ficha para catÁlogo - diaadiaeducacao.pr.gov.br · centro. representam um gênero discursivo que...

27

Upload: lyque

Post on 03-Dec-2018

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: FICHA PARA CATÁLOGO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · centro. representam um gênero discursivo que aguça sobre a presença das variações linguísticas no enredo de HQ’s. O Apresentação
Page 2: FICHA PARA CATÁLOGO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · centro. representam um gênero discursivo que aguça sobre a presença das variações linguísticas no enredo de HQ’s. O Apresentação

FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

TÍTULO: A CADA QUADRO UMA VARIEDADE: A REPRESENTAÇÃO DE IDENTIDADES

LINGUÍSTICAS NAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS

Autora Lúcia Malacário de Campos

Escola de Atuação Colégio Estadual Alberto de Carvalho – Ensino Fundamental

Município da escola Prudentópolis

Núcleo Regional de Educação Irati

Orientadora Avanilde Polak

Instituição de Ensino Superior UNICENTRO

Disciplina/Área Língua Portuguesa

Produção Didático-pedagógica Unidade Didática de Língua Portuguesa

Relação Interdisciplinar Artes e História

Público Alvo Alunos da 6ª série (7º ano) do Ensino Fundamental

Localização Colégio Estadual Alberto de Carvalho – Ensino Fundamental, Médio e Profissionalizante – Rua Prefeito Antonio Witchemichen, 1215, centro.

Apresentação

A presente Unidade Didática é composta por atividades direcionadas para 6ª série (7º ano), do Ensino Fundamental, em uma escola da rede estadual de ensino. As Histórias em Quadrinhos (HQ’s) representam um gênero discursivo que aguça a curiosidade, bem como, o interesse dos alunos de todas as faixas etárias. Por esse motivo, essa Unidade Didática busca estabelecer uma reflexão sobre a presença das variações linguísticas no enredo de HQ’s. O objetivo das atividades propostas é de auxiliar os professores e alunos na análise das variações linguísticas presentes nas HQ’s, atentando para as diferenças entre a variedade padrão e a variedade não padrão da língua. As estratégias de ação foram estruturadas em: contextualizando o conhecimento, que destinou-se a abordagem histórica à contextualização das HQ’s conceituando

Page 3: FICHA PARA CATÁLOGO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · centro. representam um gênero discursivo que aguça sobre a presença das variações linguísticas no enredo de HQ’s. O Apresentação

essa modalidade de texto e as variações linguísticas. Em seguida, será feita uma reflexão entre HQ’s e variação linguística, onde o aluno irá ter contato com textos em quadrinhos, seguidos de atividades que propiciem a produção de quadrinhos. A Unidade Didática é finalizada propondo a realização de uma exposição que compartilhará os conhecimentos adquiridos com a comunidade escolar.

Palavras-chave História em Quadrinhos, Variação Linguística, Leitura, Linguagem.

Page 4: FICHA PARA CATÁLOGO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · centro. representam um gênero discursivo que aguça sobre a presença das variações linguísticas no enredo de HQ’s. O Apresentação

3

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS

COORDENAÇÃO ESTADUAL DO PDE

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE

LÚCIA MALACÁRIO DE CAMPOS

UNIDADE DIDÁTICA

IRATI

2011

Page 5: FICHA PARA CATÁLOGO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · centro. representam um gênero discursivo que aguça sobre a presença das variações linguísticas no enredo de HQ’s. O Apresentação

4

LÚCIA MALACÁRIO DE CAMPOS

UNIDADE DIDÁTICA

A CADA QUADRO UMA VARIEDADE: A REPRESENTAÇÃO DE IDENTIDADES

LINGUÍSTICAS NAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS

Projeto de Intervenção Pedagógica apresentado

como requisito de avaliação referente ao

Programa de Desenvolvimento Educacional –

PDE, Universidade Estadual do Centro Oeste –

UNICENTRO.

Orientadora: Avanilde Polak

Page 6: FICHA PARA CATÁLOGO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · centro. representam um gênero discursivo que aguça sobre a presença das variações linguísticas no enredo de HQ’s. O Apresentação

5

IRATI

2011

SUMÁRIO FICHA PARA CATÁLOGO ..................................................................................................... 1

PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA ............................................................................... 1

1 APRESENTAÇÃO ................................................................................................................. 6

2 Histórias Em Quadrinhos E Identidade Linguística: sugestões de atividades ....................... 10

2.1 Contextualizando o Conhecimento ..................................................................................... 10

2.2 As Variedades LingUísticas ............................................................................................... 14

2.3 INTERAGINDO COM O OBJETO DE CONHECIMENTO ........................................... 18

2.4 CONCLUINDO A ATIVIDADE ....................................................................................... 19

2.5 COMPARTILHANDO AS ATIVIDADES ....................................................................... 20

2.6 SUGESTÕES DE MATERIAIS SOBRE O TEMA TRABALHADO PARA

PROFESSORES E ALUNOS .................................................................................................. 22

3 AVALIAÇÃO ....................................................................................................................... 24

REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 25

Page 7: FICHA PARA CATÁLOGO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · centro. representam um gênero discursivo que aguça sobre a presença das variações linguísticas no enredo de HQ’s. O Apresentação

6

1 APRESENTAÇÃO

O presente trabalho procura fornecer aos professores da rede pública

estadual de ensino, instrumentos para tornar as aulas de Língua Portuguesa um

espaço de compreensão, análise e crítica sobre as especificidades inerentes aos

fenômenos linguísticos, entre eles, as variações da língua nas diversas situações e

contextos sociais. Procura-se relacionar os códigos verbais e não verbais que

permeiam a realidade e dos quais o ensino não pode ficar alheio.

