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Missão técnica ao Brasil
Abril de 2016
Ferramentas de auxílio à decisão na gestão da biodiversidade das áreas
protegidasPotenciais de Colaboração CE JRC-Brasil
Heloisa Tozato, Bastian Bertzky & Gregoire Dubois
Tópicos da apresentação::
1. Centro Comum de Investigação da Comissão Europeia:
objetivo; importância científica; cooperação com Brasil;
institutos de pesquisa
2. Instituto de Meio Ambiente e Sustentabilidade
3. Observatório Digital de Áreas Protegidas (DOPA)
4. DOPA e a Convenção de Diversidade Biológica (CDB)
5. DOPA e Projeto JRC-CsF-Brasil
6. Discussão
O Centro Comum de Investigação
Joint Research Centre https://ec.europa.eu/jrc/
O que é o CCI ?
Contexto do CCI na UniãoEuropeia
Conselho da União Europeia
Parlamento Europeu
Comissão Europeia
Conselho Europeu
Tribunal de Justiça Europeu
Tribunal de Contas Europeu
Comitê das
Regiões
Comitê Econômico
e Social
UNIÃO EUROPEIA – Estrutura simplificada
DecisãoOrientação
Assessoria
COMISSÃO EUROPEIA – Estrutura simplificada
ComissárioTibor Navracsics
Educação, cultura, juventude e esporte
Presidente da CEJean-Claude Juncker
28 Membros da Comissão
Diretor-GeralVladimir Šucha
DG Joint Research Centre
5
Fornecer suporte técnico e científico
para a concepção, desenvolvimento,
implementação e monitoramento das
políticas da União Europeia.
Serve o interesse comum dos
Estados Membros, sendo
independente de interesses
privados ou nacionais.
Ciclo das políticas públicas (policy cycle)
Objetivo do CCI
Instituto de Estudos Prospectivos e Tecnológicos(IPTS) Seville, Espanha
JRC: 7 institutos de pesquisa e desenvolvimento em 5 países
Instituto de Proteção e Segurança dos Cidadãos (IPSC)Ispra, Itália
Instituto de Meio Ambiente e Sustentabilidade (IES )Ispra, Itália
Instituto de Saúde e Proteção ao Consumidor (IHCP) Ispra, Itália
Instituto de Elementos Transuranianos (ITU) Karlsruhe, Alemanha
Instituto de Energia (IE) Petten, Holanda
Instituto de Materiais e Medições de Referência (IRMM)Geel, Bélgica
•Fundado em 1957
•Única Direção-Geral da
Comissão que realiza
pesquisa direta
•7 institutos em 5 países
•3.068 funcionários (35%
temporários)
•Orçamento em 2013: 432
Milhões de Euros, mais 73
Milhões de euros por
rendimentos do trabalho
Áreas de atuação e publicações do JRC (2009-2013)
7JRC Excellence Mapping Vol.1, 2014.
+ de 1300 publicações ao ano
Acordo assinado com o MCTI em 24/01/2013Áreas: prevenção de catástrofes e gestão de crises; alterações climáticas e gestão sustentável dos recursos naturais (incluindo florestas, ocupação do solo; recursos hídricos, desertificação, recursos biológicos); energia (incluindo bioenergia, redes elétricas inteligentes e fontes de energia renováveis); segurança alimentar; bioeconomia; tecnologias da informação e da comunicação (incluindo informações geográficas e aplicações espacias); nanotecnologias.
Projetos em andamento:Atlas de solos da América latina e das CaraíbasMonitoramento da degradação florestal http://forobs.jrc.ec.europa.eu/Mapeamento da áreas urbanizada no Brasil http://ghslsys.jrc.ec.europa.eu/Nanotecnologias Métodos alternativos à experimentação animal no Brasil https://ec.europa.eu/jrc/en/research-topic/alternatives-animal-testing-and-safety-assessment-chemicalsSegurança das atividades offshore de exploração de petróleo e gás https://ec.europa.eu/jrc/en/research-topic/energy-system-and-security-supplyRedes elétricas inteligentes https://ec.europa.eu/jrc/en/science-area/energy-and-transport
Material disponível em pdf
Parcerias do JRC com o Brasil
Parcerias da CE com o Brasil desde 1994Exemplos: PPG7, EUBON, ROBIN Project, EUBrazilOpenBio, Copernicus, ...
