fernando javier sanhueza salas! marcus vinicius fachini ... · pdf fileana claudia cotrim...

11
Acto bol. bra" 12(3): 373,38), 1998 373 COMPARAC;:AO ENTRE CULTIVARES DE SOJA QUANTO A PREFERENC IA ALIMENTAR DE CEROTOMA ARCUATA E SUSCETIBILIDADE A UM ISOLADO DO ViRUS DO MOSAICO SEVERO DO CAUPI Recebido em 2010111999, Aceito em 30103/ 1 999 Fernando Javier Sanhueza Salas! Marcus Vinicius Fachini LopeslJ Ana Claudia Cotrim Pacheco! .) Maria Mercia Barradas' RFSUMO - (Compar.r.t;1o mITe culli \wes de soja qu:mto 1 preferfncia ali rncntar de CnU/oma nmlllla e sUs«libi lidadc a um isolado do vfrus do mosaico severo do caupi), Entre as vir<lSC$ que eaUS3m pre;ufws las cullllras de leguminosas no Brasil. principalrncn!c soja max), feijIo ''U/garis) e caupi (\!il'IG ullguirulala), inclui-se 0 mosaico scvero do caupi, "cowpea SC\'CTe mosaic CO//IOl'if14s" - CpSMV, uansmitido por nrruala (Coleopta.l: Cbrysomeli<be), Um isobdo deste virus, denominado pro"mienlc de plantas de: Viglln colctatbs no l ilonl !iul do Esladode S30 Paulo, sendoestud:ldo no Labor:uooode Fitovirologia e Fisiopatologial Instituto Biol6gico. 0 objetivo do presen\e Ir.lboIlho consistiu em uma dot prcferfncia de C (l1'CIIlJ/a em cultill:ll'e$ de soja e da sus«tibiJidadc destes culti.'3Jn;)() virus. Na avaliat;1o ib prcfetincia alirncnW".os erw.ios fonm feilos com discos fotiares colocados em placasde Peui, cobenas porropos pListicos. conStiluindo "arenas". Introduziu·5C umC(llo6p\eroem (;;lib realitando-se testes em confinamemo. tanto com m61tipla cscolha (II culth'arcs) como scm (urn unico cultivar), Os cultivates avaliados rCl'arn: 'BR-4', ·(x)()DEPEC20I'. 'EMBRAf'A-48·. 'EMORAPA-S9'. 'IACIT:lAC- IS-I', 'IAC-20', ·IAC-loo·. 'IAS-S'. 'JGUACU' e '1'1...- 1'. Os ensaios de Ir.1lI5mi!iUo for.am feltos ... 6; de atrlltlla. Osrcsultadas lllO!iU'ar:lmqueos II culti''arCS530susoeth'C'is ao virus, quando a rcita par cxtr.lto (meunicarncnte). Ocorre l3.mb.:!m transmiss30 pelo cole4ptero. por<! m n!lo no f;;1.SO de IAC-20 e IAC-IOO. C lln:ualll alimc::nu-se de lados os culli"an:s, em m:l.ior OIl em mellOf intensidade. (eita ao IAC-20. fato quc pode justificr.r a n!Io transmiu50 pclo menos para atas puntas. Consido:r.mdo quc a n;uur.d do CpSM V -SI' ocorre do ''1:IOr. C que el:l nepti"a para os dais cultiv;u'C5 rcferidos. pocie-5C rca:mendar prdcrencialmente o SC1.I pl:mtio. no Estado do: sao l'aulo. P ll hnTIlS- cha\'( ' - soja. mosaico sc\'cro do caupi. eoleQptcro. prefcrfncia alimcntar ABSTRA CT - (Comparison amons soybean cuhivars CQIIecming the feed prcfCTCrtC1: of Cm}/o//IG an:unla and sus«ptibility toan isolate ofCpSMV). ln Bruil. among the viruses causing crop losSC$ in Instilulo Oiol6gico, Cen lro de Sanidade Vegetal. Laborat6rio de Fi t ovirol ogia c Fisiopalologia. Av, Conselheiro Rodrigues Alves 1252. CEP 04014-002. Slo Paulo. sr, BlOISi l Estagiirio BQIsisu P IB ICJCNPq

Upload: lengoc

Post on 03-Feb-2018

217 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Fernando Javier Sanhueza Salas! Marcus Vinicius Fachini ... · PDF fileAna Claudia Cotrim Pacheco!.) Maria Mercia Barradas' RFSUMO - (Compar.r.t;1o mITe culli \wes de soja qu:mto 1

Acto bol. bra" 12(3): 373,38), 1998 (Sup~nv:n10) 373

COMPARAC;:AO ENTRE CULTIVARES DE SOJA QUANTO A PREFERENCIA ALIMENTAR DE CEROTOMA ARCUATA E

SUSCETIBILIDADE A UM ISOLADO DO ViRUS DO MOSAICO SEVERO DO CAUPI

Recebido em 2010111999, Aceito em 30103/1999

Fernando Javier Sanhueza Salas! Marcus Vinicius Fachini LopeslJ

Ana Claudia Cotrim Pacheco! .) Maria Mercia Barradas'

