ferrazópolis

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História do bairro Ferrazópolis em São Bernardo do Campo

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Região H

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FERRAZÓPOLISVl. Ferrazópolis, São Bernardo Mirim, Vl. Formosa, Jd. Sabatini, Vl. Boa Viagem, Vl. do Tanque, Jd. Leblon, Jd. Novo Horizonte, Núcleo Jesus de Nazareth, Núcleo Jd. Regina, Jd. Regina, Limpão

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A transformação do Sítio dos CourosFerrazópolis é o loteamento referencial da Região H. Em torno do lote-amento original, cuja primeira parte foi aberta em 1945, semearam-se vários outros espaços urbanos. Um dos mais recentes é o Jardim Lim-pão, que ocupa área nobre em direção ao Jardim Regina. Ali existiu um campo de futebol. Ferrazópolis significa “Cidade Ferraz”, em alusão ao seu loteador,

o empreendedor paulistano Ferraz Alvim Ferraz = nome do loteador; Polis = cidade.

Ou: cidade Ferraz, de Ferrazópolis.

bairro Ferrazópolis iden-tifica o terminal do siste-ma trólebus localizado no

fim da Avenida Brigadeiro Faria Lima, e que nem faz parte do bair-ro propriamente dito – pertence ao Centro. Ou à Região E.

Historicamente, Ferrazópolis e os loteamentos vizinhos - São Ber-

OVista aérea de Fer-razópolis em 1968:

o campo do Palestra pronto, a Via An-

chuieta, o trevo da Volkswagen... Foto:

Beltran Asêncio

nardo Mirim, Vila Formosa, Jardim Sabatini, Vila Boa Viagem, Vila do Tanque, Jardim Leblon, Jardim Novo Horizonte, Núcleo Jesus de Nazareth, Núcleo Jardim Regina e Limpão – ocupam espaço da Linha São Bernardo Novo (1877).

Com a Região H, o centro his-tórico de São Bernardo expandiu--se e modernizou-se. A Região foi ocupada, inicialmente, por anti-gos brasileiros e imigrantes ita-lianos e seus descendentes. Com a Via Anchieta, e os novos lote-amentos, recebeu brasileiros de todas as partes, geralmente uma mão-de-obra agrícola atraída pela industrialização estabelecida.

Sítio dos CourosA área de Vila Ferrazópolis e cer-canias teve função rural. Nos pri-mórdios de São Bernardo, as terras constituíam o Sítio dos Couros,

que abrangia as áreas hoje ocupa-das pelos loteamentos da Região H e mais a Região Q, da Vila São José e Jardim Silvina, acompanhando a Estrada do Vergueiro.

O Sítio dos Couros seguia até as fraldas do Pico do Bonilha, já na Região R, do Montanhão.

CaminhosA Região H fica na bifurcação de al-guns caminhos que marcaram épo-ca. Esta bifurcação – cuja referência atual é o Viaduto Miguel Etchenique – era formada pelas seguintes vias: Rua Marechal Deodoro, Estrada Galvão Bueno, Estrada do Verguei-ro, Caminho do Mar e os cami-nhos secundários rumos ao Mon-tanhão, muito antes da abertura da Via Anchieta e de vias modernas como a Rotary.

A memória oral, principalmen-te, repassa a notícia de que os mo-

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Via Anchieta, com a árvore dos carvoeiros: à direita, a Varam Motores, no espaço hoje ocupado pelo depósito da Casas Bahia. Foto: Beltran Asêncio

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radores em torno desta bifurcação pleitearam junto ao DER – Depar-tamento de Estradas de Rodagem, construtor da Via Anchieta – que o viaduto inicialmente previsto para ficar adiante fosse construído jun-to às suas propriedades. Isso traria um maior desenvolvimento, na imaginação dos pleiteantes.

De fato isso ocorreu, mas vários deles tiveram suas propriedades, ou parte delas, desapropriadas. Preci-saram se mudar. Desfez-se aquele miolo comercial e residencial.

Naquele tempo – até a década de 1940 – quem viesse pela Rua Ma-rechal Deodoro tinha que dobrar à direita para alcançar as colônias do Demarchi e Batistini, pela então Estrada Galvão Bueno. Hoje a es-trada, neste trecho com o nome de Avenida Maria Servidei Demarchi, inicia-se após o viaduto do km 23,5.

