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Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica – Turma 2016

Título: Revelação de um segredo guardado a sete chaves

Autora: Graciana Martelozo Pozzani

Disciplina/Área:

Língua Portuguesa

Escola de Implementação do

Projeto:

Escola Estadual Agostinho Stefanello E. F

Município da escola:

Alto Paraná

Núcleo Regional de Educação:

Paranavaí

Professora Orientadora Mestre:

Juliana Carla Barbieri Steffler

Instituição de Ensino Superior:

Unespar- Paranavaí

Relação Interdisciplinar:

História

Resumo: O tema apresentado é o estudo do gênero Diário Pessoal, a partir da obra mundialmente conhecida, O Diário de Anne Frank, a qual nos apresenta o cotidiano de uma adolescente judia no contexto da 2ª Guerra. Desse modo, este trabalho tem por objetivo aprimorar a prática discursiva dos educandos de forma a garantir uma inserção crítica e ativa na sociedade. Para tanto, tomamos como referencial teórico os estudos do Círculo de Bakhtin (1999, 2003) acerca dos gêneros discursivos como resultado da interação social. Em relação à metodologia, o trabalho assume caráter de uma pesquisa social aplicada de natureza qualitativa que se enquadra como pesquisa-ação, a qual tem o propósito de proporcionar ao educando a importância do relato pessoal para o desenvolvimento do processo de humanização. A pesquisa será desenvolvida na Escola Estadual Agostinho Stefanello, na

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cidade de Alto Paraná, no 1º semestre de 2017. Os sujeitos atendidos são um grupo de quinze meninas regularmente matriculadas no 9º ano do Ensino Fundamental do período matutino, que serão atendidas no contra turno. Em termos de resultados, o trabalho assumirá o compromisso de desenvolver as habilidades linguísticas necessárias às situações comunicativas.

Palavras-chave:

Língua-portuguesa; Ensino Fundamental;

Diário pessoal.

Formato do Material Didático:

Unidade Didática

Público:

Alunas do 9º ano do Ensino Fundamental

APRESENTAÇÃO

Este material foi elaborado com a intenção de utilizar socialmente a leitura,

aprimorar as práticas discursivas, desenvolver a capacidade de realizar inferências,

reconhecer vozes e ideologias presentes no discurso.

Para isso, será trabalhado o gênero diário pessoal no intuito de valorizar a

linguagem e o pensamento crítico. O gênero oferece ao leitor a compreensão de que

o registro é o diálogo de um indivíduo com seu tempo e seu espaço. Sem dúvida, na

obra escolhida O Diário de Anne Frank esse diálogo fica bastante evidenciado. Esse

diário oportunizará reflexões acerca do conturbado período da Segunda Guerra

Mundial, sobretudo porque o texto oferece um panorama bastante claro da intenção

entre o sujeito e o mundo a sua volta.

Nessa perspectiva, optou-se por uma Unidade Didática a ser aplicada a um

grupo de quinze meninas, regularmente matriculadas no 9º ano do Ensino

Fundamental, da Escola Estadual Agostinho Stefanello. O material conta com cinco

módulos os quais subsidiarão todo o processo desde o conhecimento da estrutura

do gênero diário, até estudos de temas relativos à adolescência. Embora Anne e as

jovens atendidas sejam de gerações tão diferentes (pois distantes no tempo),

acredita-se que as transformações psíquicas e físicas sejam ainda as mesmas, bem

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como as dúvidas, anseios, medos e prazeres.

Durante as aulas, as alunas serão motivadas a escreverem seus próprios

diários, pontuando nele experiências vividas em relação à adolescência. Nessa

atividade espera-se que as alunas sintam prazer e se envolvam com a escrita.

Assim, poderão perceber-se leitoras e escritoras competentes, concebendo a

linguagem como produto de interação social.

Prezado Professor, sou sobrevivente de um campo de concentração. Meus olhos viram o que nenhum homem deveria ver. Câmaras de gás construídas por engenheiros formados. Crianças envenenadas por médicos diplomados. Recém-nascidos mortos por enfermeiras treinadas. Mulheres e bebês fuzilados e queimados por graduados de colégios e universidades. Assim tenho minhas suspeitas sobre a Educação. Meu pedido é: ajude seus alunos a tornarem-se humanos. Seus esforços nunca deverão produzir monstros treinados ou psicopatas hábeis. Ler, escrever e saber aritmética só são importantes se fizerem nossas crianças mais humanas”.

(Texto encontrado após a Segunda Guerra Mundial, em um campo de concentração nazista)

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DIÁRIO ÍNTIMO- PESSOAL

MÓDULO 1

A RELAÇÃO DE ANNE COM O DIÁRIO

Figura 1: Anne Frank Creative Commons by Chuck Ayoub Disponível em: http s:/ / sites. google. co m/ site/ nliberw ebq u est/ p ro cess/ ann e-frank Acesso em 18 de outubro de 2016.

Annelies Marie Frank tinha apenas 13 anos quando precisou se esconder

com sua família e mais quatro desconhecidos em um abrigo na Holanda, durante a

Segunda Guerra Mundial.

Em julho de 1942, a vida normal de uma adolescente judia, mudou

completamente. Ao se ver privada de liberdade, decide registrar suas impressões,

seus conflitos, medos e descobertas num diário. Assim, Kitty, sua confidente, passa

a ser também uma personagem nessa envolvente história.

Os textos a seguir revelam a intimidade compartilhada por Anne e o

verdadeiro significado que esse objeto tem para ela.

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Sábado, 20 de junho de 1942 1

Fiquei alguns dias sem escrever porque queria, antes de tudo, pensar

sobre meu diário. Ter um diário é uma experiência realmente

estranha2 para uma pessoa como eu. Não somente porque nunca

escrevi nada antes, mas também porque acho que mais tarde

ninguém se interessará, nem mesmo eu, pelos pensamentos de

uma garota de treze anos. Bom, não faz mal. Tenho vontade de

escrever e uma necessidade ainda maior de desabafar tudo o que

está preso em meu peito.

"O papel tem mais paciência do que as pessoas.” (...) É, o papel tem

mais paciência, e como não estou planejando deixar ninguém mais ler

este caderno de capa dura que costumamos chamar de diário, a

menos que algum dia encontre um verdadeiro amigo, isso

provavelmente não vai fazer a menor diferença.

Agora voltei ao ponto que me levou a escrever um diário: não tenho um

amigo.

(...) Talvez seja minha culpa não confiarmos uma nas outras. De

qualquer modo, é assim que as coisas são, e não devem mudar, o

que é uma pena. Foi por isso que comecei o diário.

Para destacar em minha imaginação a imagem da amiga há muito

tempo esperada, não quero anotar neste diário fatos banais do jeito

que a maioria faz; quero que o diário seja minha amiga, e vou chamar

esta amiga de Kitty.

(p. 25)

1 Todos os trechos aqui citados foram retirados da obra O diário de Anne Frank. 54 ed. Rio de Janeiro: Record,

2015. 2 Professor, essas marcações são explicadas nas Orientações Metodológicas, no final da Produção Didático- Pedagógica.

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Sexta-feira, 10 de setembro de 1943

Querida Kitty,

Sempre que escrevo para você, é porque aconteceu alguma coisa

especial, geralmente mais desagradável do que agradável (...)

Sua Anne

(p. 171)

Quinta-feira, 16 de março de 1944

Querida Kitty,

(...)

Acima de tudo, tenho de manter meu ar de confiança. Ninguém deve

saber que meu coração e minha mente estão sempre em guerra um

com o outro. Até agora a razão vem ganhando a batalha, mas será

que minhas emoções não vão acabar dominando?

(...)

A melhor coisa é poder escrever todos meus pensamentos e

sentimentos, do contrário, iria me sufocar (...)

Sua Anne M. Frank

(p. 271)

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Terça-feira, 5 de abril de 1944

Minha querida Kitty,

(...)

Eu sei que posso escrever. Algumas de minhas histórias são

boas, minhas descrições do Anexo Secreto são bem-humoradas,

boa parte de meu diário é vivo e interessante, mas... resta saber

se realmente tenho talento(...)

A não ser que você escreva, não saberá como é

maravilhoso; eu sempre reclamava de não conseguir desenhar,

mas agora me sinto felicíssima por saber escrever. E, se não

tiver talento para escrever livros ou artigos de jornal, sempre

posso escrever para mim mesma. (...)

Quero continuar a viver, mesmo depois de minha morte! (...)