RFSUMO - (Compar.r.t;1o mITe culli \wes de soja qu:mto 1 preferfncia ali rncntar de CnU/oma nmlllla

e sUs«libi lidadc a um isolado do vfrus do mosaico severo do caupi), Entre as vir<lSC$ que eaUS3m pre;ufws las cullllras de leguminosas no Brasil. principalrncn!c soja (Glyd/r~ max), feijIo (Pllil$~oius ''U/garis) e caupi (\!il'IG ullguirulala), inclui-se 0 mosaico scvero do caupi, "cowpea SC\'CTe mosaic CO//IOl'if14s" - CpSMV, uansmitido por C~rofo/IIII nrruala (Coleopta.l: Cbrysomeli<be), Um isobdo deste virus, denominado CpSMV-S I~ pro"mienlc de plantas de: Viglln IUI~oIa colctatbs no lilonl !iul do Esladode S30 Pau lo, cs~ sendoestud:ldo no Labor:uooode Fitovirologia e Fisiopatologial Instituto Biol6gico. 0 objetivo do presen\e Ir.lboIlho consistiu em uma ava~a~ dot prcferfncia a~rncnt:lr de C (l1'CIIlJ/a em cultill:ll'e$ de soja e da sus«tibiJidadc destes culti.'3Jn;)() virus. Na avaliat;1o ib prcfetincia alirncnW".os erw.ios fonm feilos com discos fotiares colocados em placasde Peui, cobenas porropos pListicos. conStiluindo "arenas". Introduziu·5C umC(llo6p\eroem (;;lib ~~na". realitando-se testes em confinamemo. tanto com m61tipla cscolha (II culth'arcs) como scm (urn unico cultivar), Os cultivates avaliados rCl'arn: 'BR-4', ·(x)()DEPEC20I'. 'EMBRAf'A-48·. 'EMORAPA-S9'. 'IACIT:lAC- IS-I', ' IAC-20', ·IAC-loo·. 'IAS-S'. 'JGUACU' e '1'1...- 1'. Os ensaios de Ir.1lI5mi!iUo for.am feltos ~1r. ... 6; de inocu~mednkae pcJo'~C atrlltlla. Osrcsultadas lllO!iU'ar:lmqueos II culti''arCS530susoeth'C'is ao virus, quando a inocu~o ~ rcita par cxtr.lto (meunicarncnte). Ocorre l3.mb.:!m transmiss30 pelo cole4ptero. por<!m n!lo no f;;1.SO de IAC-20 e IAC-IOO. C lln:ualll alimc::nu-se de lados os culli"an:s, em m:l.ior OIl em mellOf intensidade. e~ec~30 (eita ao IAC-20. fato quc pode justificr.r a n!Io transmiu50 pclo menos para atas puntas. Consido:r.mdo quc a disst'mina~ n;uur.d do CpSM V -SI' ocorre 31r.1\~ do ''1:IOr. C que el:l ~ nepti"a para os dais cultiv;u'C5 rcferidos. pocie-5C rca:mendar prdcrencialmente o SC1.I pl:mtio. no Estado do: sao l'aulo.

PllhnTIlS-cha\'(' - soja. mosaico sc\'cro do caupi. eoleQptcro. prefcrfncia alimcntar

ABSTRACT - (Comparison amons soybean cuhivars CQIIecming the feed prcfCTCrtC1: of Cm}/o//IG an:unla and sus«ptibility toan isolate ofCpSMV). ln Bruil. among the viruses causing crop losSC$ in

Ins tilu lo Oiol6gico, Cenl ro de Sanidade Vegetal. Laborat6rio de Fi tovirologia c Fisiopalologia. Av, Conselheiro Rodrigues Alves 1252. CEP 04014-002. Slo Paulo. sr, BlOISi l Estagiirio BQIsisu PIBICJCNPq

Page 2: Fernando Javier Sanhueza Salas! Marcus Vinicius Fachini ... · PDF fileAna Claudia Cotrim Pacheco!.) Maria Mercia Barradas' RFSUMO - (Compar.r.t;1o mITe culli \wes de soja qu:mto 1

374 Saw. 1..0pu. Px","", &: I»rndu: C~'" cnuc ~lt"'3I'1:' do: IoOja qlWl\O II prc:(ntncia

.li"",nlM de C~mIOfft(l ",...""In C SUS«'libilid,u\e • um ;j,()iado do vfru. 00 mos.oico se • ..,m do caupi

leguminous plants, mainly on soybeall (G/}rine mar). bean (f'ltauo/u$I'u/g(lfis) :md cowpea (Viglla 111I8"i(",,/01O). the cowpea severe rnas:J.ic virus (CpSMV), vectored by Cttl)/OIIIl1 a(full/a, is one of the best known. An Isoble of CpSMV, named CpSMV·SP; wu found on the Southern roasul region of Silo Paulo St:lle infccting Vigna ,,,,,010, and Ius been subsequently studied at the Labor-nary of Phytopathological Virology and Physiopathology of tile: Biological Institute. The feeding preference trials of C. arruala. on soybean cullivars, were: performed as follows: leaf discs ",~re plaC<'d in Pelri dishes covered with plastic glass-shaped lids to fOlTTl3JI "arena" in which a single beetle was confined. taking inl0 considcr.:nion muhiplc choice (11 cultivars). or nOl (a sole culuvar). The tested cultivars wen 'BR-4·. 'COODEPEC-201'. 'EMBRAPA-48' .. EMBRAPA-S9', 'IAC-\ T :IAC-1 5-\', 'IAC·ZO', 'IAC-IOO'. ' IAS-S', 'IGUA<;U' and 'Pl.I', For the suSttptibility evaluation ofcuhivars, CpSMV·SP was C. an:uQ{a and mccanicaJly inocu\ated, RcsullS showed th'll the fceding preference: of C. arrunla I'aried and thai the vcctordid nOi feed on IAC-20 only. When mccmicaly inocula led. all cuhh-:u-s were susceptible to CpSMV·SI' however, IAC·20 and IAC-lOO were nOi infccted when inoculated by C. arrllala.1l1e former, prooo.bly due to the \·«tornot fed on it, and the lanerbecausc the vcctorprescnted low or no dfieiency. Considering these resullS :md the nat\lr,ll occurrcnceofCpSMV·SP, the use of tile euttil'3J"S IAC·2(1 and lAC-tOO could be recommtndcd for Slo i';J.ulo Su~.