Do mesmo modo, a atual Aveni-da Dr. José Fornari era ainda de-nominada Estrada do Vergueiro e Caminho do Mar, com uma cabi-

Em 1948, a Brasmo-tor, no chamado “fim

da Vila” ou “fim da Marechal Deodoro”:

antigas colônias cultivadas por fa-

mílias de imigrantes italianos abrem

espaço à indústria moderna, atraída pela recém-aberta

Via Anchieta. Acer-vo: Felício Arsuffi

ne de pedágio estabelecida desde os tempos em que a via foi refor-mada, entre os anos 10 e 20 do século passado por Rudge Ramos.

A Via Anchieta é de 1947, a Ave-nida Rotary de 1955, ano do Jubi-leu do Rotary Internacional.

EtniaPrevaleciam os italianos e seus descendentes nos arredores des-ta bifurcação. Famílias que cria-ram raízes e permanecem na ci-dade até hoje. Casos dos Arsuffi, Bonini, Martinelli, Meneguetti, Rocco e Tosi.

Estas famílias viviam da agricul-tura e de uma indústria artesanal como a oleira. Os Arsuffi tiveram olaria às margens do Ribeirão dos Couros. Os Bonini mantinham uma ferraria em plena Rua Mare-chal Deodoro. O moinho de mi-lho era outra atividade exercida. Produzia-se vinho, das videiras cultivadas neste espaço a meio ca-minho das colônias e do centro da

Vila de São Bernardo.O vinho era fornecido para fa-

mílias mais abastadas, como os Flaquer, de Santo André, e os Co-razza e Setti de São Bernardo.

O comércio era exercido tam-bém por famílias italianas. Dois exemplos: o armazém de João Crescêncio Capassi, o açougue de Angelim Batistini. Bem mais tarde, em 1962, a abertura do bar de Felí-cio Arsuffi, que nasceu neste ponto e ali vive até hoje, repassando-nos as informações agora registradas.

Nas colônias dos Tosi e Arsu-ffi foram estabelecidas indústrias como a Brasmotor e implementa-dos os loteamentos que formam a Região H.

Sistema hídrico

A Vila do TanqueAs pontes do Ribeirão dos CourosA Região H possui vários cursos d’água, que abastecem o sistema do Ribeirão dos Meninos (ou dos

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Couros). O mais central é o Córre-go São Bernardo Mirim, que nasce no Montanhão e hoje está pratica-mente todo embutido.

O Córrego São Bernardo Mirim corre em paralelo à Rua Tiraden-tes. A paisagem era tipicamente rural, com o moinho da família Cerchiari, a chácara onde a família Ballotim criava carpas e a pedrei-ra da família Margonari, depois transformada na Pedreira Muni-cipal, que tantas pedras forneceu para obras públicas.

A água era de excelente qualida-de, tanto que até o final da década de 1970 – mesmo com a desativa-ção da pedreira – era buscada por moradores da cidade.

Junto ao moinho dos Cerchia-ri havia um tanque e açudes. Eles abasteciam as propriedades locais. Serviam como fontes de irrigação. No tanque praticava-se natação.

Por causa do tanque, Vila do Tanque. Destacou-se a expressão “ir ao tanque”, expressão citada por Newton Barbosa.

O milho para tomar sol

“Lembro-me do moinho de fubá desde quando era criança; era da família Arssufi; todo feito de tijolos, sem revestimento. Tinha uma grande porta na frente, sem janela. Do lado direito do moi-nho estava a grande roda, movi-da a água. Em frente, havia um terreiro estreito, onde punha-se o milho para tomar sol e ser esco-lhido. Logo após o terreiro, tudo era água represada, até a mar-gem da Rua Galvão Bueno (que, como o moinho e o tanque, não existe mais neste local).

Dionízio Pessotti, “O moinho”, op.cit.

NotasHoje o Córrego São Bernardo

Mirim é encoberto pelas pistas da Avenida Rotary.

