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FESTA DSCH: 10.º aniversário do DSCH - Schostakovich Ensemble 24 janeiro – domingo Grande Auditório 17h Duração: 1H35 c/ intervalo Produção CCB M/6 Filipe Pinto-Ribeiro: piano e direção artística Rosa Maria Barrantes: piano Adriana Ferreira: flauta Pascal Moraguès: clarinete Benjamin Schmid: violino Jan Bjøranger: violino Lars Anders Tomter: viola Adrian Brendel: violoncelo Tiago Pinto-Ribeiro: contrabaixo Abel Cardoso: percussão Miguel Sepúlveda: celesta Convidada especial: Catarina Avelar, narração Programa: I Parte Dmitri Schostakovich (1906-1975) – Quatro Valsas Arranjo de Levon Atovmian I. Valsa (de O Regresso de Maxim) II. Valsa-Scherzo (de O Ferrolho) III. Valsa da Primavera (de Michurin) IV. Valsa do Realejo (de O Moscardo) Carlos Seixas (1704-1742) – Concerto em Lá Maior I. Allegro II. Adagio III. Giga - Allegro Robert Schumann (1810-1856) – Quinteto com piano, op. 44 I. Allegro brillante II. In modo d’una Marcia. Un poco largamente III. Scherzo. Molto vivace IV. Allegro, ma non troppo II Parte Camille Saint-Saëns (1835-1921) - O Carnaval dos Animais, Grande Fantasia Zoológica

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FESTA DSCH: 10.º aniversário do DSCH - Schostakovich Ensemble 24 janeiro – domingo Grande Auditório 17h Duração: 1H35 c/ intervalo Produção CCB M/6 Filipe Pinto-Ribeiro: piano e direção artística Rosa Maria Barrantes: piano Adriana Ferreira: flauta Pascal Moraguès: clarinete Benjamin Schmid: violino Jan Bjøranger: violino Lars Anders Tomter: viola Adrian Brendel: violoncelo Tiago Pinto-Ribeiro: contrabaixo Abel Cardoso: percussão Miguel Sepúlveda: celesta Convidada especial: Catarina Avelar, narração Programa: I Parte Dmitri Schostakovich (1906-1975) – Quatro Valsas Arranjo de Levon Atovmian I. Valsa (de O Regresso de Maxim) II. Valsa-Scherzo (de O Ferrolho) III. Valsa da Primavera (de Michurin) IV. Valsa do Realejo (de O Moscardo) Carlos Seixas (1704-1742) – Concerto em Lá Maior I. Allegro II. Adagio III. Giga - Allegro Robert Schumann (1810-1856) – Quinteto com piano, op. 44 I. Allegro brillante II. In modo d’una Marcia. Un poco largamente III. Scherzo. Molto vivace IV. Allegro, ma non troppo II Parte Camille Saint-Saëns (1835-1921) - O Carnaval dos Animais, Grande Fantasia Zoológica

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Textos: Versão livre de António Mega Ferreira, a partir dos textos de Francis Blanche I. Introdução e Marcha Real do Leão II. Galinhas e Galos III. Hemíonos (Animais Velozes) IV. Tartarugas V. O Elefante VI. Cangurus VII. Aquário VIII. Personagens de Orelhas Compridas IX. O Cuco no Fundo do Bosque X. Gaiola XI. Pianistas XII. Fósseis XIII. O Cisne XIV. Final Notas ao programa: O sonho e o nascimento de um Ensemble diferente Procuro nas gavetas da memória quando surgiu este sonho. Terá sido em Moscovo, aquando dos meus anos de estudante no Conservatório Tchaikovsky? Quando vivi em Berlim? Numa viagem de concerto por esse mundo fora ou talvez em Portugal? Foi o sonho de um agrupamento de “geometria variável” que, reunindo músicos excecionais, pudesse tomar a forma de um trio ou quinteto, de um septeto ou quarteto, etc... E que, assim, permitisse abordar, sem limitações, o fascinante e vastíssimo repertório da música de câmara. Recordo uma citação inspiradora de Dmitri Schostakovich: “A música de câmara exige do compositor a mais perfeita das técnicas e a maior das profundezas de pensamento. Compor obras de música de câmara é significativamente mais difícil do que compor obras orquestrais… A pobreza de pensamento na música de câmara é simplesmente insuportável.” Eis então a principal razão de ser do DSCH – Schostakovich Ensemble: tocar e divulgar o maravilhoso e exigente repertório camerístico! Este foi o principal intuito, animado por um espírito de partilha e de solidariedade entre músicos, de cumplicidade e de paixão. Um espírito semelhante ao que permitiu o aparecimento da música de câmara, primeiro nos salões, depois nas salas de concerto. Foi com este espírito que fundei o Ensemble, batizado de Schostakovich, nesse ano de 2006 em que o mundo celebrou os 100 anos do seu nascimento. O DSCH começou a sua viagem com o impulso deste centenário, interpretando, logo no primeiro ano de vida, a integral da música de câmara com piano de Schostakovich, no Centro Cultural de Belém, que veio a tornar-se a sua principal residência. Apresentou, ainda em 2006, vários concertos de norte a sul do país - em Bragança, Viseu, Matosinhos, Faro, alguns dos quais transmitidos pela RDP Antena 2 -, e concertos no estrangeiro, em cidades como Estocolmo, Tallinn ou Moscovo, em que associou Schostakovich a estreias internacionais de obras de Fernando Lopes-Graça, cujo centenário do nascimento também se comemorou em 2006. Porquê DSCH? Desde a adolescência, Schostakovich e a sua música causaram-me um grande fascínio. Recordo-me quando descobri, com orgulho inocente, que o ano da sua morte coincidia com o do meu nascimento: 1975. Nesses primeiros anos de estudante, toquei várias obras suas e,