Key ... ords - soybean. cowpea severe mosaic virus, beetle. feeding preference

Inlrodu~ao

A cultura de soja [Glycifl~ max (L.) Merril.l representa grande percentual da prod~iio agricola nacional, sendo uma das principais fontes de protelna para a popula~iio brasileira, especialmentc nas regiCles centro-su I, suI c sudeste. A :irea plantada 6 de 11.299. 199ha, com produyiio anual de 25.687.137t (IBGE 1997).

Apesar da grande produyii.o. a soja e uma das culturas mais alingidas por pragas e doe~as. No caso das pragas. merecem destaque lepid6pteros (Allticarsia gemmalalis. Spodoplcra spp.). hemlpteros (Neznra I'iridilla. Pie:.odorlls gllidinii e EIlChislIIs heros) e cole6pteros (Diabrolica speciolll, Ceroloma sp. e Colaspis sp.) (Gazzoni & Yorinori 1995). As doen~as estiioentreos principais fatoresque afetam 0 rendimentoda cullura. No perlodo de 1970 a 1998, foram registradas mais de 40 doen~as provocadas principalmenle por fungos, bacterias e ViruS. Apenas no aoo de 1998. a estimativa de perdas associadas a docnc;as foi de 6.440.600 t. em uma produc;ao t()(al de 31.355,800 t (Yorinori 1998). numeros que most ram 0 elevado preju[zo economico causado por pat6genos nesta cultura (cerca de 20%).

Em maryO de 1990. plantas de Vigna IlIIeola Jacq. (Leguminosae, Fabaceae) com intenso mosaico amareloedeformayCles foliares foram coletadas no muniCipio de Praia Grande. SP. Sintomas semelhantes haviam side observados, na mesma esp&ie. em Perufbe. SP (Barradas & Chagas 1982). tendo-se mostrado que se tratava de uma virose induzida por urn geminivfrus. transmitido experimentalmente apcnas pela "mosca­branca-- (Bcmisia rabaci) e por enxenia, Com base na semelhan~a de sintomatologia. pensou-se a principio que 0 mesmo vIrus tivesse side constatado. em 1990. em outra localidade do litoral paulist3. Entretanto. resultados pr6vios sugeriram tratar-se de um Comol'irus, pois sua transmissao ocorreu tanto mecanicamente como por enxertia e pelo cole6ptero crisomeHdeo Cera/oil/a arcllala. e observa~ ultraestruturais de cones foliares do material ori ginal mostraram inumeras partfculas virais isometricas. de aproximadamente 28nm. nos vacuolos (Barradas el 01. 1991).

Page 3: Fernando Javier Sanhueza Salas! Marcus Vinicius Fachini ... · PDF fileAna Claudia Cotrim Pacheco!.) Maria Mercia Barradas' RFSUMO - (Compar.r.t;1o mITe culli \wes de soja qu:mto 1

AC\;I boI. br:ts. 12(3): 313·383. 1998 (Supkmemo) 375

Poslerionnente. caraclerizou·secste virus como urn novo isolado do mosaico severo do caupi ("cowpea severe mosaic COlllovirus"· CpSMV) e, por ter sido encontrado no Estado de Sao Paulo. passou·se a denomin3~lo CpSMV·SP (Salas el af. 1996a: 1996b). Salas (1998) mostrou que 0 circulo de hospedeiras do CpSMV·SP e rest rilO. pois de inlimeras cspecies inoculadas mecanicamente (famflias Amaranthaceae. Chenopodiaceae, Cucurbitaceae. Leguminosae e Solanaceae) apenas representantes de Leguminosae e Chenopodiaceae sao susceliveis. No caso de leguminosas. rcsponderam com sintomas sistemicos: Canavalin ellsiformis. Glycine jal'anica. G. max. MacropriliulII larhyroides. P/wscoills lwwllls. P. vlIlgaris. Vigna lllteola, V. 1II/1l1g0. V. IIlIguiculata. Quanta a Chena(llXliaceae, ClICl1opodillll1 alllammicolor apresentau somente sintamas locais.

o objetiva do presente trabalho e verificar a resposta de alguns cultivares de soja. tanta a inocula~ao pela CpSMV·SP coma ao dana causado pelo cole6ptero Ccroroma arcllata, que e uma das pragas da cultura, alcm de ser velOr do virus.

Material e mCtodos

Ensaios de preferencia alimentar· Para avaliar a preferencia do inseto utilizaram· se discos da I" folha trifoliolada de plantas de soja (Glycine max). no 3" estfidio fcnol6gicoda fase vcgelativa (csl:1dia V" cf. Yarinori \998). Os cultivares cmpregados, inclufdas entre aqueles camumente plm;tados no Estada de Saa Paulo. faram: 'BR-4·. ·COODEPEC·20I', ·EMBRAPA·4S'. 'EMBRAPA-59', 'IAC·IT, 'IAC-I5-I·. ·IAC-20·. 'IAC-lOO', ' IASS, 'IGUA<;U' e ·PL-I'.

A tecnica usada baseou·se no trabalho de Risch (1976): 0 experimento foi realizado em placas de Petri (9.5cm di5m x O.5cm all.) forradas com papel de filtro umedecido. constituindo uma camara limida. com auxilio de copos pUsticos transparentes (capacidade 300m\). furadoscom alfinete para pennitir a ventilayao, emOOrcados sobre as placas. Colocou-se algodao umedecido para evitar a desseca~ao, tanto dos discos foliares (di5m.=l,7cm) como dos insetos. Cada placa de Petri constituiu uma "arena" (Fig. I).

