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FICHA PARA CATÁLOGO
PRODUÇÃO DIDÁTICA PEDAGÓGICA
Título: Adolescente: Planejando o Futuro em Parceria com a Escola
Autor ELENIRCE GARDINAL BERBEL MATSUOKA
Escola de Atuação COLÉGIO ESTADUAL “SOUZA NAVES” ENSINO FUNDAMENTAL MÉDIO E PROFISSIONALIZANTE
Município da escola ROLÂNDIA
Núcleo Regional de Educação LONDRINA
Orientador REJANE CHRISTINE DE BARROS PALMA
Instituição de Ensino Superior UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA
Disciplina/Área (entrada no PDE) PEDAGOGIA
Produção Didático-pedagógica UNIDADE DIDÁTICA
Relação interdisciplinar
Público Alvo
Alunos do 3º ano do Ensino Médio Matutino
Localização
(identificar nome e endereço da escola de implementação)
Colégio Estadual “Souza Naves” Ensino Fundamental Médio e Profissionalizante
Rua Monteiro Lobato, 421
Apresentação:
Esta Unidade Didática tem como objetivo oportunizar aos alunos momentos para a reflexão em torno do que almejam para seu futuro profissional, se pretendem fazer um curso técnico ou um curso superior. A metodologia aplicada com os alunos do 3º ano do Ensino Médio Matutino será a partir dos dados coletados com os alunos através de um questionário sobre seus interesses em relação ao prosseguimento dos estudos, ao mercado de trabalho e as profissões que gostariam de conhecer de forma mais aprofundada. Após a coleta de dados convidaremos diversos profissionais a virem até a escola para apresentarem ao grupo de adolescentes aspectos referentes ao seu dia a dia enquanto profissional, prestando esclarecimentos sobre o mercado de trabalho e também responder algumas dúvidas que os jovens possam apresentar. Outras atividades como visitas às instituições de Educação Superior e Feira Profissional também serão promovidas.
Palavras-chave (3 a 5 palavras) Adolescente; orientação profissional; ensino médio
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA
________________________________________________________________
ELENIRCE GARDINAL BERBEL MATSUOKA
ADOLESCENTE:
PLANEJANDO O FUTURO EM PARCERIA COM A ESCOLA
Unidade Didática
Rolândia
2011
ELENIRCE GARDINAL BERBEL MATSUOKA
ADOLESCENTE:
PLANEJANDO O FUTURO EM PARCERIA COM A ESCOLA
Unidade didática do Projeto do Plano de Desenvolvimento Educacional (PDE) 2011, a ser desenvolvido com os alunos do 3º ano do Ensino Médio do Colégio Estadual “Souza Naves” Ensino Fundamental Médio e Profissionalizante, da cidade de Rolândia – PR. Orientadora MS. Rejane Christine de Barros Palma
Rolândia 2011
SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO ..................................... ............................................................3
2 ADOLESCÊNCIA .................................... ..............................................................4
2.1 ESCOLHA PROFISSIONAL NA ADOLESCÊNCIA ............................................................6
2.2 A INFLUÊNCIA DA FAMÍLIA NA ESCOLHA PROFISSIONAL..............................................11
2.3 A ESCOLA E A ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL COLABORANDO NESTE PROCESSO ..........13
2.4 ENSINO PROFISSIONALIZANTE A QUEM INTERESSA ...................................................16
2.5 PROCESSOS SELETIVOS, PARA INGRESSO NO ENSINO SUPERIOR ..............................18
2.6 ALGUMAS SUGESTÕES DE ATIVIDADES PARA DESENVOLVER O TRABALHO DE
ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL NA ESCOLA .......................................................................20
REFERÊNCIAS.........................................................................................................26
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1 APRESENTAÇÃO
Nesta Unidade, preparei com o auxílio de minha orientadora, uma
proposta de trabalho que tem como objetivo oportunizar aos alunos do 3º ano do
Ensino Médio, momentos para a reflexão em torno do que almejam para seu futuro
profissional se pretende fazer um curso técnico ou um curso superior. Muitos
adolescentes ficam ansiosos neste momento da vida. Surgem muitas dúvidas a
respeito do prosseguimento dos estudos diante das possibilidades profissionais
existentes atualmente no mercado de trabalho. Esta Unidade Didática tem como
objetivo ressaltar a importância da Orientação profissional na escola por meio de
ações que possibilitem aos alunos o autoconhecimento e reflexões acerca do
prosseguimento dos estudos, considerando o que é melhor para si baseado no seu
perfil. Apresentaremos textos que acreditamos que possam contribuir teoricamente
para o conhecimento dos professores e dos adolescentes, além de algumas
sugestões de atividades reflexivas para o desenvolvimento do trabalho. Pretendo
também oferecer melhores esclarecimentos sobre este momento tão delicado pelo
qual os jovens passam e a escola vivencia com eles. Sabemos que não damos
conta de esgotar toda a problemática apresentada, porém a intenção é de propiciar
aos jovens elementos para que possam fazer uma escolha mais acertada. Para isso
necessitamos do auxílio dos pais, professores e profissionais da sociedade, pois
juntos podemos contribuir de maneira mais eficaz com os jovens, quando o assunto
é o futuro profissional.
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2 ADOLESCÊNCIA
Adolescência é uma fase em que todo ser humano passa, só difere pela
cultura de cada país na forma de vivê-la, até adquirir a maturidade e segundo Dorin
(1978, p. 15-16); ressalta que:
O termo adolescência vem do verbo adolescere, que significa crescer Até a maturidade. Usamos essa palavra para designar o período de mudanças que vai dos 10 anos até a maturidade. Podemos dividir esse período de desenvolvimento em 4 fases: • Pré-adolescência – dos 10 aos 12 anos; • Adolescência inicial – dos 13 aos 15; • Adolescência média – dos 16 aos 18 anos; • Última adolescência – dos 18 aos 21 anos.
Cada fase apresenta características próprias que são diferentes e variam
de acordo com o sexo, acompanhado de mudanças no organismo e na
personalidade como os desejos, as necessidades, os interesses e os hábitos.
Conforme A Organização Mundial da Saúde. Disponível em:
<http://www.colegioweb.com.br/sexualidade/o-que-e-a-adolescencia-.html>.
Adolescente é o indivíduo que se encontra entre os dez e vinte anos de idade. No Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece outra faixa etária: dos onze aos dezoito anos. Daniel Sampaio define adolescência como sendo uma etapa do desenvolvimento, que corre desde a puberdade à idade adulta, ou seja, desde a altura em que as alterações psicobiológicas iniciam a maturação sexual até a idade em que um sistema de valores e crenças se enquadra numa identidade estabelecida. (O QUE ..., 2011).
