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FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO

PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA TURMA - PDE/2012

Título: OS TEMAS E AS FIGURAS NA CONSTRUÇÃO DO SENTIDO DO TEXTO

Autor KARIME DIB KAMINSKI

Disciplina/Área (ingresso no PDE) LÍNGUA PORTUGUESA

Escola de Implementação do

Projeto e sua localização

COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA LENI MARLENE

JACOB

Município da escola GUARAPUAVA

Núcleo Regional de Educação GUARAPUAVA

Professor Orientador Dr.ª SONIA MERITH CLARAS

Instituição de Ensino Superior UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO OESTE –

UNICENTRO

Relação Interdisciplinar

(indicar, caso haja, as diferentes

disciplinas compreendidas no

trabalho)

Resumo

(descrever a justificativa,

objetivos e metodologia utilizada.

A informação deverá conter no

máximo 1300 caracteres, ou 200

palavras, fonte Arial ou Times

New Roman, tamanho 12 e

espaçamento simples)

Os atuais conceitos de leitura enfatizam o

caráter significativo do ato de ler, como

exercício de construção de sentidos e o

domínio deste, fator de inserção na sociedade.

Partindo desta perspectiva, justifica-se esta

proposta de unidade didática que sugere uma

abordagem de leitura eficiente, objetivando

auxiliar alunos do 7º ano, do Ensino

Fundamental, a entender os sentidos do texto,

ampliando, assim, a compreensão de mundo.

Para tanto, as atividades priorizarão a

abordagem de alguns gêneros textuais, da

esfera literária, à luz de alguns conceitos da

Teoria Semiótica de linha francesa de A.J.

Greimas. Aliado a tal teoria, este trabalho

lançará mão de uma estratégia de leitura

denominada “Campos Lexicais”, metodologia

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desenvolvida por G. Maurand, divulgada no

Brasil por Limoli (1997, 2001, 2005). Esta

segmentação textual possibilita um trabalho de

leitura diferenciada, que parte da concretude

das palavras para chegar à abstração do

tema, conforme trabalhos desenvolvidos e

divulgados por Merith-Claras (2009, 2010).

Espera-se, com este trabalho, que os alunos

percebam que as palavras possuem vida e

ocupam lugar, não por acaso no campo de um

texto. Que estas são tecidas intencionalmente

para estabelecer conexões ou oposições às

ideias construídas pelo enunciador.

Palavras-chave ( 3 a 5 palavras) Leitura, Semiótica, Campos Lexicais

Formato do Material Didático UNIDADE DIDÁTICA

Público Alvo

(indicar o grupo para o qual o

material didático foi desenvolvido:

professores, alunos,

comunidade...)

ALUNOS DO 7º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

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APRESENTAÇÃO O Texto Como uma Construção de Sentidos

A Teoria Semiótica, de linha francesa, de A J Greimas, no Brasil, tem sido

difundida por diferentes estudiosos, encontrando especial referência nos trabalhos

dos professores José Luiz Fiorin e Diana de Barros.

Vislumbrando perceber o texto como “uma construção de sentidos e explicar

o que ele diz e como faz para dizer o que diz” Barros, (2005, p.8). Eis a finalidade de

aplicação desta teoria.

A semiótica concebe o texto e, não mais a frase, como uma unidade de

sentido. Sendo assim, para esta teoria, a construção dos sentidos do texto surge da

fusão de um plano de conteúdo (discurso) com um plano de expressão, sendo que

um mesmo plano de conteúdo pode manifestar-se através de diferentes planos de

expressão (um poema, uma canção, um filme, uma pintura, um romance), entre

outros recursos de linguagem.

De acordo com esta teoria, ao examinar o plano de conteúdo de um texto,

busca-se explicar o seu sentido, concebendo-o como uma ação simuladora do real,

que como num grande palco (re) apresenta sujeitos, fatos, objetos, valores que

reproduzem o mundo real, fazendo com que através deste (simulacro), seja possível

compreender as relações do ser humano em suas mais variadas implicações,

(Fiorin, 2006)

Portanto, a leitura de textos, através desta perspectiva, ultrapassa a limitada

decifração linguística e parte para uma significação mais ampla, que permite ao

leitor explorar o texto, descobrindo suas vozes implícitas, percebendo as verdadeiras

intenções do enunciador e apreendendo de que maneira esta intencionalidade

ideológica se projeta no texto.

Com a finalidade de explicar os sentidos do texto, a semiótica trabalha a partir de seu plano do conteúdo, analisando-o sob a forma de um percurso gerativo do sentido.

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Este percurso é, de acordo com Fiorin, (2006, p. 20): “ Uma sucessão de patamares, cada um dos quais suscetível de receber uma descrição adequada, que mostra como se produz e se interpreta o sentido”.

Tais patamares apresentam-se divididos em três etapas: a das estruturas fundamentais, a das estruturas narrativas e a das estruturas discursivas, as quais se articulam e se inter-relacionam para construir o sentido total do texto, (Barros, 2005).

Cada um destes níveis possuem uma sintaxe e uma semântica próprias, podendo, portanto, ser abordados separadamente.

Para Barros, (2005, p. 9), o percurso gerativo do texto é descrito conforme a seguinte apresentação:

a) o percurso gerativo de sentido vai do mais simples e abstrato ao mais complexo e concreto;

b) são estabelecidas três etapas no percurso, podendo cada uma delas se descrita e explicada por uma gramática autônoma, muito embora o sentido do texto dependa da relação entre os níveis;

c) a primeira etapa do percurso, a mais simples e abstrata, recebe o nome de nível fundamental ou das estruturas fundamentais, e nele surge a significação como uma oposição semântica mínima;

d) no segundo patamar, denominado nível narrativo ou das estruturas narrativas, organiza-se a narrativa do ponto de vista de um sujeito;

e) o terceiro nível é o do discurso ou das estruturas discursivas, em que a narrativa é assumida pelo sujeito da enunciação.

Diante de todas estas considerações, entende-se que o percurso gerativo do sentido abrange o nível fundamental, o nível narrativo e o nível discursivo, sendo que cada um deles contém uma sintaxe e uma semântica próprias, as quais estando relacionadas levam à apreensão total do sentido do texto.