Os cole6pteros (Cerotoma arcllllla. vaquinha-preta-e.amarela-da·soja) foram coletados em culturas de fcijao. nos municipios de Campinas. Piracicaba e Saito de Pirapora, SP. Osexemplares foram levados ao laOOral6rio eas colonias foram mantidas com alimentayao natural (folhas de feijao - Plwseolus I·ulgaris· 'Carioca ') em dimaras climatizadas, nas seguintes condi~Ocs: temperatura 25± 2"C: umidade relativa 80 ± 10%efotofasede 12h.

Foram realizados dois tipos de ensaios, em confinamento: com e sem multi pia escolha. No primeiro caso. II discos foliares (um de cada cultivar), sustenlados por alfinetes. foram colocados na placa de Petri, cqUidistantes do centro. No segundo, empregaram·se seis discos foliares do mesmo cultivar. Os discos permaneceram em figua destilada par duas horas. antes do infcio do teste, a rim de nao perderem a lurgidez. Nos dois ensaios, apenas urn exemplar de CerofOf1Ia arcllatll (macho ou femea) era introduzido na ""arena".

Cada experimentoconstou de 10 "arenas" (mliltiplaescolha) ou 22 (sem mliltipla escolha) e foi repetido duas vezes.

Page 4: Fernando Javier Sanhueza Salas! Marcus Vinicius Fachini ... · PDF fileAna Claudia Cotrim Pacheco!.) Maria Mercia Barradas' RFSUMO - (Compar.r.t;1o mITe culli \wes de soja qu:mto 1

376 SaJu. ~ Path=:> &. BamotIas; Com~io W~ nduvan'll de soja quanlO l pn:fCf!ncil

ahmentar de CUUlQIfIQ ",.. .... ,,, e ~uKeLibil;dade a urn ioolado do ~fru, do mosaioo "~ro do caull'

c ~ Papel de fillro

.:::::::::::: Disco de lsopor (espessura = 2cm)

Disco foliar suspenso por alfinete

Capo plastico

ARENA

Figurn I. RepreSCnLlM;kI esqucmlillca da montllgem das "art':nas"

A avalia~ao de prefcrencia roi reali7.ada atrav6s da diferenrra entre a area inicial do disco fo liar e a area final . ap6s 0 dano causado pe\o inseto (Lara 1991 ). Para dClennina~ao da area, os discos cram dcscnhados sabre papel milimelrado. anles de scrcm colocados nas "arenas", 22h ap6s 0 infcio do cxpcrimento.

Testes de transmissao • inoculacao mec5.nica - Foram inoculados os mesmos culti vares de soja rcfcridos no item I.

A fonie de vfrus constou de tecido foliardesidratado de Macroptilillm lathyroides. feijao-de-rola (Leguminosac. Fabaceac), mantido atraves de armazenamento a aproximadamcntc -2O"C (BalTadas 1992).

o in6cu lo constou de cxtrato prcpar..ldo a partir deste material (amm7.enado por dois anos). maceradoem tampao fosfmo D.5M. pH 7.5. com carvao ativado. As plantas ( 10 de cada cuiti var) foram prcviamenle polvilhadas com 0 abrasivo "carburundum" e

Page 5: Fernando Javier Sanhueza Salas! Marcus Vinicius Fachini ... · PDF fileAna Claudia Cotrim Pacheco!.) Maria Mercia Barradas' RFSUMO - (Compar.r.t;1o mITe culli \wes de soja qu:mto 1

.... Cla b«. bns. 12(3): 31l-383. 1998 (Supltm:nloj 377

inoculadas 15 dias ap6s 0 transplante das sementes pre-germinadas. no 4° est:idio dOl fase vegetativa, quando apresentavam 0 terceiro n6 e a segunda folha trifoliolada (est5dio V 3' cf. Yorinod 1998). A inocula~30 foi feita sempre na segunda folha trifoliolada.

A evolu~iio de sintomas foi acompanhada durante 14 dias, realizando-se observa~Oes di:irias, principal mente na folhagem das plantas. 0 controle constou de plantas "inoculadas" apenas com tampiio fosfato.

A rim de comprovar a presen~3 do virus, foram realizados testes de recupera~ao (retroinocula~6es) em plantas de PJl(lseoJlIs 11I1Ia/IIS. feijao-de-lima (Legumi nosae, Fabaceae), hospedei ra que inicialmente responde com Ics6es locais ao CpSMV-SP (Salas et al. 1996a; Salas 1998). Tam~m foram feitos testes sorol6gicos de dupla difusao. empregando-se gel de agar preparado com 0.85% de agarose, 0.85% de NaCI e 0.05% de NaN) (plv). deacordo com Lima & Nelson (1974) e Brioso et (II. (1994). 0 preparo do antissoro contra 0 CpSMV -SP encontra-se descrito em Salas et a/.( I 996b).

Testes de transmiss50 - inocula~50 pelo vetor Cerotoma arcllllta • Adultos de C. arCllfU(I, coletados em campo. foram trazidos ao laborat6rio. onde se procedeu a manuten~ao das colOn ias em plantas de feijao. conforme dcscrito no item 1.

Ap6s a adapta~ao das col6nias no laborat6rio por aproximadamente 10 dias, alguns exemplares do cole6plero foram colocados em plantas comprovadamente sadias de P. vlIlgaris. para verificar se eSlavam isentos de virus (teste de desinfec~ao).

Foram separados cole6pteros adultos machos e fcmeas para a realiUl~ao dos testes de transmissao. empregando-se um insetolplanta hospedeira. A separa~3o por sexo baseou-se na dilata~ao do segundo antenOmero, presente apenas nos machos (Gonzalez et af. 1982) e tambem na co lora~ao da :irea situada entre os ol hos (preta nos machos e amarela nas remeas) (Holcomb & Fulton 1978).