Quando escrevo, consigo afastar todas as preocupações.

Minha tristeza desaparece, meu ânimo renasce(...)

E vou em frente, com o espírito renovado. Tudo vai dar certo,

porque estou decidida a escrever!

Sua Anne M. Frank

(p. 305)

Quinta-feira, 6 de abril de 1944

Querida Kitty,

Você me perguntou quais são meus passatempos e meus

interesses, e eu gostaria de responder, mas, é bom avisar, eles

são muitos, por isso não fique surpresa.

Antes de tudo: escrever, mas, na verdade, não penso nisso

como um passatempo.(...)

Sua Anne M. Frank

(p. 307)

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Terça-feira, 11 de abril de 1944

Querida Kitty, (...)

— Então, também podem encontrar o diário de Anne — acrescentou

papai.

— Então, queime o diário — sugeriu a mais apavorada do grupo.

(...)

Ah, o meu diário, não; se o meu diário se for, eu vou também!

(...)

Sua Anne M. Frank

(p. 308)

TRABALHANDO A ORALIDADE

O que é um diário pessoal?

Você já leu um diário?

Você tem ou já teve um diário?

Por que as pessoas escrevem em um diário?

Você acredita que nos dias atuais, com o advento da tecnologia, as pessoas ainda

escrevam diários ou isso está fora de moda?

Qual o perfil de quem tem o hábito de registrar as experiências em um diário?

Você deixaria alguém ler seu diário? Quem?

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A relação entre Anne e o diário é algo tão intenso, verdadeiro, sincero

que quase acreditamos que ele é um protagonista também. No diário,

Anne compartilha sentimentos, reflexões acerca de si e de sua família

e posteriormente sobre os horrores da guerra. Esse é o testemunho de

um momento histórico que a humanidade jamais esquecerá. Durante

o relato, a autora revela toda sua sensibilidade e as angústias de uma

jovem vivendo uma adolescência conturbada. Sem dúvidas, o diário a

ajudou a suportar o refúgio e a lidar com o isolamento.

Lendo os trechos selecionados acima responda:

1- “Ter um diário é uma experiência realmente estranha para uma pessoa como eu.

Não somente porque nunca escrevi nada antes, mas também porque acho que

mais tarde ninguém se interessará, nem mesmo eu, pelos pensamentos de uma

garota de treze anos”. Para você, quem se interessaria em ler as memórias de uma

adolescente?

2- O que significa a expressão “desabafar tudo o que está preso em meu peito”?

( ) relatar todas as experiências vivida até o momento.

( ) afirmar que ela - Anne Frank- sempre foi uma menina extrovertida e tímida.

( ) registrar as angústias de uma adolescente.

( ) contar sobre a dificuldade de relacionamento com os pais, sempre alheios as

suas necessidades.

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3- Você conhece esse ditado "O papel tem mais paciência do que as pessoas?"

Concorda com essa afirmação? Justifique.

4- “Não estou planejando deixar ninguém mais ler este caderno de capa dura que

costumamos chamar de diário, a menos que algum dia encontre um verdadeiro

amigo, isso provavelmente não vai fazer a menor diferença.” Anne deixa claro que

seus escritos são momentos que merecem ser registrados e que nem sempre tais

relatos são importantes para outras pessoas. Por que alguns diários pessoais são

publicados e outros não?

5- Para Anne, o verdadeiro motivo para confidenciar seus sentimentos a um diário é

o fato de não ter amigos. Você acredita que um diário possa substituir a figura de um

amigo?

6- Durante a adolescência, é comum confundir colegas com amigos. Qual a

diferença entre eles?

7- “Quero que o diário seja minha amiga, e vou chamar esta amiga de Kitty.” Por que

dar nome a um interlocutor imaginário ?

8- Anne chega à conclusão de que o fato de não ter amigos está relacionado a sua

autoconfiança. O que significa isso? Você é autoconfiante?

9- “Sempre que escrevo para você, é porque aconteceu alguma coisa especial,

geralmente mais desagradável do que agradável.” Geralmente as pessoas escrevem

quando vivem momentos tristes ou felizes? Por quê?

10- “A melhor coisa é poder escrever todos meus pensamentos e sentimentos, do

contrário, iria me sufocar.” Você acredita que escrever seja uma fuga?

11- “Quero continuar a viver, mesmo depois de minha morte!” Anne Frank

conseguiu isso? De que maneira? Qual a importância histórica dela?

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Durante esse período, você produzirá um diário contando

sobre seu dia e, principalmente, sobre a fase da

adolescência que está vivendo. Para isso, estará

recebendo a partir de agora um caderno no qual poderá

relatar fatos do cotidiano, sentimentos, impressões, emoções,

além de desabafar. Também poderá colocar fotos,

imagens, bilhetes, poemas ou outras lembranças. Não

preocupe em expor-se! Aproveite para descobrir-se!

SUGESTÃO DE MODELO DO DIÁRIO

Figura 2: Delicado para mocinhas Disponível em: https://www.flickr.com/photos/miladesign/5010112022/in/photostream/lightbox/ Acesso em 18/10/2016.

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MÓDULO 2

A LÍNGUA EM FOCO

Como é sabido, existem diversos tipos de diários, tais como: de leitura, de viagem,

pessoal, ficcional ou não. Eles são encontrados em cadernos específicos para esse

fim.

Analisaremos uma página de diário para melhor compreendermos como esse tipo de

texto se estrutura em sua linguagem verbal.

Trabalhando em grupo

Agora que você já conhece um pouco sobre a história, a origem e as principais

características do diário é hora de por em prática o seu conhecimento. Para isso,

junte-se com sua colega e responda por escrito as questões abaixo .

a) Qual a origem do diário?

b) O que torna o diário diferente do texto autobiografia?

c) Como é caracterizada a linguagem do texto diário?

d) Escreva duas características que marcam o estilo do texto diário.

e) Um dos pontos marcantes do diário é que ele apresenta um relato dos fatos

cotidianos. O que leva o autor a tomar essa posição em seus escritos?

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D

iário é uma agenda, geralmente de caráter íntimo, onde se fazem anotações que contém uma narrativa diária de experiências pessoais que é organizada pela data de entrada das informações. Um diário pessoal pode incluir experiências de uma pessoa e/ou pensamentos, sentimentos e segredos. Alguém que escreve um diário é conhecido como um(a) diarista e ele(a) descreve toda sua vida ali.

Fonte: Wikipedia free enciclopédia. Disponível on line em https://pt.wikipedia.org/wiki/Di%C3%A1rio_(agenda). Acesso em 06 de outubro de 2016.

Capacidades Discursivas

Sexta-feira, 23 de julho de 1943

Querida Kitty

Local e Data

Saudação

inicial e

Vocativo

Como você nunca passou por uma guerra, Kitty, e como sabe muito pouco sobre a vida num esconderijo, apesar de minhas cartas, vou contar só de brincadeira o que cada um de nós, quer fazer assim que puder sair de novo. Margot e o Sr. Van Daan querem, em primeiro lugar, tomar um banho quente de banheira cheia até a borda, onde possam ficar durante muito mais de meia hora. A Sra. Van Daan gostaria de um bolo, Dussel só consegue pensar em ver sua Charlotte, e mamãe está louca por uma xícara de café de verdade. Papai gostaria de visitar o Sr. Voskuijl, Peter quer ir ao centro da cidade; quanto a mim, ficaria tão alegre que nem saberia por onde começar. Acima de tudo, quero uma casa nossa, onde eu possa me movimentar livremente e ter de novo alguém para me ajudar com o dever de casa, pelo menos. Em outras palavras, voltar à escola!

Sua Anne.

Assinatura

Desenvolvimento

(p. 148)

O trecho que você acabou de ler pode ser dividido em 4 partes:

Local e data;

Saudação inicial e vocativo;

Desenvolvimento (texto em ordem cronológica);

Assinatura.

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RESPONDA:

a) Por que é importante anotar as datas dos registros?

b) Como Anne se refere ao diário, ou seja, quem é o interlocutor de Anne?

c) Quais as características desse interlocutor?

d) Observe que, ao escrever, não detalhamos todos os fatos ocorridos no dia.

Quais os fatos escolhidos para serem relatados?

e) Em que pessoa do discurso é escrito o diário? Por quê? Retire dois trechos

que comprove sua resposta.