Passando da linguagem visual presente nesse gênero, aliado ao discurso

verbal, pretende-se sugerir um caminho para que o aluno se desenvolva enquanto

leitor ativo, sendo capaz de estabelecer um diálogo com o texto e perceber no

mesmo, as diversas formas de expressão que tornam a língua um fenômeno vivo.

Justamente por ser um fenômeno vivo e dinâmico é que a língua está sujeita

a interferências que se devem a fatores diversos, tais como: regionalismos, classe

social, gênero, contexto histórico, experiências individuais. Assim, torna-se relevante

trabalhar nas aulas de Língua Portuguesa as variações nela existentes.

A questão da identidade cultural e da diversidade linguística, tema muito

abordado nas Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Portuguesa (DCE’s), pode

ser focalizado de maneira abrangente em uma prática envolvendo história em

quadrinhos porque transmitem uma linguagem contextualizada a situações diversas

de comunicação. Questões como essas são relevantes para a formação de sujeitos

históricos capazes de entender e interpretar a realidade nas suas mais diversas

formas, enriquecendo, assim, o seu processo comunicativo.

A linguagem não verbal associada à linguagem verbal presentes na H.Q.

torna o processo comunicativo muito mais próximo do aluno. Ao associar palavra e

imagem a linguagem transforma-se em algo concreto, no qual a inferência de idéias

e conhecimentos prévios encontram maiores oportunidades de compreensão por

parte dos receptores do discurso.

No que se refere especificamente a HQ’s, sua estruturação é feita com base

em textos imagéticos atrelados ao texto verbal. Assim, incentivando a criação de

personagens, abrindo espaços e discussões onde o aluno seja sujeito da própria

construção do conhecimento, bem como de seu posicionamento no contexto social e

uso linguístico.

Page 8: FICHA PARA CATÁLOGO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · centro. representam um gênero discursivo que aguça sobre a presença das variações linguísticas no enredo de HQ’s. O Apresentação

7

As aulas de Língua Portuguesa devem favorecer ao aluno a utilização da

língua com a competência adequada a cada situação real e concreta de seu

cotidiano. Porém, nem sempre esse trabalho é desenvolvido efetivamente em sala

de aula, tornando o ensino da língua algo fragmentado e com pouco sentido para o

educando

Partindo desse pressuposto, surgem as questões: Qual a contribuição que

as histórias em quadrinhos podem ter nas aulas de Língua Portuguesa quando

abordada a temática das variações linguísticas? Como os alunos observam e

representam as subjetividades presentes na formação linguísticas de falantes do

português no Brasil?

Tais questões constituem o objeto de estudo deste trabalho, que tem como

objetivo central observar como os alunos representam as variações e identidades

linguísticas, e se posicionam frente às mesmas. Para isso, as atividades,

mobilizadas terão como foco, objetivos mais específicos, como:

Conceitualizar os termos variação e identidade linguística;

Analisar os elementos constituintes do gênero histórias em quadrinhos;

Promover uma reflexão sobre as variações linguísticas;

Propiciar a criação de personagens e histórias em quadrinhos tendo

como referências contextos sociais diversos.

A linguagem é uma necessidade fundamental inerente ao ser humano

(BAKTIN, 2003). Essa essencialidade confere a mesma diferentes formas de

expressão, múltiplas maneiras de comunicar uma mesma ideia.

A linguagem tem o potencial de mediar nossa ação sobre o mundo, por isso,

aumenta a necessidade e a relevância de novas práticas educacionais relativas ao

uso de diferentes gêneros textuais e aos requisitos de um letramento adequado ao

contexto atual.

Tão grande é a importância do conhecimento crítico sobre práticas

discursivas e sociais, que estudiosos do discurso afirmam que “esse tipo de

conhecimento está se tornando um pré-requisito para a cidadania democrática”.

(MEURER; ROTH, 2002, p.10).

Page 9: FICHA PARA CATÁLOGO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · centro. representam um gênero discursivo que aguça sobre a presença das variações linguísticas no enredo de HQ’s. O Apresentação

8

A maioria das pessoas não tem idéia do poder e do impacto da linguagem

no mundo contemporâneo e, consequentemente, a formação relativa ao uso da

linguagem e sua interação com o contexto onde é enunciada deve se tomar uma

prioridade na escola onde à norma padrão é ensinada como a mais “correta”, forma

de uso da língua.

É inegável, a necessidade de uma revisão crítica no ensino da norma padrão, para que ela, na condição de referência para determinados uso da língua (mais monitoradas e formais), se aproxime mais da realidade lingüística falada e escrita no Brasil. (BAGNO, STUBBS e GAGNÉ, 2002, p.31).