Os cole6pteros foram alimentados por 12 horas (periodo de acesso 11 aquisi~ao) em plantas-fonte de Glicille IIULX 'IAC-I 00' com sintomns sistemicos ap6s a inocul~ao mecanica pelo CpSMV·SP. A seguir. foram transferidos para plantas-teste comprovadamente sadias com idade de 15 dins ap6s a scmeadura, ate! comprovar a sua alimenta~ao (periodo de acesso 11 inocula~30). nos II cultivares. Empregaram-se 20 plantas de cada cultivar.

o controle negativo cons tau de plantas onde se colocaram besouros n30 viruHferos. iSlo ~. nao submetidos ao perfodo de aquisi~ao. Tambem foram inoculadas plantas mecanicameme (por extrato), para se comprovar se as Fontes realmeme continham 0 VIrus, eonstituindo 0 controle positivo.

Os insetos foram eliminados manualmenle ap6s 0 experimento. Realizaram-se avalia~Oes diarias. observando·se 0 apareeimento ou mio de

si ntomasdurante 14 dias, procedendo·sea uma retroinocularrao. ao final deste perlOOo. em plantas de feijao ·Carioca'. para eonfirmar a presen~a do vfrus.

Resultados e discussao

As pereenlagens de area foliarconsumida pelo cole6ptero. tanto em confinamento scm multipla escolha (Fig. 2A), como com multipla escolha (Fig. 28). variaram de acordo com 0 sexo do inseto e 0 cultivar de soja.

Page 6: Fernando Javier Sanhueza Salas! Marcus Vinicius Fachini ... · PDF fileAna Claudia Cotrim Pacheco!.) Maria Mercia Barradas' RFSUMO - (Compar.r.t;1o mITe culli \wes de soja qu:mto 1

378

A " t " g u

" ! • " • • • " • " f " = • • • ~ •

Salas. Lopes, p,.,,~o &; BamIdas: Com~io entrecultivaresde sojaquanto. JII1'fen!ncia alimenlar de CUa/<>m<I QmulI" e suSttlibitidade • urn isolado do vif\l$ 00 mosaioo.evao do caupi

I--

I--

• MACHOS

I~F~MEA; 1

i • w

J • • i • w

I-- -I-- -I--

I-,.r..

Cultivllres

Figura 2. Compara~lio entre machos e fCmeas de CuolOmo an;U/l1O quanlo ~ aliment~~o em diferentes cultivares de soja. Percentagcm de 1irea foliar cOllsumida de cOOa cullivar. A. Ensaio scm multipla escolha (somatono da ~rca de 24 discos foliares). B. Ensaio com muhipla eso::olha (somal6rio da:irea de 20 discos

foJiares),

Page 7: Fernando Javier Sanhueza Salas! Marcus Vinicius Fachini ... · PDF fileAna Claudia Cotrim Pacheco!.) Maria Mercia Barradas' RFSUMO - (Compar.r.t;1o mITe culli \wes de soja qu:mto 1

Mill boI . bru. 12(3): 373·383. 1998 (SuplemcnloJ 379

Nos testes scm multipla escolha os dois cult ivares mais atacados pelos machos foram IAC-17 e IAS-5, e os preferidos pelas rameas foram PL- I e Iguaryu. No caso de multipla escolha os mais consumidos foram PL-I e BR-4, por machos e (emeas. respectivamente.

Em trabalho semelhante. Rossetto et al. (1981), avaliando os danos induzidos porcolc6pteros em diferentes cullivares e introdury5es de soja, verificaram que C. arcuata alimentou- se indiferentemente dos cultivares e introdury5es, scm preferencia. enquanto outro crisomelfdco (Diabrolica speciosa) preferiu os cultivares comerciais (Parana e Santa Rosa).

Os resul tados do presente trabalho confimlam dados da literatura quanto ao fato de que a preferencia alimcntar e altamente espedfica. sendo diferente para cada especie de cole6ptero (Risch 1976; Heyer et al. 1990; Panizzi & Parra 1991 ) e para cada scxo de uma meSma especie (Smith et al. 1979).

Dentre os 11 culti vares, os insetos alimentaram-se de todos. com exceryao do IAC-20(Fig. 2). 0 cuitivar IAS-5 nao foi consumido, nem pormachos nem por femeas, nos testes com multipla cscolha (Fig. 28 ): cnlretanto, foi urn dos preferidos pelos machos, nos ensaios sem multi pia escolha (Fig. 2A).

Nao sc constatou difcrenrya no consumo foliar por machos e terneas. considcrando o somat6rio de todos os cultivares (Fig. 3A e 38 ), embora alguns autores afinnem que femeas adultas de cole6ptcros se alimentam mni s que os machos. dev ido a maior necessidade de alimenlO para a real izaryao de posturas (Panizzi & Parra 1991; Salas 1998).

A B

Figura 3. Comparm;;}o entre machos e temeas de CerolOma IITCIWIII quanto ~ ali ment~;}o em soja. Somat6rio geml da ;!Irea foliar consumida (11 cullivares). A. Ensaio sem multipla escolha: 8. ens.~io com nUillipla cscolha.

o CpSMV-S P induziu sintomas sistemicos nos II cultivares de soja. moslrando que lodos sao suscetfveis. por inocularyao mecanica (Tab. I ). Entrctanto. nao houve aparecimento de si ntomas nos cultivarcs IAC-lOO e IAC-20 (e nem 0 ViruS pOde ser recuperado das plantas). quando a Iransmissao foi real izada por C. arcuaUl. Tal fa lo pocic ser explicado pela nao preferencia por estes cultivares: 0% de consumo foliar em relaryao a IAC-20 e menos de 10% e m reJary50 a IAC-IOO (Fig. 2).