Já no Centro - próximas à bi-furcação citada - existiam três pontes, descritas pelo advogado Nevino Antonio Rocco, que ali morou com a família1ª ponte – Existia onde termina-va o calçamento da Rua Marechal Deodoro, cruzando a via sobre o córrego que vem da Vila do Tan-que (hoje Irajá) encarcerado sob a Avenida Rotary, que dividia a casa do velho Bonini e a chácara de Eto-re Tosi. O rio seguia fazendo divisa entre a ferraria do Boni e a gara-gem dos Irmãos Romano (Empresa Auto Viação São Bernardo Ltda). Até alcançar e se unir ao Ribeirão dos Couros, atrás da fábrica Odeon (hoje terminal trólebus).2ª ponte – Localizada cem metros adiante, na Rua de Pinedo, sobre o Ribeirão dos Couros.3ª ponte – Localizada 50 metros a frente da segunda ponte, também

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sobre o Ribeirão dos Couros, na Li-nha Galvão Bueno.

Dr. Nevino conclui: hoje essas pontes estão enterradas debaixo da Praça Miguel Etchenique.

Praça – dizemos nós – que representa uma nova versão da bifurcação histórica citada, área pública, ajardinada, cui-dada pelas empresas da família Braga – Setti.

O Córrego São Bernardo Mirim recebe vários afluentes. Um de-les acompanha a Avenida Albert Schweitzer, no passado propício à caça de rãs e pequenos carás.

IndustrializaçãoBrasmotor, Brastemp = Walmart

Gemmer = Center CastilhoDoehler = São Bernardo Plaza Shopping

Aproveitando a descrição de Ne-vino Antonio Rocco, é preciso dizer que o Walmart de hoje ocu-pa a área que foi da Brasmotor (e, depois, Brastemp), empresa ins-talada no final da década de 1940 na antiga chácara de Etore Tosi.

Os Arsuffi e os Grotti mantiveram sociedade numa fábrica de alumínio.

Outras grandes empresas foram instaladas e funcionaram nos ter-renos sequenciais, com dois desta-ques: a Doehler (Indústrias Doehler Brasil, fundição, da Rua Adutora, 102, hoje Avenida Albert Schweit-zer) e a Gemmer (Indústrias Gem-mer Brasil, da Avenida Rotary, 825).

Observa-se, na Região H, a trans-formação da área agrícola em in-dustrial e, presentemente, em co-mercial e de serviços. Lenta mas progressiva transformação.

UrbanizaçãoE sobre lotes coloniais do antigo Sítio dos Couros, transformado em parte da Linha São Bernardo Novo, os lotes urbanos.

O inventário da família Arsu-ffi foi extenso. A família contra-tou para conduzi-lo o advogado Oswaldo Ferraz Alvim, de São Paulo. Os honorários do advo-gado foram pagos em terras. A seguir, Oswaldo Ferraz Alvim adquiriu parte das áreas dos her-deiros, e neste conjunto de pro-

Vista aérea da Gemmer do Brasil,

indústria de autope-ças para a o parque

automobilístico: forma-se o parque

industrial ao longo da Avenida Rotary,

hoje substituído pelo setor de serviços e de

comércio. Foto: Mario Ishimoto/PMSBC

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Vista aérea da Brasmotor no início dos anos 1950: largos jardins hoje ocupados pelo Wall-Mart. Acer-vo: Carlos de Oliveira Filho

priedades abriu Vila Ferrazópolis.Newton Ataliba Madsen Barbo-

sa foi sócio-proprietário do Escri-tório Técnico de Agrimensura, ao lado de Otto Pereira de Carvalho. A Sociedade Civil Imobiliária Na-cional contratou o Escritório para executar o loteamento, que teve três partes distintas.

Vila do Tanque – Lote-amento da Empresa Auxiliadora de Terrenos em Prestações Ltda, proprietária da faixa à direita da Rua Tiradentes. Eduardo Cruz, vendedor de lotes da empresa, foi quem se interessou pela de-nominação “Vila do Tanque”. Solicitou a aprovação do nome em 1952, obtendo sucesso no ano seguinte.

Registro - Inaugurada, em 31-3-1978, a Creche São Francisco de Assis, no Bairro Ferrazópolis, em São Bernardo, num convênio entre a Paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem e a Fubem - Fundação do Bem-Estar do Menor do Município.

Destaque - Em tempo recor-de a Prefeitura iniciou e concluiu, em 2011, a reforma e manuten-ção do Centro Cultural Jácomo Guazzelli, à Rua Rosa Pacheco, 201, esquina com a Rua Francisco Tosi, no Bairro Ferrazópolis. Fo-ram três meses de obras, nascen-do um novo teatro, uma quadra esportiva e vestiários. A realiza-ção da obra originou-se de indi-cação da população, por meio do Orçamento Participativo.

