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FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

Título: A variação linguística e o curso de Formação de Docentes

Autor Nibia de Oliveira Pereira

Escola de Atuação Instituto Estadual de Educação de Maringá

Município da escola Maringá

Núcleo Regional de Educação Maringá

Orientador Neiva Maria Jung

Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual de Maringá

Disciplina/Área Língua Portuguesa

Produção Didático-pedagógica Unidade Didática

Relação Interdisciplinar

Público Alvo Alunos do curso de Formação Docente

Localização Rua Martin Afonso, 50, Centro, Maringá-PR

Apresentação: O objetivo é mostrar para as alunas que a variação linguística é importante para que elas possam ler e escrever adequadamente e terem condições de ensinarem a seus alunos

Palavras-chave Variação linguística; leitura; escrita.

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Unidade Didática

Autor: NILBIA DE OLIVEIRA PEREIRA

Estabelecimento: INSTITUTO DE EDUCAÇÂO ESTADUAL DE MARINGÁ

Ensino:CURSO DE FORMAÇÂO DE DOCENTES

Disciplina: LÍNGUA PORTUGUESA

Conteúdo: A VARIAÇÃO LINGUÍSTICA E O CURSO DE FORMAÇÂO DE DOCENTES

I) Apresentação da situação

Este projeto trata da variação linguística que vem a ser a maneira de falar e escrever a

língua portuguesa por diferentes comunidades linguísticas. E isto acontece por diversos fatores,

entre eles a localização geográfica, a linguagem usada na internet e a idade, o contexto social,

dentre outros, que influenciam o modo de falar das pessoas.

Como todo fato humano e a despeito da abordagem imanente, a língua só existe em uso na

história. Cada uso da língua, cada uma de suas variações e até mesmo cada ato individual da fala é,

nesse sentido, um acontecimento exatamente como aqueles outros que, por sua importância cultural,

viram notícia ou se tornam marcos históricos. (BAGNO, 2007)

Em 1997, o MEC publicou uma coleção de documentos intitulados Parâmetros Curriculares

Nacionais que reuniam propostas para a renovação do ensino nas escolas brasileiras. Na verdade,

esse documento revela o impacto produzido na política educacional por uma ampla discussão que já

vinha sendo empreendida nas universidades brasileiras desde pelo menos vinte anos antes da

publicação dos PCNs.

Os PCNs introduziram alguns conceitos na prática docente, conceitos provenientes de uma

disciplina relativamente nova dentro dos estudos da linguagem, a Sociolinguística. Essa ciência

surgiu, na década de 1960, nos Estados Unidos onde vários linguistasdecidiram que não era

possível estudar a língua sem levar em conta também a sociedade em que ela é falada.

Foi William Labov quem impulsionou o estudo da variação e da mudança na perspectiva

sociolinguística, tornando-se o nome mais conhecido desse estudo.

Assim, esta unidade trabalhará a variação linguística em sala de aula, com alunas do curso

de Formação de Docentes com o objetivo de mostrar para elas que nem sempre podemos falar e

escrever do mesmo jeito, pois enquanto a fala é mais maleável, mais dinâmica, a escrita requer para

muitos outros gêneros o uso de normas gramaticais da escrita essenciais para este fim.

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Como elas serão professoras e darão aulas para crianças do Ciclo Básico, é importante que

observem também como seus alunos falam e escrevem para que possam elaborar melhor suas aulas

e fazer com que seus alunos também percebam a diferença entre fala e escrita.

Nós, professores, muitas vezes, não sabemos como agir diante de alguns erros de português

ou mesmo certas inadequações linguísticas cometidas pelos alunos. Muitos ficam inseguros, sem

saber se devem corrigi-los ou não, ou se podem falar em “erros”, pois sob a perspectiva da

sociolinguística, são simplesmente diferenças entre variedades da língua.

II) Produção Inicial - 4 aulas

Objetivo: Perceber o que as alunas conhecem a respeito da variação linguística

Na produção inicial, pretende-se investigar que minhas alunas sabem sobre variação

linguística. Para isso foi elaborado um questionário para que elas respondam sem nenhum tipo de

explicação prévia a respeito do assunto.

As perguntas são as seguintes:

1) O que é variação linguística?

2) Como ela ocorre na língua portuguesa?

3) Por que é tão difícil os alunos falarem e escreverem corretamente?

4) Você acha que há diferença na maneira de falar entre as pessoas que moram na zona urbana e na

zona rural? Explique.

5) Por que morando em um mesmo país, existem tantas diferenças na maneira de falar de nosso

povo?

6) Como vocês trabalhariam a variação linguística em sala de aula?