A noção de “adolescência tem sua raiz na Grécia Antiga, embora o
conceito de adolescência, propriamente dito, seja relativamente recente na história
da civilização”, conforme afirma Áries (1981 apud PRATTA, 2008).
A adolescência é uma fase da vida em que muitos adolescentes têm
muita insegurança, angustias ficam em desequilíbrio, uma vez que as
transformações que ocorrem deixam - os uma hora tristes outras eufóricos. Ainda
acontecem mudanças corporais que são universais, que podem variar dependendo
da sociedade em que o jovem vive.
Para Içami Tiba (2007, p. 98) compara adolescência como:
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A adolescência pode ser comparada à etapa em que as árvores frutíferas dão flores. Estas geralmente ficam na parte mais alta da planta, bem expostas ao sol. Supercoloridas e perfumadas, elas chamam atenção de todos os polinizadores (agentes sexuais como abelhas e outros insetos, aves, etc.). Os adolescentes são ao mesmo tempo flores e polinizadores.
O que se observa é a transformação física em ambos os sexos, internas e
externas, como também acontecem mudanças intelectuais e afetivas.
Geralmente as meninas amadurecem mais cedo em torno dos dez anos e
os meninos por volta dos treze ou quatorze anos.
Segundo Spaccaquerche e Fortin (2009, p. 51):
Aquela menininha, com um rostinho tão bonitinho e com pele de pêssego, e aquele menino com um nariz pequeno, olhos vivos e alegres começam a mudar. O rosto se modifica, o nariz cresce, o cabelo tem outra textura. O menino espicha, a menina encorpa. Os olhos transmitem inquietações, na pele de pêssego surgem algumas espinhas! Os hormônios são grandes responsáveis por esse momento, e a genética se faz presente, dando forma física e psíquica a esse novo ser. Uma nova identidade começa emergir. O adolescente percebe o desenvolvimento de seu corpo como algo estranho. Sua percepção espacial fica alterada. Normalmente ele se atrapalha com o tamanho de seu corpo. Novas sensações aparecem. A aparência física é bastante relevante, principalmente nos dias de hoje, em que vivemos o mundo de imagens.
Nesta fase há muitos questionamentos com ele mesmo sobre a vida,
religião, política e tudo fica conflituoso e muitas famílias por não saberem lidar com
essas transformações entram em atrito e com isso os adolescentes se sentem
desamparados para entender o que está se passando com ele.
É normal se ver adolescentes em turmas; gostam de estar reunidos para
tudo; no esporte, estudos, passeios, e aos poucos vão deixando de ficar com os
pais. Tão mais importância aos amigos do que à família.
A turma passa a ser mais importante até na maneira de se vestir, no
vocabulário e nas atitudes prevalecem à turma. Muitos são fanáticos por times de
futebol ou por algum ídolo. Gostam de aventuras e na prática de esportes radicais.
Gostam de estar em grupos de iguais, pois isto colabora para aprendizagem de si
mesmo e sobre os outros, mas também funciona como pressão, de cobrança de
certas atitudes e comportamentos.
Por ser a adolescência uma fase conflituosa na qual muitos não sabem
lidar com as modificações que ocorrem neste período e por agravar com problemas
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familiares, afetivo ou por se acharem poderosos alguns querem experimentar de
tudo.
É nesta etapa da vida com alterações do corpo e da maturação do nível
intelectual, que o adolescente quer entender quem ele é e qual seu papel na
sociedade em que vive: quer participar dos problemas de ordem moral e ética.
Como salienta Tânia Zagury (2009, p. 25):
Adolescência é uma fase de transição entre a infância e a juventude. É uma etapa extremamente importante do desenvolvimento. Com características próprias, que levará a criança a tornar-se um ser adulto, ao final. As mudanças corporais que ocorrem são universais, enquanto as psicológicas e de relações variam de cultura, de grupo para grupo e até entre indivíduos de um mesmo grupo.
Na medida em que o adolescente vai amadurecendo, ele toma
consciência de sua condição de indivíduo nesta sociedade.
A cada década os adolescentes apresentam algumas características
próprias que deste do ano 40 até 1990, segundo Dick (2003, p. 237), pesquisado em
Revistando as Origens do termo Juventude: A Diversidade que caracteriza a
Identidade, de autoria Gislene Garcia. Disponível em: <http://www.anped.org.br/>.
Anos 40 – Jovens marcados pelas experiências chocantes vividas durante a Segunda Guerra Mundial e com bombas atômicas no Japão. Anos 50 – “Anos Dourados” – jovens mais autônomos. Anos 60 – Década onde o tema JUVENTUDE foi mais explorado, expansão do Movimento hippie como ameaça à ordem social. Anos 70 – “Anos de ressaca” – Juventude insatisfeita, buscando mudanças para sair de uma sociedade estagnada, apática e viciada. Anos 80 – Defesa do protagonismo juvenil através da “Pastoral Juvenil” e redução dos avanços da liberdade sexual através da difusão da AIDS; jovens sem ideologia, individualistas, consumistas e conservadores. Anos 90 – Transição de uma geração que valoriza a organização, a articulação, a lógica e o raciocínio, para uma geração que valoriza o corpo, o prazer, o fragmentado e o individual. Surge a “geração zapping” ( em constante mudança). (GARCIA, 2011).
Como podemos verificar cada década os jovens têm características
próprias que difere com o passar dos anos e com a evolução da humanidade.
2.1 ESCOLHA PROFISSIONAL NA ADOLESCÊNCIA
Não é fácil escolher o que se deseja quando temos diante de nós uma
diversidade de coisas em todos os sentidos (roupas, escolas, alimentos, profissões e
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religiões). Em nosso dia a dia estamos sempre fazendo as nossas escolhas por
uma variedade situações.
Escolher a profissão já é uma tarefa difícil, na adolescência se torna ainda
mais difícil, pois não se tem bem a clareza do que se quer ser na vida, além de não
se possuir muito conhecimento sobre as profissões e o mercado de trabalho. Para
Rappaport (2000, p. 8-9) “A escolha na adolescência se apresenta como urgente e
necessária, pois sinaliza o final da infância e a participação mais efetiva no mundo
adulto”.
