ficha para catÁlogo - diaadiaeducacao.pr.gov.br · 03 – conhecendo um pouco de nossa história:...

25

Upload: vuongnguyet

Post on 10-Dec-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

FICHA PARA CATÁLOGO

PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

Título: Os impactos sociais e econômicos do cultivo da cana-de-açúcar em Itaúna do Sul

(2005-2010)

Autor Édina Maria Miranda Costa

Escola de Atuação Escola Estadual Machado de Assis – Ensino Fundamental

Município da escola Itaúna do Sul

Núcleo Regional de Educação Loanda

Orientador Ms. Altair Bonini

Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual do Paraná – Campus Paranavaí

Disciplina/Área História

Produção Didático-pedagógica Unidade Didática

Relação Interdisciplinar Matemática e Geografia

Público Alvo Alunos da 7ª série – 8º ano do Ensino Fundamental

Localização Escola Estadual Machado de Assis – Ensino Fundamental

Rua Inglaterra, nº 1010 - Centro – Itaúna do Sul - Pr

Apresentação

A presente produção didática foi elaborada enfocando a história

local, no qual será abordados aspectos econômicos do

município de Itaúna do Sul, principalmente sobre a influência

do cultivo da cana-de-açúcar no último quinquênio. Nos últimos

anos o cultivo da cana-de-açúcar tornou-se de grande

importância para o desenvolvimento da Região Noroeste do

Paraná, gerando emprego e renda para os trabalhadores dos

municípios desta localidade, e maior lucratividade para os

produtores. Nosso objetivo é entender os impactos desta

atividade para a economia e população de Itaúna do Sul. Para

tanto, além do levantamento histórico da economia da cidade e

do cultivo de cana-de-açúcar no Brasil, serão desenvolvidas

com os alunos, várias pesquisas de campo com trabalhadores

rurais, comerciantes e trabalhadores e representantes do poder

político e econômico local. Este projeto se justifica, uma vez

que, é importante para os educandos conhecerem a história de

sua região e de seu município, seu desenvolvimento econômico

e social, percebendo as mudanças que se processam no interior

da sociedade, impulsionada pela nova atividade econômica.

Palavras-chave História local – economia – cana-de-açúcar – Itaúna do Sul

FAFIPA

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANA

CAMPUS PARANAVAI

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL –

PDE

Édina Maria Miranda Costa

Altair Bonini (Orientador)

UNIDADE DIDÁTICA

Os Impactos Sociais e Econômicos do Cultivo da Cana-de-açúcar em

Itaúna do Sul (2005-2010)

Paranavaí

2011

Orientações aos professores

Édina Maria Miranda Costa1

Altair Bonini (Orientador)2

a) Apresentação:

A presente produção didática foi elaborada a partir do recorte da disciplina de

história, enfocando um estudo da história local onde será trabalhado a economia da

cana-de-açúcar e a sua importância para o município.

Partindo do princípio que nas últimas décadas a economia da cana-de-açúcar

tornou-se de grande importância para o desenvolvimento da Região Noroeste do Paraná.

E observando a necessidade de desenvolver no educando uma consciência histórica e

partindo da historicidade dessa questão, instrumentando-o para compreensão da

totalidade, sobre as relações de trabalho de sua região e que muitas vezes determinam as

diversas formas de (re)organização de uma sociedade.

Este projeto se justifica, uma vez que é importante para os educandos conhecer

a história de sua região e de seu município, seu desenvolvimento econômico e social,

percebendo as mudanças que se processam no interior da sociedade, impulsionada pela

nova atividade econômica.

O desenvolvimento deste tema auxiliará o aluno no entendimento da realidade

a qual está inserido. Tendo como objetivo compreender as mudanças econômicas e

sociais após o avanço do cultivo da cana-de-açúcar no município de Itaúna do Sul entre

os anos de 2005 a 2010.

O público alvo para o desenvolvimento das atividades aqui propostas será a 7ª

série do período vespertino da Escola Estadual Machado de Assis Ensino Fundamental.

Para a aplicação dessa produção didática será necessário o número mínimo de 32 horas.

b) Abordagem metodológica

Ao iniciar o tema deve-se realizar uma avaliação prévia por meio de

questionamentos sobre o tema com intuito de verificar o conhecimento prévio que os

1 Professora de História da Rede Pública Estadual do Paraná, participante do Programa de Desenvolvimento

Educacional (PDE/turma 2010/2011. E-mail: [email protected]

2Professor da Universidade Estadual do Paraná — Campus Paranavaí. E-mail: [email protected]

alunos possuem sobre o assunto. Fazem parte do conhecimento prévio aqueles saberes

que o aluno já possui, seja adquirido pelo ensino formal obtido na escola ou originado

de suas vivências e experiências sociais cotidianas. É um importante instrumento de

avaliação permitindo ao professor comparar o conhecimento inicial dos alunos com o

conhecimento assimilado e já sistematizado durante o desenvolvimento da unidade

didática. Para tanto, lance questionamentos aos alunos, peça-os para demonstrarem suas

opiniões e ideias, anote no quadro suas respostas e peça para os estudantes anotarem no

caderno as respostas com o título: o que eu já sei sobre o assunto.

