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Ecoturismo com Mergulho Fernando de Noronha De 18 a 22 de setembro 2006 Caderno de Subsídios Empresário/Técnico:__________________________________ Empresa/Entidade:___________________________________

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Ecoturismo com Mergulho Fernando de Noronha

De 18 a 22 de setembro

2006

Caderno de Subsídios

Empresário/Técnico:__________________________________ Empresa/Entidade:___________________________________

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MINISTÉRIO DO TURISMO Walfrido dos Mares Guia, Ministro de Estado Secretaria Nacional de Políticas de Turismo Airton Nogueira Pereira, Secretário Diretoria de Estruturação, Articulação e Ordenamento Turístico Tânia Brizolla, Diretora Benita Monteiro, Coordenadora-geral de Regionalização Wilken Souto Marcelo Abreu Daniele Velozo

SEBRAE NACIONAL Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Paulo Tarciso Okamotto, Presidente Diretoria de Administração e Finanças Cezar Acosta Rech, Diretor Diretoria Técnica Luiz Carlos Barboza, Diretor Gerência da Unidade de Atendimento Coletivo, Comércio e Serviços Vinícius Lages, Gerente Dival Schmidt Ilma Ordine Lopes Germana Barros Magalhães Valéria Barros BRAZTOA Associação Brasileira das Operadoras de Turismo José Zuquim, Presidente Monica Samia, Diretora Executiva Karem Basulto, Coordenadora Projeto Lílian La Luna Priscila Nunes Daniela Sarmento IMB Instituto Marca Brasil Daniela Bitencourt, Diretora Superintendente Alice Souto Maior Rosiane Rockenbach Consultor Viagem Técnica José Martins

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Sumário

1. Participantes da viagem técnica.........................................................04

1.1 Estados de origem dos empresários............................................................04

1.2 Breve perfil das empresas participantes.......................................................05

1.3 Equipe técnica..........................................................................................06

2. Informações gerais...............................................................................07

3. Turismo em Fernando de Noronha......................................................11

3.1 Ecoturismo em Fernando de Noronha...........................................................15

3.2 Mergulho em Fernando de Noronha..............................................................16

3.2.1 Mergulho rebocado em Fernando de Noronha.............................................16

3.2.2 Mergulho livre em Fernando de Noronha....................................................17

3.2.3 Mergulho autônomo em Fernando de Noronha............................................19

3.3 Check list de viagem..................................................................................22

4. Turismo no Brasil..................................................................................23

4.1 Ecoturismo no Brasil..................................................................................23

4.2 Mergulho no Brasil.....................................................................................29

5. Roteiro completo...................................................................................31

6. Instituições e empresas a serem visitadas........................................33

7. Bibliografia............................................................................................34

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1. Participantes da viagem técnica

1.1 Estados de Origem dos Empresários

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1.2 Breve Perfil das Empresas Participantes

EMPRESA PARTICIPANTE ATIVIDADES COMERCIALIZADAS

DESTINO DE OPERAÇÃO

Andarilho da Luz Caminhadas Ecológicas Terapêuticas

Marcus Paixão Pavani ECOTURISMO (caminhadas, flutuação); CULTURA (cidades patrimônio, étnico, festas populares, outros); ESPORTE (trekking, mergulho); PRODUTOS FOCADOS (bem-estar), Turismo Solidário e o de Vilarejo.

Belo Horizonte/MG

Canoa da Serra Receptivo

Victor Ponce SOL E PRAIA, ECOTURISMO (caminhadas, outros); CULTURAL (étnico, outros); ESPORTE (trekking, mergulho, rafting, canyoning e práticas verticais).

Nova Friburgo/RJ

Elite Dive Center Daniel Gouvêa SOL e PRAIA, ECOTURISMO (Flutuação), ESPORTE (Mergulho e pesca esportiva), NEGÓCIOS e EVENTOS (negócios & eventos - outros), PRODUTOS FOCADOS (Bem estar) e Treinamentos relacionados a mergulho.

Angra dos Reis/RJ

Korubo Expedições Cinthia Krause Batista ECOTURISMO (caminhadas, observação de fauna); ESPORTE (rafting).

Palmas/TO

Maris Turismo e Ecologia Flávio Andreas Hauser SOL E PRAIA, ECOTURISMO (caminhadas, observação da fauna e outros); ESPORTE (trekking, mergulho).

Maraú/BA

Master Turismo Felipe Chiste Dias SOL E PRAIA, ECOTURISMO ( observação da fauna, ecoturismo - outros), CULTURA (cidades patrimônio), ESPORTE (mergulho, golfe), NEGÓCIOS E EVENTOS (feiras, congressos, incentivo, mega-eventos, negócios e eventos - outros).

Belo Horizonte/MG

Sacada Turismo Sandra Rodrigues ECOTURISMO (caminhadas, flutuação, observação de fauna e aves), CULTURA (cidades patrimônio, festas populares e cultura afro-

São Luis/MA

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indígena) ESPORTE (trekking e cavalgada).

1.3 Equipe Técnica

ENTIDADE REPRESENTANTE E-MAIL LOCALIDADE

Ministério de Turismo/ Roteirização

Marcelo Abreu [email protected] Brasília/DF

Ministério de Turismo / Segmentação

Karen Basso [email protected] Brasília/DF

SEBRAE Germana Barros [email protected] Brasília/DF

IMB/BRAZTOA Alice Souto Maior [email protected] Brasília/DF IMB Elisângela Barros [email protected] Brasília/DF

Consultor José Martins [email protected] Fernando de Noronha/PE

Consultora Benchmarking

Andréia Maria Pedro

andreia@ deps.ufsc.br São José do Rio Preto/SP

Cinegrafista Fábio Luis de Moura Fernando de

Noronha/PE

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2. Informações gerais

Contextualização histórica

O primeiro relato oficial do descobrimento do Arquipélago ocorreu em 1503, mas o mesmo permaneceu pouco habitado ou com ocupação de franceses (em 1556, em 1612 e em 1736) e holandeses (de 1629 a 1654). Até que em 1737, Portugal ocupa efetivamente Fernando de Noronha, instalando uma Colônia Correcional e um destacamento militar e iniciando a construção de fortificações, prédios coloniais e da Igreja Nossa Senhora dos Remédios. Fernando de Noronha pertenceu a Pernambuco de 1700 a 1938, quando foi requisitado pela União, perante uma indenização de CR$ 2.000.000,00, a fim de ser usada como colônia agrícola para presos políticos. Em 1942 foi criado o Território Federal de Fernando de Noronha que durou até 1988. De 1942 a 1981 o arquipélago foi administrado pelo Exército, de 1981 a 1986 pela Aeronáutica, de 1986 a 1987 pelo Estado Maior das Forças Armadas e de 1987 a 1988 pelo Ministério do Interior. De 1942 a 1945, Fernando de Noronha serviu de base militar avançada para os Estados Unidos da América. Os norte-americanos voltaram a ocupar o arquipélago de 1957 a 1965, com um Posto de Observação de Teleguiados. Em outubro de 1988, por força da nova Constituinte, Fernando de Noronha é re-anexado ao Estado de Pernambuco, na categoria de Distrito Estadual. Em função da situação geográfica, importância ecológica (área de reprodução de diversas espécies animais, potencial genético e complexidade dos ecossistemas), grau de preservação e grande beleza cênica é que entidades ambientalistas e a comunidade científica nacional e internacional iniciaram no início da década de oitenta o movimento para a criação de uma unidade de conservação em Fernando de Noronha, seguindo recomendação do documento "Estratégia Mundial para Conservação" (IUCN/PNUMA/ WWF,1980). Deste movimento resultou a criação da área de Proteção Ambiental (APA) de Fernando de Noronha em 1986. O Decreto-Lei nº 96693, de 14/09/88 cria o Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha (PARNAMAR-FN) com área total de 11.270 hectares, sendo 85% no mar, e os 15% terrestres correspondem à cerca de 65% das terras do arquipélago. Os restantes 35% de terras do arquipélago estão na ilha de Fernando de Noronha e constituem a APA de Fernando de Noronha (vide Figura 2).

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Figura 2. Mapa de Fernando de Noronha com os limites do Parque Nacional

O PARNAMAR-FN tem os seguintes objetivos: proteger amostra representativa dos ecossistemas marinhos e terrestres do arquipélago, assegurando a preservação de sua fauna, flora e demais recursos naturais, proporcionando oportunidades controladas para a pesquisa científica, educação ambiental e visitação pública e contribuindo para a proteção de sítios e estruturas de interesse histórico-cultural.

Localização

O Arquipélago de Fernando de Noronha localiza-se nas coordenadas 30 54’ Sul de latitude e 320 25’ Oeste de longitude, a 350 km da costa do Rio Grande do Norte e 250 km da linha do Equador (vide Figura 1).

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Figura 1. Mapa com localização do Arquipélago de Fernando de Noronha

Relevo

É o topo emerso de uma montanha submarina com base de 60 km de diâmetros a 4000 metros de profundidade, cuja formação iniciou-se a aproximadamente 60 milhões de anos atrás e os últimos eventos vulcânicos ocorreram há 1,8 milhões de anos. Deste período até hoje, os processos erosivos (ventos, correntes marítimas e ações das ondas) e a resistência da estrutura geológica redesenhou o arquipélago na configuração atual, que compreende elevações íngremes, planaltos, vales, planícies, falésias, arenitos consolidados, praias de seixos rolados e praias de areias.

Clima

O clima do arquipélago é tropical, com estações pluviométricas bem definidas: o período chuvoso é nos meses de fevereiro a julho e o período seco de agosto a janeiro. A temperatura oscila entre 23,5 e 31,5 graus centígrados. Predominam os ventos alísios de sudeste e leste. Fernando de Noronha é banhado pela corrente Sul Equatorial, que corre no sentido oeste com águas de salinidade elevada, temperatura média de 24 graus centígrados, alta transparência (até 60 m de visibilidade) e baixas concentrações de sedimentos, matéria orgânica, nutrientes e plâncton.

Vegetação

A vegetação de Fernando de Noronha é basicamente subxerófita, com poucas espécies arbóreas e muitas arbustivas e herbáceas. Como casos de endemismo (que existem somente em um determinado lugar) destacam-se a gameleira, o mulungu e a burra-leiteira. Massas arbóreas contínuas de grande porte (10 a 15 m.) são

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encontradas nas elevações e planaltos. Nas planícies, que sofreram mais a ação do homem, predominam comunidades arbustivas e herbáceas. Na década de cinqüenta, foi introduzida a trepadeira daninha jitirana, que mata por sufocamento a vegetação nativa do Arquipélago.