Nessa reflexão, reforça-se a importância de considerar a heterogeneidade

linguística presente nas salas de aula, formas de expressão que conferem à língua a

propriedade de criar e recriar sentidos, de construir subjetividades. Esse fato não

pode deixar de ser considerado nas aulas de Língua Portuguesa.

A sala de aula é um local privilegiado para tratamento da linguagem e seu

processo de construção, um espaço rico onde circulam múltiplas formas de

comunicação. Sob essa ótica torna-se viável criar estratégias de aproveitamento

dessas variações linguísticas, conceitos e pensamentos para enriquecer as

experiências linguísticas dos educandos, instrumentalizando-os a uma vivência

social consciente e atuante nos mais diversos contextos.

Cabe ao professor, não só o de Língua Portuguesa, dessa forma, propiciar

ao educando a leitura e discussão de textos das diferentes esferas sociais. As

práticas discursivas abrangem tanto dos textos escritos ou falados a integração da

linguagem verbal com outras linguagens.

A leitura dessas múltiplas linguagens pode auxiliar o envolvimento do sujeito

com as práticas discursivas alterando “seu estado ou condição em aspectos sociais,

psíquicos, culturais, políticos, cognitivos, linguísticos e até mesmo econômicos.”

(SOARES, 1998, p.18).

Dessa forma, é preciso que a escola tenha clareza de que tanto a norma

padrão quanto as outras variedades, embora apresentem diferenças entre si, são

igualmente lógicas e bem estruturadas.

A sociolinguística, não classifica as diferentes variações linguísticas como

boas ou ruins, pois constituem sistemas linguísticos eficazes que atendem a

Page 10: FICHA PARA CATÁLOGO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · centro. representam um gênero discursivo que aguça sobre a presença das variações linguísticas no enredo de HQ’s. O Apresentação

9

diferentes propósitos comunicativos, dadas as práticas sociais e os hábitos culturais

das comunidades. “A variação linguística compreende as diferentes formas de falar

a mesma língua, considerando a identidade cultural de cada região” (SOARES,

1998).

Trabalhar as diversas construções linguísticas através da história em

quadrinhos pode ser uma experiência enriquecedora. O professor pode selecionar

histórias em que a diversidade linguística apareça e possa ser analisada, por esse

motivo no presente estudo optou-se por trabalhar com as HQ’s, explorando o

conteúdo linguístico inerente às mesmas.

Os quadrinhos são uma forma de comunicação que utiliza da linguagem

verbal e não verbal para narrar um caso ou episódio qualquer. É por isso que os

quadrinhos ficaram conhecidos como arte sequencial (EISNER, 2001).

A configuração geral da história em quadrinhos por apresentar a palavra e

imagem, exige do leitor o exercício das suas habilidades interpretativas visuais e

verbais. A leitura desse texto é um ato de percepção estética e de esforço

intelectual.

As marcas linguísticas presentes nas histórias em quadrinhos são outro fator

a ser considerado. A diversidade linguística é trabalhada de forma a demonstrar a

amplitude de significados presentes no uso da linguagem. Esse é um fator

importante, como abordam as Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua

Portuguesa, (2008, p.58):

A acolhida democrática da escola às variações lingüísticas toma como ponto de partida os conhecimentos lingüísticos dos alunos, para promover situações que os incentivam a fazer uso da variedade de linguagem que eles empregam em suas realidades sociais, mostrando que as diferenças de registro não constituem, cientifica e legalmente, objeto de classificação e que é importante a adequação do registro nas diferentes instancias discursivas.

Nesse sentido, é pertinente trabalhar a história em quadrinhos na

perspectiva da pluralidade linguística, pois, na sala de aula, como em qualquer outro

domínio social, encontramos grande variação no uso da língua. Assim, trabalhar

com a variedade de aspectos inerentes a sua língua materna, certamente, pode

ajudar o educando na produção de sentidos em relação ao aprendizado da língua,

bem como no processo de construção de identidades e subjetividades.

Page 11: FICHA PARA CATÁLOGO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · centro. representam um gênero discursivo que aguça sobre a presença das variações linguísticas no enredo de HQ’s. O Apresentação

10

2 HISTÓRIAS EM QUADRINHOS E IDENTIDADE LINGUÍSTICA:

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

2.1 CONTEXTUALIZANDO O CONHECIMENTO

Conhecer a origem do conhecimento a ser aprendido constitui fator

importante para que o sujeito seja mobilizado à aprendizagem. Isso porque, a

formação de sentidos para a aquisição do saber se dá, a partir do momento em que

se descobre o objeto de estudo nos contextos sociais em que adquirem

materialidade.

Portanto, a primeira ação a ser realizada será a contextualização histórica da

História em Quadrinho, abordando alguns conceitos a ela inerentes, bem como sua

repercussão na sociedade, abordaremos também, a questão da variação linguística

inerente a essa modalidade de texto.

2.1.1 História em Quadrinhos: Quando será que ela começou?

A história do desenho antecede a história da escrita. Mesmo antes de

conhecer o código escrito, o homem já desenhava fatos cotidianos, pois a expressão

comunicativa é uma necessidade que acompanha o ser humano desde a pré-

história.