Sendo assim, o presente projeto de pesquisa, abordará o terceiro patamar do percurso gerativo do sentido, mais precisamente a semântica do nível discursivo, que trata dos procedimentos de tematização e figurativização, por entender que estes dois procedimentos conduzem a um processo de construção/compreensão do texto, através de uma leitura motivadora e significativa.

Nível Discursivo

O nível discursivo é também chamado de nível superficial. É nesta fase que as formas abstratas do nível narrativo se revestem de termos que dão concretude. Os sujeitos, os objetos, as transformações de estado, as competências, entre outros

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aspectos do nível narrativo, passam a ser representados pelo enunciador no sentido de persuadir o enunciatário a aceitar o seu discurso.

A semântica discursiva concretiza o nível narrativo. Nesta fase, os sujeitos da narrativa passam a ser nomeados, tornando-se personagens (reais ou imaginários) do texto. Neste nível, a estrutura narrativa é situada no tempo e no espaço e através dos processos de tematização/figurativização, o sujeito da enunciação “atribui coerência semântica ao seu discurso e produz efeitos de realidade”. Barros (2005, p. 68).

Desse modo, a relação entre temas e figuras apresenta-se como mecanismo que estabelece os dois níveis que concretizam os sentidos do texto.

De acordo com Fiorin (2006, p. 41), todos os textos tematizam o nível narrativo e, depois, esse nível temático poderá ou não ser figurativizado.

Diante disso, analisar um texto considerando o processo de tematização e figurativização consiste em apreender de que maneira estes dois elementos se complementam e se relacionam ao longo do discurso.

Enquanto o revestimento temático busca explicar os fatos e as coisas do mundo, classificando, ordenando e interpretando a realidade, o figurativo procura a concretude destes aspectos, (através de nomes, sons, cores, etc) com a função de construir a realidade a partir de uma representação da mesma Fiorin, (1997).

Estes são alguns conceitos que embasam o presente projeto de pesquisa,

que serão aplicados através de estratégias de ação, que possam viabilizar a sua prática em sala de aula.

Campos Lexicais: uma estratégia de leitura

A técnica de reorganização do texto em Campos Lexicais diz respeito a uma

metodologia de leitura desenvolvida por G. Maurand, divulgada no Brasil por Limoli

(1997, 2001, 2005).

Contrapondo à maioria das propostas encontradas nos livros didáticos e

trabalhadas em sala da aula, as quais privilegiam os aspectos superficiais presentes

no texto, que facilmente são reconhecidos pelos alunos, por não exigir uma

compreensão textual mais aprofundada, esta estratégia de leitura permite percorrer

o texto percebendo os vários encadeamentos que os sentidos das palavras,

associados semanticamente, são capazes de construir ao longo do enunciado.

De acordo com Limoli (1997), o levantamento de Campos Lexicais oportuniza

ao aluno apreender de que maneira os temas e as figuras presentes em um texto se

agrupam e formam sua estrutura semântica.

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Sendo assim, torna-se possível a percepção de que as palavras possuem

vida e ocupam lugar, não por acaso no corpo de um texto. Que estas são tecidas

intencionalmente para estabelecer conexões ou oposições às ideias construídas

pelo enunciador.

A montagem de Campos Lexicais pode ser elaborada em diferentes tipos de

texto, a partir de agrupamentos mais comuns, como: tempo, espaço e personagens /

aspectos sensoriais / alegria e tristeza, por exemplo. Entretanto, além desses

agrupamentos, mais comumente presentes, podem surgir outros hiperônimos, de

acordo com as possibilidades fornecidas pelo texto.

Para Limoli (1997), o trabalho de levantamento de Campos Lexicais pode ser

um diferencial para a dinâmica em sala de aula, pois permite que, ao buscar o que

está nas entrelinhas do texto, o aluno faça uma releitura do mesmo, além de

valorizar a subjetividade, estimular a criatividade e o trabalho coletivo.

Sendo assim, a Montagem de Campos Lexicais, como estratégia de

segmentação textual possibilita um trabalho de leitura diferenciado, que parte da

concretude das palavras para chegar à abstração do tema, conforme trabalhos

desenvolvidos e divulgados por Merith-Claras (2009, 2010)

Tal atividade permite uma maior compreensão textual, através de uma leitura

que promove uma atitude participativa do aluno na construção dos sentidos do texto.

A CONSTRUÇAO DE SENTIDOS DO TEXTO: ATIVIDADES PARA SEREM DESENVOLVIDAS EM SALA DE AULA

ATIVIDADE 1 DESENVOLVIMENTO:

1ª Etapa: MOTIVAÇÃO Nesse primeiro momento, explorar a ludicidade. Levar para a sala de aula uma caixa contendo algumas tiras de papel com as seguintes palavras: amizade / menino / igualdade / preconceito / branco / generosidade/ ser humano / preto. Em círculo, ao som de uma música, passar a caixa de aluno para aluno. Quando a música parar, o aluno que estiver em posse da caixa, deverá abri-la e retirar uma palavra, lendo-a em voz alta e colando-a numa cartolina. Após esta etapa, convidar a classe a ler cada palavra pausadamente, procurando senti-las.

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Em seguida, conduzir os alunos a expor suas ideias, através de um roteiro com as seguintes perguntas: a) Que significados estas palavras possuem para você? b) Quais delas podem ser visualizadas, tocadas ou concretizadas? c) Quais palavras sugerem um pensamento, uma reflexão ou uma ideia abstrata? d) As palavras soltas não possuem significado. Use sua criatividade e faça combinações ligando umas às outras para que expressem sentido (os alunos deverão criar frases que expressem a ideia do preconceito). Nessa etapa, explorar e discutir com eles a infinidade de significados que as palavras podem assumir para que possamos comunicar nossos pensamentos a respeito dos fatos e dos seres a nossa volta, sendo que uma mesma palavra pode ter diferentes sentidos de acordo com aquilo que queremos expressar. Ao finalizar esta etapa, espera-se que os alunos, motivados pela atividade lúdica, tenham produzido pequenos textos a partir da temática do Preconceito. 2ª Etapa Com a finalidade de despertar o interesse a respeito do assunto, apresentar, através de vídeo, um episódio da série “Todo mundo odeia o Chris”*, seriado muito popular que é veiculado na TV aberta e que aborda o tema do preconceito racial de modo interessante, bem ao gosto dos adolescentes. Esta etapa propõe motivar a classe, antes do trabalho com os textos. Para explorar o conteúdo apresentado neste episódio, seguir o seguinte roteiro de perguntas: 01) Você conhece a série “Todo Mundo Odeia o Chris”?