Ecossistema

Apesar da corrente Sul Equatorial, que banha Fernando de Noronha, não ser rica em nutrientes, o ecossistema insular possibilita a existência de grande produtividade e abundância de vida marinha. Das dezessete espécies de corais que existem no Brasil, quinze ocorrem em Fernando de Noronha, sendo Montastrea cavernosa a mais abundante. A concentração de algas e esponjas é elevada. Existem três espécies de lagostas em Noronha, a mais abundante é a cabo-verde, que quando está ovada caminha para profundidades acima de 20 metros e libera aproximadamente 800 mil ovos, após seis meses, apenas 500 indivíduos alcançarão o estágio de uma lagostinha de dois centímetros, quando então poderão resistir as correntes. Os peixes encontrados em Fernando de Noronha dividem-se em residentes e de passagem. Entre os residentes, destacam-se os peixes piraúna, maria-da-toca, saberé, cirurgião e papagaio. E os peixes de passagem mais abundantes estão o xaréu, a barracuda e os atúns. Entre os cartilaginosos, destacam-se o cação-lixa, que só é avistado no estado jovem, com tamanho entre 0,5 e 2,0 m., alimentando-se de lagostas (o cação-lixa adulto atinge até 4,5 metros de comprimento e vive em profundidades acima de 30 metros); o tubarões bico-fino e tintureira; e as arraias manteiga, chita e jamanta. As águas noronhenses são freqüentadas por duas espécies de tartarugas marinhas. Jovens da tartaruga-de-pente são encontrados se alimentando. A tartaruga verde vem a Fernando de Noronha se alimentar (jovens) e reproduzir-se (adulto). O acasalamento inicia-se no final de novembro e vai até abril. As tartarugas marinhas de Fernando de Noronha são estudadas e protegidas pelo Centro TAMAR / IBAMA. O golfinho encontrado em Fernando de Noronha é conhecido popularmente como golfinho-rotador por rodar em torno do próprio eixo quando salta fora d’água. Ele vive em águas oceânicas tropicais no Atlântico, Pacífico e Índico. Estes golfinhos têm hábitos gregários, com agrupamentos sociais muito fluídos, quanto ao tamanho e constituição. Eles podem buscar águas calmas de enseadas em ilhas oceânicas, como ocorre no Havaí e em Fernando de Noronha. A Baía dos Golfinhos, do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, é o local no mundo mais provável de se encontrar altas concentrações de golfinhos. Em 95% dos dias, grupos de 3 a 1961 (315 em média) golfinhos-rotadores permanecem em média 7 horas na Baía dos Golfinhos, para descansar, reproduzir, cuidar dos filhotes e refugiar-se de tubarões. O ciclo diário de atividades dos golfinhos em Fernando de Noronha consiste em: alimentação noturna, movimento matinal em direção à Baía, chegada ao nascer do sol e saída à tarde para as zonas de alimentação. A facilidade de se encontrar golfinhos e o carisma destes animais são os principais atrativos turísticos do Arquipélago. Os golfinhos de Fernando de Noronha são estudados e protegidos pelo CENTRO GOLFINHO ROTADOR. Estima-se que as atividades e serviços relacionados aos Golfinhos Rotadores oferecidos em Fernando de Noronha são responsáveis por cerca de 5% dos recursos financeiros deixados pelos visitantes. Na fauna terrestre, destacam-se as espécies endêmicas: a lagartixa mabuia, importante controladora das populações de insetos do Arquipélago; e o caranguejo terrestre amarelo. Entre as espécies introduzidas no arquipélago, estão o lagarto teju e o roedor mocó.

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O Arquipélago de Fernando de Noronha possui as principais colônias reprodutivas de aves marinhas do oceano Atlântico Tropical em número de espécies e, junto com a Reserva Biológica do Atol das Rocas, em número de indivíduos. A ave marinha mais abundante em Fernando de Noronha é a viuvinha-preta, que se alimenta principalmente de sardinhas concentradas em grandes cardumes na superfície d'água. Da mesma família, a noivinha não faz ninhos, simplesmente coloca o seu ovo encaixado na forquilha de um galho. O segundo grupo de aves do arquipélago são os pelicaniformes, representados por seis espécies. Fernando de Noronha também é usado como área de descanso ou alimentação por aproximadamente 21 espécies de aves migratórias, 13 marinhas (principalmente maçaricos) e 8 dulciaquícola (garças). Existem três espécies de aves terrestres nativas em Fernando de Noronha: sendo duas endêmicas com espécie, o sebito e a cocuruta; e a pombinha ribaçã.

3. Turismo em Fernando de Noronha

Contextualização histórica

O aumento da demanda por ecoturismo em unidades de conservação, a beleza cênica natural das ilhas e a grande divulgação do Arquipélago na mídia nacional e internacional fizeram com que o número de turistas e a população residente se multiplicassem em Fernando de Noronha desde a criação do Parnamar-FN. Em setembro de 1988, antes da criação do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, havia no Arquipélago um hotel e duas pousadas, com capacidade total de 120 leitos. Eram três restaurantes, quatro bares e uma loja de “souvenirs”. Os veículos que conduziam turistas eram apenas dois jipes utilizados como táxis, dois ônibus, dois barcos usados para passeios turísticos e outros dois, para operações de mergulho autônomo. Existiam naquele ano, cinco condutores de visitantes. Fernando de Noronha recebia apenas um vôo diário de passageiros, em um avião Bandeirantes com 16 lugares. Em 1992, primeiro ano em que o Departamento de Controle Migratório da Administração do Distrito Estadual de Fernando de Noronha obteve dados precisos da entrada de visitantes na Ilha, 10.094 turistas visitaram o Arquipélago. Ao longo do ano de 2002, a Ilha recebeu 62.551 visitantes, um aumento de 520% em 10 anos. De 1988 a 2006, a população residente da Ilha (permanente e temporária) passou de 1.500 para 4.000, devido à imigração de pessoas que vieram ocupar os postos de serviços criados pelo turismo. A população incidente máxima (moradores permanentes, moradores temporários e visitantes que ocupam simultaneamente a Ilha) passou de 1.600, em 1988, para 5.500 pessoas em 2006.

Acesso

O acesso do turista a Fernando de Noronha é normalmente feito por avião. Dependendo do fluxo de visitação, diariamente chegam à Ilha de 2 a 6 aviões das empresas VARIG e TOTAL, vindos de Recife, ou da TRIP, vindos de Recife ou Natal, todos com capacidade de transporte de até 300 passageiros. Duas vezes por semana chega a Fernando de Noronha o Navio Transatlântico Pacific, da CVC Turismo, que permanece cerca de 36 horas na Ilha. A grande quantidade de

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pessoas (até 650 pessoas), o pouco tempo de permanência na Ilha e as dificuldades de desembarque e embarque do navio no meio do mar, transformam estes cruzeiros em uma opção bem limitada como viagem para conhecer o Arquipélago.

Infra-estrutura turística

Em 2006, o Arquipélago conta com cerca de 120 pousadas domiciliares, com capacidade total de 1500 leitos. Os turistas podem optar entre cerca de 20 restaurantes, bares e lanchonetes e de 20 lojas de “souvenirs”. O Parnamar-FN recebe uma carga na sua parte terrestre de 20 cavalos de turismo eqüestre, 25 bicicletas de aluguel, 20 furgões ou caminhonetes para transporte de turistas, 100 táxis, 100 carros de aluguel e 20 motos de aluguel. A parte marinha do Parnamar-FN eram utilizada por 20 barcos de pesca, oito barcos para operação de mergulho autônomo com capacidade total de 148 mergulhadores e 14 barcos de turismo com capacidade total de 420 passageiros. Existiam cerca de 50 condutores de visitantes autorizados a percorrer as trilhas Parnamar-FN.

Perfil do Turista

O maior número de turistas que visitaram Fernando de Noronha são os brasileiros, 85,3% (dados do ano de 2004). Ressalta-se que, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul são os estados que mais emitem turistas, responsáveis por 64,5% do total de brasileiros. Em relação aos turistas estrangeiros destaca-se o aumento dos turistas europeus originários de Portugal e Itália. Observa-se, contudo, o crescimento expressivo da participação de estrangeiros no arquipélago nos últimos 4 anos. A ilha foi visitada praticamente pela mesma quantidade de homens e mulheres, 49,2% e 50,8% respectivamente, em 2004, não apresentando grandes alterações nos últimos quatro anos. A faixa de 31 a 40 anos responde por 30% desse contingente e manteve taxa de crescimento positiva desde 2001. É notável que a procura pelo destino cresce, na medida em que o grau de instrução aumenta, ficando o item superior completo com 82% das respostas de 2004. Entre os ramos de atividades, destacam-se em 2004, os turistas que trabalham respectivamente no setor de serviços, em órgãos públicos e os autônomos. A faixa de renda em 2004 apresentou uma variação significativa para os turistas que tem uma renda mensal acima de 40 salários mínimos. Este resultado vem confirmar que Fernando de Noronha é um destino caro, por isso é mais visitado por turistas com renda superior a 10 salários mínimos, ou seja, o público alvo do Arquipélago é uma pequena parcela da população nacional. A motivação “Ecoturismo” manteve-se como principal razão da viagem em 2001. No entanto o que chama a atenção é o segmento de mergulho que demonstrou um crescimento de 111% em relação ao ano de 2001. Afirma-se, assim, a importância dos recursos naturais e das atividades a eles associadas como fator de atração da Ilha, portanto, existe a necessidade de haver um uso sustentável destes recursos. Ao responderem o questionário 52% apontaram “Amigos” e “Televisão” como principal fator estimulador da viagem em 2004. Deve-se observar, contudo que a soma dos veículos de comunicação de massa alavancaram mais de 46% das citações, com destaque para: televisão com 22% e Internet com 9,9%. Isto mostra a força deste veículo e a sua importância como instrumento de divulgação do destino, em

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especial pelo fato de que, por serem matérias editoriais o investimento é baixo e o retorno é alto em termos de resultado, de formação e manutenção da imagem. O meio de transporte “aéreo” é o mais utilizado pelos turistas que visitam o arquipélago. A permanência média apurada entre os visitantes motivados por ecoturismo foi de 4,6 dias de 2001 a 2004, os turistas que visitam a ilha com o motivo principal visando mergulho, são os que apresentam maior gasto (R$ 1.658,03) e permanência (5,7 dias) nos últimos quatro anos. Em 2004 (84,7%) manifestou sua intenção de voltar ao arquipélago. Cerca de 90% dos entrevistados nunca haviam visitado o arquipélago anteriormente. Esta é uma variável que mantém certa estabilidade através dos anos. Entretanto, o percentual de retorno a ilha ainda é relativamente baixo e quando associado a Intenção de voltar ao Arquipélago abre espaço para trabalhos de fidelização ao destino. A avaliação dos turistas em relação aos principais serviços de infra-estrutura urbana de Fernando de Noronha foi positiva. Durante o ano de 2004, em relação à infra-estrutura ecoturística, os itens que não obtiveram uma boa avaliação de uma forma geral foram “Restaurantes” e “Informações e Orientações”. Em relação às praias, as melhores avaliações foram verificadas para o nível de satisfação, número de visitantes e limpeza, ficando a infra-estrutura e sinalização com a maior crítica. Os índices apurados para a avaliação das trilhas demonstram uma necessidade de realização de trabalhos junto às mesmas, tendo também a sinalização e infra-estrutura como os maiores gargalos. Os entrevistados qualificaram de forma espontânea e com suas próprias palavras os aspectos positivos e negativos gerais da ilha. Esta avaliação é de suma importância, porque se consegue detectar as razões que levariam os mesmos, a recomendar ou não o destino de Fernando de Noronha. Nos aspectos positivos, os itens “beleza”, “preservação” e “turismo” são, sem dúvida, os mais citados, como é observado em 2004. Os itens “infra-estrutura” e “preços elevados” são os aspectos mais criticados pelos visitantes. Em se tratando da infra-estrutura turística os itens mais reclamados referem-se a: sinalização turística, inexistência dos serviços de guarda-vidas nas praias, falta de conservação dos Sítios Históricos.

