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FICHA PARA CATÁLOGO
Título: JOGOS E BRINCADEIRAS E A INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL NO ENSINO FUNDAMENTAL
Autor Iria Gelain
Escola de Atuação Colégio Estadual Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco Ensino Fundamental e Médio
Município da escola Cascavel
Núcleo Regional de Educação
Cascavel
Orientador Prof. Dr. Douglas Roberto Borella
Instituição de Ensino Superior
Unioeste – Campus de Marechal Cândido Rondon
Disciplina/Área (entrada no PDE)
Educação Física
Produção Didático-pedagógica
Unidade Didática
Relação Interdisciplinar
Público Alvo Alunos da 6ª série C
Localização
Colégio Estadual Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco Ensino Fundamental e Médio Rua Euclides da Cunha, 405 - Parque São Paulo 85.803-770 - Cascavel- PR
Apresentação:
Observamos em nossa docência que na maioria das atividades práticas nas aulas de Educação Física, o aluno com deficiência visual fica excluído das atividades. Acreditamos que este fato se deve, muitas vezes, pela falta de preparo e qualificação dos docentes para lidar com as diferenças. Este trabalho tem por objetivo proporcionar jogos e brincadeiras, a fim de contribuir com a inclusão de alunos com deficiência visual em aulas de Educação Física no Ensino Fundamental. Caracteriza-se como um trabalho descritivo exploratório. A implementação acontecerá por meio de aulas práticas, nas quais serão utilizadas estratégias metodológicas que possibilitarão a inclusão através de brincadeiras, jogos da cultura popular, jogos cooperativos, sensoriais e motores, os quais serão adaptados para atender às características da turma na tentativa de prover uma educação inclusiva. O instrumento para coleta de dados será um questionário, visando a contribuição dos Jogos e Brincadeiras como ferramentas de inclusão nas aulas de Educação Física. A população para o referido estudo será composta pelos alunos do Colégio Estadual Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco - Ensino Fundamental e Médio, cuja amostra dar-se-á, por todos os alunos da 6ª série C, onde se encontra inserido,
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um aluno com deficiência visual, perfazendo um total de 22 alunos sendo 14 do gênero masculino e 08 do gênero feminino, com idades entre 11 e 14 anos. Assim, este estudo pretende contribuir com ações pedagógicas para auxiliar professores de educação física no que se trata de uma educação para todos.
Palavras-chave (3 a 5 palavras)
Inclusão, Deficiência Visual, Educação Física, Jogos e Brincadeira
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO DE CASCAVEL
IRIA GELAIN
JOGOS E BRINCADEIRAS E A INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA
VISUAL NO ENSINO FUNDAMENTAL
CASCAVEL
2011
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO DE CASCAVEL
IRIA GELAIN
JOGOS E BRINCADEIRAS E A INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA
VISUAL NO ENSINO FUNDAMENTAL
Unidade Didático-Pedagógica Apresentado como um requisito do PDE - Programa de Desenvolvimento Educacional 2010/2011, ofertado pela Secretaria de Estado de Educação do Paraná. Orientador prof. Dr. Douglas Roberto Borella da Universidade do Oeste do Paraná, UNIOESTE – Campus Marechal Candido Rondon – Paraná.
CASCAVEL
2011
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 3
2 OBJETIVO DA UNIDADE DIDÁTICA ...................................................................... 4
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................... 4
3.1 ESCOLA INCLUSIVA ............................................................................................ 5
3.2 EDUCAÇÃO INCLUSIVA ...................................................................................... 5
3.3 EDUCAÇÃO INCLUSIVA E DEFICIÊNCIA VISUAL ............................................. 6
3.4 EDUCAÇÃO FÍSICA INCLUSIVA – JOGOS E BRINCADEIRAS. ......................... 7
3.5 CONTEÚDO - JOGOS E BRINCADEIRAS ........................................................... 8
4 ATIVIDADES ............................................................................................................ 9
4.1 PLANO DE AULA I .............................................................................................. 10
4.2 PLANO DE AULA II ............................................................................................. 11
4.3 PLANO DE AULA III ............................................................................................ 13
4.4 PLANO DE AULA IV ........................................................................................... 14
4.5 PLANO DE AULA V ............................................................................................ 16
4.6 PLANO DE AULA VI............................................................................................ 17
4.7 PANO DE AULA VII ............................................................................................ 19
4.8 PLANO DE AULA VIII.......................................................................................... 20
4.9 PLANO DE AULA IX ........................................................................................... 21
4.10 PLANO DE AULA X........................................................................................... 22
4.11 PLANO DE AULA XI.......................................................................................... 24
4.12 PLANO DE AULA XII......................................................................................... 25
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 27
DADOS DE IDENTIFICACAO
NOME PROFESSORA PDE: Iria Gelain
DICIPLINA: Educação Física
IES: Unioeste - Campos Marechal Candido Rondon, PR
ORIENTADOR: Douglas Roberto Borella
TEMA DE ESTUDO
A inclusão de alunos com Deficiência visual nas aulas de Educação Física por
meio de jogos e brincadeiras.
TÍTULO
Jogos e Brincadeiras e a Inclusão de Alunos com Deficiência Visual no Ensino
Fundamental.
TIPO DE PRODUÇÃO DIDÁTICO - PEDAGÓGICO
Unidade - Didática
PÚBLICO
Alunos
1 INTRODUÇÃO
Pode-se observar nas atividades docentes que na maioria das atividades
práticas nas aulas de Educação Física, o aluno com deficiência visual fica excluído
das atividades realizadas pela turma.
De acordo com Leonardo, Bray e Rossato (2009, p. 298), este fato se deve
muitas vezes, pela falta de preparo e qualificação dos docentes para lidar com as
diferenças. Este despreparo está diretamente relacionado a políticas estanques e
fragmentárias em que há preocupação apenas em suprir algumas partes ou esferas
da inclusão sem, no entanto, considerar que, para a efetivação dessa parte,
deveriam funcionar, pelo menos, algumas partes, para não dizer o todo. Além da
falta de medidas qualificadoras e de orientação aos professores, há a falta de
materiais diferenciados para a prática da educação física, livros em braile, sem falar
na infra-estrutura precária, ou seja, a falta de adequação do espaço físico como
rampas, pisos antiderrapantes, portas mais largas, banheiro adaptado, corrimão e
adaptações no mobiliário.