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mais tarde, alguns dos 24 Prelúdios e Fugas op. 87 (algo premonitório, pois viria a fazer a estreia portuguesa desta integral, também em 2006). Em Moscovo, assisti em 1996 às comemorações do 90º aniversário do seu nascimento, com a interpretação da integral das suas 15 sinfonias. E, no centenário, surgiu o DSCH - Schostakovich Ensemble. Mas porquê DSCH? Em alemão, as notas musicais são denominadas por letras. No caso de DSCH, a correspondência é: D=Ré, S (ou, como se lê, E S)=Mi bemol, C=Dó e H=Si. “Ré - Mi bemol - Dó – Si”, ou DSCH, são quatro notas que constituem um motivo musical utilizado por Schostakovich em várias obras, uma assinatura musical oculta, um criptograma que foi criado pelo compositor com base nas primeiras letras do seu nome e apelido, isto é: Dmitri SCHostakovich. “Ré - Mi bemol - Dó - Si” é a solução de um enigma de cariz autobiográfico, um enigma musical que encerra um ideal artístico de autenticidade e humanismo que aspiramos partilhar nos nossos concertos. 10º aniversário Para este momento especial, convidei vários amigos do DSCH, recentes e de longa data. Obviamente, não podia faltar Dmitri Schostakovich, com o qual abriremos as festividades. Escolhi, não uma das suas imponentes obras-primas mas Quatro Valsas encantadoras e de carácter festivo, originárias da sua música para cinema e bailado. Num arranjo da autoria de Levon Atovmian, compositor arménio amigo e colaborador de Schostakovich, interpretaremos quatro valsas extraídas, respectivamente, do filme O Regresso de Maxim (1937), do bailado O Ferrolho (1931) e dos filmes Michurin (1948) e O Moscardo (1955). Da Rússia, viajaremos em seguida para o outro extremo da Europa, para o sol de Lisboa que é reflectido no bem-disposto Concerto em Lá Maior de Carlos Seixas, aqui numa nova versão do DSCH para sexteto com piano. São três andamentos que seguem o modelo do concerto barroco italiano – rápido, lento, rápido – , com grande fluência e inspiração. Para encerrar a primeira parte do concerto, escolhi o famoso Quinteto op. 44 de Robert Schumann, uma das obras-primas da música de câmara, que interpretámos em concertos memoráveis ao longo desta primeira década, como foi o da última temporada na Filarmonia de Hamburgo. O primeiro andamento abre com um tema apaixonado, a que se junta um diálogo animado entre os instrumentos de corda. No entanto, aparece uma seção em modo menor, antecipando já um pouco a atmosfera do segundo andamento. Este, em forma de marcha fúnebre, foi descrito por Tchaikovsky como contendo “uma completa tragédia”. Segue-se um brilhante Scherzo, pleno de vivacidade e alegria. O andamento final é um monumento musical que se destaca pela pujança e esplendor de sonoridades que magnificam a abundância de belas melodias. Wagner, depois de ter ouvido o Quinteto, escreveu a Schumann: “Vejo qual é o caminho que quer seguir e posso garantir-lhe que é também o meu, é a única possibilidade de salvação: a beleza!”. A segunda parte do concerto será totalmente preenchida pelo divertido e exuberante O Carnaval dos Animais, de Camille Saint-Saëns. Trata-se de uma Grande Fantasia Zoológica, como também lhe chamou o compositor, que contém muitos animais, para todos os gostos e feitios, incluindo músicos! Sejam eles pianistas, a quem é dedicada uma das peças, ou compositores, parafraseados satiricamente ao longo deste Carnaval. E nem o próprio Saint-Saëns escapa, com uma paráfrase autocrítica em Fósseis. A obra foi composta para a esfera privada do compositor, que não consentiu a sua publicação enquanto fosse vivo, com a exceção de O Cisne. As razões normalmente evocadas apontam para que Saint-Saëns, o maior nome da música francesa da época, tenha pretendido evitar que o conotassem com o caráter leve e humorístico da obra e fugir a juízos equívocos das suas ironias. Mas a maior ironia é que, paradoxalmente, O Carnaval dos Animais veio a tornar-se a sua obra mais famosa. Ao longo dos últimos 10 anos, o DSCH tem contado com a colaboração de ilustres convidados, que se vieram a tornar amigos do Ensemble, como é o caso da compositora

