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  • Introdução A Espanha escravizou os habitantes nativos em quase

    todas as suas possessões na América.

    No início da colonização portuguesa, os índios também foram escravizados e em alguns locais continuaram sendo escravizados por boa parte da colonização.

    A grande questão é: Por que os portugueses trouxeram os africanos como escravos para trabalharem no Brasil?

    A resposta é fácil: lucro!!!! Se os colonos fossem escravizar os índios, a coroa portuguesa não poderia cobrar impostos por eles, mas sobre a venda dos escravos africanos, ela cobrava!!!

  • A escravidão na África Quando os portugueses chegaram na África

    encontraram tribos capturando e escravizando tribos inimigas.

    Não demorou para que vissem os escravos como uma das mercadorias a serem trocadas com seus aliados africanos.

    Tecido, pinga, tabaco, espelhos e armas eram a forma de pagamento pelos quase 5 milhões de africanos que foram trazidos para o Brasil em 300 anos de história.

  • A viagem Os comerciantes portugueses

    colocavam os africanos escravizados nos chamados navios negreiros, ou tumbeiros, como alguns denominavam.

    A viagem de quase 3 meses em péssimas condições.

    As condições nos navios eram precárias, sem ventilação nos porões – onde passavam boa parte do tempo – nem higiene adequada. ... Para garantir o lucro do negócio do tráfico a superlotação foi constante nos navios negreiros. Nos porões eram separados: de um lado ficavam os homens e no outro as mulheres e as crianças.

  • Como não estavam acostumados a viajar em navios, os prisioneiros enjoavam muito, assim como a má higiene provocava diarreias.

    O chão dos porões ficava forrado com dejetos, o que exalava um fedor insuportável, às vezes suavizado com água salgada e vinagre. Ainda assim se alastravam doenças como escorbuto, diarreia e sarampo.

    Uma das consequências mais famosas dessas condições aos negros era o banzo, uma espécie de depressão desenvolvida pelos cativos pelo cenário de desesperança, abusos e cárcere. O sentimento gerava melancolia e vontades suicidas, além do claro desgosto pela vida e lágrimas.

    Às vezes ocorriam revoltas dentro dos navios negreiros, bastando que alguns indivíduos conseguissem se soltar. A tripulação então reagia com armas de fogo, o que leva à morte muitos revoltosos. Quando alguém era capturado num levante, sofria castigos extremos publicamente para servir de exemplo e desencorajar os demais.

  • A alimentação era pouca e muitos morriam pelo caminho.

    Ao chegarem, eram levados pelos mercadores para estarem apresentáveis no mercado. Passavam óleo ou banha no corpo para ficar com a pele brilhante, alimentavam para que ganhassem aparência saudável e passavam pimenta nas gengivas para que as inflamações sumissem.

    No mercado, eram separados por peça (quando o escravo era bem forte ou tinha uma qualificação especial, por exemplo, ser cozinheira) ou por lote, quando eram vendidos em grupos de escravos mais novos ou mais fracos.

  • Os comerciantes procuravam misturar africanos de varias etnias diferentes para que não se entendessem e pudessem se rebelar.

    Comprados, eram levados às propriedades rurais ou mineração onde trabalhariam por horas a cada dia.

    Entre os séculos XVI e XVII, os engenhos de cana-de-açúcar se constituíram como principal atividade econômica no período colonial, contudo muitos escravos trabalhavam (principalmente no Rio de Janeiro, Pernambuco e em outras cidades litorâneas) como estivadores, barqueiros, vendedores, aprendizes, mestres em artesanato e serviços domésticos.

  • A partir dos séculos XVIII e XIX, com a ascensão da mineração em Minas Gerais e Goiás, milhares de escravos foram trabalhar nas minas e demais atividades (como a agropecuária) que movimentavam a economia nas regiões auríferas. Outras formas de trabalho escravo foram: a criação de gado no nordeste brasileiro; os trabalhos desempenhados no tropeirismo (conhecidos como tropeiros, exerciam atividades comerciais de uma região à outra); e o trabalho de zelar e tratar dos animais carregadores de mercadorias.

    Nas cidades, as formas de trabalho escravo variavam bastante. Existiam os escravos prestadores de serviço, isto é, os escravos de ganho, carpinteiros, barbeiros, sapateiros, alfaiates, ferreiros, marceneiros, entre outros. As mulheres também exerciam o trabalho escravo: geralmente elas trabalhavam como amas de leite, doceiras e vendedoras ambulantes (ou seja, as chamadas “negras de tabuleiro”). Portanto, no Brasil existiu uma grande diversidade nas formas do trabalho escravo.