Nesta página, Anne relata, só de brincadeira, conforme ela mesma diz, o que

as pessoas do Anexo gostariam de fazer assim que fossem libertadas.

a) Sabendo que Anne foi para o esconderijo em julho de 1942, calcule o tempo

que essas pessoas estão escondidas.

b) Observe que os desejos são coisas bastante simples e fáceis de se

conseguir. Por que não almejam algo maior? O que isso tem a ver com o

tempo?

c) Imagine, se você estivesse vivendo uma situação semelhante, do que sentiria

mais falta?

Conte a seu diário seus planos para o futuro. É sempre bom ter objetivos!!!

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Preencha a tabela pensando nos elementos de um diário.

MÓDULO 3

RELACIONAMENTO COM OS PAIS

É de conhecimento de todos que, na adolescência, os relacionamentos mudam,

tomam novos rumos. A figura do pai e da mãe, antes tão presente, dá lugar à dos

amigos. Esses se tornam confidentes e passam a ser referências a outros jovens.

Nessa fase é bastante comum conflitos entre pais e filhos. No diário de Anne

Frank, há várias passagens nas quais relata a relação conflituosa entre ela e a

mãe, mediada constantemente pelo pai. No texto, Anne rompe com o paradigma de

mãe, o que choca o leitor.

QUEM ESCREVE?

POR QUE ESCREVE?

PARA QUEM ESCREVE?

ONDE CIRCULA O TEXTO?

O QUE NÃO PODE FALTAR?

.

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Pais de Anne Frank

Figura 3: Otto Frank, 1961

Fonte: Nationaal Archief Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Otto_Frank#/media/File:Otto_Frank_(1961).jpg Acesso em

19/10/2016.

Figura 4: Edith Frank

Disponível em: https://annefranktribute.wikispaces.com/Edith+Frank

Acesso em 19/10/2016.

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DOMINGO, 12 DE JULHO DE 1942

(...) me sinto a cada dia me afastando mais e mais de mamãe e

Margot.

(...) dá para ver facilmente a diferença entre o modo como tratam

Margot e o modo como me tratam.

(...)

Papai é o único que sempre me compreende, embora geralmente

fique do lado de mamãe e Margot. Outra coisa que não suporto é

quando falam de mim na frente de gente de fora, contando que

chorei ou que estou me comportando de modo sensível. É um

horror.(...)

(p.50)

Anne acredita que é tratada de maneira diferente de sua irmã Margot. Essa é

uma situação muito comum vivida pelos adolescentes. Você também acha

que seus pais tratam cada filho de uma maneira diferente? Já viveu alguma

situação que se sentiu assim? Poderia relatar uma?

O fato dos pais comentarem para outras pessoas o que os filhos fazem ou

vivenciam é considerado um “mico” para um adolescente. Anne diz que “é um

horror”. Você concorda? Seus pais já lhe fizeram pagar esse tipo de “mico”?

Como foi?

Conte a seu diário um mico que seus pais já fizeram você pagar.

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Domingo, 27 de setembro de 1942

Querida Kitty,

Hoje mamãe e eu tivemos uma discussão, digamos assim, mas a

parte chata foi que caí no choro. Não consigo evitar. (...)

Também não me dou bem com Margot. (...) A personalidade de

Margot e a de mamãe são muito estranhas para mim. Compreendo

minhas amigas melhor do que minha própria mãe. Não é o fim?

(p.65)

Você também se vê nessa situação de achar que compreende melhor seus

amigos do que seus próprios pais? Por que você acha mais fácil se entender

com os amigos?

Sexta-feira, 2 de Abril de 1943

Querida Kitty:

Ah, meu Deus, mais um item foi acrescentado à minha lista de

pecados. Ontem à noite, eu estava deitada na cama, esperando

que papai me cutucasse e rezasse comigo, quando mamãe

entrou no quarto e disse em voz gentil :

- Anne, papai não pode vir. Que tal se eu rezasse com você esta

noite?

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- Não, mamãe- respondi.

Mamãe se levantou, ficou por um momento ao lado da cama e

lentamente andou em direção à porta. De repente ela se virou,

com o rosto contraído de dor, e disse:

- Não quero ficar com raiva de você. Não consigo fazer você me

amar!

Algumas lágrimas desceram pelo seu rosto enquanto ela saía

pela porta.

(...) Não posso ser hipócrita e rezar com ela quando não tenho

vontade. (...) vi a tristeza em seu rosto quando ela falou em não

poder fazer com que eu a amasse.(...)

Ela chorou durante metade da noite e não dormiu nada. (...)

Todo mundo espera que eu me desculpe, mas essa situação

não é algo pela qual eu possa desculpar, porque falei a verdade,

e cedo ou tarde mamãe deveria descobrir (...) De minha parte,

continuarei em silêncio e distante, e não pretendo fugir da

verdade, porque, quanto mais ela for adiada, mais

difícil será eles aceitarem quando precisarem ouvi-la.

(p. 129)

Sua Anne

Esse relato talvez seja um dos que mais choquem o leitor, devido ao fato de Anne se

mostrar tão insensível e indiferente às dores da mãe.

Anne relata um momento em que magoara a mãe profundamente. O que

chama a atenção do leitor é que ela não se arrepende do que fez. Você achou

a atitude dela correta? Justifique.

Em algum momento você já magoou alguém e não se arrependeu por isso?

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SÁBADO, 30 DE OUTUBRO DE 1943

Querida Kitty,

Os nervos da mamãe estão à flor da pele, e isso não é bom para

mim. Será que é coincidência o fato de papai e mamãe nunca

brigarem com Margot e sempre me culparem de tudo? (...)

(...) me tornei totalmente indiferente às censuras de mamãe e ao

mau humor de Margot. Eu gosto delas, mas somente porque são

mamãe e Margot. Não dou a mínima para elas como pessoas. De

minha parte, elas poderiam pular num lago. Com papai é diferente.

Quando o vejo sendo parcial com Margot, aprovando qualquer coisa

que ela faça, elogiando, abraçando, sinto uma dor por dentro,

porque sou louca por ele. (...)

Eu me agarro a papai porque meu desprezo por mamãe cresce dia a

dia (...)

(...) Será que existem pais que façam os filhos plenamente felizes?

(p.178)

Na sua casa também você acha que a culpa é sempre sua?

O que significa: “me tornei totalmente indiferente ”.

( ) me tornei sensível ao que os outros me dizem.

( ) preocupo-me muito com o que os outros pensam sobre mim.

( ) nada do que me falem me atinge.

( ) penso diferente de todos os outros, principalmente de mamãe e de Margot.

O pai é o único que consegue intermediar a relação entre mãe e filha.

Pensando em você: sua relação é melhor com seu pai ou sua mãe? Por quê?

Qual o sentido da palavra desprezo no texto?

( ) abominação

( ) desinteresse

( ) descaso

( ) desapego

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Anne questiona a si mesma. Qual a sua resposta para a pergunta feita

por ela?

Domingo, 2 de janeiro de 1944

Querida Kitty,

Hoje pela manhã, como não tinha nada de melhor para fazer, folheei as

páginas de meu diário e, encontrei tantas cartas falando de “mamãe”

em termos tão fortes que fiquei chocada. Disse a mim mesma: “Anne, é

você mesma falando de ódio? Ah, Anne, como pôde!"

Continuei sentada com o caderno aberto na mão, e me perguntei por

que fiquei tão cheia de raiva e ódio a ponto de precisar contar tudo a

você. (...)

(...) É verdade, ela não me entendia, mas eu também não a entendia.

(...)

(...) Fomos apanhadas num círculo vicioso de ofensas e tristezas. (...)

Terminou o período de lágrimas e julgamentos contra mamãe. Estou

mais crescida e os nervos de mamãe estão mais tranquilos. Na maior

parte do tempo, consigo segurar a língua quando me sinto chateada, e

ela também; assim, superficialmente parece que estamos nos dando

melhor.

(p. 199) Sua Anne

O que Anne sentiu ao reler algumas páginas de seu diário?

Você já viveu alguma situação que tenha sentido ódio pelo pai ou pela mãe?

Como foi?

“É verdade, ela não me entendia, mas eu também não a entendia.” Por

que será que é tão difícil haver entendimento entre pais e filhos ?

Depois de uma situação de conflito, você já tentou se colocar no lugar da sua

mãe ou do seu pai? Foi possível enxergar sob a visão de outra pessoa?

Page 23: Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica · Segunda Guerra Mundial. Em julho de 1942, a vida normal de uma adolescente judia, mudou completamente. Ao se ver

Sexta-feira, 17 de março de 1944

Minha querida,

(...) não me leve a mal. Ainda amo papai do mesmo jeito, e Margot

ama papai e mamãe, mas, quando você tem a nossa idade, quer

tomar decisões sozinha, sair debaixo da asa deles. (...)