Dc fonna geral. os sintomas saosemelhantes aos descritos na literatura para varias especies de leguminosas infectadas pelo CpSMV. variando de mosaico leve a severo.

Page 8: Fernando Javier Sanhueza Salas! Marcus Vinicius Fachini ... · PDF fileAna Claudia Cotrim Pacheco!.) Maria Mercia Barradas' RFSUMO - (Compar.r.t;1o mITe culli \wes de soja qu:mto 1

380 Salas, Lope •• Pachtco& B:urndas, COmp.1~aocntre(~ltiv.resdesoj. quanta} prd .... 'nci.

a1i"",n,ar d<: Crm'Cft,n "'r~nta e suscelibilidade a urn iwl.do dQ virus do mosaico K"Ua do c.up;

clareamento de ncrvuras. nunismo e deforma~ao foliar (De Jager 1979). Apenas 0

cultivar IAC-17 reagiu com necrose de topo (queima·do-broto). que foi 0 efeito mais drastico do virus. levando as plantas a mOTIC.

Os sintomas apresentados pelas plantas, ap6s inocula~ao meciinica e atravcs do vetar. foram semelhantes. com a ressalva de que, aD final de 14 dias. ocorreu nanismo na maioria dos cultivaTes inoculados pe\o velar, e este sintoma nlio roi observado no caso da inocuJa~ao medinica (Tab. I).

o surgimento dos sintomas deu-se aDs seis di3S ap6s a inocularrao. Em dais cultivaTes (PL-l e EMBRAPA-59). as plantas inoculadas por extrato manifestaram sintomas neste periodo. enquanto houve demora de 14 dias naquelas inoculadas pelos besouros. Por outro lado. em outros tres culti vares (BR-4; EMBRAPA-48 e IAC-I S- I) verificou-se situayao inversa: aparecimento de sintomas aos seis dias nas plantas inocu­ladas pelo vetor. e aos 10 ou 14 dias naquelas inoculadas mecanicamente (Tab. I).

Na epidemiologia dos virus de plantas, as hospedeiras naturais desempenham papel muito importante, pois atuam como fonte de in6culo (Matthews 1991). No caso especifico do CpSMV, plantas da vegetayao espontanea - invasoras de culturas - tem sido relatadas como reserval6rios. por exemplo: em Porto Rico. Pimseoills lathyroides (=Macropriliullliarhyroides): na Costa Rica. Viglla I'exillara; na regiao centro-suI dos Estados Unidos. DesmodiulII callescells (Alconero & Santi3go 1973; Gergerich & Scott 1996).

No Brasil. lambem e com um a ocorrencia do CpSMV em especies invasoras. Assim.ja foram descritas como hospedeiras: Calopogollillfll flllIcllllOides e Cellfrosema pubescells (Lin er al. 1982); Doliclms biflorus, Sesballia sp. e Trigollella foemllll­graecll fll (Caner er al. 1969); Macroptilillf1l lathyroides (Lima & Nelson 1974); Plierario sp. (Rios 1984) e Psophocarpus tetragonoloblls (Kitajima et 01. 1979). Relayao das hospedeiras naturai s do vIrus. com descriyiia resumida das sinlamas gerais, fai apresentada por 8riosa er al. (1994).

o CpSMV -SP difere d3 estirpe-padrao principal mente no drculo de hospedeir3s pois. enquanto este isol3do de Viglla Illteoia infecta. experimentalmente. grande numerodecultiv3res de soja e fcijao. e numero reduzida decultivares de caupi (Salas er af. 1996a; Salas 1998). a estirpe-padrao afeta inumeros cullivares de caupi (De Jager 1979).

Considerando a elevada suscetibilidade ao CpSMV-SP dos cultivares de soja plantados no Estado de Sao Paulo. a ampla ocorrencia e eficiencia do velor e a ocorrenci3 de varios reservat6rios naturais. a disseminar,:ao do ViruS, em areas de culti vo de soja. e urn risco potencial.

Assim. pode-seconcluirque. de forma geral. os II cultivares de soja relacionados no trabalho s30 suscetiveis ao CpSMV-SP. respondendo com sintam3s sislemicos. 0 VIruS e transmitida tanto por inoculay30 mecSnica como por machos e femeas adultos do crisomelfdeo Cerotollla arcllata. Entretanto, notam-sc diferenr,:as na resposta. de acordo com 0 ti po de inoculay30: os cultivares IAC-20 e IAC-lOO mOSIT3m resultados negativos em tesles de transmissao pelocole6ptero. Tendo em vista que, na natureZ3. 0 virus se dissemi na atraves do vetor, pode-se recomendar preferencialmente 0 plantio destes dois cultivares nao suscetiveis a transmissao.

Page 9: Fernando Javier Sanhueza Salas! Marcus Vinicius Fachini ... · PDF fileAna Claudia Cotrim Pacheco!.) Maria Mercia Barradas' RFSUMO - (Compar.r.t;1o mITe culli \wes de soja qu:mto 1

Tab

ela

I. S

into

mas

ind

uzid

os p

elo

CpS

MV

-SP

em c

ulti

vare

s de

soj

a, a

trav

es d

e in

ocul

a~ao

mec

anic

a e

por

Cer

otom

a ar

cuat

a (m

acho

s e

fem

eas)

, em

dif

eren

tes

dias

ap

os o

s te

stes

de

tran

smis

sao.