Os LoteamentosFerrazópolis, 1ª parte – 1945 Vila Formosa – 1947Vila do Tanque – 1952 São Bernardo Mirim – 1958Jardim Leblon – 1961 Vila Boa Viagem – 1967Jardim Regina – 1967 Jardim Sabatini – 1986Jardim Novo Horizonte - 1989 Núcleo Jesus de NazaréNúcleo Jardim Regina – Anos 1970Limpão – Anos 1980

Notas

Lembranças de João Bernardo de Oliveira. Natural de Cruzeiro (SP), ele vive na Região H desde criançaA Vila do Tanque tinha só duas ruas, a Rua 1 é a atual Rua Barti-ra, e a Rua 2, a Nossa Senhora da Boa Viagem

O Jardim Leblon era uma chá-cara com muitos eucaliptos e fru-tas. O dono, Sr. Eugênio, não dava as frutas. Então a gente roubava. Entrava pelo meio do calipal, fa-zia um furo na cerca, arregaçava a cerca, e ia roubar as frutas. Era muito mais gostoso.

Numa noite meu pai me mandou no bar. Ele gostava de tomar pinga com groselha. O bar era na Tiradentes.

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Na volta do bar vejo um cachor-ro enorme deitado no meio da rua, branco. Um monstro de cachorro, que bateu as orelhas: ploc ploc ploc. Nem tomei conhecimento. Depois que passei pelo bicho, dei dois pas-sos pra frente, olho pra trás: cadê? Já não vi mais o cachorro. Tinha um barrancão, umas escadas de barro. Ouço cair aquele monte de terra. E eu, muito bobo, ainda subi pra ver o que tinha acontecido. Não vi nada. Ao chegar em casa, contei a história e escutei meu pai comentando com a minha mãe: “Ele viu um lobisomem”.

O EC Palmeirinha era o time do Henrique Trindade e da dona Anita, sua esposa. O campo ficava na Tira-dentes. Tem a Escola Estadual Car-

los Pezzolo, pra frente um conjunto de prédios. Ali era o campo. Agora passou aqui para o lado de cima.

Resolvemos fazer um outro time, Sociedade Esportiva Jardim Leblon. Cores: vermelha, branca e preta; fundação: 1-5-1982.

Fui criado aqui. Nunca mais vol-tei a Cruzeiro. Tenho vontade de conhecer. Ouvi no rádio: “A maior covardia é o cidadão brasileiro não conhecer a terra natal dele”. Pensei: “O locutor está falando pra mim, não é possível”. Ainda vou conhecer Cruzeiro...

Limpão e a Nova Fer-razópolis - O Limpão organi-zou-se em torno do seu Conselho

Comunitário, cujas lideranças guar-dam imagens dos primeiros tempos. E hoje apresenta características pró-prias definidas:

1 – A Rua Paulista2 – A Creche3 – O patrono Manoel Torres deOliveira4 – O Centro Comunitário comsua roupagem nova5 – E a alameda que interliga Lim-pão ao Jardim Regina.

Entre as lideranças:Onildo Luiz da Silva, presidente do Conselho ComunitárioRaimundo Nonato de Oliveira, paiRaimundo Nonato de Oliveira, filho

José Braga de Brito, José Simião e Fran-

cisco Dantas de Oliveira: história

construída

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O Núcleo Limpão começou a ser for-mado nos anos 80, com a construção de barracos em torno do campo de futebol e depois no próprio campo.Não existia a Nova Ferrazópolis, só a velha, pelos lados da Boa Viagem. O bairro era calçado com paralelepí-pedos. Depois que veio o asfaltoO bairro melhorou bastante. Antes as moradias eram mais de madeira, hoje tem muita casa de bloco. Antes não tinha es-cola, tinha muito lixo, rataria, muito entulho.

José Simião

Ferrazópolis era uma vila em 1966, hoje é um bairro. A Avenida Albert Schweitzer (pastor americano) cha-mada Rua da Adutora. Já tinha luz, era calçada com paralelepípedos.

Coração de Fer-razópolis: bairro residencial criado em antiga linha colonial. Foto: Nei Mello

A ideia do sacolão veio do nascimento do Partido dos Trabalhadores. O Nú-cleo de Informações do PT montou um grupo. Fomos atrás e conquistamos o melhoramento. Conseguimos montar o Sacolão na Rua Rosa Pacheco.