Sabemos, através de informações e registros históricos que o homem

primitivo desenhava, nas paredes das cavernas em que morava, cenas de sua vida

diária: desenhos de homens caçando, de animais, de peixes, ou seja, de fatos

desenhados contando a sua história. Assim começaram as primeiras histórias em

quadrinhos.

Muito tempo depois, o povo egípcio com seus hieróglifos que misturavam

letras, símbolos e desenhos em continuação, também contribuíram para a evolução

das histórias em quadrinhos, pois os monumentos egípcios mostram uma sucessão

de desenhos feitos em colunas de pedra, como por exemplo, o faraó construindo

Page 12: FICHA PARA CATÁLOGO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · centro. representam um gênero discursivo que aguça sobre a presença das variações linguísticas no enredo de HQ’s. O Apresentação

11

uma pirâmide para seu túmulo e glorificando seu governo em uma sequência

(CEREJA; MAGALHÃES, 2009).

Foi com a invenção da imprensa que a história em quadrinhos, tal como a

conhecemos hoje, surgiu. Aos poucos, foi ganhando espaço no mundo todo. “Nos

Estados Unidos chama-se comics, na França: Bonde dessinée, na Itália: Fumetti, no

Japão: Mangá” (ANDRADE, 2004).

“Nos primeiros jornais as ilustrações eram raras, quase só traziam textos de

linguagem verbal. Havia três tipos de ilustração: a caricatura, objetos ou pessoas e a

reprodução do conteúdo do texto” (ANDRADE, 2004).

Aos poucos, os escritores e editores de jornais americanos começaram a perceber a preferência do público por textos ilustrados. Criou-se então, o que se considera como marco inicial da história em quadrinhos, o aparecimento, em 1894 do “Yellow Kid” (O Garoto Amarelo), criação do desenhista Norte-Americano Richard F. Outcault para o Jornal New York World. A personagem era um menino pobre que vivia em uma favela de Nova Iorque e usava um camisolão amarelo, onde o texto aparecia escrito. (CEREJA; MAGALHÃES, 2009).

A partir de então, muitos desenhistas criaram outras personagens, mas a

consolidação das histórias em quadrinhos, com balões e onomatopéias, aconteceu

muito tempo depois, quando surgiram os heróis de surpreendentes aventuras como

“Tarzan”, por exemplo.

No Brasil, por muito tempo, a produção de histórias em quadrinhos se limitou

à publicação de quadrinhos estrangeiros e só mais tarde ganhou autonomia com a

primeira revista voltada ao público infantil em 1905, essa revista chamou-se Tico-

Tico. Inicialmente, apresentava poucas páginas com quadrinhos, as demais páginas

destinavam-se à curiosidades, fábulas e fatos sobre História Brasileira. (CEREJA;

MAGALHÃES, 2009).

A partir da década de 60, os quadrinhos nacionais ganharam importantes

artistas, criadores de personagens inesquecíveis. Ziraldo criou o Pererê e o Menino

Maluquinho, Mauricio De Sousa criou o Bidu e, mais tarde, a turma da Mônica, além

de outros cartunistas igualmente renomados e que dão humor e criticidade a fatos

simples do dia a dia, através de personagens que acabaram fazendo parte da

cultura brasileira e cujas características são compartilhadas por gerações, dando

Page 13: FICHA PARA CATÁLOGO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · centro. representam um gênero discursivo que aguça sobre a presença das variações linguísticas no enredo de HQ’s. O Apresentação

12

vida a linguagem e recriando formas de expressão, marcas linguísticas que

dinamizam a língua enquanto fenômeno social.

Atividade I

Nesta atividade o professor poderá sugerir que os alunos formem grupos

para que seja feita a leitura do texto: A História da História em Quadrinhos, de

Adauto Andrade (2004), e, em seguida, discutam entre eles sobre as histórias em

quadrinhos que já leram e quais os personagens que chamaram mais a atenção.

Assim, poderão fazer um levantamento das histórias em quadrinhos mais

conhecidas citando os personagens e algumas características que possam ser

identificadas nos mesmos.

2.1.2 O que são HQ’s?

De acordo com a revista Ciência Hoje das Crianças de agosto de 1998, “os

quadrinhos são textos que utilizam desenhos para narrar fatos ou um episódio

qualquer”. Sempre que duas ou mais imagens são desenhadas uma após a outra

criando uma seqüência, trata-se de uma história em quadrinhos. Por isso mesmo,

esse tipo de texto ficou conhecido como “arte sequencial”.

HQ’s contam, conforme seu nome já diz uma narrativa. É importante uma

narrativa que envolve fatos, personagens, tempo e espaço. Os fatos se organizam

em uma sequencia baseados em quadros, imagens gráficas e verbais.

As personagens das HQ’s geralmente apresentam características bem

definidas. A personagem Mônica, por exemplo, criada por Mauricio de Sousa e

conhecida por todos, é muito forte e brigona; o Cascão, não gosta de tomar banho; a

Magali é comilona; e assim por diante. Tais características são, quase sempre,

apresentadas ao leitor através do discurso das personagens ou por comentários de

outras personagens sobre elas (FARACO; MOURA, 2001).