Após a realização do levantamento dos conhecimentos prévios sugerimos

realizar a problematização do tema. Esta parte da metodologia, também é importante,

pois tem a tarefa de mobilizar os educandos para o conteúdo, instigando o desejo de

conhecer algo novo. Mas como definir o que é uma situação-problema? Segundo

Villalta apud Schimdt (2004) as situações-problema ―são constituídas em torno de

elementos da realidade imediata dos discentes ou relevantes em sua experiência de vida,

com significância para os mesmos e, geralmente, situando-se no presente, mas não só...‖

Para desenvolvimento do tema, partiremos do histórico da economia local, da

história da cana-de-açúcar e da atividade canavieira na atualidade. O foco se dará no

trabalho de campo, com a realização de entrevistas e visitas. A pesquisa de campo

compreendida como procedimento de observação de fatos e coleta de dados, traduzindo

em números para serem classificados, analisados e interpretados estabelecendo uma

relação com o conteúdo estudo. Neste momento optamos por realizar entrevistas com

algumas pessoas que trabalham no corte de cana, comerciantes e representantes do

poder local. A entrevista deverá ser agendada com a pessoa com antecedência, será

estabelecido o local onde deverá ocorrer. Os alunos serão orientados na sala de aula

sobre o procedimento da entrevista e deverão levar o roteiro (Veja modelos no final da

Unidade Didática) das questões a serem feitas, bem como as anotações.

As atividades serão desenvolvidas ao longo da unidade didática, elas foram

pensadas para exercitar diferentes capacidades e habilidades dos alunos. São sugestões

que o professor, de acordo com sua proposta pedagógica e sua realidade pode

reorganizar recriar as atividades existentes ou elaborar novas atividades.

c) Avaliação

A avaliação deve iniciar pelo levantamento dos conhecimentos prévios dos

alunos, ou seja, pela Avaliação Diagnóstica inicial. Neste momento, o professor pode

verificar o estágio de compreensão do assunto pela turma e planejar ou repensar as

estratégias de ensino que havia planejado. É importante que o professor estabeleça os

objetivos a serem atingidos com a turma logo no inicio, pois, se os objetivos estiverem

claramente fixados, a avaliação ocorrerá de forma mais criteriosa e tranquila. Em

seguida, inicia-se o processo de avaliação formativa, que ocorrerá durante o processo

pedagógico e será usada como instrumento que permite ao educando reconhecer suas

conquistas e as dificuldades. Para o professor servirá de parâmetro, pois possibilitará

perceber os avanços diante dos objetivos propostos; sempre que necessário poderá

retomar os objetivos. O desenvolvimento durante todo o processo de ensino-

aprendizagem, e não somente em uma data especifica se justifica, uma vez que, o

objetivo não é classificar os alunos entre os melhores e os piores da turma, mas

oportunizar que todos adquiram conhecimentos por meio da ajuda na superação de suas

dificuldades, retomando o conteúdo e re-elaborando suas estratégias de ensino sempre

que necessário. Nesta perspectiva, mais importante que saber o que o aluno já sabe ou o

que ele não sabe é buscar nestas informações maneiras de promover a aprendizagem por

meio de intervenções pedagógicas significativas. A avaliação formativa adquire o

aspecto de regulação da aprendizagem. Neste sentido, deve levar em consideração o

cotidiano da sala de aula e, portanto, a necessidade de utilizar vários instrumentos, tais

como: provas escritas, trabalhos em grupos e debates. O professor ao avaliar deve levar

em consideração não somente os conteúdos assimilados pelos alunos, mas, também, as

habilidades desenvolvidas por estes, por exemplo, a leitura, a escrita de textos, a

capacidade de se expressar entre outras. Como proposta de avaliação, apresentamos

uma ficha de acompanhamento das atividades, que poderá ser preenchida a cada

atividade realizada, permitindo assim ao professor o acompanhamento e análise do

processo ensino-aprendizagem. Por fim, o professor inicia o processo de avaliação

quantitativa, no qual irá transformar os resultados em notas, obtendo um resultado

formal para o processo avaliativo.

FICHA DE ACOMPANHAMENTO DO PROFESSOR

Escola: Data:___/____/_____

Nome do aluno: Série/Turma:

Tema: Período:

Professor (a): Discip.: História

Critérios de avaliação: A AP NA Rec.

Utiliza os conhecimentos históricos para explicar e

valorizar a origem de sua região e cidade

Compara diferentes momentos da economia de sua

cidade desde sua origem até a atualidade

Analisa a importância do cultivo de cana-de-açúcar

para a economia de sua cidade e região na atualidade

Compara os modos de exploração da cana-de-açúcar

no período colonial e atualmente

Realiza pesquisa de campo com pessoas da

comunidade local para perceber os impactos do

cultivo da cana-de-açúcar na atualidade

Realiza tabulação de dados e consegue explicá-los

por meio de cartazes e pequenos textos

Produz texto analítico sobre o desenvolvimento

sócio-econômico do município percebendo rupturas e

continuidades

LEGENDA: A - Atingiu os objetivos;

AP – Atingiu parcialmente os objetivos;

NA – Não atingiu ainda os objetivos.

Rec - Recuperação

Unidade Didática

Os Impactos Sociais e Econômicos do Cultivo da Cana-de-açúcar em

Itaúna do Sul (2005-2010).

01 – Para começar a conversa: levantamento das ideias iniciais.

a) Vocês sabem qual a atividade econômica de maior importância para Itaúna do Sul

atualmente?

b) Que outras atividades econômicas já foram importantes para Itaúna do Sul no

passado?

c) As atividades econômicas desenvolvidas em Itaúna do Sul são as mesmas praticadas

em outros municípios da região Noroeste do Paraná?