(...) quero dizer que somos tratadas como crianças quando se trata

de questões externas, e por dentro somos muito mais velhas do que

as garotas de nossa idade. Mesmo tendo somente 14 anos, sei o que

quero, sei quem está certo e quem está errado, tenho minhas

opiniões, ideias e meus princípios, e, mesmo que pareça estranho

vindo de uma adolescente, me sinto completamente independente

dos outros. (...)

(p. 273)

Sua Anne Frank

O desejo da protagonista nessa página do diário é a independência. O que

é ser independente para um adolescente?

Será que os adolescentes sabem realmente o que querem? Explique.

“Por dentro somos muito mais velhas do que as garotas de nossa idade.” Por

que Anne acredita nisso?

Você certamente já viveu um episódio em que seus pais a julgavam

nova demais para determinada situação e uma outra que, segundo os

mesmos, você não fosse mais criança para vivenciá-las. Preencha a tabela

abaixo com esses momentos.

Page 24: Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica · Segunda Guerra Mundial. Em julho de 1942, a vida normal de uma adolescente judia, mudou completamente. Ao se ver

Quando os pais dizem: “Você é muito

nova para isso”.

Quando os pais dizem: “Você não é

mais criança para isso”.

Terça-feira, 28 de março de 1944

Minha querida Kitty,

(...) Mamãe está contra mim e eu estou contra ela. Papai se finge

de cego para a luta silenciosa entre nós duas.(...)

Sua Anne M. Frank

(p. 297)

Por que o pai de Anne, o qual é tratado de Pim no diário, fingia não ver a

dificuldade no relacionamento entre as duas?

Terça-feira, 2 de maio de 1944

Querida Kitty,

(...) fui pegar água com papai. Enquanto estávamos na escada,

comecei:

— Papai, tenho certeza de que você percebeu que, quando eu e Peter

estamos juntos, não nos sentamos exatamente em cantos opostos do

quarto. Acha isso errado?

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Papai fez uma pausa antes de responder:

— Não, não acho errado. Mas, Anne, como vocês estão vivendo tão

perto, precisam ter cuidado.

(...) eu pensei que vocês eram apenas amigos. Peter está apaixonado

por você?

— Claro que não — respondi.

(...) Tenha cuidado, Anne, não leve isso muito a sério! (...)

Sua Anne M. Frank

(p. 336)

A jovem conta ao pai o que havia entre ela e Peter. A quem você conta esse

tipo de coisa?

Seus pais lhe dão liberdade para falar sobre todos os assuntos? Você fica

confortável para falar?

Cite 3 assuntos que para você é dificílimo conversar com seus pais.

Qual o tipo de conselho que você recebe de seus pais?

E você? Como é o seu relacionamento com seus pais? Lembre-se de contar

isso a seu diário!

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Debatendo a adolescência

Dinâmica- Troca de um segredo

Falar de diário pessoal e segredo é algo bastante parecido. Vamos

aproveitar esse momento e di scutir sobre temas recorrentes na vida dos

adolescentes.

Hora de discutir

Assim como você, Anne Frank também enfrentou muitos problemas enquanto esteve

escondida. Sua única opção era desabafar para Kitty, seu diário. Ali ela podia revelar

seus segredos mais íntimos, registrar sua rotina, expressar ideias, emoções,

desejos, frustrações.

Cada uma de vocês receberá um trecho diferente do diário onde a jovem judia relata

algumas dificuldades vividas por ela.

Ao receber o texto, faça a leitura e descubra o tema. Encontre entre as colegas trechos

que abordam o mesmo assunto. Reúnam-se para discutir sobre o que leram e

exponham para a sala as questões levantadas pelo grupo.

Escolha um ou mais temas debatidos e escreva sobre eles no seu diário.

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MÓDULO 4

FALANDO DE INTOLERÂNCIA

Filme: Escritores da Liberdade

Capa do filme: Escritores da Liberdade. Direção: Richard LaGravenes. Alemanha/ EUA, 2007.

O filme baseado em fatos reais, conta a história da professora Erin Gruwell, jovem

idealista que assume a turma 203, de uma escola de periferia, para lecionar

Literatura Inglesa.

Os alunos estão à margem da sociedade e enfrentam muitos problemas como, por

exemplo, envolvimento com drogas, brigas entre gangues, preconceito racial,

desestruturação familiar.

Quando a professora chega na classe, não a aceitam devido ao fato dela ser branca.

Durante uma aula, um aluno faz uma caricatura de um jove m negro e passa para os

demais colegas. Toda a classe ri e faz chacota da situação.

Nesse momento, Erin decide instigar a turma sobre intolerância, mote da Segunda

Guerra Mundial. Questiona-os sobre o holocausto e descobre que somente um sabe

do que se trata essa dolorosa parte da história. A partir disso propõe a leitura do

Diário de Anne Frank, jovem judia vítima do preconceito, e que todos produzam seu

próprio diário.

Esse é o começo de uma mudança tanto na vida acadêmica quanto na vida pessoal

de cada um que acabam por descobrir valores, dentre eles o respeito.

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Assista agora trechos do filme Escritores da Liberdade O

vídeo encontra-se disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=3S_Mn3zaT2g. Acesso em

17/10/2016.

Roda de conversa

Esse momento tem como objetivo socializar impressões sobre o filme. A

professora lançará alguns questionamentos e precisa da colaboração de todas

para que a discussão aconteça.

No diário relate como é sua relação com a escola, professores e colegas.

Vá ao laboratório de informática pesquisar sobre

HOLOCAUSTO

Aproveite esse momento e pesquise imagens de pessoas que viveram o holocausto,

dos campos de concentração, das câmaras de gás. Reflita quantas histórias foram

interrompidas, quantas marcas esse momento histórico deixou para a humanidade.

E por fim: a humanidade aprendeu algo com esse episódio?

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O que acontece depois que o anexo secreto foi

descoberto?

Filme: Minha Querida Anne Frank

Capa do filme: Minha Querida Anne Frank. Direção: Alberto Negrin. EUA, 2011.

Podemos conhecer um pouco desse difícil e desumano

momento assistindo ao longa disponível em

https://www.youtube.co m/ watch?v=Dl B ju 6i 6QN8 .

Acesso e m 18 de outubro de 2016.

O filme é uma releitura do romance de Alison Lesli e Gol d e reconta o período

e m que Anne esteve no ca mpo de c oncentração, al ém da hi stóri a de

a mi zade entre el a e Hanneli Gosl ar, uma das mel hores ami gas da garota.

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V

Reflita:

1- Qual o cri téri o adotado para sel eci onar as pessoas

que seri am mandadas para a câ ma ra de gás?

2- Descreva como era os campos de concentração.

3- Qual a principal diferença entre o campo de concentração

polonês de Auschwitz para o campo de Bergen-Belsen na

Alemanha?

MÓDULO 5

CONHECENDO O ESCONDERIJO

ocê Sabia???

No dia 04 de agosto de 1944, após denúncia de alguém nunca

identificado, a polícia alemã invade o Anexo Secreto e prende as oito

pessoas escondidas. Todos foram para uma prisão em Amsterdã, inclusive

dois cúmplices, e no dia 8 transferidos para Westerbork, um campo de triagem

para judeus no norte da Holanda. Em 3 de setembro, são deportados para

Auschwitz (Polônia).

Anne e Margot, sua irmã, foram separadas dos pais e transferidas para o

campo de concentração de Bergen-Belsen, perto de Hannover (Alemanha).

Primeiro Margot, e dias depois Anne, morreram de tifo, provavelmente no fim

de fevereiro. Logo depois a guerra acabou.

O patriarca Otto Frank, foi o único a sobreviver. Libertado pelo exército

russo e repatriado para Amsterdã onde recebeu o diário protegido por Miep

Gies. Desde então, passou a divulgar a mensagem deixada pela filha até sua

morte em agosto de 1980.

Anne reserva algumas páginas em seu diário para descrever como é o Anexo

Secreto em que ficaram escondidos durante 25 meses.

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Quinta-feira, 9 de julho de 1942

Querida Kitty,

(...)

O esconderijo ficava no prédio do escritório de papai. Para as pessoas

de fora, é meio difícil de entender, por isso vou explicar. (...)