Page 14: FICHA PARA CATÁLOGO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · centro. representam um gênero discursivo que aguça sobre a presença das variações linguísticas no enredo de HQ’s. O Apresentação

13

O balão é um elemento que caracteriza os quadrinhos e consiste em um

espaço que quase sempre sai da boca das personagens, na qual aparecem a fala

ou o pensamento das mesmas (FARACO; MOURA, 2001).

Outras características também são encontradas nos quadrinhos e servem

para dar maior expressividade à história como, por exemplo, a reprodução de sons e

ruídos, que se procura imitar aproximadamente através da escrita. Esse recurso

chama-se “onomatopéia” e é uma figura de linguagem.

Além das onomatopeias, os quadrinhos apresentam muitas palavras e

expressões que traduzem emoções, sensações e sentimentos das personagens.

Essas palavras são chamadas de “interjeições” que costumam vir acompanhadas do

ponto de exclamação (FARACO; MOURA, 2001).

Esses recursos ajudam a tornar a linguagem mais interessante e

descontraída. Não é difícil perceber que as personagens das histórias em

quadrinhos costumam usar uma linguagem informal, bem parecida com a que

empregamos em nosso dia-a-dia, em casa ou com os amigos.

Atividade II

Neste momento o professor poderá mobilizar os alunos para a segunda

atividade, reunindo-os novamente em grupos e disponibilizando algumas HQ’s para

escolha, que o mesmo deverá antes de tudo selecionar de modo diversificado, ou

seja, apanhar HQ’s em gibis, jornais, revistas, etc. Assim, cada aluno deverá

elaborar em seu caderno uma lista das características apresentadas pela HQ

escolhida. Os alunos deverão considerar os seguintes critérios: finalidade do tipo de

texto, público ao qual gênero textual se destina, em que tipo de material foi

encontrado (livro, revista, jornal), tema, estrutura e linguagem.

Page 15: FICHA PARA CATÁLOGO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · centro. representam um gênero discursivo que aguça sobre a presença das variações linguísticas no enredo de HQ’s. O Apresentação

14

Atividade III

Nesta atividade o professor deverá disponibilizar aos alunos materiais como:

tesoura, cola, gibis velhos (que podem ser encontrados em sebos ou na própria

biblioteca da escola), cartolina e canetas coloridas, para que se desenvolva esta

atividade onde o aluno irá montar um cartaz, dando a ele um título e expondo no

mural da escola. É interessante que o professor deixe os alunos livres para

escolherem entre as três opções abaixo:

1) Recortar dos gibis quadrinhos que contenham onomatopeias e

interjeições, em seguida colar os quadrinhos na cartolina e identificar o

som ou o ruído expresso pela onomatopeia e os estados emocionais

sugeridos através de interjeições.

2) Recortar e colar na cartolina quadrinhos com balões de todos os

formatos dando títulos a eles: balão de fala, balão de pensamento, balão

de grito, etc.

3) Recortar personagens diversas e colar na cartolina, escrevendo um

pequeno texto sobre ela onde serão identificadas suas principais

características, seu nome, revista a qual pertence, seus amigos, jeito de

falar, etc.

2.2 AS VARIEDADES LINGUÍSTICAS

Assim como tudo o que há no mundo, a língua que falamos também está

sujeita as mudanças. A língua não para no tempo, ela é um fenômeno vivo que

recebe as interferências do meio que a utiliza.

A nossa Língua Portuguesa é uma unidade que se constitui de muitas

variedades. Embora haja apenas uma língua nacional no Brasil, a mesma pode ser

Page 16: FICHA PARA CATÁLOGO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · centro. representam um gênero discursivo que aguça sobre a presença das variações linguísticas no enredo de HQ’s. O Apresentação

15

falada de formas diferentes de acordo com fatores como: faixa etária, classe social,

região onde mora, cultura, entre outros.

A língua também varia com o passar do tempo, por exemplo, a palavra

“ciências”, na época de nossos bisavós ou tataravôs, pelos meados de 1850 era

escrita desse forma: “Sciencias”, a palavra “farmácia” era “pharmacia”. E assim,

tantas outras palavras que hoje escrevemos ou falamos. Isso acontece porque a

língua não para no tempo, muitas palavras que antigamente eram usadas, bem

como cartas expressões idiomáticas e gírias, caíram em desuso. Pode ser

ressaltado que, se você conversar com uma pessoa bem mais velha, irá perceber

que a mesma utiliza termos diferentes que a sua geração já substituiu por outros “da

hora”.

Atividade IV

O professor poderá sugerir para esta atividade que os alunos conversem

com pessoas de faixa etárias distintas a sua, observando palavras e expressões que

são pouco usadas na atualidade. Depois, anotem o significado de cada uma,

substituindo por outro termo utilizado atualmente.

Em seguida, apresentem o resultado da pesquisa aos colegas e completem

a sua relação com os dados trazidos pela classe.

Ao término desta atividade IV, o aluno estará mais integrado com a questão

das variações linguísticas em seu aspecto histórico. Após essa pesquisa oral no

contexto social em que o próprio aluno está inserido, é pertinente instigar uma

pesquisa em materiais impressos para os alunos. Então, observemos a próxima

atividade.