Sin

tom

as,

em d

ias

apos

a ino

cula

~ao

Cul

tiva

r 6

dias

10

dia

s 14

dia

s

mac

hos

fem

eas

mec

anic

a m

acho

s fe

mea

s m

ecan

ica

mac

hos

fem

eas

mec

anic

a

BR

-4

* C

N

* *

CN

M

q M

q,C

N,M

C

N,N

a M

q, P

C

CO

OD

EP

EC

-201

M

C

* M

q N

a,M

C

CN

C

N

Na,

DF

,CN

, M

C

N

CN

,DF

EM

BR

AP

A-4

8 PC

*

* N

a,M

C

* C

N

Na,

M,

MC

N

a,M

C,M

C

N,M

q

EM

BR

AP

A-5

9 *

* PC

*

* PC

P

C,N

a P

C,N

a P

C,C

N

IAC

-15-

1 N

a *

* N

a *

* N

a, M

, O

F

M

Mq

,CN

IAC

-17

CN

C

N

Mq

,DF

C

N

CN

M

q,C

N,

OF

O

F, N

T

CN

,NT

,DF

M

q, C

N,

NT

IAC

-20

* *

* *

* *

* *

Mq,

PC

IAC

-lO

O

* *

PC,

Mq,

CN

*

* PC

, M

q,C

N

* *

Mq,

OF,

PC

IAS-

5 C

N

Na,

MC

C

N

CN

N

a,M

C

* M

,DF

M

C,N

a P

C,C

N

IGU

A<;

:U

Na,

CN

N

a,C

N

CN

N

a,C

N

Na,

CN

C

N

CN

, F

N, N

a, O

F

CN

, PC

, N

a C

N,D

F

PL

-I

* *

DF

,CN

*

* C

N,D

F

CN

,M

Mq

PC,

OF

*-au

senc

ia d

e si

ntom

as (

= n

ao inf

ec~a

o, c

onfi

rmad

a po

r te

stes

de re

troi

nocu

la~a

o e

ensa

ios

soro

logi

cos

nega

tivo

s);

CN

-C

lare

amen

to d

e ne

rvur

as;

OF

-Deforma~ao

foli

ar;

FN -

faix

a-da

s-ne

rvur

as;

MC

-M

anch

as c

loro

tica

s; M

q -

Mos

quea

do;

M -

Mos

aico

; N

a -

Nan

ism

o; N

T -

Nec

rose

de

topo

; P

C -

Pon

tos

clor

otic

os.

(sin

tom

as =

inf

ec~a

o, c

onfi

rmad

a po

r te

stes

de re

troi

nocu

la~a

o e

ensa

ios

soro

l6gi

cos

posi

tivo

s)

>

o S a :a ~ N ~

w

-'

w W

00

,.., \0

\0

00

Ul

c:

"0

0- ~ " .§, w

00

>

-

Page 10: Fernando Javier Sanhueza Salas! Marcus Vinicius Fachini ... · PDF fileAna Claudia Cotrim Pacheco!.) Maria Mercia Barradas' RFSUMO - (Compar.r.t;1o mITe culli \wes de soja qu:mto 1

382 Salas. !.opts. l'achtco &. a~ c~ ~ntre cuLti.-uu de sojI qU2n10 ~ prdertncla

ali"",nw de C~mlomn nrrunln e SUlUllbilidade • urn iS01.do do vi",. do mouico $CYm) do caupi

Agradecimcntos

Os autores agradecem ao Dr. Nelson Braga, da S~i'io de Leguminosas do Institute Agronomico de Campinas. SP. e ao Pesquisador Cientffico Cl5udio Marcelo G. de Oliveira, da S~ao de Nematologia do lB. SP. pelo fomecimento das semenlcs des diversos cultivares de soja; ao Dr. Cesar Manins Chagas, do uborat6rio de Microscopia Eletr6nica do lB. SP. pela elabora~1i.o do lexlo em Ingles.

Referencias bibliograficas

Alconm:l, R. k Santiago. A. 1973. Phlll~/llus /alhyroid($ as 3. reservoir of cowpea mosaic virus in Pucno Rico. l'hytopalhology 63: 120-123.

BalT1l(bs. M. M. 1992. IS m:ml~m cok~o de fil0vrruS. Comull.itatll.o da I'esquisa Agropecuiiria 10(1 ): 9.

Bamldou. M. M. & Oaagas. C M. 1982. Mosaico c;Iourado de: Viglla IUlto/a (Jacq.) Bentham., Icguminosa d:!. "cgcta~~o npont.5.nca. Arquim$ do Instituto BiolOgico 49(]14): ss-ss.

BalTlld:!.s. M. M.: Salas, F. J . 5.: Buitron. 1. P. G. & Oliveira, J .M. ]99 ]. Morfo]ogia e lransmisi30 de urn ViruS i5Q]adodc I>fg/laluuola. pp.13.ln: Anais do IV ~minJ.rlosob", ptllgasC' docn~ do feiJ oeiro. Campinas.

Brioso. P. S. T.: Duque. F. F.: Saylo. F. A. D.: Lauro. R. P.: Kiujima, E. W. &Olivcira. D. E.I994. Virus do mosaioo severo do caupi - info:c~o nlltural cm mungo vcrde. Vig/Ill fadialil. t--itopa tologia Brasileitll 19(3): 420429.

Caner. J.: Silbcrschmidt. K. & Flores, E. 1969. Ooontncia do vfrus do lTIO$:Iico d:!. Vigll(J no Esudo de S~o Paulo. 8iolOgico 35(1): 13-16.