Eis uma descrição do prédio: o grande armazém no andar térreo

é usado como sala de trabalho e depósito, e é dividido em várias

seções, como a sala de estoque e a sala do moinho, onde são

moídos cravo, canela e um substituto de pimenta.

Junto à porta há outra porta externa, uma entrada separada para

o escritório. Logo depois da porta do escritório, há uma segunda porta

e, atrás dela, uma escada. No alto da escada, há outra porta, com um

vidro fosco onde está escrito a palavra Escritório em letras pretas. Este

é o escritório principal - muito grande, muito iluminado e muito cheio.

Bep, Miep e o Sr. Kleiman trabalham lá durante o dia. Depois de

passar por um quartinho que tem um cofre, um guarda-roupa e um

armário grande, cheio de material, chega-se ao escritório dos fundos -

pequeno, escuro e entulhado. Este costumava ser compartilhado pelo

Sr. Kugler e pelo Sr. van Daan, mas agora o Sr. Kugler é o único

ocupante. (...) Ao sair do escritório do Sr. Kugler e seguir pelo corredor

comprido e estreito, passando pelo depósito de carvão, e subir quatro

degraus chega-se ao escritório particular, o cômodo mais luxuoso do

prédio. (...) Na porta seguinte, há uma espaçosa cozinha com água

quente e fogão à gás, de duas bocas; ao lado, fica o banheiro. Este é o

segundo andar.

Uma escada de madeira liga o corredor de baixo ao terceiro

andar. No alto da escada há um patamar com portas dos dois lados.

A porta da esquerda leva à área de depósito de temperos e aos sótãos

na parte frontal da casa. Um lance de escadas tipicamente holandês,

muito íngreme, também leva da parte da frente da casa até a outra

porta que se abre para a rua.

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A porta à direita do patamar leva ao Anexo Secreto no fundo da casa.

Ninguém jamais suspeitaria da existência de tantos cômodos por trás

daquela porta cinza e lisa. Há somente um pequeno degrau na frente da

porta, e você entra direto. Logo na frente fica uma escada íngreme. À

esquerda há um corredor estreito indo até um cômodo que serve de

sala de estar e quarto para a família Frank. Ao lado fica um cômodo

menor, o quarto e local de estudo das duas moças da família. À direita

da escada fica um lavatório sem janela, com uma pia. A porta no canto

dá no toalete e a outra no nosso quarto, meu e de Margot. Se você

subir e abrir a porta no alto da escada, terá a surpresa de ver um

cômodo tão grande, claro e espaçoso numa casa antiga junto ao

canal como esta. No cômodo tem um fogão (graças ao fato de ter

servido de laboratório do Sr. Kugler) e uma pia. Aqui será a cozinha e o

quarto do Sr. e da Sra. van Daan, bem como uma sala de estar, de

jantar e de estudos de uso comum. E, então, à semelhança da parte

baixa do prédio, há o sótão. Aí está. Agora já lhe apresentei todo nosso

querido Anexo Secreto!

Sua Anne

(p. 43)

Agora você assistirá a um trecho do filme A Culpa é das

Estrelas, no qual os protagonistas Hazel Grace e Augustus

Waters visitam o local em que Anne viveu. Esse lugar, aberto

ao público em 1960, é hoje um museu mundialmente

famoso.

Capa do filme: A Culpa é das Estrelas. Direção: Josh Boone. USA, 2014.

É possível encontrar o vídeo no endereço

https://www.youtube.com/watch?v=xObaowm-Ieo. Acesso

em 23/10/2016.

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Saiba mais sobre o museu no site

http://www.annefrank.org/pt/Museu/De-esconderijo-a-museu/.

Acesso em 08/09/2016.

Vamos visitar o site<http://www.annefrank.org/pt/> e pesquisar algumas informações.

Analise a descrição feita por Anne, as fotos mostradas no site e o trecho do filme.

Pesquise no site a descrição dos moradores do Anexo .

NOME DESCRIÇÃO

Vamos aproveitar esse momento para conhecer também as 6 pessoas que

tinham acesso ao Anexo e eram cúmplices do que estava acontecendo.

RESPONDA:

A- Você acha possível um segredo ser confidenciado a tanta gente?

B- Se você tivesse que passar por essa situação, em quem confiaria?

Cite 4 pessoas.

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Entendendo a necessidade de se esconder...

A família Frank, de origem alemã, parte para a Holanda quando os decretos

antissemitas começam a restringir a vida dos judeus que ali viviam. Durante a

Segunda Guerra Mundial, Margot Frank, irmã de Anne, recebe uma convocação

para se apresentar para o campo de trabalho forçado da Alemanha. Assim, a

família que já vinha se preparando para se esconder antecipa sua ida ao Anexo

Secreto, que fica no prédio onde Otto, pai de Anne, trabalha.

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Para finalizar nossos trabalhos, responda ao quiz abaixo.

1- Onde Anne Frank nasceu?

a- ( ) Holanda

b- ( ) Alemanha

c- ( )Turquia

d- ( ) Polônia

2- Quem deu o diário a Anne?

a- ( ) Edith Frank

b- ( ) Miep Gies

c- ( ) Otto Frank

d- ( ) Hanneli Goslar

3- Quantos anos Anne tinha quando ganhou o diário?

a- ( ) 12

b- ( ) 13

c- ( ) 14

d- ( ) 15

4- Quem era a melhor amiga de Anne?

a- ( ) Margot

b- ( ) Peter

c- ( ) Hanneli

d- ( ) Edith

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5- O que identificava os judeus nas ruas?

a- ( ) uma rosa branca

b- ( ) uma rosa amarela

c- ( ) uma estrela branca

d- ( ) uma estrela amarela

6- Quando a família Frank entrou no esconderijo?

a- ( ) 5 de julho de 1942

b- ( ) 8 de julho de 1942

c- ( ) 5 de agosto de 1942

d- ( ) 8 de junho de 1942

7- Onde ficava o esconderijo?

a- ( ) Amsterdã- Holanda

b- ( ) Frankfurt- Alemanha

c- ( ) Berlim- Alemanha

d- ( ) Auschwitz- Polônia

8- Quando o esconderijo foi descoberto?

a- ( ) 5 de julho de 1942

b- ( ) 3 de março de 1945

c- ( ) 4 de agosto de 1944

d- ( ) 4 de agosto de 1945

9- Além dos oito judeus, foram presos também dois ajudantes. Quem

foram eles?

a- ( ) Bep e Miep Gies

b- ( ) Miep Gies e Sr. Kugler

c- ( ) Bep Voskuijl e Sr. Voskuijl

d- ( ) Sr. Kugler e Sr. Kleiman

10- Quem encontrou o diário depois que o esconderijo foi descoberto?

a- ( ) Albert Dussel

b- ( ) Miep Gies

c- ( ) Gestapo

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d- ( ) Hanneli Goslar

11- Para onde foram levados depois de descobertos?

a- ( ) Bergen-Belsen

b- ( ) Áustria

c- ( ) Dachau

d- ( ) Auschwitz

12- Qual a maior necessidade de Anne no campo de concentração?

a- ( ) orar

b- ( ) ler

c- ( ) conversar

d- ( ) escrever

13- Do que morreram as irmãs Frank?

a- ( ) pneumonia

b- ( ) tuberculose

c- ( ) tifo

d- ( ) desnutrição

14- Anne morreu alguns dias depois de Margot, porém não se sabe ao

certo quando isso aconteceu. Acredita-se que foi em:

a- ( ) fevereiro de 1945

b- ( ) fevereiro de 1946

c- ( ) março de 1946

d- ( ) abril de 1945

15- Quantos judeus, aproximadamente, morreram no Holocausto?

a- ( ) 1 milhão

b- ( ) 3 milhões

c- ( ) 6 milhões

d- ( ) 9 milhões

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16- Como é o nome dado ao interlocutor do diário?

a- ( ) Pim

b- ( ) Kitty

c- ( ) Peter

d- ( ) Moortje

17- O que é nazismo?

a- ( ) Regime autoritário criado na Itália

b- ( ) Regime autoritário criado na Alemanha

c- ( ) Regime autoritário criado na Holanda

d- ( ) Regime autoritário criado na Polônia

18- Quem comandava o Partido Nazista?

a- ( ) Adolf Hitler

b- ( ) Josef Mengele

c- ( ) Benito Mussolini

d- ( ) Otto Frank

19- Quando foi publicado o diário de Anne?

a- ( ) 1945 b- ( ) 1946 c- ( ) 1947 d- ( ) 1948

20- O diário de Anne Frank é considerado:

a- ( ) diário de viagem

b- ( ) diário ficcional

c- ( ) diário de leitura

d- ( ) diário pessoal

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Hoje vocês entregarão os

diários produzidos durante as aulas.