Page 17: FICHA PARA CATÁLOGO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · centro. representam um gênero discursivo que aguça sobre a presença das variações linguísticas no enredo de HQ’s. O Apresentação

16

Atividade V

O professor poderá requerer aos alunos uma pesquisa de palavras da língua

portuguesa que são utilizadas em outras regiões do Brasil e que são diferentes da

região em que os mesmo se encontram.

A língua que aprendemos na escola é apenas uma das variedades

linguísticas, a considerada padrão, por motivos históricos e sociais.

A variedade padrão “é o modelo ideal de língua que deve ser utilizado nos

documentos oficiais, textos científicos e didáticos, em jornais, livros e revistas; é

aquele que é ensinado e aprendido na escola” (DELMANTO; CASTRO, 2009, p.45).

Vale ressaltar que a variedade coloquial não é errada ou pobre de recursos.

Segundo o linguista Marcos Bagno (2002), não ser um modelo imitado por quem é

considerado instruído, não significa que a variedade “não padrão” ou “coloquial” seja

insuficiente para a expressão, pois ela tem uma lógica, tem regras e pode promover

a comunicação se houver compreensão entre os interlocutores.

É importante que o professor se utilize de uma linguagem objetiva para que

o aluno compreenda certos conceitos e, assim, interaja com o conhecimento

referentes à comunicação e a variação linguística.

Atividade VI

Neste momento, procure no dicionário o significado da palavra “interlocutor”

para entender melhor o processo comunicativo, pois, como dizia Abelardo Barbosa,

o “Chacrinha”: “Quem não se comunica se estrumbica”.

Agora, partindo da definição da palavra “interlocutor” e da experiência

adquirida nas atividades anteriores sobre a variação linguística, é pertinente que o

professor inicie um debate sobre o ato da comunicação, os interlocutores e

contextos sociais.

Page 18: FICHA PARA CATÁLOGO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · centro. representam um gênero discursivo que aguça sobre a presença das variações linguísticas no enredo de HQ’s. O Apresentação

17

Nessa atividade dialogada o professor terá oportunidade de observar como

os alunos estão interagindo no desenvolvimento das atividades e, até que ponto,

esse trabalho em sala de aula está surtindo reações no ensino em sala de aula.

A linguagem “informal” (ou “não padrão”) é muito utilizada nas HQ’s, pois

isso a torna mais interessante e próxima do público que a lê. O leitor consegue

interagir com o texto de forma agradável e descontraída, principalmente, porque as

HQ’s se aproximam muito do público através da linguagem.

Sobre essa proximidade das histórias com o público, podemos citar o

cartunista, Maurício de Sousa, quando criou o personagem “Chico Bento”, imaginou

tudo o que caracteriza um menino que vive na roça, desde o seu jeito de comportar-

se com a família e os amigos, até seu modo de falar.

Atividade VII

Para esta atividade, o professor deverá escolher um personagem e levar

para sala de aula tiras do mesmo. É interessante que o professor contextualize o

período e meio onde o personagem é retratado. Instigando a análise dos seguintes

aspectos:

A língua usada por Chico Bento é diferente daquela utilizada em

jornais, revistas e livros?

É possível compreender o que ele diz?

Que diferenças há entre o português falado pelo personagem que vive

nesse contexto, e outros personagens que vivem em contextos

diferentes?

Todas as variedades linguísticas têm seu valor e a sua importância, desde

que sejam utilizados em situações adequadas.

Page 19: FICHA PARA CATÁLOGO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · centro. representam um gênero discursivo que aguça sobre a presença das variações linguísticas no enredo de HQ’s. O Apresentação

18

Quando vamos a uma solenidade, por exemplo, usamos uma roupa

elegante, quando vamos à praia, usamos trajes de banho. Assim como existe uma

roupa adequada a cada situação, existe também uma variedade linguística

adequada a cada situação. Quanto mais variedades conhecemos, mais estamos

preparados para falar com pessoas de qualquer região do país, de qualquer nível

social e em qualquer situação.

Às vezes, mesmo sem perceber, falamos em determinadas situações de

modo “diferente”, ou seja, adequando a nossa forma de falar conforme o contexto

onde estamos inseridos. Em situações como falar em público, ou conversar com

pessoas mais instruídas que nós ou que ocupam posições elevadas na sociedade,

automaticamente cuidamos da nossa fala, evitando expressões muito informais ou

gírias.

2.3 INTERAGINDO COM O OBJETO DE CONHECIMENTO

A partir de agora, o professor poderá avisar aos seus alunos que estes irão

ter contato com uma variedade de textos em quadrinhos, assim teremos a

oportunidade de conhecer as características de diferentes personagens, como elas

falam, como é estruturada a história, que estratégias os cartunistas utilizam para

tornar-se interessantes e chamar a atenção do leitor.

Assim, a atividade VIII será uma aula de leitura.

Atividade VIII

Em grupos, o professor distribuirá revistas em quadrinhos variados. Cada

aluno escolherá uma história para ler em silêncio.

Ao terminar a leitura, cada aluno receberá uma folha de papel sulfite onde

identificará os seguintes aspectos:

Page 20: FICHA PARA CATÁLOGO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · centro. representam um gênero discursivo que aguça sobre a presença das variações linguísticas no enredo de HQ’s. O Apresentação

19

Quais as características físicas das personagens?