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Figura 3. Evolução do movimento de turistas em vôos regulares no Distrito Estadual de Fernando de Noronha 1995/2004

21.3

15

15.7

58

22.2

89

28.8

17

49.5

12

47.4

50 57.5

68

62.5

51

51.4

36

54.8

66

54.2

41

010.00020.00030.00040.00050.00060.00070.000

1995 1997 1999 2001 2003 2005

Fluxo de Turistas

Atrativos

De novembro a abril, principalmente nas luas nova e cheia, Fernando de Noronha vira o Havaí Brasileiro. Com a virada do vento para nordeste, as ondulações oceânicas chegam às praias do Mar de Dentro. Os primeiros “swells” são maiores, mas são eles que vão retirando a areia do fundo, até que, em fevereiro e março, os fundos já estão limpos e as ondas quebram perfeitamente sobre o fundo de rochas vulcânicas.

A principal atração de Fernando de Noronha é o mar. Pode ser contemplando a paisagem marinha ou desfrutando do prazer de estar no mar. As opções turísticas aquáticas em Fernando de Noronha são bem variadas e dependem do interesse, da resistência física e da prática de um esporte específico. Para se fazer uma visita apropriada a Fernando de Noronha, o ideal é combinar a principal atividade que o visitante pretende realizar com a sazonalidade das condições do mar. As atividades aquáticas regularmente disponíveis aos visitantes do Arquipélago são: saídas de barco, mergulho e surf. Diariamente saem barcos do Porto Santo Antônio para passeios pelo Mar de Dentro em dois horários: entre oito e dez horas e entre treze e quinze horas. A duração média dos passeios é de três horas e conta com a orientação de um condutor local. Os barcos percorrem o trecho das ilhas secundárias à Ponta da Sapata. Vários barcos da ilha fazem saídas exclusivas para a pesca esportiva com turistas fora da área do Parnamar-FN, no trecho entre o Porto Santo Antônio e a Cacimba do Padre ou acima de 50 metros de profundidade. Alguns barcos são de pescadores profissionais e outros são adaptados a pescaria esportiva com turistas. Na pescaria de currico, com o barco em movimento, o peixe mais pescado é a barracuda no primeiro semestre e, no segundo semestre, agulhão-de-vela ou sailfish e albacora. Passeio geral pela Ilha de carro com motorista, incluindo paradas para contemplação em diversos locais e para banho de mar ou mergulho livre em algumas praias. Pode-se alugar um carro e conhecer a ilha dirigindo. A Associação de Taxista de Fernando de Noronha (NORTAX) é um exemplo de negócio sustentável, assim como algumas locadoras de Fernando de Noronha.

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3.1 Ecoturismo em Fernando de Noronha Contexto A reanexação do Arquipélago ao Estado de Pernambuco, na categoria de Distrito Estadual, determinada pela Constituição Federal de 1988 contrariou a população noronhense que, sob o comando do Governador Fernando César Mesquita, mobilizou-se para que Fernando de Noronha continuasse pertencendo à União. No entanto, a condição de único Distrito Estadual do Brasil, a dúvida jurídica sobre direito de posse do solo e dos imóveis, se pertence ao estado de Pernambuco ou à União, e o fato de não existirem propriedades privadas em Fernando de Noronha, deixam a Ilha num impasse que impede o desenvolvimento acelerado. Esse crescimento relativamente lento tem sido bom para a conservação dos ecossistemas insulares e para a população local, que aos poucos vem se instruindo e se profissionalizando no atendimento aos turistas. Segundo dados da Administração do Distrito Estadual de Fernando de Noronha, o Estado de Pernambuco arrecadou cerca de dez milhões de reais com taxas e impostos em 2005, sendo oito milhões de reais só com a Taxa de Preservação Ambiental (TPA). Infra-estrutura Ecoturística Atualmente a ilha conta com cerca de 120 pousadas com condições mínimas de conforto (banho quente, ar condicionado, frigobar, TV e telefone) e 10 pousadas de excelente qualidade. As pousadas que são exemplo de negócio sustentável em ecoturismo são: Pousada da Morena, Pousada Solar dos Ventos, Pousada Estrela do Mar, Pousada do Marcílio, Pousada Mabuya, Pousada Colina dos Ventos, Pousada Alefawi, Pousada dos Corais, Pousada Nascer do Sol, Pousada Barcelar, Pousada das Flores, Pousada do Recanto, Pousada da Tia Zete e Pousada Mar Atlântico. As opções para refeições no Arquipélago têm se multiplicado ano a ano e vão desde restaurantes que servem refeições por quilo à cozinha internacional. Restaurantes que são exemplo de negócio sustentável em ecoturismo são: Flamboyant, Trattoria di Morena, da Célia, Ecologikus e o Porto Marlin.

Atrativos Os principais atrativos turísticos do Arquipélago estão dentro do Parnamar-FN, onde os visitantes ingressam de três formas: caminhadas, carro e barco. Em 2005, cerca de 25 mil turistas percorreram a principal trilha de Fernando de Norornha, visitando o Mirante dos Golfinhos, o equivalente a 39% dos visitantes do Arquipélago no ano. A média de visitação por dia no Mirante dos Golfinhos foi de cerca de 70 pessoas. Destes visitantes, 11 mil turistas foram observar a chegada dos golfinhos na alvorada. Em 2005, o IBAMA registrou a saída 2.244 saídas de barco para passeio, levando 46.861 pessoas para observar golfinhos, realizar mergulho livre, levando 52% dos 90 mil visitantes do Arquipélago naquele ano. Em 2005, o IBAMA registrou a 553 saídas de barco, levando 4.434 pessoas para realizar mergulho rebocado, o que representou 5% dos 90 mil visitantes do Arquipélago naquele ano. A principal opção noturna da Ilha são as palestras que ocorrem todas as noites, às 21 horas, no Centro de Visitantes do Projeto TAMAR. Cada dia é abordado um tema

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diferente, como golfinho-rotador, Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha e tartarugas-marinhas. Foram definidas cinco trilhas terrestres dentro da área do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, que são: Mirante dos Golfinhos-Praia do Sancho, Praia do Sancho-Baía dos Porcos, Ponta da Sapata-Praia do Leão; e Praia da Caieira-Praia da Atalaia. As caminhadas nessas trilhas só são permitidas acompanhadas por guias autorizados pelo IBAMA e as informações da atividade podem ser obtidas na Sede do Parque Fora da área do Parque, existem as seguintes trilhas: Jardim Elizabeth (no Sítio Histórico da Vila dos Remédios), a Costa Azul (Praia da Conceição-Praia do Boldró) e a Costa Esmeralda (Forte de São Pedro do Boldró-Cacimba do Padre). A melhor opção de caminhada, na relação desgaste físico e beleza, é percorrer, durante o período de maré baixa, as trilhas que vão do Mirante dos Golfinhos à Praia do Cachorro. Nas ilhas secundárias, é possível observar ninhais de várias espécies de aves marinhas, principalmente de mumbebos. Em cerca de 70% dos passeios, os turistas avistam os golfinhos-rotadores saindo ou entrando na Baía dos Golfinhos, momento em que os golfinhos que estão em comportamento de guarda vêm nadar na prôa da embarcação, para desviar a atenção dos barcos do restante do grupo. A melhor época de observação de golfinhos na Ilha é de agosto a dezembro. Na época de chuva, os rotadores permanecem menos tempo na Baía dos Golfinhos. Uma saída de caiaque, remando do Porto Santo Antônio à Praia da Conceição ou à Cacimba do Padre é uma opção saudável de se conhecer de perto os costões rochosos deste pedaço da ilha. Requer preparo físico, principalmente para quem não quer voltar rebocado ou de carona no inflável que faz o apoio e a segurança da operação.

3.2 Mergulho em Fernando de Noronha O que faz com que Fernando de Noronha seja um dos melhores locais de mergulho do mundo não é a beleza da paisagem submarina, nem a abundância de animais marinhos e muito menos a diversidade da fauna. O que distingue o Arquipélago é a comodidade de se conhecer o mundo subaquático com água pela cintura ou em mergulhos de 10 metros de profundidade e a grande facilidade de se observar lagostas, polvos, cardumes de peixes, tubarões e tartarugas. Fernando de Noronha é bom em qualquer época do ano para as duas modalidades de mergulho mais comuns, mergulho livre e mergulho autônomo. Se o visitante não levar seu equipamento de mergulho, ele terá várias opções de aluguel na Ilha, da máscara ao regulador. 3.2.1 Mergulho rebocado em Fernando de Noronha

No mergulho rebocado, o visitante, com equipamento de mergulho livre, se segura em uma prancha em formato de asa delta que é puxado por um barco. A prancha possibilita o controle de deslocamento da superfície ao fundo, que permite tanto um vôo submarino contemplativo entre peixes, tartarugas, arraias e corais, como um tipo de esporte de aventura com manobras radicais embaixo d´água, com “loopings” e rasantes próximos ao fundo.

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3.2.2 Mergulho livre em Fernando de Noronha

O mergulho livre é dividido em duas modalidades: “snorkeling” (natação com equipamento) e apnéia. Para realização do mergulho livre é necessário o seguinte equipamento básico: máscara de mergulho, respirador (snorkel) e nadadeiras. O “snorkeling” é realizado sempre na superfície d’água, sem interrupção da respiração, com o mergulhador em posição horizontal, olhando para o fundo do mar e a extremidade do respirador sempre para fora d’água. É a modalidade de mergulho praticada pelos iniciantes na atividade, pois não requer nenhuma experiência e, em alguns locais, nem preparo físico. No mergulho em apnéia, o mergulhador prende a respiração espontaneamente e submerge por determinado período de tempo. Requer mais experiência, principalmente para não deixar a água entrar pelo respirador. Esta modalidade é utilizada por fotógrafos submarinos e esportistas apaixonados pelo mar, assim como nas competições de apnéia. O mergulho livre é praticado por mais de 90% dos visitantes de Fernando de Noronha. É bom sempre tomar algumas precauções de segurança, como checar o equipamento, mergulhar somente acompanhado, de preferência com um guia local e conhecer o sistema de correntes e marés da área. As correntes no Arquipélago movem-se na direção nordeste-sudoeste, Porto Santo Antônio-Ponta da Sapata, sendo este o sentido menos cansativo e perigoso para os mergulhos. Os principais locais para alugar equipamento básico de mergulho localizam-se no Porto de Santo Antônio e são o Santuário e a Rabo-de-junco, dois belos exemplos de negócio sustentável em ecoturismo. As opções de mergulho livre estão distribuídas entre o Mar de Dentro e de Fora da Ilha Fernando de Noronha. Como a maioria dos pontos de mergulho livre está no Mar de Dentro, a melhor época do ano para a prática desta atividade é de julho a dezembro, quando predomina o vento sudeste e o mar está mais calmo daquele lado. Todos os pontos de mergulho localizam-se ente 1 e 5 km da Vila dos Remédios e podem ser atingidos de carro, de barco ou em caminhadas, e estão dentro dos limites do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha. Os principais pontos de mergulho livre no Mar de Dentro são: Baía de Santo Antônio - onde está localizado o único naufrágio permitido ao mergulho livre, o navio grego Eleani Stathatos. As caldeiras e o túnel do eixo ainda estão bem visíveis, entre profundidades de 1 a 7 metros. É melhor mergulhar durante a maré cheia ou quando ela está enchendo, para evitar as águas turvas que vêm de dentro dos molhes quando a maré está secando. Bom local para a realização de snorkeling e apnéia. Local de alta concentração dos peixes cocoroca, cirurgião e cirurgião-azul. No fundo de areia próximo ao naufrágio, freqüentemente se observa a raia-prego ou manteiga sendo seguida por guarajuba, que espera conseguir algum alimento durante a atividade alimentar da raia, no momento em que ela desenterra suas presas. Ilha do Morro de Fora - o contorno da Ilha, saindo da Praia do Meio e chegando à Praia da Conceição, proporciona um excelente mergulho: tranqüilo, de fácil acesso, com águas claras, vários tipos de fundo (areia, costão rochoso e pedras isoladas) e profundidades de 1 a 15 metros. Melhor mergulhar durante a maré seca. Bom local para a prática de snorkeling e de apnéia. É freqüente encontrar neste local raia-chita e os peixes piraúna, sargo-de-beiço e budiões.