7) Escreva um pequeno texto sobre a polêmica causada pelo lançamento do livro didático lançado

pelo MEC.

Depois que elas tiverem respondido as questões e discutido sobre a variação linguística,

serão trabalhados textos que tratam do mesmo assunto, elaborando questões para que elas

consigam perceber melhor porque as pessoas usam a língua portuguesa nas mais diversas situações.

Esta discussão será elaborada com as alunas através de questionamentos orais para que elas

deem opiniões a respeito do assunto. Espero, com isso, observar também a linguagem que elas

usarão para responder ao questionário e avaliar se elas percebem que não fazem uso da variação

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lingüística na língua culta falada.

III) Módulo 1: A música e a variação lingüística - 8 aulas

Objetivos:

• Perceber o conhecimento das alunas a respeito da variação linguística

• Analisar a variação linguística contida nas músicas.

Neste primeiro módulo,serão trabalhadas as músicas “Inútil”, de Roger Moreir, e “Samba

do “Arnesto”, de Adoniran Barbosa. O objetivo é mostrar que nas letras de música, os chamados

“erros linguísticos” podem ser escritos por seus autores na medida em que escrevem em suas

músicas, pois por meio deles procuram apresentar a situação social ou regional da comunidade

descrita na letra da música.

A música “Inútil” vai servir para trabalhar questões de concordância verbal e nominal, pois

elas são importantes a que percebam a variação linguística existente na língua.

Esta música ainda é um bom exemplo de linguagem oral podendo ser observado, dentre outros

exemplos, na forma verbal “vô” que apresenta a redução do ditongo /ow/ a /o/ que é muito comum

na fala da maioria dos brasileiros.

A concordância verbal é, hoje, um dos maiores problemas enfrentados pelos alunos, pois

eles passam para a escrita a regra da fala, na qual o sujeito não concorda com o verbo em número e

em pessoa. E isto pode ser observado na letra da música quando o autor diz “a gente não sabemos”,

pois ele usa um pronome – a gente – que é um pronome de terceira pessoa do singular com a forma

verbal “sabemos” que é um pronome da primeira pessoa do plural.

Relacionarei outros exemplos de concordância verbal com conceitos gramaticais para que as

alunas percebam em que consiste essa variação linguística.

Já no verso “A gente somos inútil” temos um exemplo de concordância nominal, pois o

adjetivo “inútil” que, neste caso, é um predicativo do sujeito, deveria concordar com o sujeito

implícito “nós” e estar no plural, o que não acontece na letra da música.

Novamente, através de outros exemplos e alguns conceitos gramaticais, mostrarei que

também a concordância nominal é importante para se escrever adequadamente, mas que na fala

temos outra regra de concordância.

Depois, elaborarei alguns exercícios sobre concordância e verificarei se tudo o que foi

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explicado a respeito desse assunto foi aprendido pelas alunas.

Em seguida, será trabalhada a música do Adoniran Barbosa para mostrar às alunas que ela é

característica de um grupo social tipicamente paulistano e que o autor conhece bem quem são os

moradores do Brás, Bexiga e Barra Funda, que usam este falar tão peculiar dessa região de São

Paulo.

Percebemos que ainda hoje muitas pessoas falam do mesmo jeito que Adoniran Barbosa

escrevia nas letras de suas músicas, pois é muito comum ouvirmos pessoas falando “nós fumo,”

“vortemo”, independente da região brasileira em que moram. E o que isso mostra? Mostra que o

fenômeno da concordância nominal e verbal já não é um traço da fala do interior de São Paulo, mas

traços graduais (BORTONI-RICARDO,2004) presentes em maior ou menor quantidade na fala de

todos os brasileiros.

Alguns autores usam a linguagem oral como forma de expressar a maneira de falar de

grandes camadas da população que fazem uso desse tipo de linguagem. Não que esses autores não

conheçam a língua culta padrão, muito pelo contrário, é porconhecer muito bem, que eles podem

escrever do jeito que escrevem.

.

Letras das músicas:

INÚTIL

Ultraje a Rigor

Composição: Roger Moreira

(vô cantar tudo de novo, ô ?!)A gente não sabemos

Escolher presidente

A gente não sabemos

Tomar conta da gente

[…...]

SAMBA DO ARNESTO

Adoniran Barbosa

O Arnesto nos convidou

pra um samba, ele mora no Brás

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Nós fumos não encontremos ninguém

Nós voltermos com uma baita de uma reiva

Da outra vez nós num vai mais

Nós não semos tatu

[…....]!