É na adolescência em que se afirmam aptidões, é a fase em que o
individuo ingressa na vida social; e muitas vezes têm necessidade de exercer uma
atividade produtiva; daí a importância do adolescente participar de atividades que o
levem a refletir sobre o trabalho, para que o mesmo se ajuste à sua natureza e insira
na sociedade.
Porém a sociedade também precisa que o indivíduo esteja ajustado num
trabalho conforme as suas capacidades e aspirações. A sociedade exige que cada
pessoa se ocupe num determinado setor de atividade econômica com o máximo de
rendimento, e só conseguirá se os trabalhadores realizarem tarefas que se
harmonizem com suas aptidões e ideais; levando em conta as condições do
mercado de trabalho que varia conforme a evolução do mundo.
Portanto a escolha da profissão deve atender não só as aspirações e as
capacidades individuais, mas as condições do mercado de trabalho e as
necessidades econômicas da sociedade.
Escolher uma profissão em nossos dias ainda é realizado de maneira
aleatória, isto é ao sabor das preferências ilusórias e acidentais. O que acontece é
que muitos adolescentes não estão preparados para discernir suas verdadeiras
aptidões para o trabalho e escolhem profissões, cursos e carreiras inspirados quase
sempre pela moda, pelo espírito de imitação, pelos caprichos momentâneos pelas
sugestões dos pais, amigos e professores, pela impressão que lhes causam certas
vestimentas.
As características das escolhas levaram Ginzberg e colaboradores (1951)
a identificar três períodos distintos no processo de realização de escolhas: (apud
LEVENFUS, 1997, p. 185-186):
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1-Escolhas fantasiosas : Esse período coincide, em geral, com o período de latência do desenvolvimento (mais ou menos dos 6 aos 11 anos de idade. 2-Escolhas tateantes : Inicia por volta dos 11 ou 12 anos. O jovem costuma basear as escolhas nos seus interesses, começa-se a prestar mais atenção às suas capacidades e a demonstrar consciência de coisas como os diferentes treinamentos exigidos pelas diversas profissões. Um pouco mais tarde, o jovem procura sintetizar muitos fatores e avaliá-los em termos de seus valores e objetivos que, aliás, também estão em processo de formulação. 3- Escolhas realistas : Por volta dos 17 anos, o adolescente passa a um período de transição: as considerações mais subjetivas a que ele emprestava importância no passado vão sendo substituídas pelas considerações mais realistas a que ele irá atribuir maior importância no futuro.
Para fazer uma escolha é necessário que o adolescente tenha um
autoconhecimento de suas características pessoais, interesses, habilidades,
potencialidades e suas limitações e ter a consciência do que almeja para fazer seu
projeto de vida. Para Soares (1987, p. 13) escolher implica: “Reconhecer o que
fomos que influências sofreram desde a mais tenra infância, que fatos foram
marcantes em nossa vida até o momento e qual será a expectativa de vida em que o
trabalho irá influir e até mesmo determinar.”
Para o adolescente escolher o que deseja é complicado, pois envolve
uma variedade de elementos e também por que deseja se realizar em todos os
sentidos (financeiramente, emocionalmente) fica em crise existencial por não saber
o que fazer. Como cita Zagury (2009, p. 73):
O jovem de hoje (especialmente das classes A, B) podem ficar tranquilamente com sua família até 20, 25, 30 anos sem pressa de alcançar independência financeira, afetiva ou profissional, provavelmente porque as novas gerações já usufruem das conquistas pelas quais seus pais tiveram que lutar.
Para outra parte da sociedade o jovem adolescente entra no campo de
trabalho bem mais cedo e sem condições de ficar escolhendo o que realmente
gostaria de fazer, a necessidade está em primeiro lugar neste momento.
O adolescente que passa por processo de autoconhecimento e
necessitando fazer sua opção se vai fazer um curso superior ou um curso técnico
precisa ter mais conhecimento das profissões que existe no mercado de trabalho
para poder tomar sua decisão com mais equilíbrio. Conforme Eugênio Daniel (2009,
p. 60) cita que: “[...] O autoconhecimento se torna imprescindível, pois facilita a
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escolha. O conhecimento de si mesmo ajuda a pessoa a estruturar sua identidade
pessoal, favorecendo – a na formação de um projeto de vida.”
O jovem adolescente está inserido em uma sociedade em que muitos
fatores influenciam na sua escolha profissional (políticos, econômicos, sociais,
educacionais, familiares e psicológicos) que interferem no seu planejamento para o
futuro. Tudo isso é confrontado com interesses, valores, ideais que poderão
influenciar e dar sentido ao seu projeto de vida.
Para ampliar seus critérios de escolha o jovem adolescente precisa
selecionar seus conhecimentos e para isso deve pesquisar e coletar informações
sobre as profissões que lhe despertam interesse. Para isso acontecer é necessário
maturidade, isto é “conseguir se identificar com seus próprios gostos, interesses,
aspirações e identificar o mundo exterior, as profissões as ocupações “(LEVENFUS,
p. 184).
Considera-se um jovem maduro, do ponto de vista vocacional, segundo
Super (apud WEIL, 1998, p.19):
1º - esteja preocupado com o problema da escolha. 2º - ele saiba exatamente por que escolheu tal ou qual profissão. Por exemplo: - “Eu quero ser engenheiro, por que gosto e sempre gostei de matemática e de desenho; além do mais, sempre fui bom aluno nestas matérias”. 3º - Há uma estabilidade na escolha da ocupação, dentro de um certo grupo profissional. Por exemplo, mesmo mudando de idéia, se quiser tornar-se engenheiro eletrônico, ao invés de mecânico ou arquiteto, continua o jovem dentro da mesma área tecnológica; ou, se ele oscila entre escultura, pintura ou desenho artístico, permanece dentro da área artística. 4º - Atração por determinado grupo profissional. Enquanto na escola primária a maioria das crianças interessa-se um pouco por tudo, entre os doze e dezoito anos os adolescentes começam a diversificar-se, conforme os seus interesses; uns interessam – se por mecânica, outros, pó atividades literárias, outros ainda, por cálculos. Neste sentido, a atração por várias áreas profissionais seria sinal de imaturidade profissional. 5º - Coerência entre aptidão e interesse. Há certas pessoas que sonham ser pianistas, mas nunca conseguem aprender a tocar bem; outras, gostariam de cantar, mas cantam mal. Estas pessoas têm interesse, mas não têm aptidão para determinada atividade. A coerência entre aptidão e interesse é, também, índice de maturidade.