02 - Problematização

a) Nos últimos cinco anos grande parte dos agricultores do município de Itaúna do Sul

deixou de plantar outras culturas para arrendarem suas terras para usineiros ou grandes

produtores que passaram a investir no cultivo da cana-de-açúcar. Que impactos

econômicos e sociais esta mudança na economia trouxe para a população de Itaúna do

Sul? Podemos afirmar que o cultivo da cana-de-açúcar trouxe benefícios para a

população deste município? Quais? São estes questionamentos que tentaremos

responder com este estudo.

03 – Conhecendo um pouco de nossa história: a ocupação da região Noroeste do

Paraná

Estudos recentes desmontam a idéia sobre um vazio demográfico na Região

Noroeste do Paraná, os mesmo revelam a presença humana a mais de 2000 anos. Por

aqui passam caçadores e coletores, populações indígenas, como os povos Guarani,

Xokleng ou Kaingang, posseiros, camponeses, por último chegaram os chamados

―colonizadores‖ que ocuparam a região expulsando povos tradicionais que habitavam a

região. Podemos dizer então, que houve uma (re)ocupação dessas terras e não uma

colonização, visto que já era ocupada.

Essa (re)ocupação foi iniciada pela região Norte do estado, na década de 1930,

denominado pelos historiadores de Norte Velho, na década de 1940, passou para a

região entre as cidades de Londrina e Maringá, conhecido como Norte Novo. A última

área a ser ocupada ficou conhecida como Norte Novíssimo, correspondendo à região do

Vale do Rio Ivaí, cujas principais cidades instaladas foram: Cianorte (1955), Umuarama

(1961) e Paranavaí (1951).

A região Noroeste foi ―colonizada‖ principalmente pela ação das companhias

colonizadoras particulares, tais como a Companhia Melhoramentos Norte do Paraná

(CMNP), a Cia Brasileira de Viação e Comércio (BRAVIACO) ou ainda, realizada

pelos agentes do próprio governo do estado do Paraná (Veja Mapa).

Fonte: GUIZZO et al, Trabalhando com Mapas, 1989, p.40 apud STECA e FLORES, 2008.

O processo de ocupação da terra foi de muitas disputas entre as companhias

colonizadoras e seus representantes. Muitas disputas pela terra ocorreram

principalmente na região de Paranavaí, conhecida na época como Colônia Paranavaí. A

partir de 1954, parte do território de Paranavaí deu origem a novos municípios entre

eles: Paraíso do Norte, Loanda, Terra Rica e Nova Londrina.

Apesar da cidade de Itaúna do Sul ter sido colonizada pela Imobiliária Ferreira

e Toledo Piza, o povoado que se instalou ali pertencia ao município de Nova Londrina,

sendo elevada a categoria de Distrito Administrativo no ano de 1958 e de município em

1961.

Atividades:

1. Localize no mapa a região que compreende o chamado Norte Novíssimo.

2. Produza uma pequena narrativa histórica sobre a ocupação da região Noroeste

3. No mapa da Região Noroeste do Paraná:

a) Localize o município de Itaúna do Sul e faça hachuras (////), depois faça uma

legenda.

b) Localize os municípios que fazem divisa com Itaúna do Sul, faça hachuras

(++++) e depois uma legenda.

Mapa da Região Noroeste do Estado Paraná dividido nas três

microrregiões.

Fonte:Izaura Miranda Costa. Microrregiões do Norte do Paraná,2011.

04 - Fiquem por dentro da história de Itaúna do Sul

No âmbito da Mesorregião Noroeste Paranaense, Itaúna do Sul integra a

microrregião de Paranavaí, composta por 29 municípios. Esta teve seu inicio de

ocupação por volta do final da década de 1940, quando o governo do Estado do Paraná

dando sequência a política de colonização das áreas consideradas ―desabitadas‖ do

território paranaense, promoveu a doação de terras devolutas do patrimônio estadual a

diversas empresas colonizadoras. As terras onde hoje localiza-se Itaúna do Sul foram

requeridas pela Imobiliária Ferreira e Toledo Piza, que recebeu os títulos de propriedade

e iniciou a demarcação das terras ou lotes a partir de 1940.

No entanto, em 1958 a Imobiliária Ferreira & Toledo Piza vendeu o

empreendimento de colonização de Itaúna do Sul para a Companhia Urano de

Capitalização, sediada em Curitiba. Neste mesmo ano, através da Lei estadual nº

3.554/58, Itaúna do Sul foi elevada à categoria de distrito de Nova Londrina, e em 25 de

janeiro de 1961, com a Lei Estadual nº 4.338/61, ganhou autonomia política. A

instalação oficial ocorreu no dia 28 de maio de 1961, mas devido ao fato da eleição para

prefeito municipal ocorrer somente no mês de outubro, sendo que a posse deu-se em 19

de novembro, ficando este dia sendo a data oficial para celebrar o aniversário do

município.

05 - O desenvolvimento econômico de Itaúna do Sul

A ocupação da zona urbana de Itaúna do Sul ocorreu a partir de dois

assentamentos localizados nas extremidades da Avenida São Paulo, saída para

Diamante do Norte e Nova Londrina.

Os primeiros moradores do povoado foram José Xavier Chagas, Pedro Martins

Plaza, Júlio Ramos e Silva entre inúmeras outras famílias.

O primeiro comércio foi um armazém instalado na cidade, este pertencia a um

cidadão de origem árabe de nome Rachid, o segundo de um imigrante português, senhor

Luis Vieira; seguido pelos armazéns das famílias Stropp e Nakahara.