Nessa perspectiva, o Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), vem
oportunizar o docente a desenvolver pesquisas e estudos, os quais ajudarão a sanar
ou ao menos reduzir tais problemas que fazem com que esses alunos sintam-se
excluídos.
A inclusão no processo educativo de pessoas com necessidades
educacionais especiais, seja ela física ou intelectual, é hoje um desafio para toda a
comunidade escolar, porém, ela está assegurada nas leis de diretrizes e bases da
educação nacional a partir da resolução federal do Conselho Nacional de
Educação/Câmara de Educação Básica nº 2, de 11 de setembro de 2001. Assim
aumentado o número de alunos com deficiência nas escolas.
Portanto, essa unidade didática pretende oferecer uma prática de ensino que
venha contribuir e auxiliar o professor de Educação Física que atua em turmas em
que há alunos com deficiência visual, uma vez que se trata de educação para todos.
Essa prática de ensino consiste em utilizar a técnica da “tutoria” dentro de do
conteúdo específico jogos e brincadeiras. Para Soler (2006, p. 34) “o jogo e a
brincadeira permite a participação de todos, independentes das habilidades que
possuem, vindo de encontro com a proposta de inclusão”. A estratégia do emprego
da “tutoria” implica na disponibilidade de um colega da turma sem deficiência
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(Colega Tutor) auxiliar o aluno com deficiência, a receber um maior número de
instruções verbais e ou orientações espaciais e do tato, facilitando a participação no
processo ensino aprendizagem.
Neste pensar, escola precisa beneficiar com a aprendizagem, todos os
alunos, visando uma educação inclusiva na qual, os educandos sejam respeitados e
aceitos independentes de suas limitações físicas ou intelectuais, resultando numa
sociedade menos discriminatória e mais humana.
2 OBJETIVO DA UNIDADE DIDÁTICA
Contribuir com a Educação Inclusiva nas aulas de Educação Física no ensino
fundamental, em turmas onde houver alunos com deficiência visual, por meio do
conteúdo Jogos e Brincadeiras, utilizando a estratégia metodológica da tutoria
(colega tutor). Também contempla quinze planos de aula com o propósito de auxiliar
os demais profissionais da área, contendo atividades que serão vivenciadas pelos
alunos, e ajustadas de acordo com a especificidade da turma, objetivando a
participação de todos independente de suas limitações.
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A presente proposta objetiva auxiliar os professores da área da Educação
Física com alternativas que favoreçam novas práticas, utilizando como conteúdo
jogos e brincadeiras, em turmas que apresentem as características já descritas
anteriormente, na tentativa de contribuir para efetivar a educação inclusiva e com o
propósito de formar uma sociedade menos discriminatória e excludente.
O estudo em questão está fundamentado em: Monteiro (2009), Diehl (2008),
Diretrizes Curriculares do Paraná (2008), Aguiar e Duarte (2005), Cavallari (2001),
Aguiar (2004) e Soler (2006).
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3.1 ESCOLA INCLUSIVA
Entende-se que, para trabalhar com as diferenças, não basta regulamentar a
inclusão através de Leis, também é necessário proporcionar condições na sua
estrutura física e pedagógica proporcionando ensino de qualidade. Para uma escola
inclusiva, que vise o ensino para todos, e que as necessidades dos alunos sejam
atendidas nas suas especificidades, é preciso que os currículos e estratégias
metodológicas, bem como as condições atuais da maioria das escolas sejam
reestruturados.
Mudanças essas, como o projeto político pedagógico que contemple o
princípio da inclusão que as “escolhas curriculares e as práticas em sala de aula,
devam encorajar a todos os alunos a participarem cooperativamente como membros
da construção de uma nova sociedade”. (MORIN apud MONTEIRO, 2009, p.12).
Quando toda a comunidade escolar se propõe a compreender e aceitar
naturalmente as diferenças estamos mudando o pensar e o agir dos alunos,
contribuindo para uma sociedade menos preconceituosa, mais compreensiva e mais
solidária, beneficiando a todos.
Vindo de encontro com o pensamento de Stainback e Stainback (apud
MONTEIRO, 2009, p.17), uma escola inclusiva:
[...] significa que todos os alunos recebem oportunidades educacionais adequadas, que são desafiadoras, porém ajustadas às suas habilidades e necessidades, recebem todo o apoio e ajuda de que eles e seus professores possam, da mesma forma, necessitar para alcançar sucesso nas principais atividades.
3.2 EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Para a educação inclusiva acontecer de fato, é imprescindível que o professor
ministre suas aulas com metodologias nas quais os conteúdos sejam compreendidos
por todos os alunos, sabendo que cada indivíduo constrói seu próprio saber, sem
querer nivelá-los, respeitando as diferenças e a dignidade de todos. Partindo dessa
idéia, os professores estarão ensinando a todos, sem ter a pretensão de que todos
sejam iguais.
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Uma inclusão responsável exige uma constante avaliação da qualidade dos
serviços prestados, mesmo em escolas comuns, pois, se esta vier trazer prejuízo
para alguma das partes, as consequências poderão ser desastrosas, porém, se
houver a dedicação e esforço de todos os envolvidos, os benefícios serão
incalculáveis.
Monteiro (2009, p.16), afirma que com a educação inclusiva podemos pode-
se ter muitos benefícios entre os aprendizes, por exemplo:
Alunos com deficiência:
Aprendem a gostar da diversidade; Adquirem experiência direta com a variedade de capacidades humanas;
Demonstram crescente responsabilidade e melhor aprendizagem através do trabalho em grupo, com outros deficientes ou não; Ficam mais bem preparados para a vida adulta em sociedade diversificada, entendem que são diferentes, mas não inferiores. (MONTEIRO, 2009, p.16).
Para os estudantes sem deficiência:
Têm acesso a uma gama bem mais ampla de papéis sociais;
Perdem o medo e o preconceito em relação ao diferente; Desenvolvem a cooperação e a tolerância; Adquirem senso de responsabilidade e melhoram o desempenho escolar; São mais bem preparados para a vida adulta porque desde cedo assimilam que as pessoas, as famílias e os espaços sociais não são homogêneos e que as diferenças são enriquecedoras para o ser humano. (MONTEIRO, 2009, p.16).