Diante deste contexto é interessante o adolescente refletir acerca do que
mais lhe interessa se questionando como:
Eu gosto desta profissão? Já li a respeito do que se trata este curso?
Como é o desenvolvimento deste profissional no dia-a-dia? Onde o profissional pode
atuar? Como é o perfil deste profissional? Ele tem a ver com meu jeito de ser? Quais
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a Faculdades ou Escolas têm este curso? Vou ter condições financeiras para fazer?
Como está o mercado de trabalho para esta área? Que disciplinas têm o curso?
Estas indagações e outras têm procurar investigar antes de tomar uma decisão.
Analisando todos os prós e contras o adolescente terá condições de se situar e estar
ciente o que está acontecendo no mundo e na sociedade em que está inserido e
saber posicionar no que diz respeito ao seu futuro.
Escolher uma profissão deve estar relacionado ao modo de ser, estilo de
vida que deseja e como espera ser reconhecido no meio em que vive.
Optar por um curso ou por uma carreira envolve uma reflexão profunda
em que o adolescente deve refletir sobre o seu projeto de vida e para isso teria que
se conhecer bem. Conforme ressalta alguns passos o Guia do Estudante (TAKESHI,
2011, p. 14-15).
1 -“Conhece-te a ti mesmo’ A famosa frase, atribuída ao filósofo Sócrates é, realmente, decisiva quando o assunto é escolha da carreira.Os especialistas são unânimes ao afirmar que ninguém escolhe bem uma profissão sem se conhecer profundamente. Para isso, procure identificar quais seus principais interesses, habilidades e motivações. Atenção para não confundir hobby com vocação profissional, pois a facilidade ou gosto em fazer algo não significa que você vai gostar de trabalhar com isso. 2- Pense em seu projeto de vida O que você imagina para seu futuro? Será que daqui a dez anos você terá os mesmos interesses? Em que tipo de local gostaria de trabalhar? Como seria sua rotina e seu lazer? Quem seriam seus amigos? Ao tentar responder a essas perguntas, você reflete sobre a escolha profissional no contexto de outras escolhas e a considera como algo a longo prazo. 3 – Informe-se sobre as profissões Você tem um leque de escolhas que envolve cerca de 25 mil cursos em mais de 200 carreira! Com tantas opções, a decisão fica mesmo mais difícil e a busca de informações, mais necessária. Você pode começar consultando o Guia do Estudante, que traz a descrição de cada curso, as possibilidades de atuação e a situação do mercado de trabalho. Leia também os especiais dos jornais focados em vestibular e navegue nas páginas das instituições e nos sites especializados em vestibular e em carreiras. 4 - Freqüente feiras e palestras Vale a pena ir a feiras e palestras sobre cursos e carreiras organizadas por algumas escolas de Ensino Médio e instituições, como o próprio Guia do Estudante. Essas ocasiões são uma chance de conhecer a rotina dos cursos e descobrir detalhes da vida profissional. 5 – Visite as faculdades Definidas algumas opções, é hora de se aprofundar na pesquisa. Como tira-teima, visite uma ou mais escolas que oferecem o curso que você tem interesse e troque idéias com alunos e professores. Eles podem falar sobre a estrutura das aulas, as disciplinas mais importantes e sobre como mudou a visão que eles tinham sobre a profissão no decorrer dos anos de graduação. 6 – Converse com profissionais
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Descubra entre familiares e amigos alguém que trabalhe na área que interessa a você. Entre em contato, marque uma visita e faça perguntas para ter idéia de como é o dia a dia profissional. Lembre-se: conhecer uma profissão vai além de ler sua definição em livros, obras de referência ou sites. É preciso saber como ela se insere na sociedade – qual o papel do profissional, seu campo de atuação e estilo de vida – e, assim, afastar o fantasma da idealização. 7 – Recomece se for preciso Fica mais difícil escolher um curso pensando que essa opção é para o resto da vida. Mas isso não é verdade. Se descobrir que o curso não é a sua cara, você pode se transferir para outro. Mas não vai desistir no primeiro sinal de insatisfação, pois ela pode ser passageira.
O adolescente com este processo de conhecimento terá como projetar o
seu futuro fazendo suas escolhas com mais consciência e com maiores realizações
pessoais facilitando seu ingresso na vida adulta com mais satisfação e qualidade de
vida.
2.2 A INFLUÊNCIA DA FAMÍLIA NA ESCOLHA PROFISSIONAL
A família é a primeira instituição em que a criança e posteriormente o
adolescente recebe amor e afeto para viver e formar valores morais e espirituais
estruturando-se como pessoa no ambiente que vive. Podemos definir família
segundo Spaccaquerche; Fortim (2010, p. 54):
A família como unidade básica da sociedade formada por pessoas com origem (ancestrais) comum, constituindo o grupo primário de referência para cada um de seus membros; a família é unida por múltiplos laços capazes de manter seus membros moral e materialmente durante uma vida e durante as gerações.
A família exerce um papel muito importante na formação do individuo,
pois este pode amadurecer com equilíbrio ou o inverso, dependendo de como a
família educa poderá tornar-se um jovem seguro ou inseguro diante das
adversidades da vida. A influência da família costuma ser valiosa nas escolhas que
o adolescente faz para determinadas profissões. Muitos pais interferem na escolha
profissional querendo que o filho (a) siga a sua profissão ou deposita nele desejos
não conquistados impondo a profissão que ele gostaria de exercer e que não foi
possível concretizar.
[...] os familiares, querendo ajudar, acabam por deixar o jovem cada vez mais indefinido. A opinião dos pais pesa muito sobre o jovem, afinal são pessoas em que ele sempre acreditou, principalmente durante toda sua
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infância. Ele sabe que querem o melhor para ele, mas isto pode acabar por confundi-lo e limitá-lo ainda mais, ao invés de abrir-lhe caminhos para pensar. (SOARES, 1987, p. 49).
A família é uma das interferências que pode ajudar ou prejudicar no
momento da decisão do adolescente; por isso é essencial que o adolescente para
fazer sua opção tenha conhecimento de si, mas também saiba qual o desejo dos
pais para poder elaborar todos os dados e fazer seu próprio projeto com o apoio da
família.
Alguns pais gostam de impor suas opiniões de forma autoritária e outros
são mais flexíveis e ainda outros se distanciam deste momento tão importante para
o adolescente a fim de que ele possa fazer sua opção com mais equilíbrio.
Escolher quando se é adolescente é difícil ainda mais se está com muitos
conflitos familiares ficam muito mais complicado para tomar uma decisão
satisfatória. Como salienta Rappaport (2000, p. 35).