Estratégias da União Europeia para aproteção da biodiversidade
6 Metas até 2020:
1. Aplicação integral da legislação relativa à natureza da UE para proteger a biodiversidade
2. Melhor proteção dos ecossistemas e mais uso de infra-estrutura verde
3. Aumento da agricultura sustentável e silvicultura
4. Melhor gestão das populações de peixes
5. Controles mais rígidos das espécies exóticas invasoras
6. Maior contribuição da UE para evitar a perda de biodiversidade global
Observatório Digital de Áreas Protegidas (DOPA)
http://dopa.jrc.ec.europa.eu
Os instrumentos da Comissão Europeiapara avaliar, monitorar e prever o estado
da biodiversidade
DUBOIS et al (2015)
http://dopa-explorer.jrc.ec.europa.eu/dopa_explorer/
Formadores e Tomadores de decisão
Sociedade em geral
PesquisadoresUma caixa de ferramentas LEGO
para a conservação da biodiversidade!
“Fornecendo a informação certa para as pessoas certas, com as ferramentas certas”
DOPA
Gestores
Dubois, G., Bastin, L., Martinez Lopez J., Cottam, A., Temperley, H., Bertzky, B., Graziano, M. (2015). The Digital Observatory for Protected Areas (DOPA) Explorer 1.0. EUR 27162 EN. Publications Office of the European Union, Luxembourg, 53 p.
DOPA
Características do Observatório Digital de Áreas Protegidas (DOPA):
• Sistema de informação de referência global desenvolvido pelo CCI em colaboração com a DG DEVCO, DG ENV e outros parceiros
• Fornece fácil acesso à informações essenciais de áreas protegidas nas escalas nacional e de ecorregião (World Database on Protected Areas - WDPA)
• A Ampla gama de indicadores com valores da biodiversidade e ameaças/pressões facilita a comparação e a priorização das áreas protegidas pelos tomadores de decisão
• Suporta DG DEVCO, DG ENV, CBD, os países e outros usuários no planejamento, monitoramento, relatórios e / ou concessão de financiamento
• É de acesso livre e aberto, mas não pode redistribuir dados de origem• Apoio multi-escalar e abordagens interdisciplinares que combinam dados in situ
com as observações de sensoriamento remoto
DOPA
DOPA
Indicadores atualmente disponíveis
1) Indicadores nacionais - incluindo todas as áreas protegidas = Cobertura de AP do país, ecorregiões e espécies
2) Indicadores locais das áreas protegidas > 100 km2• Indicadores de contexto (clima e elevação)• Indicadores de estado (espécies e habitats)• Indicadores de pressão (agricultura, população e estradas)
Tudo baseado em na WDPA agosto 2014 - próxima atualização em abril 2016
Indicadores sobre pressões, espécies e
ecossistemas
Biodiversity
Pre
ss
ure
DOPA Explorer 1.0: Definição de prioridades para a conservação
DOPA
Qual a diferença do DOPA e do WDPA?
% da ecorregiãoprotegida?
Análise SIG
WDPA
Ecorregiões
% de espéciesendêmicas ameaçadas
protegidas?Análise SIG
WDPA
Red List
DOPA
Indicador AnáliseFonte de dados
Banco de Dados Mundial de Áreas Protegidas (World Database on
Protected Areas - WDPA) da UNEP-WCMC e IUCN
DOPA
Meta 11:Até 2020, pelo menos 17 por cento da água terrestre e fluvial, e 10 por cento
das zonas costeiras e marinhas, especialmente as áreas de especial importância parabiodiversidade e serviços ecossistêmicos, são conservadas através de forma eficaz esistemas equitativamente gestão, ecologicamente representativas e bem conectados
de áreas protegidas e outras medidas de conservação eficazes baseados na área,e integrado as paisagens mais amplas e marinhas.
DOPA e as Metas de Aichi
DOPA e a CDB
Nomeado como ferramenta de
apoio para as estratégias nacionais de áreas protegidas (NBSAPS-CDB), planejamento de ações e implementação dos Programas de Trabalho sobre Áreas Protegidas (PoWPA-CDB) (Decisão XI / 24 & Notificação)
Fundamenta e consolida:- Relatórios da UNEP / IUCN - Relatórios nacionais da CDB para
as Metas 11 e 12 de Aichii- Oficinas Regionais da CDB
Projeto “Indicadores para a priorização de áreas
protegidas: comparação dos instrumentos brasileiro e
europeu para a tomada de decisão”
Esfera GLOBAL
Observatório digital de áreas protegidas
Esfera nacional Áreas protegidas brasileiras, especialmente sítios Ramsar
Esfera regional e estadualAmazonas
Esfera localSítio Ramsar RDS Mamirauá (AM)
TOZATO et al (2015)
DOPA e Brasil
Objetivos:• Avaliar a aplicabilidade dos indicadores globais do DOPA na gestão das áreas protegidas brasileiras;• Analisar as semelhanças e as diferenças entre as abordagens propostas no CCI e no Brasil para a definição de prioridades em conservação e monitoramento;• Testar o uso de indicadores existentes e melhorados para a tomada de decisões com foco em sítios Ramsar.