Espero que esse momento tenha

sido de autoconhecimento, de novas

experiências, de aprendizado, de desafios!

Caso queiram poderão colher assinatura

de amigos, familiares, professores.

Obrigada por fazerem parte desse momento.

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ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS

Módulo 1

A RELAÇÃO DE ANNE COM O DIÁRIO

Estranha: Para uma menina tão sociável como ela, soa “estranho” escrever um diário, se poderia

conversar com alguém. Mas, haveria esse alguém?! A julgar pela maturidade que o texto deixa

transparecer, uma amiga real, de sua idade, pouco poderia entender.

Ninguém se interessará: Será essa declaração um reflexo do sentimento que ela já tem? O de que

ninguém se interessa pelo que ela, de fato, pensa? Os adultos estão muito ocupados; os jovens, muito

despreparados?!

Fatos banais: Ela já adota um tom “solene” em seu discurso: O diário pessoal, normalmente, traz sim

fatos banais. Mas, no contexto em que ela vivia, pouca coisa era “banal”.

Ânimo renasce: Aqui ela deixa claro que seu ânimo havia morrido, mas o fato de escrever o faz voltar à

tona.

Eu vou também: Olhando o texto com mais atenção, parece até que ela estava adivinhando o que

aconteceria: se esse diário tivesse desaparecido, não o conheceríamos. Seria como se ele não tivesse

existido. Com ele, ela vive.

Oralidade: dos conhecimentos prévios a respeito do gênero.

A expressão : A alternativa correta é “registrar as angústias de uma adolescente”.

Publicados: Escolhe-se para publicação aqueles capazes de contribuir para o conhecimento do

momento histórico, social e econômico. São de pessoas que deixaram alguma contribuição para a

ciência, arte, história e outros segmentos.

Diferença entre eles: Entende-se por colega a pessoa com quem se convive, sem muita intimidade. Já

amigo é aquele que podemos desabafar nossos segredos, dividir nossos problemas, contar sobre nossas

vitórias e conquistas. O amigo em todas as fases da vida, certamente, estará com você.

Interlocutor imaginário: Quando damos um substantivo próprio a algo ou alguém tornamo-nos mais

próximos, mais íntimos deles.

Continuar a viver: Sem dúvida, Anne Frank continua a viver entre nós. O legado que deixou é

incomensurável. Através de uma garota, como tantas outras, podemos conhecer, estudar, aprender

sobre o conturbado período da Segunda Guerra Mundial e os desdobramentos ocorridos a partir dela.

PRATICANDO: Ao final do módulo 1 todas receberão um caderno para produzir nele um diário. A

primeira atividade é personalizá-lo conforme o gosto de cada uma. A partir daí, terão liberdade para

escrever o que quiserem, sobre o que quiserem e quando quiserem. Durante as aulas, serão motivadas a

expressar sentimentos, opiniões, anseios da fase que estão vivendo: a adolescência. Importante

deixar claro que o diário só será lido pela própria autora e pela professora. Caso queiram deixar outros

lerem ficará a critério pessoal.

Módulo 2

A LÍNGUA EM FOCO

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Objetivo: Identificar os elementos organizacionais e estruturais do diário, de modo a

reconhecer as características próprias do gênero, como a linguagem informal, as expressões idiomáticas,

a data e o vocativo.

É necessário explicar aos alunos quais são os conteúdos relacionados ao estudo linguístico a serem

estudados para a elaboração de forma mais efetiva de um diário. Portanto, esse módulo visa a

desenvolver algumas atividades que possibilitem a compreensão e ampliação do reconhecimento desse

tipo de texto.

As questões abaixo: o texto a seguir responde às questões propostas.

Linguagem

O diário é considerado um gênero discursivo, pois promove a reflexão individual, com características

próprias e funções específicas, sendo ainda uma ferramenta de transformação utilizada em diferentes

esferas sociais, como acadêmica, literária, religiosa, cotidiana, escolar. E o diário íntimo/pessoal, da

esfera cotidiana, é um subgênero, assim como o diário de leitura, diário de viagem, diário de bordo e

outros.

Utilizar o diário como material didático é compreender sua riqueza dado que oferece uma dimensão do

perfil social, histórico, político, cultural do momento em que foi escrito. Essa disciplina de

interiorização é capaz de registrar o diálogo de um indivíduo com seu tempo e seu espaço. Nesses

materiais, pode-se ver a interdisciplinaridade com outras disciplinas bem como história, sociologia,

geografia, ensino religioso, arte, e demais. Valendo-se da língua portuguesa, esse material faz amplo

uso de experiências com as linguagens.

O gênero Diário Pessoal possibilita guardar memórias, na forma de texto, relatar ações cotidianas do

autor, confidências de seus donos que preferem estabelecer um diálogo com ele a trocar “segredos”

com outras pessoas, bem como expressar sentimentos de uma maneira geral. O interlocutor é a própria

pessoa que escreve. Protagonista e narrador são coincidentes e, por esse motivo, a modalidade de

enunciação do discurso é a 1º pessoa do singular. Além de textos incluem fotos, imagens, figuras,

bilhetes, anotações, poesias. São outros gêneros dentro desse gênero, considerados hibridismos. Não

há muita preocupação com a linguagem utilizada que, muitas vezes é, informal, coloquial, espontânea,

com gírias, de caráter intimista e confidencial. Essa escrita confessional apresenta data e local,

vocativo (muitos dão apelidos a esse “amigo” confidente), texto com ordem cronológica e assinatura.

Origem do diário

Diário do latim diarium está relacionado com o termo dia e para muitos pode ser considerado uma

autobiografia. Mas, com uma ressalva: produz-se um texto autobiográfico ou de memórias tratando-se

de um passado mais longínquo. Já o diário lida com eventos presentes (quase) imediatos. Os relatos

são bastante próximos quanto à temporalidade do momento da escrita.

A prática de se registrar as impressões pessoais vem de séculos. Entre o século XVIII e final do século

XIX a atividade de se registrar em diário acontecia por motivos educativos ou religiosos. No campo da

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educação era uma prática envolvendo instrutora/mãe com o aluno no intuito de acompanhar e avaliar o

aprendizado da escrita. A igreja Católica incentivava tal escrita como exercício para exame de

consciência dos pecados cometidos, o que facilitaria ao pecador lembrar-se dos erros na hora da

confissão, recebendo assim prontamente o perdão.

O diário teve seu ápice no século XX. A racionalidade da modernidade instiga o sujeito à reflexão

pessoal, ao questionamento de suas ações e atitudes. Esse momento de questionamento da própria

existência traz consigo um estímulo à escrita.

Capacidades Discursivas

Nesta seção, cabe ao professor tratar da organização geral do texto, ou seja, de que forma o texto está

estruturado. Sugerimos um trabalho com os alunos que explore a estrutura do gênero diário.

Datas dos registros: É uma maneira de recordar quando o fato aconteceu.

Interlocutor : Kitty. Embora essa pergunta já tenha sido feita no módulo 1, é hora de reforçar a

importância desse vocativo. Nesse gênero, e principalmente na obra estudada, o vocativo vai muito

além de um mero chamamento.

Características desse interlocutor: É um ouvinte fiel e atento. Por ser inanimado, não julga, não

questiona.

Fatos escolhidos: Relatamos aqueles acontecimentos mais significativos do dia. A decisão do que é

mais importante a ser registrado é inteiramente do escritor.

Pessoa do discurso: O texto é escrito em 1º pessoa do singular porque fala sobre si mesmo.

Protagonista e narrador são coincidentes. Exemplos: “vou contar só de brincadeira”, “ficaria tão alegre

que nem saberia por onde começar.”

Calcule o tempo: Foram para o esconderijo no domingo, 5 de julho de 1942, portanto estão há um ano

escondidos.

Desejos são coisas bastante simples: Quanto menos temos mais valor damos às coisas simples.

Levando-se em consideração o tempo que estavam privados de liberdade se contentariam sim com

coisas pequenas.

Elementos do diário

Quem escreve: Qualquer pessoa que queira relembrar o que fez no dia a dia

Por que escreve: Para guardar suas memórias na forma de texto ou para ajudá-la a pensar mais sobre si

mesma.

Para quem escreve: Para ela mesma ou para alguém que um dia será autorizado a lê-lo.