Nas décadas de 1950 e 1960 as principais atividades econômicas estavam

ligadas a agricultura. Mas antes de iniciar os plantios era preciso desmatar a floresta.

Assim, a primeira atividade econômica do município foi à extração da madeira,

onde os troncos das árvores eram transformados tabuas, caibros e vigas, em duas

serrarias instaladas na cidade. A maior parte desta madeira era utilizada na construção

das casas dos moradores, de igrejas e de outros prédios importantes para a cidade.

O nome itaúna é de origem da língua indígena

Tupi-Guarani.

A palavra Itaúna representa uma contração das

palavras: ita=pedra e uma=negra, ou seja:

―pedra negra‖ ou ―pedra escura‖.

O nome da cidade ficou sendo Itaúna do Sul para

diferenciar da cidade de Itaúna no Estado de Minas

Gerais, por isso, foi acrescentado do ―Sul‖.

Prefeitura Municipal de Itaúna do Sul. Plano

Diretor Municipal, 2010

Devastada a mata nativa, logo de imediato eram efetivados os plantios das

mudas de café. Entre estas mudas eram cultivadas lavouras de subsistência, tais como:

feijão, arroz e milho que garantia ao trabalhador o seu sustento e de sua família e a

fixação do homem no

campo. Durante o período

de 1940 a 1960 a

economia do café tornou-

se a principal atividade

econômica nesta região.

Esta começa a se esgotar

no anos de 1960,

juntamente com a marcha

da colonização na região

Norte e Noroeste do

Estado, considerando que

praticamente quase todos os lotes já haviam sido negociados e ocupados pelo

principalmente pela lavoura cafeeira.

No período da década de 1970, a

cafeicultura entrou em declínio em virtude

dos problemas que afetaram o mercado

internacional, a falta de incentivo do

governo e as fortes geadas que afetaram a

região. Não sendo diferente em Itaúna do

Sul, onde o café foi praticamente

erradicado, sendo substituído pelas

pastagens para criação de gado de corte,

pela mandioca e outras economias de

subsistência, sendo que nos últimos anos

tem ocorrido um grande crescimento do

cultivo da cana-de-açúcar.

Acervo particular da autora, lavoura de café, 1965.

O café foi a principal atividade econômica durante as

décadas de 1950,1960 e até meados de 1970. Na foto

aparece uma grande área de plantio de café e um

terreirão com café para a secagem do mesmo.

Acervo da Escola Estadual Machado de Assis, extração de madeira,

1950. Na foto aparece o desmatamento do local onde localiza-se Itaúna do Sul, a

madeira sendo transformada e no fundo uma área ainda por desmatar.

06 - Economia de Itaúna do Sul atualmente

Atualmente as atividades econômicas urbanas de Itaúna do Sul correspondem a

um pequeno comércio. No qual encontramos quatro supermercados de pequeno porte,

algumas lojas de armarinhos, duas lojas de móveis e eletrodomésticos, duas farmácias,

um pequeno restaurante e bares. A maior concentração gira em torno da Praça da

Bandeira e ao longo da Avenida São Paulo. Conta ainda, com duas pequenas indústrias,

uma de confecção e outra de fabricação de doces. Por ser um comércio de pequeno

porte, muitas pessoas se dirigem

aos municípios vizinhos que

contam com maiores opções de

consumo.

Nos últimos anos as

principais atividades econômicas

são a pecuária e a agricultura.

Apesar da permanência de

algumas áreas com o cultivo de

café, milho, mandioca,

observamos que nos últimos cinco

anos a lavoura que mais cresceu

foi de cana-de-açúcar. Em 2005, o

município contava com apenas

oito produtores e uma área de plantio de 1.117 hectares e a produtividade era de

55.000Kg/há. Já em 2010, este número aumentou para quinze produtores com uma área

de plantio de 1.294 hectares e uma produtividade de 113.000Kg/há. (EMATER, Itaúna

do Sul 2010).

O aumento do cultivo d cana-de-açúcar em Itaúna do Sul está relacionado com

o fenômeno da modernização da agricultura. No mesmo momento em que a cafeicultura

foi sendo substituía por outros produtos agrícolas, como o trigo e o soja tem inicio o

processo de modernização da agricultura. As principais características deste novo

modelo de produção consistem na utilização de máquinas (tratores, colheitadeiras,

caminhões, etc.), de insumos e agrotóxicos, de grandes extensões de terra e na utilização

de grande quantidade de capital para investimento. Mas, talvez o fator mais importante

esta na liberação de trabalhadores, ou seja, antes as pessoas viviam nas fazendas de

Acervo particular da autora, Plantação da cana-de-açúcar,

2010.

Nos últimos cinco anos o cultivo da cana-de-açúcar tem se

tornado uma das principais atividades econômicas no município

de Itaúna do Sul. Seu crescimento se deve à proximidade da

instalação de usinas de açúcar e álcool.

café, geralmente numerosas famílias, pais, filhos, tios, sobrinhos, avós, todos moravam

e trabalhavam nas pequenas propriedades ou em ―colônias‖ nas fazendas. Com a

mecanização da agricultura e sua modernização foram obrigados a se mudarem para as

cidades, muitos se dirigiram para outros estados em busca de terras ou trabalho, como

por exemplo, São Paulo ou Rondônia.