02) Onde acontecem os episódios?

03) Quem são os personagens e como aparecem caracterizados?

04) Onde Chis mora?

05) Você reconhece semelhanças entre o bairro em que o menino mora e um bairro

brasileiro?

06) Como é a família de Chris?

07) Descreva a escola onde Chris estuda.

08) Por que a mãe de Chris faz questão que ele estude nesta escola?

09) O que faz Chris ser diferente na escola?

10) Na sua opinião, existem pessoas melhores ou piores do que as outras?

11) Você conhece pessoas que são julgadas pela sua aparência ou questão social?

12) Você já sofreu no ambiente escolar algum tipo de preconceito ou conhece

alguém que já passou por isso?

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13) Quais os tipos de preconceito mais comuns que acontecem em nossa escola?

14) Como é conhecido o termo preconceito nos dias de hoje? Você sabe qual é a

origem dessa palavra e qual é o seu real significado?

15) Na sua opinião, o que poderia ser feito para mudarmos essa situação?

* Vídeo disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=PtqncnjJZlk Acesso em 13 de setembro de 2012. ATIVIDADE 2 DESENVOLVIMENTO 1ª Etapa Após o debate, apresentar o texto “Preconceito na escola? Que bobagem...”, do escritor Jaime Pinsky. Desenvolver o seguinte roteiro: Dividir o texto abaixo em cinco partes (em forma de cartazetes), organizando a turma em cinco equipes e entregando uma parte do texto a cada grupo aleatoriamente. Dar um tempo para que façam a leitura em grupo e, após esse tempo, solicitar que um representante leia sua parte para o restante da classe. Após a leitura de todas as partes, discutir com os alunos, a necessidade de juntá-las para formar um texto com sentido, levando-os a organizar cada parte mantendo sua coerência. Para concluir esta etapa, colar as partes do texto numa folha grande de cartolina seguindo a ordem estabelecida. Ler para a classe ou pedir para um aluno fazê-lo. 2ª Etapa Distribuir o texto individualmente e realizar uma leitura em voz alta, com a participação dos alunos. Nesse momento devem ser trabalhados os problemas de compreensão do vocabulário, bem como a interação dos alunos com a leitura.

Preconceito na escola? Que bobagem...

Várias facetas do preconceito se manifestam na escola com mais freqüência do que

gostaríamos de admitir. Além disso, a escola é um lugar privilegiado para discutir a

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questão do preconceito e até para iniciar um trabalho com vistas a atenuar sua

força. (...)

(...) No passado gostávamos de dizer que no Brasil não existia o preconceito,

éramos uma “ilha de tolerância num mundo intolerante”, e que o brasileiro era cordial

por natureza. Hoje, não temos mais esta ilusão e começamos a perceber que o

monstro da intolerância pode mudar de cara (ele tem mais de 12 faces), e pode

estar ainda mais perto do que imaginávamos.

O preconceito e a própria discriminação (discriminação é o preconceito em ação)

ganham terreno quando falamos da suposta inferioridade da mulher com relação ao

homem, do velho com relação ao jovem, do índio com relação ao branco(...)

(Jaime Pinsky.In: 12 faces do preconceito. São Paulo, Contexto,1999.p.7-9)

Responda: a) Releia o título do texto. Em sua opinião, ele afirma a ideia defendida pelo autor nos demais parágrafos? Explique. b) Quais os termos ou expressões utilizadas para fazer referência aos tipos de discriminação citadas no texto, quanto: à mulher- ao jovem- ao índio- ao idoso- aos pobres- c) O autor cita alguns homens famosos que em determinada época foram destaque na sociedade, apesar de não serem jovens. O que você sabe sobre estas personalidades? (Levar aos alunos informações e solicitar que pesquisem a respeito destas pessoas renomadas). d) O exemplo destes homens reafirma os argumentos do autor, de que o preconceito é uma bobagem, tida como verdade definitiva?

e) Você concorda com a afirmação de que a discriminação é o preconceito em ação. Cite alguns exemplos. Após a leitura propor um debate promovendo a interação com o texto. Chamar a atenção da classe para o modo como o autor expressou a sua opinião ao escrever sobre o assunto “preconceito”. Levar os alunos a perceber que eles também “construíram” suas opiniões, quando elaboraram frases organizando as palavras expostas na cartolina e como estas passam a adquirir “significados”, de acordo com a intenção que possuímos de comunicar, refletir, denunciar ou compartilhar ideias. Oportunizar aos alunos perceber que ao longo da leitura são apresentados ao leitor fatos que podem ser comprovados, mas que também aparecem opiniões expressas pelo autor.

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Sugestão: Para uma melhor percepção dos alunos, projetar o texto destacando as expressões opinativas, que caracterizam a posição do autor diante do assunto Preconceito. Nesta fase, apresentar o gênero textual Artigo de Opinião. Comentar com os alunos que este gênero caracteriza-se por expressar o ponto de vista do autor sobre determinado assunto e que este sempre utiliza de argumentos que justificam sua posição, buscando convencer o leitor. Fazê-los perceber que somente há artigo de opinião se houver uma questão polêmica a ser discutida. Sugere-se o seguinte roteiro de perguntas:

- Quem é o autor deste texto? - Quais as informações a respeito dele? - Onde este texto foi publicado? - O texto trata de um assunto atual? - O que você sabe sobre este tema?

3ª Etapa

Com a finalidade de oportunizar uma maior compreensão deste gênero, deve-se selecionar um texto, fazendo uma leitura comparativa com o texto “Preconceito, na escola? Que Bobagem...”

Apresentar o texto “Conceito e preconceito”, da autora Lya Luft.

Conceito e preconceito

Preconceito e campanhas anti-preconceito são o item da moda. Porque tudo é

moda, mania, às vezes obsessão passageira. Sempre, também em meus romances

e contos, combati preconceito contra os de pele diferente ou outros olhos, cabelo

assim ou assado, baixinhos, gordos, menos inteligentes, com qualquer dificuldade

física ou mental, ou jeito de amar.