3.3 EDUCAÇÃO INCLUSIVA E DEFICIÊNCIA VISUAL
Quando nos deparamos com aluno com deficiência visual o primeiro passo é
procurar informar-se sobre o desenvolvimento dessa pessoa para que se possa
entender e estimular de forma adequada o seu desenvolvimento motor, cognitivo e
sócio-afetivo.
Segundo Conde (apud DIEHL, 2008, p. 66). A falta de vivência motora
interfere em seu relacionamento motor cognitivo e perceptivo. Para entender sobre
deficiência visual Diehl (2008, p.61) afirma que “A criança privada da capacidade de
enxergar sente curiosidade e procura satisfazê-la. Porém, em vez de utilizar a visão,
sua atenção será desviada para o som, servindo-se da audição para desvendar sua
cinesfera espacial”.
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Nesse contexto, é indispensável que o professor conheça as especificidades
e limites da deficiência dos educandos, facilitando assim o seu trabalho na
perspectiva de incluí-los nas atividades da sua aula, utilizando de estímulos
adequados, bem como de estratégias metodológicas diferenciadas que venham ao
encontro dessas necessidades, proporcionado-lhes ensino de qualidade onde lhes
oportunizarão desenvolvimento cognitivo, motor e sócio-afetivo.
Segundo Diehl (2008, p. 67):
A pessoa cega pode ter uma percepção auditiva e tátil aguçada (por necessitar mais desses órgãos do sentido). Sendo assim, seu desenvolvimento motor é estimulado por meio de informações sensoriais, sonoras e táteis. O movimento é percebido pela criança cega através do toque (sentido sinestésico) e de orientações sonoras. A estimulação de suas capacidades sensoriais (auditiva e tátil) é fundamental para seu desenvolvimento intelectual, social e físico.
O aluno com deficiência visual, numa sala de aula, fica em desvantagem em
relação aos demais alunos, não pela cegueira em si, mas sim, por falta de estímulos
dos sentidos. Conde (apud DIEHL, 2008, p. 67) ressalva que: “a defasagem
cognitiva é um situação conjuntural e não estrutural do desenvolvimento da pessoa
cega”.
Muitas vezes, por falta de conhecimento dos pais e professores, a criança
com deficiência visual, não é estimulada suficientemente no que se refere ao
estímulo motor, auditivo e tátil desde o nascimento, comprometendo assim seu
desenvolvimento psicomotor.
3.4 EDUCAÇÃO FÍSICA INCLUSIVA – JOGOS E BRINCADEIRAS.
Segundo Aguiar e Duarte (2005, p.228).
Com o princípio da inclusão, a Educação Física escolar deve ter como eixo fundamental o aluno e, sendo assim, deve desenvolver as competências de todos os deiscentes e dar as mesmas condições para que tenham acesso aos conteúdos que propõe, com participação plena, adotando para tanto, estratégias adequadas, evitando a exclusão ou alienação.
A escola deverá proporcionar um desenvolvimento dinâmico e integral que
venha a favorecer a construção e o acesso ao conhecimento promovendo assim a
responsabilidade, a autonomia, a cooperação, a criticidade e a responsabilidade.
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O professor de Educação física deverá propiciar o desenvolvimento e
aperfeiçoamento motor de seu aluno onde se encontra a força muscular, a
velocidade, a resistência, a flexibilidade corporal, fazendo adaptações e criando
situações de maneira que venha a facilitar a sua participação, sempre visando todas
as possibilidades favoráveis à inclusão, concordando com o pensamento de
(GALLARDO, 2004). Para enfrentar os desafios da inclusão, o professor de
Educação Física, necessita estar sempre buscando novos conhecimentos,
integrando às atividades que venham proporcionar a oportunidade de rir, brincar,
competir e cooperar, através das habilidades motoras, acordando com o
pensamento de Diehl (2008, p. 74), visando um aprendizado onde os alunos sejam
capazes de interagir com as diferenças.
Porém, para que esta prática se efetive há a necessidade da aceitação por
parte dos demais alunos, os quais também serão beneficiados no que tange ao
desenvolvimento pessoal, podendo assim, tornar-se mais cooperativos e tolerantes e
a medida que irão desenvolvendo a sensibilidade pelas diferenças individuais,
tornar-se ao menos preconceituosos vindo a valorizar mais a si próprio e as
pequenas coisas do cotidiano.
3.5 CONTEÚDO - JOGOS E BRINCADEIRAS
Na linguagem popular, jogos e brincadeiras têm o mesmo significado,
segundo (CAVALLARI, 2001) a brincadeira se caracteriza por uma atividade
voluntária, espontânea, improdutiva e auto-organizada, tem características lúdicas e
criativas, nem sempre apresenta evolução regular no seu desenvolvimento,
vivenciada com ou sem norma, marcada principalmente para a imaginação intensa,
e não tem final pré-determinado.
Porém, segundo o mesmo autor, o jogo é uma atividade humana com
características lúdicas e recreativas, mas apresentam uma evolução regular de
desenvolvimento, ou seja, tem início, meio e fim.
Os jogos e brincadeiras nesse trabalho de pesquisa e implementação são
utilizados nas aulas de Educação Física, como instrumento metodológico facilitador
da educação inclusiva de aluno com deficiência visual. Segundo as Diretrizes
Curriculares (PARANÁ, 2008, p. 67), ”Os jogos e brincadeiras como conteúdo
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estruturante ou como complementar, compõe um conjunto de possibilidades que
ampliam a percepção e interpretação da realidade”.
De acordo com o exposto acima, em relação aos jogos e brincadeiras, as
suas características de prazer, liberdade de ações e decisões, propiciam a
socialização, a cooperação, a autoconfiança e a formação de conceitos nos alunos.
Silva (apud AGUIAR, 2004, p. 28), em seu estudo, “analisa o jogo como modelador
de atitudes, como estratégia para o desenvolvimento motor e como meio para a
socialização e o desenvolvimento cognitivo”.