Podemos dizer, então, que a modernização da agricultura liberou o pessoal de

viver no campo, mas não de trabalhar nele, muitas pessoas passaram a trabalhar nas

lavouras mas agora como trabalhadores temporários.

O cultivo da cana –de – açúcar em nosso município segue o modelo moderno

de produção agrícola, como descrito acima, cada vez ela se moderniza mais,

principalmente na utilização de máquinas.

ATIVIDADES:

1) Faça uma relação das atividades econômicas do município nas primeiras

décadas de sua ocupação.

2) Dentre essas atividades econômicas já praticadas no município, qual foi a de

maior relevância? E por quê?

3) Atualmente, a atividade econômica no campo que tem tido um grande

crescimento é o cultivo da cana-de-açúcar. Escreva sobre a contribuição que

essa atividade econômica traz para o município.

4) Itaúna do Sul só desenvolve o plantio da cana-de-açúcar e envia a matéria prima

para as indústrias dos municípios vizinhos. Você acha que isso gera mais riqueza

ou prejuízo para a cidade? Justifique:

07 - A trajetória da cana-de-açúcar através dos tempos

A cana-de-açúcar é originária da ilha de Papua, na Nova Guiné. Ela

acompanhou as migrações náuticas dos habitantes do Oceano Pacífico, disseminando-

se em várias ilhas no sul do Pacífico.

Tudo indica que a história do açúcar teve seu início na Índia. Acredita-se que

os hindus sabiam extrair o açúcar da cana e também fabricavam licores alcoólicos a

partir da garapa ou caldo de cana há mais de 5mil anos.

A palavra ―açúcar‖, assim como em todos os outros idiomas, é derivada de

―shakkar‖ ou açúcar em sânscrito, antiga língua da Índia.

No século VI a.C., os persas invadiram a Índia e levaram a cana-de-açúcar,

assim como os processos de extração do açúcar.

A produção açucareira dos persas foi descoberta pelos árabes durante uma

batalha nas vizinhanças de Bagdá no ano de 637 da era Cristã.

Os segredos da produção de açúcar sólido foram difundidos em todo o Oriente

Médio e, já por volta dos séculos X e XI, foram estabelecidas as ―rotas do açúcar‖,

transportando o produto entre os países asiáticos e africanos.

Durante centenas de anos, o açúcar foi considerado uma especiaria

extremamente rara e valiosa. Apenas nos palácios reais e nas casas de nobres era

possível consumir o açúcar. Vendido nos boticários, o açúcar atingia preços altíssimos,

sendo apenas acessível aos mais poderosos. Não era de se estranhar que quantidades de

açúcar fossem mencionadas como patrimônio em testamento por reis e nobres e se

caracterizasse como presente faustoso em forma de estatuetas por ocasião de coroações

de reis e papas.

Apesar do prazer provado durante o consumo de guloseimas, a cana-de-açúcar

talvez seja o único produto agrícola destinado à alimentação que ao longo dos séculos

foi o centro de disputas e conquistas, mobilizando homens e nações durante mais de seis

mil anos.

A cana-de-açúcar foi uma das culturas trazidas das ilhas da Madeira e Açores,

cujas condições ambientais pareciam ser muito similares com as oferecidas pela

natureza das terras de Vera cruz. Em 1532, na Capitania de São Vicente, em São Paulo,

houve grande festa com a chegada de uma nau que trazia duas encomendas tão

aguardadas pelo governador Martim Afonso. Eram bois, vacas e mudas de cana-de-

açúcar.

Era o início de uma agroindústria das mais sofisticadas da época, que

encontrou no Brasil condições de solo e clima ideais, tornando-o um dos locais mais

férteis para a expansão da cultura da cana-de-açúcar, que até hoje ainda oferece uma

série de novas possibilidades na produção de seus derivados, em um mercado com

fortes perspectivas de crescimento.

A descoberta dessa nova potencialidade produtiva no Brasil Colônia trouxe

bons lucros a Portugal e socializou o açúcar brasileiro. A produção do açúcar também

gerou recursos suficientes para a manutenção da posse das terras brasileiras para a

Coroa Portuguesa, mas exigiu investimentos financeiros e em mão-de-obra altamente

qualificada para conceber e projetar esse complexo de agroindústria.

A cana-de-açúcar e o açúcar foram, no Brasil, os responsáveis diretos pelo

processo da colonização sistemática e forneceram os substratos básicos para a formação

da sociedades brasileira. A ampliação das áreas de cultivo e implantação dos engenhos

para a fabricação do açúcar e aguardente confirmava a vocação da economia voltada

para a produção agrícola, consolidando a intenção de colonizar e ocupar o território

brasileiro.

Fonte: Acervo particular da autora: 2010

O TRABALHO NO ENGENHO

L.F.Tollenare, 1816/1818

Aqui, nada de apatia: tudo é trabalho, atividade;

Nenhum movimento é inútil, não se perde uma

Só gota de suor.

Os edifícios ficam em grande pátio: o engenho

É uma grande construção ao rés do chão,

Tendo em frente à senzala dos negros,

Deserta durante as horas de trabalho.

Vejo ao longe negros e negras curvados para a

Terra, e excitados a trabalhar por um feitor

Armado dum chicote que pune o menor repouso.

Negros vigorosos cortam canas que raparigas

enfeixam.

Os carros, atrelados de quatro bois, vão e vêm

Dos canaviais ao engenho; outros carros

Chegam da mata carregados de lenha para as

Texto adaptado do livro História da cana-de-

açúcar(2008), do Professor José Roberto

Miranda, o mesmo é Doutor em Ecologia.