O sujeito poderá escolher uma profissão, identificar-se nela, submetendo-se às frustrações do abandono das outras opções, e também da contraposição dos ideais com as possibilidades reais de um exercício profissional gratificante, porém sujeito a dificuldades e impasses.
A família precisa ter consciência de que são os transmissores de amor,
afeto, valores e atitudes positiva ou negativa que irão influenciar o modo de como
este jovem vai encarar os conflitos e principalmente nas decisões que necessitara
fazer ao longo da vida. É fundamental que os familiares estejam juntos com o
adolescente que se encontra no impasse da decisão pela escolha profissional para
que este sinta que têm uma família que vai acompanhá-lo nesta trajetória.
É normal que à família sinta apreensão neste processo de escolha do
filho, como destaca Rappaport (2000, p. 8):
Uma das grandes “tarefas” do jovem será processar, de alguma forma, as diversas influências recebidas. Ele tentará, ao mesmo tempo, integrá-las e se diferenciar delas, projetando suas escolhas no futuro. A inquietação do jovem e de sua família face a esse momento de decisão se justificam plenamente.
A família poderá colaborar com o adolescente levando-o a refletir sobre o
que deseja para sua vida profissional sem escolherem para eles o curso, mas
direcioná-los a pesquisar e a refletir sobre o que almejam e o que condiz com seu
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perfil; ajudar a focar na direção e aos poucos ele terá condições para planejar com
mais conhecimento o seu futuro profissional.
Profissionais da área sugerem algumas dicas aos pais para colaborarem
com o filho (a) que fará vestibular ou algum outro concurso. (Folha Vestibular de
Londrina) (LOVATO, 2010, p. 14). Equipe do Colégio Maxi:
• Procure manter um clima de tranqüilidade, com uma rotina calma. Não fique lembrando os fracassos anteriores, cobrando exageradamente ou falando sobre o vestibular;
• Se seu filho se preparou bem para o vestibular, procure valorizar o processo e o esforço dele. Lembre-se de que passar no vestibular depende vários fatores e desses o vestibulando tem sob controle apenas alguns;
• Acalme-se e confie no desenvolvimento pessoal de seu filho como um todo. Ajude-o a manter-se autoconfiante;
• Lembre-se e lembre-o das qualidades e das habilidades que ele tem; • Relaxamento e descanso melhoram a concentração nos dias de prova.
Incentive-o a ver filmes, a fazer caminhadas, a manter as horas de sono e a se alimentar adequadamente;
• Um pouco de ansiedade e pensamentos desagradáveis podem acontecer nesse momento, tanto para seu filho como para você; lembre-se de que são apenas sentimentos e pensamentos, não é realidade;
• Escute-o. Deixe-o falar sobre seus medos, dificuldades expectativas em relação às provas, à universidade, ao curso:
• Procure dar uma dimensão apropriada a esse momento, enfrentando-o com otimismo, companheirismo e amor. .
Com esses cuidados o adolescente terá mais equilíbrio para fazer o
vestibular ou prestar qualquer outro concurso que prestará no decorrer de sua vida.
2.3 A ESCOLA E A ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL COLABORANDO NO PROCESSO DA ESCOLHA
PROFISSIONAL
É na escola que recebemos uma educação científica e apropriamos de
conhecimentos que nos faz interagir com outras pessoas e desenvolver a
criatividade.
Na adolescência o jovem está descobrindo suas preferências, seus
valores seus talentos e que tipo de estilo de vida pretende levar. A escola pode
ajudar muito, mas não tem condições de oferecer tudo que o aluno necessita; o
educando terá que fazer a sua parte, pesquisando, fazendo cursos de interesse e
outras atividades que proporcionem um autoconhecimento.
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No Ensino Médio os alunos principalmente das Escolas públicas tem
muitas dúvidas em relação qual o curso que irão fazer devido às inúmeras
profissões que existem no mercado de trabalho. Muitas escolas não trabalham a
orientação profissional, uma por falta de profissionais multidisciplinares e por
estarem preocupadas em só pensar nos conteúdos que tem que passar para o
vestibular. Algumas escolas só passam algumas informações no último ano do 2º
grau e que deixam a desejar muito nesta questão.
O ideal é trabalhar desde o 1º grau com atividades de pesquisa sobre as
profissões dos pais e outras como; carteiro, o policial, o padre ou pastor e o
motorista de ônibus, pois os alunos estão mais em contato com estes profissionais e
observam como eles desenvolvem o trabalho; ainda excursões próximas à escola
nos mercados, açougue, padarias lojas etc. É uma das atividades que aos poucos
introduz os alunos no mundo do trabalho.
A escolha profissional é um processo de desenvolvimento que começa
em casa vivenciando as atividades da família e na escola a orientação profissional
deve levar o aluno uma reflexão e ao conhecimento de outras profissões que estão
no mercado de trabalho. Para Gibson é (1975, p. 10):
Primeiramente, a escolha profissional é um processo que se inicia no máximo aos seis ou sete anos e de modo mais característico em torno dos dez anos ou mais. Em segundo lugar, desde que cada decisão durante a adolescência está relacionada com a experiência de cada um, até então, a qual, por sua vez, exerce influência sobre o futuro, o processo de tomada de decisão é basicamente irreversível.
Na Escola, a Orientação profissional faz parte do trabalho do professor
pedagogo que atua principalmente no ensino médio. Como descreve Rappaport
(2000) “a orientação profissional surgiu ligada a uma área da Psicologia do
desenvolvimento de testes psicológicos”; a orientação profissional na escola não tem
como objetivo trabalhar com testes por não ter o preparo e nem especialistas para
desenvolver com precisão este trabalho. Os testes não resolvem a indecisão da
escolha, só tem mais informações onde o adolescente pode ter mais conhecimento
de si. Como adverte Bohoslavsky (1998, p. 92):
[...] os testes têm um papel instrumental na tarefa clínica e que, como tais, subordinam-se aos fins do psicólogo, convertendo-se em valiosos instrumentos, quando este tem consciência do seu emprego, ou em
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empecilhos no exercício de seu papel, quando transfere aos testes a tarefa reparadora ou preventiva.
Uma das funções do orientador profissional na instituição de ensino é de
promover atividades que auxiliem na realização da escolha profissional para que
seja mais satisfatória possível; para isso é necessário promover palestras, visitas a
centros profissionalizantes e universidades, informa-lhes sobre sites que informam
sobre profissões ou ainda proporcionar momentos de debate sobre o mercado de
trabalho na atual realidade e quais as profissões que tendem a ir decaindo e outras
que estão em crescimento.