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Praia do Boldró - fundo rochoso de aproximadamente 700 metros de comprimento por 300 metros de largura, com profundidade entre 1 e 20 metros. Local apropriado para mergulhar durante a maré baixa, quando ocorre concentração da fauna e diminuição da turbidez da água. Ótimo local para a prática da apnéia, diurna ou noturna, onde facilmente encontram-se lagostas, polvo, lambaru e juvenis de tartaruga-verde e de-pente se alimentando. Laje da Cacimba do Padre - fundo de areia com grandes pedras isoladas. Mergulho mais rigoroso, pois requer um nado de 100 a 300 metros para fora da Praia da Cacimba do Padre, apresenta uma corrente que leva para mar aberto e a profundidade está entre 5 e 20 metros. Local indicado para a prática da apnéia. As pedras isoladas são cobertas por esponjas ou pelo coral montrastea, densamente habitado por lagostas e pelos peixes mariquita, fogueira, piraúna, borboleta, frade e budiões. Baía dos Porcos - baía bem fechada, com águas tranqüilas e de grande visibilidade. Fundo de areia com costões rochosos e profundidade de até 10 metros. Local provável de se encontrar um dos mais bonitos peixe que ocorre em Fernando de Noronha, o peixe-anjo. A transparência da água mistura o reflexo do azul do céu com o amarelo da areia do fundo, dando ao mar uma coloração verde esmeralda. Baía do Sancho - melhor local de mergulho livre em Fernando de Noronha. Enseada aconchegante de águas calmas, transparentes e com a coloração verde da Baía dos Porcos. A baía possui uma abertura de aproximadamente 500 metros de largura, recuo de 300 metros e 20 metros de profundidade. Os dois costões rochosos proporcionam ótimos mergulhos, sendo o costão do lado esquerdo de quem olha para o mar mais diversificado, onde é comum observar os peixes frade, piraúna e borboleta. O fundo do Sancho é de areia, com dois grandes aglomerados rochosos submersos com boa cobertura de um hidrocoral de cor laranja, conhecido coral-de-fogo, e repletos de peixes pequenos, como mulata, donzela-de-rocas e o budião-de-Noronha. O aglomerado mais próximo da praia, com profundidade de até 5 metros, é indicado para snorkeling e apnéia. O segundo aglomerado, localizado na boca da baía, é conhecido como Laje do Sancho, atinge 20 metros de profundidade e é indicado só para apnéia. Esta laje é parcialmente coberta por coral-de-fogo, apresenta formações dos corais e é densamente habitado por peixes. Sobre o fundo arenoso da baía é comum avistar linguado, peixe-cofre e raia-prego. Os pontos de mergulho livre no Mar de Fora são divididos em snorkeling ou apnéia. Os pontos de snorkeling, Baia do Sueste e Piscina da Atalaia, tem condições de mergulho a maior parte do ano. Os pontos de apnéia, Praias do Leão e da Caieira, só têm condição de mergulho em dias que o vento sopra de norte ou nordeste e diminui de velocidade, normalmente entre maio e junho. Os principais pontos de mergulho livre no Mar de Dentro são: Praia do Leão – o único mergulho possível de ser realizado é na face interna da Ilha da Viuvinha, distante 300 metros da praia. No trajeto, encontram-se pedras isoladas. É indicado somente para apnéia e exige grande preparo físico e experiência, devido a presença de correntezas e a grande distância da costa. Mas a transparência da água, a concentração de vida ao redor das ilhas e a grande probabilidade de se avistar um tubarão-limão valem o esforço. Baía do Sueste - é a baía mais protegida do Arquipélago, apresenta diversos ambientes e uma profundidade máxima de 1 a 5 metros. Não é permitido o mergulho

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no lado esquerdo do Sueste, após as bóias. Na época de chuva, normalmente de março a junho, a pressão das águas abre o canal de ligação do Mangue do Sueste com o mar, deixando a água muito turva em toda a Baía. O Sueste é ótimo para a prática do “snorkeling” durante o período de maré cheia, para observação de lambarú e tartaruga, principalmente no canto direito da enseada, próximo à antiga estação maregráfica. Em baixa profundidade, no fundo rochosos com formações de corais dispersas é grande a presença de moréias. Também é fácil de se observar neste ambiente donzelas-de-rocas defendendo suas "hortas" de algas contra um grupo de herbívoros errantes, muito maiores do que ela, como o cirurgião-azul. Praia da Atalaia - local onde, durante a maré baixa, forma-se a maior piscina natural do Arquipélago. São aproximadamente 100 metros de comprimento por 20 metros de largura e com menos de 1,5 metros de profundidade. Local indicado ao snorkeling para pessoas que não têm prática no mergulho livre e querem conhecer o mundo submarino. A visitação é totalmente controlada pelo IBAMA, que limita o número de pessoas por dia e os horários de visitação. Também não é permitido caminhar sobre o fundo rochoso e usar nadadeiras ou protetor solar. Quando a maré seca, polvos e peixes como saberé e donzela-de-rocas ficam aprisionados na piscina. Enseada da Caieira - é o mergulho menos realizado, mais perigoso e mais bonito da Ilha. Local de mar muito agitado e com fortes correntezas. Em certos dias entre março e junho, com determinadas condições de vento, é possível realizar excelentes apnéias. Recomendado somente para apneístas experientes. Local de grande riqueza da fauna submarina, destacando-se tubarão-bico-fino, tartaruga-de-pente, sardinha e guarajuba. 3.2.3 Mergulho autônomo em Fernando de Noronha

O mergulho autônomo consiste na submersão completa do mergulhador que respira embaixo da água, com auxílio de equipamento para respiração subaquática, scuba (Self Contained Underwater Breathing Aparatus). O scuba foi criado pelos franceses Jacques Costeau e Emile Gacna. Os equipamentos necessários à prática desse tipo de mergulho são: máscara, respirador, nadadeira, roupa de neoprene, cilindro de ar comprimido, regulador com octopus, manômetro, colete equilibrador e cinto de lastro. Em Fernando de Noronha, realiza-se mergulho autônomo por uma das três operadoras que oferecem serviços de batismo, mergulho para credenciado, mergulho técnico e cursos, são elas: Águas Claras, Atlantis Divers e Noronha Divers. Três exemplos de negócio sustentável em ecoturismo, que oferecem serviços com alto padrão de qualidade e estão aptas a conduzir mergulhadores de qualquer nível. As operadoras de Fernando de Noronha dispõem de embarcações projetadas para o mergulho, equipamentos modernos, estação de recarga de alta qualidade, tanto para ar comprimido, como para misturas (Nitrox e Trimix), auditório para audio-visuais, salas de aulas e instrutores credenciados pela PADI, PDIC, SSI e NAUI. Os mergulhos podem ser filmados ou fotografados, possibilitando ao visitante levar uma lembrança de sua experiência subaquática. Essas operadoras oferecem os seguintes serviços de mergulho autônomo: Batismo - acessível a pessoas sem experiência em mergulho. Trata-se de uma saída de barco, com uma rápida aula explicando as regras de segurança e sinaismanuais usados para comunicação embaixo d’água. É um mergulho de aproximadamente 30

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minutos sob supervisão direta de um diver master ou instrutor. As operadoras fornecem todo o equipamento necessário. Mergulho para credenciamento básico – os mergulhadores que já fizeram curso de mergulho básico, apresentam sua carteira de credenciamento e são guiados por um diver master ou instrutor. As operadoras fornecem todo o equipamento necessário, mas dão descontos caso o mergulhador leve seu equipamento próprio. Mergulho para credenciamento avançado - semelhante ao mergulho para credenciamento básico com o diferencial de realizar mergulhos noturnos e conhecer locais mais fundos, como os Cabeços da Sapata e o Pontal do Norte. Mergulho Técnico – só pode ser realizado por mergulhadores experientes e que tenham o curso para mergulhar utilizando mistura de gases e múltiplos cilindros. O mergulho técnico mais conhecido em Fernando de Noronha é a Corveta Ipiranga (62 metros de profundidade), mas já são realizados mergulhos entre 80 e 100 metros de profundidade nos paredões, encosta da montanha submarina do Arquipélago, onde o declive do fundo é bem íngreme. Todos os mergulhos autônomos em Fernando de Noronha são feitos a partir de barcos em pontos já definidos e que normalmente são escolhidos no dia da operação em função das condições do mar. Em 2005, o IBAMA registrou a saída de 3.225 barco para operação de mergulho autônomo, levando cerca de 31.683 mergulhadores para a área do Parnamar-FN. Cerca de 50% de mergulhos foram operações de “batismo”. As demais saídas foram realizadas por mergulhadores credenciados, que realizam em média dois mergulhos por saída de barco e participam de duas saídas de barco durante a estadia na Ilha. Desse modo, 23.762 pessoas realizaram 47.524 mergulhos autônomos no Parnamar-FN em 2005, o que correspondeu a 26% dos 90 mil visitantes da Ilha. Os melhores pontos de mergulho estão no Mar de Fora (Pedras Secas, Iúias e Cabeço do Submarino), onde as condições de mar só permitem os mergulhos nos dias em que o vento diminui de velocidade e ronda para nordeste-leste, principalmente de março a junho. No Mar de Dentro, os melhores locais são a Caverna e o Cabeço da Sapata e o Pontal do Norte. Os principais locais de mergulho no Mar de Dentro são: Corveta Ipiranga - localizada defronte a Baía dos Golfinhos a uma profundidade de 63 metros, possibilita observar um naufrágio em ótimo estado de conservação em posição de navegação, assim como o encontro com grandes peixes, como meros. Ao menos em duas ocasiões, já foram observados tubarões-baleia durante a operação de mergulho neste ponto. Ao redor da Corveta, existe uma colônia de enguias-de-jardim, que ficam com a cauda enterrada em buracos na areia e a maior parte do corpo na coluna d’água, à espera do alimento trazido pela correnteza Esta corveta da Marinha Brasileira afundou em 1985, após chocar-se contra o Cabeço da Sapata. O mergulho é permitido apenas para quem têm curso de Mergulho Avançado, curso de Nitrox (mistura gasosa diferente do ar), no mínimo 50 mergulhos comprovados no logbook (livro pessoal de registros de mergulho) e passar por três mergulhos de observação com a operadora. Naufrágio do Porto Santo Antônio - localiza-se à 300 metros da praia, na frente da extremidade dos molhes do porto. A profundidade máxima deste ponto, que é mais utilizado para mergulhos autônomos no final de tarde ou à noite, é de 9 metros. Dentro do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha existem locais