Aves
DUBOIS et al, 2015. The Digital Observatory for Protected Areas (DOPA) Explorer 1.0.
Riqueza de espécies
Mamíferos Anfíbios
Índice de Influência Humana
O índice de influência humana combina dados de densidade de
população, áreas construídas, luzes noturnas, uso do solo e acesso
humano. Wildlife Conservation Society e CIESIN
DUBOIS et al, 2015. The Digital Observatory for Protected Areas (DOPA) Explorer 1.0.
Sítios Ramsar brasileiros
• Zonas úmidas / áreas protegidas de importância internacional
• Metas de Aichi de Biodiversidade (Resoluções XI.3 da COP11 e XXII.2; XII.3; XII.7; XII.11; XII.12 da COP12 de Ramsar)
• Mais produtivo e maior sistema de suporte dos seres vivos e um dos mais importantes ao bem estar humano (HALLS, 1997). Funções ecossistêmicas hidrológica, biogeoquímica e ecológica (MALTBY et al, 1996). Serviços ecossistêmicos de provisão, reguladores, culturais e fonte de inspiração, suporte (HALLS, 1997)
• Ecossistemas sensíveis: atualmente restam 50% das zonas úmidas da superfície terrestre e em alguns continentes 80% delas desapareceram ou encontram-se severamente degradadas (BOBBINK et al, 2006).
TOZATO et al (no prelo)
Sítios Ramsar brasileiros marinhos ou com influência marinha
Baseado em McCoy; Bell (1991)
AP > 100km2 e polígono no WDPA
Estudo de caso: Sítio Ramsar RDS Mamirauá
• Importância internacional: Sítio Ramsar, Sítio do Patrimônio Natural da Humanidade, Reserva da Biosfera
• Importância nacional: maior UC brasileira formada por florestas alagáveis; primeira Reserva de Desenvolvimento Sustentável brasileira
• Importância local: ecológica, econômica e social
• Gestão: Plano de manejo da RDS Mamirauá, Plano Diretor do Instituto Mamirauá, Conselho Gestor da RDS Mamirauá, Sociedade Civil Mamirauá, SEMA DEMUC Amazonas
• 15 Indicadores de desempenho em 6 diferentes macroprocessos
Fechado para aberto (> 15%) ampla
floresta regularmente
inundada (semi-permanente ou
temporariamente). Água doce ou
salobra62%
Fechado para aberto (> 15%) folhas
perenes ou floresta semidecídua (> 5m)
31%
Corpos hídricos4%
Mosaico gramíneas (50-70%) / vegetação (pastagem / matagal / floresta) (20-50%)
2%
Fechado para aberto (> 15%) de pastagens
ou vegetação lenhosa em solo
alagado regularmente
inundado. Água doce, salobra ou
salina1%
Fechado para aberto (> 15%). Folhas
largas ou agulhas, verde ou decídua.
Vegetação arbustiva (<5m)
0%
Fechado para aberto (> 15%) vegetação
herbácea (pastagem, savanas ou líquenes
/ musgos)0%
Tipos de cobertura do solo (GLC 2005) (% da área)
Sítio Ramsar RDS Mamirauá - Tipos de hábitats
DUBOIS et al, 2015. The Digital Observatory for Protected Areas (DOPA) Explorer 1.0.
Species Protection Statistics
DUBOIS et al, 2015. The Digital Observatory for Protected Areas (DOPA) Explorer 1.0.