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Sofia Gubaidulina, do baixo-barítono José van Dam e do clarinetista Michel Portal, ou, noutras áreas artísticas, da atriz Beatriz Batarda e do fotógrafo Paulo Nozolino. Hoje, nesta ocasião festiva, contaremos com a colaboração de dois convidados muito especiais: Catarina Avelar, grande senhora do teatro português, e António Mega Ferreira, impulsionador do DSCH desde as primeiras horas, que escreveu, especialmente para este concerto de aniversário, uma versão livre dos textos humorísticos de Francis Blanche para o Carnaval dos Animais. Parabéns, pois, ao DSCH - Schostakovich Ensemble e a todos os que tornaram possíveis estes extraordinários dez anos: músicos e compositores, instituições culturais e suas equipas, em Portugal e no estrangeiro, e, em especial, ao público que tem sido um parceiro fantástico nesta causa comum que é a da grande música. É ainda com mais entusiasmo e novos projetos apaixonantes que entramos na segunda década! Saudações musicais e até sempre! 24 de janeiro de 2016, no 10º aniversário do DSCH - Schostakovich Ensemble Filipe Pinto-Ribeiro O CARNAVAL DOS ANIMAIS Versão livre em português de António Mega Ferreira, a partir dos textos de Francis Blanche INTRODUÇÃO No Jardim das Plantas, assim chamado por causa dos animais que para lá levaram, no Jardim das Plantas reina uma estranha agitação. Ele são decorações, ele são enfeites, parafusos, pregos, plantações. O castor ergue construções feitas com pauzinhos o grou arrasta fardos pesadíssimos pendura os quadros a serpente coleante porque esta noite, no Jardim das Plantas, vai ser demais! Há festa rija e deslumbrante É o Carnaval dos Animais! Está tudo a postos…a multidão começa a acalmar, em bicos dos pés a orquestra toma o seu lugar. O elefante, com a sua tromba, faz de trompa, o veado, com a armação, é o corneteiro e eis que se ergue, do meio do silêncio, para acariciar os sentidos e o gosto a música que tem de Saint-Saëns o rosto.

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I MARCHA REAL DO LEÃO Ouve-se de repente “Viva o Rei!” e entra, de juba em movimento, solta, para trás, ao vento, o Leão, britânico e impante, de altivo semblante… Vestido de sedas em tons cintilantes (sedas de Lyon, como eram dantes) é o rei dos elegantes mas de uma timidez desarmante: à mínima coisinha enrubesce como uma menina Povo dos animais…ouve-o…acalma esse fervor… Que a música de Saint-Saëns é o teu rei maior

II GALINHAS E GALOS Gente de quintas e gente de pluma

Eis os galos e as galinhas! Capoeira e curta pluma São entre nós comezinhas Uns gritam cócórócós em alta voz Outros piam e cacarejam sem sentido porque têm na cabeça uma ideia (que surpresa): Assinar por um ano completo um contrato fenomenal: as galinhas no Preço Certo os galos no Telejornal

III HEMÍONOS (ANIMAIS VELOZES) O que é um hemíono? Um cavalo.

Os hemíonos são cavalos O hemíono é um belo animal os hemíonos têm bem alto o astral Trota como um cavalo a sério galopam como cavalos a sério Quando cai não sente ardor levanta-se sem praguejar de dor E se o hemíono é um cavalo se os hemíonos são cavalos ele tem, como os demais animal,

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eles têm, como todos os animais, o seu lugar no nosso carnaval como em todos os carnavais. IV TARTARUGAS

No carnaval, com anual afã, as tartarugas dançam o can-can e debaixo da escamada carapaça suam as estopinhas como quem trata da lentidão com furiosa velocidade Basta observarmos a inanidade que é dançar o galope de Offenbach ao ritmo de João Sebastião Bach para perceber que os esforços são baldados em brincar com os seus corpos anafados Mais vale correr do que chegarmos atrasados. V O ELEFANTE São como crianças

os elefantes pois desconhecem a proibição Como defesa usam as presas julgando que usam a dentição VI CANGURUS Atleta universal, uma espécie rara eis o canguru, temível pugilista, campeão do comprimento e do salto à vara Sim, quando saíres do mato da Austrália, os nossos desportistas ao pé de ti serão como espantalhos Ó canguru, tu vais deixá-los de rastos. VII AQUÁRIO Da baleia até à sardinha da bela anchova ao vermelho lá no fundo se prepara a comidinha cada um se alimenta de outro mais pequeno Este costume singular esta luta de vida e de morte que é o mar faz vibrar a nossa alma regular Mas, no fundo, é assim a vida

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coisa que acontece, basta olhar, e que aquele que nunca foi levado a pecar aos peixes a primeira pedra atire

VIII PERSONAGENS DE ORELHAS COMPRIDAS

Farto de ser besta de carga de quem toda a gente ri à socapa o burro, no Carnaval dos Animais, enfiou umas orelhas de homem colossais! IX O CUCO NO FUNDO DO BOSQUE Jogando às escondidas não se sabe bem com quem, o cuco, esse velho intriguista, acaba de roubar o ninho de alguém Usurpando uma casa bem capaz

e o bem-estar de uma família destruindo é o cuco, pássaro voraz, que faz o terror dos maridos E em cada um o mal-estar existe: “Lá longe, no fundo do bosque, como o canto do cuco é triste” X GAIOLA Melros, estorninhos, gaviões Canários e pardais, andorinhas e andorinhões voai, aves gentis, cantai! Ninguém, neste mundo, soltará um ai, ninguém vai censurar a cantoria ninguém julga o vosso voo uma folia. XI PIANISTAS Que curioso animal! Dir-se-ia um artista mas no cartaz do recital chamam-lhe pianista. Este mamífero concertívoro digitígrado vive, regra geral, em cima de um estrado. Tem olhos de lince e um casaco com rabo alimenta-se de escalas, e, ao fim e ao cabo, reproduz-se, nos salões, melhor que os ratos.