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determinados pelo IBAMA para a prática do mergulho autônomo no Mar de Dentro e no Mar de Fora. Pontal do Norte – localiza-se na extremidade nordeste do Arquipélago, próximo a Ilha Rata. O mergulho é feito em torno de uma torre rochosa com base a 42 metros de profundidade, com grande concentração de hidrocoral e corais. Ponto de mergulho permitido somente para mergulhadores avançados. Buraco do Inferno - localiza-se em uma enseada na face Norte da Ilha Rata, só alcançada por barco. Costão rochoso com alta concentração de peixes, onde existe uma gruta densamente habitada por papudinhas. Local de grande visibilidade que possibilita um mergulho tranqüilo em profundidade de até 25 metros. Local usado tanto para batismo como para mergulho de credenciados. Ressurreta - mergulho na margem norte do canal entre a Ilha Rata e a Ilha do Meio, que é a principal passagem do Mar de Fora para o Mar de Dentro. Local de grande correnteza e beleza, freqüentado por tubarões, tartarugas-de-pente e grandes cardumes de peixes de passagem, como xaréus e guarajubas. Apesar da diminuição da quantidade de barracuda ao redor do Arquipélago, ainda é possível observar grandes cardumes deste peixe nas margens do canal, principalmente de março a junho. É comum se encontrar grandes raias-manta alimentando-se no meio do canal. A ação da corrente na encosta da Ilha Rata cavou grutas e cavernas, que hoje são revestidas de esponjas multicoloridas e habitadas por diversos peixes, como sargo-de-beiço, papudinha, piraúna e cocoroca e por lagostas. A Ressurreta também pode ser o final de um mergulho de corrente (“drift-dive”), quando os mergulhadores caem no Buraco das Cabras. Este ponto atinge a profundidade 16 metros e é usado para batismo e mergulho de credenciados. Laje dos Dois Irmãos - localiza-se para fora da Praia da Cacimba do Padre, entre profundidades de 15 e 24 m, é um bom mergulho sobre um fundo rochoso com grande formação de coral. Local mais provável de se encontrar tubarões-bico-fino na Ilha, principalmente pela manhã. A Laje Dois Irmãos aparentemente é uma grande estação de limpeza, associação alimentar em que peixes maiores são limpos de seus parasitas por peixes menores. Neste ponto, é comum observar o pequeno budião-de-Noronha limpando saberés, piraúnas e tubarões-bico-fino. Ponto visitado somente para mergulhadores credenciados. Ponta da Sapata – na extremidade sudoeste do Arquipélago, estão os dois mergulhos com maior distância de navegação do Porto Santo Antônio. A Caverna da Sapata, na extremidade da ilha principal, é a maior caverna para se mergulhar no Arquipélago, a 15 metros de profundidade e com 10 m de comprimento. Antes da entrada na caverna, no costão interno da Ponta da Sapata, ainda se observam corais, mas nada comparado a grande concentração que havia neste local há 10 anos. A cerca de 20 metros à noroeste da boca caverna e 28 metros de profundidade, encontra-se uma grande colônia de enguias-de-jardim. O nível de credenciamento exigido para este mergulho é o básico. O Cabeço da Sapata, localizado cerca de 200 metros a noroeste da boca caverna, é um mergulho com formação rochosa muito parecida com a do Pontal do Norte, onde é freqüente encontrar peixes grades de pedra, como dentão e mero. Este é um mergulho atinge 42 metros de profundidade e somente é permitido aos mergulhadores com curso avançado. No Mar de Fora os mergulhos normalmente só ocorrem em dias em que o vento sopra de nordeste e diminui de velocidade, entre março e junho. Os locais de mergulho autônomo mais tranqüilos e permitidos ao batismo e credenciamento básico nesta face do Arquipélago são o Naufrágio do Leão (10 metros de profundidade), a Ilha do

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Frade (15 metros de profundidade) e o Cabeço da Caieira (15 metros de profundidade). É no Mar de Fora que estão os melhores locais de mergulho autônomo do Arquipélago, em aglomerados de pedras submersas ou parcialmente emersas com alturas de 15 a 30 metros. São eles as Pedras Secas, Iúias e o Cabeço do Submarino. Nestes locais encontram-se águas de grande transparência, até 50 metros de visibilidade, abundância de vida marinha e rochas totalmente cobertas por esponjas multicolores. Pedras Secas - localizada defronte a Praia da Caieira, é o mergulho no Mar de Fora mais próximo ao Porto e possui dois pontos de mergulho. A profundidade máxima deste mergulho, onde só é exigido o credenciamento básico, é de 17 metros. Nas Pedras Secas I, a 12 metros de profundidade, existe um túnel de 8 metros de comprimento, revestido de esponjas e altamente freqüentado por lagostas, cações-lixa, tubarões-bico-fino e tartarugas-de-pente jovens se alimentando. Pouco mais para fora, está a Pedras Secas II, na qual a maior parte do mergulho é feita em um grande arco, uma abóboda repleta de vida em suas entranhas. Cabeço do Submarino – é um aglomerado rochoso localizado defronte a Baía do Sueste que atinge 25 metros de profundidade. É um ponto permitido aos mergulhadores com o credenciamento básico. Iuias – é um conjunto de grandes pedras com faces planas e cobertas por esponjas multicoloridas, distribuídas sobre um fundo arenoso, com uma profundidade de até 24 metros e localizado próximo ao Cabeço do Submarino. A certificação exigida para este mergulho, realizado entre as pedras, é de mergulho básico.

3.3 Check list de viagem

Vestuário • Agasalho. Apenas um casaco leve, caso esfrie e para ser usado durante o vôo;

• Sapatos confortáveis / sandálias para caminhar, tênis. • Roupas leves e confortáveis. • Bermudas /shorts. • Camisetas. • Roupas de banho. • Chapéus / bonés. • Vestidos. • Calças leves.

Opcionais • Óculos de Sol. • Protetor solar e hidratante. • Toalha pequena. • Câmera / baterias / carregador / filmes. • Não esquecer de levar cartões de visita e brochuras de empresas

e/ou destino. • Bolsa de praia, embora já tenha a mochila oficial do projeto. • Caso queiram, equipamento de mergulho.

Bagagem • Normal para facilitar o transporte, ressaltando que essa é uma viagem técnica.

• Mochila para usar durante as visitas técnicas.

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Saúde • Informar a coordenação caso haja alguma restrição a

medicamentos, alimentos, picadas de insetos. • Informar caso haja necessidade de algum cuidado médico especial. • Recomendamos levar os medicamentos usuais de consumo de

cada participante.

4. Turismo no Brasil

4.1 Ecoturismo no Brasil O termo Ecoturismo foi introduzido no Brasil no final dos anos 80, seguindo a tendência mundial de valorização do meio ambiente. A EMBRATUR – Instituto Brasileiro de Turismo iniciou em 1985 o Projeto “Turismo Ecológico”, criando dois anos depois a Comissão Técnica Nacional constituída conjuntamente com o IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, primeira iniciativa direcionada a ordenar o segmento. Ainda na mesma década foram autorizados os primeiros cursos de guia especializados, mas foi com a Rio 92 que esse tipo de turismo ganhou visibilidade e impulsionou um mercado com tendência de franco crescimento. Em 1994, com a publicação das Diretrizes para uma Política Nacional de Ecoturismo pela EMBRATUR e Ministério do Meio Ambiente, o “turismo ecológico” passou a denominar-se e foi conceituado como Ecoturismo sendo “um segmento da atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações”. Dentre diversas interpretações e definições para Ecoturismo, a conceituação estabelecida tem sido referência no País. Para melhor entendimento, são esclarecidos alguns termos e expressões que a constituem. A segmentação do turismo, embora possa ser definida por diferente elementos e fatores, neste caso é definida a partir das características da oferta, em função da motivação do turista, e em relação à atitude do prestador de serviços, da comunidade receptora e do turista. A prática do Ecoturismo pressupõe o uso sustentável dos atrativos turísticos. O conceito de sustentabilidade, embora de difícil delimitação, refere-se ao “desenvolvimento capaz de atender às necessidades da geração atual sem comprometer os recursos para a satisfação das gerações futuras”. Em uma abordagem mais ampla, visa promover a harmonia dos seres humanos entre si e com a natureza. Utilizar o patrimônio natural e cultural de forma sustentável representa a promoção de um turismo “ecologicamente suportável em longo prazo, economicamente viável, assim como ética e socialmente eqüitativo para as comunidades locais. Exige integração ao meio ambiente natural, cultural e humano, respeitando a fragilidade que caracteriza muitas destinações turísticas”. Esse tipo de turismo pressupõe atividades que promovam a reflexão e a integração homem e ambiente, em uma inter-relação vivencial com o ecossistema, com os costumes e a história local. Deve ser planejado e orientado visando o envolvimento

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do turista nas questões relacionadas à conservação dos recursos que se constituem patrimônio. O estabelecimento de um recorte conceitual diante da amplitude de interações Meio Ambiente e Turismo é primordial para o direcionamento das políticas públicas integradas entre os dois setores. A análise do que se compreende como Ecoturismo e seu desenvolvimento teórico e prático ao longo da última década permite tecer considerações fundamentadas em aspectos que se referem à natureza da atividade turística, à sustentabilidade, ao território e à motivação do turista. Reconhece-se que “o ecoturismo tem liderado a introdução de práticas sustentáveis no setor turístico” mas é importante ressaltar a diferença entre Ecoturismo e Turismo Sustentável. Sobre isso, conforme a Organização Mundial de Turismo – OMT e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente – PNUMA14 referem-se ao Ecoturismo como um segmento do turismo, enquanto os princípios que se almejam para o Turismo Sustentável são aplicáveis e devem servir de premissa a todos os tipos de turismo em quaisquer destinos. Sob esse enfoque, o Ecoturismo caracteriza-se pelo contato com ambientes naturais e pela realização de atividades que possam proporcionar a vivência e o conhecimento da natureza, e pela proteção das áreas onde ocorre. Ou seja, assenta-se sobre o tripé: interpretação, conservação e sustentabilidade. Assim, o Ecoturismo pode ser entendido como as atividades turísticas baseadas na relação sustentável com a natureza, comprometidas com a conservação e a educação ambiental. Através de pesquisas específicas, desenvolvidas a partir de um convênio celebrado entre o Instituto de Ecoturismo do Brasil (IEB) e a EMBRATUR, iniciou-se um detalhado estudo do potencial do ecoturismo brasileiro. Em 1998, foram levantados os pólos de ecoturismo nas regiões Sul e Centro-Oeste, sendo que, a partir de 1999, iniciou-se o levantamento das regiões Nordeste, Sudeste e Norte. A região Sul ocupa apenas 6,76% do território nacional, porém, concentra a terceira maior população do país (23,6 milhões de habitantes), participando, assim, com 15% do contingente populacional total. Segundo as pesquisas acima referidas, já foram identificados mais de cem roteiros ecológicos, para exploração turística, no Brasil. As pesquisas revelaram, também, que, na grande maioria dos locais, a natureza é deslumbrante, entretanto, a infra-estrutura turística, incluindo o acesso, serviços e hospedagem, às vezes, é incipiente. Região Sul Estado do Paraná No Pólo Paranaguá e Serra Graciosa, que se distribui pelos municípios de Paranaguá, Antonina, Morretes e Guaraqueçaba, encontram-se cidades históricas, mar, cachoeiras e rios. O acesso a Pararanaguá pode ser feito por rodovia ou trem, e, para as demais cidades, é feito por estrada secundária, sendo que Guaraqueçaba pode ser acessada por estrada de terra ou barco. A sinalização na rodovia é muito boa, sendo razoável nas estradas e, praticamente inexistente nas cidades. As opções de hospedagem são pousadas e hotéis simples e médios.