Módulo 2: Textos Jornalísticos - 8 aulas

Objetivo:

• Debater a questão do preconceito linguístico presente em nossa sociedade

Depois da leitura dos textos jornalísticos “Meros funcionários,” de Ruy Castro,e “Fale

errado, está certo,” de José Sarney, será realizada uma análise de cada texto, procurando perceber o

que cada autor enfatiza em seu texto. Ambos foram publicados no jornal Folha de São Paulo no dia

20 de maio de 2011.

Esses textos referem-se à polêmica que aconteceu depois da publicação de um livro de

Língua Portuguesa, editado pelo MEC, que apresentava a variação linguística como meio de levar o

aluno a aquisição da língua culta.

O primeiro texto faz uma análise não só do livro didático como também de escritores que

fazem uso da variação linguística em seus textos.

Meros funcionários Ruy Castro

Rio de Janeiro _ Certo livro didático está na berlinda por propor que as pessoas

possam fugir da norma culta da língua portuguesa e dizer “Os livro” e “Nós pega os peixe”.

De fato, as normas existem para ser transgredidas _ mas por quem de direito. Eis alguns que

fizeram isto no romance, na música popular e na poesia. E o fizeram muito bem.

[….]

O segundo texto faz uma análise sobre a língua portuguesa enquanto instrumento de

comunicação e unidade política do país; porém o autor, além de criticar o chamado “falar errado”,

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também é preconceituoso com algumas colocações que faz no texto, como por exemplo, quando ele

fala sobre o falar crioulo e o dialeto como se eles não tivessem regras como língua.

O autor nos mostra ainda que ensinar errado pode oficializar a burrice, como se todo o povo

brasileiro fosse burro por falar como fala.

Fale errado, está certo José Sarney

Nada mais representativo da burrice do que essa teoria do falar errado. Foi quando fui

presidente da República que universalizei o programa do livro gratuito nas escolas, e o grande

problema era a qualidade do livro.

[….]

Após a leitura dos dois textos,será proposto um questionamento a respeito da variação

linguística existente no referido livro, quando o autor afirma:”Os livro ilustradomais interessante

estão emprestado”. Então ele mesmo pergunta: pode- se falar “os livro?” E ele mesmo responde que

sim, mas alerta que, dependendo da situação, a pessoa que falar deste jeito pode ser vítima de

preconceito linguístico.

Ainda analisando o mesmo livro, o autor afirma que não há um únicojeito de falar e

escrever, pois existem variantes regionais, próprias de cada região do país, que são perceptíveis na

pronúncia, no vocabulário e na contrução de frases. Como exemplo, ele cita a palavra “pernilongo”

pronunciada no sul, enquanto no nordeste usa-se “muriçoca”.

Ele também diz que a norma culta existe tanto na linguagem oral quanto na linguagem

escrita, pois ao escrever um bilhete a um amigo, pode-se ser informal, porém em um rquerimnto,

por exemplo, a forma a ser tilizada é a norma culta.

Módulo 3: Atividades 4 aulas

Objetivos:

• Perceber se as alunas entenderam o que é a variação linguística

• Elaborar atividades condizentes com o que foi ensinado.

A primeira atividade será a análise da poesia “Seu dotô me conhece?” de Patativa do Assaré.

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Seu dotô me conhece?

Patativa do Assaré

Seu dotô, só me parece

Que o sinhô não me conhece,

Nunca sôbe que sou eu,

Nunca viu minha paioça

Minha muié, minha roça

E os fio que Deus me deu.

[….]

Essa poesia retrata a fala simples do homem do campo, por meio do vocabulário usado pelo

autor do texto.

Esta linguagem pode ser observada através de algumas palavras usadas pelo autor do texto.

A palavra “doto” apresenta dois casos interessantes em sua escrita: a primeira é a redução do

ditongo/ow/ a /o/ muito comum na fala de muitos brasileiros; o segundo é o apagamento do /r/ em

final de palavra,muito usado; principalmente, em determinadas variedades regionais como as

nordestinas. Isto também acontece com falantes urbanos escolarizados, o que explica a grafia de

alguns verbos no infinitivo como “cantá”, “vendê” etc.

Depois aparece a palavra “sinhô” que também apresenta o apagamento do /r/ final e ainda a

troca do/e/ por /i/ que era também uma forma comum do falar dos nordestinos, talvez por influência

da fala dos escravos.

Outra palavra que sofreu modificação na escrita foi “sobe” que também apresenta o

apagamento do ditongo /ow/ por /o/.

Por fim, as palavras “paioça,” “muié”, e “fio” apresentam a vocalização da consoante lateral

paletal /lh/ que na pronúncia se transforma em /i/ e ainda a perda do /r/ final na palavra “mulher”.

Ainda temos um caso de concordância nominal em “os fio” onde o artigo definido aparece

no plural e o substantivo no singular, o que é também bastante comum na linguagem oral.