De Jager, C. P. 1979. Cowpea $evcre mosaic virus. C.M.I) A.A.B. ~pliOTl5 or plant \'iruses n· 209. Gauoni, D. I... & YoriDOri. J. T. 1995. Manual de IdenUficatAo de ptllgas e docn~as da soja. EMURAI'A

• SPI (Manuais de Idcntifica~lo de: Pr.Igas e Doen~;\5. I). Brasilia. Gcrgerich. R. C. & 50011. H. A. 1996. Comoviruscs; u-ansrnission. epidemiology and cOIltro].I'p.77-98. In:

B. D. Hamson & A. F. Muranti (Eds.). The planl virusts. Pol)"hC"dtlll "irioTl5 and biparlilegfllomC'$. PICtlum Press. New York.

Gonzalez. R.: Cardona. C. & Van Schoonho,·cn. A. 1982. Morf"ologia y biologia de los crisomc: lfdco$ Diabrol;ca baiIMIIll.c Conte y Cn-tJllJI/lQ/acialis Erickson como plagas del frijol eornum. Thrrialba 31(3): 257·264.

Heyer, W.: Cab:llleroGrandc. R. &Cruz. ll 1990. A.rea foliar oonsurnida porcrisomtlidos en frijol. Clencias de la Agricultutll 39: 39-42.

Holcomb, C. E. & Fulton, J. P. 1978. Rcaring til<: be:r.n l~f bectlc. CtmlOt,1Q lri!uf"Ca/a. for pl.>.nt virus "cClOl" studics. Planl Disea.w Rtporlrr 62( 1): 12· 14.

IBOE - Instituto Ur:r.si1ciro de Gcografi:r. e Estatfslica. U'lInlamento sistflli!llco da prodUfAo agrfrol.a. julh0'97. www.ibge.gov.hr{d:!.tadeconsulta: 20l09I97).

KitajilTt:l. E. w.; Noda. H.; Lin. M. T. &. Costa, C. L. 1979. Urn mosaioo em ftijJo..de-na (Psophocarpus ulragOlrolobus) causado por urn isolado do subgrupo severo do virus do rnosaico da Vigl/ll . t-' itopalologla Br-asllritll 4: j19·j24.

1...ar3. F. M. ]991. Prindpios de A'Slslenda de plantas a insclos. leone. 530 !'aulo. LiITt:l. J. A. A. & Nelson. M. R. ]974. Purifica~o e idcntifi~o sorol6giea do ~oowpc:a mosaic virusH em

Vig/IQ si/I~'lSis Endl. no Ccar.! . Cicnda Agronomlca 3: j-8. Lin. M. T.: Anjos, J. R. N. & Rios, G. P. 1982. Cowpea se~·cre mosaic virus in fi"e legumes in Ccntr.l.1

Brazil. I']a nl Disease 66: 67-70. Mallhcws. R. E. F. (Ed.) ]99]. Plaut VlJ"OIogy. 3" cd. A~emie Press. London. !'anini. A. R. & Pam, J. R. I'. ]99]. Ecologia nUlridonal de instIos e SIlas Implka~6es no mantJo de

pragas. M:r.nole, 550 Paulo. Rios. G. 1'. 1984. Rcsistcncia ao virus do mosaioo severo do caupi. Filopalologla Brasileira 9; 309 Risch. S. 1976. ElfCCl of varicty of oov.-pca ( 1"g1IQ unguiculata 1...) on fceding preferences orthree chrysomelid

beetles. CtmlOlIlO rrt/icoflJis ml~rsi, Diabrorica balltala and Diabrotica ~lpllQ. Turrialba 26 (4): 327-330.

Page 11: Fernando Javier Sanhueza Salas! Marcus Vinicius Fachini ... · PDF fileAna Claudia Cotrim Pacheco!.) Maria Mercia Barradas' RFSUMO - (Compar.r.t;1o mITe culli \wes de soja qu:mto 1

Act:! bot. tns. 12(31: 373·383. 1998 (SupJcmcmo) 383

Rosseuo. C. J.; Nagai. V.; Iguc:. T.; Rosseuo. O. &. De Mir:mda, M, A. C. 1981. Prefcrcncia dealimc:nt:u;~o de adul!os de Diabmlica JP«iusa (Germ.l/') e CUrlloma arr.Ilala (Oliv.) cm varicdadcs de soja. BragantUi 40: 179-183.

Salas. F. J. S. 1998. CrUitio dc C~,owma arcuala Olivo (Coleoptera; Chrysomdidat) e transmi.ssAo de urn isolado do ,irus do rnosairo SCHTO do caupL DiS5ena~30 dc Mestr:ldo. ESALQ. USf'. Piracicaba.

Salas. F. J. S.: Uarradas. M. M.: Sousa. A. E. Il A. & Lim:a. J . A. A. 1996a Viglla /IIltma. ~ natural host o f cowpea severe mosaic virus (CpSMV) in Slo P:luIoSta!e. Bruit. pp. 280. In: RcsulllO'5 do 8" Enconlro Nacional de VU'Ologia. Sio LourmljO.

Salas. F. J. S.: Linta. J. A. A.: Sousa. A. E. B. A. & Barradas. M. M. 1996b. Purification and serology o{ a strain o f cowpea severe mosaic virus isola!ed (rom Viglla /Ilito/a in Slio Paulo State. Bruil.pp. 279. In: ResuOlOS do 8- Encontro Nacional de Virologia. S50 lourt'n~o.

Smilh. C. M.: Wilson. R. F. & Brim. C. A. 1979. Feeding behavior of mexican bean bee!le on ICOIf ex traCIS of rcsis tanl and 5usccplible soybeans gcnotipes. Jounml or Ecollomic Entomology 72(3): 374 • 377.

Yorinori. J. T. 1998. Estrau!gias de conuolc das docnf.ls da soja. Correio Agricola 2: 8-14.