Preconceito é inato no ser humano, nasce do medo do diferente, exige lucidez e

esforço para ser vencido (...)

(Lya Luft, Conceito e Preconceito. In: Revista Veja, 8 de julho de 2011, Ed. 2220)

Lya Luft é escritora e tradutora brasileira. É também professora universitária

aposentada e colunista da revista semanal Veja.

Após as atividades realizadas na etapa anterior, espera-se que o aluno reconheça as seguintes informações: Quem é a autora do artigo?

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Onde foi publicado?

Qual é a data de sua publicação?

Em que suporte de circulação o assunto está publicado?

Qual é a questão polêmica que o artigo está abordando?

Qual é a posição da autora a respeito da polêmica?

Cite algum argumento que a autora utiliza para justificar a sua posição.

Qual a intenção da autora ao escrever sobre este assunto?

Você concorda com a opinião da escritora? Comente.

Levar à sala de aula, jornais e revistas para os alunos lerem e encontrarem nestes veículos artigos de opinião. Chamar a atenção sobre onde são encontrados e quais as características destes textos. Mostrar à classe, modelos de editorial, carta ao leitor, dissertação, artigo de opinião, redação escolar, por exemplo. Além de uma leitura que promova a interação com o texto, o enfoque desta atividade, é, também, conduzir o aluno a reconhecer a função social deste gênero.

Para finalizar esta atividade, sugere-se montar na sala de aula, um painel com textos escolhidos pela classe, como resultado da pesquisa que fizeram. Atividade 4 DESENVOLVIMENTO 1ª Etapa Como motivação para esta etapa, apresentar o vídeo “Coisas de pássaro”*. Explorar as imagens, bem como a riqueza dos detalhes, tendo em vista a ausência de falas no filme. (O desenho animado traz uma mensagem bem humorada, que sensibiliza para a questão das dificuldades enfrentadas para incluir-se em um grupo, quando se é "diferente". * Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=qsJoRrIoMKs. Acesso em 15 de setembro de 2012. A partir do debate, apresentar uma adaptação do conto “O vendedor de balões” (autoria desconhecida), por Anthony de Mello.

O Vendedor de balões

Era uma tarde de domingo e o parque estava repleto de pessoas que aproveitavam

o dia ensolarado para passear e levar seus filhos para brincar. O vendedor de

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balões havia chegado cedo, aproveitando a clientela infantil para oferecer seu

produto e defender o pão de cada dia. Como bom comerciante, chamava atenção da

garotada soltando balões para que se elevassem no ar (...)

(Anthony de Mello. In: O Enigma iluminado. Vol. 1. Edições Loyola, 1991. São Paulo)

Após a leitura, fazer uma breve apreciação do conto, através de perguntas simples e subjetivas como: tema, personagens, outras histórias semelhantes...

2ª Etapa Interpretação do texto

- Vamos colorir a história? Pinte as palavras empregadas no texto para designar as cores dos balões.

Leia o conto novamente, buscando as seguintes informações:

- No primeiro parágrafo, quais são as figuras (palavras) que fazem referência ao tempo?

- Que expressões são empregadas para caracterizar o espaço onde acontecem

os fatos?

- Quais são as palavras que fazem referência às crianças?

- Como é caracterizada a criança protagonista da história?

- A partir das informações do personagem “vendedor”, como parece ser esta pessoa?

- De que maneira o vendedor atraía seus clientes?

- Que expressão, citada no texto, permite relacionarmos a importância do

trabalho para o vendedor de balões?

- Na passagem “não muito longe do carrinho, um garoto negro observava com atenção”... Por que o garotinho não estava junto às outras crianças?

- Na sua opinião, ele seria aceito se estivesse no meio delas ? Por quê?

- Como você entendeu a informação “Aproximou-se meio sem jeito e

perguntou”...?

- Caso o menino não fosse negro, ele se aproximaria do vendedor da mesma forma? Comente.

- O vendedor demonstra compreender a situação do menino? Como?

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- Ao final do conto, o vendedor de balões nos leva a refletir sobre um valor

muitas vezes esquecido pelas pessoas nos dias de hoje. Que valor é este? 3ª Etapa Explorando a construção do texto 1) Releia o conto “O vendedor de balões”. Relacione as palavras consideradas concretas. 2) Através da combinação destas palavras, qual o tema estabelecido pelo autor? A partir das informações discutidas anteriormente no texto “Conceitos e preconceitos”, pode-se afirmar que o pensamento expresso pela autora é semelhante ao do vendedor de balões? Por quê? 3) Podemos afirmar que os dois textos tratam do mesmo assunto, sendo a ideia central de ambos: ( ) tipos de preconceito na escola ( ) preconceito e discriminação na infância ( ) a necessidade de se combater todo o tipo de preconceito Após trabalhar estas questões de interpretação com os alunos, prosseguir fazendo a distinção entre os dois textos trabalhados. Nesta fase, reforçar que os textos apresentados embora tratem do mesmo assunto são construídos de maneiras diferentes. Os textos “Preconceito na escola? Que bobagem... e “ Conceito e preconceito" procuram interpretar um fato, através de uma reflexão, um conceito das coisas do mundo e que este tipo de texto faz parte do gênero textual artigo de opinião e por expressar ideias é um texto predominantemente temático. Já o texto “O vendedor de balões”, apresenta um cenário real, com pessoas, objetos, cores, lugares, etc. Estes elementos representam o mundo no texto. Para representar o mundo no texto , o autor emprega figuras (palavras), como: balão,menino, negro , vendedor,quermesse e estas palavras vão construindo o tema do preconceito racial. Cabe aqui, explicar aos alunos, que há duas maneiras básicas de construir um texto. Aqueles que são predominantemente concretos e os textos predominantemente abstratos. Aos textos em que predominam as representações concretas do mundo, dá-se o nome de figurativos. Aqueles que explicam as coisas do mundo, interpretando-as chamamos temáticos. Como sugestão, apresentar exemplos de textos os quais levem o aluno a perceber as diferenças entre um texto temático e um texto figurativo. Sugestão de textos temáticos:

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“Medo das drogas deixa pais perdidos” de Gilberto Dimenstein, “Epidemia do abandono” de Jorge Darze, “Lei salva vidas” de Antônio Emílio de Moraes. Sugestão de textos figurativos: “A menina e o pássaro encantado” de Rubem Alves, “A onça e o bode” de Sílvio Romero, “Mudanças no galinheiro mudam as coisas por inteiro” de Sylvia Orthof. UMA ESTRATÉGIA DE LEITURA IMANENTE: A MONTAGEM DOS CAMPOS LEXICAIS Atividade 5 1ª Etapa Para iniciar esta atividade, trabalhar com imagens relacionadas à amizade entre pessoas brancas e negras, em várias fases da vida. Explorar as várias possibilidades de interpretá-las, levando os alunos a interagir com o assunto, sempre partindo de questões básicas que os envolva com o tema. Após este primeiro momento, apresentar a música” Morro Velho”. A música narra uma história de amizade entre um menino negro (filho de escravos) e um menino branco ( filho do dono da fazenda). Melodia e letra são de profunda beleza, o que torna agradável a atividade proposta a seguir.

Morro Velho

No sertão da minha terra

Fazenda é o camarada

Que ao chão se deu

Fez a obrigação com força

Parece até que tudo aquilo ali é seu

Só poder sentar no morro

E ver tudo verdinho, lindo a crescer (...)

Milton Nascimento

*Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=rq5jIb96Q-8. Acesso em 22 de

setembro de 2012.

2ª Etapa Distribuir o texto aos alunos propondo uma leitura compartilhada. Após a leitura do texto, organizar a classe em duplas. Nesta etapa, propor às duplas reler o texto

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buscando retirar as palavras (figuras), que remetem aos possíveis temas abordados ao longo do texto. Ou seja, nesta fase os alunos deverão “extrair do texto todas as palavras que possuam um traço semântico comum"( LIMOLI, 1997) e organizá-las em agrupamentos de acordo com o temas a que estas se referem. A montagem dos campos lexicais, por ser uma metodologia que considera o caráter subjetivo da leitura, poderá apresentar resultados diferentes quanto a divisão e a composição dos campos levantados pelos alunos, sendo que uma mesma figura pode remeter a mais de um campo lexical, dependendo da análise realizada. Sugere-se iniciar o trabalho de montagem dos campos lexicais, partindo dos campos básicos presentes em todos os textos: tempo, espaço, personagens, para depois buscar os demais agrupamentos, de acordo com o seguinte modelo: MONTAGEM DOS CAMPOS LEXICAIS 1.CAMPO SITUACIONAL Actorialidade – camarada (4x) / filho (2x) / branco / preto / dois meninos / senhor/ sinhá mocinha Temporalidade - tempo de estudos Espacialidade – sertão / minha terra / fazenda (2x) / chão / tudo aquilo ali/ morro/ estrada/plantação adentro / riacho / cidade / estação distante /cidade grande 2. CAMPO SENSORIAL Visual - ver (2x) / tudo verdinho / lindo / a crescer / água tão limpinha / fundo/linda/

luz da lua/ rebrilha/ some longe / trenzinho Gustativo - peixe bom 3. Infância - meninos / crescendo / pequeninos / correndo / atrás de passarinho

brinca / trenzinho / história 4. Amizade – camarada (3x) / companheiro / amigo 5. Natureza – morro / riacho / estrada / passarinho / luar 6. Trabalho - camarada (2x) / obrigação / força / enxada / orgulhoso camarada / trabalha 7. Lazer – sentar no morro / viola / correndo / passarinho / histórias

8. Separação – vai embora / parte / deixando / voltar / some longe / quando volta

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9. Transformação – já é outro / doutor / quem vai mandar

10. Tristeza - velho camarada / não brinca mais / trabalha

a) A partir do primeiro agrupamento lexical, o “campo situacional”, quais são os

personagens do texto? Onde acontecem os fatos?

b) Considerando o campo lexical infância, caracterize os meninos.

c) A partir do campo lexical amizade, comente o relacionamento

d) Com base no campo lexical “trabalho”, responda:

e) Que tipo de trabalho é desenvolvido na fazenda?

f) Quem realiza esta tarefa?

g) Pode-se afirmar que o trabalho na fazenda é realizado com dedicação?

Justifique sua resposta.

h) Considerando os campos “lazer” e “natureza”, como os meninos vivem neste

ambiente?

i) Com base no campo “separação”, responda:

j) Como os amigos reagem ao despedir-se um do outro?

k) Qual a promessa que ambos fazem?

l) Um dos campos lexicais faz referência à ”transformação” ou seja, a mudança

da narrativa, quando o filho do dono da fazenda retorna da cidade grande.

m) Que mudanças ocorrem com o regresso do amigo?

n) Qual a possível relação entre o campo lexical “transformação” e “tristeza”?

o) Após a discussão a partir das respostas da classe, finalizar esta etapa

propondo aos alunos fazer uma ilustração da parte que mais gostaram da

história.

Atividade 6 1ª Etapa Apresentar imagens referentes à realidade dos bairros pobres de Luanda, com suas ruas sem asfalto e a vida das pessoas que habitam os "musseques". Questionar os alunos quanto esta realidade e a situação das favelas brasileiras (os alunos perceberão muitas semelhanças). Explorar as várias possibilidades que o assunto oportuniza.

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Imagens disponíveis em: https://www.google.com.br/search?q=musseques&hl=pt-

BR&prmd=imvns&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=jD2ZUNH3HIf50gGtlYHg

CQ&ved=0CB8QsAQ&biw=1024&bih=475 . Acesso em 30 de setembro de 2012.

Após a abordagem dos slides, distribuir o conto “A Fronteira de Asfalto”, de Luandino Vieira. Propor uma leitura compartilhada. Após a leitura, esclarecer as dúvidas quanto ao vocabulário (variantes do português de Portugal), levando a classe a estabelecer relações entre o texto e as imagens trabalhadas na atividade anterior . O conto a ser analisado faz parte da coletânea de contos "A cidade e a Infância" e representa a literatura produzida no período anterior à independência de Angola. A narrativa oportuniza ao leitor conhecer a sociedade da época, retratando a verdadeira divisão que existia entre o bairro branco e o musseque. A fronteira de asfalto é visível e simboliza o progresso trazido pelo colonizador branco, oprimindo o povo negro. Seria interessante a colaboração do professor de História, que poderá ampliar o conhecimento dos alunos quanto aos fatos e a época em que aconteceram. A Fronteira de Asfalto

“A menina das tranças loiras olhou para ele, sorriu e estendeu a mão.