Como salienta Ferretti (1992, p.15) a orientação profissional tem como:
“Ajudar o indivíduo a obter, organizar e utilizar informações objetivas a respeito de si
e do mundo do trabalho; ajudar o indivíduo a dominar uma metodologia que o
instrumente na tomada de decisões profissionais”.
A orientação profissional é um trabalho que visa assistir o indivíduo na
escolha de uma profissão, curso ou carreira; ainda levá-lo a escolher a escola que
ofereça o curso; enfim proporcionar momentos em que o adolescente faça reflexões
que o auxiliem a fazer a opção que melhor corresponde às suas aptidões. Como
descreve Gibson (1975, p. 2) “Como o mercado de trabalho continua a crescer em
amplitude e complexidade, a necessidade de orientação profissional é cada vez
maior”.
A escola que proporcionar um trabalho de orientação profissional que
ofereça condições de o adolescente se questionar e vivenciar atividades que
induzam ao um autoconhecimento fornecera meios para uma tomada de decisão
sobre a escolha da profissão sem tantas frustrações no curso ou na profissão
escolhida.
O trabalho de orientação profissional nas instituições públicas é cada vez
mais imprescindível e para que isto aconteça de forma a vir contribuir
satisfatoriamente é necessário um planejamento, uma atualização e informações
sobre o mercado de trabalho. E para isso é de grande valia a participação da família,
professores e de profissionais da sociedade para contribuir com o processo de
autoconhecimento do adolescente para que possa refletir sobre o seu futuro.
Sabemos que estamos aprendendo até o final de nossa vida e o jovem
adolescente também tem que receber de nós como mais experientes
16
esclarecimentos de como a sociedade é organizada e como precisamos de pessoas
bem qualificadas para formar um adulto competente na profissão que escolher.
A orientação profissional na escola deve preocupar em desenvolver com
os adolescentes, alguns momentos de reflexão para que possa estar se
questionando e visualizando as possibilidades que tem para ir à busca de seu
espaço e fazendo os ajustes necessários para seguir em frente e trocar experiências
com seus colegas, professores e com outros profissionais até chegar a uma decisão
sobre o projeto de vida que almeja. O jovem adolescente melhor preparado terá
mais chance de acertar na sua escolha profissional deixando de abandonar o curso
escolhido que traria frustrações e desperdício de tempo e dinheiro.
A Orientação Profissional, como ambiente cultural, crítico e reflexivo, permitirá a discussão dos significados a respeito dos temas envolvidos na escolha profissional, possibilitando a construção de sentidos mais profundos e amplos. Este entendemos ser o desafio daqueles que trabalham em Orientação Profissional. (BOCK, 2010, p. 49).
Supomos que quanto mais o adolescente tiver informações sobre as
profissões e como está o mercado de trabalho, mais condições ele terá em se
apropriar de conhecimentos e realizar suas escolhas com mais critérios e
responsabilidade.
2.4 ENSINO PROFISSIONALIZANTE A QUEM INTERESSA?
Como o final do ensino médio a indecisão para muitos adolescentes é
prosseguir os estudos e fazer a opção por um curso técnico ou um curso superior.
Muitos resolvem optar por um curso técnico quando não são aprovados no vestibular
outros por falta de condições financeiras para fazer uma faculdade e ainda outros
preferem primeiro fazer um curso técnico depois o curso superior.
Sabemos que no Brasil conforme é citado no Ministério da Educação
Centenário Profissional e Tecnologia disponível em: (http:// WWW.agenda 2020.
org.br/arquivos_PropostaAnexos/93Arquivo_EDUC_15_Educacacao_
Profissional.pdf) “A formação do trabalhador no Brasil começou a ser feita desde os
tempos mais remotos da colonização, tendo como os primeiros aprendizes de ofícios
os índios e os escravos”. E com o crescimento do país e não tendo mão de obra
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com qualificação houve a necessidade de capacitar os trabalhadores para trabalhar
nas fábricas e indústrias.
E assim surgiram os cursos profissionalizantes direcionado ao mercado
de trabalho, tanto para estudantes quanto para o trabalhador que busca a
qualificação e atualização profissional. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (Lei 939, de 20 de dezembro de 1996), complementada pelo Decreto 2208,
de 17 de abril de 1997 e reformado pelo Decreto 5154, de 23 de julho de 2004 em
seu artigo 39 e no parágrafo único esclarece que:
A educação profissional integra às diferentes formas de educação, ao trabalho, à ciência e à tecnologia, conduz ao permanente desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva. O aluno matriculado ou egresso do ensino fundamental, médio e superior, bem como o trabalhador em geral, jovem ou adulto, contará com a possibilidade de acesso à educação profissional.
A LDBEN estabelece diferentes estágios de educação, que está citado na
Revista Científica Digital da Faetec (FARIA, 2008):
O nível básico que é direcionado para indivíduos que possuam qualquer nível de instrução; O nível técnico que é direcionado para discentes que estão cursando o ensino médio ou para pessoas que já possuem o ensino médio e; O nível tecnológico que é voltado somente para as pessoas que já concluíram o ensino médio.
O mercado atual precisa de trabalhadores que desempenham seu
trabalho com eficiência e as escolas precisam estar se renovando para colocar o
trabalhador no mercado de trabalho. Conforme cita Paolo Nosella (2002, p. 160).
Se do trabalhador tradicional esperava-se somente competência técnica e habilidade mecânica, pois o dirigente se incumbia do relacionamento com o ambiente onde atuava, hoje exige que a escola integre a competência técnica e a humana. Muitíssimas e rápidas, informações são necessárias, mas é necessário também possuir a capacidade subjetiva de utilizá-las criativamente.
O governo Federal por não ser o único responsável pela educação
profissional foi articulado entre o público, privado e o não governamental uma rede
de instituições de formação que inclui as escolas técnicas federais, estaduais e
municipais, o chamado S (SENAI, SENAC, SENAR, SEBRAE, SENAT, SESI). ONGs
e estabelecimentos de ensino profissional livre.
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No Paraná tem o CEFET- Centros Federais de Educação Tecnológica,
universidade especializada nessa modalidade; que oferece uma variedade de
cursos, na modalidade presencial, semi-presencial e a distância, e ainda
desenvolvem projetos de intercâmbio internacional nos países que integram o
MERCOSUL, a Comunidade de Língua Portuguesa – CPLP, e o Canadá.