Onde circula o texto: Em cadernos específicos para isso.

O que não pode faltar: O relato das ações cotidianas do autor e algumas características formais: data,

vocativo, despedida.

Sugestão

Professor, outra sugestão para se trabalhar também com linguística é enfocar:

Verbos: tempos verbais

Pronomes: pessoas do discurso

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Módulo 3

RELACIONAMENTO COM OS PAIS

Professor aqui é o momento para discutir um dos maiores conflitos ocorrido na adolescência: a relação

pai e filhos. Oportunize momentos para deixá-los livres para falarem e contarem como vivem esses

momentos.

Voz gentil: Observe que Anne percebe a boa intenção da mãe. Talvez tenha visto ali uma oportunidade

para se aproximar da filha. Por isso, a mãe usou esse tom de voz.

Rosto contraído de dor: Imagine o sofrimento que essa mãe sentiu nesse momento. Não é difícil

imaginar o quanto uma rejeição é sofrida, ainda mais para uma mãe.

Me tornei totalmente indiferente: Significa: nada do que me falem me atinge.

Desprezo: descaso

Sentiu: Anne ficou surpresa por ter usado palavras tão fortes contra a própria mãe. Nesse momento,

percebe-se como a jovem amadurecera e vê a relação com a mãe de outra maneira. Ainda não se pode

dizer que a relação é boa, na verdade aprenderam a respeitar as diferenças entre elas.

Entendimento entre pais e filhos: Essa é uma questão bastante complexa, talvez quando nos

tornamos pais nos esquecemos de que já fomos jovens e de como pensávamos nessa fase. Há um

conflito de gerações que precisa ser superado com diálogo e entendimento de ambas as partes.

Muito mais velhas: Todo o contexto vivido pelas irmãs fez com que elas amadurecessem mais rápido

do que outras adolescentes da mesma idade.

Fingia: Na verdade, o pai fingia não ver para não tomar partido nas brigas que ocorriam. Ele nega as

dificuldades colocando “panos quentes” para não entrar em conflito com elas.

Troca de um segredo

O bjetiv o da ativ idade: Tr ocar infor ma ções s obr e pr oblema s comu ns enfr ent a dos p elos

jov ens , forta lecer a a miza de e a u niã o do grup o, encont rar s olu ções para pr ob lema s, dar a

op ort u nida de para qu e os part icipa nt es ex p onham u m pr ob lema s em s e ident ificar.

Material: 1 folha de pap el s u lfit e para ca da part icipa nt e

1 ca neta

1 ca ixa para colet ar as folha s de pap el

Co mo fazer: A pr ofess ora dever á distr ib u ir a cada part icipa nt e u ma folha de pap el e u ma

ca neta. Dep ois dar lhes a s egu int e instru çã o.

P eça para ca da u m escrever na folha um problema pessoal, um dilema , dificu ldade ou

angústia p ela qua l es tá passa ndo nes t e mo ment o e qu e a inda nã o encont r ou u ma s olu çã o ou

nã o cons egu iu exp r essar -s e verbalment e com as p es s oas envol vida s. S eja m s incer os, nã o

pr ecisa m s e ident ificar, ap ós es cr ever em o pr ob lema dob r em a folha e a coloqu em na ca ixa

indica da.

Misture os papéis e logo em s egu ida distr ib ua u m para ca da part icipa nt e aleatoriamente p edind o

qu e deix em a folha fechada at é t er minar de dis tr ibu ir.

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P eça qu e todos abram a folha qu e r eceb era m e leia m at ent a ment e o pr ob lema a li descrito

como s e fos s e s eu, qu e fa ça m u ma r eflex ã o s obr e o a ssu nt o e pr ocur e m uma s olu çã o

para o problema r ela ta do. Imp or tant e enfat izar qu e analisem seriamente o pr ob lema como s e

fos s e s eu s em ju lgar.

As s im qu e t odos es t iver em pr ont os cha me u m p or vez para exp or o pr ob lema qu e r eceb eu

e apr es ent e u ma s olu çã o a part ir de s eu p ont o de vista, deven do s er s incera. Dep en dend o do

envolviment o dos ou tr os a lu nos deix e -os livr es para op inar em ta mb ém. R ep ita o pr ocess o

at é qu e t odos t enha m ex p os t o.

No final, abra u m debate entr e os part icipa nt es ex p lica ndo qu e mu itas vezes t emos pr ob lema s

e a lgu ns sã o mu it o par ecidos e ca da u m p ode enco nt rar u ma s olu çã o a part ir do p ont o de

vista de u ma outra p es s oa que, mu itas vezes, nã o es tá envolv ida dir eta ment e com o pr ob lema .

Entã o , é imp ortant e qu e t odo jovem, a o s e dep arar com s it uações t íp icas da a doles cência ,

nã o s e feche e pr ocur e s eus a migos para qu e estes p ossa m a judar com u m p ont o de vis ta

diferent e sobre a s itua çã o. Ta mb ém a qu i é o mo ment o para desta car a fu nçã o do diár io p es s oal.

Alg umas ques tõ es que po dem s er feitas aos participantes para refletire m s o bre a

ativ idade:

C omo foi a s ens a çã o de des cr ever o pr oblema ?

C omo você s e s ent iu qua ndo ou viu s eu pr oblema s endo r elata do?

Ao ler o t ex t o de s eu colega, você cons egu iu s e colocar no lu gar dele?

O ponto de vista exposto por seu colega serviu para solucionar seu problema ?

Aproveite também para enfocar a importância da tolerância, pois nessa atividade é preciso respeitar uns

aos outros. Esse será o tema do próximo módulo.

Dinâmica adaptada do site http://www.esoterikha.com/coaching-pnl/dinamicas-para-jovens-

brincadeiras-para-jovens-atividades.php. Acesso em 03/10/2016.

HORA DE DISCUTIR

TEMAS:

GUERRA

CONDIÇÕES NO ANEXO

MENSTRUAÇÃO

PAIXÃO

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DISCUSSÕES

Trechos selecionados, podendo ser outros a escolha do professor.

1 Segunda feira, 28 de setembro de 1942

2 Sexta feira, 9 de outubro de 1942

3 Terça feira, 27 de abril de 1943

4 Segunda feira, 2 de novembro de 1942

5 Quinta feira, 19 de novembro de 1942

6 Sábado, 28 de novembro de 1942

7 Sábado, 30 de janeiro de 1943

8 Domingo, 2 de maio de 1943

9 Quinta feira, 6 de janeiro de 1944

10 Quinta-feira, 6 de janeiro de 1944

11 Sexta- feira, 18 de fevereiro de 1944

12 Quarta-feira, 8 de março de 1944

13 Terça- feira, 14 de março de 1944

14 Sexta- feira, 31 de março de 1944

15 Terça-feira, 11 de abril de 1944

Professor aproveite esse momento para questionar a turma se os problemas debatidos também fazem

parte da vida delas. Agora é a hora de extrapolar o texto e trazer para o presente as discussões.

Módulo 4

FALANDO DE INTOLERÂNCIA

Alguns questionamentos:

1- Descreva as características da professora Erin Gruell. (A professora era revolucionária, idealista.

Ensinava, além do conteúdo específico, lições de vida a seus alunos).

2- Como a direção e outros professores receberam Erin na escola? (A equipe escolar era burocrática,

conservadora e não ofereciam apoio à professora. Acreditavam que Erin logo desistiria dos

alunos).

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3- Como era a sala 203? Descreva o ambiente e os alunos que ali estudavam. (A sala tinha um

aspecto sujo, com carteiras e paredes rabiscadas. Os alunos eram apáticos e desinteressados pela

escola. Era uma turma discriminada, cheia de conflitos e violência. Ali preconceitos raciais e

rivalidade entre gangues predominavam).

4- Qual é a postura da escola perante aquela sala de aula? (Os alunos enfrentavam a descrença dos

professores que não acreditavam que pudesse haver mudança no comportamento,

comprometimento e desempenho escolar deles).

5- Quando uma caricatura de um aluno negro circula pela sala a professora vê ali um momento de

discutir algo fora do contexto da aula. Ela faz uma analogia entre esse fato e o holocausto

ocorrido na Segunda Guerra Mundial. Explique esse momento. (A professora aproveitou aquilo

que parecia uma brincadeira de adolescente para mostrar o que atitudes como aquela poderiam

trazer de consequências para si mesmo e também para a humanidade, como aconteceu na

Segunda Guerra. Atitudes cheias de preconceito acarretam prejuízos incomensuráveis).