- Combinado?

-Combinado – disse ele.

Riram os dois e continuaram a andar, pisando as flores violeta que caíam das

árvores.

- Neve cor de violeta – disse ele.

- Mas tu nunca viste neve...

- Pois não, mas creio que cai assim...

- É branca, muito branca...

- Como tu!

E um sorriso triste aflorou medrosamente aos lábios dele.

- Ricardo! Também há neve cinzenta... cinzenta escura.

- Lembra-te da nossa combinação. Não mais...

- Sim, não mais falar da tua cor. Mas quem falou primeiro fostes tu.

Ao chegarem à ponta do passeio ambos fizeram meia volta e vieram pelo mesmo

caminho.

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A menina de tranças loiras e laços vermelhos. (...)

(Vieira, Luandino. In: A cidade e a infância. 3ª Ed. Lisboa: Caminho, 2007)

2ª Etapa Finalizada a primeira etapa e, dividida a classe em pares, solicitar às duplas fazer uma releitura da narrativa, localizando primeiramente os campos mais comuns (espaço, tempo, personagens). Após organizar estes campos, os alunos deverão percorrer o conto, procurando os demais agrupamentos. Por tratar-se de um texto maior e plenamente figurativo, a classe poderá apresentar várias possibilidades de agrupamentos, havendo divergências de opinião. Porém, o importante é que consigam perceber que as figuras (palavras) formam uma teia de significações e que dispostas em seus devidos agrupamentos, expressam o tema presente no texto. A proposta a seguir, serve como sugestão para desenvolver a estratégia de leitura:

Montagem dos Campos Lexicais

Enquadramento Situacional

ACTORIALIDADE ESPACIALIDADE TEMPORALIDADE

A menina (6x) Pisando as flores Nunca

Ele (6x) Chegaram a ponta do passeio

Nossa infância

Os dois Mesmo caminho Quando tu fazias carros com rodas de patins

Tu (5x) Nos olhos Há meses

Dele (2x) Para a biqueira dos sapatos

Então

Ricardo (18x) Cérebro Quando brincávamos

Marina (8x) Na tua casa Quando eu era teu amigo

Ela (6x) No quintal de tua casa Do tempo em que não havia perguntas

Eu (3x) Dentro dela Quando ainda não havia fronteiras de asfalto

Tua mãe Seu mundo (2x) Bons tempos

Tua cor Outro lado da rua asfaltada

Depois (2x)

Ambos Passeio Para trás

Nossa Árvores de flores violeta Para sempre

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Teu amigo Casas de pau-a-pique Ainda

Pretinho Mulembas Em criança

Minha presença Ruas de areia Recordação longínqua

Tua (4x) Casa dele Aqueles anos

Tuas Ao fundo Amanhã

Te Sítio donde estava Mais cedo

Tu Cercado de aduelas e arcos de barril

Hoje

Mim (2x) Fronteiras de asfalto Já

Minha mãe Casa Quando

Filho (2x) Carapinha negra

Nina (2x) A rua

Ambos Areia vermelha

Dela Escola

Irmãos Classe

Filha Quarto

Esse Pelo chão

Duas crianças Para cima da cama

Um preto Olhar o teto

Minhas amigas Mundo pra lá da rua asfaltada

Minhas colegas Num quarto

Professores Pelo pavimento

Família Liceu (2x)

Tua educação Para a janela

Amiga Ao longe

Lhe Das casas de zinco e das mulembas

Si Cara na colcha

Toni (3x) Na noite de luar

Contigo Debaixo da mulemba

Polícia (4x) Atravessar a fronteira

Negro No asfalto

Sua Saltou o pequeno muro

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Debaixo de seus pés

Na casota

Varanda

Rodapé

De dentro (2x)

Na paragem do maximbombo

No escuro

Para o muro

No passeio

A rua

Aresta do passeio

Na noite

Do lado de cá da fronteira

Sobre as flores violeta

Árvores do passeio

Ao fundo

Na sua direção

Enquadramento sensorial

Tátil Visual Auditivo

Estendeu a mão Tranças loiras (2x) Disse (3x)

Pisando (2x) Olhou Riram

Neve Neve (2x) Dizer da tua mãe

Fazia carros Flores violeta (3x) Próprias palavras

Empurrava Árvores (2x) Torrente de palavras

Mãos ferozmente fechadas

Cor de violeta Som da própria voz

Flores violetas caindo-lhe

Branca Calou-se

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Atravessou Sorriso triste Te disse

Bateu Lábios dele Comentários

Calor suave Neve cinzenta Conselhos velados

Atirou-se Cinzenta escura Tem de sair em qualquer altura

Vestido pelos joelhos Clara A dizer

Acariciava Tua cor Te chamavam

Mergulhando a cara na colcha

Laços vermelhos Gritou (2x)

Chorou Olhou Falar-te

A atravessar a fronteira Nos olhos Falam

Rangiam debaixo de seus pés

Baixou o olhar Ouviu

Subiu o rodapé Sapatos pretos Chorou

Bateu com cuidado Pretinho Falar-lhe

Passou as mãos nervosas pelo cabelo

Muito limpo Folhas secas rangeram

Escorregou Olhos brilhavam Toni ladrou (2x)

Levantou-se e correu Olhos azuis A voz de Marina

Saltou (2x) Virou os olhos Falar contigo

Bateu no passeio Passeio (2x) Explique

Os pé escorregaram Terra vermelha Preciso saber

A cabeça bateu Casas de pau-a-pique Resposta muda

Estendido do lado de cá

Sombras de mulembas Ouvia-se chorar

Sobre as flores Ruas de areia Toni ladrava

Sinuosas Grito

O vento levava

Cobriu tudo

Via-se

Amarela

Duas portas

Três janelas

Um cercado de aduelas

Arcos de barril

Caracóis loiros

Olhos marejados (2x)