Uma vez que o aluno já está inserido num contexto social onde se faz
presente o lúdico, nada mais natural do que incorporá-los nas aulas de educação
física, valorizando assim, as manifestações corporais próprias do ambiente cultural,
visando contribuir para o desenvolvimento motor, afetivo, psicossocial e cultural.
Para isso, utilizar jogos da cultura popular, de tabuleiro, motores, sensoriais, pré-
desportivos e cooperativos irá promover a integração e socialização dos educandos,
efetivando assim, a educação inclusiva.
Somando a tudo isso, compreende-se que jogando e brincando também se
aprende a respeitar e a conviver com o outro, com o diferente e ser capaz de
posicionar-se frente a um mundo mais humano.
4 ATIVIDADES
A implementação desse estudo se desenvolverá num período de trinta e duas
horas aula, porém, nessa unidade didática será realizada uma amostra de doze
planos de aulas que são fundamentados na Educação Inclusiva, adequando jogos e
brincadeiras e utilizando a estratégia da Tutoria (colega tutor). Como sugestão, a
utilização da estratégia da tutoria pode ser aprofundada pesquisando no artigo de
Patrícia d’Azevedo Orlando - Inclusão e a Educação Física: Colega Tutor como
Estratégia de Ensino.
Após a aplicação de cada plano de aula será relatado como transcorreu o
desenvolvimento da aula, se todos os alunos participaram, como foi a aceitação das
atividades, se necessitou modificações na metodologia quais e por que, cujo
resultado será apresentado no artigo final.
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4.1 PLANO DE AULA I
Objetivos:
Colocar os alunos a par do trabalho de implementação;
Proporcionar momentos de reflexão sobre a importância da inclusão.
Explicar em detalhes sobre o papel do “colega tutor”.
Materiais:
Giz.
Atividades:
Informações sobre o trabalho de implementação da inclusão de alunos
com deficiência visual;
Conceituar e caracterizar o papel do “colega tutor”;
Práticas de como guiar uma pessoa com deficiência visual;
Orientação pela fala;
Orientação sinestésica, do movimento.
Método:
Informar aos alunos sobre o trabalho de implementação os quais, serão
utilizadas metodologias diferenciadas sempre objetivando a participação de todos, e
dize-lhes que há necessidade de colaboração para que tais objetivos sejam
alcançados.
Serão colocadas informações básicas para que todos os alunos possam
ajudar o colega com deficiência visual e desempenhar o papel de “colega tutor” que
se caracteriza como cooperador e ajudante. Segundo Orlando (2007), não oferece
riscos para ambos, por tanto os dois participarão das aulas de Educação Física,
porém, com um recurso facilitador, e todos serão oportunizados a atuar como
“colega tutor”.
Na orientação verbal, a fala precisa ter clareza no que se quer transmitir,
sempre ao ajudar o colega com deficiência visual precisa saber se a pessoa aceita e
quer ser ajudado. Quando se aproximar do colega a ser auxiliado o auxiliando
deverá identificar-se e ao afastar-se também avisá-lo para que este não fique
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falando sozinho. Tratar o colega da forma mais natural possível e, sempre que
precisar, oferecer-lhe ajuda.
Orientação sinestésica: Quando o aluno com deficiência visual não tem o
conceito de determinado movimento, far-se-á necessário que o “colega tutor” ajude-
o, a fazer o movimento uma vez que, incorporado, este corresponderá através da
orientação verbal e também outra maneira de perceber o movimento é pelo tato.
Orientações de como guiar o colega com deficiência visual através de
demonstração: Os alunos em duplas um de olhos vendados vivenciarão a
experiência de guiar o colega se deslocando pela sala. O aluno com deficiência
visual antes de iniciar a aula de educação física deverá ser orientado a respeito da
locomoção no espaço e sobre os objetos nele existente, evitando mudá-los de lugar
sem avisá-lo.
Abrir espaço para que o aluno com deficiência visual fale sobre como gostaria
de ser orientado e ajudado, assim facilitará o trabalho do “colega tutor”, bem como
do professor no processo ensino-aprendizagem.
Será sugerido que todos vivenciem a experiência de ajudar o colega e ser
“colega tutor”, pois, em todas as aulas haverá necessidade deste. Questionar se
entendeu, se alguém já presta esse tipo de ajuda e se o aluno com deficiência visual
gostou da idéia de ser ajudado pelo “colega tutor”.
Na sequência será feito uma dinâmica onde os alunos serão dispostos numa
fileira e o professor ordena que em trinta segundos se coloquem da direita pra
esquerda obedecendo as seguintes ordens: ordem alfabética pelo nome, pela dia do
aniversário, a fruta que mais gosta, mês que nasceu e o jogo que mais gosta etc.
Promover conversação sobre a dinâmica dizer-lhe que tudo isso são
diferenças e que nós todos somos diferentes e para uma melhor convivência
devemos aceitar e respeitar o outro.
4.2 PLANO DE AULA II
Objetivos:
Estimular o desenvolvimento da coordenação motora, lateralidade, noção
de tempo e espaço;
Oportunizar o desenvolvimento da criatividade e trabalho em grupo e o
prazer de brincar e jogar;
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Estimular o sistema auditivo;
Estimular a cooperação, sociabilidade, auto - estima.
Materiais:
Petecas com e sem guizo, cordas, cones, saquinhos de areia, arcos,
vendas.
Atividades:
Aquecimento;
Brincar com a peteca;
Variações da brincadeira e jogo;
Parecer avaliativo através de questionamentos.
Método:
Introduzir o jogo da peteca, perguntando se conhecem e se já jogaram, onde
e como surgiu o jogo da peteca.
Aquecimento: Alunos dispostos livremente no espaço em duplas de mãos
dadas andando pelo espaço e ao comando do professor: apressar o caminhar,
trotar, mudar a direção, para direita, para esquerda para trás, seguindo em frente.
Brincar com a peteca: Uma peteca para cada dupla, um aluno da dupla de
posse da peteca brinca com a peteca lançando-a, da palma da mão direita para a
palma da mão esquerda, só com a mão esquerda, idem com a esquerda, sem deixar
cair, quando cair passa a vez para o colega, que executa a mesma seqüência.
Deslocar-se equilibrando a peteca na palma da mão, no dorso da mão, sobre os
ombros, na cabeça, nos ombros nas costas, no nariz, etc.