Quais as características psicológicas das personagens?

Quais as marcas linguísticas presentes na fala das personagens?

Retire do texto lido, palavras que seja referentes ao uso informal da

língua.

Agora que o aluno já conhece melhor as características de algumas

personagens, já percebeu como se estrutura o universo da linguagem nas HQ’s,

também construiu algum suporte sobre esse tipo de texto, é hora de começar a

colocar em prática esses conhecimentos. Antes de construir os textos, é preciso

organizar e planejar como será realizado esse trabalho.

2.4 CONCLUINDO A ATIVIDADE

2.4.1 Como se constrói uma história em quadrinhos?

Para criar uma HQ’s é preciso, antes de tudo, criar as personagens que

participarão da história. Nós podemos desenhá-las e imaginar suas características,

ou seja: como elas são física e psicologicamente, como é seu comportamento, de

que forma elas falam, etc.

O professor deve lembrar ao aluno que quando lemos uma HQ’s, estamos

vendo as personagens, como elas são fisicamente. Porém, suas características

psicológicas são reveladas por suas ações, expressões e gestos, pela maneira

como se comportam, pelo seu discurso. Esses traços aparecem nos desenhos e nas

atitudes, nas falas e nos pensamentos das personagens.

A personalidade das personagens faz toda a diferença na produção dos

quadrinhos. Portanto, o professor irá direcionar cada passo ao aluno da seguinte

forma:

Page 21: FICHA PARA CATÁLOGO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · centro. representam um gênero discursivo que aguça sobre a presença das variações linguísticas no enredo de HQ’s. O Apresentação

20

Atividade IX

Criar o texto da história. Pode ser usada a linguagem informal, ou seja,

o mesmo tipo de linguagem que utilizamos no dia a dia;

Em seguida, deve-se fazer um rascunho da história na sequência

correta dos quadrinhos já com as personagens e suas falas, pensamentos

e legendas;

Completar os quadrinhos com o cenário em que os fatos acontecem:

uma rua, um jardim, uma floresta, o que sua imaginação mandar e tenha

relação com o conteúdo da história;

Inventar um título para a história no primeiro quadrinho e a palavra “fim”

no último;

Somente quando já tiver modificado tudo o que considerar necessário,

comece a fazer a versão final;

Prontas as tiras, é hora de passar à confecção do gibi.

Decidir o tamanho da revista, se ela será grampeada ou espiral. Juntar

todas as tiras, montando a revista do grupo;

Não se deve esquecer-se de colocar em cada tira, o nome do autor da

mesma e a data em que foi produzida.

2.5 COMPARTILHANDO AS ATIVIDADES

2.5.1 Organizando a exposição das histórias em quadrinhos produzidas

Atividade X

Professor, motive seus alunos para socializar seus trabalhos, através de

uma exposição. Consulte anteriormente, a direção da escola, certifique-se quais são

os espaços disponíveis para esta atividade no estabelecimento de ensino.

Page 22: FICHA PARA CATÁLOGO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · centro. representam um gênero discursivo que aguça sobre a presença das variações linguísticas no enredo de HQ’s. O Apresentação

21

Depois, observe a opinião dos alunos, em qual dos espaços eles gostariam

de realizar a atividade. É importante essa interação, pois assim tanto os alunos

quanto a comunidade escolar se sentem mais motivados, bem como, a atividade

será desenvolvida com melhores resultados.

Agora é só organizar uma exposição!

Socializar o trabalho realizado é muito importante para o alcance dos

objetivos traçados em todas as ações realizadas. Um momento de troca, de

observar a produção e o ponto de vista do outro, abre espaço para a construção de

subjetividades e enriquece as experiências individuais.

Assim, um trabalho como esse não poderia deixar de ser exposto em uma

amostra bem organizada, onde os alunos sejam os sujeitos na organização, com o

auxílio do professor.

Para montar a exposição é necessário primeiramente escolher o local para

montar a mostra, esse local deve ser preparado e bem organizado para que a

exposição valorize o trabalho realizado.

Pode-se, inclusive, montar um mural que identifique a exposição com o título

do trabalho em letras grandes: “Histórias Em Quadrinhos”.

As produções podem ficar à disposição dos demais alunos da escola para

que todos possam compartilhar dos resultados.

Antes de a exposição acontecer, é importante divulgá-la

Alguns alunos podem ir às demais salas de aula, considerando os colegas e

professores a prestigiar o trabalho realizado. Os pais, funcionários e a comunidade

podem e devem ser convidados a participar, pois a interação constitui um ponto

positivo para o bom encaminhamento das atividades escolares.

Sabemos que a leitura deve ser um hábito na vida das pessoas, pois ela

amplia os horizontes do conhecimento e ajuda na construção da identidade dos

sujeitos. Portanto, ao se realizar um trabalho envolvendo a leitura seja de um ou de

outro gênero textual, ele não deve esgotar-se nos momentos que transcorrerem o

seu desenvolvimento, pois tal desenvolvimento deve ser contínuo e evolutivo.