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Junto do teclado, faz figura de solista, mas a sua carne é pouco apreciada Caçadores e amantes da caça, há que saber caçar, não disparem sobre o pianista! XII FÓSSEIS Em licença precária do museu, chegam os fósseis. Ictiossauros brontossauros e dinossauros Iguanodontes megatérios e pterodáctilos Nabucodonosor e outro fulgor dos tempos passados Vieram arejar a pluma (uma pluma fossilizada, pois claro!) E à luz dos candelabros os seus corpos glabros vão deixando cair os ossos por toda a parte no frenesi que lhes provoca a música de Saint-Saëns, a vertiginosa Dança Macabra. XIII O CISNE Como um ponto de interrogação rasgado a branco sobre um fundo verde de água o cisne é como uma janela escancarada aberta a qualquer suposição Este cisne é patético? Será um amante abandonado? Digno, porém romântico, ou apenas um glorioso falhado? Este é um mistério que persiste e o cisne afasta-se lentamente com o seu ar ausente e triste Para ele, esta é a instância fatalista em que se vai tocar um trecho perturbante …mas é o momento de glória do violoncelista porque é dele o solo e o instante…

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XIV FINAL E agora, aqui está, a festa atinge o auge os animais rompem as correntes e as grades e dançam uns com os outros, como irmãos: o lobo com o cordeiro, o negro corvo com a raposa prateada o tigre predador com o tímido cabrito e o piolho com a aranha o cabo com o seu machado Como é festivo e animado o Carnaval dos Animais! E depois, quando a noite se tornar mais nítida e a música, exausta, se calar, os animais farão fila para voltar e tornará a ser como dantes a vida… Uns dos outros vão voltar a sentir medo o cão e o gato, o leão e o rato e o mais que nem me atrevo… E não se riam disto, por favor Os animais não são os mais estúpidos, afinal, e se tiverem sobre isto uma dúvida normal venham no próximo domingo, vestidos a rigor, ao Carnaval dos Homens! Biografias: Filipe Pinto-Ribeiro, piano e direção artística Um dos músicos portugueses de maior prestígio nacional e internacional, Filipe Pinto-Ribeiro é considerado um “poeta do piano” e as suas interpretações musicais, caracterizadas por profunda emoção e intelectualidade, são reconhecidas como ímpares pelo público e pela crítica especializada. Nasceu no Porto e, após estudos em diversos países, foi discípulo de Lyudmila Roshchina no Conservatório Tchaikovsky de Moscovo, onde se doutorou com as mais elevadas classificações em 2000, como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian. Desenvolve uma intensa atividade solística e camerística, abrangendo um vasto repertório que se estende do Barroco até aos nossos dias. É frequentemente convidado como solista pelas principais orquestras de Portugal e de vários países, como Rússia, Espanha, Cuba, Eslováquia, Arménia ou Bélgica, tendo colaborado com os maestros John Nelson, Dmitri Liss, Emilio Pomàrico, Mikhail Agrest, Charles Olivieri-Munroe, Peter Tilling, Boguslaw Dawidow, Rengim Gökmen, Marc Tardue e Misha Rachlevsky, entre outros. Apaixonado pela música de câmara, tem-se apresentado em parceria com alguns dos maiores nomes do panorama internacional, como Renaud Capuçon, Benjamin Schmid, Lars Anders Tomter, Michel Portal, Gary Hoffman, Jack Liebeck, Christian Poltéra, Corey Cerovsek, Pascal Moraguès, Eldar Nebolsin, Gérard Caussé, Adrian Brendel, Anna Samuil e José van Dam. Filipe Pinto-Ribeiro é fundador (2006) e diretor artístico do DSCH - Schostakovich Ensemble. Gravou diversos CD’s que obtiveram excelente recetividade por parte do público e da crítica musical. O seu último álbum, Piano Seasons, gravado em França para a Paraty e distribuído mundialmente pela

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Harmonia Mundi, tem recebido críticas muito elogiosas em Portugal e no estrangeiro. É frequentemente solicitado como diretor de vários projetos, destacando-se atualmente o Verão Clássico - Academia Internacional de Música de Lisboa. Para além da sua intensa atividade concertística, foi Professor de Piano durante a última década em algumas universidades portuguesas e orienta frequentemente masterclasses, em Portugal e no estrangeiro. Filipe Pinto-Ribeiro é Steinway Artist. Rosa Maria Barrantes, piano