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No Complexo Baía de Paranaguá, se encontram três cidades litorâneas (Antonina, Guaraqueçaba e Paranaguá), sendo a de Paranaguá a principal e a que possui a rede hoteleira mais desenvolvida. - Antonina, além de ser uma cidade histórica, dispõe de várias áreas de lazer, sendo um local apropriado ao descanso, para banhos de cachoeira e caminhadas ao Morro da Pedra. - Em Guaraqueçaba, o acesso é dificil, e se faz por estrada de terra ou mar. Possui uma estação ecológica no Parque Nacional, a Reserva Natural Salto Morato. A principal atração, além da estação ecológica, e da parte cultural, são os passeios de barco, por suas ilhas. A cidade possui várias pousadas, um hotel, campings e restaurantes. - Paranaguá é a maior cidade da região, cujas construções históricas, igrejas, museus, danças e comidas típicas, além de passeios pelas ilhas, como a Ilha do Mel, constituem as suas atrações turísticas. Paranaguá está ligada a Curitiba por rodovias, dispondo de uma rede hoteleira bem desenvolvida, diversos restaurantes, e mercados com artesanato e comidas típicas. No Pólo Campos Gerais, estão incluídos os municípios de Ponta Grossa, Castro e Tibagi. Em Ponta Grossa, e em Castro, existem várias opções de hospedagem. Em Tibagi, há pousadas e hotéis simples. Na região, há diversas fazendas abertas à visitação. A sinalização é boa nas cidades, porém, insuficiente nos atrativos. Além disso, a oferta de serviços especializados somente pode ser encontrada nos parques (Guartelá e Vila Velha). Na Costa Oeste, que inclui os municípios de Foz do Iguaçu e Itaipulândia, destaca-se o Parque Nacional de Iguaçu. A infra-estrutura neste local é adequada, existem muitos hotéis, de todas as classes, bem como restaurantes e lanchonetes, de todos os tipos. A sinalização é bem feita, e as informações turísticas podem ser consideradas satisfatórias. Estado de Santa Catarina Em Santa Catarina, as oportunidades para cavalgadas e banhos de mar e cachoeira são abundantes, havendo Pólos onde o ecoturismo já é uma realidade. No Pólo Alto Vale do Itajaí, representado pelos municípios de Presidente Getúlio, Ibirama e Rio do Sul, a infra-estrutura hoteleira ainda é pouco desenvolvida, com exceção de Rio do Sul, onde a oferta hoteleira é um pouco maior. Já a sinalização, é adequada em Presidente Getúlio, principalmente nos atrativos naturais. O Pólo Ilha de Santa Catarina, localizado no município de Florianópolis, é dependente do turismo de verão, por ser mais conhecido pelas belezas de suas praias, dunas e lagoas, oferecendo, também, muitas trilhas para caminhadas, pesca esportiva, mergulho e contemplação. A rodovia de acesso norte/sul está sendo duplicada, estando, assim, interrompida em diversos trechos. Existem, na ilha, hotéis dos mais variados tipos e categorias. A sinalização da ilha é muito boa, mas deficiente nas entradas das cidades, e nos entroncamentos das estradas que levam ao interior do Estado. O Planalto Serrano, compreendido pelos municípios de Lages, São Joaquim e Urubici, oferece uma heterogeneidade de relevo, o que favorece as atividades de canoagem,

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cavalgadas, pesca esportiva e esportes náuticos. Em Lages, há muitas opções de hospedagem, principalmente em hotéis-fazenda. O Parque Nacional de São Joaquim possui infra-estrutura hoteleira e acessos inadequados. A sinalização, para indicação dos atrativos turísticos, é precária, em toda a região. Estado do Rio Grande do Sul O Estado do Rio Grande do Sul é rico em formações paleontológicas, aliás, pouco exploradas, como restos de florestas petrificadas e fósseis animais. Alguns núcleos de ecoturismo podem ser destacados, conforme descritos a seguir. O Pólo Ecoturístico Serra Gaúcha compreende a região que se estende de Gramado/Canela até os Parques Nacionais de Aparados da Serra e da Serra Geral, contando com infra-estrutura hoteleira, hotéis e pousadas dos mais variados tipos, e com um bom atendimento, mesmo nos locais mais simples. Nos referidos parques, não é permitido o acampamento. A sinalização, em Gramado e Canela, é excelente, porém, nas demais localidades, a sinalização para os atrativos turísticos é ineficiente. O Pólo Ecoturístico da Região Central, se estende, entre outros, por Santa Maria e Silveira Martins, possuindo uma sinalização razoável na identificação das cidades e nas placas das principais rodovias, sendo a mesma, porém, deficiente para os atrativos turísticos. Existe uma gama variada de hospedagem, em Santa Maria, entretanto, nos municípios menores, há apenas pousadas simples e casas de família. Região Sudeste Estado de São Paulo No litoral sul de São Paulo, em Lagamar, onde fica a Ilha de Cardoso, existe um dos cinco maiores berçários naturais de espécies marinhas da América do Sul, e, por isso mesmo, considerado ponto prioritário de preservação, pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). O local se estende por 110 km, em forma de estuário, desde Iguape, no litoral sul de São Paulo, até Paranaguá, no Estado do Paraná. Em Lagamar, tem-se uma das últimas coberturas virgens de Mata Atlântica do país, onde há muitos rios e cachoeiras, várias espécies de orquídeas e bromélias, e uma população de mais de 50.000 aves. O acesso é feito por rodovia, de São Paulo até Cananéia ou Iguape, e, a partir daí, deve-se alugar um barco. Em Iguape e Cananéia, existem várias pousadas e hotéis, com diárias de vários níveis; já na Ilha de Cardoso, dentro da reserva, há poucas e modestas pousadas. Região Centro-Oeste Estado do Mato Grosso do Sul O Pólo de ecoturismo do Pantanal Sul abrange os municípios de Aquidauana, Miranda e Corumbá, compondo um cenário voltado para a observação de plantas e animais, passeios de barco, pescarias e caminhadas, além de ser um paraíso arqueológico. Em Corumbá, existem várias opções de hospedagem, já em Aquidauana e Miranda, não há tanta opção. No Pantanal, a infra-estrutura hoteleira é muito boa, com variada gama de hospedagem, porém, a sinalização é muito deficiente. O Pantanal apresenta-se como o destaque do referido pólo. Pantanal, maior área inundável de água doce do mundo, onde são inúmeras as opções de atividades, e, também, os produtos

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ecoturísticos oferecidos na região. Existem guias locais, e diversos equipamentos, tais como barcos de pesca e de passeio, bem como veículos para observação da fauna e flora. No Pólo Serra da Bodoquena, que se estende de Bonito a Jardim e Guia Lopes da Laguna, somente em Bonito são encontrados bons hotéis, e a região carece de sinalização adequada. Bonito apresenta-se, assim, como um dos principais produtos ecoturísticos do referido pólo. Bonito, onde se encontra a Gruta do Lago Azul, possui uma enorme cavidade descendente, com cerca de 150 m de desnível, terminando num lago, com mais de 50 m de profundidade. O Aquário Natural, numa das margens do rio Formoso, tem águas cristalinas, que permitem a visão de vários peixes ornamentais e plantas aquáticas. Estado de Mato Grosso No Pólo Pantanal Norte, compreendido pelos municípios de Poconé, Barão de Melgaço e Cáceres, somente neste último há bons hotéis. Além disso, há outras boas opções de hospedagem, porém, em pousadas e fazendas, no Pantanal. Em Poconé e Barão de Melgaço, a hospedagem é muito precária. A sinalização, no Pantanal, é muito deficiente. O Pantanal, mais a oeste, próximo à Serra de Amolá, ainda é bastante selvagem, sendo uma região menos conhecida, onde habitam vários animais, como a onça-pintada. O acesso pode ser feito por barcos ou aviões fretados, os quais saem de Corumbá, principal cidade da região. O barco-hotel é a única alternativa, pois não há hotéis, no local. As entidades Conservation Internacional e Ecotrópica (ONG brasileira) adquiriram três fazendas, para preservação da área, pesquisa, e, no futuro, exploração do ecoturismo. Existem, ainda, outras fazendas, na região, para pernoites. No Pólo Chapada dos Guimarães, onde estão incluídos os municípios de Cuiabá e Chapada dos Guimarães, existem hospedagens de todas as categorias. Em Cuiabá, a sinalização é muito deficiente. O Parque Nacional Chapada dos Guimarães, uma das maiores atrações ecoturísticas da região, também é deficiente em placas informativas. No Pólo Amazônia Matogrossense, representado pelo município Alta Floresta, existem poucas opções de hospedagem, apenas às margens do rio Cristalino, onde há um hotel de selva considerado excelente. A área, aliás, foi transformada em uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN). Estado de Goiás O Pólo Chapada dos Veadeiros, que compreende os municípios de Alto Paraíso de Goiás, São Jorge, Cavalcante, São Domingos e Posse, comporta localidades que alcançam altitudes entre 1.000 e 1.600 metros, possuindo cânions, mirantes e cachoeiras. Em Alto Paraíso de Goiás e São Jorge, existem várias opções de pousadas, mas, em São Domingos e Posse, a hospedagem é deficiente. O Pólo Pirenópolis está inserido na Serra dos Pirineus, compreendendo os municípios de Pirenópolis, Corumbá de Goiás e Cocalzinho de Goiás. Há várias opções de pousadas e hotéis, na região, variando de bons a simples, sendo que o visitante também tem a possibilidade de se hospedar em fazendas. Os restaurantes são simples, com comida caseira típica. A sinalização é deficiente, e apenas nas fazendas os turistas têm orientação sobre os atrativos naturais. Dentre as localidades ecoturísticas, destaca-se a Caverna dos Ecos, em Cocalzinho, onde se encontra o