Depois da leitura do poema e de uma análise oral do mesmo, serão propostos alguns

questionamentos a serem respondidos por escrito.

1) A quem o homem do campo dirige sua mensagem?

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2) Por que ele usa o tratamento “dotô” para o homem da cidade?

3) Quais são as riquezas que o homem do campo conseguiu em sua vida?

4) O título da poesia está estruturado em forma de pergunta. Quais são os versos que respondem a

esta pergunta?

A próxima atividade será a leitura de um outro texto que é “A escola em minha vida”, de

Alzira Aparecida da Silva.

A escola em minha vida

Alzira Aparecida da Silva

Bom... eu nasci em Sarandi né... e aos quatro anos eu fui pra Castelo Branco né... i... i

depois de treis anos, quando eu completei sete anos né... eu fui pra escola qui...qui... era a

coisa que eu queria mais fazê é istudá... daí... chegano na escola eu gostei muito né... só que eu

percebia que era muito difícil pru professor, que era um único professor pra... pra... dá aula

pras quatro série né... quatro ano ao memo tempo ( espanto e comentário dos colegas)... e daí

ele tinha que dividi o quadro em quatro parte que era pra... assim né... uma parte pru

primeiro ano, pru segundo, pru terceiro ano, pru quarto ano... e daí vendo tudo aquilo,

cresceu minha admiração pelo professor ( manifestação de concordância dos colegas). Mais

tinha um grande problema que... quando eu terminasse o quarto ano ia tê que pará de istudá (

alguém pergunta por quê?)...

[…..]

Esse texto usa diversas marcas de oralidade na escrita, como “né”, 'daí”, “istudá” etc.

Também notamos alguns trechos um pouco confusos, principalmente nas partes que aparecem entre

parentêses.

Após a leitura.do texto será proposto às alunas que reescrevam o texto em linguagem culta

escrita. Será trabalhado por fim um texto que faça referência a uma linguagem específica de um

grupo, no caso os surfistas.

Entrevista com vencedor de surf

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Repórter: Qual foi a bateria que você mais surfou até hoje?

Surfista: Foi no Cristal Grafiti. A onda veio abrindo inteira, dropei no crítico, fiz o

botton de backside, subi e dei um rasgadão. Aí deixei cair lá embaixo, subi novamente, dei

outra rasgada e, quando ela engordou, adiantei, dei um cutback bem agachado e bati na

espuma. Veio a junção e mandei uma esbagaçada, depois foi aquela marolagem, enganação

(revista Hard Core, setembro de 1991).

[….]

O objetivo é procurar saber se as alunas conseguiram entender o que o surfista quis dizer ao

repórter. Também discutirei com elas de que maneira poderemos identificar a linguagem usada

pelos surfistas e quais os efeitos de sentido que o uso dessa linguagem produziu no texto.

IV) Produção Final - 4 aulas

Como produção final, serão solicitadas duas atividades às alunas. A primeira é uma

produção de texto que enfoque o posicionamento delas a respeito da variação linguística.

A segunda é o planejamento de uma aula sobre a variação lingüística a ser aplicada com

seus alunos de primeira à quarta série do Ensino Fundamental.

Para o planejamento dessa aula, elas usarão o que aprenderam na disciplina de Organização do

Trabalho Pedagógico (OTP, pois o foco dessa disciplina é fazer com que as alunas do curso de

Formação de Docentes saibam planejar uma aula para depois aplicá-la no Estágio quando serão

avaliadas pela professora da disciplina em questão.

V) Sugestão de atividades

Para os professores que desejarem trabalhar a variação lingüística com seus alunos, o ideal é

que comecem pelo Ensino Fundamental para que desde cedo eles percebam que há uma diferença

entre fala e escrita; que enquanto a primeira é maleável e requer o uso de normas da variedade

dialetal falada deve ser organizada, na maioria das vezes, de acordo com regras gramaticais

ensinadas e aprendidas na escola.

Os textos usados nesta Unidade Didática estão disponíveis na internet, mas existem muitos

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outros textos que poderão ser usados para mostrar aos alunos como a variação lingüística é usada

em textos literários e não literários e também na fala cotidiana da população brasileira em geral.

VI) Referências Bibliográficas:

Bagno, Marcos. Nada na língua é por acaso: por uma pedagogia da variação linguística, São

Paulo, Parábola Editorias, 2007.

Bortoni- Ricardo, Stella Maris: Educação em língua materna: a sociolingüística na sala de auka,

São Paulo, Parábola Editora, 2004.

Caderno 1. Português. Ensino Fundamental – Fase II, Governo do Estado do Paraná,

Departamento de Ensino de Jovens s Adultos, Curitiba, Paraná.