A pianista luso-peruana Rosa Maria Barrantes nasceu em Lima, Peru, onde iniciou os estudos de piano e, desde muito cedo, se apresentou em diversas salas de concerto. Estudou no Conservatório Tchaikovsky de Moscovo, sob a orientação da Professora Natalia Troull, tendo concluído com as mais altas classificações o doutoramento em Performance Musical – Piano. Em Moscovo, estudou ainda Música de Câmara com Alexander Bakhchiev. Anteriormente, graduou-se na Pontifícia Universidade Católica do Chile, concluindo com distinção a Licenciatura em Música – piano, na classe de Maria Iris Radrigán. Como solista ou integrada em agrupamentos de música de câmara, tem atuado em vários países europeus e americanos, participando frequentemente em Festivais Internacionais de Música e colaborando com músicos como Filipe Pinto-Ribeiro, Anna Samuil, Marcelo Nisinman, Ramón Ortega Quero, Tatiana Samouil, Natalia Tchitch, Yuri Kissin, Lara Martins, Tiago Pinto-Ribeiro, Justus Grimm, Zlata Rubinova, Chen Halevi, entre outros. Colabora frequentemente com o DSCH – Schostakovich Ensemble e tocou recentemente como solista com a Orquestra Camerata Romeo, em Cuba. Gravou um CD em duo com Filipe Pinto-Ribeiro, interpretando obras de Gabriel Fauré, Eric Satie, Claude Debussy, Francis Poulenc e Maurice Ravel (Numérica 1119), obtendo excelentes criticas. Rosa Maria Barrantes foi Professora de Piano e Música de Câmara na Licenciatura em Música do Instituto Piaget, em Almada. Foi ainda pianista acompanhadora na Universidade das Artes, em Berlim, e na Escola Superior de Música de Lisboa. Atualmente, é docente de Piano e Música de Câmara no Conservatório Metropolitano e na Escola Profissional Metropolitana, em Lisboa. Adriana Ferreira, flauta Solista da Orquestra Nacional de França desde 2012, Adriana Ferreira obteve recentemente o lugar de primeira flauta solo da Orquestra Filarmónica de Roterdão. Em 2010, obtém o 1º Prémio, o Prémio da Orquestra e o Prémio do Júri de Jovens Flautistas no Concurso Internacional Carl Nielsen, na Dinamarca. Em 2013, é no Japão que é laureada com o 3º Prémio no Concurso Internacional de Kobe; antes de obter, em 2014, o 1º Prémio no Concurso Internacional Severino Gazzelloni, em Itália. No mesmo ano, obtém o 2º Prémio ex-æquo (1º não atribuído) e o Prémio Coup de Cœur, atribuído pelos relógios Breguet, no Concurso Internacional de Genebra, na Suíça. Em duo com a pianista Isolda Crespi, gravou o CD Danse des Sylphes, para a editora Numérica (2011), seguido de um CD para a coleção da revista Falaut, em Itália (2015). Recentemente lançou um CD a solo com a Orquestra de Câmara de Genebra e o pianista Lorenzo Soulès, para a editora Claves, na Suíça. Natural de Cabeceiras de Basto, Adriana Ferreira nasceu em 1990 e estudou flauta na Escola Profissional Artística do Vale do Ave - ARTAVE (2002-2008), na classe da professora Joaquina Mota. Como bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian, integrou a classe de Sophie Cherrier no Conservatório Nacional Superior de Música de Paris (2008-2015), onde completou a sua Licenciatura, Mestrado e o 3º Ciclo superior. Estudou ainda com Benoît Fromanger, na Hochschule Hanns Eisler de Berlim, e é licenciada em Musicologia pela Universidade Paris-Sorbonne.