Mãos ferozmente fechadas

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Carapinha negra

Areia vermelha

Pretos

Pretinho

Aspecto luminoso Sorridente, o ar feliz Aspecto luminoso

Sorridente, o ar feliz

Paredes de cor de rosa

Olhar o teto

Desenhos de Walt Disney

Os desenhos iam-se diluindo

Névoa

Corria feliz

Vestido pelo joelho

Brilhavam

Olhos grandes

Reviu as casas de pau-a-pique

Cabelos loiros

Pretos (2x)

Pedaços de fotografia

Mancha escura das de zinco e das mulembas

Virou-se subitamente para a mãe

Olhos brilhantes

Lábios arrogantemente apertados

Noite de luar

Sapatos de borracha (2x)

Lua

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Cor crua

Luz na janela

Pequeno muro

Folhas secas (2x)

A luz apagou-se

No escuro

Voltou-se lentamente

Facho da lanterna

As luzes acenderam-se

Todas as janelas

Lua cruel mostrava-se bem

Cajueiros curvados

Sombra retorcida

Levantamento Lexical 2

Movimento

Andar Pisando Caíam Aflorou

Meia volta (2x) Chegarem Vieram Voltou-se subitamente

Olhou Baixou o olhar Disse (3x) Fazias

Empurravas Saiu Brincávamos Ia-se

Saía Calou-se subitamente

Virou Levantava

Cobria Via-se Disseste Abandonei

Sair Dizer Chamavam Gritou(2x)

Fugiu (2x) Caindo-lhe Atravessou Pisando

Sumiu Viu-o Afastar-se Bateu

Voaram Entenderam-se Atirou-se Ficou

A olhar Iam-se iludindo Cobriu Brincava

Corria Brilhavam Viviam Dormiam

Falar-te Entrava Acariciava Falam

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Deixa-me Voavam Deixas de ir De vires

De estudares Virou Virou-se subitamente

Gritou (3x)

Mergulhando a cara na colcha

Chorou Falar-lhe Atravessar

Rangiam Correu Avançou devagar Subiu

Bater Falar Estou a estudar Vai-te

Cou Apagou-se Voltou-se lentamente

Passou

Bateu-lhe Estás a fazer Atingiu o quintal Cederam

Escorregou Ladrou Levantou-se Correu (2x)

Saltou (2x) Pára,pára Não parou Os pés escorregaram

Atravessar Caiu Bateu violentamente

Luzes acenderam-se

Ladrava Desnudava Estendido Estendem

Levantamento Lexical 3

Natureza

Flores violeta (3x)

Arvores (2x) Neve (2x) Passeio (3x)

Passeio (3x) Caminho Quintal Terra vermelha

Areia Poeira Vento Areia vermelha

Luar (2x) Lua (2x) Folhas secas (2x) Árvores do passeio

Cajueiros curvados

Levantamento Lexical 4

Infância

Brincávamos Barra do lenço Às escondidas Tempo em que não havia perguntas

Menina Nina (2x)

Pequenos Mesma escola Mesma classe

Desenhos de Walt Disney

Os desenhos Brincava Corria feliz

Vestidos pelos joelhos

Em criança (2x) Duas crianças (2x)

Recordação longínqua

Recordação Recordava Os giroflés Anos de camaradagem

Levantamento Lexical 5

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Feio x Belo

Tranças (2x) Não havia passeio

Loiros (4x) Nem árvores violetas

Flores violetas Terra

Neve Piteiras

Cor de violeta Casas de pau-a-pique (2x)

Branca Mulembas (2x)

Muito branca Ruas de areia

Clara Poeira

Laços vermelhos Cercado de aduelas

Pretinho limpo Arco de barril

Olhos azuis Areia vermelha

Caracóis Emaranhado

Aspecto luminoso Mancha escura

Sorridente Casas de zinco

Ar feliz Mulemba

Calor suave Sapatos de borracha (2x)

Paredes cor-de-rosa Cor crua

Desenhos de Walt Disney Folhas secas (2x)

Olhos grandes Luar azul de aço

Cabelos loiros Cajueiros curvados

Menina de tranças Sombra retorcida

Árvores do passeio

Levantamento Lexical 6

Sentimentos bons x Sentimentos ruins

Sorriu Sorriso triste

Riram Medrosamente

Brincávamos Excitando

Feliz Olhos brilhavam

Camaradagem Vazio (2x)

Cruel (3x)

Olhos marejados (2x)

Ferozmente

Raiva

Arrogantemente

Chorou

Assustado

Chorar no escuro

Nervosas

Medo (2x)

Gritou

Violência

Violentamente

Grito

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Levantamento Lexical 7

Posse x Privação

Rua asfaltada (2x) Não havia passeio

Casa Nem árvores

Quarto A terra era vermelha

Aspeco luminoso, sorridente, o ar feliz

Piteiras

Paredes cor-de-rosa Casas de pau-a-pique

Mesa de estudo Mulembas

Cama Ruas de areia

Candeeiro Poeira

Desenhos de Walt Disney A casa dele ficava ao fundo

Pavimentos Um cercado de aduelas e arco de barril

Colcha Fronteiras de asfalto

Asfalto Lavadeira

Muro (2x) Filho da lavadeira (2x)

Varanda Areia vermelha

Quintal Emaranhado do seu mundo

Passeio (2x) Famílias numerosas

Lado de cá da fronteira Num quarto como o dela dormiam os quatro irmãos

Passeio Casas de zinco

Mulembas

Mulemba (2x)

Levantamento Lexical 8

Amizade

Sorriu Estendeu a mão Combinado (2x)

Riram os dois Nossa combinação Mesmo caminho

Teu amigo (2x) Presença na tua casa No quintal de tua casa

Tuas relações Tua amiga Amigos desde pequeno

Grande amizade Amigos para sempre Amigos dele

Tua amizade Teu amigo Ricardo Fotografia

Ir com ele Vires com ele Estudares com ele

Acostumara-se demasiado a ela

Anos de camaradagem Estudo em comum

Levantamento Lexical 9

Page 28: FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · dos professores José Luiz Fiorin e Diana de Barros. ... Cada um destes níveis possuem uma sintaxe e uma semântica próprias,