José Braga de Brito

Em 1979 a Rua Regente Lima e Silva era diferente. Eram poucas construções, mais barracos de ma-deira, poucos de alvenaria. Não tinha asfalto, a luz era fraca, com postes de madeira.Não tinha o Limpão. O lugar era ocupado por um campo de futebol.Quando cheguei, o ônibus vinha até a Rua Nossa Senhora da Boa Viagem. Depois, era preciso cami-nhar até em casa.

Francisco Dantas de Oliveira

FutebolDepoimento: Expedito Soares

Onde está o Limpão era um “lim-pão” mesmo. Um campo de fute-bol. Certo dia, eu e o Boquinha, cunhado do meu irmão, seguimos para o Limpão. Pedimos pra jogar.– Deixa entrar pra jogar... – pediu o Boquinha.– Não vai entrar, ta completo.De repente a bola sai de campo. Vem em nossa direção. O Boqui-nha pega um canivete e fura a bola. Vinte e dois jogadores que-rendo bater em nós.– Você é louco! Você bebeu? – re-criminei. E correndo, fugimos. Eu e ele.– Comigo é assim mesmo, se eu não jogo, ninguém joga...

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Memória oral“Lembro da chácara dos Arsuffi, do Recreio Estrela e do restaurante do Heitor e Valdir Marques que servia pensão aos operários do DER”.

Orlando Felipe

“A olaria de Francisco Arsuffi for-neceu os tijolos para a construção da casa paroquial da Boa Viagem, em 1922”.

Felício Arsuffi

GenteSebastião Zeferino, o Rio (Almi-no Afonso, RN, 26-10-1920 – São Bernardo 9-11-2000). Liderança comunitária na Região H. Funda-dor da Sociedade Esportiva Jardim Leblon. Liderou movimento junto

à Prefeitura para a construção do campo de futebol do bairro, que hoje leva o seu nome.

Filho de Joaquim Zeferino e Francis-ca Avelino da Conceição. Veio para São Bernardo em 1957. Morou no Jerusa-lém até 1965. Fixou residência à Rua Nossa Senhora da Boa Viagem, 770, Vila do Tanque, até o seu falecimento. Trabalhou na Light (hoje Eletropaulo), Volkswagen e Motores Perkins. Ao se aposentar, trabalhou como corretor de imóveis e vendeu a maior parte dos lo-tes do Jardim Leblon.

Casado com Manoelina Ferreira Zeferino, o casal teve oito filhos: Carlos Roberto, Creuza, Clari-ce, Célia, Celiza, Antonio Carlos, Claudio Sergio e Celso Ricardo . São 15 netos e nove bisnetos.

Mariana Benvinda da Costa, patro-na da Escola Municipal de Educação Infantil localizada na Nova Ferrazó-polis, na Rua Aureliano de Souza.

Em Ferrazópolis, participou da Igreja e lutou por melhorias do bairro, principalmente na terceira parte, cha-mada Nova Ferrazópolis. Fez parte da Comissão de Mulheres e foi uma das fundadoras do Posto de Leite.“Ao lado de Ana do Carmo (hoje deputada), da irmã Lúcia e de outras mulheres, fazia bolos para vender e ajudar na arrecadação dos primeiros recursos para a con-solidação do Partido dos Trabalha-dores no bairro, ao qual era filiada desde 1981”

Raimundo Alves Marinheiro, cunhado

Vale de Ferrazó-polis no final da

década de 40: onde foi criado

o Estádio do Palestra de São Bernardo. Foto: Beltran Asêncio

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Personagens - Ferrazópolis

Joaquim Tomaz, a esposa Joana e os filhos Aparecido e Tereza na portaria da Brasmotor. Hoje os descendentes residem no Bairro Cafezal. Acervo: Álbum pessoal

Ciclistas e o viaduto do km 23, 5 da Via Anchieta:. Acervo: família Batistini

Casal Laudelino e Maria com a neta. Acervo: Álbum pessoalReginaldo Negri e o Volkswagen Clube. Acervo: Álbum pessoal

Felício Arsuffi, Olga Dalarovera e a família reunida

Florentino Vitório, natural de Santa Quitéria, hoje Esmeralda (MG): participou da fundação da Brasmotor e ajudou na construção da Volkswagen