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Pascal Moraguès, clarinete 1.º Clarinetista Principal da Orquestra de Paris, desde 1981, Pascal Moraguès é ainda Professor no Conservatório Nacional Superior de Música de Paris, desde 1995, e Professor Convidado da Escola Superior de Música de Osaka, no Japão, desde 2002. Ao longo da sua carreira como solista, colaborou com maestros de renome, incluindo Daniel Barenboim (que o convidou aos 18 anos para ser Clarinete Principal da Orquestra de Paris), Pierre Boulez, Carlo-Maria Giulini e Zubin Metha. É membro do Quinteto Moraguès, do Mullova Ensemble, do Katia and Marielle Labèque Ensemble, do DSCH – Schostakovich Ensemble e é regularmente convidado como clarinete solista pela Orquestra de Câmara da Europa. No domínio da música de câmara, tocou com Sviatoslav Richter, Daniel Barenboim, Christophe Eschenbach, Schlomo Mintz, Joshua Bell, Yuri Bashmet, Gary Hoffman, Nathalia Gutmann e Felicity Lott, com o Trio Guarneri e com os quartetos de cordas Borodine, Sine Nomine, Carmina, Amati, Prazák, Lindsay, Endellion, Jerusalem, Isaye, Parisii, etc. A sua gravação do Quinteto de Brahms com o quarteto Talich é hoje reconhecida como uma referência. Apresenta-se regularmente nas mais prestigiadas salas de concerto internacionais e orienta frequentemente masterclasses. Realizou várias gravações com grandes músicos como Sviatoslav Richter e Viktoria Mullova, e com o Quinteto Moraguès, tendo recebido vários prémios internacionais. Benjamin Schmid, violino Benjamin Schmid , natural de Viena, ganhou o Concurso Carl Flesch, em 1992, em Londres, onde foi também distinguido com os Prémios Mozart, Beethoven e o Prémio do Público. Desde então, tem atuado como solista nas mais prestigiadas de concerto com as melhores orquestras mundiais, tais como a Filarmónica de Viena, a Orquestra Filarmónica de Londres, a Orquestra Filarmónica de Petersburgo, a Orquestra Concertgebouw de Amsterdão, a Orquestra Tonhalle de Zurique, e trabalhou com maestros como Ch. Dohnányi, V. Gergiev, D. Zinman, S. Osawa. A sua qualidade enquanto solista, a vastidão extraordinária do seu repertório – além das obras tradicionais, os Concertos para Violino de Ligeti, Gulda, Korngold, Muthspiel, Szymanowski, Weil, Lutoslawski e Reger - e em particular a sua capacidade de improvisação no jazz, fazem dele um violinista de perfil incomparável. Benjamin Schmid gravou cerca de 40 CD’s, muitos dos quais foram galardoados com o Deutsche Schallplattenpreis, o prémio Klassik, o Grammophone Editor’s Choice, Record of the Month ou o Strad Selection. Regressou recentemente à Orquestra Filarmónica de Viena, dirigido por Valery Gergiev, para o concerto Sommernachtskonzert, desta vez com um concerto para violino de Paganini/Kreisler, que, tal como o concerto de Ano Novo, foi mundialmente transmitido em direto na televisão, e foi gravado em CD e DVD, sob a chancela da Deutsche Grammophon. Foram realizados vários filmes sobre Benjamin Schmid que retratam o extraordinário talento do violinista, transmitidos em diversos países. Em 2006 recebeu o “Internationaler Preis für Kunst und Kultur” (Prémio Internacional para as Artes & Cultura), em Salzburgo, cidade onde vive com a sua mulher, a pianista Ariane Haering, e os seus quatro filhos. É Professor de Violino na Universidade Mozarteum de Salzburgo e Professor Convidado da Escola Superior de Berna, e toca o violino Stradivari “Guyot”, de 1705. Foi escolhido como um dos principais violinistas a nível mundial no livro “Great Violinists of the 20th Century” (J.M. Molkou / Buchet-Chastel). Jan Bjøranger, violino Jan Bjøranger junta uma intensa carreira internacional de músico com um lugar de destaque entre os músicos noruegueses, enquanto Professor e Chefe do Departamento de Instrumentos de Cordas da Universidade de Stavanger. Orienta frequentemente masterclasses em vários países, incluindo na Universidade Mozarteum, de Salzburgo, e na Hochschule für Musik und Theater "Felix Bartholdy Mendelssohn", em Leipzig. É o fundador e

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diretor artístico do Ensemble 1B1. Durante a sua carreira, Bjøranger foi um grande empreendedor musical. Foi o diretor artístico do Festival Internacional de Música de Câmara de Umeå, na Suécia, durante seis anos, e fundador do Festival KGA, na Noruega. Bjøranger é frequentemente convidado para liderar ensembles e orquestras na Europa, incluindo Camerata Salzburg, Scottish Chamber Orchestra, Gothenburg Symphony, Danish Radio Symphony Orchestra, Trondheim Soloists, Norwegian Chamber Orchestra, Danish National Chamber Orchestra. Como solista e músico de câmara, Jan Bjøranger tem tocado nas principais salas de concerto mundiais com músicos como Janine Jansen, Thorleif Thedeen Peter Jablonski, Per Tengstrand, Enrico Pace e Lars Anders Tomter. Fez inúmeras gravações para as editoras Phillips, Sony, CcnC, Simax, Lynor, Intim Musik, Chandos e EMI. Lars Anders Tomter, viola É considerado um dos maiores violetistas da atualidade. “O Gigante da Viola Nórdica” (como o apelidou a revista “The Strad”) nasceu em Hamar, na Noruega. Estudou violino e viola com Leif Jørgensen no Conservatório de Oslo e na Academia Estatal da Noruega. Continuou os estudos com Max Rostal e Sándor Vegh. Foi laureado pela sua interpretação do Concerto para viola e orquestra de Bartók no Concurso de Budapeste (1984) e ganhou o Concurso Maurice Vieux Internacional em Lille (1986). A sua carreira internacional começou em 1987/88 aquando de extensas tournées nos Estados Unidos e na Alemanha com a prestigiada Orquestra de Câmara Norueguesa, sob a direção de Iona Brown. Desde então, as suas prestações como solista têm recebido o máximo aplauso do público e da crítica na Europa e na América, em salas como o Musikverein de Viena, Carnegie Hall de Nova Iorque, Wigmore Hall de Londres, Konzerthaus de Berlim e a Filarmonia de Colónia. Apresentou-se como solista com orquestras como a BBC Symphony, BBC Scottish Symphony, Royal Philharmonic Orchestra, Academy of St. Martin in the Fields, City of Birmingham Symphony Orchestra, Orquestra Sinfónica RSO de Frankfurt, Orquestra Filarmónica NDR de Hannover, Gürzenich de Colónia, Budapest Festival Orchestra, Filarmónicas da Hungria, República Checa, de Oslo, de Bergen e as Sinfónicas da Rádio Sueca e da Rádio Dinamarquesa. Trabalhou com maestros como Marc Albrecht, Vladimir Ashkenazy, Sylvain Cambreling, Dennis Russell Davies, Olari Elts, Daniele Gatti, Krzysztof Penderecki, Jukka-Pekka Saraste e Yan Pascal Tortelier. Colabora também com músicos de grande renome em projetos de música de câmara. É frequentemente convidado para importantes festivais como BBC Proms, Lockenhaus, Bad Kissingen, Mondseetage, Schleswig-Holstein, Schwetzingen, Styriarte, Verbier e ainda para vários festivais na Escandinávia. É diretor artístico do Festival de Música de Câmara de Risør. Gravou para as editoras Simax, Naxos, Virgin Classics, NMC, Somm and Chandos. É Professor na Academia Estatal de Oslo e toca numa magnífica viola Gasparo da Salo de 1590. Adrian Brendel, violoncelo Adrian Brendel é um dos mais versáteis e originais violoncelistas da sua geração, apresentando-se como solista e músico de câmara nos principais palcos europeus, americanos e japoneses. Trabalha frequentemente com artistas como I. Cooper, P. Lewis, K. Armstrong, A. Madzar, A. Marwood, L. Power ou T. Horton e é convidado pelos principais festivais e Ensembles mundiais. Os dois anos de parceria com o seu pai, Alfred Brendel, tocando por todo o mundo e gravando, para a Philips, a obra completa de Beethoven para violoncelo e piano, resultaram num tremendo sucesso do público e da crítica especializada, tendo a interpretação da Sonata em Lá Maior de Beethoven sido considerada como recomendação de topo da “BBC Building a Library Programme”. Tem trabalhado com M. Kagel, T. Ades, J. Anderson, K. Saariaho e G. Kurtág. A paixão e o interesse pela improvisação e outros géneros musicais levaram a encontros com Patti Smith, Root 70 e músicos de África, Índia e da Europa de Leste. Orienta frequentemente masterclasses de violoncelo em