6- Qual foi o objetivo da professora ao propor a leitura do Diário de Anne Frank? (Mostrar que não

somente a turma 203 sofria discriminação. Outras pessoas em diferentes contextos foram e

continuam a ser vítimas da intolerância. Porém, Anne não se deixou abater e nos deixou como

legado seu diário).

7- Como foi a recepção dos alunos perante o projeto em que todos poderiam escrever sobre suas

vidas em um diário? Houve êxito? (No começo um pouco tímidos, porém viram naquela atividade

um canal de comunicação que permitia expressar seus sentimentos e expor seus conflitos.

Passaram a se conhecer melhor e a entender que suas atitudes refletiam na própria realidade).

8- Qual o objetivo da dinâmica Jogo da Linha? (Durante a dinâmica, os alunos tiveram que se olhar

nos olhos, coisa que não faziam. A professora mostrou ali que todos eles tinham algo em comum

e que sofriam dos mesmos problemas e enfrentavam os mesmos desafios).

9- O que significou o “Brinde pela Mudança”? (Foi um momento de celebrar as vitórias

conquistadas até ali. Brindaram às pequenas mudanças que certamente foram decisivas para o

“querer mudar”).

10- A aluna Eva sente-se motivada em ler a história da adolescente judia. Porém, fica com ódio ao

saber do final. Por quê? Qual a mensagem transmitida por um outro aluno para esse fato?

(Quando Eva descobre que Anne teve um fim parecido a tantos outros conhecidos da turma, a

aluna se rebela contra a professora. Porém, um outro aluno a interrompe com o seguinte

questionamento: “Quantos amigos nossos viveram para conhecer essa história?” A jovem judia

morreu, mas deixou relatadas suas experiências diante da guerra. Desde então podemos conhecer

essa triste realidade que certamente não vale a pena).

11- Quem foi Miep Gies? (Foi uma das seis pessoas que deram refúgio à família de Anne Frank e os

demais durante a Segunda Guerra. Miep Gies muito ajudou, levando mantimentos, roupas,

remédios e outros itens de necessidade. Também foi a responsável por encontrar e entregar, sem

ler, o diário ao pai de Anne).

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12- Qual a diferença entre Anne Frank e os alunos da sala 203? (Anne não descontava sua raiva na

sociedade, na verdade ainda acreditava nela).

13- Qual a mensagem que podemos tirar do filme? (O filme traz discussões importantes acerca da

discriminação racial, violência, guetos, gangues, dentre outros temas. A partir de um olhar

diferenciado de uma pessoa disposta a fazer a diferença, houve envolvimento e aceitação. Os

alunos foram ouvidos e sentiram-se importantes durante as aulas, o que refletiu em outros

ambientes. Outro ponto de destaque é conscientizar as pessoas que só através da educação obtêm-

se méritos).

Reflita

1 - As p es s oa s en v ia da s p a ra a s câ mar a s d e gá s er a m a qu ela s qu e nã o t i n ha m

c o n di ç õ es p a r a tr a ba lha r, ou s eja , os i d os os , os ma is d o en t es e a s cr ia n ça s a t é 1 5

a n os .

2 - Os na z is t a s co ns t r u ír a m ma is d e 4 0 . 0 0 0 ca mp os d e c o nc en t r a çã o du r a nt e a

S egu n da Gu er r a . Tin ha m vá r ia s fi na l i da d es , d ent r e ela s , ma nt er os p r es os e m

a t iv i da d es es cr a va s , r ec o l h er os i n i mi g os d o g o v er n o e s er v ia m c o mo c ent r o d e

ex t er mí n i o em ma s s a . O s a lo ja men t os er a m i nf es t a d os d e r a t os e v er mes ;

p ou qu ís s i ma á gu a e c o mi da ; a s ca ma s er a m c o l et i va s e a b r i ga va m a t é 1 0 p es s oa s

em ca da u ma d ela s ; os p r es os t i n ha m os ca b el os r a s pa d os e a p el e t a t u a da co m

u m nú mer o d e i d en t if ica çã o; os b ens ma t er ia is er a m c o n f is ca d os ( j oia s , r ou p a s ,

r el ó g i os , ca lça d os ); ha v ia p i l ha s d e es q u el et os e ca dá v er es ; t er r í v eis

ex p er i me nt os c i en t í f ic os er a m f eit os ; d en t r e ou t r a s b ar b ár ies .

3 - Em Auschwitz havia câmaras de gás, enquanto no campo de Bergen-Belsen não.

P r of es s or, mu it a s d es s a s a t iv i da d es nã o a p a r ec em n o f i l me, p or ém é u m mo men t o

d e a mp l ia r o c o n h eci m en t o.

MÓDULO 5

CONHECENDO O ESCONDERIJO

Moradores do Anexo: Quando Anne escreveu a segunda versão do diário (depois de ouvir no rádio

que os documentos escritos durante a Segunda Guerra seriam publicados), criou pseudônimos para

algumas pessoas. Porém, Otto preferiu utilizar os nomes verdadeiros de seus familiares e aceitar a

ideia da filha de publicar o diário com nomes fictícios.

Otto Frank

Edith Frank

Margot Frank

Anne Frank

Petronella van Daan (na verdade, Auguste van Pels)

Alfred van Daan (Hermann van Pels)

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Peter van Daan ( Peter van Pels)

Albert Dussel ( Fritz Pfeffer)

Cúmplices:

Sr. Kugler

Sr. Kleiman

Miep Gies

Bep Voskuijl

Sr. Voskuijl

Jan Gies

Antissemita: Movimento extremista, criado na Alemanha, que pregava o ódio aos judeus. Para ele, os

judeus eram responsáveis pelos males ocorridos no país.

Quiz:

1- B

2- C

3- B

4- C

5- D

6- A

7- A

8- C

9- D

10- B

11- D

12- D

13- C

14- A

15- C

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16- B

17- B

18- A

19- C

20- D

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Referências bibliográficas

BAKHTIN, M. Marxismo e Filosofia da Linguagem. Trad. De Michel Lahud e Yara

Frateschi. 9. Ed. São Paulo: Hucitec, 1999.

. Estética da Criação Verbal. 4. ed. São Paulo. Martins Fontes, 2003.

FRANK, Anne. O diário de Anne Frank. 54 ed. Rio de Janeiro: Record, 2015.

Sítios

A culpa é das Estrelas. Disponível em

<https://www.youtube.com/watch?v=xObaowm-Ieo>. Acesso em 23/10/2016.

Anne Frank. Disponível em: <http://www.annefrank.org/pt/>. Acesso em 06/09/2016.

Diário (agenda). Fonte: Wikipédia free enciclopédia. Disponível on line em

https://pt.wikipedia.org/wiki/Di%C3%A1rio_(agenda). Acesso em 06 de outubro

de 2016.

Escritores da Liberdade. Disponível em <

https://www.youtube.com/watch?v=3S_Mn3zaT2g>. Acesso em 17/10/2016.

Figura 1: Anne Frank. Creative Commons by Chuck Ayoub. Disponível em:

<https://sites.google.com/site/nliberwebquest/process/anne-frank.> Acesso em 18

de outubro de 2016.

Figura 2: Delicado para mocinhas. Disponível em:

<https://www.flickr.com/photos/miladesign/5010112022/in/photostream/lightbox/.>

Acesso em 18/10/2016.

Figura 3: Otto Frank, 1961. Fonte: Nationaal Archief. Disponível em:

Page 51: Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica · Segunda Guerra Mundial. Em julho de 1942, a vida normal de uma adolescente judia, mudou completamente. Ao se ver

<https://pt.wikipedia.org/wiki/Otto_Frank#/media/File:Otto_Frank_(1961).jpg.>

Acesso em 19/10/2016.

Figura 4: Edith Frank. Disponível em:

<https://annefranktribute.wikispaces.com/Edith+Frank.> Acesso em

19/10/2016.

Minha querida Anne Frank. Disponível em

<https://www.youtube.co m/ watch?v= Dl B ju6i 6QN8 >. Acesso em 18 de

outubro de 2016.

Museu Anne Frank. Disponível em <

http://www.annefrank.org/pt/Museu/De-esconderijo-a-museu/>. Acesso em

08/09/2016.

Troca de um Segredo. Disponível em <http://www.esoterikha.com/coaching-

pnl/dinamicas-para-jovens-brincadeiras-para-jovens-atividades.php.> Acesso em

03/10/2016.