Preconceito racial

Tua cor Pretinho Dizer de tua mãe

Poucas vezes dentro dela

Estragará os planos Perguntas, respostas, explicações

Fronteira de asfalto Palhaço Carapinha negra

Filho de lavadeira Um preto é um preto Negligência na tua educação

Deixas de ir com ele Medo do negro pelo polícia

Levantamento Lexical 10

Tristeza x Alegria

Sonho triste Sorrir

A olhar o teto Riram

Coração vazio Sorriso

Olhos marejados Brincávamos

Tudo se cobriu de névoa Camaradagem

Mergulhando a cara na colcha

Chorar no escuro

Cajueiros curvados

Flores violeta caindo-lhe

Chorou

Grito loiro

Sombra retorcida

1. Após a montagem dos campos lexicais, responda:

a) Com base no campo lexical da actorialidade, quais são as personagens do conto?

b) A partir do campo lexical “espacialidade”, onde acontecem os fatos?

c) Um dos campos lexicais refere-se a “belo” e “feio”. Baseado nisto, caracterize :

o sujeito menino-

o sujeito menina-

d) A expressão “branca, muito branca” e “caracóis loiros”, remetem a duas

personagens de contos infantis. Quem são?

e) Considerando os campos lexicais “temporalidade” e “infância” como os

personagens se relacionavam?

f) Com base nas informações presentes no campo lexical “infância”,que expressão

enfatiza a pureza de ser criança?

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g) A partir dos campos lexicais “posse” x “privação” e “espacialidade”, responda:

Como era a situação financeira do menino? Qual é a possível relação entre esses

campos lexicais, no que diz respeito a convivência entre eles?

h) Considerando os campos lexicais “preconceito racial” e “opressão”, caracterize a

mãe da menina.

i) De que maneira a mãe interfere no relacionamento dos amigos?

j) Com base no campo lexical “sentimentos bons” x “sentimentos ruins”, é possível

depreender que:

( ) o menino está revoltado e demonstra arrogância

( ) o menino está triste e amedrontado

( ) o menino está inseguro e desiludido

k) Qual a possível relação entre os campos lexicais “preconceito racial” e “opressão”,

com o título do conto?

l) Como os campos lexicais “natureza” e “opressão” refletem o ambiente ao final do

conto?

m) Considerando os campos lexicais “infância”, “posse” x “privação”, “sentimentos

bons” x “sentimentos ruins” e “Preconceito racial”, qual das sugestões abaixo está

mais adequada à ideia central do texto:

( )Riqueza e pobreza

( ) violência e opressão

( ) solidão e amizade

( ) Infância e adolescência

( ) liberdade e opressão

n) De que maneira o campo lexical “tristeza”, está relacionado ao menino negro?

o) Você acredita que o desfecho do conto poderia ser diferente se o menino fosse

branco? Comente.

p) O conto “A Fronteira de Asfalto”, enfoca o sério problema do preconceito racial

que é antigo,mas está tão presente em nossa humanidade. Você conhece outros

contos que tratam de assuntos relevantes, que nos fazem refletir sobre os valores

humanos?

q) Comente o que mais você gostou na história.

ATIVIDADE 7

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1ª Etapa Após o levantamento dos campos lexicais e das atividades de compreensão do texto, apresente o gênero textual Conto. Sugere-se, primeiramente, averiguar o conhecimento dos alunos a respeito desse gênero, partindo de questões básicas como: Você gostou da história? Já leu outros textos semelhantes? Quem produz este tipo de texto? Onde são publicados? Após esta conversa com a classe, apresentar livros com contos (poderá levar para a sala de aula uma caixa contendo exemplares ou fazer uma visita à biblioteca). Sugere-se a leitura de um desses contos para despertar a atenção deles para o gênero. Algumas sugestões de leitura de contos: “Menina bonita do laço de fita” (Maria Clara Machado) “O bife e a pipoca” (Ligia Bojunga) “A contadora de histórias” ( Pedro Bandeira) “Um avô e seu neto” (Roseanna Murray) “ Os meninos do chafariz” (Júlio Emílio Braz) 2ª Etapa Para finalizar esta fase, solicitar aos alunos que escolham alguns contos de que mais gostaram. Após a escolha dos contos, os alunos deverão montar grupos de no máximo cinco participantes, propondo que cada equipe faça a “desmontagem” de seus textos, lançando mão da estratégia de Levantamento dos Campos Lexicais. Concluída esta fase, deverão ilustrar suas produções, através de painéis e explanações orais que serão apresentados à comunidade escolar, marcando assim o fechamento das atividades referentes a esta Unidade Didática . REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARROS, Diana Luz Pessoa de. Teoria semiótica do texto. 4 ed. São Paulo: Ática,

2005. FIORIN, José Luiz; SAVIOLI, Francisco Platão. Para entender o texto: leitura e redação.13 ed. São Paulo: Ática, 1997. ______. . Elementos de análise do discurso.14 ed. São Paulo:Contexto, 2006. LIMOLI, Loredana. Leitura semiolinguística do conto “O búfalo” de Clarice Lispector. Unesp/Assis: Tese de doutorado, 1997.

_______________: Giachini Neto, Emílio. Semiolinguísitica e leitura do texto literário. Boletim do Centro de letras e Ciências Humanas. Londrina: UEL, 2001

______________, Loredana et.al. Leitura do texto poético:uma abordagem semiótica. Mosaicos. Mato Grosso do Sul: Editora da UEMS, ano 1, 2005

MERITH-CLARAS, Sonia. Sala de Aula e Semiótica: uma experiência de leitura com crianças. Estudos Semióticos. Disponível em:

(http://www.fflch.usp.br/dl/semiotica/es). Editores Responsáveis: Fancisco E. S.

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Merçon e Mariana Luz P. De Barros. Volume 5, número 1. Sâo Paulo, junho de 2009, p. 84-91. Acesso em 17 de abril de 2012. __________________. Semiótica e campos lexicais: uma metodologia de abordagem do texto na escola. In: Entretextos, Londrina, v. 10, n. 1, p. 285-309, jan./jun. 2010. Disponível em: {www.uel.br/revistas/uel/index.php/entretextos/}. Acesso em:14/05/2012 PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de Ensino de Língua Portuguesa, Curitiba 2008.