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Detmold, Darlington e Bremen, e workshops de música de câmara em Prussia Cove, Bloomington e no Conservatório de Bruxelas, onde deu palestras sobre interpretação e humor na música. Assistiu G. Takacs-Nagy, F. Helmerson e Alfred Brendel. Adrian Brendel estudou no Winchester College, na Universidade de Cambridge e com F. Helmerson no Conservatório de Colónia. Outros professores importantes na sua formação foram A. Baillie, M. Perenyi e W. Pleeth. Também frequentou masterclasses com o quarteto Alban Berg e com G. Kurtág. Entre 2002 e 2004, foi membro do “Lincoln Centre Chamber Music Society”. É fundador e diretor artístico do Festival de Plush, no Reino Unido. Tiago Pinto-Ribeiro, contrabaixo Tiago Pinto-Ribeiro nasceu no Porto. Iniciou os estudos de contrabaixo no Conservatório Regional de Gaia e graduou-se na Escola Superior de Música do Porto, com 19 valores. Como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, ingressou na Universidade das Artes de Berlim, na classe do Professor Michael Wolf, concluindo a Licenciatura “Diplom” e o Mestrado com as máximas classificações. Frequentou várias masterclasses com contrabaixistas como Rainer Zepperitz, Dane Roberts, Klaus Stoll, Wolfgang Güttler, Duncan Mctier, entre outros. Entre os vários prémios nacionais e internacionais conquistados, destacam-se o 1º prémio no Concurso Internacional de Cordas “Júlio Cardona” e a Menção Honrosa no Concurso Internacional de Contrabaixo da International Society of Bassists, em Houston. Tem-se apresentado a solo e em música de câmara em festivais na Alemanha, Inglaterra, Suíça, França, Polónia e Portugal, em parceria com grandes músicos da atualidade como Marcelo Nisinman, Jack Liebeck, José van Dam, Chen Halevi, Tatiana Samouil, Isabel Charisius, Justus Grimm, Silvia Careddu e o seu irmão Filipe Pinto-Ribeiro. Tocou em algumas das melhores orquestras mundiais: Orquestra Sinfónica NDR de Hamburgo, onde trabalhou 2 anos, Orquestra Filarmónica NDR de Hannover, Orquestra Sinfónica de Berlim, Orquestra Sinfónica da Galiza, entre outras, onde foi dirigido por maestros consagrados como Claudio Abbado, Cristoph von Dohnányi, Kent Nagano e Cristoph Eschenbach. É contrabaixista da Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música e professor de Contrabaixo e de Música de Câmara na Escola Profissional de Espinho e na Universidade de Aveiro. Colabora frequentemente com o DSCH – Schostakovich Ensemble. Abel Cardoso, percussão Abel Cardoso concluiu o Curso do Conservatório na Escola de Música de Nossa Senhora do Cabo, em Linda-a-Velha, tendo como professor Carlos Voss. Na Escola Superior de Música de Lisboa, licenciou-se com nota máxima de 20 valores, com os professores Richard Buckley e Carlos Voss. Obteve os graus de Mestre em Ensino da Música e em Performance, com o Professor Pedro Carneiro. Ao longo da sua formação, apresentou-se com a Orquestra da Juventude, Orquestra Sinfónica das Escolas de Música e Orquestra Sinfónica Juvenil. Enquanto profissional, colaborou com a Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra Sinfónica Portuguesa, Orquestra de Câmara Cascais-Oeiras, Orquestra do Algarve, Orquestra Sinfonietta de Lisboa, Camerata Atlântica, Sond’Ar-te Electric Ensemble, City of London Orchestra, Percussionistas de Estrasburgo, Ensemble Intercomtemporain (Paris), Ensemble Xenakis U.S.A., Remix Ensemble e DSCH - Schostakovich Ensemble. No âmbito da música de câmara, é membro fundador do sexteto de percussão “Rhythm Method” e diretor artístico dos Percussionistas de Lisboa, tendo recentemente gravado o CD “Bach Marimbas”. Como docente, foi professor da Escola Profissional de Música de Évora, nos Conservatórios de Almada, Alhandra, Palmela, na Escola de Música de Nossa Senhora do Cabo, e na Escola Superior de Música de Lisboa. É 1º Percussionista na Orquestra Gulbenkian e Artista Zildjian.