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maior lago subterrâneo da América do Sul, de grande importância, por sua dimensão e formação rochosa. O Pólo Parque das Emas, compreendido pelos municípios de Mineiros, Chapadão do Céu, Serrópolis e Costa Rica, possui várias opções de hotéis, em Mineiros, e acomodações simples, em Costa Rica. A sinalização, na região, é insuficiente, existindo guias apenas no parque Nacional, em Costa Rica e Mineiros. Destacam-se, no turismo ecológico da região, as corredeiras, as formações rochosas, as cachoeiras, e a fauna e flora. Região Nordeste Estado do Maranhão Um dos destinos de ecoturismo é o das Reentrâncias Maranhenses, situadas a 170 km de São Luís. A região é constituída de ilhas e baías, situadas num estuário doze vezes maior que o município de São Paulo. Na localidade, há centenas de aves aquáticas, como o guará, a garça e o colhelheiro. Os recifes de corais são avistados com a maré baixa. O principal passeio consiste em navegar por canais, com encostas de areia em movimento constante, por causa do vento, tendo como ponto de parada a Ilha dos Lençóis, que tem 70% de sua superfície formada por dunas. A cidade mais próxima é Cururupu, sendo que, a partir daí, o acesso às Reentrâncias Maranhenses é feito por barco. A região foi incluída no plano de desenvolvimento turístico do Estado. As acomodações restringem-se a pousadas muito simples, tanto nas Reentrâncias quanto em Cururupu. Outro município, que se destaca no Estado como pólo de ecoturismo, é o de Carolina, a 850 km da capital. A região é formada por dezenas de cachoeiras, cuja principal situa-se no recanto de Pedra Caída, possuindo uma queda-d’água com mais de 50 metros de altura, e cercada por imensos paredões rochosos, com cerca de 1,5 metro de profundidade. Parte do acesso à Carolina pode ser feito por vôos regulares, de São Luís a Imperatriz, e os 220 km restantes são percorridos por rodovia asfaltada, que encontra-se em boas condições de tráfego. O município possui pousadas e hotéis muito simples. Região Norte No Amazonas, as praias fluviais das ilhas de Mariuá, maior arquipélago fluvial do planeta, estão entre os destinos de ecoturismo do país. São 700 ilhas, numa faixa de 140 km de corredores, dentro do Rio Negro. O acesso pode ser feito por via aérea, de Manaus (de segunda a sábado) até Barcelos, município mais próximo do arquipélago, sendo o restante do percurso feito por barco, pelo Rio Negro. As principais atrações são as praias fluviais e a pesca esportiva. Existem hotéis simples, em Barcelos. No local, devido à acidez das águas do Rio Negro, não há proliferação de insetos e mosquitos, um dos inconvenientes das viagens ecológicas. Destaque-se, a propósito, que a selva amazônica ocupa uma área aproximada de 1

milhão e 600 mil km2

(60% de mata da Amazônia situa-se no Brasil), representando cerca de 18% do território brasileiro. Na região, há cerca de 15 hotéis de selva, quase todos localizados em terras banhadas pelo Rio Negro, principal hidrovia de exploração turística local, entre Silves (203 km a leste de Manaus) e Novo Airão (115 km a oeste de Manaus).

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Em média, a distância entre Manaus e os lodges pode ser percorrida, através de embarcações fluviais, em 2 (duas) horas, e a maioria deles oferece traslados terrestres e fluviais, pensão completa, excursões pela selva, passeios acompanhados por guias nativos (quando se conhecem os igarapés e os igapós), pesca de piranha e focagem de jacarés. O lodge mais conhecido, inclusive, internacionalmente, o Ariaú Amazon Tower, eleito pela revista americana Newsweek como um dos melhores destinos turísticos do mundo, situa-se no município de Iranduba, na confluência entre os rios Negro e Solimões, às margens onde está o hotel, que dista cerca de 70 km de Manaus (40 minutos, por lancha rápida). 4.2 Mergulho no Brasil No Brasil, existem 65 mil mergulhadores realizando pelo menos 12 mergulhos por ano. A cada ano são formados novos 15 mil mergulhadores. A atividade movimenta anualmente R$ 10.800.000 em venda de equipamentos e mais de R$ 26.000.000 em viagens & turismo. Os principais destinos turismo em infra-estrutura para prática de mergulho autônomo no Brasil no mar são: Fortaleza (CE), Maracajau/Natal (RN), João Pessoa (PB), Fernando de Noronha (PE), Recife/Porto de Galinhas/Serrambi (PE), Salvador/Caravelas (BA), Vitória/Guarapari (ES), Búzios/Cabo Frio/Arraial do Cabo/Rio/Angra dos Reis/Paraty (RJ), Ubatuba/Ilha Bela/Santos (SP), Bombinhas/Florianópolis (SC). Em água doce são: Bonito (MS) e Rio Quente (GO). As características mais significativas e registradas dos principais pontos de mergulho são: Recife: mais de 20 naufrágios; 6 naufrágios planejados e provocados para a pratica da atividade; 4 operadoras/6 embarcações; 70% de mergulhadores regionais; 10% de clientes estrangeiros principalmente portugueses, alemães, argentinos, franceses; melhor época de outubro a abril; media de saída/operadora/ano: aprox. 200 dias; crescimento de aproximadamente 10%/ano. Salvador: 5 operadoras/6 barcos; mais de 20 pontos de mergulho; 40% de mergulhadores regionais; 35% de clientes estrangeiros principalmente italianos, alemães, portugueses; melhor época: de outubro a abril; crescimento de aproximadamente 15%/ano; media de saída/operadora/ano de aproximadamente 120 dias. Paraty: 8 operadoras/12 barcos; mais de 10 pontos de mergulho; 5% de mergulhadores regionais; 5% de clientes estrangeiros; crescimento: aprox. 15%/ano; media de saída/operadora/ano de aproximadamente 100 dias; não ha cancelamento das saídas devido a condições climáticas. Bombinhas: 5 operadoras/8 barcos; aproximadamente 12 pontos de mergulho; 15-20% de clientes estrangeiros principalmente argentinos, uruguaios, chilenos, paraguaios; retração do mercado nos últimos anos; media de saída/operadora/ano de aproximadamente 230 dias; 25% cancelamento das saídas devido a condições climáticas; problema principal: fechamento da Reserva do Arvoredo. Fernando de Noronha: pequeno índice de cancelamento das saídas devido a condições climáticas; 3 operadoras/7 embarcações; 15% de clientes estrangeiros principalmente portugueses, italianos, espanhóis; 50% de credenciados/50% de batismos; o gasto

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médio de visitantes mergulhadores é de R$ 2.102,35; media de permanência na ilha dos visitantes mergulhadores é de 6,19 dias; existência de um banco estatístico consistente. Os principais fatores que limitam a atividade de mergulho no Brasil são: - Sazonalidade devido a condições climáticas. - Sazonalidade devido ao fluxo turístico (alta & baixa estação). - Aspecto legal da atividade junto a Marinha(inexistência de Norman especifica para atividade), ao Ministério do Trabalho (inexistência de NR especifica para atividade), ao Ministério do Turismo (inexistência de Normatização da atividade) e ao Ministério do Meio Ambiente (conflitos de uso devido à inexistência de legislação especifica para MRTL em UC´s). - Captação muito pequena de turistas estrangeiros. - Informalidade do mercado gerando “concorrência predatória”. - Altas taxas de importação para os equipamentos de suporte a atividade. - Dependência total de produtos importados em função da ausência quase total de similares nacionais. - Deficiências e alto custo do transporte aéreo para a maioria dos destinos. - Ausência de embarcações apropriadas para apoio a atividade. - Organização de entidade de classe deficiente tanto a nível regional como nacional. - Ausência de interação com o setor de turismo em geral. - Ausência de uma base de dados estatísticos consolidada da atividade.

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5. Roteiro completo

01o dia - 18 set – segunda-feira

– Chegada em FN e Reuniões de Apresentação e Pactualização

18h30 – 20h => Apresentação do Projeto (30min) e Empresários (1h)

20h - 21h => Jantar Hotel Dolphin

21h – 22h => Apresentação Destino e Roteiro (1h)

22h – 23h30 => Apresentação Benchmarking e questionário (1h30min)

02o dia - 19 set - terça-feira

– Prática em mergulho autônomo com reunião e Ilha Tour

07h30min => Café da manhã

08h30min => Saída de barco para mergulho autônomo com a Operadora de

Mergulho Atlantis, para mergulhadores experientes (credenciados) e inexperiente

(batismo). Palestra com proprietário sobre operação e Excelência (Benchmarking).

12h30min => Almoço no Varandão

13h30min => Visita Operadora Águas Claras e palestra + Palestra Atalaia

15h00 => Visitas Técnicas: Morena, Estrela do Mar, Mar Aberto, Algas Marinhas

17h00 => Associação Artesanato

18h00 => Por-do-sol no Bar do Cachorro

18h30min => Retorno hotel

19h30min => Jantar Restaurante Morena

03o dia - 20 set – quarta-feira

– Observação de golfinhos alvorada, passeio de barco e palestra

05h00min => Observar a chegada dos golfinhos no Mirante dos Golfinhos, trilha

Golfinhos - Sancho (carro e caminhada de 3km)

08h30min => Café da manhã no hotel

09h => Museu dos Tubarões

10h => Saída de carro para Ilha Tour (sem parada para banho – Mirante da Praia do

Leão, Mirante da Ponta das Caracas, Estação Maregráfica do Sueste)

12h00min => Visita técnica e Almoço Zé Maria

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14h00min => Passeio de barco com mergulho livre

17h00min => Retorno ao hotel

18h00min => Reunião interna do grupo – Pousatur

19h30min => Jantar Dolphin

20h30min => Palestra sobre golfinhos no Centro de Visitantes do IBAMA

04o dia - 21 set – quinta-feira

– Trilha e visitas técnicas

07h30min => Café da manhã

08h30min => Trilha do Mar de Dentro (Praia da Conceição a Baia dos Porcos – 3h)

11h30min = > Pousadas para banho e troca de roupa

12h30min => Visita técnica e almoço Teju-Açu

14h00min => Apresentação/debate UCs FN (Chefe do Parque e da APA)

15h00min => Apresentação/debate Palestra pesquisa em FN (PGR, PCG, Tamar)

16h00min => Apresentação/debate com técnicos do Turismo da ADM-FN

17h00min => Apresentação/debate com técnicos da Setur

17h45min => Apresentação/debate com técnicos do Sebrae

18h30min => Debate com representantes de empresários, diretores de associações

de classes envolvidos com a atividade turísticas em Fernando de Noronha , entre

entidades ABATUR. ACITUR, ASS. POUSADAS

21h00min => jantar de encerramento (Restaurante do Boldró)

05o dia - 22 set – sexta-feira

– Reunião de Avaliação e saída de FN

07h30min => café da manhã

08h00min => Reunião de Avaliação Final

12h00min => Almoço Ecologikus

Traslado hotel / aeroporto

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6. Instituições e empresas a serem visitadas

Empresa de mergulho autônomo Atlantis: Patrick Muller

Empresa de mergulho autônomo Águas Claras: Hélio Levinbuk

Pousada/Restaurante da Morena: André Sampaio

Centro de Visitantes do IBAMA: Marcos Aurélio

Centro de Visitantes do Projeto TAMAR: Rafael Robbes

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7. Bibliografia

Braztoa. Caderno de Subsídios Viagem Técnica México.

Brizolla, T. (Coord.). Segmentação do Turismo. Brasília: Ministério do Turismo. 55 p. 2006.

Silva-Jr., J. M. Os Golfinhos de Fernando de Noronha. CD Room. 1999.

Silva-Jr., J. M. Noronha por Mar. In: LINSKER, R. (ED.). Arquipélago de Fernando de Noronha: O Paraíso do Vulcão. São Paulo: Terra Virgem. p. 141-151. 2003.

Silva-Jr., J. M. Fernando de Noronha. In: ROCHA, A.A.,LINSKER, R. Guia Brasil Aventura Ilhas: Paraísos na Terra. São Paulo: Terra Virgem. p. 51-80. 1996.

Silva-Jr., J. M. Fernando de Noronha. In: ROCHA, A. A.,LINSKER, R. Guia Brasil Aventura: Dez Viagens por um país inesquecível. São Paulo: Terra Virgem. p. 15-21. 1994.

