os aromas

    da regio. E no fim, como sobremesa, saboreie o cu na terra, provando osdivinos doces conventuais.

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    Texto 4

    Entrevista a Jorge Loureno, scio gerente da VINILOURENO,Unipessoal, Lda, com sede em Poo do Canto - Mda

    Os vinhos produzidos pela Viniloureno so feitos segundo o mtodotradicional aliado s novas tecnologias

    P - A Viniloureno uma empresa recente mas j com alguma visibilidade naregio. Faa-nos um breve historial da empresa.

    R Tudo comeou com o meu pai, Horcio Loureno, que apesar de ser umempresrio da construo civil, sempre teve uma enorme paixo pelaagricultura e em especial pela viticultura, tendo por isso decidido investir nestesector. Inicialmente a produo era para consumo prprio mas rapidamente

    percebeu, pelas crticas muito positivas de alguns amigos, que o seu vinhotinha qualidade. Em 2003, e porque a paixo pela actividade vitivincolatambm partilhada por mim, decidi, com o apoio do meu pai, candidatar-meaos apoios comunitrios, mais propriamente ao programa AGRO. Assim nessemesmo ano fiz um investimento de cerca de 750.000 na construo de umaadega. Em 2006 j com o projecto consolidado, transformo a minha actividadede Empresrio em Nome Individual em sociedade, tendo para esse efeitoconstitudo a firma Viniloureno Unipessoal, Lda.

    P - A Viniloureno tem j um vasto leque de produtos disponveis no mercado.Diga-nos quais.

    R Em 2004, j sob a minha gesto, lanado o primeiro vinho, o "Fraga daGalhofa" tinto. J sob a gide da nova firma, aumentmos a oferta e lanmosno mercado, quase em simultneo e com uma imagem renovada, os "Fraga daGalhofa" branco Rabigato, o Tinto Doc., Reserva Tinto e os "D. Graa Viosinhobranco, Reserva Tinto e Ros. Em 2007 lanamos o novo "D. Graa Viosinho2006" e o "Reserva Especial Tinto Touriga Nacional 2005", estes claramentedireccionados para o segmento de mercado alto. Lanmos ainda para osegmento mdio, o "Fraga da Galhofa Tinto Reserva 2005", o Branco ReservaRabigato com Malvasia Fina e o Ros. ()

    P - De que forma so produzidos os vossos vinhos?

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    R Os vinhos produzidos pela Viniloureno so feitos segundo o mtodotradicional aliado s novas tecnologias, ou seja, so vinificados em lagares degranito com pisa mecnica e controlo de temperatura. A vinificao realizadacom castas separadas e posteriormente so feitos os lotes por forma a obterum produto final de excelncia.

    P - A Viniloureno tem participado nas edies anteriores da Feira do Fumeiro,

    dos Sabores e do Artesanato do Nordeste da Beira. Qual a importncia queatribui a esta participao?

    R A Viniloureno apostou, desde o incio, numa poltica de divulgao epromoo dos seus produtos assente, principalmente, na participao emfeiras e eventos dedicados aos sectores agro-alimentar onde tem apossibilidade de contactar directamente com os consumidores. Assim aparticipao assdua nos eventos organizados pela AENEBEIRA nomeadamentea Feira de So Bartolomeu e em especial a Feira do Fumeiro, dos Sabores e doArtesanato do Nordeste da Beira faz parte da estratgia promocional daViniloureno. Pois sendo esta ltima Feira um certame, talvez o nico daregio, que rene apenas produtores, que no caso do sector vitivincola soprodutores engarrafadores, torna-a uma prioridade para ns, pois permite quepossamos comparar os nossos produtos com outros do gnero e da mesmaregio. Quero ainda salientar os proveitos obtidos, com a nossa participao nocertame referido, quer ao nvel financeiro e promocional, quer ao nvel darecolha de informao acerca da aceitao dos nossos produtos por parte doconsumidor final contribuindo assim para a melhoria continua dos mesmos.

    http://www.ointerior.pt/

    2. Optar por uma carreira profissional no meio rural pode, por vezes, ser difcil.Pense nas oportunidades de emprego no meio rural e faa uma listagem deprofisses relacionadas com esse meio.

    3. Exprima a sua opinio relativamente ao desenvolvimento de actividadesculturais no espao urbano e no espao rural. Refira-se:

    - realizao dessas actividades como carreira profissional e/ou como prticade lazer;

    - adeso e/ou receptividade dessas actividades

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