O aluno com deficiência visual fará o mesmo exercício porém, utilizando a
peteca com guizo e o auxilio do colega tutor.
Variação: Pedir para que a dupla crie uma brincadeira com a peteca, de
forma que envolva a dupla. Após determinado tempo, pedir para que todos façam à
mesma brincadeira, porém, com os olhos vendados.
Jogo com a peteca: Duas duplas se unem para formar um grupo o qual tem
a tarefa de criar um jogo com suas próprias regras, como: área de jogo, que situação
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será considerado ponto, o modo que tem que ser rebatida à peteca, limites de
pontos. O aluno com deficiência visual estará envolvido com a ajuda do colega tutor.
Além da peteca são apresentados diversos materiais para auxiliá-los na organização
do jogo, como rede, cordas, cones, saquinhos de areia, arcos, vendas.
Variação: Depois de um tempo trocar as duplas de forma que todos tenham
oportunidade de jogar com todas as duplas, para que haja integração.
Abrir para questionamentos. Perguntar se foi legal; que dificuldades
encontraram; se tiveram dificuldades e se foi possível brincar com a peteca mesmo
não enxergando.
4.3 PLANO DE AULA III
Objetivos:
Oportunizar o aprendizado da movimentação dos peões;
Desenvolver raciocínio e concentração;
Oportunizar a socialização e cooperação;
Estimular o lúdico.
Materiais:
Tabuleiro do jogo de xadrez normal e jogo de xadrez adaptado para
pessoa com deficiência visual.
Atividades:
Comentar o Histórico do Xadrez;
Jogo batalha de peões;
Jogo gato e rato;
Avaliação participativa através de questionamentos.
Método:
Questionar os alunos se conhecem o jogo de Xadrez e se sabem jogar. Dizer-
lhes que os jogos batalha dos peões e gato e rato são jogos pré-desportivos que vão
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auxiliar na aprendizagem do xadrez. Comentar sobre a história do xadrez, onde e
como surgiu.
Para ambos os jogos, os alunos são agrupados em trios, enquanto dois jogam
o terceiro fica como observador. O observador tem a função de observar as jogadas
para que as regras sejam cumpridas e fazer as anotações devidas. Após cada
jogada concluída, troca-se o observador, de forma que todos joguem contra todos do
trio.
O jogo batalha dos peões consiste em que o tabuleiro tenha casa clara lado
direito e cada aluno tem que colocar seus oito peões na primeira fila tendo como
objetivo fazer com que o maior número de peões atravesse o tabuleiro, utilizando o
movimento dos peões, para frente e captura na diagonal próxima. Toda a vez que
dois peões se encontram de frente e ficam trancados, consequentemente, não
podem seguir em frente. Vence a partida o aluno que consegue deslocar o maior
número de peões para o lado oposto do tabuleiro.
Obs: O peão desloca-se para frente, podendo capturar na diagonal não
podendo recuar.
O jogo gato e rato consiste em ter além do tabuleiro 4 peões brancos e 1
peão preto. Um aluno representa o rato (peão preto) e o outro aluno representa os
gatos (peões brancos). O objetivo do rato é atravessar para o lado oposto do
tabuleiro e o objetivo dos gatos é impedi-lo. Para o desenvolvimento do jogo, cada
aluno joga um lance por vez. O rato (peão preto) pode se movimentar para frente e
para trás, mas os gatos (peões brancos) não podem retroceder.
O grupo que está o aluno com deficiência visual utilizará o tabuleiro adaptado
e os colegas que jogam com ele estarão com os olhos vendados. Quando o aluno
com deficiência visual for o orientador confere as jogadas com o toque. Questionar
se gostaram, se tiveram dificuldades e quais as dificuldades. Os alunos que ficaram
com os olhos vendados como se sentiram.
4.4 PLANO DE AULA IV
Objetivo:
Proporcionar cooperação, socialização e ludicidade;
Oportunizar o desenvolvimento de habilidades motoras, óculo manuais,
tempo e espaço;
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Colocar-se na condição do aluno com deficiência visual.
Materiais:
Toalhas de banho;
Bolas de voleibol;
Bola com guizo;
Vendas.
Atividades:
Aquecimento.
Rebater a bola;
Vôlei toalha.
Variação: olhos vendados.
Avaliação participativa através de questionamentos.
Método:
Voleibol toalha é um jogo cooperativo que surgiu de uma variação do
voleibol. Questionar se conhecem se já jogaram.
Os alunos são divididos em grupos de quatro pessoas. Cada grupo com uma
toalha e uma bola. O grupo do aluno com deficiência visual utiliza a bola com guizo e
auxílio dos demais colegas.
Aquecimento; brincar com a bola: Cada aluno deve segurar numa das
pontas da toalha com o objetivo de impulsioná-la para o alto e recuperá-la com
movimentos consecutivos, sem deixá-la cair, ao sinal do professor a mesma
atividade se deslocando.
Rebatera bola: Um grupo de frente para outro rebaterão a bola sem deixar
cair; idem em deslocamento. Os grupos que são parceiros dos grupos que tem
alunos com deficiência visual terão um aluno com os olhos vendados.
Variação: Grupos formando uma coluna lançam a bola de um grupo para o
outro assim sucessivamente.
Variação: Em colunas, os primeiros alunos rebaterão as bolas passando por
cima de uma rede de voleibol ou corda para os alunos da coluna que estará do outro
lado.
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Jogo vôlei toalha: Os grupos formam duas equipes, uma em cada lado da
rede para assim jogar voleibol adaptado.
Variação: cada grupo terá um aluno com venda nos olhos, menos o grupo
que tem aluno com deficiência visual.
Questionar como os alunos se sentiram, se gostaram, se foi fácil ou difícil,
quais as dificuldades, qual a sensação de jogar sem enxergar.
4.5 PLANO DE AULA V
Objetivos:
Proporcionar a cooperação, socialização e iniciativa;
Oportunizar a tomada de decisão;
Estimular o desenvolvimento da agilidade e destreza;
Oportunizar o trabalho em grupo.
Avaliação participativa através de questionamentos.