SILVA-JR., J. M. Aspectos do Comportamento do Golfinho-rotador, Stenella longirostris (Gray, 1828), no Arquipélago de Fernando de Noronha. Recife: UFPE, 1996. 131 f. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Oceanografia, Departamento de Oceanografia, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 1996.

SILVA-JR., J. M. Ecologia comportamental do golfinho-rotador (Stenella longirostris) em Fernando de Noronha. Recife: UFPE, 2005. 120 f. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Oceanografia, Departamento de Oceanografia, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2005.

SILVA-JR., J. M. Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha: Uso Público, Importância Econômica e Proposta de Manejo. In: SIMPÓSIO DE ÁREAS PROTEGIDAS CONSERVAÇÃO NO ÂMBITO DO CONE SUL, 2. 2003, Pelotas. Anais.... Pelotas: UCP, 2003b. P. 335-345.

http://www.bndes.gov.br/conhecimento/setorial/get4is11.pdf#search=%22ecoturismo%20no%20brasil%22. Acessado em agosto de 2006.

http://www.golfinhorotador.org.br. Acessado em agosto de 2006.

http://revistaturismo.cidadeinternet.com.br/artigos/origem-desenv.html. Acessado em agosto de 2006.

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DICAS PARA O DESENVOLVIMENTO DO BENCHMARKING

1. Lembre-se que benchmarking é um procedimento de pesquisa contínuo e

sistemático. Para criar um padrão de comparação será necessário se

comportar como um pesquisador que busca conhecimento.

2. O ponto de partida para conhecer uma situação é a observação, por isso

tenha claro o que você quer conhecer.

3. Aprender com os outros, requer humildade e respeito. Sua missão é aprender,

os pontos positivos e negativos são informações valiosas.

4. Tenha sempre em mente que: “a pressa é inimiga da perfeição”. A falta de

paciência pode levar as conclusões impróprias.

5. Lembre-se de que as informações obtidas são matérias-primas para o relatório

final. Registre tudo no momento observado, quando se deixa para depois,

corre-se o risco de omitir dados importantes.

6. Estabeleça os pontos que são essenciais, isso ajudará a manter o foco e ter

mais tranqüilidade para observar as situações menos relevantes.

7. Diante da quantidade de informações, fatos e acontecimentos, o foco na

pesquisa é fundamental, ele poderá ajudar a filtrar as informações necessárias.

8. Não esqueça dos problemas que precisam de respostas, a empolgação da

visita deve servir como motor de motivação, mas não deve desviar seu

objetivo principal.

9. Conhecer o local e o público ajudará a preparar a mente e os sentidos para a

pesquisa.

10. Prepare o material de pesquisa antecipadamente, considerando os pontos

relevantes a serem observados.

11. A organização antecipada ajudará você a aproveitar melhor o tempo

disponível.

12. O questionário é um instrumento muito importante para realizar o

benchmarking. Conheça bem as perguntas antes de respondê-las.

13. A seriedade da pesquisa depende da atitude de quem observa e registra os

fatos, por isso, você deve ser o primeiro a acreditar no que está realizando.

14. A autenticidade das respostas será garantida com a responsabilidade de quem

responde. Registre o que foi observado. Cuidado com as interpretações

pessoais.

15. Além do questionário estruturado, conversa informal com pessoas envolvidas

na área de pesquisa pode se tornar uma fonte relevante de informações.

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16. Esteja atento para observar os detalhes, ao como e ao porquê as coisas são

feitas. Aproveite todas as oportunidades!

17. Amplie sua percepção para ler nas entrelinhas. Resgate suas experiências e

conhecimentos sobre o assunto e utilize-os para rastrear focos de informações.

18. Se você tiver dificuldade em registrar os fatos e situações resgate o objetivo

principal da visita e utilize o material de apoio.

19. Lembre-se de que o Relatório Final e a disseminação da experiência depende

do registro das observações e o preenchimento do questionário, por isso não

economize esforços.

20. Ao preencher o questionário responda com clareza e objetividade, tendo a

certeza que sua resposta representa a situação observada.

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VIAGEM TÉCNICA

Fernando de Noronha

Ecoturismo com Mergulho

De 18 a 22 de setembro

2006

Diário de Bordo

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1 Gestão

Este item é relativo ao processo de gestão dos negócios. A observação deverá ser

efetuada considerando quais os elementos do processo de gestão que apóiam ou

contribuem para a boa gestão dos negócios de turismo. É muito importante que em todas

as questões avaliadas sejam considerados unicamente os aspectos correlatos ao negócio

e seu respectivo gerenciamento.

2 Infra-Estrutura

Este item é relativo à disponibilidade de equipamento turístico adequado ao público-alvo

do destino e suas respectivas necessidades no período de permanência. Avalia os serviços

adicionais que são oferecidos e suas respectivas operacionalidades e facilidades tanto do

ponto de vista da informação e esclarecimentos disponíveis e sinalização no local quanto

dos tipos de formatação de pacotes, transporte e formas de pagamentos. Também

observa a possibilidade e infra-estrutura de acesso para qualquer tipo de pessoa

(mulheres grávidas, jovens, idosos, portadores de necessidades especiais).

3 Negócio – Produtos e Serviços Ofertados

Este item é relativo ao negócio propriamente dito, considerando as características

específicas de cada equipamento turístico. É relacionado com a definição e estratégias dos

4 Ps do marketing (produto, praça, promoção e preço). São as especificidades de cada

negócio, de cada empreendimento.

4 Certificação

Este item é relativo ao processo de padronização e validação de procedimentos para a

devida certificação dos produtos e/ou serviços turísticos. Corresponde a avaliação da

existência de normas, regulamentos e padrões mínimos para o estabelecimento de

processos de estruturação, avaliação e certificação dos produtos turísticos locais e/ou

regionais. Também se existe a certificação na formação de pessoas para atuar nos

serviços turísticos e suas respectivas normas.

5 Segurança

Neste item é importante a observação dos aspectos relativos à segurança pessoal dos

turistas/clientes, sua integridade física e moral durante o período de estada no destino.

Observa a segurança de equipamentos utilizados no produto turístico a gestão de riscos

das atividades e os respectivos códigos de conduta. Também identifica a existência de

normas e regulamentos para a execução do turismo responsável.

6 Qualificação e Formação

Este item investiga as ações relativas a formação de profissionais para executar os

serviços turísticos e as respectivas classificações de formação existentes no destino.

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Também observa a relação da formação profissional com os aspectos culturais e suas

especificidades. Identifica qual a infra-estrutura de instituições de formação e qualificação

profissional existentes e que contribuem para o desenvolvimento do turismo.

7 Parcerias – network

Neste item são observados os aspectos relativos à parceria entre empresas, entre o setor

público e privado e as entidades de classe e representação empresarial. Também

investiga e identifica as melhores práticas de articulações interinstitucionais que

promoveram o desenvolvimento dos negócios do turismo no destino

8 Envolvimento da Comunidade

Este item investiga como se realiza o envolvimento da comunidade local, considerando

suas características e especificidades. Observa a existência de projetos de inclusão social

e desenvolvimento da comunidade. Também verifica a integração e utilização dos

aspectos culturais do local nos produtos turísticos, como artesanato, costumes e cultura

local e outros.

9 Segmento Específico

Neste item são observadas as características e detalhes específicos dos espaços

relacionados ao segmento específico, sua forma de constituição e a importância como

negócio.

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18 SEGUNDA-FEIRA

SETEMBRO

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Para pôr em prática

1.3 O que você viu de prática que poderá ser implementada no seu próprio negócio ou na sua região?

1.2 Frases que representam uma melhor prática que lhe chamou a atenção.

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19 TERÇA-FEIRA

SETEMBRO

Pontos Fortes

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Para pôr em prática

1.3 O que você viu de prática que poderá ser implementada no seu próprio negócio ou na sua região?

1.2 Frases que representam uma melhor prática que lhe chamou a atenção.

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20 QUARTA-FEIRA

SETEMBRO ___________________________________________

Pontos Fortes

Gest

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Pontos Fracos

Pontos Fortes

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Para pôr em prática

1.3 O que você viu de prática que poderá ser implementada no seu próprio negócio ou na sua região?

1.2 Frases que representam uma melhor prática que lhe chamou a atenção.

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21 QUINTA-FEIRA

SETEMBRO

Pontos Fortes

Gest

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Pontos Fracos

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Para pôr em prática

1.3 O que você viu de prática que poderá ser implementada no seu próprio negócio ou na sua região?

1.2 Frases que representam uma melhor prática que lhe chamou a atenção.

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22 SEXTA-FEIRA

SETEMBRO

Pontos Fortes

Gest

ão

Pontos Fracos

Pontos Fortes

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Pontos Fracos

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Para pôr em prática

1.3 O que você viu de prática que poderá ser implementada no seu próprio negócio ou na sua região?

1.2 Frases que representam uma melhor prática que lhe chamou a atenção.

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AVALIAÇÃO DA VIAGEM TÉCNICA (a ser respondido ao final da viagem)

Solicitamos que avalie o desenvolvimento e execução do projeto, levando em consideração os tópicos descritos abaixo. Marque para cada item um número que esteja o mais próximo de sua avaliação, sendo que:

1- Ruim 2- Regular 3- Bom 4- Ótimo

1. Divulgação do projeto 1 2 3 4

1.1 Qualidade e acesso à informação

1.2 Antecedência

2. Processo de Seleção 1 2 3 4 2.1 Critérios e Estratégias 2.2 Assistência Pré-Viagem

3. Material de Apoio 1 2 3 4 3.1 Diário de Bordo 3.2 Kit de Viagem

4. Reunião de Pactualização 1 2 3 4 4.1 Esclarecimento e Objetividade 4.2 Treinamento em benchmarking

5. Operação da Viagem 1 2 3 4 5.1 Transporte Aéreo 5.2 Hospedagem 5.3 Alimentação

5.4 Traslados (ônibus, Carros, etc.)

5.5 Guia Local

6. Contatos e Visitas 1 2 3 4

6.1 Seleção do roteiro: Produtos Visitados

6.2 Contato e Reunião com empresários

6.3 Palestras e discussões em grupo

7. Formulários utilizados

(questionários e diário de bordo) 1 2 3 4

7.1 Facilidade de preenchimento 7.2 Assuntos abordados

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7.3 Aplicabilidade das questões 7.4 Logística de aplicação

8. Consultora Nacional 1 2 3 4 8.1 Metodologia de Trabalho 8.2 Conhecimento Transmitido 8.3 Interação com o Grupo

9. Receptivo 1 2 3 4 9.1 Metodologia de Trabalho 9.2 Conhecimento Transmitido 9.3 Interação com o Grupo

10. Coordenação Geral da

Viagem 1

2 3 4

10.1 MINISTÉRIO DO TURISMO, SEBRAE, BRAZTOA

11. A partir das suas

expectativas 1

2 3 4

11.1 Como considera o resultado geral da viagem

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12. Viagem Pontos Fortes Pontos a Melhorar 13. Projeto Pontos Fortes Pontos a Melhorar 14. Plano de Multiplicação: Oportunidades Descrição Multiplicação 1. Multiplicação 2. Multiplicação 3. Ferramenta (palestras, oficinas, artigos, etc.) Quando Onde Públicos-Alvo

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15. Críticas, sugestões e comentários finais

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