Natural de São Paulo, SP. Formado em

Ciências Biológicas pela Universidade de São

Paulo. Concluiu o Mestrado em 1983 e o

Doutorado em 1986, em Ecologia Geral e

Aplicada pela ―Universidade dês Sciences et

Techniques do Montpellier‖e pela ―École

Pratique dês Hautes Études‖, Paris Vième-

Sorbonne, França. Possui mais de uma centena

de trabalhos técnicos e científicos, vários

capítulos de livros publicados no Brasil e no

exterior.

Atualmente, é chefe de Comunicações e

Negócios e Pesquisador da EMBRAPA.

Como sugestão de trabalho, aqui

poderá ser feito um recorte com um

estudo de um documento de época

―O trabalho no engenho‖ de

L.F.Tollenare, 1818.

Livro: Notas dominicais tomadas

durante uma viagem em Portugal e

Brasil.1816.1817.1818‖.

Você poderá encontrar este texto

no material de Correção de Fluxo.

Fornalhas. Tudo é movimento.

O engenho está sobre um terraço; cavalos,

Estimulados pelos gritos dos moleques,

Fazem-no girar. Raparigas negras empurram a cana

Para os cilindros da moenda.

Alguns negros descarregam as canas e as

Colocam ao alcance das mulheres;

Outros as transportam em grandes cestos e espalham no terreiro

O bagaço inútil da cana,

Que não é usado como combustível.

O edifício da moenda contém igualmente a

Importância das caldeiras, onde é

Cozido o caldo de que se forma o açúcar.

O mestre de açúcar é um homem livre que te às

Suas ordens negros que agitam o mel com grandes

Colheres. O fogo das fornalhas é alimentado dia e noite

E é mantido durante cinco meses que dura a safra.

Negros transportam as formas para a casa de purgar,

Que é dirigida por um mulato livre.

Este tem sob suas ordens homens para a

Refinação e para escorrer o mel que vai se juntar

Num reservatório. Esta dependência comunica-se

Com aquela onde se despejam as formas contendo

O açúcar acabado. Ali os pães cristalizados e

Purgados são quebrados; separam-se as

Qualidades e espalha-se o açúcar para secar.

ATIVIDADE:

01) Faça uma pesquisa sobre a importância econômica da cana-de-açúcar para o

Brasil atual, e relacione com o crescimento do cultivo da cana-de-açúcar em

Itaúna do Sul.

02) Depois de ler o texto e compreender o vocabulário, responda:

a) Qual o titulo do texto?

R:_________________________________________________

b) Quem o escreveu?

R:_________________________________________________

c) Em época foi escrito?

R:_________________________________________________

03) Agora, em dupla, leia o texto novamente e preencha o quadro:

A organização do trabalho no engenho colonial, segundo Tollenare:

TAREFAS REALIZADAS QUEM REALIZAVA TRABALHO: LIVRE

OU ESCRAVO

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

04) Atividade com imagem: pintura de Rugendas ―O Engenho colonial‖:

Agora observe a imagem e complete as questões abaixo:

Engenho colonial, 1835.

a) Pessoas que aparecem na imagem?

b) O que elas estão fazendo?

c) Meios de transporte:

d) Instrumentos de trabalho:

e) O que produzem:

f) Descreva o lugar:

Sugestão de atividade:

Dividir a turma em grupo e sugerir que façam uma pesquisa para saber quais

outros produtos se fabricavam com a cana-de-açúcar no Brasil Colônia (além do açúcar

que foi durante muito tempo a principal economia); e hoje, além do açúcar e o etanol,

quais outros produtos são produzidos a partir da matéria-prima da cana-de-açúcar?

Rugendas, Engenho colonial, 1835.

Johann Moritz Rugendas, pintor alemão,

nascido em 1802, na cidade de Augsburgo,

faleceu em 1858.

Chegou no Brasil com a missão científica do

barão de Langsdorff, viajou por todo o país

durante o período de 1822 a 1825, pintando os

povos e costumes que encontrou.

HISTÓRIA DA CANA-DE-AÇÚCAR NO BRASIL

1532 1535 1875 1933 1975 2003 2005 2010 Martin

Afonso

de

Sousa

chega

ao

Brasil

com as

primeira

s mudas

de cana,

e funda

na ilha

de São

Vicente

os

primeir

os

engenho

s de

açúcar.

Em

Pernambuc

o próximo

a Olinda

Jerônimo

de

Albuquerq

ue manda

construir o

primeiro

engenho do

Nordeste.

Com planos

de

modernizar a

produção

nacional, o

governo

Imperial

promove uma

separação

entre o

cultivo e

fabrica, cria

os Engenhos

Centrais,

usinas

dedicadas

exclusivamen

te a processar

o açúcar e

não mais

cultiva-lo.

Com a crise

do café,

estados do

Sudeste

começaram

a apostar na

cana-de-

açúcar,

abrindo

concorrência

às usinas

nordestinas.

A fim de

controlar a

superproduç

ão Getúlio

Vargas

funda o

Instituto do

Açúcar e do

Álcool

(IAA).

A crise

mundial do

petróleo leva

o governo

brasileiro a

criar o

Programa

Nacional do

Álcool

(Proalcool),

como

alternativa

para ampliar

a

autosuficiênc

ia energética

do país. Em

diversos

estados,

aumentam as

lavouras de

cana e o

número de

destilarias de

etanol.