Materiais:
Papel colorido e objetos pequenos como canetas, pincéis, bolinhas, etc
Atividades:
Esconde - esconde em grupos;
Caça-objetos;
Avaliação participativa através de questionamentos.
Método:
Questiona-se os alunos se já brincaram de esconde-esconde, sua origem.
Aquecimento: Alunos dispostos em círculo seguirão os seguintes comandos
do professor; quatro passos à direita, para frente, para o centro, para trás, lado
esquerdo, idem de mãos dadas acelerando o ritmo.
Esconde-esconde em grupos. Alunos serão divididos em cinco grupos, um
aluno de cada grupo representará o "fugitivo", devendo afastar-se dos demais e
esconder-se pelo ambiente. Ao sinal do professor os demais o procurarão. Quando
um fugitivo é capturado será levado até um ponto determinado, em seguida partirá
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para procurar outro fugitivo. Vencerá a equipe que conseguir capturar mais fugitivos.
O aluno com deficiência visual participa normalmente com a ajuda do colega tutor, e
cada grupo terá um aluno com os olhos vendados.
Variação: Será determinado um tempo para a captura dos fugitivos. Marcará
pontos a equipe que o fugitivo não foi capturado, também a equipe que captura.
Caça aos objetos: Um grupo terá que esconder um determinado número de
objetos, os demais grupos terão um tempo pré-determinado para encontrá-los.
Somarão um ponto para a equipe a cada objeto que encontrar. Os que não forem
encontrados, os pontos irão para a equipe que escondeu os objetos. Vence a
gincana o grupo que somar mais pontos. O aluno com deficiência visual participa
normalmente auxiliado pelo colega tutor.
Obs: As brincadeiras acima serão desenvolvidas em forma de gincana.
Questionar os alunos; se gostaram; tiveram dificuldades e quais as
dificuldades.
4.6 PLANO DE AULA VI
Objetivos:
Proporcionar aos alunos capacidade de pensar e trabalhar em grupo;
Oportunizar formas para que os alunos vivenciem a deficiência visual;
Auxiliar no desenvolvimento da coordenação motora, agilidade, atenção e
concentração.
Materiais:
Bola de basquete, de handebol e de borracha;
Arcos, cordas, vendas, latinhas e giz.
Atividades:
Alongamento;
Arremesso ao alvo;
Variação: com olhos vendados;
Variação: com deslocamentos;
Variação: em forma de brincadeira ou jogo;
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Avaliação participativa através de questionamentos.
Método:
Questionar os alunos perguntando; se sabem o que é arremesso; se já
brincaram; se conhecem uma brincadeira e ou jogo que tenham arremesso.
Aquecimento: alunos em círculo farão exercícios de alongamento de braços,
pernas, ombros, pescoço, quadril e coluna ministrados pelo professor o aluno com
deficiência visual será auxiliado pelo colega tutor.
Arremesso ao alvo: Alunos serão dispostos em fila, numa distância
aproximada a oito metros da linha de fundo, de posse de uma bola de borracha ou
de handebol, arremessar com o objetivo da bola ultrapassar a linha de fundo da
quadra. Se todos os alunos conseguirem sem nenhuma dificuldade será aumentada
à distância, dificultando sempre mais. Pode-se pedir para que arremessem com a
mão esquerda, direita ou com as duas mãos.
Variação: Idem com os olhos vendados.
O aluno com deficiência visual antes de começar a atividade faz o
reconhecimento do espaço com a ajuda do “colega Tutor”.
Beliche adaptado: Alunos dispostos em duplas um de olhos vendados, que
arremessarão a bola rolando com a finalidade de derrubar o maior número possível
de garrafas “pet” que estarão alinhadas numa distância de sete metros
aproximadamente. Os colegas que não estarão vendados farão o papel do “colega
tutor”. O desafio será fazer com que derrubem o maior número possível de garrafas,
será feito à inversão dos papéis.
Os alunos são divididos em quatro grupos, cada grupo criará uma brincadeira
ou jogo que tenha o objetivo de arremessar ao alvo com o apoio de arcos, cordas,
vendas, bolas, bolas com guizo, latinhas com pedrinhas dentro, deforma que todos
do grupo participem. Os alunos criarão suas próprias regras. Em todas as atividades
o aluno com deficiência visual estará participando nas ações com a ajuda do “colega
tutor”.
Questionar os alunos; se gostaram; se tiveram dificuldades, quais.
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4.7 PANO DE AULA VII
Objetivos:
Estimular o desenvolvimento da agilidade, destreza, coordenação motora;
Proporcionar oportunidade de cooperação;
Oportunizar a melhora da noção de tempo e espaço.
Materiais:
Bolas, bolas com guizo e giz.
Atividades:
Aquecimento;
Beisebol adaptado;
Avaliação participativa.
Método:
Aquecimento: Alunos serão divididos em dois grupos os quais formarão uma
coluna com as mãos nos ombros dos colegas simulando trenzinho, se deslocarão
pela quadra, hora andando, hora trotando, hora correndo conforme o ritmo do
primeiro da coluna imitando o trem. Os dois grupos não poderão se chocar.
Beisebol adaptado: Os mesmos grupos comporão as duas equipes, um
grupo terá o aluno com deficiência visual, o outro, um aluno com os olhos vendados.
Um grupo formará uma coluna, equipe dos batedores. A outra equipe será formada
pelos alunos das bases e os recolhedores. O lançador lançará a bola rolando e o
batedor chutará a bola o mais longe que puder, assim que chutar sairá correndo ao
redor das bases até chegar à base que saiu a bola, isto é onde estiver o lançador.
Alguém que estiver mais próximo da bola, da equipe dos recolhedores, deverá
dominá-la e passá-la com o pé, como no futsal, para a base mais próxima o mais
rápido possível para assim faze-la chegar o mais rápido possível, pois é pontuada a
equipe que chegar antes na base da saída da bola.
Obs: a bola não poderá ser tocada com as mãos, somente com o pé. O aluno
com deficiência visual será auxiliado pelo “colega tutor”. A equipe contaria do aluno
com deficiência visual terá alguém com os olhos vendados.
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Inversão de papéis: Os batedores passarão a ser recolhedores vice-versa.
Fazer questionamentos: Perguntar se gostaram, se tiveram dificuldades e
quais foram elas.