Page 23: FICHA PARA CATÁLOGO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · centro. representam um gênero discursivo que aguça sobre a presença das variações linguísticas no enredo de HQ’s. O Apresentação

22

Assim, após as exposições, propõe-se que os alunos criem com os colegas

dos outros grupos um sistema de trocas das revistinhas. Esse material ficará

disposto na biblioteca da escola para ser acessado por outros que tiverem interesse.

Aqueles que são admiradores das HQ’s podem, ainda, pesquisar na Internet,

sites especializados no assunto, onde, inclusive, podem criar suas histórias e

divulgá-las na rede.

2.6 SUGESTÕES DE MATERIAIS SOBRE O TEMA TRABALHADO PARA

PROFESSORES E ALUNOS

2.6.1 Livros

- O Mundo das Histórias em Quadrinhos, de Leila Rentroia Lannone e Roberto

Antonio Lannone;

- Como Fazer Histórias em Quadrinhos, de Juan Acevedo;

- Como Desenhar Cartuns, de Petter Madocks;

- Quadrinhos em Ação: um século de histórias, de Mário Féyo.

2.6.2 Vídeos

- As crônicas de Spiderwick, de Mark Waters;

- Madagascar 2, de Erick Darnell;

- Desventuras em Série, de Brad Silberling;

- Homem Aranha 3, de Sam Raimi;

- O Show do Garfield, de Jim Davis;

- A Turma da Mônica, de Mauricio de Sousa.

2.6.3 Sites

- www.dcomics.com;

Page 24: FICHA PARA CATÁLOGO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · centro. representam um gênero discursivo que aguça sobre a presença das variações linguísticas no enredo de HQ’s. O Apresentação

23

- www.marvel.com;

- www.monica.com.br;

- www.devir.com.br;

- www.gibiteca.rg3.net/;

- www.centrocultural.sp.gov.br/gibiteca/index/html;

- www.sesisp.org.br/home/sociocultural/gibiteca.asp.

Page 25: FICHA PARA CATÁLOGO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · centro. representam um gênero discursivo que aguça sobre a presença das variações linguísticas no enredo de HQ’s. O Apresentação

24

3 AVALIAÇÃO

De acordo com as DCE’s é importante que a avaliação seja um processo de

aprendizagem contínuo dando prioridade ao crescimento e desempenho no aluno.

Portanto, a avaliação será diagnóstica, todas as produções dos alunos serão

avaliadas, bem Omo seu envolvimento e participação nas mesmas. Os instrumentos

de avaliação serão trabalhos, produções e explanações orais dos conhecimentos

mobilizados.

É previsto que esse conhecimento dure aproximadamente dez aulas,

dependendo do desempenho dos alunos, suas dificuldades e possibilidades,

considerando que cada sujeito é um ser único, com diferentes vivências e

experiências de vida.

De acordo com as DCE’s de Língua Portuguesa (2006): “A avaliação

formativa considera que os alunos possuem ritmos e processos de aprendizagem

diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta dificuldades, possibilitando que a

intervenção pedagógica aconteça o tempo todo.”

Sob essa perspectiva, o processo será avaliado como um todo, respeitando

as diferenças e promovendo uma ação pedagógica de qualidade e construindo

relações educativas formadoras e includentes.

Page 26: FICHA PARA CATÁLOGO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · centro. representam um gênero discursivo que aguça sobre a presença das variações linguísticas no enredo de HQ’s. O Apresentação

25

REFERÊNCIAS

ANDRADE, Adauto de. A História da História em Quadrinhos. São Paulo: 2004. Disponível em: <http://www.legal.adv.br/zine/hq/hq01.htm> Acesso em: 06/08/2011

BAGNO, M. (Org.) Língua Materna: Letramento, Variação e Ensino. São Paulo: Parábola Editorial, 2002.

BAKHTIN, M. Estética da Criação Verbal. 4ª Ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

CEREJA, W. MAGALHÃES, T. C. Português Linguagens. São Paulo: Atual, 2006.

DELMANTO, D.; CASTRO, M. da Conceição. Português 7º Ano Ideias e Linguagens. Minas Gerais: Saraiva, 2009.

EISNER, W. Quadrinhos e Arte Sequencial. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

FARACO, C. E.; MOURA, F. M. de. Português. 1ª Ed. Minas Gerais: Ática, 2001. [série: Novo Ensino Médio].

INSTITUTO CIÊNCIA HOJE. Revista Ciência Hoje das Crianças. Ago/1998.

MEURER, J. L.; ROTH, D. M. Gêneros Textuais. São Paulo: EDUSC, 2001.

PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná – Língua Portuguesa. Curitiba: SEED, 2008.

________. Secretaria de Estado de Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná – Língua Portuguesa. Curitiba: SEED, 2006.

POSSENTI, S. Por que (não) Ensinar Gramática. 4ªed. São Paulo: Mercado das Letras, 1996.

Page 27: FICHA PARA CATÁLOGO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · centro. representam um gênero discursivo que aguça sobre a presença das variações linguísticas no enredo de HQ’s. O Apresentação

26

SOARES, M. Letramento: Um Tema em Três Gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 1998.

SOUSA, Mauricio de. Tira 192. Disponível em: <http://www.turmadamonica.com.br/index.htm> Acesso em: 06/08/2011