  • Resistencia A história da resistência dos escravos é longa e penosa. As

    revoltas, em movimentos grandes e pequenos, ou foram planejadas, visando à abolição geral, como nos quilombos, ou foram golpes mais modestos que previam punir um senhor ou feitor mais tirano.

    As fugas representaram um estilo mais constante de rebeldia, tanto por aqueles que as empreenderam como aventura individual, misturando-se aos negro mestiços livres, quanto pelos que se juntaram para formar quilombos.

    Os quilombos floresceram em grande número, em cada lugar onde a escravidão fincou raízes, fosse no mato, na montanha ou nas vizinhanças de fazendas e vilas, pequenas e grandes cidades.

    Esta também foi uma forma de revolta, caracterizada pelo fingimento de doenças, o trabalho mal feito e as estratégias de negociação para extrair pequenas vantagens de seus senhores.

  • Para defender-se das violências dos capitães do mato, que tinham como atribuição capturar escravos fugitivos; e feitores, que eram aqueles que castigavam os escravos com comportamento “inadequado”, os escravos começaram a desenvolver a capoeira.

    Como eram proibidos de praticar qualquer tipo de luta, a música foi utilizada como uma maneira de disfarce, dessa maneira ela poderia ser percebida como uma dança. Além disso, acredita-se que a prática da capoeira tinha como objetivo aliviar o estresse do trabalho e manter tradições africanas.

    A prática da capoeira permitiu o condicionamento físico, a agilidade e o desenvolvimento dos sentidos. Desprovidos de outras armas, foi a partir dos golpes e dos movimentos de defesa da capoeira, ou seja, do próprio corpo, que esses escravos resistiam à bruta violência praticada pelos senhores do engenho, capitães do mato e feitores.

    Acredita-se que o nome capoeira seja derivado dos locais onde a capoeira era praticada, áreas de clareira ou mato ralo, no meio da mata. José de Alencar, em seu livro Iracema, sugere que o termo tenha origem tupi: caa-apuam-era, ilha de mato já cortado.

    Após a abolição da escravatura, os negros continuaram à margem da sociedade pelas dificuldades de acesso à educação e trabalho. Diante dessas dificuldades, os capoeiristas participavam de desafios e apresentações públicas em troca de dinheiro para sustentar-se. As barreiras de melhoria social dessa população a levou em muitos casos, a cometer crimes como o roubo, o que contribuiu para que a luta fosse associada à uma prática criminosa.

  • Desde 2014, a capoeira é considerada pela UNESCO patrimônio imaterial da humanidade. Segundo a organização, a capoeira expressa a resistência negra no Brasil e esse reconhecimento valoriza nossa herança cultural afro-brasileira.

    A música era utilizada para enganar os escravizadores, que ao verem os escravos fazendo movimentos corporais ao som dos instrumentos entendiam que aquele ritual era uma dança e não uma luta. Dessa maneira, a capoeira passou muitas vezes despercebida, possibilitando a sua prática entre os negros.

    O principal instrumento da capoeira é o berimbau, símbolo famoso dessa prática. Os diferentes toques do berimbau comandam o ritmo de um jogo de capoeira, alguns toques são mais lentos, outros mais rápidos, por exemplo. Há alguns simbolismos relacionados aos toques de capoeira, um dos exemplos famosos é o toque de cavalaria, um toque utilizado como aviso aos capoeiristas de que a polícia estava chegando, na época em que os praticantes dessa luta eram perseguidos.

  • Além das músicas, são bastante famosas também as ladainhas de capoeira, espécies de histórias contadas em forma de canto. Grande parte desses cantos retratam a própria história da escravidão e do surgimento da luta. Exemplo:

    Ontem a noite eu tive um sonho ontem a noite eu tive um sonho que não me sai do pensamento sonhei com a senzala, para mim foi um sofrimento o sonho me lembrou todo aquele tempo passado que o negro como um animal, era no tronco amarrado acordei tão assustado, e comecei a pensar que depois de tanto tempo, o negro conseguiu se libertar eu peço aqui agora, para quem estiver me ouvindo enquanto o negro apanhava, o branco estava sorrindo hoje a escravidão acabou, pois vamos nos lembrar da força de Zumbi que lutou até morrer sua luta nos deixou hoje uma grande lição que é lutar por nossos direitos e proteger nossos irmãos e hoje na nossa história, não se fala nisso mais não falam que foi a Princesa Isabel que libertou a escravidão quando eu pego o Berimbau, sinto o corpo arrepiar lembrando de todo passado que o negro vivia sempre a apanhar e com a Capoeira de Angola, ele conseguiu se libertar

  • Vídeos https://www.youtube.com/watch?v=R9cCxsoFYKo

    https://www.youtube.com/watch?v=yg9Tt4V44tA

    https://www.youtube.com/watch?v=fGUFwFYx46s

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