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Miguel Sepúldeva, celesta Miguel Sepúldeva nasceu em Lisboa, em 1998. Após concluir o ensino básico no Colégio de S. Tomás, ingressou no curso de Instrumentista de Cordas e Teclas da Escola Profissional Metropolitana, onde atualmente é aluno da Professora Rosa Maria Barrantes. No âmbito escolar, participou em vários concertos, tocando piano e celesta e colaborando com a Orquestra de Sopros da Metropolitana, a Orquestra Clássica Metropolitana e o Coro da Escola Profissional Metropolitana. Também foi, pontualmente, comentador e narrador. Miguel Sepúldeva compôs algumas obras para piano e música de câmara, que apresentou e tocou publicamente. Participou ainda em projetos como o Messias, de Händel, com o Coro e Orquestra Gulbenkian, e a 1ª edição do Verão Clássico – Academia Internacional de Música de Lisboa, no Centro Cultural de Belém. Catarina Avelar, narração Catarina Avelar tem o curso de Atores do Conservatório Nacional, que concluiu em 1957. Trabalhou na Companhia Rey Colaço – Robles Monteiro, no Teatro Nacional D. Maria II, onde esteve sete anos. Aqui integrou os elencos de peças como As Bruxas de Salém, o Mentiroso, O Processo de Jesus, Diálogos das Carmelitas, Madame Sans-Gêne, A Peliça de castor, Tartufo, Trilogia das barcas, entre outras. Paralelamente à carreira no teatro, fez vários folhetins de rádio. Colaborou com várias companhias como a Companhia de Teatro Popular de Lisboa, o TEC – Teatro Experimental de Cascais, o TEL – Teatro Estúdios de Lisboa, a Companhia de Teatro de Lisboa, o La Féria Produções Artísticas, o Novo Grupo/Teatro Aberto. Regressou ao Teatro Nacional D. Maria II em 1979, com a peça Os Filhos do Sol, de Máximo Gorki, onde se manteve no elenco residente até 2001. Tem sido uma presença assídua na televisão, em várias séries e telenovelas. DSCH – SCHOSTAKOVICH ENSEMBLE Direção artística: Filipe Pinto-Ribeiro O DSCH - Schostakovich Ensemble foi criado por Filipe Pinto-Ribeiro em 2006, ano do centenário do nascimento do compositor Dmitri Schostakovich, e proporciona o encontro de músicos excecionais, mestres nos seus instrumentos, que se movem pelo prazer de fazer música de câmara e por uma profunda cumplicidade artística. Apresentou concertos em países como Portugal, Alemanha, Rússia, França, Suécia, Estónia, Espanha ou Bélgica, obtendo excelente recetividade do público e da crítica musical. Gravou para a RDP Antena 2 e para o canal de televisão francês Mezzo. Agrupamento de geometria variável, o DSCH tem contado com a participação de alguns dos maiores nomes do panorama internacional como os violinistas Renaud Capuçon, Benjamin Schmid, Corey Cerovsek, Jack Liebeck, Philippe Graffin, Tatiana Samouil, Liza Ferschtman e Karen Gomyo, os violetistas Gérard Caussé, Lars Anders Tomter, Isabel Charisius, Vladimir Mendelssohn e Natalia Tchitch, os violoncelistas Gary Hoffman, Christian Poltéra, Adrian Brendel, Justus Grimm, Marc Coppey e Nicolas Altstaedt, os clarinetistas Michel Portal e Pascal Moraguès, o oboísta Ramón Ortega, os percussionistas Juanjo Guillem e Pedro Carneiro, os cantores José Van Dam, Anna Samuil e Maria Gortsevskaya, o contrabaixista Tiago Pinto-Ribeiro, o bandoneonista Marcelo Nisinman e os pianistas Eldar Nebolsin, Rosa Maria Barrantes e Filipe Pinto-Ribeiro, entre outros. Aborda um vasto repertório, com obras de diversos compositores, de Bach a Schumann, de Brahms a Ravel, de Beethoven a Gubaidulina, compositora com a qual o Ensemble estabeleceu uma estreita colaboração, destacando-se ainda colaborações com artistas de outras áreas como Paolo Nozolino ou Beatriz Batarda. O DSCH – Schostakovich Ensemble tem a direção artística de Filipe Pinto-Ribeiro.