A partir de 2004 o Paraná passou a ter Ensino Médio Integrado no qual
oferece cursos profissionalizantes que variam de região para região os tipos de
cursos e a duração é de quatro anos. O aluno recebe no final do curso o certificado
de conclusão de ensino médio e poderá continuar seus estudos numa faculdade, ou
fazer outros cursos de atualização, pois hoje há necessidade de estar em
permanente formação continuada.
Com o crescimento do país e a insegurança do mercado de trabalho e as
indefinições quanto ao futuro se torna um desafio trabalhar os adolescentes sobre a
orientação profissional, pois para atender as dificuldades dos alunos em todos os
processos da escolha há necessidade do envolvimento da família e a colaboração
da sociedade para melhor educar o nosso jovem a fim de melhor planejar o seu o
futuro.
2.5 PROCESSOS SELETIVOS, PARA INGRESSO O ENSINO SUPERIOR
Atualmente, há outras formas de ingresso em uma faculdade. Há exames
como o ENEM, avaliação seriada, entrevista, análise do histórico escolar, prova
agendada e prova eletrônica.
ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio é uma avaliação que tem
como finalidade avaliar o desempenho dos estudantes que terminam o ensino
médio. Algumas faculdades adotam este sistema para concorrer a uma vaga.
Vestibular Tradicional – É um exame em que o candidato resolve uma
série de questões que podem ser múltipla escolha ou discursivas e ainda fazer uma
redação. São aprovados os que obtiverem maior número de pontos. Muitas
instituições dividem o vestibular em duas fases em dias distintos. A primeira fase na
maioria com questões de múltipla escolha e é eliminatória para passar à fase
seguinte. Na segunda fase, as provas costumam ser discursivas com a finalidade de
avaliar o raciocínio do candidato e sua capacidade de organizar as respostas de
19
forma clara e objetiva. As provas de cada disciplina podem ter pesos diferentes, de
acordo com o curso escolhido.
AVALIAÇÃO SERIADA –
O objetivo desse sistema é medir o conhecimento do estudante de forma gradual e progressiva. Na maioria das vezes, o aluno faz provas no fim de cada um dos três anos do Ensino Médio. Para concorrer a uma vaga é preciso se inscrever na instituição no primeiro ano do Ensino Médio, mas a escolha da carreira é feita somente no terceiro ano. As provas são semelhantes às dos vestibulares e consistem em uma redação, testes de múltipla escolha e, em alguns casos, questões discursivas. Geralmente, o conteúdo da prova abrange apenas o que foi ensinado naquele ano, mas, em algumas instituições, ele se acumula para a prova do ano seguinte. No fim do processo, quando o aluno já fez a três provas, obtém-se uma média com os resultados de cada ano, e as vagas são preenchidas conforme a pontuação dos candidatos. Exemplos de instituições que adotam a avaliação seriada é a Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), A universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e a Universidade do Estado do Amazonas. (TAKESHI, 2011, p. 27),
AS AÇÕES AFIRMATIVAS –
São Ações através de cotas que reservam um percentual de vagas do vestibular para alunos que estudaram todo o Ensino Médio em escola pública, negros, indígenas e portadores de deficiência. Os critérios e o percentual das vagas reservadas variam uma instituição para outra. No sistema de bonificação, são acrescidos pontos na nota final de candidatos pertencentes a determinados grupos. (TAKESHI, 2011, p. 27).
A Entrevista é um método é utilizado em algumas instituições que analisam o histórico escolar e a nota do Enem ou uma redação. Por meio da entrevista, a escola avalia o interesse do candidato pelo curso e pela carreira escolhida. É usada por instituições como a Universidade Cândido Mendes (Ucam) e a Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Belo Horizonte (FasisaBH). (TAKESHI, 2011, p. 27).
ANÁLISE DO HISTÓRICO ESCOLAR conforme citado no Guia do
Estudante:
O método considera o desempenho do candidato no decorrer dos anos que compõem o Ensino Médio. Algumas instituições utilizam um sistema misto, no qual a análise do histórico escolar entra na composição da nota final do vestibular. Entre as escolas que adotam o sistema está a Universidade do Vale do Itajaí (Univali) e a Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) (TAKESHI, 2011, p. 28).
PROVA AGENDADA
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Também chamado de processo seletivo continuado, esse sistema é comum no preenchimento de vagas remanescentes. Os candidatos definem a data e o horário do exame, de acordo com um calendário proposto pela escola ou livremente. O conteúdo costuma ser o mesmo do vestibular tradicional. Exemplos de escola que aplicam a prova agendada são a Universidade Paulista (Unip) e a Universidade Anhembi Morumbi (TAKESHI, 2011, p. 28).
PROVA ELETRÕNICA
Neste tipo de seleção, os exames são feitos diretamente nos computadores da instituição. A vantagem é a rapidez na divulgação dos resultados, que geralmente saem no dia seguinte ao da realização da prova. Entre as instituições que empregam a prova eletrônica estão a Universidade de Salvador (Unifacs) e a Universidade São Francisco (USF) (TAKESHI, 2011, p. 28).
PROVAS DE HABILIDADES ESPECÍFICAS
Em alguns cursos, como parte do processo seletivo, o candidato precisa se submeter a uma prova de aptidão. Para o curso de Arquitetura, por exemplo, o candidato deve demonstrar habilidade em desenho e geometria. Para Educação Física e Esporte, o aluno passa por testes de aptidão física e habilidade motora, com exercícios de velocidade, resistência e agilidade.
2.6 ALGUMAS SUGESTÕES PARA DESENVOLVER O TRABALHO DE ORIENTAÇÃO
PROFISSIONAL NA ESCOLA
Num primeiro momento, é recomendada a realização de um questionário
para coletar informações sobre os interesses dos alunos em relação ao
prosseguimento dos estudos e quais as profissões gostariam de receber maiores
informações.
Após a aplicação do questionário e a verificação dos cursos mais
procurados pelos alunos o serviço de orientação educacional e profissional deverá
organizar um ciclo de palestras com estes profissionais. O ciclo deve ser divulgado
com antecedência pelos espaços da escola e reforçado pelos professores em sala
de aula, a fim de que os alunos percebam o empenho de toda a escola em auxiliá-lo
neste momento de escolha.
Por intermédio dos alunos convidaremos os pais a participarem de uma
reunião com convite expressamente denominando o local, dia e horário.
� Com a finalidade de expor sobre o trabalho de orientação profissional
que estará acontecendo nas dependências da escola destacando a
21
importância da família em participar nesta fase tão importante de
escolha.