4.8 PLANO DE AULA VIII
Objetivos:
Estimular o sistema auditivo.
Desenvolver a resistência cardiorrespiratória, aeróbica e anaeróbica.
Facilitar a cooperação e a alegria de brincar.
Materiais:
Bola com guizo, seis mini-traves e cordas.
Atividades:
Aquecimento.
Fut-par nos três lados.
Avaliação participativa.
Metodologia:
Aquecimento: Os alunos serão dispostos em grupos de quatro integrantes
segurando uma corda com uma das mãos em fila, um grupo será pegador que ao
sinal correrá em perseguição aos demais grupos que serão os fugitivos, o grupo que
for pego será o pegador. Os grupos que tiverem aluno com deficiência visual terão
um aluno com venda nos olhos.
Fut-par nos três lados: Alunos em duplas, um deles com venda nos olhos,
formarão duas equipes, uma em cada lado da quadra, o jogo terá as mesmas regras
do futsal, porém terá a opção de fazer gol em três lugares, no fundo e nos lados da
quadra haverá três mini-traves em cada lado, porém, não haverá goleiro. Os alunos
de olhos vendados passarão e chutarão a bola, mediante o comando dos seus pares
que os ajudarão na recepção. Após um determinado tempo, far-se-á a inversão dos
papéis.
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Abrir para sugestões: Será dado um tempo para que cada grupo crie uma
variação, onde todos deverão participar.
Avaliação participativa: Questionar perguntando, se gostaram, se foi difícil e
quais foram as dificuldades.
4.9 PLANO DE AULA IX
Objetivos:
Estimular a concentração e tempo de reação, bem como o sentido da
audição;
Proporcionar o desenvolver a lateralidade e coordenação motora.
Materiais:
Bola, bola com guizo e vendas.
Atividades:
Obedecer ao comando;
Tocar na bola;
Bola ao túnel;
Variação, na lateral e acima da cabeça.
Avaliação participativa através de questionamentos.
Método:
Aquecimento: Alunos disposto livremente na quadra andando e obedecendo
ao comando do professor que orienta os deslocamentos, mudanças de direção,
ritmo dos deslocamentos e movimento dos braços e pernas.
Tocar na bola: Alunos serão dispostos em duas colunas, uma de frente para
da outra, aproximadamente dez metros de distância. Será dado um número para
cada aluno em ambas as colunas. O professor ao centro, de posse da bola chamará
os alunos de número dois, os quais deverão se dirigir ao centro e tocar a bola.
Marcará ponto a equipe que primeiro tocar na bola assim sucessivamente até todos
serem chamados. O aluno com deficiência visual e o aluno de olhos vendados do
outro grupo, reconhecerão o espaço anteriormente com a ajuda do “colega tutor”.
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Bola ao túnel: Permanecerão os mesmos grupos – os alunos de costas um
para o outro, distantes aproximadamente vinte e cinco centímetros. O primeiro aluno
de posse da bola, ao sinal passará a bola entre as pernas, sem que ela caia,
passando de mão em mão até chegar ao último que se deslocará correndo para
frente, até chegar ao último participante. O desafio é conseguir fazer com que a bola
não caia e que todos troquem de posições se deixar a bola cair.
Variações: Idem à brincadeira anterior passar a bola por cima da cabeça;
pelo lado direito; lado esquerdo. O grupo que não tem aluno deficiente visual terá um
aluno de olhos vendados, também será feito com todos os alunos com os olhos
vendados.
Cabo de guerra humano: Alunos serão dispostos em quatro grupos em
forma de trenzinho com mãos na cintura, os primeiros dos grupos segurando nas
mãos do grupo da frente separados por uma linha, ao sinal do professor todos ao
mesmo tempo tentarão puxar os demais para seu lado. Será feito rodízio para que
todos sintam a força que os colegas têm.
Variação: Duas fileiras separadas por uma linha ao sinal um tenta puxar o
outro para seu lado.
Questionar: Perguntado se gostaram, se tiveram dificuldades, quais as
dificuldades.
4.10 PLANO DE AULA X
Objetivos:
Oportunizar o desenvolvimento da consciência corporal;
Estimular a autoconfiança;
Proporcionar o desenvolvimento da criatividade e trabalho em grupo.
Materiais:
Colchões ou colchonetes, arcos, cordas.
Atividades:
Saltitar;
Rolar;
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Fazer a estrela ou roda;
Parada de cabeça;
Ponte;
Apresentação.
Avaliação participativa, através de questionamentos.
Método:
Alunos dispostos em circulo, o professor introduz a ginástica e dize-lhe que
surgiu partir de brincadeiras de rolar, saltar, plantar bananeira, estrelinha.
Aquecimento: Saltitando lentamente contando até vinte, idem batendo
palmas na frente do corpo, idem obedecendo ao comando do professor, frente, trás,
lado direito, lado esquerdo, alongar o corpo como se estivesse apanhando um objeto
lá no alto, contando até quinze, Tentar encostar a ponta dos dedos no chão com as
pernas unidas sem flexionar os joelhos contando até quinze, repetir três vezes.
Rolar: Alunos distribuídos num determinado espaço de forma que possam
fazer as atividades sem se baterem, de posse de um colchonete. O professor pede
que rolem no colchonete ou colchão, mas antes de começar demonstra como deve
proteger a cabeça para não se machucar. O aluno com deficiência visual que não
consegue ou tem medo o professor e o “colega tutor” o incentivam, bem como outros
alunos que não conseguem. Na seqüência o professor pede que criem outra
maneira de rolar, mas sempre tendo o cuidado para que não se machuquem, repetir
os dois alongamentos três vezes.
Estrela ou roda: O professor pergunta se sabem se alguém já brincou, se
tem alguém que não sabe o professor ensina. Os demais vão fazendo, no espaço,
após um tempo é pedido para que façam em deslocamento.O aluno com deficiência
visual irá compreender o movimento através da compreensão sinestésica que terá
através da explicação do professor e a ajuda do “colega tutor”.