Sítio Ramsar RDS Mamirauá - composição de espécies protegidas
Species Coverage Index (SCI)
Anfíbios
Mamíferos
Aves
Sítio Ramsar RDS Mamirauá - índice de cobertura de espécies
• Considera o número de espécies e o número de espécies endêmicas observados em determinada AP
• O índice indica a importância relativa da AP na rede nacional de APs
Baseado em Hartley et al. (2007)
Anfíbios
Mamíferos
Aves
Baseado em Le Saout et al. (2013)
Species Irreplaceability Index (SII)
Sítio Ramsar RDS Mamirauá - índice de insubstituibilidade de espécies
• Considera o número de espécies e o número de espécies endêmicas observados em determinada AP
• O índice indica a importância absoluta da AP na rede nacional de APs
• IUCN - rede de Reservas do Patrimônio Natural.
• Princípio da insubstituibilidade: algumas áreas são insubstituíveis porque são as únicas realmente capazes de cumprir as metas estabelecidas para determinados alvos.
PROTECTED PLANET, 2016. Disponível em: <http://irreplaceability.cefe.cnrs.fr/sites/19769>
Índice de insubstituibilidade de espécies para a RDS Mamirauá, AM, Brasil
BIRDLIFE, 2016
IUCN, 2016
IUCN, 2016
Pressão de estradas
Pressão agrícola Pressão populacional
Sítio Ramsar RDS Mamirauá - índices de pressões
Baseado em Fritz et al. (2015)
External and Internal Road Pressure
Agricultural Pressure index Population Pressure index
30 Years’ Global Scale Mapping of surface
Water Dynamics at 30 m resolution
J.-F. Pekel*, A. Cottam*, N. Gorelickº, A. Belward*
Contact: [email protected]
• 32 anos (1984 a 2015) de imagens Landsat5, Landsat7 e Landsat8 adquiridas
• 236.000.000 imagens (cenas)
• Aproximadamente 1030 terabytes
• Uso de 60.000 Unidade Central de Processamento (CPU)
• > 90% de precisão
* European Commission - Joint Research Centre, Italy
º
PEKEL, COTTAM, GORELICK, BELWARD. 30 Years’ Global Scale Mapping of surface Water Dynamics at 30 m resolution. European Commission, 2016 (no prelo)
Informações de cada píxel(30m x 30m)
PEKEL, COTTAM, GORELICK, BELWARD. 30 Years’ Global Scale Mapping of surface Water Dynamics at 30 m resolution. European Commission, 2016 (no prelo)
Rio Solimões
RDS Mamirauá
Rio Japurá
PEKEL, COTTAM, GORELICK, BELWARD. 30 Years’ Global Scale Mapping of surface Water Dynamics at 30 m resolution. European Commission, 2016 (no prelo)
Rio Solimões
RDS Mamirauá
Rio Japurá
PEKEL, COTTAM, GORELICK, BELWARD. 30 Years’ Global Scale Mapping of surface Water Dynamics at 30 m resolution. European Commission, 2016 (no prelo)
Rio Solimões
RDS Mamirauá
Rio Japurá
PEKEL, COTTAM, GORELICK, BELWARD. 30 Years’ Global Scale Mapping of surface Water Dynamics at 30 m resolution. European Commission, 2016 (no prelo)
Rio Solimões
RDS Mamirauá
Rio Japurá
PEKEL, COTTAM, GORELICK, BELWARD. 30 Years’ Global Scale Mapping of surface Water Dynamics at 30 m resolution. European Commission, 2016 (no prelo)
Rio Solimões
RDS Mamirauá
Rio Japurá
Discussão
Quanto a utilidade da ferramenta para a gestão da biodiversidade brasileira nas escalas nacional, regional, estadual e local: 1) Há potencial de utilidade ?2) Qual a importância para a tomada de decisão ?
Quanto aos indicadores de espécies, ecorregião e pressão para a abordagem técnica, científica e política (tomada de decisão) das áreas protegidas brasileiras:3) São suficientes? 4) Sugestões de inclusão ou substituição de indicadores
Quanto às parcerias científicas5) Há abertura das instituições brasileiras nas diferentes escalas de gestão?
Insubstituibilidade de Espécies (SII)Cobertura de Espécies (SCI)
Proteção de espéciesDiversidade Habitat (HDI) TerrestreDiversidade Habitat (HDI) Marinho
Pressão populacional (PPI)Pressão de agricultura
Estradas externasEstradas internas
Mudança populacional
Muito obrigado!
Dr. Heloisa [email protected]
Natural Capital – Biodiversity Team Member / CsF Brasil
Dr. Bastian [email protected]
Natural Capital – Biodiversity Team Member
Dr. Gregoire [email protected]
Natural Capital – Biodiversity Project Leader