Dinâmicas
� Com grupo de alunos que tenham interesse em participar de dinâmicas
e outras atividades que o levem a refletir no processo de escolha.
Caixinha de Surpresas
a) Objetivo : autoconhecimento; falar sobre si.
b) Materiais : caixinha com tampa e espelho.
c) Procedimento:
- Colocar uma música suave, e os alunos sentarem em círculos.
- Em uma caixinha com tampa deve ser fixado um espelho na tampa pelo
lado de dentro;
- O animador deve explicar que dentro da caixa tem a foto de uma pessoa
muito importante (enfatizar), depois deve passar para uma pessoa e pedir que fale
sobre a pessoa da foto, e não devem deixar claro que a pessoa importante é ela
própria.
- Ao final, o animador deve provocar para que as pessoas digam como se
sentiram falando da pessoa importante que estava na foto.
� Minha Vida pelas figuras
Objetivo dessa dinâmica de autoconhecimento é estimular os
participantes a desenvolver, confiança e flexibilidade no relacionamento
interpessoal.
Materiais: Figuras diversas (pessoas, formas, animais) de jornais;
revistas em branco e preto ou colorida.
Procedimento: Individualmente solicitar que os participantes pensem ou
escrevem a história de sua vida (familiar, afetiva, profissional) aproximadamente 10
minutos.
- Espalhar figuras pelo chão ou na mesa para que cada um procure
aquela que mais se identifica.
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Importante; nesta técnica, ter disponível muito maior número de figuras
do que participantes para que fiquem à vontade na escolha.
Dicas : Pontos de discussão
- Como você se sentiu ao realizar esta atividade?
- Como foi falar de você para o grupo?
- Como foi ouvir os colegas falando sobre suas vidas?
� Autorretrato
Esta técnica conforme destaca Spaccaquerche; Fortin (2009, p. 110):
Essa técnica funciona como um diagnóstico, e é importante o aprofundamento das respostas apresentadas, e o esclarecimento de aspectos que orientador entende como pertinentes para o autoconhecimento do orientando.
Procedimento
Entrega-se a folha para o aluno explicando que deverá preencher de
forma mais sincera possível. Pode deixar em branco o que não conseguir responder.
1 - Meu nome é_____________________________ e tenho____anos 2 - Sou uma pessoa que gosta muito de_______________________- 3 - Na escola, as matérias de que mais gosto são________________ 4 - Posso dizer que as minhas maiores dificuldades na escola foram________________________________________ 5 - Sempre sai bem em____________________________________ 6 - O que mais gosto de fazer nas horas vagas é________________ 7 - Nas férias eu costumo___________________________________ 8 - Meus pais esperam que eu_______________________________ 9 - Meus amigos costumam dizer que eu ______________________ 10 - Quanto à esportes_____________________________________ 11 - Gostaria de ter mais tempo para _________________________ 12 - Um dos meus sonhos na vida é __________________________ 13 - Daqui a 5 anos gostaria de ______________________________
� Entrevistando um profissional
O aluno poderá entrevistar um profissional da comunidade que lhe
interessa e apresentar a turma.
Algumas sugestões de perguntas ao profissional.
1- Qual é sua profissão?
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2- Qual seu grau de instrução?
3- Onde estudou?
4- Quais as principais disciplinas que é preciso estudar para exercer a
profissão?
5- Quais as principais atividades que realiza?
6- Por que escolheu essa profissão?
7- O que mais atrai na profissão?
8- E o que menos atrai?
9- Quais as características da personalidade que ajudam a desempenhar
bem essa profissão?
10- Qual o salário inicial da profissão?
11- A profissão está regulamentada?
12- No momento, qual a situação do mercado de trabalho para esse tipo
de profissional?
13- Sente-se realizado na profissão?
14- Que conselho daria aos que pretendem escolher essa profissão?
Esta entrevista tem como objetivo o aluno estar entrevistando um
profissional que lhe interessa a profissão que exerce e após apresentar para os
colegas, assim terão várias profissões que terão mais conhecimento.
� Visitas
Providenciar visitas em universidades para conhecerem o espaço e os
cursos e outros interesses que contribuirão para esclarecer possíveis dúvidas.
- Oportunizar a participação dos alunos na Feira da Profissão.
� - Sessão de vídeos ou filmes de profissão
Convidar alunos que tenham interesse em ter mais informações a respeito
de profissões a participarem em horário alternado de vídeos ou de filmes que retrata
vida do profissional no seu ambiente de trabalho ou na faculdade.
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- Globo Universidade – <http://redeglobo.globo.com.videos/globo>.
universidade; neste site podemos encontrar uma variedade de profissões que
colaboram para o jovem a ter mais esclarecimento sobre a profissão.
Outro site de fonte de pesquisa importante é
<http://guiadoestudante.abril.com.br>.
Filme: UM SONHO POSSÍVEL
História de Michael Oher (Quinton Aaron), um jovem negro morador de
rua, vindo de um lar destruído, que é ajudado por uma família branca que acredita
no seu potencial. Com ajuda do treinador de futebol de sua escola e de sua nova
família, Oher terá de superar diversos desafios a sua frente, o que também mudará
a vida de todos a sua volta.
• Questionar os alunos da importância da força de vontade para alcançar
os nossos objetivos.
Filme: DESAFIANDO GIGANTES
Nos seus seis anos como técnico de futebol americano de uma escola,
Grant Taylor nunca conseguiu levar seu time Shiloh Fagles ‘a uma temporada
vitoriosa. E ao ter que enfrentar crises profissionais e pessoais aparentemente
insuperáveis, a idéia de desistir nunca lhe pareceu tão atraente. É apenas depois de
um visitante inesperado o desafio a acreditar no poder da fé que descobre a força da
perseverança para vencer.
Induzir os alunos a refletir dos desafios que temos que enfrentar para
realizar os nossos projetos.
Ainda destaco outros filmes que auxilia os jovens adolescentes a estarem
refletindo sobre o seu futuro profissional.
• A onda
• Magnólia
• O Lutador
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• Uma Verdade Inconveniente
• Antes da Chuva
• Eles não usam Blac Tee
AVALIAÇÃO FINAL
Através de um questionário com perguntas sobre o que acharam das
atividades realizadas se elas contribuíram para esclarecer as dúvidas e se ajudou na
tomada de decisão para seu planejamento de vida acadêmica e quais as sugestões
para melhorar o trabalho de orientação profissional.
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27
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