Parada de cabeça: Alunos de frente de uma parede. O professor explica o
posicionamento das mãos, cabeça, corpo e explica a diferença de parada de mão e
de cabeça. Em seguida todos tentam executar. Após alunos formando trio, fazer a
parada de cabeça com auxilio. O aluno com deficiência visual é acompanhado e
auxiliado pelo “colega tutor” e o professor, pro segue até todos terem vivenciado a
atividade.
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Ponte de debaixo para cima: Alunos formando trios, após a explicação do
professor, um aluno executará e os demais, o auxiliarão. O grupo do aluno com
deficiência visual terá o “colega tutor” acompanhando. Persegue até todos terem
vivenciado a atividade.
Apresentação: Os alunos são agrupados com quatro componentes, a equipe
que está o colega com deficiência visual terá um aluno a mais. Pedir para que façam
uma apresentação para os colegas em forma de brincadeira, contendo o rolamento,
roda, parada de mão com auxílio ou parada de cabeça e ponte. O aluno com
deficiência visual fará na apresentação os movimentos que conseguir executar.
Questionar: Perguntando aos alunos se gostaram; se tiveram dificuldades;
quais.
4.11 PLANO DE AULA XI
Objetivos:
Auxiliar no desenvolvimento do esquema corporal, coordenação motora e
concentração;
Estimular o sistema auditivo e a afetividade;
Proporcionar cooperação e socialização entre os colegas.
Materiais:
Vendas, arcos, copinhos descartáveis, cortadas, bolinhas de ping- pong.
Atividades:
Aquecimento com o arco;
Desafio de passar o arco.
Desafio de passar a bolinha de tênis de mesa.
Amigos de Jó.
Avaliação participativa através de questionamentos.
Método:
Aquecimento: Alunos dispostos em círculo de posse de um arco farão
movimentos segundo o comando do professor: Arco acima da cabeça se
equilibrando na meia ponta dos pés; arcos no chão de mãos dadas todos saltitando
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dentro do arco, soltarão as mãos e saltitarão para fora e para dentro do arco, lado
direito lado esquerdo; Movimentarão o arco no braço direito, esquerdo, pescoço,
cintura. Será dado a opção de o aluno criar um movimento novo com o arco. O aluno
com deficiência visual participou normalmente da atividade, antes de começar ele
faz o reconhecimento do material e espaço com a ajuda do “colega tutor”.
Desafio de passar o arco: alunos em circulo de mãos dadas, é colocado um
arco no braço entre dois alunos, os quais têm o desafio de passar o arco para frente
sem soltar as mãos, percorrendo todo o circulo. O aluno com deficiência visual
participa normalmente com a ajuda do colega tutor que lhe das instruções verbais.
Variação: São colocados mais arcos, com o desafio dos arcos não se
encontrarem. Idem com os olhos vendados.
Passar a bolinha de tênis de mesa sem deixar cair. Alunos serão dispostos
em círculo com um copinho descartável na mão. Ao sinal do professor o aluno que
estará com a bolinha no copinho transferirá, sem usar as mãos, para o colega da
direita sem deixar cair, percorrendo todo o circulo. Quem deixará cair, recuperará a
bolinha e continuará.
Variação: Idem a anterior, coloca-se duas bolinhas, uma não poderá alcançar
a outra. O aluno com deficiência visual é orientado pelo “colega tutor”.
O aluno com deficiência visual participa normalmente da atividade sempre
com a orientação do “colega tutor”.
Amigos de Jó: Alunos são dispostos em círculo sentados com as pernas
cruzadas e à sua frente no chão terão um saquinho de areia ou outro objeto que
será transferido para à frente do colega da direita enquanto cantam a musica, a
mesma que escravos de Jó. Se alguém errar recomeçará a brincadeira.
Realizar questionamentos: Gostaram da atividade, se foi fácil, se foi difícil.
Por que.
4.12 PLANO DE AULA XII
Objetivos:
Oportunizar o desenvolvimento da orientação espacial, agilidade e
destreza;
Estimular o sentido auditivo e tátil;
Oportunizar formas para que os alunos vivenciem a deficiência visual;
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Proporcionar e estimular a socialização e auto- estima.
Atividades:
Histórico e características do golbol e as principais regras;
Alongamentos e deslocamentos variados;
Rolar e pegar a bola;
Jogo: Golbol.
Atividade avaliativa através de questionamentos.
Método:
Questionar os alunos se já conheciam e se já participaram dessa
modalidade esportiva. Após, explicar-lhes de que se trata de um esporte olímpico
criado especialmente, para pessoas com deficiência visual e que deverá ser
praticado obrigatoriamente, de olhos vendados. Comentar também sobre as
principais regras. O professor mostrará a quadra do jogo sob forma de uma maquete
onde contenha as linhas em alto relevo para que o aluno com deficiência visual
conheça quadra e assim ter noção do espaço onde irá acontecer a atividade.
Aquecimento: Os alunos serão dispostos em círculo quando, ao comando do
professor farão alongamento dos braços, ombros, pescoço, tronco, quadril, pernas e
pés. Em seguida deverão saltitar no lugar, para frente, para trás, para o lado direito e
para o lado esquerdo e também o máximo de polichinelo que puderem executar. O
aluno com deficiência visual executará as atividades normalmente com a ajuda do
“colega tutor” após ter reconhecido o espaço onde acontecerá a atividade.
Rolar e pegar a bola: Os alunos serão divididos em trios que se disporão, um
trio de frente para outro portando uma bola com guizo que será lançada rolando
utilizando bastante força como no golbol a fim de que essa, ultrapasse a linha final.
O grupo oposto deverá impedir a passagem da bola interceptando-a com as mãos e
corpo para que não ultrapasse a linha final. Todos os alunos terão olhos vendados.
Objetivando o envolvimento de todos os alunos, para cada grupo de seis, haverá
uma bola e espaço adequado. Todos farão o reconhecimento do espaço antes de
iniciar o jogo.
Golbol adaptado: Continuarão os mesmos grupos, porém agora, numa
quadra de handebol onde as linhas serão demarcadas com fita crepe. Considerar-
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se-á gol, quando a bola ultrapassar a linha final. As regras serão construídas
juntamente com os alunos. Determinar-se-á um tempo para que todos vivenciem o
jogo.
Questionar os alunos se gostaram, se tiveram dificuldades e quais foram as
dificuldades.
REFERÊNCIAS
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