Surge o

primeiro

automóvel

flex do país,

com motor

capaz de

operar com

gasolina ou

etanol, ou

ainda com

qualquer

mistura

desses

combustívei

s.

Começa

a voar o

Ipanema

, avião

agrícola

movido

a etanol

hidratad

o.

É anunciada a

introdução no

mercado

nacional de

uma tecnologia

inovadora,

capaz de

fabricar

diversos

produtos de

alto valor a

partir da cana-

de-açúcar.

Outras

empresas de

biotecnologia e

instituto de

pesquisa estão

trabalhando no

desenvolvimen

to de processos

similares,

ampliando o

leque de

opções

existentes.

Adaptado de: www.municipioscanavieiros.com.br. acessado no dia 17/04/2011

“O AÇÚCAR”

Ferreira Gullar.

O branco açúcar que adoçará meu café nesta

manhã de Ipanema

não foi produzido por mim

nem surgiu no açucareiro por milagre.

Este açúcar veio de uma usina em Pernambuco

ou no Estado do Rio

e tão pouco fez o dono da usina.

Este açúcar era cana

e veio dos canaviais extensos

que não nascem por acaso no regaço do vale

O poema ―O açúcar‖ faz parte do livro

―Dentro da noite veloz‖ (1975), de autoria

do poeta Ferreira Gullar.

A palavra açúcar, assim como em outros

idiomas, é derivada de ―Shakkar‖, ou

açúcar em sânscrito, antiga língua da Índia.

ATIVIDADES:

1) Na sua opinião, qual a principal mensagem do poema?

2) Segundo descreve o poema, quais as condições de vida dos trabalhadores da

cana?

08 – Agora vamos sair a campo e pesquisar: o que o cultivo de cana está mudando

em nosso município?

Vamos realizar nossa pesquisa de campo. Primeiro iremos realizar entrevistas

com trabalhadores da cana-de açúcar, para colher informações sobre seu trabalho e sua

situação econômica. Depois serão entrevistados os comerciantes e representantes do

governo para saber sobre as mudanças econômicas no município de Itaúna do Sul. Por

fim, realizaremos uma visita a uma usina de álcool e açúcar.

Após a realização das entrevistas, na sala de aula serão sistematizadas e

organizadas as informações e registros feitos pelos alunos, sob a coordenação da

professsora e será montado tabelas com os dados obtidos.

A outra atividade a ser desenvolvida será fazer uma comparação entre as

condições do trabalhador narrado no poema de Ferreira Gullar, com o trabalhador da

cana no momento atual, destacando diferenças e semelhanças.

Em um outro momento, será desenvolvida uma pesquisa feita no comércio

local, com o objetivo de fazer um levantamento da contribuição econômica dos

trabalhadores da cana-de-açúcar através do consumo no comércio local.

MODELO DAS ENTREVISTAS

Escola Estadual _____________________________________

Professora: _________________________________________

Disciplina: História

Alunos: ___________________________________________

ENTREVISTA COM UM TRABALHADOR DO CORTE DE CANA:

1: Nome da pessoa entrevistada:

R:______________________________________________________

2: Sexo:_____________________________ -Idade:_______________

3: Profissão:_______________________ Grau de instrução:________

4: Possui registro na carteira:

( )Sim ( )Não

5: Nome da empresa em que trabalha:

R:___________________________________________________

6: Hora que se levanta:

( )Entre 4 e 5 horas da manhã

( )Entre 5 e 6 horas da manhã

7: Quantas horas trabalha por dia:

( )De 6 à 7 hs ( )De 7à 8hs ( )De 8 à 9hs ( )De 9 à 10hs

8: A forma de transporte para o trabalho:

( )caminhão ( )ônibus ( )transporte próprio ( )outros

9: Tipos de ferramentas usadas no trabalho:

( )Manual. Quais?_______________________________________________

( )Mecanizada. Quais?____________________________________________

10: Quanto a sua produção diária é:

( )De 2 à 3 toneladas ( )De 3à 4 toneladas ( )De 4 à 5 toneladas ( )Mais de 5

toneladas

11: Forma de pagamento:

( )Fixo ( )Produção ( )Fixo mais produção

12: Como recebe o seu salário:

( )Diária ( )Semanal ( )Quinzenal ( )Mensal

13: Faixa salarial:

( ) 1 salário mínimo ( )De 1 à 2 salários ( )De 2 à 3 salários ( )Mais de3

salários

14: Como é gasto o seu salário:

( )Alimento ( ) aluguel ( ) roupas ( )móveis ( )eletrodomésticos ( )outros

15: Seus pais e avós também trabalharam no campo:

( )Sim ( )Não

16: Eles usavam ferramentas manuais:

( )Sim ( )Não

17: Quanto a mecanização (máquinas) está chegando no campo, o que você acha disso:

( )Bom ( )Ruim ( )Indiferente

18: Quando à máquina substituir o cortador de cana, o que você pretende fazer?

R:_____________________________________________________________

19: Você acha que sua vida melhorou com o trabalho no corte de cana:

( )Sim ( )Não ( )Indiferente

20: O que você acha que pode fazer para melhorar na sua profissão?

R:____________________________________________________________________

______________________________________________________________________

PESQUISA NO COMÉRCIO LOCAL:

1: Tipo de estabelecimento:

( )Supermercado ( )Loja de móveis e eletrodomésticos

( )Loja de roupas ( )salão de beleza ( )Armarinhos

2: Sobre seus consumidores; qual a porcentagem são provenientes de trabalhadores da

cana-de-açúcar:

( )10% ( )15% ( )20% ( )25% ( )30% ( )Mais de 30%

3: Quanto aos consumidores que trabalham na cana; o que eles consomem mais:

( )Alimentos

( )Roupas

( )Calçados

( )Móveis ou eletrodomésticos

( )Outros

Atividade:

a) Após a realização da pesquisa, em sala de aula, fazer a sistematização das

informações sob a coordenação da professora, produzir textos sobre a contribuição

econômica dos trabalhadores da cana-de-açúcar para o comércio local, e montar tabelas

com os dados obtidos.

Para contribuir e acrescentar conhecimento será realizada uma visita à uma usina de

açúcar e etanol próxima da cidade, cujo o objetivo é que o aluno estabeleça relações

entre o conteúdo estudado na sala de aula com a prática que ocorre fora dela.

Sugestão: A professora poderá conhecer o local com antecedência, obter informações

que na sala de aula serão repassadas para os alunos.

Organizando a visita:

1: Primeiro passo, será informar aos alunos sobre a visita, bem como o dia e horário e

procedimentos.

2: Estabelecer objetivos da visita à usina.

3: Organizar o roteiro juntamente com os alunos, ( Como material necessário a ser

levado, o procedimento no local, a roupa a ser usada, a autorização dos pais).

4: Dividir os alunos em grupo e atribuir tarefas a cada grupo; por exemplo: a equipe

que vai fotografar, os alunos que vão filmar e os que irão entrevistar, (esta equipe

deverá levar o roteiro das questões prontas).

MODELO DA ENTREVISTA: VISITA À USINA

A: Nome da Empresa:

R:___________________________________________________________________

B:Endereço:____________________________________________________________

_________________________________________________________________

C: Número de funcionários:

R:________________________________________________________

D: Quais os produtos que a indústria produz?

R:_____________________________________________________

E: Que tipo de matérias primas são usadas?

R:______________________________________________________

F: De onde vem as matérias primas?

R:_____________________________________________________

G: O destino dos produtos:

R:______________________________________________________

Atividades:

a) Ao retornar da visita, na sala de aula, sistematizar a organização e registros

realizados, procurando explorar ao máximo todas as informações.

b) Realizar a produção de textos, murais com as fotos, e elaboração de tabelas sob a

orientação da professora.

c) Em duplas, fazer uma comparação entre o modo de produção em um engenho

colonial (ver o texto já estudado), e uma usina; destacando informações como: as

instalações, os trabalhadores, o modo de produção, meios de transportes.

10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARROS, José D’ Assunção. O Projeto de Pesquisa em História: da escolha do tema ao

quadro teórico. Petropólis: Ed. Vozes, 2005.

BROIETTI, Marcos Henrique. Os Assalariados Rurais Temporários da Cana. CUT

Integração, 2000.

BURKE, Peter. Organizador. A Escrita da História Novas Perspectivas. Tradução de

Magda Lopes. São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista, 1992.

CANCIAN, Nadir Aparecida. Cafeicultura Paranaense-1900/1970. Curitiba: GRAFITAR,

1981.

FERREIRA, João Carlos Vicente. O Paraná e seus municípios. Maringá: Memória

Brasileira, 1996.

FREYRE, Gilberto. Casa-Grande e Senzala. 34ªed. Rio de Janeiro: Ed. Record ou Afiliada,

1998.

GULLAR, Ferreira. Dentro da noite veloz. 1ªed. São Paulo: Ed. Civilização Brasileira, 1975.

MIRANDA, José Roberto.História da cana-de-açúcar.Campinas, São Paulo: Ed. Komedi,

2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Departamento de Educação Básica.

Diretrizes Curriculares da Educação Básica-História. Curitiba: SEED-Pr, 2009.

PINSKY, Carla Bassaneze. Organizadora. Novos Temas nas aulas de História. São Paulo:

Ed. Contexto, 2009.

PRADO, JR. Caio. História Econômica do Brasil. 41ªed. São Paulo: Ed. Brasiliense, 1994.

SÃO PAULO. SEE. Ensinar e Aprender: Construindo uma proposta. História. CENPEC,

1999.(Material Projeto Correção de Fluxo).

SCHMIDT, Maria Auxiliadora; CAINELLI, Marlene. Ensinar História. São Paulo: Ed.

Scipione, 2005.

SERRA, Elpídio. NOROESTE DO PARANÁ: o avanço das lavouras de cana-de-açúcar e a

nova dinâmica do uso do solo nas zonas de contato arenito-basalto.

STECA, Lucinéia Cunha; FLORES, Mariléia Dias. História do Paraná do Século XVI à

Década de 1950. Londrina : Ed. UEL, 2002.

TOLLENARE, L. F. Notas dominicais tomadas durante uma viagem em Portugal e

Brasil, 1816, 1817, 1818. Transcrito de São Paulo, 1979.

Locais consultados e sites:

EMATER. Escritório de Itaúna do Sul, 2010.

Sindicato dos trabalhadores Rurais de Nova Londrina, 2010.

ITAUNA DO SUL, Plano Diretor Municipal de Itaúna do Sul. Volume I, 2008.

Site: http://www.municipioscanavieiros.com.br acessado no dia 17/04/2011.

http://mais.uol.com.br/view/oi3ig17k2f26/fazenda-babilonia 0402386EC4C10346?types=A&

Acessado no dia:28/06/2011.